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Enunciado: “Refletir sobre o ensino de Filosofia implica refletir sobre os elementos que constituem o processo específico de ensino-aprendizagem dessa disciplina, tais como: o conteúdo ministrado nas aulas, as metodologias mais adequadas e os recursos mais apropriados. Tais questões tornaram-se chave, particularmente nos cursos de Licenciatura, que formam os futuros professores de filosofia”. (RAMACCIOTTI, 2019, p. 43). O objetivo do bloco 4 “ESPECIFICIDADE DO ENSINO DE FILOSOFIA: CONTEÚDOS, OBJETIVOS E RECURSOS” (Apostila, Unisa) consiste em examinar três elementos importantes do processo do ensino-aprendizagem da disciplina Filosofia. Faça um Resumo dos três elementos abordados nos três tópicos do Bloco 4 da Apostila de Prática Pedagógica em Filosofia I. O resumo deve ser formatado em letra Times New Roman 12 e Espaçamento simples, em 2 páginas no máximo. Desenvolvimento: indique em cada tópico quais as posições centrais do debate sobre o tema analisado e quais são os argumentos apresentados por cada autor citado, conforme o esquema abaixo. Na conclusão, aponte qual posição e/ou argumentos você avalia como os mais adequados em relação aos tópicos/temas analisados, para adotar em sua prática pedagógica de professor de filosofia. 1.Especificidade do ensino de Filosofia(s): Debate sobre o conteúdo/formação, resumido em três posições centrais, explique: 1.1 Formação em História da Filosofia (“ecletismo”); 1.2 Formação que privilegia a filosofia como discurso lógico e argumentativo ou a “especialização” nos sistemas filosóficos, sem diálogo com a História da Filosofia; 1.3 Formação que privilegia a filosofia como discurso argumentativo, crítico e reflexivo, a partir do diálogo com a História da Filosofia. Quais argumentos de cada autor? Leopoldo e Silva (1993); Favaretto (1993); Lebrun (2006). 2. Objetivo central do ensino de Filosofia Debate resumido em três posições, explique: 2.1 Objetivo − formação cognitiva: “transmitir” determinados conteúdos (temas e problemas filosóficos legados pela História da Filosofia). 2.2 Objetivo − formação crítica: despertar a atitude filosófica. 2.3 Objetivo − formação em história da filosofia e da atitude filosófica ou crítica (conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Filosofia de 2001 e Carbonari, 2010). 3. O texto filosófico como recurso-chave Debate: Como usar o texto filosófico em aula? Argumentos de Horn e Valese (2010), explique: Conclusão REFERÊNCIAS (textos citados disponíveis na web para consulta) BRASIL/MEC. Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de Filosofia. Diário Oficial da União, Brasília, DF, seção 1e, p. 50, 9 jul. 2001. Disponível em: <https://bit.ly/2kWFmDM>. Acesso em: 25 set. 2020. FAVARETTO, C. F. Sobre o ensino de Filosofia. Revista da Faculdade de Educação. Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 19, n. 1, p. 97-102, jan./jun. 1993. Disponível em: <https://bit.ly/2lM4kaR>. Acesso em: 25 set. 2020. LEOPOLDO E SILVA, F. L. Currículo e formação: o ensino da filosofia. Síntese Nova Fase, Belo Horizonte, v. 20, n. 63, p. 797-806, 1993. Disponível em: <https://bit.ly/2mbQAX4>. Acesso em: 25 set. 2020. RESPOSTA 1. Especificidade do ensino de Filosofia (s): A formação em História da Filosofia na vertente do pensamento ecletismo permitia a reunião de teorias com o intuito de possibilitar uma síntese formadora, contudo sem um método especifico e formulação de críticas, dessa forma desconsiderava o fundamento da força interrogante da Filosofia como arte de elaborar questões. Assim como a vertente do “ecletismo”, a formação que privilegia a filosofia como discurso lógico e argumentativo nos sistemas filosóficos também desconsidera o diálogo com a História da Filosofia e limita-se ao estudo de um sentido histórico linear ou progressivo das ideias filosóficas, gerando um mosaico de ideias. Contudo, podemos citar alguns autores que defendem a formação que privilegia a filosofia como discurso argumentativo, crítico e reflexivo, a partir do diálogo com a História da filosofia, entre eles: Lebreu (20006) que sintetiza a pluralidade de perspectivas filosóficas e afirma que a Filosofia é uma retórica e é um discurso crítico que permite compreender o limite de outros discursos e de outros tipos de conhecimentos, podendo denunciar a ingenuidade dos cientistas ou a ideologia de quem tem pensamentos contrários; Favaretto (1993) especifica que devido as pluralidades de filosofias, falta de conteúdos básicos e métodos fixados, há-se a indefinição do conteúdo da disciplina de Filosofia, contudo, essa aparente perda de vigor da Filosofia permite o desenvolvimento do pensamento crítico vinculando problemas vivenciais e filosóficos; Leonardo e Silva (1993), acrescenta que o ensino da Filosofia deve ser questionador, crítico e esclarecer por meio do discurso e retórica filosófica a experiência vivida em um determinado contexto. 2. Objetivo central do ensino de Filosofia O aspecto lógico cognitivo consiste na transmissão de conhecimentos, ou seja, ensinar os conteúdos consolidando o conhecimento da História da Filosofia e os procedimentos lógico-argumentativos característicos do pensamento filosófico, contudo, nesse contexto o termo transmitir aponta para a especificidade do ensino de Filosofia. Já a formação critica axiológica reforça que deverá haver a atitude filosófica para possibilitar a contextualização do aprendido a realidade vivida pelos sujeitos históricos envolvidos no processo. Todavia, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Filosofia (2001) essa formação de atitude filosófica ou critica deverá ter o alinhamento entre duas dimensões históricas, resume Carbonari (2010): “a tradição e a contextualização”, ou seja, a atitude vincularia a necessária formação no acumulo de temas, problemas e sistemas filosóficos ao longo da história ao desdobramento contextual da formação pela inserção da realidade social da qual o sujeito faz parte e pela analise critica dessa realidade. 3. O texto filosófico como recurso-chave O texto filosófico é o principal recurso para o acesso direto ao pensamento filosófico, através da leitura, analise e sistematização é possível a compreensão dos conceitos filosóficos e o domínio de técnicas argumentativas para a construção de textos críticos. Segundo Horn e Valese (2010) é importante o uso do texto como recurso central nas aulas, pois poderá servir de função mediadora na reflexão filosófica, uma vez que, com a leitura, analise e interpretação do texto filosófico fomentar-se-á o ensinar filosofia e o aprender a filosofar, contudo, ressalta os autores, a escolha dos textos deverá considerar a adequação do conteúdo proposto, o grau de dificuldade e o tempo previsto para a leitura, a interpretação e síntese. 3 Conclusão: É fundamental para um bom mediador, além de ter o domínio do conteúdo que será ministrado nas aulas, conhecer aos alunos e adequar a aula de acordo com os objetivos propostos, nesse sentido, é de suma importância a realização do planejamento. De acordo com a leitura dos textos disponíveis é possível constatar que para mediar o ensinoaprendizagem de Filosofia não basta ensinar determinados conteúdos, é necessário ensinar os discentes a filosofarem para despertar a visão crítica e reflexiva, também, acerca da realidade, com isso constituem-se à atitude filosófica. Diante do exposto, compete ao professor mediador da disciplina de Filosofia aliar o conhecimento da História da Filosofia e os procedimentos lógico-argumentativos característicos do pensamento filosófico com vistas a conhecer as vertentes dos pensamentos dos filósofos e capacitar aos alunos a questionarem criticamente e refletirem, atribuindo essas habilidades e competências a análise da realidade. Referência: Trilha de estudos e material de apoio. Disponível em:. Acesso em: 10 de nov. 2020
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