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genes e comportamento ALBY

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Introdução 
A teoria dos genes egoístas é de facto a respeito de genes egoístas, e não de indivíduos egoístas. Genes egoístas levam animais ocasionalmente a serem egoístas enquanto indivíduos, mais podem levar animais a serem altruístas em particular pode leva-los a serem altruístas em relação ao parentesco próximo e também a outros indivíduos que tenha a capacidade de devolver o favor, essa é a base, a base evolutiva dos humanos, porque os humanos evoluíram pelo mesmo processo evolutivo que todas as outras criaturas.
Porem os humanos tem uma vantagem adicional, já que nossos cérebros evoluíram pelo processo de selecção de genes egoístas. Nossos cérebros evoluíram para se tornar cada vez maiores. A ponto que agora já somos capazes de nos emancipar dos genes egoístas. E possível que hoje os humanos demostrem níveis de empatia altruísmo e cooperação que não correspondem a necessidades imediatas e de curto prazo de nossos próprios genes. Eles podem ter tido sua base original, na selecção dos genes egoístas, mais muitos humanos fazem coisas pelas quais um darwinista ortodoxo balançaria a cabeça e diria: “isso não é Darwinista”. Quando doamos dinheiro para caridade, sangue aos hospitais, quando cuidamos dos animais, pobres e idosos. Todos estes actos de simpatia, actos de empatia podem apenas de uma forma sútil remeter a selecção dos genes egoístas. Assim sendo creio que possa ser feito, pois não há dúvidas, que muitos humanos não todos mais muitos deles tem a capacidade de ter empatia o que vai muito além do que se esperaria em uma interpretação ingénua do darwinismo. Assim sendo muitos humanos são de facto altruístas cooperativos e não darwinistas.
 Mais quando se trata da minha existência eu sou de facto um ardente darwinista, mais quando se trata de explicar porque est6amos aqui, eu também sou um ardente antidarwinista, quando se trata de planejar o tipo de sociedade na qual desejamos viver, podemos fazer planos para um futuro altruísta, deixando para atrás os nossos genes egoístas.
 
O presente trabalho com o tema, genes e o comportamento, pretendemos debruçar conteúdos como: indivíduos egoístas, organização social dos primatas e dos tecelões, (aves). Para a sua elaboração, cruzaram-se obras de diferentes autores, com ênfase a internet. Para a efectivação do mesmo, traçamos os seguintes objectivos:
· Definir conceitos relacionados ao tema;
· Descrever comportamentos egoístas;
· Falar da organização social dos primatas e tecelões.
Há muitos autores que concebem o comportamento de diferentes maneiras nas várias aras do saber, mas na Biologia do Comportamento define-se como acções e reacções do organismo na base de uma troca de informações com o ambiente. Com efeito, alguns autores afirmam que por razões obvias, os cientistas não podem realizar estudos de linhagem ou de selecção com seres humanos, mas existem algumas maneiras para estudar a genética comportamental indirectamente. E na visão de alguns geneticistas, referem que o próprio comportamento não é herdado, o que é herdado é o ADN, que compreende os genes. Mais detalhes, constam no corpo do próprio trabalho.
Com vista o melhoramento deste trabalho, esperamos do caro leitor uma critica construtiva, pois é um conhecimento não acabado por se tratar de um conteúdo tão vasto e complexo para o seu tratamento.
1. Genes e o comportamento
1.1. Conceitos básicos 
Segundo BURNIE, (1994:36), gene é uma unidade básica de hereditariedade que transporta as instruções necessárias para dirigir a síntese de uma determinada proteína.
O conceito básico e clássico para a compreensão de gene é que ele uma região funcional do DNA contidos nos cromossomos, cujo papel é codificar proteínas e que controla característica hereditária (GRIFFTHS et al., 2002).
Na Biologia do Comportamento define-se o comportamento como acções e reacções do organismo na base de uma troca de informações com o ambiente.
Contudo, nem sempre um caractere hereditário é determinado por um único gene, pois, podemos tê-lo determinado por um conjunto de genes agrupados, os supergenes. Também um efeito fenotípico determinado por um gene pode ser modificado por outros genes situados em outros loci, o que é conhecido como epistase; ou ainda um gene pode afetar mais de um caractere (efeito pleiotrópico).
1.2. Papel dos genes sob o comportamento
Quando se trata de comportamento não é um único gene que determina as ações e sim a influência de vários genes (interação gênica), no entanto as experiências individuais e fatores ambientais são capazes de modular os genes.
É comum ouvirmos nas conversas principalmente entre familiares o seguinte: “esse menino é inteligente como pai; essa menina tem um gênio forte igual da avó”, porém até onde os genes influenciam no comportamento? Será que nossas atitudes são programadas antes de nascermos?
Conforme Brunoni (2009), o papel dos genes na formação do nosso sistema nervoso central é preponderante, mas não absoluto quando se trata de desenvolvimento mental. Outros fatores entram em interação, como os ambientais, os educativos e os socioculturais.
Mas as repostas para essas e outras perguntas tem provocado debates en reflexões, especialmente quando há divulgação das pesquisas que relacionam a pré-disposição genética e o comportamento humano.
Há vários comportamentos que são intrigantes desafios para o entendimento como: anorexia, ortoroxia, transtorno bipolar, entre outros. Na questão psicológica e genética o homossexualismo talvez seja o mais polêmico, principalmente pelas controvérsias religiosas, culturais e científicas. Ainda mais que no presente século (XXI) a dita opção sexual é sempre motivo de grandes debates, principalmente quando abordados em programas televisivos ou de rádio, há sempre grande audiência quando o tema está em destaque.
Por causa das considerações éticas e legais nos estudos humanos, a questão sobre alguns componentes do comportamento humano serem herdados é controversa. Estudos controlados sobre os factores hereditários no comportamento humano são difíceis de planejar, (KANDEL,1995:44).
MORIN, (1996:72) afirma que por razoes obvias, os cientistas não podem realizar estudos de linhagem ou de selecção com seres humanos. Mas existem algumas maneiras para estudar a genética comportamental indirectamente. Acrescentam ainda que os estudos de família são baseados na pressuposição de que, se os genes são capazes de influenciar uma característica, parentes próximos têm maior probabilidade de manifestar essa característica que parentes distantes, porque possuem mais genes em comum.
Entretanto, alguns autores afirmam que genes têm uma forte influência sobre o comportamento humano. O QI é grandemente herdável, mas isto tem sido questionado. A forma como humanos herdam características comportamentais é chamada nativismo psicológico, comparado a forma que o comportamento humano e a cultura são virtualmente inteiramente construídos (tabula rasa).
Segundo KANDEL, (1995:43) o comportamento emerge como resultado do impacto dos factores ambientais sobre esses circuitos neurais em desenvolvimento. O ambiente começa a exercer sua influência in utero, e assume importância primordial após o nascimento. Com efeito, para entendermos plenamente o comportamento, temos que compreender os factores determinantes, tanto inatos (genético e do desenvolvimento) quanto ambientais.
Todo comportamento é configurado pela interacção dos genes com o ambiente. Mesmo o comportamento mais estereotipado é influenciado pelo ambiente, enquanto o comportamento altamente plástico, como a linguagem, é limitado por factores inatos.
As principais conclusões a que se chegou foram resumidas por IMMELMANN (1983). Segundo ele as investigações recentes mostram-nos que:
· As bases genéticas do comportamento correspondem às das diferentes característiscas dos organismos;
· Na sua grande parte os comportamentos subordinam-se a uma herança poligénica, em que diferentes genes determinam o processo de formação de um comportamento;
· O comportamento de um animal constitui um todo harmónico,que pode ser afectado.por modificações e perdas de suas componentes, como é o caso dos bastardos.
2. Indivíduos Egoístas ou vantagens para o grupo
Muitos biólogos acreditam que somos todos seres egoístas, que buscam apenas espalhar os próprios genes e perpetuar a linhagem a que pertencemos - até em nossos actos mais benevolentes. Em maior ou menor grau, todos temos problemas com o egoísmo. Já que isso é tão comum, por que então nos preocuparmos com o egoísmo? Porque o egoísmo é na verdade uma autodestruição em câmera lenta. Não admira que o Profeta Joseph Smith tenha admoestado: "Não só se deve sepultar todo sentimento egoísta, mas aniquilá-lo por completo". (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p.174.) Nossa meta, portanto, é aniquilá-lo, não apenas moderá-lo. 
2.1. As primeiras Formas do egoísmo 
As primeiras e mais conhecidas formas de egoísmo são:
· Enaltecer-se à custa dos outros; atribuir-se o mérito alheio ou super estimar sua contribuição pessoal; alegrar-se com o fracasso dos outros;
· Ressentir-se com o genuíno sucesso alheio; 
· Preferir a retaliação pública à reconciliação confidencial;
· Aproveitar-se de alguém "por causa de suas palavras. 
Por concentrar-se apenas em si mesmo, torna-se mais fácil para o egoísta prestar falso testemunho, roubar e cobiçar, já que considera que nada lhe deva ser negado. O egoísmo também faz-nos ser mal-educados, desdenhosos e egocêntricos, privando as pessoas de bens, elogios e reconhecimentos necessários, quando em nosso egoísmo passamos por elas sem as notarmos. O comportamento egoísta leva-nos a coisas piores, como agir com grosseria, falar asperamente e empurrar os outros para fora de nosso caminho (tanto literal quanto figurativamente falando). 
Em contraste com a senda do egoísmo, não há lugar para grosseria no caminho estreito e apertado. Jamais haverá maus-tratos do cônjuge ou dos filhos se houver amor abnegado no lar. Além disso, é bem mais fácil desenvolver a abnegação no seio da família. Da mesma forma, o diligente cumprimento das tarefas aparentemente simples que temos na Igreja ajuda-nos ainda mais a vencer o egoísmo. Quem não é egoísta também dispõe de maior liberdade. Como disse G. K. Chesterton, quando nos interessamos pelos outros, mesmo que não se interessem por nós, sentimo-nos mais livres, e as pessoas parecem-nos mais agradáveis e simpáticas. (RACHELS, 2004: pp. 98-109).
 As muitas maneiras de expressar egoísmo em nosso discipulado diário são contrabalançadas pelas muitas maneiras que temos de evitá-lo. A humildade é o verdadeiro remédio para o egoísmo; pois não o mascara pura e simplesmente, mas o elimina! Um dos primeiros passos seria fazermos a seguinte pergunta antes de tomar qualquer decisão importante: "A quem, na verdade, estou procurando satisfazer?" Ou então, no momento em que estivermos prestes a fazer algo importante, devemos parar e pensar nas consequências. Ponderando com seriedade, multiplicaremos por dez o valor de nossas acções; porque a humildade e a reflexão podem impedir-nos de agir de forma excessiva e destrutivamente egoísta. 
Também podemos humildemente permitir que nossas ideias tenham vida própria, sem as cercearmos excessivamente, deixando o Espírito impelir nossas ideias justas. 
Infelizmente, quando as pessoas são muito egoístas, esse egoísmo passa a fazer parte da cultura. As sociedades podem vir a tornar-se desprovidas de ordem, de misericórdia, de amor, pervertidas e insensíveis. 
A decadência de uma cultura se acelera quando certos grupos egoístas e de interesses restritos da sociedade passam a ignorar os valores comuns anteriormente compartilhados por todos. Existem aqueles que talvez não estejam contribuindo para essa decadência, mas que se colocam à parte do problema, quando poderiam manifestar-se para impedir seu avanço, como lhes seria de direito. 
Actualmente, os valores tradicionais vêm sendo relegados por causa de pequenos grupos de pessoas egoístas que exigem que todos sejam e ajam como eles. Esses pequenos grupos não demonstram pelos outros a mesma tolerância com que foram tratados no passado. 
O egoísmo, na verdade, é o catalisador de todos os pecados capitais. É o martelo que destrói os Dez Mandamentos, seja por meio do desrespeito aos pais ou da negligência em santificar o dia do Senhor quanto pela incitação ao falso testemunho, assassinato ou inveja. Alguns egoístas erroneamente acreditam que, na verdade, não existe uma lei divina e consequentemente não há pecados. Desse modo, os egoístas contentam-se com a ideia de que o modo certo de agir depende da situação e não de mandamentos absolutos. O egoísta, portanto, sente-se justificado em fazer tudo que esteja ao alcance de sua força e inteligência para conquistar o sucesso, uma vez que não existe nada que seja realmente errado.
Uma das piores consequências do egoísmo extremo é a profunda perda da noção do certo e do errado, como coar o mosquito e engolir o camelo. Vemos actualmente, por exemplo, aqueles que coam vários mosquitos mas engolem a prática de abortos de final de gestação. 
Quando deixamos o egoísmo desenvolver-se, ocorre o mesmo que aconteceu com um grupo de crianças que "[cresceram] ( . . . ) e [começaram] a agir por conta própria", tornando-se rebeldes e obstinadas. O grande egoísta usa as outras pessoas mas não as ama.
2.2. Vantagens do egoísmo 
2.2.1. Dois argumentos a favor do egoísmo Psicológico
Há dois argumentos gerais que foram adiantados com frequência em defesa do egoísmo psicológico. São argumentos “gerais” na medida em que cada um tenta estabelecer de um só golpe que todas as acções, e não apenas uma classe limitada de acções, são motivadas pelo egoísmo.
2.2.1.1. O argumento de que fazemos sempre o que mais desejamos fazer.
Se descrevemos as acções de uma pessoa como egoístas e as de outra como não egoístas estamos a descurar o facto crucial de que em ambos os casos, partindo do princípio de que a acção é realizada de forma voluntária, a pessoa está apenas a fazer o que mais deseja fazer.
Este argumento tem algumas falhas. Primeiro, baseia-se na ideia de que as pessoas nunca fazem voluntariamente senão o que desejam fazer. Mas isto é redondamente falso. Por vezes fazemos coisas que não queremos fazer, portanto são um meio necessário para um fim que queremos atingir, por exemplo, não queremos ir ao dentista, mas vamos na mesma para evitar dores de dentes.
Mas há igualmente coisas que fazemos, não porque o desejamos, e nem mesmo porque são meios para um fim que queremos atingir, mas porque sentimos que devemos fazê-las. Por exemplo, alguém pode fazer uma coisa porque prometeu fazê-la, e sente-se, por isso, obrigado, mesmo não desejando fazê-la.
2.2.1.2. O argumento de que fazemos o que nos faz sentir bem.
O segundo argumento geral em defesa do egoísmo psicológico apela para o facto de quase todas as acções ditas altruístas produzirem um sentido de auto-satisfação nas pessoas que as realiza. Agir “altruisticamente” faz as pessoas sentirem-se bem consigo mesmas, e isso é o seu verdadeiro objectivo.
Por que razão devemos pensar, apenas porque alguém obtém satisfação aos outros, que isso faz dele um egoísta? Não é a pessoa altruísta precisamente a que de facto tem satisfação no auxílio aos outros, enquanto o egoísta não tem?
Por que razão uma pessoa obtém satisfação ao auxiliar os outros? Porque será que nos sentimos bem ao doar dinheiro para apoiar um abrigo para pessoas sem lar, quando podíamos gastar esse dinheiro connosco mesmos? A resposta tem de ser, pelo menos em parte, que somos o tipo de pessoa que se importa com o que acontece aos outros. Se não nos importamos com isso, doar dinheiro parecerá um desperdício e não uma fonte de satisfação. Vai fazer-nos sentir parvos e não santos.
4. Organização social dos Primatas
Williams e Bernstein (1995) enfatizam a importância da flexibilidade comportamental relacionando-a com a capacidade de adaptação que várias espécies de primatas mostram, ao ocuparem uma multiplicidade de nichos ecológicos:
 “O principal impulso adaptative na evolução primata tem sido a habilidadedesses animais de interagirem socialmente e usar o comportamento para reagir a novos ambientes”
Antes deles, Kummer (1971) também salientou esse critério ao enfatizar que os primatas possuem poucas especializações ecológicas tão importantes quanto a sociabilidade, possibilitando nessas espécies a capacidade de esperar para agir articuladamente como forma de resposta aos desafios ambientais. O autor não negligenciou outras especializações morfológicas tais como as ocorridas com as patas e com a cauda que foram ocorrendo ao longo de milhões de anos, ou mesmo adaptações ecológicas tal como uma dieta diversificada ocorrida em função de modificações no ambiente original, mas salientou que a capacidade dos indivíduos para responderem de forma articulada, potencializou as capacidades individuais e com isso aumentou também as chances de sobrevivência da espécie.
Tal capacidade para atos sociais articulados ajudam a maioria dos primatas a adaptarem-se melhor às condições de cativeiro. Esse argumento é reforçado pelos estudos
de Bamett e Hemswoth (1990), Lewine e Coe (1988) e Pond e Rush (1983), indicando que muitos primatas irão manifestar em termos psicológicos e fisiológicos, niveis altos de estresse, que ocorrem quando o animal se encontra em isolamento, ou seja, na ausência dos múltiplos parceiros sociais com os quais o animal em questão costumava interagir.
Williams e Bernstein salientam o exemplo de dois primatas sul americanos que
apresentam modelos de relacionamento social diferentes em função de diferenças nos
modelos de alimentação:
Modelos de alimentação podem influenciar a quantidade e os tipos de interações sociais experienciadas por uma espécie. Macacos aranha (Ateies) e Bugios (Alouattinae) tem modelos de coesão grupai muito diferentes, que podem ser relacionados cto tipo de fruta que eles comem. Macacos aranha alimentam-se de uma fruta que está distribuída mais embaixo, em án’ores e arbustos, e por conseqüência são obrigados e espalharem-se dentro de pequenos grupos para vasculhar, voltando para dormirem juntos (um tipo de estrutura fissão-fusão). Os Bugios movem-se por toda parte em grupos sociais intactos, comendo frutas que são abundantes em grandes cachos. (Williams e Bernstein, 1995, pag.79).
4.1. Criterios de agrupacao social dos primatas 
Eisenberg (1965) sugeriu o uso de cinco critérios para considerar um agrupamento
de animais como sendo urna forma de expressão social:
1) Os membros de um grupo devem mostrar alguma forma de estabilidade temporal.
2) Devem mostrar uma unidade espacial durante o período em que estão juntos.
3) Membros de um grupo social precisam mostrar uma diferenciação entremembros do grupo e não membros.
4) Um grupo deve ter alguma forma de sistema de comunicação que resulte em
uma atividade coordenada.
5) Devem apresentar trabalho em cooperação, ou seja, realizar ação articulada no
ambiente, tal como defesa ou exploração de recursos.
Os dois primeiros critérios apontados pelo autor devem ser analisados com cuidado pois não são conceitos absolutos, mas sim, relativos para cada espécie. Deve-se considerar com cuidado os possíveis critérios que definirão o grau de estabilidade de um grupo. Os chimpanzés por exemplo, têm sido usualmente classificados como pertencentesa uma categoria de sociedade animal denominada de fissão-fusão (Goodall,1973; Hirawahasegawa. 1884; Nishida,1989).
4.2. Tipos de organização social dos primatas
Tentar enquadrar o complexo repertório comportamental relativo aos diversos padrões de interação social apresentados pelos primatas, constitui-se em uma tarefa bastante complexa, principalmente porque muitas dessas espécies de animais se organizam em modelos mistos, como por exemplo, o babuíno hamadrias que apresenta uma clara estrutura centrada em um único macho dominante, mas que agregam vários núcleos sociais de um único macho, formando bandos bastante numerosos (Dunbar, 1988).
Porém a maior parte das espécies podem ser classificadas dentro de uma entre as cinco categorias mais aceitas (Williams e Bernstein, 1995), embora existam outras classificações mais antigas que por exemplo não distingam entre as duas ultimas categorias listadas abaixo:
· Solitários (ou semi-solitários);
· Pares monogâmicos;
· Grupo com um único macho e muitas femeas;
· Grupo de muitos machos e muitas fêmeas;
· Comunidades fissão-fúsão.
4.2.1. Primatas solitarios 
Segundo Bearder e Martin (1979), os primatas classificados como solitários ou semi-solitários, são constituídos de espécies que vasculham grandes áreas territoriais de maneira solitária, com contato direto entre os sexos ocorrendo em uma base irregular e pouco freqüente . Dentro desta definição incluem-se os lorisídeos , os tarsídeos e os orangotangos .
Os lorisídios e os tarsídeos são primatas noturnos que alcançaram a Africa através do sul da Ásia. Esses animais têm sistemas de procriação que variam da monogamia (acasalamento com uma única fêmea) à poligenia (acasalamento com várias fêmeas), dependendo do tamanho da área de rastreamento territorial entre machos e fêmea, mas em geral os membros destas espécies são vistos deslocando-se e alimentando-se sozinhos. 
Para muitas espécies de galagos o macho tem área de forrageamento maior, podendo
cobrir áreas de várias femeas, e possibilitando o acasalamento poligênico (um macho
fecundando várias femeas). Os machos tarsídeos, por sua vez, possuem áreas que tendem
a cobrir unicamente uma fêmea, permitindo a formação de um par monogâmico, embora
entre esses animais haja muito pouca interação direta entre os sexos tal como aquela
apresentada por outros primatas classificados como formando legítimos pares
monogâmicos.
Os orangotangos mostram um modelo similar de deslocamento e exploração solitária com associações pouco freqüentes entre machos e fêmeas. Os machos adultos eos animais sub- adultos são freqüentemente observados sozinhos (animais exclusivamente solitários), ao passo que as fêmeas adultas podem ser vistas associadas, em geral com seus próprios descendentes.
4.2.2. Primatas de pares monogâmicos
Agrupamentos sociais baseados em pares de adultos (com seus respectivos filhotes) constituem a categoria dos primatas monogâmicos. Encontramos entre esta categoria, os Calitriquídeos (sagüis e os micos), os Aotus, os Callicebus, e também o menor dos grande símios, os gibões e os siamangs. Todas estas espécies apresentam algum grau de estrutura social monogâmica, sendo que seus membros tendem a ser territorialistas e agressivos com outros animais adultos do mesmo sexo. Evidências atuais sugerem uma certa flexibilidade com relação a estrutura social monogâmica, em várias espécies espécies classificadas como tal, principalmente entre os saguis, pertencentes ao grupo dos calitiquídeos (Terborgt e Goldizen, 1985).
As vantagens da estratégia monogâmica parecem estar relacionadas com um tipo particular de adaptação, pelo menos com relação aos saguis. Entre os calitriquídeos em especial, cerca de 80 % dos nascimentos envolvem filhotes gêmeos, o que representa um custo extra em termos de peso, que é contrabalançado através da divisão dos cuidados parentais com todos os membros da unidade familiar. Deste modo esta espécie adaptou-se a uma estratégia reprodutiva monogâmica através de uma mútua troca de favores entre machos (que arcam com os cuidados dos filhotes) e fêmeas (que garantem exclusividade reprodutiva).
4.2.3. Primatas em Grupo com um único macho e muitas femeas
Um outro tipo de estrutura social quantitativamente mais complexa que as anteriores, está associada com os grupos que apresentam um único macho dominante e várias fêmeas adultas com status reprodutivo. Esta unidade de um único macho para várias fêmeas é vista entre os Cercopitecos (guenons) e os Colobinídeos (lângures asiáticos e colobus africano) e também entre os maiores dos símios, os gorilas.
Um padrão típico de comportamento dentro das espécies pertencentes a esta
categoria consiste na defesa agressiva da sua unidade social por parte do macho
dominante contra qualquer outro macho que suija.A agressão de lângures machos ocorre associada com a tomada de posse das fêmeas, e algumas evidências correlacionam estasituação com incidentes de infanticídio (Struhsaker e Leland, 1985)
Dentro do grupo dos Cercopithecus existe uma variação para a regra geral dos grupos de um único macho: O Cercopithecus aethiops, que tem sido observado vivendo em haréns constitui o comportamento padrão para o gênero, ao passo que o Cercopithecos negelectus aparece formando relacionamentos menos extensivos e vivendo em pequenas unidades familiares. Os babuínos representam um exemplo que vai além das regras gerais. Embora expressem uma estrutura social centrada na figura do macho dominante, cercado de várias fêmeas, eles mostram uma considerável coesão entre várias unidades de um único macho, formando grandes aglutinações sociais, justificando a sua classificação em duas categorias distintas, dependendo do critério que se use para classificá-ios (Williams e Bernstein, 1995).
Os gorilas por sua vez, também costumam viver em grupos onde claramente predomina a dominância de um macho adulto, e as principais atividades sociais do grupo giram em torno do macho dominante.
4.2.4. Primatas em grupos de vários machos e várias fêmeas
A configuração basicamente poligâmica da estrutura social que envolve grupos com muitos machos e femeas está tipicamente relacionado (em várias espécies) com a existência de um núcleo matriarcal central que mantém a coesão grupai. Em grupos de macacos rhesus a classificação de uma fêmea está relacionada com o status de sua mãe e irmãs. Neles, as matriarcas tendem a dominar as femeas que nascem dentro de suas famílias Quando as filhas mais jovens nascem, recebem prioridade de proteção pelas matriarcas, em detrimento de suas irmãs mais velhas, conduzindo a uma relação inversa entre a ordem de nascimento e a classificação dominante: fêmeas mais jovens tenderão a dominar as irmãs mais velhas. Os filhotes machos por sua vez tomam parte na classificação dominante de sua mãe até a puberdade, para depois se afastarem do grupo (Williams e Bernstein, 1995). 
A espécie conhecida como Macaca, também vive em grupos de muitos machos e muitas femeas, que usualmente se mantém coesos ao redor de um conjunto central de fêmeas matriarcas que agem como núcleo do grupo. Nesses grupos geralmente as fêmeas permanecem ligadas ao matriarcado por toda a sua vida.
Embora os saimiris também sejam descritos como formadores de unidades de muitos machos e muitas femeas, em algumas subespécies, os machos adultos são periféricos em uma estrutura social dominado pelas femeas. Esta configuração modifica-se apenas durante a estação de procriação (Coe e Rosenblum, 1974). Alguns estudos de campo têm mostrado que as relações entre femeas pode variar entre os micos de cheiro da Costa Rica e outras espécies sul-americanas (Boinski e Mitchell, 1991).
4.2.5. Primatas em grupos de fissão-fusão
Provavelmente a estrutura social mais complexa encontrada entre os primatas não humanos sèjam as comunidades de fissão-fusão, vistas em espécies como os chimpanzés da África e nos macacos aranha {Ateles) do Novo Mundo, cujo padrão de inter-relações seja semelhante a redes de trabalho livre, onde indivíduos interagem juntos, trocando periodicamente de parceiros. Comunidades de chimpanzés podem formar grupos de 30 até 100 individuos, que por sua vez podem formar subgrupos com uma média de 3 a 6 nanimais. Entre os chimpanzés, os machos são mais sociáveis, formando vínculos mais fortes e alianças, enquanto as femeas passam a maior parte do tempo sozinhas ou com a sua prole (Hiraina-Hasegawa, 1984).
O comportamento social dos primatas - inclusive dos humanos - possuem uma base genética sólida, concluíram uma equipe de cientistas a partir de uma nova pesquisa da estrutura social na árvore genealógica dos primatas. Os cientistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, observaram a árvore genealógica evolutiva de 217 espécies de primatas cuja organização social é conhecida. As descobertas foram publicadas na revista Nature e desafiam algumas das principais teorias do comportamento social, entre elas: que a estrutura social é moldada pelo meio ambiente - por exemplo, uma espécie cujo alimento está demasiado disperso talvez necessite viver em grupos grandes; que as sociedades complexas evoluem gradativamente a partir das mais simples; e a chamada hipótese do cérebro social, de que a inteligência e o volume do cérebro aumentam com o tamanho do grupo porque as pessoas precisam lidar com mais relacionamentos sociais.
A nova pesquisa enfatiza o papel essencial da genética no desenvolvimento de sociabilidade. Por ter origem na genética, é difícil modificar a estrutura social e as espécies precisam operar com a estrutura social herdada, seja ela qual for. Se o comportamento social fosse moldado principalmente pela ecologia, espécies relacionadas vivendo em meio ambientes diferentes deveriam apresentar uma variedade de estruturas sociais. 
Os biólogos de Oxford Susanne Shultz, Christopher Opie e Quentin Atkinson, contudo, descobriram que o oposto era a verdade: as espécies de primatas tendem a ter a mesma estrutura social que seus parentes próximos, não importam como e onde vivam. Por exemplo, primatas da espécie dos cercopitecídeos, grupo que inclui babuínos e macacas, possuem muitos habitats, desde a savana até a floresta tropical e as regiões alpinas, e podem se alimentar de frutas, folhas ou grama. Entretanto, todos possuem sistemas sociais muito semelhantes, o que sugere que seu ancestral comum - e os genes herdados que moldam o comportamento - representam uma influência mais forte do que a ecológica em sua estrutura social. 
"Nós estávamos tentando testar modelos aceitos de evolução social e demonstramos que nos primatas ela acontece através de processos diferentes daqueles que sempre presumimos", afirma Shultz.
5. Organização Social em Tecelões (Aves)
Os tecelões Ploceus são aves de pequeno porte, semelhante a um pardal. Ploceus é um género de aves passeriformes da subfamília Ploceinae, onde se classificam 63 espécies africanas e eurasiáticas de verdadeiros tecelões.
O grupo apresenta dimorfismo sexual significativo, sendo os machos mais coloridos e distintos. As fêmeas das várias espécies são muito parecidas, com plumagem baça e acastanhada, o que torna a sua identificação quase impossível com base apenas no aspecto exterior.
Estes tecelões são aves muito gregárias, que podem ser encontradas em bandos numerosos. Milhões de aves se reúnem e, as vezes mais de quatrocentos delas se aninham numa única arvore. O bando pode ocupar uma área de um mil de hectares. Quase todas as espécies têm hábitos de nidificação gregários, enchendo as árvores com verdadeiras “cidades” de ninhos elaborados, geralmente pendentes a partir de ramos. Algumas espécies constroem apenas um ninho para todo o bando, com cavidades individuais para as fêmeas, que pode medir 2 metros de diâmetro e são reaproveitados de ano para ano. A estrutura do ninho, principalmente o modo de fixação ao ramo de árvore e forma da abertura, é um bom critério para a identificação das espécies de Ploceus. Contudo, a entrada do ninho é estreita. O ninho funciona também como abrigo contra o calor e o sol. Existem varias espécies d tecelões vivendo na Europa, África, Ásia e Austrália. O pardal é umas da espécie aparentada que foi introduzida nas Américas. Tecelões alimentam-se de sementes, (Wikipédia, a enciclopédia livre).
Características
· Comprimento: cerca de 12 cm;
· A cor: varia segundo a espécie;
· Ovos: 3 a 5 de cada vez;
· Período de incubação: cerca de 14 dias;
· Espécies de floresta perenes: são principalmente insectívoros, socialmente monógamo, defende grandes territórios a monogamia para os tecelões é favorável, pois a contribuição de ambos os pais é primordial;
· Sarannah – moradia espécies: geralmente granívoras, ninho em grandes colónias e normalmente poligâmicas. A poligamia provavelmente está relacionada ao risco de predação. Os machos defendem “seguro” ninhos e o o número de companheirosobtidos pelos machos depende do número e igualdade dos locais de nidificação definidas. 
· Sucesso reprodutivo: limitado pela capacidade dos pais para fornecer alimentos aos filhotes.
Algumas espécies de tecelões: 
· Ploceus bannermani
· Ploceus batesi
· Ploceus nigrimentum
· Ploceus baglafecht
· Ploceus bertrandi
· Ploceus pelzelni
· Ploceus subpersonatus
· Ploceus luteolus
· Tecelão-pequeno-de-mascarilha, Ploceus intermedius
· Tecelão-de-lunetas, Ploceus ocularis
6. Investigação experimental da adaptação (modelos da optimilidade, teoria da satisfação)
O princípio da optimilidade diz o seguinte, características subordinadas a selecção natural, expressam-se de tal modo, que gastos (custos) e ganhos (proveitos) estejam numa relação optimal, sendo que o ganho líquido máximal e mensurável, quer de forma directa ou indirecta.
Na etoecologia, a análise da optimilidade do comportamento, através do chamado balanço de ganhos-e-perdas trouxe novos conhecimentos.
 A Sociobiologia utilizou estes conhecimentos para a explicação de determinados comportamentos, tais como altruísmo, conflitos entre sexos (ocorre entre irmãos não gémeos resultantes de uma reprodução sexual), conflitos entre pais e filhos (conflito de gerações) e outros comportamentos semelhantes.
Relação predador-presa e o princípio de optimalidade
A relação predador-presa pode ser definida como uma relação de conflito entre a necessidade do predador de alimentar-se e a necessidade da presa de defender-se. Esta interacção expressa-se em comportamentos de captura e de defesa, em que a iniciativa de interacção parte do predador.
A complexidade da reacção de defesa da presa pode ser ínfima, mas ela também pode ser superior e chegar a pôr em perigo a vida do predador, por exemplo, quando interagem uma leoa e uma zebra. Uma vez que a captura de presa é energicamente dispendiosa e traz consigo vários riscos, ela deve observar o princípio de optimalidade, também conhecido por princípio de economismo.
É neste contexto que PIRES (2000) fez estudos interessantes sobre o comportamento de predação da formiga-leão, analisando a forma como a formiga-leão maximiza os ganhos e minimiza as perdas na captura de presa. Dentre várias espécies, ele estudou Euroleon nostras, uma espécie
cosmopolita das regiões do báltico. Formiga-leão é um insecto neuróptero da família Myrmeleontidae que constrói armadilhas com formato de funis.
Para testar suas hipóteses quanto à evolução do comportamento de captura de presa, PIRES usou vários modelos, que são os seguintes: 
· Modelo A: o indivíduo constrói uma vez de novo usa a armadilha por muito tempo sem ter que o aumentar;
· Modelo B: o indivíduo constói o funil diariamente de novo sem incremento de diâmetro.
· Modelo C: o indivíduo constói a armadilha uma vez de novo, usa-a por longo tempo com incremento diário do diâmetro;
· Modelo D: o indivíduo constrói o funil diariamente de novo, com
incremento diário de cada funil construído.
Nestes experimentos foi possível demonstrar que os gastos energéticos em função do diâmetro tomam um decurso exponêncial.
Assim, e tomando em consideração os modelos descritos, a larva deve decidir, qual das estratégias reduz os gastos com a construção e, ao mesmo tempo, maximiza a energia proveniente da captura de presa, i.e., aumenta a probabilidade de captura de presa. Lembremo-nos que o número de presas capturadas é directamente proporcional ao diâmetro do funil. Assim, e tomando em consideração os modelos descritos, a larva deve decidir, qual das estratégias reduz os gastos com a construção e, ao mesmo tempo, maximiza a energia proveniente da captura de presa, i.e., aumenta a probabilidade de captura de presa. Lembremo-nos que o número de presas capturadas é directamente proporcional ao diâmetro do funil.
 
Conclusão 
Depois de tanta investigação, concluímos que o comportamento emerge gradativamente à medida que o cérebro se desenvolve. Inicialmente, o desenvolvimento do cérebro está principalmente sob o controle de programas genéticos e desenvolvimentais. As influências do ambiente exercem seu efeito desde o útero, adquirindo primeira importância após o nascimento.
Muitos aspectos do comportamento estão sob controlo genético. Às vezes, um só gene é a fonte única da variação, como na visão da cor vermelha no homem. Por outro lado, estudos em mutantes da Drosophila revelaram uma variedade de contribuições genéticas para a construção do comportamento. O gene fruitless contribui para o comportamento programado de corte por sua regulação do desenvolvimento sexo-específico no macho, e o gene per controla os ritmos circadianos (período diário) por sua própria expressão periódica. O próprio comportamento não é herdado, o que é herdado é o ADN, que compreende os genes.
O comportamento egoísta leva-nos a coisas piores, como agir com grosseria, falar asperamente e empurrar os outros para fora de nosso caminho (tanto literal quanto figurativamente falando). 
O egoísmo também faz-nos ser mal-educados, desdenhosos e egocêntricos, privando as pessoas de bens, elogios e reconhecimentos necessários, quando em nosso egoísmo passamos por elas sem as notarmos. O comportamento social dos primatas - inclusive dos humanos - possui uma base genética sólida.
Em decorrência da ampla diversidade animal é evidente a existência de variados
estilos de vida entre as espécies. Considerando que os indivíduos de uma mesma espécie
necessitam dos mesmos recursos ambientais para sobreviver, e que o objetivo de todo
ser vivo é garantir a perpetuidade da espécie, faz-se necessário aprender a conviver
com seus semelhantes em prol do bem comum. Com essa constatação, percebe-se a
fundamental influência do ambiente para com as organizações sociais.
Sendo assim, uma das maiores vantagens de viver em grupos sociais é a proteção contra predadores, A vida em grupos também proporciona um maior sucesso reprodutivo.
Sendo assim, é evidente que algumas características da organização social são
impostas pelo ambiente como o próprio tamanho do grupo em que os animais vivem
(MANNING, 1977), o qual implica em compartilhar espaço, alimento e qualquer
outro recurso, acarretando em conflitos de interesse.
Bibliografia 
BURNIE, David, Dicionário da a natureza . Guanabara, 1994; 
KANDEL, E. Fundamentos da Neurosciência e do Comportamento. São Paulo: Edusp, 1995.
MORIN, Edgar. Ciência com consciência Rio de Janeiro: Bertrand, Brasil, 1996.
RACHELS, J. Created from animals: The moral implications of Darwinism New York: Oxford 
 University Press, 2004. 
Wikipédia, a enciclopédia livre, 11:54, 20.03.12.
http://www.epub.org.br/cm/n10/opiniao/entrevista.htm, 10:41, 20.03.12.

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