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SEMINÁRIO DE DIREITO ADMINISTRATIVO Lei 9 784_99 (1)

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SEMINÁRIO DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Tema: Processos Administrativos 
Lei 9.784/99
Edinete de Deus Matos Alves
Taiane Neri Gazel da Silva
Rosiane da Silva Cruz.
Porto Velho/ RO 2021
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Conceito de Processo Administrativo
Conceito: O processo administrativo consiste na sequência de atividades realizadas pela Administração Pública com o objetivo final de dar efeito a algo previsto em lei. O processo administrativo é regulado pela Lei nº 9.784/99, chamada de Lei de Processo Administrativo (LPA).
Sem o processo administrativo, as ações do Estado não seriam regulares, uniformes e baseados em princípios legais que as dão sustentação. Dessa forma, pode-se afirmar que o processo administrativo é um dos principais fundamentos para que o Estado aja conforme a lei e que aplique os seus esforços para consolidar as mesmas.
No Brasil, a Lei que trata das diretrizes gerais do procedimento administrativo é a Lei n.º 9.784 de 1999, a qual se aplica a todos entes da Administração Pública direta e indireta federais. Além disso, o STJ tem reconhecido a aplicação desta lei federal para entes estaduais e municipais que ainda não aprovaram leis próprias.
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Princípios do processo administrativo
Legalidade: Apenas processos administrativos que respeitam a legislação podem ser elaborados e submetidos.
Finalidade: O administrador só deve praticar um ato administrativo se necessário para cumprir a finalidade prevista na lei que lhe outorgou competência.
Motivação: É uma exigência do Estado de direito. Ela obriga que todos os atos praticados no governo sejam fundamentados. Dessa forma ela atua, também, coibindo o desvio de poder.
Razoabilidade: O administrador deve atuar dentro de critérios aceitáveis do ponto de vista racional. Um ato será considerado irracional se: não existirem fundamentos para ampará-los; desconsiderar fatos ou circunstâncias; não guardar proporcionalidade entre os meios utilizados e os fins buscados.
Proporcionalidade: Exige que o administrador se paute por critérios de ponderabilidade e de equilíbrio entre o ato praticado (que será julgado), a finalidade perseguida e as consequências do ato. As consequências não podem contrariar ou esvaziar a finalidade buscada.
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Princípios do processo administrativo
Moralidade: O administrador deve atuar com respeito à moralidade administrativa. Esta é construída dentro da Administração Pública, a partir dos parâmetros institucionais da atividade administrativa. São estes parâmetros que diferenciam o agir honesto e o desonesto.
 Ampla defesa e contraditório: O administrado alvo do processo deve ter o direito de se defender. Deste princípio decorre que o administrado deve ser informado a respeito de todo o processo administrativo, incluindo todos os atos e informações sobre as consequências que podem advir do processo. Os prazos e fases do procedimento precisam ser seguidos e o administrado tem direito à uma defesa técnica, inclusive com o apoio de advogados.
Segurança jurídica: É vedada a descontinuação desmotivada de atos e situações jurídicas. Além disso, o direito de defesa do administrado deve ser assegurado, mesmo que o ato seja revogado.
 interesse público: O processo e os seus atos só se justificam se forem Necessários para se chegar a um fim que seja de interesse público. Além disso, a decisão decorrente do processo deve ser a que melhor consagra o interesse público.
Eficiência: Deve-se otimizar os meios à disposição da Administração Pública para que o procedimento possa atingir os seus fin.
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Os processos administrativos podem ser classificados em 7:
1 - Processo Administrativo de Expediente: São processos de tramitação mais informal. Alguns exemplos são pedidos de certidão e apresentação de documentos para determinados registros internos.
2 - Processo Administrativo de Outorga: É um processo pelo qual se pleiteia algum direito ou situação individual perante a Administração. Por exemplo, a concessão ou permissão de serviço público, permissão de uso de bem público ou a concessão de direito real de uso.
3 - Processo de Controle: São processos onde a administração pública pode verificar, determinar ou controlar o comportamento e a situação de gestores públicos ou de servidores. As prestações e tomadas de contas dos administradores perante os Tribunais de Contas, e os procedimentos de fiscalização em geral, são alguns exemplos.
4 - Processo Administrativo de Gestão: É uma série de atos realizados pela Administração Pública para exercer suas funções típicas, e na sua tomada de decisões. A licitação e os concursos públicos se encontra nesta categoria.
5 - Processo Administrativo de Punição: Elaborado quando um ato realizado pelo servidor, administrado ou contratado viola a lei, regulamento ou contrato. É com base em auto de infração, representação, denúncia ou peça equivalente, contendo a exposição do ato ou fato ilegal.
6 - Processo Administrativo Disciplinar: A Administração apura e pune as faltas cometidas pelos servidores públicos no exercício de sua função administrativa.
7 - Processo Administrativo Tributário: Determina, exige ou dispensa crédito fiscal e impõe penalidades ao contribuinte que falha com essas determinações.
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CAPÍTULO VI
DA COMPETÊNCIA
LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999.
Art. 11 a 13.
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
 I - a edição de atos de caráter normativo;
II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
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LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999.
Art. 14 a 15.
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.
§ 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada.
§ 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
§ 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
Referências 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9784.htm
https://www.concursosnobrasil.com.br/blogs/dicas/dicas-para-concursos-processo-administrativo.html
 www.direitonet.com.br
www.entendeudireito.com.br

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