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Cinesiologia e Biomecânica 1

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- -1
CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA E SUA 
INTERFACE COM O SISTEMA NERVOSO
Dennis Soares
- -2
Olá!
Você está na unidade Cinesiologia e Biomecânica e sua interface com o sistema nervoso. Conheça aqui os
conceitos do comportamento biomecânico do osso, sistema muscular, tipos de disposição das fibras musculares,
características funcionais do tecido muscular, sistema vestibular, sistema nervoso central e periférico, nervos de
pares cranianos, plexo braquial, plexo lombossacaral, estrutura da coluna, a importância da estabilidade e os
ciclos da marcha.
Bons estudos!
- -3
1 Sistema esquelético
O é constituído por numerosos ossos, sendo que é o arcabouço rígido do corpo humano,sistema esquelético
proporciona forma e apoio ao corpo, proteção aos órgãos vitais, ajuda o movimento e funciona como um sistema
de alavancas, proporciona a formação do sangue, principalmente em ossos planos. Cálcio e outros sais minerais
são armazenados em todo o .tecido ósseo
O tecido ósseo pode ser considerado um material composto de duas fases, com o mineral em uma fase e o
colágeno e a substância fundamental em outra. Funcionalmente, as propriedades mecânicas mais importantes
dos ossos são: resistência, rigidez e tenacidade, sendo mais bem examinadas o seu comportamento, quando o
osso é submetido a carga.
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1.1 Comportamento biomecânico do osso
O osso tem uma estrutura semelhante à da , em formato de lamelas, por isso, se comportamadeira
ansiotropicamente. Isso significa que ele exibe distintas propriedades mecânicas quando recebe cargas de
diferentes direções.
Uma delas é a , que acontece quando são aplicadas forças iguais e opostas à superfície externa datração
estrutura. As fraturas produzidas por forças de tração normalmente ocorrem nos ossos esponjosos. A 
 é a tensão compressiva, que ocorre quando muitas pequenas forças são dirigidas para dentro dacompressão
superfície da estrutura. No , aplica-se uma força paralela à superfície da estrutura, o que resultacisalhamento
em tensão e deformação no interior da estrutura.
Na , as cargas são aplicadas à estrutura ocasionando que ela dobre em torno de um eixo. Por sua vez, na flexão
, a carga é aplicada a uma estrutura de maneira que faz com que esta rode em torno de um eixo e produztorção
um torque.
Quando é imposta uma carga ao , a contração dos nele inseridos altera a distribuição das tensõesosso músculos
no osso. Essa contração muscular diminui ou elimina a tensão de tração sobre o osso, pela produção de tensão de
compressão que neutraliza parcialmente ou totalmente.
Durante o processo de , observa-se uma perda progressiva da densidade óssea, as trabéculasenvelhecimento
longitudinais ficam mais finas, trabéculas transversais são reabsorvidas, redução na quantidade de osso
esponjoso e diminuição do tecido ósseo.
As principais estruturas que auxiliam as articulações do sistema esquelético são os , os e as tendões ligamentos
, que têm a função de garantir a mobilidade e a estabilidade articular. A função doscápsulas articulares
ligamentos e cápsulas articulares é conectar um osso ao outro, além de aumentar estabilidade mecânica, evitar o
movimento excessivo e contribuir para a propriocepção.
Os e os compõem a unidade musculotendínea, que atua como um dispositivo de restriçãotendões músculos
dinâmica e possibilita que os músculos fiquem a uma distância adequada das articulações sem a necessidade de
aumentar o comprimento muscular.
Essas estruturas, portanto, são fundamentais para o controle motor, porque apresentam estruturas neurais que
fornecem constante sobre a posição das articulações.feedback
Assista aí
Enriqueça seu conhecimento, clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=eEZtIi7UoiI
https://www.youtube.com/watch?v=eEZtIi7UoiI
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- -6
2 Sistema Muscular
Como sabemos, os músculos estão inseridos nos ossos e sempre cruzam pelo menos uma articulação. Quando
um músculo se contrai, uma extremidade da articulação se movimenta em direção a uma outra. O mais osso
, no qual é encontrada a inserção distal, se move em direção ao osso mais , no qual encontramos amóvel estável
inserção proximal. As tendem a estar mais próximas do tronco, enquanto as inserções proximais inserções
 tendem a estar mais próximas das extremidades dos membros.distais
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2.1 Disposição das fibras musculares
Há alguns tipos de fibras musculares, as quais classificaremos, agora, de acordo com a sua disposição.
• Fibras musculares paralelas
São mais longas e têm um grande potencial de amplitude de movimento.
• Fibras musculares oblíquas
São mais curtas, porém são mais numerosas por área determinada, em comparação às paralelas. Isso faz
com que músculos com fibras oblíquas apresentem maior potencial de força.
• Os músculos retos
São longos e delgados, possuindo fibras que se encontram em todo o seu comprimento, como no músculo
sartório.
• Músculo pisiforme
É aquele que é mais largo no meio e vai se afunilando nas duas extremidades, como o bíceps braquial.
• Músculo em formato plano
Possui quatro lados e têm inserções largas em cada extremidade, como o pronador quadrado.
• Músculo com formato triangular
É plano e tem formato de leque, como o peitoral maior.
• Músculos com fibras oblíquas
Têm disposição penilforme, na qual o músculo se insere no tendão em um ângulo oblíquo. Eles podem
ser semipeniformes, peniformes e multipeniformes. Os semipeniformes assemelham-se ao lado de uma
pena. Os peniformes são parecidos com a pena de uma ave comum. Os multipeniformes têm alguns
tendões com fibras oblíquas.
•
•
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•
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•
- -8
2.2 Característica funcional do tecido muscular
O tecido muscular apresenta propriedades de , , e .irritabilidade contratibilidade extensibilidade elasticidade
Irritabilidade seria a capacidade de responder a um estímulo, que pode ser natural ou decorrente de uma
corrente elétrica. A é a capacidade de contração do músculo. A é a capacidadecontratibilidade extensibilidade 
de ele aumentar seu comprimento, quando e se uma força for aplicada. A , por fim, é a capacidadeelasticidade
do músculo de retornar a seu comprimento normal, após ser alongado ou encurtado.
2.3 Base molecular da contração muscular
O ativo do sarcômero, ou seja, do músculo resulta do movimento relativo dos filamentos deencurtamento
actina e miosina, enquanto cada filamento mantém o seu cumprimento original. A força de contração é realizada
pelas cabeças de miosina, ou pontes cruzadas, na região de sobreposição entre actina e miosina
Esse movimento de , em contato com os filamentos de actina, produz o deslizamento dospontes cruzadas
filamentos de actina em direção ao centro de sarcômero. Então, ocorre contração da fibra muscular, quando
todos os sarcômeros se encurtam de maneira simultânea, o que é chamado de contração.
As pontes cruzadas não são sincronizadas, de forma que cada uma age de modo independente. Além disso,
apenas cerca de das pontes cruzadas produzem ativamente força e deslocamento, então, quando semetade
desconectam, outras pontes assumem a tarefa, de modo que o é mantido.encurtamento
Esse encurtamento é refletido no como uma diminuição da banda I e uma diminuição da banda H,sarcômero
conforme as linhas Z se aproximam mais; a largura da banda A permanece constante.
Uma chave para o é o íon cálcio, o qual ativa e desativa a atividade de contração. Amecanismo de deslizamento
contração, por sua vez, quando o cálcio é disponibilizado para os elementos contráteis e quando ocomeça cessa
cálcio é removido. O mecanismo pelo qual o sinal elétrico aciona os acontecimentos químicos de contração é
conhecido como excitação – contração.
A tensão o refere-se à força acumulada de um músculo. Portanto, corresponde à tensãotônus muscular
acumulada em um músculo, mesmo em momentos de repouso.
Por fim, a é a variação entre o alongamento máximo e a redução máxima de um músculo.excursão muscular
Em geral, o músculo tem excursão suficiente para realizara amplitude normal de movimento
2.4 Insuficiências ativas x passivas
O ponto no qual o músculo não consegue mais se encurtar é denominado de , a qual aconteceinsuficiência ativa
no músculo agonista. A acontece quando um músculo não consegue mais ser alongado seminsuficiência passiva
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3 Sistema vestibular
O sistema vestibular, assim como o auditivo, usa células ciliadas para traduzir os movimentos. O labirinto
vestibular tem dois tipos de estruturas, com funções distintas: , que são os detectores daórgãos otolíticos
gravidade e as inclinações da cabeça e os , os quais têm sensibilidade à rotação da cabeça.ductos semicirculares
O sistema vestibular humano é constituído por sistema sensorial periférico, um processador central e um
mecanismo de resposta motora. O aparelho consiste em um conjunto de sensores do movimento, osperiférico
quais enviam informações ao sistema nervoso central, principalmente ao complexo nuclear vestibular e ao
cerebelo. Essas informações são sobre a velocidade angular da cabeça, a aceleração linear e a orientação cefálica
com relação ao eixo gravitacional.
O sistema nervoso processa os sinais e os combina com outras informações sensoriais. A resposta docentral
sistema vestibular central é transmitida aos músculos extraoculares à medula espinal para preparar dois
reflexos: vestíbulo-espinal e vestíbulo-ocular.
O reflexo gera os movimentos oculares, o que permite uma visão nítida quando cabeça está emvestíbulo-ocular
movimento. Já o reflexo gera um movimento corpóreo de compensação com o foco de mantervestíbuloespinal
a estabilidade cefálica e postural e evita quedas.
Fique de olho
O trauma externo às extremidades, assim como o aprisionamento do nervo periférico, pode
ocasionar uma deformação mecânica dos nervos, ocasionando um déficit da função nervosa.
Caso o trauma mecânico exceda um determinado grau, os mecanismos internos de proteção
dos nervos podem não ser suficientes, causando alterações na estrutura e função.
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4 Sistema nervoso central
O é composto pelo cérebro, tronco encefálico e cerebelo; enquanto a medula espinal é a continuação doencéfalo
bulbo. A mais importante para controle muscular é o trato corticoespinal lateral, localizadavia nervosa motora
lateralmente ao H de substância cinzenta, funículo anterior.
Figura 1 - O sistema nervoso é responsável pelo comando dos movimentos
Fonte: SciePro, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: a imagem mostra de que maneira o sistema nervoso central se conecta com o corpo e o comanda.
O é formado na área motora do córtex cerebral e vai até a medula espinal. Suastrato corticoespinal lateral
fibras cruzam de um lado para outro na região inferior do tronco encefálico, as fibras do trato corticoespinal
realizam sinapse no corno anterior, com outros tipos de neurônios.
- -11
Neurônios que realizam sinapse acima do nível descrito são denominados ,neurônios motores superiores
enquanto os neurônios que realizam sinapse no nível do corno anterior ou em níveis inferiores são classificados
como neurônios motores inferiores.
Nos , a musculatura somática é inervada pelos neurônios motores somáticos doneurônios motores inferiores
corno ventral da medula espinhal, também chamada de neurônios motores inferiores. É preciso lembrar que
apenas os neurônios motores inferiores comandam diretamente a contração muscular.
Os são responsáveis pela geração de força do músculo. Esse neurônio e as fibras queneurônios motores-alfa 
ele enfraquece são os componentes elementares do controle motor. Além disso, eles ativam os músculos
esqueléticos.
Existem apenas três fontes principais de entradas para um neurônio motor alfa, quais sejam:
Células ganglionares da raiz dorsal, com axônios provenientes de um dispositivo sensorial especializado, no
interior do músculo, o fuso muscular.
Neurônios motores superiores, localizados no córtex cerebral motor e no tronco encefálico.
Interneurônios da medula espinhal, que são a principal fonte de entrada para os neurônios motores-alfa, e
podem ser excitatórios ou inibitórios;
4.1 Propriocepção dos fusos musculares
O de um músculo acontece, obviamente, quando o músculo é estirado e, porreflexo de estiramento
consequência, ele tende a reagir, encurtando-se. O é um exemplo de reflexo de estiramento.reflexo patelar
Quando o fisioterapeuta bate no tendão abaixo do seu joelho, o tendão estende muito rapidamente, então, por
reflexo, o músculo do quadríceps da coxa contrai e faz a sua perna estender.
Outro do músculo esquelético é o , que funciona como mediador de tensãosensor órgão tendinoso de golgi
muito sensível, pois ele monitora a tensão muscular ou a força de contração. Eles estão localizados na junção do
músculo com o tendão e são inervados por axônios inervados.
4.2 Propriocepção das articulações
Além dos fusos musculares e dos órgãos tendinosos de golgi, vários proprioceptivos estão presentes nosaxônios
tecidos conectivos das articulações, principalmente na cápsula articular e os ligamentos. Esses neurônios
mecanossensíveis respondem à mudança de ângulo, direção e velocidade de movimento em uma articulação.
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5. Sistema nervoso periférico
É Os nervos cranianos são 12 pares, classificados como sensitivos, composto por nervo cranianos e espinais. 
motores ou misto. São eles:
I - Olfatório (sensorial)
II – Óptico (sensorial)
III – Oculomotor (motor)
IV -Troclear (motor)
V - Trigêmeo (misto)
VI – Abducente (motor)
VII – Facial (misto)
VIII – Vestibulococlear (sensorial)
IX – Glossofaríngeo (misto)
X – Vago (misto)
XI – Acessório (motor)
XII – Hipoglosso (motor)
Há, também, 31 pares de nervos espinais: oito nervos cervicais, 12 torácicos, cinco lombares, cinco sacrais e um
coccígeo.
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4.1 Nervos terminais do plexo braquial
Há alguns nervos terminais do plexo braquial: axilar, musculocutâneo, mediano, radial, e ulnar.
O (vértebras C5 e C6) enfraquece o deltoide e o redondo menor, tendo distribuição sensitiva anervo axilar
parte lateral do braço acima da parte inferior do músculo deltoide. Suas manifestações clínicas motoras de
paralisia são perda da abdução do ombro e comprometimento da rotação lateral do ombro
O (vértebras C5 e C6) inerva os músculos coracobraquial, bíceps braquial e braquial. Elenervo musculocutâneo
tem como distribuição sensitiva a superfície anterolateral do antebraço. As manifestações clínicas motoras de
sua paralisia são perda de flexão do cotovelo e comprometimento da supinação;
Além desses nervos, há o (vértebras C6, C7, C8 e T1), que inerva os músculos tríceps braquial,nervo radial
ancôneo, braquiorradial, supinador, extensores da mão, dos dedos da mão e do polegar. Como distribuição
sensitiva, ele tem a região posterior do braço, região posterior do antebraço e superfície radial do dorso da mão.
Quando paralisado, a manifestação clínica é perda da extensão de cotovelo, da mão, dos dedos da mão e do
polegar.
O (vértebras C6, C7, C8 e T1), por sua vez, inerva os músculos pronadores, flexores da mão,nervo mediano
dedos da mão na região lateral e a maioria dos músculos do polegar. Sua distribuição sensitiva ocorre na a face
palmar do polegar, do segundo, terceiro e metade lateral do quarto dedo da mão. Quando da sua paralisia, a
manifestação clínica é perda da pronação do antebraço, perda da oposição, flexão e da abdução do polegar,
comprometimento da força, redução da abdução da mão.
Por fim, o (vértebras C8 e T1) inerva o músculo flexor ulnar do carpo e músculo flexor profundonervo ulnar
dos dedos, músculo interósseos e lumbricais, com distribuição sensitiva no quarto e quinto dedos da mão.
Quando da sua paralisia, ocorre perda da adução da mão, comprometimento da flexão da mão e dos dedos da
mão, perda da adução do polegar e perda da função da maioria dos músculos intrínsecos da mão.
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4.2 Nervos terminais do plexo lombossacral
Analisaremos, agora, as características dos nervos terminais do plexo lombossacral, quais sejam: femoral,
obturatório, isquiático,tibial, fibular comum.
Nervo femoral
O (vértebras L2, L3 e L4) inerva os músculos ileopsoas, sartório, pectíneo e quadríceps femoral.nervo femoral 
Sua distribuição sensitiva acontece na região anterior e medial da coxa, região medial perna e pé. Como
manifestação clínica motora de paralisia, apresenta comprometimento da flexão do quadril e perda da extensão
do joelho.
Por sua vez, o (vértebras L2, L3 e L4) inerva os músculos adutores do quadril e obturadornervo obturatório 
externo, possuindo distribuição sensitiva na parte média da região medial da coxa. Suas manifestações clínicas
de paralisia são perda da adução do quadril e comprometimento da rotação lateral do quadril.
O terceiro nervo terminal do plexo lombossacral que vamos analisar é o (vértebras L4, L5, S1,nervo isquiático
S2 e S3). Ele inerva os músculos posteriores da coxa, e, além disso, não apresenta distribuição sensitiva. Suas
manifestações clínicas de paralisia são comprometimento da extensão do quadril e perda da flexão do joelho.
O (vértebras L4, L5, S1, S2 e S3) inerva os músculos poplíteos, flexores plantares do pé, tibialnervo tibial 
posterior e intrínsecos do pé. Tem distribuição sensitiva na região posterolateral da perna e região lateral do pé.
Quando de sua paralisia, a manifestação clínica e motora é a perda da flexão plantar do pé, o comprometimento
da inervação do pé e a perda da flexão dos dedos do pé.
Por fim, o (vértebras L4, L5, S1 e S2) inerva os músculos fibulares, tibial anterior enervo fibular comum
extensores dos dedos do pé, com distribuição sensitiva na região anterolateral da perna e pé. As manifestações
clínicas de paralisia são perda da dorsiflexão do pé, perda da extensão dos dedos e perda da eversão do pé.
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6 Coluna vertebral
A coluna vertebral tem função de sustentar, garantir a flexibilidade, proteger, fixar os músculos e atenuar as
cargas impostas ao corpo. Ela não é totalmente reta, mas, mas apresenta uma série de curvaturas, as curvaturas
torácica e sacral opõem-se às curvaturas cervical e lombar.
Relembramos que ela tem 33 vértebras: sete cervicais, 12 torácicas, cinco lombares, cinco sacrais e quatro
coccígeas.
Com relação à articulação, ela possui discos intervertebrais, os quais como amortecedores, e permite mobilidade
entre as vértebras. Ela tem, também, ligamento longitudinal anterior, ligamento longitudinal posterior,
ligamento amarelo, ligamento interespinhoso, ligamento supraespinhoso e ligamento intertransverso.
Assista aí
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2
/c69128bb898f4917a840d4926881eae4
6.1 Postura
Postura é a posição das partes do corpo em relação umas às outras, em determinado momento, e pode ser 
, ou , além de quando o corpo se move. As contrações musculares são asestática sentada deitada dinâmica
principais responsáveis por manter o corpo na posição em pé, tanto na postura estática quanto na dinâmica,
sendo que os músculos com maior participação são classificados como músculos antigravitacionais.
A é o movimento anteroposterior da parte superior do corpo, que é refletido principalmenteoscilação postural
pelos tornozelos, pois, devido ao grande número de descolamentos e de correção no centro de gravidade de
sustentação.
Quando estamos em , é importante um bom alinhamento, porque pode haver grande pressãopostura sentada
sobre os discos intervertebrais, pois a pressão nos discos na posição sentada é 50% maior que em pé.
Quando uma pessoa se inclina para frente, a pressão sobre o disco aumenta e quando uma pessoa se curva para
frente ou levanta um determinado peso, a pressão sobre os discos é diretamente proporcional ao peso ou
cumprimento do braço de alavanca.
Postura deitada é classificada como uma posição de repouso e a menor pressão nos discos intervertebrais
acontece nesta posição.
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5.2 Estabilidade
Quando um objeto está , todos os torques que agem sobre eles são iguais acarreta estado deestabilizado
equilíbrio. A ou a desse estado de equilíbrio depende principalmente da relação entresegurança precariedade
o centro de gravidade do objeto e sua base de sustentação. Porém, para que isso fique claro, é preciso o
entendimento de alguns termos, que veremos agora.
Gravidade É a atração mútua entre a Terra e o objeto.
F o r ç a
gravitacional
É sempre vertical, atuando de cima para baixo, em direção ao centro da Terra.
Centro da
gravidade
É o ponto de equilíbrio de um corpo no qual o torque é igual de todos os lados, assim como
é o ponto de intersecção dos planos do corpo humano. No corpo humano, o centro de
gravidade se localiza na linha mediana, próximo ao mesmo nível que a segunda vértebra
sacral. Todavia, as proporções do corpo variam com a idade, de forma que, por exemplo, o
centro de gravidade de uma criança é maior do que o de um adulto.
Base de
sustentação
É a parte do corpo que está em contato com a superfície do apoio. O contorno da superfície
do corpo é a base de sustentação.
Linha de
gravidade
Corresponde a uma linha vertical, imaginária, que passa por entre o centro de gravidade,
em direção ao centro da Terra.
Equilíbrio
estável 
Ocorre quando um corpo está em uma posição em que seu deslocamento exigiria a
elevação do centro da gravidade.
Equilíbrio
instável 
Ocorre quando uma pequena força é suficiente para deslocar um corpo.
Equilíbrio
neutro
Ocorre quando o centro de gravidade de um corpo não é elevado e não é abaixado quando
é deslocado.
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Quanto mais inferior é o centro de gravidade, mais estável é o objeto; quanto mais larga é a
base de sustentação mais estável é o corpo; a estabilidade aumenta à medida que a base de
sustentação é alargada na direção da força; quanto maior é a massa de um corpo, maior é a sua
estabilidade; quanto maior o atrito entre a superfície de sustentação é a base de apoio, maior
será a estabilidade do corpo e as pessoas têm o melhor equilíbrio durante o movimento se elas
olham para um objeto fixo ao invés de um objeto móvel.
Fique de olho
- -18
5.3 Alinhamento vertebral
A coluna vertebral pode ser comparada a uma coluna de blocos. Não é, como afirmamos anteriormente,
totalmente reta, mas tem uma série de . As curvaturas precisam ser durante o repouso e acurvaturas mantidas
atividade, porque absorvem os choques e reduzem o grau de lesão. As curvaturas torácica e sacral opõem-se às
curvaturas cervical e lombar.
Quando uma ou mais dessas curvaturas da coluna vertebral aumenta ou diminui muito em relação ao que se
considera uma postura adequada, o resultado é a má postura. Alguns dos desvios posturais, segundo os
segmentos do corpo, são os seguintes:
Cabeça Para frente, inclinada ou rodada e assimetria da mandíbula.
R e g i ã o
cervical
Curvatura exagerada ou retificada.
Ombros Arredondados, elevados ou abaixados.
Escápulas Abduzidas, aduzidas ou aladas.
R e g i ã o
torácica 
Curvatura exagerada e desvio lateral.
R e g i ã o
lombar
Curvatura exagerada, retificação e desvio lateral.
Pelve Inclinação anterior, posterior, inclinação lateral e rotação.
Joelho Recurvado, fletido, varo, valgo, torção tibial lateral e medial.
Tornozelo e
pé 
Arco longitudinal retificado, exagerado, pé pano e calvo.
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Assista aí
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/ab5389481c4d55ba407f561050c33634
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6 Marcha
É importante algumas definições para descrever a marcha. A primeira delas é o , que ocorreciclo da marcha
entre o momento em que o pé toca o soloe o momento que este mesmo pé toca o solo novamente. O 
é distância percorrida durante o ciclo da marcha. , por sua vez, é a metade.comprimento da passada Passo
O corresponde à distância entre o toque do calcanhar de um pé, no solo, e o toque docomprimento do passo
outro calcanhar, também no solo. é aCadência 
Além disso, vamos analisar, agora, o , que possui duas fases, a de e a de . A fase de ciclo de marcha apoio balanço
 ocorre quando o pé está em contato com o solo, iniciando quando o calcanhar de um pé toca o solo eapoio
termina quando esse pé sai do solo e corresponde a 60% do ciclo de marcha. começa assim queFase de balanço
o pé sai do solo e termina apenas quando o calcanhar do pé toca o solo novamente.mesmo
Durante essas fases do ciclo da marcha, devem ocorrer três eventos, que são , aceitação do peso apoio de um
 e .membro inferior avanço do membro inferior
A aceitação do peso ocorre no princípio da fase de apoio, quando o pé toca o solo e, então, o peso do corpo é
transferido para ele. O apoio em um membro inferior e avanço desse membro ocorrem durante a fase de balanço.
- -21
6.1 Fase de apoio
Na , ocorre o seguinte processo. Primeiramente, há o , no qual metatarsos efase de apoio contato inicial
tornozelo ficam na posição neutra, joelho em extensão, quadril em flexão, tronco fica ereto. Após isso, há a 
, quando metatarsos se encontram na posição neutra, tornozelo em flexão plantar, joelho eresposta à carga
quadril em flexão e o tronco, ereto. No , os metatarsos ficam na posição neutro, o tornozelo fica emapoio médio
dorsoflexão, joelho e quadril ficam neutro e tronco, ereto.
Na fase de , os metatarsos se encontram em extensão, o tornozelo, em dorsoflexão, o joelho ficaapoio final
neutro, o quadril fica em extensão e o tronco fica ereto. Após isso, há a fase pré-balanço, quando metatarsos
ficam em extensão, o tornozelo em flexão plantar, o joelho fica em flexão e o quadril se encontra neutro e o
tronco, ereto.
Os principais eventos do ciclo da marcha normal, na fase de apoio, são os seguintes:
• Toque do calcanhar 
Início da fase de apoio, com toque de pé no solo. Há aceitação do peso, apoio duplo, corpo no ponto mais
baixo do ciclo, a cabeça e o tronco estão eretos durante todo o ciclo. Ocorre dorsiflexão para posição
neutra do pé, há extensão da perna, o membro inferior fica na frente do corpo, a pelve está rodada para a
frente e o membro superior ipsilateral, para trás e o membro superior contralateral está rodado para a
frente.
• Apoio completo do pé 
Início do contato do pé com o solo, continua até o pé oposto sair do solo. Há transferência contínua do
peso para o membro inferior de apoio, acontece o fim do apoio duplo, há flexão plantar, flexão parcial da
perna, extensão da coxa; o corpo alcança o membro inferior e balanço do membro ipsilateral para frente.
• Apoio médio 
O corpo passa sobre o membro inferior de apoio, iniciando com a saída do outro membro inferior do
solo, continuando até que o corpo esteja sobre o membro inferior de apoio. Aqui, o corpo está no ponto
mais alto do ciclo. Inicia-se o apoio simples, com leve dorsiflexão, extensão da perna e coxa, corpo passa
sobre o pé direito, pelve em posição neutra e os dois membros estão paralelos ao corpo.
• Saída do calcanhar 
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O calcanhar sai do solo e começa o impulso, começa com a elevação do calcanhar e continua até o outro
pé tocar no solo. O corpo se move à frente do pé, e o apoio simples é finalizado. Há dorsiflexão do pé,
flexão plantar, extensão da perna e início de leve flexão, corpo à frente do membro inferior de apoio,
rotação posterior da pelve, balanço do membro inferior ipsilateral para a frente.
• Saída dos dedos 
Começa com o contato do outro pé com o solo, continua até que os dedos saiam do solo, início do avanço
do membro inferior, início e término do apoio duplo, flexão plantar, flexão da perna, inclinação da pelve
e membro superior ipsilateral para frente.
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6.2 Fase de balanço
Na , no , os metatarsos ficam neutros, o tornozelo, em flexão plantar, o joelho e ofase de balanço balanço inicial
quadril ficam em flexão e o tronco fica ereto. Depois, há o , no qual metatarsos e tornozelo ficambalanço médio
neutros, joelho e quadril em flexão e tronco fica ereto No , os metatarsos e tornozelo ficam neutros,balanço final
joelho em extensão, quadril em flexão e tronco ereto.
Os principais eventos do ciclo da marcha normal, na fase de balanço são os seguintes:
• Aceleração
O membro inferior está atrás do corpo, movendo-se para frente para alcançá-lo. Inicia-se com a saída do
pé do solo e termina com o balanço do pé oposto ao pé de apoio. É o início fase de balanço e início do
apoio simples contralateral, no qual há dorsiflexão, flexão da perna e o membro inferior está atrás do
corpo, mas movendo-se para frente. A pelve roda para frente, realizando balanço do membro superior
ipsilateral para trás.
• Balanço médio 
Nessa fase, o pé balança sob o corpo e o ultrapassa. Começa com o pé oposto ao pé de apoio e termina
com a perna em posição vertical. Há encurtamento do membro inferior para sair do solo, e continuação
do apoio simples contralateral. Ocorre dorsiflexão, a perna se encontra em flexão máxima e começa a
estender, há flexão máxima da coxa, e membro inferior passa sob o corpo e move-se na frente do corpo; a
pelve, por sua vez, fica em posição neutra, com membros superiores paralelos ao corpo e movendo-se
em sentidos opostos.
• Desaceleração
Começa com a perna em posição vertical e termina quando o pé toca o solo. É o fim do avanço do
membro inferior, fim do apoio simples. Há dorsiflexão, extensão da perna, flexão da coxa, e membro
inferior se encontra na frente do corpo, com a pelve rodada para frente, o membro superior ipsilateral
para trás e o membro superior contralateral para frente.
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é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• aprender sobre o comportamento biomecânico do osso;
• entender sobre o sistema nervoso central e o periférico;
• compreender quais são os nervos de pares cranianos;
• conhecer a estrutura a coluna;
• reconhecer a importância da estabilidade;
• aprofundar o estudo sobre os ciclos de marcha.
Referências
BEAR, M.; CONNORS, B.; PARADISO, M. Neurociências 4. ed. Porto Alegre:: desvendando o sistema nervoso.
Artmed, 2017.
LIPPERT, L. Cinesiologia Clínica e Anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
NORDIN, M.; FRANKEL, V. Biomecânica Básica do Sistema Musculoesquelético. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2014.
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	Olá!
	1 Sistema esquelético
	1.1 Comportamento biomecânico do osso
	Assista aí
	2 Sistema Muscular
	2.1 Disposição das fibras musculares
	Fibras musculares paralelas
	Fibras musculares oblíquas
	Os músculos retos
	Músculo pisiforme
	Músculo em formato plano
	Músculo com formato triangular
	Músculos com fibras oblíquas
	2.2 Característica funcional do tecido muscular
	2.3 Base molecular da contração muscular
	2.4 Insuficiências ativas x passivas
	3 Sistema vestibular
	4 Sistema nervoso central
	4.1 Propriocepção dos fusos musculares
	4.2 Propriocepção das articulações
	5. Sistema nervoso periférico
	4.1 Nervos terminais do plexo braquial
	4.2 Nervos terminais do plexo lombossacral
	6 Coluna vertebral
	Assista aí
	6.1 Postura
	5.2 Estabilidade
	5.3 Alinhamento vertebral
	Assista aí
	6 Marcha
	6.1 Fase de apoio
	Toque do calcanhar
	Apoio completo do pé
	Apoio médio
	Saída do calcanhar
	Saída dos dedos
	6.2 Fase de balanço
	Aceleração
	Balanço médio
	Desaceleração
	é isso Aí!
	Referências

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