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CASO CONCRETO Nº 016

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CASO CONCRETO Nº 016 
 
Solicitante: Prof. ELOI RODRIGUES BARRETO PETHECHUST 
Aluno: Jean Eduardo Lima 
QUESTÃO OBJETIVA 1 ? (TJ-MG - CONSUPLAN - Titular de Serviços de Notas e de Registros - 
Remoção - 2016) Sobre o casamento por procuração, assinale a alternativa correta, segundo 
os dispositivos do Código Civil em vigor. 
(A) Não se permite celebração do casamento por procuração. 
(B) O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público ou 
particular, cuja procuração será irrevogável. 
(C) A eficácia do mandato outorgado para casar não ultrapassará noventa dias. 
(D) Não se opera revogação de procuração outorgada por escritura pública, apenas de 
procuração outorgada por instrumento particular. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 ? Analise as alternativas a seguir e identifique aquela que não é 
considerada uma forma especial de casamento: 
(A) Por procuração 
(B) Nuncupativo 
(C) Em caso de moléstia grave 
(D) Putativo 
(E) Celebrado fora do país perante autoridade diplomática brasileira ou estrangeira 
 
QUESTÃO OBJETIVA 3 ? (TJPE - FCC - Juiz Substituto - 2015) Na habilitação para o casamento, 
se houver oposição de impedimento, o oficial 
(A) indeferirá o pedido de habilitação e remeterá o oponente e os nubentes às vias ordinárias 
em juízo, para decisão do magistrado. 
(B) encaminhará a oposição ao juiz, sem efeito suspensivo do procedimento, que, depois de 
regular instrução e manifestação do Ministério Público, decidirá até a data do casamento. 
(C) encaminhará os autos, imediatamente, ao juiz, que intimará o oponente e os nubentes a 
indicarem provas, que serão produzidas e, ouvido o Ministério Público, decidirá. 
(D) dará ciência do fato aos nubentes para que indiquem provas que desejam produzir, 
colhendo-as e em seguida remeterá os autos ao juiz que, ouvido o Ministério Público, decidirá. 
(E) dará ciência do fato aos nubentes, para que indiquem provas que desejam produzir e 
remeterá os autos ao juiz que decidirá depois da produção das provas pelo oponente e pelos 
nubentes, com a participação do Ministério Público. 
QUESTÃO OBJETIVA 4 ? (Titular de Serviços de Notas e de Registros/TJ/SP - VUNESP/2014 - 
Adaptada) Sobre o instituto do casamento, assinale a alternativa correta. 
(A) O casamento não pode ser realizado por procuração com poderes especiais, ainda que por 
instrumento público. 
(B) O suprimento judicial de idade é previsto em favor de pessoa sem idade núbil, ao passo 
que o suprimento judicial do consentimento viabiliza o casamento de pessoa com idade núbil, 
em caso de denegação injusta de qualquer um dos pais, de ambos, ou do representante legal. 
(C) A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com toda publicidade, a portas abertas, 
presentes quatro testemunhas se algum dos contraentes não souber ou não puder escrever, 
sob pena de nulidade do ato. 
(D) Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença 
da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser 
celebrado na presença de oito testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em 
linha reta, ou, na colateral, até segundo grau. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 5 ? (MP/MG/Promotor de Justiça/52º Concurso/2012) Quanto ao 
processo de habilitação para o casamento, é INCORRETO afirmar que: 
a) a habilitação será feita pessoalmente perante o oficial do Registro Civil, com a audiência do 
Ministério Público. Caso haja impugnação do oficial, do Ministério Público ou de terceiro, a 
habilitação será submetida ao juiz. 
b) é dever do oficial do registro esclarecer os nubentes a respeito dos fatos que podem 
ocasionar a invalidade do casamento, bem como sobre os diversos regimes de bens. 
c) tanto os impedimentos quanto as causas suspensivas serão opostos em declaração escrita e 
assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação do lugar onde possam 
ser obtidas. 
d) a eficácia da habilitação será de cento e vinte dias, a contar da data em que foi extraído o 
certificado. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 6 ? (MAGISTRATURA/DF - 2011) Referindo-se aos impedimentos para o 
matrimônio, considere as proposições abaixo e assinale a incorreta: 
(A) podem casar o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do 
adotante; 
(B) não podem casar os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; 
(C) podem casar o cônjuge sobrevivente com o que fora absolvido por crime de homicídio 
consumado contra o seu consorte; 
(D) não podem casar os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro 
grau inclusive. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 7 ? (TJ/SP/Outorga de Delegações de Notas e de Registro/2009) São 
impedimentos para o matrimônio, não podendo casar, 
a) o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, 
com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela e não 
estiverem saldadas as respectivas contas. 
b) o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos 
bens do casal e der partilha aos herdeiros. 
c) os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil. 
d) a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez 
meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 8 ? (OAB/VI Exame Unificado/Fundação Getulio Vargas/2012) Rejane, 
solteira, com 16 anos de idade, órfã de mãe e devidamente autorizada por seu pai, casa-se 
com Jarbas, filho de sua tia materna, sendo ele solteiro e capaz, com 23 anos de idade. A 
respeito do casamento realizado, é CORRETO afirmar que é 
a) nulo, tendo em vista o parentesco existente entre Rejane e Jarbas. 
b) é anulável, tendo em vista que, por ser órfã de mãe, Rejane deveria obter autorização 
judicial a fim de suprir o consentimento materno. 
c) válido. 
d) anulável, tendo em vista o parentesco existente entre Rejane e Jarbas. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 9 ? (MP/SP/Promotor de Justiça/89º Concurso/2012) Pelo casamento, 
homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e 
responsáveis pelos encargos da família. Em relação à eficácia do casamento, é CORRETO 
afirmar: 
a) Qualquer dos nubentes, com a autorização expressa do outro, poderá acrescer ao seu o 
sobrenome do outro. 
b) A direção da sociedade conjugal será exercida pelo marido, com a colaboração da mulher, 
sempre no interesse do casal e dos filhos. 
c) São deveres do cônjuge virago: o planejamento familiar, a escolha do domicílio do casal, a 
educação dos filhos e a administração dos bens do casal. 
d) Se qualquer dos cônjuges estiver encarcerado por mais de 180 (cento e oitenta) dias, o 
outro requererá ao juiz alvará para exercer, com exclusividade, a direção da família e a 
administração dos bens do casal. 
e) Os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens e dos rendimentos do 
trabalho, para o sustento da família e a educação dos filhos, qualquer que seja o regime 
patrimonial 
 
QUESTÃO OBJETIVA 10 ? (MP/SE - CESPE/2010) Um casal realizou pacto antenupcial sobre 
regime de bens. Mais tarde, esse pacto foi declarado nulo por defeito de forma. Nesse caso, 
(A) vigorará o regime obrigatório de separação de bens. 
(B) vigorará o regime da comunhão parcial de bens. 
(C) os noivos deverão realizar novo pacto antenupcial. 
(D) vigorará o regime da comunhão universal de bens. 
(E) o casamento também será nulo. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 11 ? Marque a única alternativa que não configura um dever de ambos os 
cônjuges: 
a) lealdade recíproca; 
 b) vida em comum, no domicílio conjugal; 
c) sustento, guarda e educação dos filhos; 
d) respeito e consideração mútuos; 
e) mútua assistência. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 12 ? (Magistratura PE ? FCC/2011) Sendo o casamento realizado sob o 
regime da comunhão parcial de bens,entram na comunhão aqueles adquiridos na constância 
da sociedade conjugal, 
(A) apenas a título oneroso por ambos os cônjuges. 
(B) considerados instrumentos de profissão pertencentes a cada um dos cônjuges. 
(C) pela herança recebida por qualquer dos cônjuges, salvo cláusula testamentária impondo 
incomunicabilidade. 
(D) por doação a qualquer dos cônjuges. 
(E) por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior 
 
QUESTÃO OBJETIVA 13 ? (Ministério Público/SP ? 2011) Um cônjuge, casado sob o regime de 
comunhão parcial de bens e em estado de solvência, firma contrato de fiança em favor de 
terceiro, sem a necessária outorga uxória. Pode(m) pedir a decretação de anulabilidade: 
(A) ambos os cônjuges e o afiançado. 
(B) o cônjuge que não firmou o contrato. 
(C) o cônjuge que firmou o contrato. 
(D) o cônjuge que firmou o contrato e o afiançado. 
(E) os credores do cônjuge que firmou o contrato. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 14 ? (MP/MS XXI) Qual o tipo de regime de bens que é admissível a 
alteração, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada 
a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros? Assinale a resposta 
CORRETA. 
(A) comunhão parcial e participação final nos aquestos; 
(B) regime de comunhão universal; 
(C) regime de separação de bens; 
(D) todas as alternativas estão corretas. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 15 ? (DPE/TO - CESPE - 2013) Acerca do regime de bens entre cônjuges, 
assinale a opção correta. 
(A) O regime de comunhão universal implica a comunicação de todos os bens presentes e 
futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com exceção, entre outras, dos bens doados ou 
herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar. 
(B) O regime de participação final nos aquestos foi revogado do Código Civil, haja vista que o seu 
desuso desde a entrada em vigor do referido diploma legal demonstrou que os demais regimes 
de bens existentes eram suficientes para reger as relações patrimoniais entre os cônjuges. 
(C) No casamento celebrado sob o regime da separação de bens, enquanto não sobrevier a 
separação ou divórcio, a administração dos bens é conjunta dos consortes, que não poderão 
aliená-los ou gravá-los de ônus real sem a anuência do outro. 
(D) É obrigatório o regime da separação de bens no casamento das pessoas que o contraírem 
com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; da pessoa maior de 
sessenta anos e, ainda, de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. 
(E) No regime de comunhão parcial de bens, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal 
na constância do casamento, denominados bens aquestos, sem qualquer exceção. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 16 ? (OAB/XX Exame de Ordem Unificado/Fundação Getúlio 
Vargas/2016) Juliana é sócia de uma sociedade empresária que produz bens que exigem alto 
investimento, por meio de financiamento significativo. Casada com Mário pelo regime da 
comunhão universal de bens, desde 1998, e sem filhos, decide o casal alterar o regime de 
casamento para o de separação de bens, sem prejudicar direitos de terceiros, e com a intenção 
de evitar a colocação do patrimônio já adquirido em risco. Sobre a situação narrada, assinale 
a afirmativa CORRETA. 
a) A alteração do regime de bens mediante escritura pública, realizada pelos cônjuges e 
averbada no Registro Civil, é possível. 
b) A alteração do regime de bens, tendo em vista que o casamento foi realizado antes da vigência 
do Código Civil de 2002, não é possível. 
c) A alteração do regime de bens mediante autorização judicial, com pedido motivado de ambos 
os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros, 
é possível. 
d) Não é possível a alteração para o regime da separação de bens, tão somente para o regime 
de bens legal, qual seja, o da comunhão parcial de bens. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 17 ? (OAB/Exame de Ordem Unificado 2009.3/CESPE/UNB/2010) João e 
Maria, às vésperas do casamento, firmaram documento particular, e não por escritura pública, 
por meio do qual optaram pelo regime da separação de bens. Eles viveram aparentemente 
bem durante dez anos, mas, no início de 2006, Maria requereu separação litigiosa 
fundamentada em provas irrefutáveis, que foi julgada procedente. Na situação hipotética 
apresentada, na fase da partilha dos bens, o juiz deve 
a) determinar a ratificação do pacto antenupcial. 
b) aplicar as regras que tratam do regime da comunhão universal de bens. 
c) declarar nulo o pacto particular e aplicar as regras do regime da comunhão parcial de bens. 
d) decidir pela divisão, em partes iguais, do patrimônio comum, independentemente da forma 
e da data de aquisição. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 18 ? (Titular de Serviços de Notas e de Registros/TJ/PB ? IESES/2014) 
Sobre os regimes de bens no Brasil pode-se afirmar: 
I. No regime da separação de bens não se comunicam os adquiridos onerosamente na 
constância do casamento, salvo quando registrados na forma de condomínio. 
II. Na comunhão universal integram a massa de bens comuns os recebidos em doação ou 
sucessão ainda que por apenas um dos cônjuges. 
III. No regime da participação final nos aquestos presumem-se da propriedade do cônjuge 
devedor os bens móveis. 
IV. Na comunhão parcial de bens excluem-se da comunhão os frutos e rendimentos dos bens 
particulares. 
(A) Estão corretas apenas as assertivas I, II e III. 
(B) Estão corretas apenas as assertivas II, III e IV. 
(C) Estão corretas apenas as assertivas I e IV. 
(D) Todas as assertivas estão corretas. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 19 ? (TJSC/Juiz de Direito/Fundação Carlos Chagas/2015) Analise as 
seguintes assertivas sobre o regime de bens do casamento. 
I. No regime da comunhão parcial de bens excluem-se da comunhão os proventos do trabalho 
pessoal de cada cônjuge. 
II. No regime da separação de bens, salvo disposição em contrário no pacto antenupcial, ambos 
os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal apenas na proporção dos 
rendimentos de seu trabalho. 
III. No regime da comunhão universal de bens, são excluídos da comunhão os bens herdados 
com a cláusula de inalienabilidade. 
IV. Nos regimes da comunhão parcial e da comunhão universal de bens, recusando-se um dos 
cônjuges à outorga para alienação de bem imóvel, cabe ao juiz supri-la, se não houver motivo 
justo para a recusa. 
V. Salvo no regime da separação de bens, é nula a fiança concedida por um dos cônjuges sem a 
autorização do outro. 
É correto o que se afirma APENAS em 
a) II, IV e V. 
b) III, IV e V. 
c) I, II e III. 
d) II, III e IV. 
e) I, III e IV 
 
QUESTÃO OBJETIVA 20 ? Em relação à união estável, assinale a alternativa correta. 
(A) Para que fique caracterizada a união estável, é necessário, entre outros requisitos, tempo de 
convivência mínima de cinco anos, desde que durante esse período a convivência tenha sido 
pública e duradoura. 
(B) Quem estiver separado apenas de fato não pode constituir união estável, sendo necessária, 
antes, a dissolução do anterior vínculo conjugal; nesse caso, haverá simples concubinato. 
(C) Não há presunção legal de paternidade no caso de filho nascido na constância da união 
estável. 
(D) O contrato de união estável é solene, rigorosamente formal e sempre público. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 21 ? (Analista Judiciário/DPE/DF ? FGV/2014) Fernanda e Ricardo mantêm 
uma relação de namoro. Ricardo reside com seus pais e Fernanda mora com sua avó. Acontece 
que após seis anos de relacionamento, Fernanda engravidou, ficando confirmada a 
paternidade de Ricardo, mas os dois continuaram com suas residências originais, mantendo o 
relacionamento nos moldes anteriores à gravidez. É correto afirmar que: 
(A) em momento algum se configurou uma união estável. 
(B) após cinco anos de relacionamento, já havia uma união estável na forma da lei.(C) havia uma união estável desde o início do relacionamento, independentemente do tempo 
em que o casal esteve junto. 
(D) a união estável se configurou a partir do nascimento da criança. 
(E) a união estável se configurou a partir do momento em que Fernanda ficou grávida. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 22 ? (JUIZ DE DIREITO/TJ-SP - VUNESP - 2013) No que concerne ao bem 
de família, assinale a resposta correta consoante a Lei n.º 8.009 e a jurisprudência do STJ. 
(A) A vaga de garagem, ainda que possua matrícula própria no registro de imóveis, constitui bem 
de família para efeito de penhora. 
(B) O conceito de impenhorabilidade do bem de família abrange as benfeitorias de qualquer 
natureza, equipamentos, inclusive veículos de transporte, móveis que guarnecem a casa e obras 
de arte. 
(C) O conceito de impenhorabilidade do bem de família não abrange o imóvel pertencente a 
pessoas solteiras, viúvas e separadas. 
(D) É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado a terceiros, desde 
que a renda obtida com a locação seja revertida para a subsistência ou a moradia da sua família. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 23 ? (Magistratura DF ? 2011) Bem de família obrigatório ou legal é aquele 
que resulta diretamente da lei, de ordem pública, que tornou impenhorável o imóvel 
residencial, próprio do casal, ou da entidade familiar, daí por que não poderá ser objeto de 
penhora por dívida de natureza civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, 
salvo nas hipóteses expressamente previstas nos artigos 2.º e 3.º, I a VII, da Lei n.º 8.009, de 
29 de março de 1990. Assim, considere as proposições abaixo, assinalando a incorreta: 
(A) ao solteiro, não obstante resida e ocupe o imóvel sozinho, aplica-se esta mesma regra; 
(B) ao viúvo, ao contrário, não se aplica tal regra, máxime quando seus descendentes hajam 
constituído outras famílias; 
(C) é entendimento assente que a Lei n.º 8.009/1990 tem aplicabilidade mesmo nos casos em 
que a penhora for anterior à sua vigência; 
(D) todos os residentes do imóvel, sujeitos do bem de família, portanto beneficiários da regra 
da impenhorabilidade, têm em seu favor esse direito, ou seja, a lei confere-lhes o poder de não 
ver constrita a casa onde moram. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 24 ? (MAGISTRATURA/AC ? CESPE/2012) No que se refere ao 
enfrentamento jurisprudencial do bem de família, assinale a opção correta. 
(A) A vaga de garagem com matrícula própria no registro de imóveis constitui bem de família 
para efeito de penhora. 
(B) O terreno não edificado não caracteriza bem de família, pois não serve à moradia familiar. 
(C) É inconstitucional a penhora de bem de família do fiador em contrato de locação. 
(D) Não faz jus aos benefícios da lei que regulamenta o bem de família o devedor que não resida 
no único imóvel que lhe pertença, só utilizando o valor obtido com a locação desse bem para 
complementar a renda familiar. 
(E) A execução de dívida oriunda de pensão alimentícia não pode ensejar a penhorabilidade do 
bem de família. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 25 ? (DPE/AM ? FCC/2013) O divórcio 
(A) não pode ser concedido sem prévia partilha dos bens. 
(B) demanda prévia separação judicial, há pelo menos um ano, ou de fato, há pelo menos dois. 
(C) só pode ser requerido se comprovada culpa de um dos cônjuges. 
(D) pode dar ensejo à obrigação de prestar alimentos, a qual não se extingue com novo 
casamento do alimentante. 
(E) não importa restrição aos direitos e deveres decorrentes do poder familiar, salvo na hipótese 
de casamento de qualquer dos pais. 
 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 26 ? (Juiz de Direito/TJPR ? UFPR ? 2013) No que concerne ao poder 
familiar, assinale a alternativa correta. 
(A) O pai ou a mãe que estabelecer nova união estável, não perde, quanto aos filhos do 
relacionamento anterior, os direitos do poder familiar, exercendo-os sem qualquer interferência 
do novo companheiro. 
(B) Os pais, quanto à pessoa dos filhos menores, podem recomendar, não porém exigir, que lhes 
prestem obediência, respeito e os serviços próprios da sua idade e condição. 
(C) Durante o casamento ou a união estável, aos pais compete o poder familiar; na falta ou 
impedimento de um deles, dará o juiz tutor ou curador, conforme o caso. 
(D) Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto permanecem seus vínculos de 
dependência econômica. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 27 ? (Magistratura/TJ/RJ ? VUNESP/2014) Mãe que possui a guarda 
unilateral de dois filhos, menores de 12 anos, oriundos de casamento anterior, contrai nova 
união. Tal fato 
(A) permite que seja alterada a guarda para sua forma compartilhada, a fim de que seja atendido 
o princípio do melhor interesse. 
(B) não repercute no direito de a mãe ter os filhos do leito anterior em sua companhia, salvo 
quando houver comprometimento da sadia formação e do integral desenvolvimento da 
personalidade destes. 
(C) permite ao pai das crianças pleitear a guarda unilateral dos filhos, já que não é aconselhável 
a permanência com a mãe. 
(D) poderá ser considerado para fins de modificação da guarda para os avós ou para pessoas 
com as quais a criança ou o adolescente mantenha vínculo afetivo, atendendo ao seu melhor 
interesse. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 28 ? (MPDFT ? Promotor de Justiça Adjunto ? 2015) Quanto à constituição 
da filiação, segundo disciplina o Código Civil atual, julgue os itens a seguir: 
I. O filho reconhecido quando maior de idade não pode impugnar o reconhecimento, salvo por 
vício de consentimento. 
II. É válido o reconhecimento de filho havido fora do casamento feito por carta informal, sem as 
formalidades devidas. 
III. A adoção de maiores de dezoito anos obedece à disciplina própria do Código Civil e não usa 
regras do Estatuto da Criança e do Adolescente. 
IV. A autoria da ação negatória de paternidade de filhos havidos na constância do casamento 
compete aos cônjuges, comprovada a paternidade por exame de DNA. 
V. Ocorre a presunção da paternidade, em favor do marido, dos filhos havidos por inseminação 
artificial homóloga, quando vivo o marido. Se falecido, a presunção depende da existência de 
prévia autorização do marido. 
A partir do julgamento das afirmações anteriores, escolha a alternativa CORRETA: 
 (A) Estão corretas somente as assertivas I e V. 
(B) Estão corretas somente as assertivas I e II. 
(C) Estão corretas somente as assertivas III e IV. 
(D) Estão corretas somente as assertivas IV e V. 
(E) Estão corretas todas as assertivas. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 29 ? (VII Exame de Ordem Unificado - FGV) A respeito da perfilhação é 
correto dizer que 
(A) constitui ato formal, de livre vontade, irretratável, incondicional e personalíssimo. 
(B) se torna perfeita exclusivamente por escritura pública ou instrumento particular. 
(C) não admite o reconhecimento de filhos já falecidos, quando estes hajam deixado 
descendentes. 
(D) em se tratando de filhos maiores, dispensa-se o consentimento destes. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 30 ? (Promotor de Justiça/MPE/MT ? UFMT/2014) Analise as assertivas 
considerando os preceitos constantes no Código Civil sobre o Direito de Família. 
I ? São parentes em linha reta, até o quarto grau, as pessoas provenientes de um só tronco, sem 
descenderem uma da outra. 
II ? São parentes em linha colateral ou transversal as pessoas que estão umas para com as outras 
na relação de ascendentes e descendentes. 
III ? Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade. 
IV ? Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união 
estável. 
V ? O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do 
cônjuge ou companheiro. 
Estão corretas as assertivas 
(A) I e III, apenas. 
(B) II e IV, apenas. 
(C) III e V, apenas. 
(D) III, IV e V, apenas. 
(E) I, II e V, apenas 
 
QUESTÃO OBJETIVA 31 ? (DPE/TO ? CESPE/2013) Com base no que dispõeo Código Civil sobre 
as relações de parentesco, assinale a opção correta. 
(A) O parentesco por afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união 
estável. 
(B) O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou da afinidade. 
(C) Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade. 
(D) O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos colaterais do 
cônjuge ou companheiro, até o quarto grau. 
(E) Consideram-se parentes em linha reta as pessoas que estejam umas para com as outras na 
relação de ascendência, descendência e colateralidade. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 32 ? (MP/DFT 27.º) Acerca das relações de parentesco e da filiação, 
assinale a alternativa correta. 
(A) O novo Código Civil manteve o prazo prescricional de cinco anos para o filho impugnar o 
reconhecimento de filiação e pleitear a alteração do registro de seu nascimento. 
(B) As relações de parentesco subdividem-se em parentesco por consanguinidade e por 
afinidade, ou seja, são parentes as pessoas que descendem umas das outras, ou de progenitor 
comum, bem como aquelas ligadas por afinidade. 
 (C) Parentesco em linha colateral, decorre da descendência de um só tronco comum, sem que 
exista relação de ascendência e descendência entre os parentes. No parentesco colateral não 
há limitação do parentesco, conta-se o grau pelo número de gerações existentes entre os dois 
parentes. 
(D) O vínculo jurídico de afinidade associa-se apenas ao casamento, não sendo gerado pelo 
companheirismo. Assim, os parentes de um companheiro não mantêm vínculo de afinidade com 
o outro companheiro, e da mesma forma os parentes de um companheiro não são afins do outro 
companheiro. 
(E) A adoção, mesmo do maior de dezoito anos, será sempre consumada através de sentença 
constitutiva, obtida através de processo judicial e com intervenção do Ministério Público. 
 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 33 ? (DPE-MT - UFMT - Defensor Público - 2016) Considerada a obrigação 
alimentar no ordenamento jurídico pátrio, analise as assertivas abaixo. 
I ? É possível a imposição de obrigação alimentar aos parentes por afinidade, em linha reta ou 
transversal, por expressa previsão legal. Doutrina e jurisprudência avalizam a regra codificada, 
ratificando a obrigação alimentar em tais casos. 
II ? Após o nascimento com vida, os alimentos gravídicos ficam convertidos em pensão 
alimentícia em favor do menor até que uma das partes solicite a sua revisão. 
III ? Observadas as suas condições pessoais e sociais, os avós somente serão obrigados a prestar 
alimentos aos netos em caráter sucessivo, complementar e não solidário, quando os pais destes 
estiverem impossibilitados de fazê-lo. 
IV ? Os alimentos compensatórios, ou prestação compensatória, não têm por finalidade suprir 
as necessidades de subsistência do credor, mas corrigir e atenuar grave desiquilíbrio econômico 
financeiro ou abrupta alteração de padrão de vida. 
V ? A pensão alimentícia fixada em percentual sobre o salário do alimentante incide sobre o 
décimo terceiro salário e terço constitucional de férias. 
(A) II, III, IV e V, apenas. 
 (B) I, II, III e IV, apenas. 
(C) II, III e V, apenas. 
(D) I e IV, apenas. 
(E) IV e V, apenas 
 
QUESTÃO OBJETIVA 34 ? (MPE/SP ? Promotor de Justiça ? 2015) Sobre as pessoas obrigadas a 
prestar alimentos, é correto afirmar que: 
(A) o alimentando poderá escolher livremente o parente que deverá prover o seu sustento. 
(B) somente pessoas que procedem do mesmo tronco ancestral devem alimentos, incluindo-se 
os afins. 
(C) na falta dos ascendentes, a obrigação alimentícia cabe aos descendentes, guardada a ordem 
de sucessão e, na falta destes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais. 
(D) os tios poderão ser convocados a suprir alimentos em ação proposta pela sobrinha que deles 
necessitar. 
(E) os pais consanguíneos do adotado são obrigados a prestar-lhe alimentos, se o adotante não 
tiver recursos suficientes para tanto. 
 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 35 ? (Delegado de Polícia/GO - UEG - 2013) Em relação aos institutos da 
Tutela e da Curatela, o Código Civil dispõe o seguinte: 
(A) em se tratando do falecimento dos pais, restando apenas herdeiros menores de 12 anos, de 
acordo com o Código Civil, estes menores incapazes serão postos em curatela, pois ainda não 
possuem discernimento necessário para conviver em sociedade. 
(B) os bens do menor serão entregues aos cuidados do tutor mediante termo especificado deles 
e seus valores, ainda que os pais o tenham dispensado. 
(C) se os bens do menor constituírem valor considerável, o juiz, em prol do interesse do 
hipossuficiente, deverá dirimir o exercício da tutela à prestação de caução regular e 
indispensável, mesmo tratando-se de tutor com reconhecida idoneidade. 
(D) as regras a respeito do exercício da tutela aplicam-se ao da curatela, pois são institutos que 
se complementam de forma interdisciplinar, tratando-se de incapazes ou relativamente 
capazes. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 36 ? (MPE-AC - FMP-RS - 2013) Com base no disposto no Código Civil 
acerca da tutela e da curatela, assinale a alternativa correta. 
(A) Os filhos menores são postos em tutela em caso de os pais decaírem do poder familiar. 
(B) Podem escusar-se da tutela as mulheres maiores de 55 anos, desde que casadas. 
(C) Os bens do menor serão entregues ao tutor mediante termo especificado deles e seus 
valores, salvo se os pais os tenham dispensado. 
(D) O tutor pode dispor dos bens do menor a título gratuito, desde que o faça mediante prévia 
autorização judicial. 
(E) Dar-se-á curador ao nascituro, sempre que o pai falecer, estando grávida a mulher. 
 
QUESTÃO SUBJETIVA 1 ? (Magistratura de São Paulo - 2007 - 2ª Fase) Direito Civil - Dissertação. 
Princípios basilares do Código Civil brasileiro (Lei nº 10.406, de 10.01.2002) Inovações no 
Direito de Família em relação ao Código Civil De 1916 (Livro IV, Título I, Substituto I, Capítulos 
I ao XI). 
Resposta: 
A família é um instituto em eterna mutação, E nem sempre ao legislador é 
possível normatizar todas as condutas sociais, e menos ainda na seara de direito 
de família, que é um dos ramos do direito mais humano, não possuindo assim, 
de pronto, soluções para todas as questões familiares que surgem, a 
Constituição Federal em seu artigo 226 consagra a família como a base da 
sociedade, conferindo a ela especial proteção do Estado, e em seus parágrafos 
alenca o rol de espécies de entidades familiares, sendo elas: a constituída pelo 
casamento civil ou religioso com efeitos civis, a união estável e a família 
monoparental. Porém, em decorrência das rápidas mudanças sociais, novas 
modalidades de famílias vêm se formando, constituídas não só pelos laços 
consanguíneos ou matrimoniais, mas pautadas, primordialmente, na afinidade 
de uns em relação aos outros e no afeto, transformando estas convivências em 
verdadeiras entidades famílias. De tal modo vale-se ressaltar os princípios; 
a) Princípio da eticidade - valorização da ética e da boa-fé, particularmente da 
boa-fé objetiva, aquela que está no plano da conduta de lealdade das partes 
negociais. 
b) Princípio da socialidade - valorização do "nós" em detrimento do "eu", ou seja, 
afastamento do caráter individualista e egoísta da codificação anterior. Assim, 
todos os institutos civis têm importante funcionalização social: a propriedade, a 
posse, o contrato, a empresa, a família, a responsabilidade civil. 
c) Princípio da operabilidade - facilitação do Direito Privado (simplicidade) e sua 
efetivação, por meio do sistema de cláusulas gerais (concretude), que são 
janelas abertas deixadas pelo legislador para preenchimento pelo aplicador do 
Direito, caso a caso 
 
3. FUNDAMENTAÇÃO 
Diante dos fatos estudados, faz-se a seguir evidenciando a legislação sobre o 
tema da consulta para, em seguida, apresentar às inovações do CódigoCivil no 
tocante ao Direito de Família, poderiam ser apontadas as seguintes (arts. 1.511 
a 1.590 do CC): 
1. Igualdade entre o homem e a mulher, na esteira da Constituição Federal de 
1988 (art. 5º, inc. I, e art. 226 da CF/88). No Código Civil, essa igualdade pode 
ser retirada do arts. 1.511, 1.565 e 1.566 do CC. Essa igualdade também atinge 
a capacidade para o casamento (art. 1.517 do CC). 
2. Previsão expressa do princípio da não-intervenção, valorizando a autonomia 
privada no Direito de Família (art. 1.513 do CC). 
3. Possibilidade de conversão do casamento religioso em casamento civil (arts. 
1.515 e 1.516 do CC), como já previam os arts. 226 e 227 da CF/88. 
4. Alteração substancial dos impedimentos matrimoniais, que estavam 
concentrados no art. 183 do Código Civil de 1916 de forma confusa. Os 
impedimentos relativos passaram a constituir causas de anulabilidade (art. 1.550 
do CC). Os antigos impedimentos impedientes passaram a ser tratados como 
causas suspensivas do casamento (art. 1.523 do CC). 
5. Previsão das hipóteses de dissolução da sociedade conjugal e do casamento 
nos termos do que já constava da Constituição Federal de 1988 (art. 227) e da 
Lei do Divórcio (Lei n. 6.515/1977). O aluno poderia apontar que o Código Civil 
de 2002 continua a mencionar a culpa como fundamento da separação (arts. 
1.572 e 1.573 do CC) e que essa vem sendo mitigada pela jurisprudência. 
Poderia apontar, também, que há autores que defendem a sua total extinção no 
tocante às separações judiciais (Maria Berenice Dias, Rodrigo da Cunha Pereira, 
entre outros). Em suma, pode-se concluir que as principais inovações, nos 
capítulos solicitados, não vieram com o Código de 2002, mas sim com a 
Constituição Federal. 
 
 
QUESTÃO SUBJETIVA 2 ? Carlos e Juliana, após 7 anos de namoro, tomaram a importante 
decisão de firmar um noivado para, então, começar os preparativos do matrimônio, que 
perduraram 12 meses, entre organização da moradia do casal e festa de casamento. Tudo 
estava pronto! A casa mobiliada, a festa inteiramente paga, padrinhos preparados, convites 
distribuídos e os noivos aguardavam o grande dia quando Juliana foi surpreendida por uma 
decisão de Carlos: Não quero mais casar! Após momentos desesperados de dúvida e 
sofrimento, Juliana descobriu que Carlos mantinha um relacionamento paralelo há 2 anos com 
uma moça que residia na mesma cidade. Por se tratar de uma cidade pequena, em que 
praticamente todos os habitantes se conhecem, Juliana ficou muito envergonhada e tinha a 
certeza de que a história da traição e abandono de Carlos rapidamente se espalharia. E assim, 
de fato, ocorreu, tendo Juliana de desmarcar a festa, informar aos padrinhos e convidados do 
cancelamento, além de se submeter aos constantes questionamentos e comentários a 
respeito do que acontecera. Diante desta situação, que orientações você daria a Juliana, na 
qualidade de advogado(a) dela? 
Resposta 
A Promessa de casamento (noivado) e a sua responsabilidade civil por sua 
ruptura. De acordo com o ordenamento jurídico a ruptura da promessa de 
casamento pode gerar dano moral ou material indenizável, dada a 
responsabilidade extra contratual do agente. Ressalta o fato de ser extra 
contratual por ainda não haver o matrimônio, este sim possui natureza jurídica 
de contrato especial de Direito de Família. De tal modo o mesmo ordenamento 
jurídico permite a desistência do casamento, portanto é possível, mas é 
necessário, em nome do principio da eticidade, fazê-lo da forma menos danosa 
possível. 
 
 QUESTÃO SUBJETIVA 3 ? Durante o processo de habilitação para o casamento de Marina e 
Josias, Ricardo, antigo noivo de Marina, apresenta ao oficial do registro declaração escrita e 
assinada, instruída com devidas as provas, afirmando serem aqueles irmãos, o que representa 
clarividente impedimento para a realização do casamento entre Marina e Josias. O oficial do 
registro, conforme determina a legislação, cientifica os nubentes acerca da oposição 
formulada por Ricardo, para que possam promover sua defesa, em obediência ao princípio do 
contraditório e ampla defesa. Ao analisar as provas colacionadas por Ricardo, Marina 
identifica a falsidade dos documentos apresentados. Diante destes fatos, como devem 
proceder Marina e Josias, para que possam dar seguimento ao processo de habilitação do 
enlace matrimonial? 
Resposta 
Podem os noivos promover as ações civis e criminais contra oponente de má fé. O oficial do 
Registro dará aos noivos ou a seus representantes nota da oposição, indicando os fundamentos, 
as provas e o nome de quem a ofereceu. Podem os noivos requerer prazo razoável para fazer 
prova contrária aos fatos alegados. Obs.: entendimento sobre a oposição dos impedimentos, é 
necessário que o denunciante se identifique, não se permitindo a oposição anônima, conforme 
se depreende da leitura dos artigos 1.529 e 1.530 do CC/02, podendo o denunciante fazê-lo até 
o momento da celebração do casamento, devendo a denúncia ser apresentada por escrito com 
especificação de onde e como as provas podem ser colhidas, ocorrendo, com a apresentação do 
impedimento, a suspensão da celebração do casamento até a decisão final, de acordo com o 
artigo 67, § 5º, da Lei 6.015/73 (que dispõe dobre o procedimento de habilitação para o 
casamento). 
 
QUESTÃO SUBJETIVA 4 ? A celebração do casamento deve cumprir formalidades legalmente 
previstas que antecedem o ato matrimonial. Seguindo esta premissa, Solange e Lucas 
passaram por todo o processo de habilitação até a chegada do dia da celebração do 
casamento. No momento da celebração, quando perguntado pela autoridade celebrante se 
aquele ato estava ocorrendo por sua livre e espontânea vontade e se ele assim desejava 
receber Solange por sua esposa, Lucas respondeu, em tom jocoso: ?É o jeito!? e sorriu 
complementando: ?É brincadeira, pois desejo recebê-la por minha esposa?. Diante desta 
conduta de Lucas, que providência deverá adotar a autoridade celebrante? 
Resposta: Cabe a autoridade celebrante cancelar a cerimonia, dado a seriedade do ato de 
casamento, a anuência deve ser clara e inequívoca. O Art. 1538, ressalta que a celebração do 
casamento será imediatamente suspensa se algum dos contraentes; 
I – Recusar a solene afirmação de sua vontade; 
II – Declarar que esta não é livre e espontânea; 
Em tempo o parágrafo único trás que o nubente que, por algum dos fatos mencionados, der 
causa á suspensão do ato, não será admitido a retratar-se no mesmo dia. 
 
QUESTÃO SUBJETIVA 5 ? A celebração do casamento de Mário e Clara aconteceu após todo o 
regular trâmite do processo de habilitação, sem que nenhuma oposição tenha sido realizada. 
Cinco meses após o casamento, Mário e Clara venderam um imóvel para Ricardo, no valor de 
R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), tendo sido realizada a pertinente escritura pública 
de compra e venda, com a averbação no respectivo Registro de Imóveis. Ocorre que, um ano 
após o matrimônio, Roberta apresentou oposição, arguindo causa suspensiva. Qual a 
consequência desta arguição para os envolvidos? 
Resposta: 
As causas suspensivas não tornam nulo ou anulam o casamento apenas o torna 
irregular, de forma a não afetar o negócio. 
 
QUESTÃO SUBJETIVA 6 ? João e Maria são casados sob o regime da comunhão parcial de bens. 
João, pretendendo vender ou doar um bem particular, que lhe pertence com exclusividade, 
necessitará da anuência da sua esposa? (GAGLIANO e PAMPLONA FILHO, 2018) 
Resposta: 
Neste caso não será necessário, entretanto, por oportuno, deve ser registrado que 
doar é diferente de vender ou gastar. O cidadão apto para os atos da vida 
civil tem o direito de vender os seus bem e gastar a sua fortuna na forma e 
nas condições que melhor lhe aprouver 
 
 
 
 
 
QUESTÃO SUBJETIVA 7 ? No regime da comunhão universal de bens existe previsão de 
exclusão da comunhão dos bens doados ou herdados com acláusula de incomunicabilidade, 
e os correspondentes sub-rogados (art. 1.668, I, CC). Esse bem gravado com a 
incomunicabilidade pode ser vendido ao outro cônjuge? (TARTUCE, 2017, p. 183). 
Resposta: 
A cláusula de incomunicabilidade de bens é bastante utilizada nas doações de 
ascendentes para descendentes ou mesmo em testamentos. Seu objetivo é evitar que, 
após a transferência aos filhos do patrimônio arduamente conquistado pelos pais, 
ocorra a comunicação desses bens com maridos, esposas ou companheiros dos 
filhos. De fato, a cláusula de incomunicabilidade é eficaz ao evitar que, na 
eventualidade de um divórcio ou dissolução de união estável entre os filhos e seus 
cônjuges ou companheiros, estes levem consigo grande parte do patrimônio doado 
pelos pais. 
Essa cláusula possui eficácia mesmo no caso de os filhos adotarem o regime de 
comunhão universal de bens, pois, segundo os artigos 1.667 e 1.668, I, do Código 
Civil, não há comunicação dos bens doados ou herdados com a cláusula de 
incomunicabilidade. Isso significa que, mesmo se os filhos contraírem casamento ou 
união estável sob o regime de comunhão universal de bens, será possível evitar que 
o patrimônio objeto de doação ou herança se comunique com o cônjuge ou 
companheiro, desde que haja cláusula de incomunicabilidade no momento da doação 
ou do testamento. Se os filhos optarem pelo regime de comunhão parcial de bens, a 
própria lei estipula a incomunicabilidade no artigo 1.659, I, do Código Civil, que prevê 
a exclusão da comunhão dos bens adquiridos por doação ou sucessão e os sub-
rogados em seu lugar. 
Ademais, no caso de adoção do regime de separação total de bens, não haverá a 
comunicação do patrimônio dos cônjuges ou companheiros (incluindo os doados e 
herdados). 
Nesses dois últimos casos (comunhão parcial de bens e separação total de bens), a 
incomunicabilidade da herança ou dos bens doados decorre da própria lei. Porém, 
como os pais não podem antever qual será o regime de bens a ser escolhido por seus 
filhos, é recomendável a previsão de cláusula de incomunicabilidade em doações ou 
testamentos. 
Conclui-se a partir disso que a cláusula de incomunicabilidade possui eficácia em caso 
de divórcio ou dissolução de união estável, evitando que os bens herdados ou doados 
pelos pais aos filhos se comuniquem com seus cônjuges ou companheiros. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10617159/artigo-1667-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10617121/artigo-1668-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10617088/inciso-i-do-artigo-1668-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10618054/artigo-1659-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10618011/inciso-i-do-artigo-1659-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
É importante ressaltar, contudo, que não acontece o mesmo na hipótese de 
falecimento dos filhos, ou seja, a cláusula de incomunicabilidade, apesar de garantir 
certa proteção em caso de divórcio ou dissolução de união estável, não possui eficácia 
com relação a direitos sucessórios dos cônjuges ou companheiros supérstites. Nesse 
sentido, a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o Recurso Especial nº 
1552553/RJ, consolidou o entendimento de que em caso de falecimento do filho que 
recebeu herança ou doação com cláusula de incomunicabilidade, o cônjuge 
sobrevivente, assim como quaisquer outros herdeiros necessários, possuem direito à 
sua herança, nela incluídos os bens gravados com a referida cláusula. 
Diante disso, considerando a ineficácia da cláusula de incomunicabilidade com relação 
aos direitos sucessórios do cônjuge ou companheiro sobrevivente, é relevante a 
previsão da cláusula de reversão nos contratos de doação com reserva de usufruto 
vitalício, segundo a qual os bens doados retornarão ao doador, caso o donatário faleça 
antes de seus pais. 
É recomendável, portanto, a utilização conjunta das cláusulas de incomunicabilidade 
e de reversão nos contratos de doação entre ascendentes e descendentes, aliadas 
também a outros instrumentos jurídicos, com o objetivo de proteger os interesses dos 
pais doadores. 
 
QUESTÃO SUBJETIVA 8 ? Priscila e Reginaldo casaram sob o regime da separação convencional 
de bens, pois pretendiam ter exclusividade de administração sobre seu patrimônio pessoal, 
podendo livremente aliená-lo ou gravá-lo de ônus real. Durante a constância do casamento 
adquiriram um imóvel financiado em nome de Reginaldo, pelo Banco Crediamigo, onde 
residem atualmente, e cujas parcelas são pagas em rateio pelos consortes. Advindo a 
separação do casal, como fica a situação de Priscila? 
Resposta 
Resposta: De acordo com o Art. 1.660. I - os bens adquiridos na constância do casamento por 
título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges; de tal modo serão partilhados em 
igual proporção (50% para cada um) 
 
QUESTÃO SUBJETIVA 9 ? Tício, residente na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, 
vive em união estável, nessa cidade, com Maria Antonia, desde o ano de 2002. A união 
apresenta todos os requisitos constantes na lei civil. Toda a sociedade local reconhece a 
existência da entidade familiar, tratando os companheiros como se casados fossem. Todavia, 
Tício é viajante e, desde o ano de 2003, encontra-se com Maria Figueiredo todas as segundas-
feiras, na cidade de Franca, onde mantém um escritório. A relação também se enquadra nos 
termos do art. 1.723 do CC/2002. Tício e Maria Figueiredo têm um filho comum: João 
Henrique, de um ano de idade. Tício mantém ainda uma união pública, notória e contínua com 
Maria Augusta, na cidade de Batatais, para onde vai todas as quintas-feiras vender seus 
produtos. Aliás, Maria Augusta é dona de um estabelecimento comercial em que Tício consta 
como sócio. Ambos têm um negócio lucrativo naquela cidade do interior paulista. O 
relacionamento amoroso existe desde 2004. Por fim, Tício tem um apartamento montado na 
cidade de São Paulo, onde vai ocasionalmente, de quinze em quinze dias, a fim de comprar 
produtos para vender no interior paulista. Nesse apartamento reside Maria Carmem, com 
quem Tício tem um relacionamento desde o final do ano de 2004. Essa sua convivente está 
grávida e espera um filho seu. No caso hipotético, uma Maria não sabe da existência da outra 
como convivente de seu companheiro, até que, um dia, o pior acontece e o mundo desaba. 
Cada um destes relacionamentos constitui uma união estável, nos termos do que consta do 
Código Civil e da Constituição? (TARTUCE, 2017, p. 354-355) 
Resposta 
A responsabilidade objetiva de Tício tem fundamento o abuso de direito cometido, previsto no 
mesmo art. 187 do novo Código Civil, bem como a quebra dos deveres anexos decorrentes da 
boa-fé. De qualquer forma, se uma Maria não ignorar a existência da união plúrima do seu 
convivente, não terá a mesma direito à aplicação das regras da união estável putativa, já que 
não ignorava o impedimento. Também não poderá requerer indenização, pois não há que se 
falar em abuso de direito quando ambas as partes agem de má-fé no negócio jurídico celebrado. 
Após a análise dessa segunda corrente, repita-se, para nós a mais justa, abordemos um terceiro 
entendimento, pelo qual todas as uniões constituem entidade familiar, devendo ser 
reconhecido os direitos de todas as Marias, independente de qualquer coisa. Essa corrente é 
encabeçada por Maria Berenice Dias. De qualquer forma, também há problemas nesse 
entendimento: primeiro, por desprezar a fidelidade como fator essencial ou quase essencial à 
união estável; depois, por desprezar os próprios requisitos da sua caracterização,pois a união 
deve ser exclusiva 
 
QUESTÃO SUBJETIVA 10 ? Carmen e Henrique mantiveram um matrimônio por 15 (quinze) 
anos do qual advieram dois filhos: Clara e João Pedro. Ocorre que as dificuldades diárias e os 
desentendimentos constantes fizeram com que os cônjuges optassem por encerrar o vínculo 
conjugal através do divórcio. Por serem menores os filhos, era necessário que decidissem 
como seria estabelecida a guarda, questão este que foi levada à apreciação do Poder 
Judiciário. Durante a primeira audiência, o Magistrado percebeu o clima de discórdia existente 
entre o casal, que travava discussões por aspectos insignificantes e não chegava a um 
consenso no tocante ao interesse dos filhos menores. Diante desta situação, na qualidade de 
julgador desta demanda, você concederia a guarda compartilhada? 
Resposta: 
Atuando em acordo com o Código Civil Brasileiro, concederia a guarda compartilhada, neste 
momento, para tentar diminuir a dor gerada aos filhos por esta separação. Vale ressaltar que a 
decisão da guarda não é definitiva e que o processo pode ser revisado a qualquer momento. 
 
QUESTÃO SUBJETIVA 11 ? (86.º Concurso de Ingresso no MPSP - Segunda fase - realizada em 
1º de fevereiro de 2009). (Direito Civil). Considere o seguinte problema: Ivo estabeleceu união 
estável com Ada, a qual possuía um filho de dois anos de idade, Pio, fruto de outra união, 
registrado apenas pela mãe. Espontaneamente, por escritura pública, Ivo reconheceu Pio 
como filho, acrescentando o sobrenome paterno no assento de nascimento da criança. 
Passados doze anos, desfeita a união estável, o perfilhado promoveu ação de alimentos ante 
o perfilhante, que, em contrapartida, aforou ação negatória de paternidade cumulada com 
anulação do registro civil, calcada no fato de não ser o verdadeiro pai do menor, e alegou ter 
sido forçado pela companheira a reconhecêlo. As provas confirmaram a inexistência de 
vínculo biológico entre Ivo e Pio, seja pelo exame de DNA seja pela confissão de Ada, vindo os 
autos ao Ministério Público para alegações finais. Como promotor de justiça, em forma de 
súmula, aponte os fundamentos do parecer sobre a procedência ou não da ação negatória de 
paternidade cumulada com anulação do registro civil. 
Resposta 
Pode-se iniciar com a seguinte observação: importante frisar que o STJ sedimentou o 
entendimento de que, em conformidade com os princípios do Código Civil de 2002 e 
da Constituição Federal de 1988, o sucesso da ação negatória de paternidade, depende da 
demonstração, a um só tempo: a) da inexistência de origem biológica (demonstrada com exame 
de DNA negativo); b) de que não tenha sido constituído o estado de filiação socioafetiva, 
edificado, na maioria das vezes, pela convivência familiar; e c) demonstração inequívoca de vício 
de consentimento do pai registral no momento do registro. 
II- DO DIREITO 
Importante reiterar que o Autor, no momento do registro, acreditava ser ele o pai biológico da 
Requerida. Em nenhum momento registrou a Requerida sabendo que não era seu pai. Evidente, 
portanto, o erro e o vício no consentimento, o que torna possível o presente pedido, posto que 
presentes a legitimidade e o interesse de agir. 
Afastada, portanto, a limitação esculpida no art. 1.609 do Código Civil, aplicável apenas nos 
casos onde a parte, espontaneamente, mesmo sabendo da inexistência do vínculo, reconhece 
como seu, filho alheio. A hipótese tratada nos presentes autos é justamente oposta, pois o Autor 
acreditava ser realmente o pai biológico da Requerida. 
O artigo 1.604 do Código Civil ressalva que “ninguém pode vindicar estado contrário ao que 
resulta do registro de nascimento, salvo provando-se erro ou falsidade do registro”, justamente 
o caso em tela. 
Tal preceito é no sentido que deve prevalecer a verdade real sobre a formal, de modo que o 
reconhecimento voluntário não inibe o seu exercício pelo perfilhante, que por defeito do ato 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10622271/artigo-1609-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10622568/artigo-1604-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
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jurídico, quer por não espelhar a verdade. Trata-se de irrevogabilidade vitanda que impede a 
retração pura e simples do ato, mas não a sua anulação por meio de decisão judicial 
(artigos 1º da Lei nº 8.560/92, 1.604 do Código Civil de 2002 e 113 da Lei de Registros Publicos). 
 
QUESTÃO SUBJETIVA 12 ? Cláudio foi casado com Silvana durante doze anos, mas estão 
separados desde janeiro do corrente ano. Na hipótese do art. 1.597, II, Cláudio se nega a 
reconhecer um filho de sua ex-mulher. Há alguma providência que pode ser adotada por 
Silvana? 
Resposta: 
Com relação aos filhos nascidos na constância do matrimônio, ocorre uma ficção legal, na qual 
a paternidade é presumida. Isto advém da sistemática do Código Civil, que dispõe no art.1.597: 
 
Art.1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos: 
 
I – nascidos 180 (cento e oitenta) dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência 
conjugal; 
 
II – nascidos nos 300 (trezentos) dias subseqüentes à dissolução da sociedade conjugal, por 
morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento; 
 
Entretanto, cabe destacar que a presunção da paternidade, nos casos acima elencados, é 
relativa ou juris tantum, pois a prova contrária é limitada, porém, em relação a terceiros é 
absoluta, pois ninguém pode contestar a filiação de alguém, visto ser a ação para esse fim 
privativa do pai (CC, art. 1.601). Firma o Código a presunção de que é pai aquele que o 
casamento demonstra; assim, presume a lei que o filho de mulher casada foi gerado por seu 
marido. Pai, até prova em contrário por ele próprio, produzida, é o marido. 
 
Os filhos havidos fora dos períodos legais não são atingidos pela presunção firmada pelo 
art.1.597. A presunção de paternidade não é juris et de jure ou absoluta, mas juris tantum ou 
relativa, no que concerne ao pai, que pode elidi-la, provando o contrário. Essa ação negatória 
de paternidade é de ordem pessoal, sendo privativa do marido, pois só ele tem legitimatio ad 
causam para propô-la (CC, art. 1.601, caput) a qualquer tempo; mas se, porventura, falecer na 
pendência da lide, a seus herdeiros será lícito continuá-la (CC, art. 1.601, parágrafo único). 
Contudo, o marido não pode contestar a paternidade ao seu alvedrio; terá de mover ação 
judicial, provando uma das circunstâncias taxativamente enumeradas em lei (CC, arts. 1.599, 
1.600, 1.602 e 1.597, V, in fine) 
De tal forma será necessário impetração de ação para reconhecimento de paternidade. 
 
 
QUESTÃO SUBJETIVA 13 ? (DPE/RR - CESPE/2013 - Adaptada) Lucas, com dezoito anos de 
idade, procurou a Defensoria Pública com o objetivo de receber uma orientação jurídica. 
Afirmou que, quando possuía quatro anos de idade, seu genitor fora condenado a pagar 
alimentos mensais em seu favor, fixados em 30% do salário mínimo. No entanto, o 
alimentante nunca efetuou o pagamento de uma prestação alimentar sequer. Nesses termos, 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/12094088/artigo-1-da-lei-n-8560-de-29-de-dezembro-de-1992
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https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11324872/artigo-113-da-lei-n-6015-de-31-de-dezembro-de-1973
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indagouao Defensor Público responsável pelo atendimento se poderia cobrar o montante 
integral em atraso. À luz das disposições civilísticas a respeito dos institutos da prescrição e 
dos alimentos, existe esta possibilidade? 
Resposta: 
Temos aqui duas situações, A primeira delas, é o rito escolhido: se for a via da prisão, somente os 
três últimos meses podem ser cobrados, além daqueles meses que forem vencendo durante o 
processo. O rito da expropriação (ou penhora) permite cobrar dívidas mais antigas. 
A segunda situação é a idade do credor e o responsável pelo pagamento da pensão. O Código 
Civil estabelece que não corre a prescrição entre ascendentes e descendentes, enquanto durar 
o poder familiar. Em outras palavras, isso significa que se estamos falando de pensão entre pais 
e filhos, até que estes completem 18 (dezoito) anos, é possível cobrar todas as parcelas 
retroativas devidas. 
Agora, se o credor é maior de idade, só é possível cobrar os últimos 2 (dois) anos.

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