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Tecnólogo em segurança do trabalho pode ser perito judicial docx

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Auditoria e laudos periciais em segurança do trabalho 
Tecnólogo em segurança do trabalho pode ser perito judicial? – II 
No caso daqueles que são registrados no Conselho Regional de Engenharia e 
Agronomia – CREA, cabe observar que segundo Resolução 313 do CONFEA, artigo 4, 
combinado com o parágrafo único do artigo 3 da mesma resolução, compete aos 
tecnólogos em suas diversas modalidades, ​sob a supervisão e direção de 
engenheiros, arquitetos ou engenheiros agrônomos​ exercer as seguintes 
atividades: vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico. Desta 
forma, se o tecnólogo em segurança do trabalho se registrar no CREA, ele não poderá 
assinar laudo pericial ou qualquer outro relatório sem que um engenheiro assine com 
ele. 
Entretanto, se o tecnólogo em segurança do trabalho se registrar no Conselho 
Regional de Química – CRQ, este poderá assinar os laudos sem qualquer restrição, 
sem a assinatura de outro profissional, conforme podemos observar no artigo 1º, item 
01, da Resolução Normativa Nº 245, transcrita abaixo. 
 
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 245 DE 20/01/2012 
 
Define as atribuições das categorias de Profissionais que menciona, registrados 
em CRQs, atuantes na área Química da Segurança do Trabalho. 
O Conselho Federal de Química, no uso das atribuições que lhe conferem os 
artigos 8º, alínea f, 1º, 15 e 24 da Lei nº 2.800 de 18/06/1956, e tendo em vista os 
mandamentos dos artigos 326, 330, 332, 337 e 341 do Decreto-Lei nº 5.452/43; 
Considerando o contido nos artigos 1º, itens IV e V, 2º item IV, alíneas a e g, e 
artigo 4º alíneas f e i, do Decreto nº 85.877/81; 
Considerando os termos da Resolução Normativa nº 240/2011 lastreada no 
Decreto supra referido, relativos à Segurança do Trabalho; 
Considerando a Norma Regulamentadora nº 15 da Portaria 3214/78 do 
Ministério do Trabalho, cujos Anexos 11, 12 e 13 versam sobre atividades da área da 
Química; 
Considerando que para o controle adequado dos poluentes dentro da indústria, 
é necessário o conhecimento do processamento industrial, incluindo aí, as matérias 
primas e básicas utilizadas, as reações intermediárias e os produtos finais; 
Considerando que as poeiras, névoas, neblinas, fumaças, fumos, gases e 
vapores, que se desprendem das atividades industriais no Ar-Ambiente de Trabalho, 
podem constituir-se veículos de substâncias tóxicas, com graves prejuízos à saúde do 
trabalhador; 
Considerando que o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) é 
recomendado na NR–6 do Ministério do Trabalho; 
Considerando que o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) 
estatuído na NR–9, envolve aplicação de conhecimentos de Química; 
Considerando que a NR–13 estabelece a necessidade de que as caldeiras e 
vasos de pressão sejam supervisionados por “Profissional Habilitado”; 
 
Considerando que a supervisão de caldeiras e vasos de pressão, exige 
conhecimento de controle da pressão e temperatura de operações e, em especial, do 
tratamento e qualidade da água, relacionando-os com a capacidade do equipamento; 
Considerando a NR–16 que em seus anexos 1 e 2 aborda as atividades e 
operações perigosas, envolvendo substâncias químicas explosivas e inflamáveis; 
Considerando a NR–25 que prevê a disposição de resíduos industriais gasosos, 
líquidos e sólidos; 
Considerando que os resíduos e subprodutos desprendidos para o Meio 
Ambiente, citados nas Normas Regulamentadoras supramencionadas são em sua 
quase totalidade, produtos químicos poluentes; 
Considerando que a eliminação dos agentes contaminantes do Ar-Ambiente, 
dos cursos d’água e do solo, exigem a aplicação de conhecimentos de Química, nos 
termos do artigo 341 da CLT; 
Considerando que a pesquisa do tóxico original e seus metabólitos no 
trabalhador se constituem em análises químicas; 
Considerando a necessidade de serem corrigidos lapsos de entendimento sobre 
a abrangência das atividades da área da Química, na Segurança do Trabalho; 
Considerando que as ações praticadas nesta área específica, visam, 
primordialmente, a Segurança e a Integridade Física e Psicológica do Trabalhador, 
com a consequente preservação de sua Saúde; 
Resolve: 
Art. 1º– São atribuições dos profissionais registrados em CRQs citados na 
Resolução Normativa nº 240/11 do CFQ (Químicos, Químico Industrial, Engenheiro 
Química, Engenheiro de Segurança e ​Tecnólogo de Segurança do Trabalho​), 
além daquelas explicitadas na referida Resolução e na Resolução Normativa nº 
237/11 do CFQ, as atividades relacionadas a seguir, relativas à Segurança do Trabalho 
na área de Química: 
1– ​Vistoriar, emitir relatórios, pareceres periciais e laudos técnicos, 
de áreas insalubres e de periculosidade​; indicando as medidas a serem 
adotadas, de controle sobre o grau de exposição a agentes químicos, físicos, 
biológicos e ergonômicos. 
2– Supervisionar, coordenar e orientar os serviços de Segurança do Trabalho, 
referentes à neutralização dos riscos mencionados no item anterior. 
3– Supervisionar as condições de segurança relativas às instalações e 
equipamentos, com vistas a prevenir quanto aos riscos químicos e de evitar ou 
minimizar a poluição do ambiente de trabalho. 
4– Acompanhar os processos da aquisição e expedição de produtos químicos e 
de equipamentos, cuja manipulação, armazenamento, transporte ou funcionamento 
possam apresentar riscos de poluição ou contaminação do ambiente de trabalho. 
5– Assessorar na elaboração de projetos e reformas de instalações e 
equipamentos na área da química, identificando os pontos de riscos, e indicando os 
dispositivos de segurança individuais e/ou coletivos, inclusive quanto a pressões e 
temperaturas. 
 
6– Elaborar plano de combate a incêndio e de sistema de ventilação em 
ambiente de trabalho, na área química da Segurança do Trabalho conforme NR–23. 
7– Elaborar programas e políticas de prevenção na área da Segurança do 
Trabalho, estabelecendo diretrizes, com vistas a evitar as DOENÇAS 
PROFISSIONAIS, e orientando os trabalhadores quanto aos riscos químicos 
profissionais e sua prevenção. 
8– Executar as Análises químicas de poluentes do Ar-Ambiente do Trabalho e 
do tóxico original e seus metabólitos, no trabalhador, encaminhando os resultados 
das mesmas, com parecer conclusivo, ao Médico do Trabalho. 
Art. 2º– As atribuições dos profissionais referidos no item 8 do artigo 1º desta 
Resolução, serão concedidas após o estudo do currículo escolar do profissional, pelo 
Conselho Federal de Química. 
● Único– Aos profissionais já registrados, são conferidas as atribuições 
plenas conforme o art. 1º desta Resolução. 
Art. 3º– Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação no DOU. 
Brasília, 20 de Janeiro de 2012. Presidente do CFQ 
Técnico em segurança do trabalho pode ser perito judicial? – I 
 
Respondi que minha preocupação é que ele não consiga, mesmo fazendo 
qualquer curso, ser nomeado perito judicial na Justiça do Trabalho. Isso 
porque a CLT, em seu artigo 195, determina que apenas engenheiro ou 
médico com curso de especialização em segurança ou medicina do trabalho 
pode ser perito, conforme segue abaixo. 
Art . 195 – A caracterização e a classificação da insalubridade e da 
periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão 
através de perícia a cargo deMédico do Trabalho ou Engenheiro do 
Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. (​CLT​) 
Muitos colegas TST me questionam sobre a participação do ​TST​ nas Perícias 
Judiciais do Trabalho e, por isso, escrevo esse texto para esclarecimentos. 
Além da ​PARTICIPAÇÃO​ dos Profissionais Técnicos em Segurança do Trabalho, 
Tecnólogos do Trabalho, Enfermeiros do Trabalho, Engenheiro de Segurança do 
Trabalho, Médico do Trabalho, dentre outros, quero esclarecer também, 
a ​IMPORTÂNCIA​ desses profissionais na ​PERÍCIA JUDICIAL DO 
TRABALHO​. 
Para compreensão do assunto, antes de tudo vamos para alguns 
ESCLARECIMENTOS: 
1. A AÇÃO TRABALHISTA 
 O empregado inconformado com a falta de pagamento de um direito trabalhista 
procura um advogado e entra com uma ação trabalhista contra seu ex-empregador 
pedindo o pagamento de direitos diversos. 
Nessa ação o empregado pode pedir direitos como horas extras, férias, 13° salário, 
FGTS, entre outros. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm
 
2. OS PEDIDOS DE INSALUBRIDADE e PERICULOSIDADE NAS AÇÕES 
TRABALHISTAS 
Nessa mesma ação o empregado pode pedir o pagamento de Adicional de 
Insalubridade e Periculosidade 
3. OS PEDIDOS E INDENIZAÇÃO POR ACIDENTE E DOENÇA 
Também pode o empregado, nessa mesma ação, pedir Indenização por Acidente do 
Trabalho ou Doença do trabalho que tenha lhes causado alguma sequela ou 
diminuição na sua capacidade de trabalho. 
4. A PERÍCIA JUDICIAL 
Nos pedidos de Insalubridade, Periculosidade e Indenização por Acidente ou Doença, 
o Juiz do Trabalho nomeia um PERITO para ir até a empresa e fazer a análise do local 
de trabalho para verificar as condições de trabalho e informar se havia exposição a 
riscos ambientais que desse ao empregado o direito ao adicional de Insalubridade ou 
Periculosidade. 
Nos casos de Acidente ou Doença o Perito analisa o corpo do empregado para 
verificar se existe a sequela ou a diminuição da capacidade laborativa do empregado. 
5. O PERITO JUDICIAL – Quem pode ser? 
Somente pode ser PERITO JUDICIAL nas AÇÕES TRABALHISTAS 
os ​Engenheiros de Segurança do Trabalho e os Médicos do Trabalho 
6. O ASSISTENTE TÉCNICO DA PERÍCIA JUDICIAL – O que é isso? 
Na audiência em que o Juiz do Trabalho nomeia o ​PERITO​, também dá-se às partes 
– Empregado e Empresa – a oportunidade de nomearem os seus 
respectivos ​ASSISTENTES TÉCNICOS. 
O ​ASSISTENTE TÉCNICO​ é o profissional, indicado pelas partes (empregado e 
empresa) para acompanhar todas as ATIVIDADES PERICIAIS – As Diligências 
Periciais. 
Dentre as ​ATRIBUIÇÕES​ do Assistente Técnico podemos relacionar: 
– Elaboração dos ​QUESITOS TÉCNICOS​ – Perguntas direcionadas para o perito 
com o objetivo de esclarecimentos quanto a forma de realização da PERÍCIA 
JUDICIAL 
– Acompanhamento das ​DILIGÊNCIAS PERICIAIS​ – O Assistente Técnico tem o 
direito de acompanhar todas as atividades do Perito Judicial durante a Perícia. 
– Elaboração de ​PARECER TÉCNICO PERICIAL​ – Relatório emitido pelo 
Assistente Técnico para informar aos Advogados todas as atividades desenvolvidas 
pelo Perito durante as Diligências Periciais. 
– ​IMPUGNAÇÃO DO LAUDO PERICIAL​ – O Assistente Técnico acompanha as 
atividades do PERITO JUDICIAL e pode elaborar a IMPUGNAÇÃO DO LAUDO 
 
PERICIAL se constatar alguma irregularidade técnica ou jurídica do Perito durante 
as DILIGÊNCIAS PERICIAIS. 
7. QUEM PODE SER ASSISTENTE TÉCNICO NA PERÍCIA JUDICIAL DO 
TRABALHO? 
Qualquer profissional em Saúde e Segurança do Trabalho pode atuar nas PERÍCIAS 
JUDICIAIS DO TRABALHO na função de Assistente Técnico. 
O Assistente Técnico deve ser um PROFISSIONAL competente e que tenha 
conhecimentos do Processo do Trabalho e de Higiene Ocupacional para que possa 
desenvolver a função com eficácia, auxiliando o advogado da parte que o contratou 
para acompanhar as DILIGÊNCIAS PERICIAIS. 
8. A IMPORTÂNCIA DO ASSISTENTE TÉCNICO EM PERICIA JUDICIAL 
O Assistente Técnico na Perícia Judicial do Trabalho tem uma enorme importância e 
relevância para que se faça a JUSTIÇA nos pedidos de ADICIONAL DE 
INSALUBRIDADE, PERICULOSIDADE e INDENIZAÇÃO POR ACIDENTE OU 
DOENÇA DO TRABALHO. 
O Assistente Técnico acompanha as DILIGÊNCIAS PERICIAIS não permitindo que o 
PERITO cometa erros e com isso cause uma INJUSTIÇA. 
Nos últimos anos tenho me assustado com a INCOMPETÊNCIA de boa parte dos 
PERITOS JUDICIAIS que, por falta de conhecimentos básicos em HIGIENE 
OCUPACIONAL emitem LAUDOS PERICIAIS grosseiros, carregados de falhas 
técnicas que demonstram total falta de conhecimento nas matérias de Insalubridade 
e Periculosidade. 
Esse despreparo dos PERITOS JUDICIAIS DO TRABALHO tem causado grandes 
prejuízos para as empresas que não indicam um ASSISTENTE TÉCNICO para 
acompanhar as atividades periciais. 
Os ADVOGADOS das empresas cometem uma falha lamentável quando deixam de 
INDICAR o ASSISTENTE TÉCNICO nas PERICIAS JUDICIAIS DO TRABALHO, 
com isso perdem a oportunidade de elaborar QUESITOS TÉCNICOS que obrigam o 
PERITO a realizar as DILIGÊNCIAS PERICIAIS de forma correta. 
Com a falta de Assistente Técnico os advogados perdem também a oportunidade de 
IMPUGNAR o LAUDO PERICIAL que não foi elaborado dentro das Técnicas de 
Higiene Ocupacional. 
Por isso tudo percebemos a IMPORTÂNCIA da nomeação de um ASSISTENTE 
TÉCNICO para acompanhar as Perícias Judiciais do Trabalho. 
9. O QUE FAÇO PARA SER UM ASSISTENTE TÉCNICO EM PERÍCIA 
JUDICIAL DO TRABALHO.

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