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Resenha descritiva da a Unidade 3 da obra Filosofia da Educação do prof. Dr. Antônio Francisco Lopes Dias

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Atividade Online – AO03 – Formulário do aluno
	Curso:
	Licenciatura em Pedagogia
	Professora:
	Eunice de Faria
	Nome da disciplina:
	Filosofia da Educação
	Nome do(a) estudante:
	Luane Cardoso Habermann
	Resenha descritiva 
A obra Filosofia da Educação, de autoria do prof. Dr. Antônio Francisco Lopes Dias, foi publicada em 2011 pela Fundação Universidade Estadual do Piauí (FUESPI).
Com o objetivo de levar ao leitor os conceitos e origens da palavra “conhecimento”, “filosofia”, e por fim a “filosofia da educação” o livro aborda cada conceito e suas caracterizações em 03 capítulos.
O livro aborda na Unidade 01 como acontece o processo de conhecer e suas principais correntes, sendo dividida em 7 itens que se estende das páginas 07 à 49. A Unidade 02 versa sobre a “educação”, suas origens, finalidades e valores, e a “filosofia”, suas origens, conceitos, o desenvolvimento do pensamento filosófico, e a filosofia como atividade formativa do ser humano, dividida em 2 itens que se encontram nas páginas 53 à 75. E por fim, a “filosofia da educação”, os processos educativos, os fundamentos da educação e filosofia, as questões sobre o professor reflexivo, a educação como prática dialética, e as principais correntes pedagógicas, que está dividida em 06 itens nas páginas 81 à 109.
O primeiro capítulo, item 1, inicia com as diversas definições pelos filósofos da palavra “conhecimento” e suas características. O conhecimento segundo Dias (2011) é “o conjunto de atos do sujeito que quer conhecer, empreendidos com a finalidade de responder [...] algum problema, acerca de alguma coisa ou objeto, de algum fenômeno da natureza, de alguém, ou mesmo de alguma situação social, política, etc.”. Podemos destacar algumas características do conhecimento como processo: o conhecimento não pode ser algo pronto e acabado, pois o homem está sempre renovando o pensamento e formulando novas idéias; o conhecimento não é neutro, imparcial, o conhecimento é sempre conhecimento “de” e “para”; o conhecimento é sempre provido de “verdade e certeza”; e que o conhecimento científico tem caráter meramente hipotético.
No item 2 conceitua-se a diferença da Teoria do Conhecimento com a Epistemologia, onde a Teoria do Conhecimento é a parte da Filosofia responsável por refletir acerca do conhecimento e a Epistemologia é a disciplina que analisa o conhecimento do ponto de vista científico. Ao longo da História, as respostas dos filósofos às questões sobre esses conceitos nos levam a aceitar a existência de uma pluralidade de teorias relativas ao conhecimento.
É importante destacar, no item 3, a relação que o autor faz sobre conhecimento/verdade/realidade, onde temos a verdade de natureza lógica, verdade de natureza moral e a verdade das coisas. No item 4 apresenta que o conhecimento possui diversas fontes como: os sentidos, a fé, a intuição, a imaginação e o intelecto, assim, podendo classificar o conhecimento em dois níveis: o crítico e o não crítico. Os Tipos de Conhecimento são abordados no item 5, sendo eles: conhecimento acrítico (o senso comum e o conhecimento religioso) e conhecimento crítico (conhecimento científico). E no item 6 busca-se entender sobre os objetivos sadios e os riscos que representam o conhecimento, pois o conhecimento pode ser configurado em uma faca de dois gumes, ou seja, pode facultar tanto o bem quanto o mal, portanto requer muita atenção com o uso prático ou verbal que se faz do conhecimento.
O item 7 trata sobre as posições filosóficas acerco do conhecimento, desde à Grécia antiga com reflexões de Platão (427-347 a.C.), Górgias (487-380 a.C.), Protágoras (480-410 a.C.) acerca da posição filosófica cética e dogmática, e sobre as três fontes ou naturezas do conhecimento (a imaginação, os sentidos e o intelecto). Aqui também é abordada as ideias e teorias acerca da possibilidade ou não do conhecimento verdadeiro, surgindo diversas teorias para explicar o conhecimento sob o ponto de vista lógico-filosófico, sendo elas, Teoria Inatista-racionalista, Teoria Empirista-realista, Criticismo, a Dialética.
Na Unidade 2 o autor define os conceitos de “educação” e “filosofia”, começando no item 1 com vários conceitos de filósofos da palavra “educação”, que conforme Dias (2011) é “um conjunto de atividades processuais, sistemáticas ou não, que visam direcionar para desenvolver o ser humano [...] pautados por conhecimentos intelectuais e valores [...] com o objetivo de tornar o indivíduo um ser humano [...] um ser social e racional, consciente, crítico [...]”. A educação como sendo formal ou informal, os quatro elementos presentes em qualquer processo educativo: as figuras do Educando e do Educador, os valores e conhecimentos que são, ao mesmo tempo, os mediadores e objetivos da Educação, e os fins e valores da Educação, que pode ser dita uma atividade humana e humanizadora.
O autor, ainda na Unidade 2, item 2, apresenta as origens da Filosofia, sendo a palavra “filosofia” inventada pelo filósofo grego Pitágoras (570-490 ou 580-500), sendo aquele que é amigo do saber. Tales (624-546 a.C) é considerado o “pai da filosofia” por ter sido uns dos primeiros a questionar a validade dos saberes que explicavam os fatores da vida humana, os fenômenos da natureza, etc. Podemos apenas conceituar a “filosofia”, não existe uma definição, pois a filosofia é uma busca contínua. Fala-se também sobre a Filosofia e o filosofar, o desenvolvimento do pensamento filosófico, que começa com a filosofia de Tales de Mileto e vai até Sócrates (470 ou 468-399 a.C.), a relação Filosofia/ciência, e a Filosofia como atividade formativa do ser humano, para o desenvolvimento da formação humana em suas múltiplas dimensões: política, moral, social, cultural, espiritual, intelectual, etc.
Na Unidade 3 fala sobre a Filosofia da Educação, o autor inicia enfatizando a inseparabilidade dos atos educativos e filosóficos, isto é, a necessidade que se busque rearticular Filosofia e Educação, filosofar e educar. O item 2 especifica mais a relação da Filosofia como fundamento da Educação, conceituando a Filosofia da Educação, conforme Dias (2011) “como uma reflexão radical e crítica sobre a totalidade dos problemas da realidade do mundo educacional em que estão inseridos os homens como educadores, educandos e a sociedade em geral etc., sempre mediados pelo conhecimento”. Também aborda os fundamentos filosóficos da Educação: antropológicos (é o que se refere ao homem, a cada forma de compreender o que é o homem), epistemológicos (que trata dos problemas relacionados com a crença e o conhecimento) e axiológicos (valores inerentes ao agir do homem, às ações práticas).
O item 3 fala sobre os problemas da Educação à luz da Filosofia, o caráter interdisciplinar que a Filosofia da Educação possui, a problemática da ausência da Filosofia nos currículos e na vida escolar dos alunos. A Filosofia contra a ideológica e a alienação, pois quando formamos ideias sem as relacionar com o mundo real e quando absorvemos ideias sem refletir sobre as mesmas, tornamos alvo fácil da alienação e da ideologia, assim, a solução é a Filosofia, pois em razão de sua natureza crítica e reflexiva configura-se como um discurso contraideológico e antialienatório. Neste mesmo item fala-se também da Educação como emancipação do homem, o Estado e o ideal da “Educação para todos”, onde o Estado deve realizar a educação universal, mas que devido ao domínio do capital não conseguirá jamais ofertar a educação para todos.
O autor apresenta no item 4 o professor reflexivo, sendo que a falta da atitude filosófica ou reflexiva compromete a formação do homem e, portanto, do professor, como ser pensante, racional, reflexivo. O professor antes de transmitir determinados conhecimentos precisa estimular o aluno a pensar, o essencial é conhecer os problemas, antes de se apresentar as soluções a este. O item 5 trás a Educação como prática dialética, onde o fazer do homem é dialético, nunca o mesmo em todo tempo e lugar. O fazer filosófico e educativo do homem é uma prática dialética, conforme Marx a dialética éuma luta contínua dos contrários, é o confronto de ideias acerca do real. Assim a realidade educacional é dialética, pois enfrenta a tese de que a Educação deve reproduzir a realidade atual e a antítese de que a Educação deve visar a transformações desta mesma realidade.
Por fim, o item 6 nos trás os aspectos filosóficos das principais correntes pedagógicas. A Pedagogia Tradicional tem como princípio de que se deve educar com base numa ideia de homem, com a imagem idealizada, abstrata de homem, ignorando as reais condições e necessidades deste. A Pedagogia da Escola Nova tem como princípio que a sede do bem-estar social, físico, moral, intelectual, cultural, etc. do homem, consiste em este se realizar como ser livre, objetivo com o qual a escola deve contribuir. A Escola Tecnicista tem como princípio que o homem busca no casamento da ciência com a técnica, na tecnologia, desenvolver condições que lhe proporcionem o bem-estar, é aqui que surge o processo robótico. As Teorias Progressistas, tem-se a “pedagogia da libertação” de Paulo Freire, a “tendência crítico-social dos conteúdos” de José Carlos Libâneo, onde pregam uma prática pedagógica que sempre leve em conta as condições sócio-históricas nas quais vivem os educandos, negando o domínio de quaisquer resquícios de idealismo ou utopismo nas práticas docentes.
O livro discute, em geral, o que é Conhecimento? O que é Educação? O que é Filosofia? O que é Filosofia da Educação? Possui uma linguagem voltada para atender os alunos dos cursos de Graduação (em Pedagogia e outros) na modalidade a Distância. O autor, Dr. Antônio Francisco Lopes Dias, é professor de Filosofia na Universidade Estadual do Piauí (UESPI), é Doutor em Educação: Filosofia da Educação pela UFPel, com Doutorado Sanduíche na Universidade de Lisboa, e Mestre em Filosofia pela UFC. Publicou o livro “Educação, violência e formação policial”.
Luane Cardoso Habermann, aluna do Curso de Pedagogia (EAD) da Universidade Estadual de Goiás – UEG.

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