17º SIMULADO PCDF - Agente -Pós-edital - Com Gabarito 27-12-20

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PCDF – AGENTE DE POLÍCIA
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dados apresentados como situação hipotética deverão ser considerados premissa(s) para o julgamento da assertiva proposta.
• Eventuais espaços livres – identificados ou não pela expressão “Espaço livre” – que constarem deste caderno de prova pode-
rão ser utilizados para rascunhos.
� Baseado no formato de prova
� aplicado pela banca Cebraspe
CONHECIMENTOS BÁSICOS
GRAMÁTICA E TEXTO
VÂNIA ARAUJO
TUDO BEM, FILHO. TODO MUNDO FAZ ISSO!
1 Johnny tinha seis anos de idade e estava em companhia 
do pai quando este foi flagrado em excesso de velocidade. O 
pai entregou ao guarda, junto à sua carteira de habilitação, 
uma nota de vinte dólares. “Está tudo bem, filho”, disse ele, 
5 quando voltaram à estrada. “Todo mundo faz isso.”
 � Quando tinha oito anos, deixaram que ele assistisse a 
uma reunião de família, dirigida pelo tio George, sobre as 
maneiras mais seguras de sonegar o imposto de renda. “Está 
tudo bem garoto”, disse o tio. “Todo mundo faz isso.”
10 Aos nove anos, a mãe levou-o pela primeira vez ao 
teatro. O bilheteiro não conseguiu arranjar lugares até que 
a mãe de Johnny lhe deu, por fora, cinco dólares. “Está tudo 
bem, filho”, disse ela. “Todo mundo faz isso.”
 � Com doze anos, ele quebrou os óculos a caminho da 
15 escola. A tia Francine convenceu a companhia de seguro de 
que eles haviam sido roubados e recebeu uma indenização de 
75 dólares. “Está tudo bem, garoto”, disse ela. “Todo mundo 
faz isso.”
 � Aos quinze anos, foi escolhido para jogar como 
20 lateral-direito no time de futebol da escola. Os treinadores 
lhe ensinaram como interceptar e, ao mesmo tempo, agarrar 
o adversário pela camisa, sem ser visto pelo juiz. “Tudo bem, 
garoto”, disse o treinador. “Todo mundo faz isso.”
 � Aos dezesseis, arranjou seu primeiro emprego nas férias 
25 de verão, trabalhando num supermercado. Seu trabalho: pôr 
os morangos maduros demais no fundo das caixas e os bons 
em cima, para ludibriar o freguês. “Tudo bem, garoto”, disse 
o gerente. “Todo mundo faz isso.”
 � Já com dezoito anos, Johnny e um vizinho 
30 candidataram-se a uma bolsa de estudos. Johnny era um estu-
dante medíocre. O vizinho era um dos primeiros da classe, 
mas um fracasso como lateral-direito no time de futebol.
 � Johnny ganhou a bolsa. “Está tudo bem, filho”, disseram 
os pais, “Todo mundo faz isso.” Johnny, flagrado colando, foi 
35 expulso da sala, e voltou para casa cabisbaixo. “Como você 
pôde fazer isso com sua mãe e comigo?”, disse o pai. “Você 
nunca aprendeu essas coisas em casa.” O tio e a tia ficaram 
também chocados.
 � Se há uma coisa que o mundo adulto não pode tolerar é 
40 um garoto que cola nos exames… 
(Disponível em: https://marcelberdi.wordpress.com/2009/05/17/
tudo-bem-filho-todo-mundo-faz-isso-jack-griffin/. Acesso em: 
25 jul. 2018)
Julgue os itens a seguir, com relação às ideias e aos aspectos lin-
guísticos do texto do escritor norte-americano Jack Griffin, publi-
cado no jornal Chicago Sun Times.
1 Embora se trate de um texto predominantemente dissertativo, 
ele tem características marcadamente descritivas.
2 Depreende-se das ideias apresentadas no texto que as pessoas 
transigem, muitas vezes, sem se deter para avaliar o resultado 
de suas ações.
3 Na linha 28, como a afirmação “Todo mundo faz isso” foi 
apresentada após a oração “disse o gerente”, é possível infe-
rir que se trata apenas da ideia que foi apreendida por Johnny 
após ouvir a fala do gerente.
4 O texto evidencia a intenção do autor de criticar os familiares 
que não oferecem bons exemplos de comportamento ético 
às crianças.
5 Mantém-se a correção gramatical do texto caso se reescreva 
o trecho “pôr os morangos maduros demais no fundo das cai-
xas e os bons em cima, para ludibriar o freguês” (l. 25–27) 
como “pôr morangos demais no fundo das caixas e deixar os 
frutos maduros por cima”.
6 O pronome “isso”, que perpassa as expressões relativas aos 
exemplos apresentados no texto, tem, por mecanismo de coe-
são das informações apresentadas, uma função anafórica.
7 O vocábulo “ludibriar” (l. 27), foi usado no texto com o sen-
tido de “enganar, “desapontar”, “iludir”.
8 Evidenciando a compreensão da metáfora apresentada no 
texto, pode-se afirmar que o ditado popular que mais se apli-
ca a ele é “um exemplo vale mais que mil palavras”.
9 O vocábulo “cola”, na última linha do texto, é polissêmico e 
embora tenha no texto a acepção de substantivo (cópia feita 
de outrem em um exame) só pode ser substituído, sem prejuí-
zo para a compreensão das ideias, pelo verbo “copia”.
PCDF – AGENTE DE POLÍCIA
10 Por conter instruções sobre como educar por meio do bom 
exemplo, é possível afirmar que o texto apresenta traços da 
tipologia injuntiva.
Habeas Corpus
1 No tribunal da minha consciência,
 � �O teu crime não tem apelação.
 � �Debalde tu alegas inocência,
 � E não terás minha absolvição.
5 Os autos do processo da agonia,
 � Que me causaste em troca ao bem que eu fiz,
 � Chegaram lá daquela pretoria
 � Na qual o coração foi o juiz.
 � Tu tens as agravantes da surpresa
10 E também as da premeditação
 � Mas na minh’alma tu não ficas presa
 � Porque o teu caso é caso de expulsão.
 � Tu vais ser deportada do meu peito
 � Porque teu crime encheu-me de pavor.
15 Talvez o habeas corpus da saudade
 � Consinta o teu regresso ao meu amor.
Orestes Barbosa e Noel Rosa
A propósito dos aspectos linguísticos do poema acima,julgue os 
itens subsequentes.
11 O texto constitui uma paródia de um julgamento.
12 O advérbio “Debalde”, no verso 3, não é mais utilizado na 
língua moderna. Por isso, poderia ser substituído, neste con-
texto, pelo vocábulo “debaixo”, que é de uso corrente.
13 O vocábulo “pretoria”, no verso 7, pode ser substituído, 
sem prejuízo para o sentido do texto, pela expressão sala de 
julgamento.
14 No poema, a consciência representa, metaforicamente, o tri-
bunal; e o coração, o juiz da causa.
15 No poema, o eu lírico afirma, categoricamente, que não ha-
verá uma segunda chance para o interlocutor que “come-
teu o crime”.
1 Foi no segundo terço do século XIX que o pobre apa-
receu como perigo médico. Uma das razões foi a cólera de 
1832, que começou em Paris e se propagou por toda a Europa. 
A coabitação em um mesmo tecido urbano de pobres e ricos 
5 foi considerada um perigo sanitário e político para a cidade, o 
que ocasionou a organização de bairros pobres e ricos.
 � É na Inglaterra, país em que o desenvolvimento indus-
trial e, por conseguinte, o do proletariado foram os mais rá-
pidos, que aparece uma nova forma de medicina social. É na 
10 Lei dos pobres que a medicina inglesa começa a tornar-se 
social, na medida em que o conjunto dessa legislação com-
portava um controle médico do pobre. A partir do momento 
em que o pobre se beneficia do sistema de assistência, deve, 
por isso mesmo, submeter-se a vários controles médicos.
15 Com a Lei dos pobres, aparece, de maneira ambígua, 
algo importante na história da medicina social: a ideia de 
uma assistência controlada, de uma intervenção médica que 
é tanto uma maneira de ajudar os mais pobres a satisfazerem 
suas necessidades de saúde quanto um controle pelo qual as 
20 classes ricas ou seus representantes no governo asseguram a 
saúde das classes pobres e, por conseguinte, a proteção das 
classes ricas. Um cordão sanitário autoritário é estendido no 
interior das cidades entre ricos e pobres: os pobres encon-
trando a possibilidade de se tratarem gratuitamente e os ricos 
25 garantindo não serem vítimas de fenômenos epidêmicos ori-
ginários da classe pobre. Essa lei foi somente o primeiro ele-
mento da organização de um serviço autoritário não de cuida-
dos médicos, mas de controle médico da população 
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: 
Edições Graal, 1979. p. 95–6 (com adaptações)
Sobre os aspectos linguísticos do texto e as ideias nele apresenta-
das, julgue os itens subsecutivos.
16 No texto, de tipologia predominantemente dissertativa, o au-
tor defende a ideia de que as leis resultam apenas da necessi-
dade de controle de um segmento social sobre outro.
17 De acordo com as informações do primeiro parágrafo, é cor-
reto inferir que a coabitação em um mesmo tecido urbano de 
pobres e ricos foi considerada um perigo sanitário e político 
para a cidade porque ocasionou a organização de bairros po-
bres e ricos.
18 Na linha 11, manter-se-ia a correção gramatical do texto com 
a substituição da expressão na medida em que pela expres-
são “à medida que”.
19 A “maneira ambígua” (l. 15) a que se refere o autor está ex-
pressa como oposição no final do texto, como evidencia o 
emprego do mecanismo de coesão “mas” (l. 28).
PCDF – AGENTE DE POLÍCIA
20 Mantendo-se a relação de sentido, a substituição do segmento 
“e os ricos garantindo não serem vítimas” (l. 24–25) por e os 
ricos, a garantia de não serem vítimas preservaria também 
a correção gramatical do texto.
INGLÊS
ALEXANDRE HARTAMANN
The Deadly Bilibid Prison Vaccine Trials
In 1906, physician Richard Strongs already-unethical 
vaccine experiment went horribly wrong. Then it was swept 
under the rug.
By Richard P. Strong
 � �On November 16, 1906, American doctor Richard 
Strong injected a muddy-looking liquid into the arms of 
twenty-four inmates at the Bilibid Prison in the Philippines. 
Strong did not tell the men what was inside these hypodermic 
syringes, and those who resisted the injection were urged on 
by prison guards.
 � Strong wanted to test the side effects of a popular 
cholera vaccine. He wasn’t particularly invested in protecting 
the health of his subjects; he was hoping to prove that his 
own vaccine was more effective than others. Three days 
after the procedure, two of the inoculated men fell ill and 
died. Autopsies suggested an unexpected culprit: the bubonic 
plague. By the time the disease had run its course, thirteen of 
the twenty-four inmates were dead.
 � The most candid account of the incident comes from 
Strong’s immediate superior, Dr. Paul Freer, in a confidential 
letter to friend and colleague Dean Worcester. In it, Freer 
recounts that a tube containing virulent plague bacteria had 
gone missing from Strong’s lab. When Strong noticed its 
absence, he issued a search and, upon discovering an empty 
tube discarded in a cleaning solution, “thought no more of the 
matter, believing that all was cleared up.” Freer speculates 
that a visiting doctor must have somehow gotten the plague 
tube mixed in with the cholera vaccines.
 � Despite being Strong’s superior, Freer did not learn of 
this inoculation experiment until after the prisoners started 
falling ill. He received a phone call informing him that “two 
men whom Strong had inoculated [were] very sick in Bilibid; 
that one was likely to die and that I had better get hold of 
Strong.” Attempting to keep the incident quiet was, in Freer’s 
words, “the hardest blizzard we have ever experienced.”
 � Two committees were appointed by the Philippine 
governor-general to investigate Strong’s actions. After review, 
it was “generally agreed that Strong had not intentionally 
inoculated the prisoners with the contaminated vaccine,” 
writes physician Kristine Campbell. Still, “they charged 
[Strong] with criminal negligence in both his preparation of 
the serum and in the unapproved administration of a still-
experimental vaccine to the prisoners.”
 � Unfortunately, writes Campbell, “nothing came of 
the charges issued by these committees.” The tragic event 
inspired almost no response from the United States, either 
due to lack of information or lack of interest. The Senate 
called for an investigation in December, only to quickly 
close the case after reviewing a “series of speculative letters” 
that promised, but never provided, more information on the 
case. Strong himself published nothing about the incident 
in Bilibid Prison. Freer’s only public report was an article 
in which he “emphasized the safety of the vaccine under 
ordinary circumstances” and avoided confronting the ethical 
questions raised by the experimental procedure. Strong 
would go on to have a successful career, earning a place at 
Harvard University as a professor of tropical medicine. This 
event would remain a hidden dark spot on the record of the 
acclaimed scientist.
 � In the end, “the only potential escape from this public 
condemnation of medical work seemed to be absolute 
silence,” writes Campbell. She adds that these trials are 
“best understood within a historical context, in which one 
acknowledges the wide range of assumptions—political, 
social, and scientific—that provided silent consent to Strong’s 
experiments.”
Source: https://daily.jstor.org/the-deadly-bilibid-prison-
vaccine-trials/
Judge the items according to the text.
21 Had the twenty-four prisoners known what was inside the 
hypodermic syringes, they would not have participated in 
the trial.
22 It can be inferred from the second paragraph that Strong 
was aware of potential hazardous side effects following 
vaccination.
23 In paragraph three, the connector “must” conveys the idea of 
high probability and thus cannot be replaced with had to.
24 Strong was accused of failure to show indifference or 
disregard for human life.
25 Strong’s silence seems to match the motto “Your silence 
gives consent”.
PCDF – AGENTE DE POLÍCIA
RIDE
REBECCA GUIMARÃES
26 A proposta de transferência da Capital Federal parao interior 
do País foi registrada na Constituição de 1891, mas, somente 
no final do século XIX, a Missão Cruls foi instituída com o 
objetivo de delimitar a área a ser ocupada pelo futuro Distri-
to Federal.
27 Entre as unidades da federação que compõem a região Cen-
tro-Oeste, o Distrito Federal é a mais populosa e a que tem o 
maior PIB em valores absolutos.
28 O Distrito Federal é a menor unidade da federação brasileira 
e apresenta uma baixa densidade demográfica.
29 O Distrito Federal é atualmente dividido em 33 regiões admi-
nistrativas, a do Sol Nascente/Pôr do Sol (R.A XXXIII) é a 
mais recente. O crescente número de RAs é fruto da expansão 
territorial do Distrito Federal nos últimos 10 anos.
30 Com um clima tropical semiúmido, o Distrito Federal apre-
senta temperaturas amenas durante todo o ano e umidade re-
lativa do ar elevada.
LEGISLAÇÃO PC/DF
RAFAEL OLIVEIRA
31 De acordo com o Decreto Lei n. 2.266/1985, a promoção por 
ascensão funcional para a Carreira Policial Civil do Distri-
to Federal dependerá da existência de vagas e concomitante 
conclusão dos cursos ofertados pela Academia da PCDF.
32 De acordo com o Decreto n. 30.490/2009, manter o controle 
da frota geral da Polícia Civil, bem como promover estudos 
com vistas à distribuição de veículos novos e remanejamento 
de usados é uma atribuição do Diretor-Geral Adjunto da Po-
lícia Civil.
33 Despachar as requisições de abertura de inquéritos policiais e 
termos circunstanciados dos representantes do Ministério Pú-
blico e das Autoridades Judiciárias compete ao Diretor-Geral 
da Polícia Civil do Distrito Federal.
34 A Lei n. 9.264/1996 traz informações acerca das definições 
das carreiras da PCDF. Segundo a mencionada lei, apenas as 
carreiras de Delegado de Polícia são consideradas jurídicas e 
típicas de estado.
35 Acerca dos requisitos para ingresso nas carreiras de que trata 
a Lei n. 9.264/1996, sobretudo o cargo de Delegado de Polí-
cia, é necessária, para ingresso na citada carreira, aprovação 
em concurso público de provas e títulos, com a participação 
da Ordem dos Advogados do Brasil, exigindo-se diploma de 
Bacharel em Direito e, no mínimo, 3 (três) anos de atividade 
jurídica ou policial, comprovados no ato da posse.
NOVA LEI DE ABUSO DE 
AUTORIDADE LEI N. 13.869
DIEGO FONTES
36 Nos termos da Lei n. 13.869/2019, as responsabilidades civil 
e administrativa são dependentes da criminal, não se pode 
mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato quan-
do essas questões tenham sido decididas no juízo criminal.
37 Constitui crime de abuso de autoridade o fato de o agente pú-
blico, com o intuito de prejudicar terceiro, solicitar o depoi-
mento de pessoa que, em razão de função, ministério, ofício 
ou profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo.
38 Responde por crime de abuso de autoridade previsto na Lei n. 
13.869/2019 o agente público que faz uso de prova ilícita em 
desfavor do investigado ou fiscalizado, mesmo que só venha 
a ter conhecimento dessa ilicitude em momento posterior, 
após recurso da defesa.
LEI N. 8.112/1990
RAPHAEL SPYERE
39 Situação hipotética: Luigi, italiano sem a nacionalidade 
brasileira, exerce o cargo de magistério superior na Univer-
sidade de Brasília (UNB). Assertiva: Nos termos da Lei n. 
8.112/1990, pode se presumir que na ocasião da posse no car-
go de professor, Luigi não precisou apresentar documentação 
que certificasse o gozo dos direitos políticos.
LEI N. 8.429/1992
RAPHAEL SPYERE
40 Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administra-
tiva competente para que seja instaurada investigação desti-
nada a apurar a prática de ato de improbidade.
PCDF – AGENTE DE POLÍCIA
RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO
MARCELO LEITE
Julgue o item seguinte, relativo à lógica proposicional e à lógica 
de primeira ordem.
41 A negação da proposição “Todo Agente da Polícia Civil do 
Distrito Federal é graduado” é corretamente expressa por 
“Pelo menos um Agente da Polícia Civil do Distrito Federal 
não é graduado”.
Considere as afirmações a seguir verdadeiras:
– Todo Policial Civil é graduado.
– Toda pessoa graduada é honesta.
Com base nessas afirmações, julgue os itens a seguir:
42 Apenas os Policiais Civis são graduados.
43 Todo Policial Civil é Honesto.
44 A expressão “Paulo é Agente da PCDF ou Lúcia não é Escri-
vã da PCDF” tem os mesmos valores lógicos que “Se Lúcia é 
escrivã da PCDF então Paulo é Agente da PCDF”.
Considere que para uma dada missão o delegado chefe convocou 
20 agentes, 4 escrivães e 2 papiloscopistas, essa missão tem como 
objetivo o combate ao tráfico de drogas, nas cidades próximas ao 
Distrito Federal.
Com base nessas informações, julgue os itens a seguir:
45 Caso tenha que ser formada aleatoriamente uma equipe com 
apenas 10 agentes, então a quantidade de maneiras que essa 
equipe pode ser formada é inferior a .
46 Caso seja formada uma equipe com 3 escrivães e um papilos-
copista, então a quantidade de maneiras que essa equipe pode 
ser formada é igual a 6.
47 Considere que no mês de agosto de 2020 foram detidas 297 
pessoas. Essa quantidade é 10% maior que em julho de 2020 
que por sua vez foi 10% menor que junho de 2020. Então, em 
junho de 2020 foram detidas exatamente 297.
48 A função definida por F(x) = 1.x2 + 12x + 6, tem valor máxi-
mo quando x assumir o valor igual a -6.
Considere a sequência a1, a2, a3, a4, …, an cuja lei de formação, a 
partir do 3º termo, é dada por . 
Com base nessas informações, julgue os itens a seguir:
49 Caso a1 = 10 e a2 = 20, então a4 será igual a 7,5.
50 Caso a10 = 101 e a11 = 99, então a12 = -1.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
DIREITO ADMINISTRATIVO
RAPHAEL SPYERE
A respeito da organização da Administração Pública Direta e Indi-
reta, bem como da responsabilidade civil por seus atos, analise as 
afirmativas adiante.
51 O Distrito Federal é considerado uma entidade administrativa.
52 Toda entidade da Administração Pública Indireta Federal está 
vinculada a determinado Ministério da União, fato que decor-
re do princípio da especialidade.
53 Por força da falta de sinalização adequada, um particular co-
lidiu seu automóvel em retroescavadeira empregada na dupli-
cação de estrada federal, executada em regime de concessão 
de serviço público por consórcio de empresas. O proprietário 
condutor do veículo alegou que o acidente decorreu de im-
prudência dos responsáveis pela obra e decidiu ingressar com 
a respetiva ação judicial de indenização. No caso descrito, o 
condutor deverá, obrigatoriamente, demonstrar que o aciden-
te ocorreu por culpa ou dolo da concessionária.
No tocante aos Atos da Administração e ao Controle Judicial e 
Legislativo que sobre eles incidem, julgue as próximas afirmativas.
54 Situação hipotética: A Secretaria de Segurança Pública de 
um estado da Federação celebrou contrato de locação de vá-
rias salas de aula de uma Faculdade Privada para a realização 
do concurso público com vistas ao provimento de cargos de 
Agente da Polícia Civil. Assertiva: O referido contrato de 
locação não é um ato administrativo.
55 Um órgão poderá delegar parcela de suas competências para 
exarar atos administrativos a outros órgãos, ainda que entre 
o delegante e os delegados não haja qualquer relação jurídica 
de hierarquia.
56 O sistema de freios e contrapesos é uma forma de controle da 
Administração Pública pautada na divisão e independência 
dos Poderes da União.
PCDF – AGENTE DE POLÍCIA
Acerca das regras procedimentais da licitação e as contratações 
diretas, julgue os próximos itens.
57 De acordo com a Lei Geral de Licitações, uma obra ou ser-
viço de engenharia só poderá ser licitado se houver projeto 
executivo aprovado pela autoridade competente, garantindo 
os elementos necessários para a caracterização da obra, ela-
boração do orçamento e cronograma executivo com grau de 
precisão adequado.
58 Situação hipotética: O Instituto Federal de Brasília IFB, au-
tarquia federal vinculada à área de educação, pretende con-
tratar pessoa jurídica de direito privado, sem finslucrativos, 
qualificada como Organização Social pela União, para pres-
tação de serviços que se acham contemplados no contrato de 
gestão firmado com a referida entidade federada. Assertiva: 
Nessa situação, o Instituto Federal de Brasília – IFB, por apli-
cação do princípio da indisponibilidade do interesse público, 
deverá dispensar a licitação para contratação da Organização 
Social mencionada.
DIREITO CONSTITUCIONAL
RICARDO BLANCO
59 O Registro Geral (RG) ou carteira de identidade é um docu-
mento público emitido para cidadãos nascidos e registrados 
no Brasil e para nascidos no exterior, que sejam filhos de 
brasileiros, servindo para confirmar a identidade da pessoa 
natural, solicitação de outros documentos e exercício de di-
reitos relacionados à cidadania. A gratuidade da emissão da 
primeira via da carteira de identidade não desborda da legíti-
ma liberdade de conformação normativa do Poder Legislati-
vo, trata-se de mero cumprimento por parte do Poder Público 
Federal de uma obrigação haurida das esferas constitucional 
e internacional.
60 A entidade de classe tem legitimação para o mandado de se-
gurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas 
a uma parte da respectiva categoria.
61 Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de ex-
clusão de militar ou de perda de patente ou de função pública.
62 Segundo o STF, impõe-se interpretação conforme a constitui-
ção para circunscrever a escolha do governador do estado a 
delegados ou delegadas integrantes da carreira policial, inde-
pendentemente do estágio de sua progressão funcional
63 O STF entende que a criação de CPIs é prerrogativa de mino-
rias parlamentares, que podem ficar ao talante do plenário da 
respectiva casa, ou seja, precisa ser confirmada pelo plenário 
para que possa ser instalada.
64 O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condi-
ções se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-
-se da atividade e se contar mais de dez anos de serviço, será 
agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará auto-
maticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
65 Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário míni-
mo não pode ser usado como indexador de base de cálculo 
de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser 
substituído por decisão judicial.
66 Os intervalos fixados para descanso e alimentação durante a 
jornada de seis horas não descaracterizam o sistema de turnos 
ininterruptos de revezamento para o efeito do art. 7º, XIV, da 
Constituição.
DIREITO PENAL 
(GERAL E ESPECIAL)
ÉRICO PALAZZO
Texto referente às questões 67 a 69:
Rômulo Marques, maior imputável, subtraiu o aparelho de TV 
de uma residência desabitada. O fato ocorreu por volta das 2h da 
madrugada, na cidade de Brasília/DF. Rômulo foi preso em fla-
grante e conduzido à Delegacia de Polícia.
Diante dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir:
67 O fato de a residência encontrar-se desabitada afasta a causa 
de aumento de pena do furto durante o repouso noturno.
68 No caso concreto, é possível afirmar que Rômulo praticou o 
crime de furto qualificado.
69 Não será imputado a Rômulo o crime de violação de domi-
cílio, uma vez que, apesar de configurar crime autônomo, na 
presente situação, esse delito será absorvido pelo crime de 
furto, em razão do princípio da consunção.
70 Aliciar e recrutar mulheres, mediante ameaça, violência, co-
ação, fraude ou abuso com a finalidade de exploração sexual, 
configura crime de tráfico de pessoas, configurando o delito 
ainda que a vítima não seja transportada para outro país ou 
outro estado federativo.
71 A injúria real consiste na utilização de elementos referentes 
a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa 
idosa ou portadora de deficiência.
PCDF – AGENTE DE POLÍCIA
Texto referente às questões 72 e 73:
João Cabral, maior imputável, praticou um crime de roubo no dia 
19/09/2019. Na ocasião, subtraiu, mediante grave ameaça, 2 apa-
relhos celulares. Após alguns dias, João Cabral desconfiou que a 
polícia civil investigava o crime praticado e achou melhor pedir a 
seu pai, Antônio Cabral, que ocultasse os referidos aparelhos em 
sua residência. Antônio Cabral, ciente da origem criminosa dos 
aparelhos celulares, aceitou ocultá-los, a fim de auxiliar seu filho 
a não ser preso.
Diante da situação apresentada, julgue os itens a seguir:
72 Na situação descrita, Antônio Cabral praticou o crime de fa-
vorecimento real. Todavia, caso ocultasse os referidos apare-
lhos celulares em seu próprio favor, deveria ser responsabili-
zado pelo crime de receptação.
73 Apesar de Antônio Cabral ter praticado fato típico, como o 
auxílio prestado se deu em favor de seu descendente, ele de-
verá ficar isento de pena.
74 Em virtude do princípio da bandeira, aplica-se a lei penal bra-
sileira a crime praticado a bordo de aeronave brasileira de 
propriedade mercante que se encontre no espaço aéreo cor-
respondente ao alto-mar.
DIREITO PROCESSUAL PENAL
DEUSDEDY SOLANO
Conforme dispõe o Código de Processo Penal e a legislação de 
regência, analise a situação hipotética e julgue os dois itens a seguir
Situação hipotética: A Polícia Civil do Distrito Federal está 
investigando um caso de tráfico interno de pessoas, em que duas 
vítimas, Luiz e Carlos, com outras cinco vítimas ainda não iden-
tificadas foram transportados de uma outra unidade da federação 
para o Distrito Federal.
As investigações iniciais apontam que as vítimas se encontram 
encarceradas na cidade de Taguatinga/DF e, também, indica a par-
ticipação no crime de dois servidores da Secretaria de Segurança 
Pública do DF, que facilitaram a prática delitiva usando da função 
que exercem.
75 Diante dessa situação, em relação à investigação criminal que 
está sendo realizada pela polícia, se necessário à repressão 
do crime de tráfico de pessoas, além das demais diligências 
legais, o delegado de polícia que preside a investigação po-
derá requisitar, mediante autorização judicial, às empresas 
prestadoras de serviço de telecomunicações que disponibi-
lizem imediatamente os meios técnicos adequados de sinais 
que permitam com precisão a localização das vítimas e dos 
suspeitos do delito em curso, decisão esta que também permi-
tirá acesso ao conteúdo de comunicações de outras naturezas, 
como acompanhamento das conversas, dispensando autoriza-
ção judicial específica.
76 Se o pedido de acesso aos sinais para localização das vítimas 
e suspeitos feito pelo Delegado que preside a investigação 
houver sido baseado apenas em investigações preliminares 
imediatas após o registro do boletim de ocorrência, antes do 
regular início do inquérito policial, este deverá ser instaurado 
no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, contado do 
registro da respectiva ocorrência policial.
À luz do que dispõe o Código de Processo Penal, analise os três 
itens a seguir:
77 A reforma processual penal trazida pelo chamado “pacote an-
ticrime” trouxe medidas estruturais, como o juiz de garantias 
e audiência de custódia, as quais foram introduzidas para po-
tencializar o combate a abusos por agentes públicos do estado 
na primeira fase da persecução criminal. Dentro desta linha 
de pensamento, o legislador, ao prever legalmente o juiz das 
garantias, fez com que suas decisões o vinculem como pre-
vento para instrução processual.
78 Após a prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte 
e quatro) horas, o juiz deverá promover audiência de custódia 
com a presença do acusado, sua defesa e o membro do Minis-
tério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamenta-
damente, conceder liberdade provisória, com ou sem fiança 
se verificar a ilegalidade da prisão.
79 Conforme atual previsão legal, ao juiz das garantias cabe o 
trancamento do inquérito policial e ao Ministério Público 
cabe o arquivamento de inquérito policial.
PCDF – AGENTE DE POLÍCIA
Conforme dispõe a doutrina, o Código de Processo Penal e a legis-
lação de regência, analise a situação hipotética e julgueos dois 
itens a seguir:
Situação hipotética: No dia 18.12.2020, por volta das 20h, foram 
registradas duas ocorrências policiais na 30ª Delegacia de Polícia 
de São Sebastião/DF, envolvendo a primeira situação um caso de 
violência doméstica e familiar com lesões corporais (art. 129. § 9º 
do CP) e a outra um caso de furto mediante arrombamento a um 
comércio local (art. 155, § 4º, inc. I do CP).
80 Em relação ao crime de lesões corporais em situação de vio-
lência doméstica, só seria possível a prisão em flagrante do 
suposto autor da infração penal se for o denominado flagrante 
próprio, ou seja, quando estivesse ocorrendo ou acabando de 
ocorrer a infração penal, por ser vedado, nesta situação des-
crita, o flagrante impróprio ou o presumido.
81 No caso do crime de furto qualificado, mesmo que o pro-
prietário do comércio local, alvo do arrombamento, tenha 
registrado a ocorrência cerca de dois dias depois do crime, 
a autoridade deverá dirigir-se ao local, providenciando para 
que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a 
chegada dos peritos criminais, pois sua atuação deve se dar 
logo que tiver conhecimento da prática da infração penal.
À luz da jurisprudência dos tribunais superiores, analise o 
item a seguir.
82 O Supremo Tribunal Federal, diferentemente do Superior 
Tribunal de Justiça, entende que o inquérito policial arqui-
vado por excludente de ilicitude pode ser reaberto mesmo 
que não tenha sido baseado em provas fraudadas, e se com 
provas fraudadas, com maior razão pode ser feito o desar-
quivamento.
DIREITOS HUMANOS
LUCIANO FAVARO
Leia a seguinte notícia divulgada no Portal de Notícias G1, em 
9 de dezembro de 2020 e, posteriormente, julgue os itens que se 
seguem considerando o entendimento do Supremo Tribunal Fede-
ral e o disposto na Constituição da República Federativa do Brasil, 
de 1988 – CRFB/1988:
 � A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (9) 
o projeto que ratifica o texto da Convenção Interamericana 
contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Corre-
latas de Intolerância. Em um primeiro momento da sessão, 
o texto foi aprovado em primeiro turno. Depois, em segun-
do turno. Agora, será enviado ao Senado. Se os senadores 
também aprovarem a proposta, a redação passará a compor a 
Constituição, na forma de emenda. O texto ratificado pela Câ-
mara foi elaborado em 2013, na Guatemala, durante a Assem-
bleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA). 
Pelo texto, os países da OEA se comprometerem a prevenir, 
eliminar, proibir e punir todos os atos e manifestações de ra-
cismo, discriminação e formas correlatas de intolerância […].
Disponível em: https://g1.globo.com/politica/
noticia/2020/12/09/camara-aprova-em-1o-turno-projeto-
que-ratifica-texto-da-convencao-interamericana-contra-o-
racismo.ghtml.
83 A informação constante na notícia de que a Câmara dos Depu-
tados ratificou o texto da Convenção Interamericana apresen-
ta imprecisão técnica, uma vez que a Câmara dos Deputados 
não ratifica convenções internacionais de direitos humanos, 
apenas aprova ou rejeita o texto dessas convenções.
84 Caso a Convenção Interamericana seja aprovada também no 
Senado Federal ela passará a compor a CRFB/1988, na forma 
de emenda.
85 Nos termos do dispositivo que trata dos direitos e deveres 
individuais e coletivos da CRFB/1988, a prática do racis-
mo constitui crime inafiançável e prescritível, sujeito à pena 
de reclusão.
86 A incorporação da Convenção Interamericana no ordenamen-
to jurídico brasileiro prescinde a prática de ato posterior pelo 
Poder Executivo, caso também venha ser aprovada no Sena-
do Federal.
Concernente à afirmação histórica dos direitos humanos e às 
características desses direitos, julgue os subsequentes itens:
87 A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1948, 
foi responsável pela concepção contemporânea de direitos 
humanos internacionalmente reconhecidos.
PCDF – AGENTE DE POLÍCIA
88 A impossibilidade de cisão dos direitos humanos de modo 
que sejam reconhecidos e protegidos unitariamente refere-se 
à característica da indivisibilidade.
89 Pela característica dos direitos humanos conhecida como 
efeito cliquet reconhece-se que os direitos humanos já con-
cretizados e alcançados não podem mais ser abolidos.
90 A Constituição de Weimar, de 1919, destacou-se por reco-
nhecer direitos humanos de segunda geração, o que era uma 
novidade para a época.
CONTABILIDADE
FELIPHE ARAÚJO
Em relação às contas e à escrituração contábil, julgue o 
item seguinte.
91 O balanço patrimonial e o de resultado econômico devem ser 
lançados no livro-diário. Ambos têm de ser assinados somen-
te pelo técnico em ciências contábeis legalmente habilitado.
Com relação à escrituração contábil nos livros das sociedades, 
julgue o item subsequente.
92 A aquisição à vista de um veículo pelo valor de R$ 100.000, 
ainda que esse valor resulte de um desconto, negociado no 
momento da aquisição, no valor de R$ 9.000, reduz patrimô-
nio líquido da empresa compradora.
Com referência ao reconhecimento de receitas, julgue o 
seguinte item.
93 Com relação ao regime de caixa, a receita deve ser reconheci-
da no momento da transferência do bem ou serviço prometido 
ao cliente, cumpridas as demais condições normativas, inde-
pendentemente da emissão do respectivo instrumento fiscal.
Em relação às operações com duplicatas, julgue o item seguinte.
94 A empresa FINANCIAMENTO Ltda. realizou, no banco em 
que é correntista, uma operação de desconto de duplicatas 
com incidência de juros. O lançamento necessário para con-
tabilizar essa operação no Diário da empresa é um fato contá-
bil permutativo de 3ª fórmula.
Com base no quadro a seguir, que apresenta os saldos de algumas 
contas contábeis da Cia. ALFA, referentes ao exercício findo em 
31/12/2019, julgue os próximos dois itens.
Contas Saldo (R$)
Amortização acumulada 15.000
Banco conta movimento 20.000
Capital social 30.000
Clientes 10.500
Custo das mercadorias vendidas 17.000
Depreciação acumulada 25.000
Despesas gerais 27.000
Duplicatas descontadas 11.000
Empréstimos a pagar (longo prazo) 50.500
Encargos a transcorrer de empréstimos 8.500
Intangível 35.000
Imobilizado 70.000
Mercadorias para revenda 8.500
Receita de vendas 55.000
Reserva de lucros 11.000
Reserva legal 14.000
Seguros a vencer 14.000
Tributos a recolher 3.000
Tributos sobre vendas 8.000
95 O ativo não circulante totalizou R$ 65.000, ao passo que o 
passivo exigível de longo prazo foi de R$ 42.000.
96 O resultado bruto apurado pela companhia foi de R$ 
38.000,00.
A respeito da contabilidade geral, julgue os próximos dois itens.
97 O patrimônio líquido constitui uma obrigação da entidade 
para com os sócios da entidade.
98 Caso uma empresa possua R$ 80.000,00 de capital de tercei-
ros, que representa 40% do total de recursos à disposição da 
sociedade, o capital próprio será inferior a R$ 100.000.
A empresa GAMA, ré nos processos trabalhistas A, B e C, precisa 
analisar a probabilidade de perda de cada processo.
A tabela a seguir refere-se aos processos trabalhistas desfavorá-
veis à empresa GAMA.
Processos Desembolso (em R$ mil)
Probabilidade 
de ocorrência
A 300 Provável
B 180 Possível
C 40 Remota
Com referência à tabela precedente, julgue o item seguinte.
PCDF – AGENTE DE POLÍCIA
99 Na situação hipotética apresentada, o montante de provisão a 
ser reconhecido é maior do que R$ 300.000,00.
Com base no texto a seguir, julgue o próximo item.
Determinado estabelecimento comercial ALFA, não contribuinte 
do IPI, adquiriu 1.000 unidades de mercadorias em dado período. 
As informações dessa compra são apresentadas a seguir:
Informações Valor (R$)
Valor das aquisições (constante na 
nota fiscal) 125.000
IPI sobre compras 10.000
ICMS sobre compras 15.000
Desconto condicional na compra 8.000
Desconto incondicional na compra 5.500
Frete e seguro sobre compras 9.000
100 Considerando-se que não havia estoques de mercadorias no 
início do período, é correto afirmar que o custo das mercado-
rias adquiridasfoi de R$ 113.500.
INFORMÁTICA
TIAGO PÁDUA
101 Em Python, o operador de divisão inteira (//) irá retornar o re-
sultado da divisão dos operandos arredondado para o inteiro 
mais próximo, logo o resultado de x // 3 será 4.
102 A versão 3 do Python não é totalmente retrocompatível com 
a versão antecessora. Deste modo, programas e bibliotecas 
escritos na versão 2 do Python podem necessitar de ajustes 
para serem executados com o Python a versão 3.
Julgue o item a seguir, a respeito da linguagem de programação R.
103 A função plot é utilizada para plotar gráficos. O comando 
plot(c(1,2,3), c(3,2,1)) irá plotar o gráfico a seguir:
Julgue o item a seguir, a respeito de APIs.
104 Uma API é um contrato que descreve um conjunto de funções 
e procedimentos que permite acessar dados e a funcionali-
dade de uma aplicação; desta forma, caso seja trocada a tec-
nologia de implementação, a API terá seu contrato alterado.
Julgue o item a seguir, a respeito de metadados de arquivos.
105 Durante o curso de uma investigação em que estavam sendo 
analisados arquivos de fotos digitais, tentava-se obter infor-
mações adicionais sobre a autoria das fotos assim como a 
localização geográfica das imagens. Sabendo-se da possível 
existência de metadados que poderiam conter estes dados, 
devem ser analisados os metadados estruturais dos arquivos a 
fim de tentar extrair estas informações.
INFORMÁTICA
MAURICIO FRANCESCHINI
106 O sistema operacional Windows 10 dispõe de ferramentas 
para que o usuário consiga realizar suas tarefas com maior 
agilidade. Uma delas, por exemplo, são as teclas de atalho. A 
respeito dessa funcionalidade, podemos afirmar que ao clicar 
em CTRL+SHIFT+ESC o usuário acessará o Explorador 
de Arquivos.
107 O fato de um usuário estar conectado a uma rede Wi-Fi signi-
fica que ele também tem acesso à internet.
108 A imagem a seguir representa a combinação de duas topo-
logias de rede, quais sejam: anel e barramento. Esse tipo de 
combinação resulta numa topologia híbrida.
109 As macros no MS Excel permitem automatizar procedimen-
tos repetitivos, de maneira que, com apenas um clique ou te-
cla de atalho, vários blocos de ações podem ser realizados 
sem a intervenção do usuário.
110 Em uma tabela de um banco de dados relacional, sua chave 
primária poderá se tornar uma chave estrangeira em outra ta-
bela com a qual ela está se relacionando.
PCDF – AGENTE DE POLÍCIA
ESTATÍSTICA
THIAGO FERNANDO
Considerando que X é uma variável quantitativa, cuja média é 
igual a 36 e cujo desvio padrão é igual a 12 e que a variável Y = 
36 - 3 . X, julgue os seguintes itens.
111 A correlação entre X e Y é igual a -1.
112 A média de Y é igual a 0.
Uma pesquisa levantou o tempo de viagem (em minutos) de pes-
soas que saem do Aeroporto de Brasília até os seus destinos finais, 
registraram-se os seguintes dados:
Tempo
(minutos) Frequência
5 |– 15 30%
15 |– 25 25%
25 |– 35 20%
35 |– 45 25%
A respeito dessa situação, julgue os itens 113 a 115.
113 A média é inferior a 25 minutos.
114 O tempo mediano é igual a 23 minutos.
115 O primeiro quartil é superior a 8 minutos e inferior a 
9 minutos.
Um estudo fez um levantamento para avaliar o uso de cinto de 
segurança pelos condutores de veículos de passeio. O primeiro 
levantamento envolveu 4000 motoristas, dos quais apenas 1600 
eram usuários do cinto de segurança. Após a realização de cam-
panhas educativas, dentre os usuários que não usavam o cinto de 
segurança anteriormente, 60% passaram a utilizar.
Com base nessa situação, julgue os itens 116 e 118.
116 O índice de uso do cinto de segurança aumentou 90% com as 
campanhas educativas.
117 Sendo P (|Z| < 2) = 0,95, o intervalo de confiança para o 
percentual de pessoas que não usavam antes o cinto de se-
gurança e foram convencidas a utiliza graças à campanha é 
[58%; 62%].
118 Sabendo que uma blitz de trânsito encontrou um motorista 
que estava utilizando corretamente o cinto de segurança, a 
probabilidade de que ele tenha se tornado usuário do equi-
pamento de proteção apenas após as campanhas educativas 
é superior a 50%.
Sabe-se que a altura dos homens e das mulheres do Brasil segue 
uma distribuição normal. A altura média dos homens é igual a 170 
cm e altura média das mulheres é igual a 160 cm. Já os desvios 
padrões das alturas são iguais a 10 cm para os homens e 8 cm para 
as mulheres.
Considerando que a população brasileira é formada por 50% de 
homens e 50% de mulheres, julgue os itens 119 e 120.
119 O desvio padrão das alturas dos brasileiros é igual a 9 cm.
120 A altura mediana dos homens é igual a 170 cm.
PCDF – AGENTE DE POLÍCIA
REDAÇÃO
FERNANDO MOURA
• Nesta prova, faça o que se pede, usando, caso deseje, o espaço para rascunho indicado no presente caderno. Em seguida, transcreva 
o texto para a FOLHA DE TEXTO DEFINITIVO DA PROVA DISCURSIVA, no local apropriado, pois não será avaliado frag-
mento de texto escrito em local indevido.
• Qualquer fragmento de texto além da extensão máxima de linhas disponibilizadas será desconsiderado.
• Na Folha de Texto Definitivo, a presença de qualquer marca identificadora no espaço destinado à transcrição do texto definitivo 
acarretará a anulação da sua prova discursiva.
• Ao domínio do conteúdo serão atribuídos até 30,00 pontos, dos quais até 1,00 ponto será atribuído ao quesito apresentação (legibi-
lidade, respeito às margens e indicação de parágrafos) e estrutura textual (organização das ideias em texto estruturado).
Leia o texto seguinte.
 A Lei n. 13.718/2018, conforme preconiza o art. 1º, tipificou os crimes de importunação sexual e de divulgação de cena de 
estupro, tornou pública incondicionada a natureza da ação penal dos crimes contra a liberdade sexual e dos crimes sexuais contra vulne-
rável, estabeleceu causas de aumento de pena para esses crimes e definiu como causas de aumento de pena o estupro coletivo e o estupro 
corretivo.
Joaquim Leitão Júnior. http://genjuridico.com.br/2018/11/30/as-inovacoes-legislativas-aos-crimes-sexuais-no-enfrentamento-a-criminalidade.
Considerando que o texto anterior tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema:
PAPEL DO POLICIAL CIVIL NO ENFRENTAMENTO AOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL.
Ao elaborar seu texto, trate, necessariamente, dos seguintes aspectos:
• conceito de dignidade sexual; [valor: 7,00 pontos]
• caracterização do crime de importunação sexual; [valor: 7,00 pontos]
• caracterização do crime de estupro de vulnerável; [valor: 7,00 pontos]
• papel e ações do policial civil no enfrentamento aos crimes contra a dignidade sexual. [valor: 8,00 pontos]
SIMULADO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PÚBLICO
POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL
AGENTE DE POLÍCIA 
GABARITO
Item 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Gabarito E C E E C C E C E E C E C C E E E C C C
Item 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
Gabarito E C C E C C E E E E E C E E C E E E C C
Item 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
Gabarito C E C C E E E E E C E E E C C C E E C C
Item 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
Gabarito C E C C C C E E C C E C E E E E E E C E
Item 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
Gabarito C C C E E E E C C C E E E C C E C E E E
Item 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
Gabarito E C C E E E E C C C C E C C E C C E E C
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PCDF – AGENTE DE POLÍCIA
CONHECIMENTOS BÁSICOS
GRAMÁTICA E TEXTO
VÂNIA ARAUJO
TUDO BEM, FILHO. TODO MUNDO FAZ ISSO!
1 Johnny tinha seis anos de idade e estava em companhia 
do pai quando este foi flagrado em excesso de velocidade. O 
pai entregou ao guarda, junto à sua carteira de habilitação, 
uma nota de vinte dólares. “Está tudo bem, filho”, disse ele, 
5 quando voltaram à estrada. “Todo mundo faz isso.”
 � Quando tinha oito anos, deixaram que ele assistisse a 
uma reunião de família, dirigida pelo tio George, sobre as 
maneirasmais seguras de sonegar o imposto de renda. “Está 
tudo bem garoto”, disse o tio. “Todo mundo faz isso.”
10 Aos nove anos, a mãe levou-o pela primeira vez ao 
teatro. O bilheteiro não conseguiu arranjar lugares até que 
a mãe de Johnny lhe deu, por fora, cinco dólares. “Está tudo 
bem, filho”, disse ela. “Todo mundo faz isso.”
 � Com doze anos, ele quebrou os óculos a caminho da 
15 escola. A tia Francine convenceu a companhia de seguro de 
que eles haviam sido roubados e recebeu uma indenização de 
75 dólares. “Está tudo bem, garoto”, disse ela. “Todo mundo 
faz isso.”
 � Aos quinze anos, foi escolhido para jogar como 
20 lateral-direito no time de futebol da escola. Os treinadores 
lhe ensinaram como interceptar e, ao mesmo tempo, agarrar 
o adversário pela camisa, sem ser visto pelo juiz. “Tudo bem, 
garoto”, disse o treinador. “Todo mundo faz isso.”
 � Aos dezesseis, arranjou seu primeiro emprego nas férias 
25 de verão, trabalhando num supermercado. Seu trabalho: pôr 
os morangos maduros demais no fundo das caixas e os bons 
em cima, para ludibriar o freguês. “Tudo bem, garoto”, disse 
o gerente. “Todo mundo faz isso.”
 � Já com dezoito anos, Johnny e um vizinho 
30 candidataram-se a uma bolsa de estudos. Johnny era um estu-
dante medíocre. O vizinho era um dos primeiros da classe, 
mas um fracasso como lateral-direito no time de futebol.
 � Johnny ganhou a bolsa. “Está tudo bem, filho”, disseram 
os pais, “Todo mundo faz isso.” Johnny, flagrado colando, foi 
35 expulso da sala, e voltou para casa cabisbaixo. “Como você 
pôde fazer isso com sua mãe e comigo?”, disse o pai. “Você 
nunca aprendeu essas coisas em casa.” O tio e a tia ficaram 
também chocados.
 � Se há uma coisa que o mundo adulto não pode tolerar é 
40 um garoto que cola nos exames… 
(Disponível em: https://marcelberdi.wordpress.com/2009/05/17/
tudo-bem-filho-todo-mundo-faz-isso-jack-griffin/. Acesso em: 
25 jul. 2018)
Julgue os itens a seguir, com relação às ideias e aos aspectos lin-
guísticos do texto do escritor norte-americano Jack Griffin, publi-
cado no jornal Chicago Sun Times.
1 Embora se trate de um texto predominantemente dissertativo, 
ele tem características marcadamente descritivas.
Errado.
Trata-se de uma narrativa alegórica, que transmite uma men-
sagem indireta ao leitor, por meio de uma analogia. O texto 
tem, portanto, predomínio da tipologia narrativa, com alguns 
traços descritivos.
2 Depreende-se das ideias apresentadas no texto que as pessoas 
transigem, muitas vezes, sem se deter para avaliar o resultado 
de suas ações.
Certo.
Essa é informação mais importante do texto e que serve de pre-
texto para a inserção (implícita) do ensinamento que se quer 
transmitir.
3 Na linha 28, como a afirmação “Todo mundo faz isso” foi 
apresentada após a oração “disse o gerente”, é possível infe-
rir que se trata apenas da ideia que foi apreendida por Johnny 
após ouvir a fala do gerente.
Errado.
A ideia apresentada no texto permite entender que se trata da 
continuação da fala do gerente, a qual foi apenas plasmada no 
texto de forma pouco usual. Observe que tal forma, embora 
pouco comum, é absolutamente pertinente ao trecho em que 
se insere.
4 O texto evidencia a intenção do autor de criticar os familiares 
que não oferecem bons exemplos de comportamento ético 
às crianças.
Errado.
Este texto não tem como objetivo a crítica, mas, sim, o ensina-
mento – o qual poderá fazer com que situações negativas como 
as apresentadas sejam cada vez menos frequentes na sociedade.
5 Mantém-se a correção gramatical do texto caso se reescreva 
o trecho “pôr os morangos maduros demais no fundo das cai-
xas e os bons em cima, para ludibriar o freguês” (l. 25–27) 
como “pôr morangos demais no fundo das caixas e deixar os 
frutos maduros por cima”.
Certo.
Ainda que se perceba uma mudança drástica de sentido na rees-
crita proposta, ela continua preservando a correção gramatical 
– único conteúdo cobrado na assertiva.
PCDF – AGENTE DE POLÍCIA
6 O pronome “isso”, que perpassa as expressões relativas aos 
exemplos apresentados no texto, tem, por mecanismo de coe-
são das informações apresentadas, uma função anafórica.
Certo.
Em todos os usos que se fez do pronome “isso” no texto, ele 
teve a função anafórica de retomar e resumir a ação apontada 
no fragmento anterior.
7 O vocábulo “ludibriar” (l. 27), foi usado no texto com o sen-
tido de “enganar, “desapontar”, “iludir”.
Errado.
No contexto, o vocábulo “ludibriar” foi usado com o sentido 
de “enganar” e de “iludir”, mas não de “desapontar” o freguês.
8 Evidenciando a compreensão da metáfora apresentada no 
texto, pode-se afirmar que o ditado popular que mais se apli-
ca a ele é “um exemplo vale mais que mil palavras”.
Certo.
A metáfora apresentada no texto traz uma informação implícita 
que pode ser traduzida pelo ditado popular “um exemplo vale 
mais que mil palavras”.
9 O vocábulo “cola”, na última linha do texto, é polissêmico e 
embora tenha no texto a acepção de substantivo (cópia feita 
de outrem em um exame) só pode ser substituído, sem prejuí-
zo para a compreensão das ideias, pelo verbo “copia”.
Errado.
O vocábulo “cola”, empregado na última linha do texto, confi-
gura-se como verbo (presente do indicativo de copiar). Portan-
to, neste caso, ele não tem acepção de substantivo.
10 Por conter instruções sobre como educar por meio do bom 
exemplo, é possível afirmar que o texto apresenta traços da 
tipologia injuntiva.
Errado.
O texto não traz instruções sobre a correta educação por meio 
do bom exemplo (o tema é tratado por meio de uma sátira) e, 
consequentemente, não apresenta traços da tipologia injuntiva 
(instrucional).
Habeas Corpus
1 No tribunal da minha consciência,
 � �O teu crime não tem apelação.
 � �Debalde tu alegas inocência,
 � E não terás minha absolvição.
5 Os autos do processo da agonia,
 � Que me causaste em troca ao bem que eu fiz,
 � Chegaram lá daquela pretoria
 � Na qual o coração foi o juiz.
 � Tu tens as agravantes da surpresa
10 E também as da premeditação
 � Mas na minh’alma tu não ficas presa
 � Porque o teu caso é caso de expulsão.
 � Tu vais ser deportada do meu peito
 � Porque teu crime encheu-me de pavor.
15 Talvez o habeas corpus da saudade
 � Consinta o teu regresso ao meu amor.
Orestes Barbosa e Noel Rosa
A propósito dos aspectos linguísticos do poema acima, julgue os 
itens subsequentes.
11 O texto constitui uma paródia de um julgamento.
Certo.
A paródia consiste na criação de um texto a partir de outro, bas-
tante conhecido, com uma intenção cômica, irônica, humorís-
tica ou contestadora – o que dá ao texto recém-criado um novo 
sentido. Esse poema reproduz uma cena de julgamento em um 
tribunal, sob um enfoque bastante poético.
12 O advérbio “Debalde”, no verso 3, não é mais utilizado na 
língua moderna. Por isso, poderia ser substituído, neste con-
texto, pelo vocábulo “debaixo”, que é de uso corrente.
Errado.
Embora seja correta a afirmação de que o termo “debalde” te-
nha caído em desuso, o seu significado real é: “de forma inútil”.
13 O vocábulo “pretoria”, no verso 7, pode ser substituído, 
sem prejuízo para o sentido do texto, pela expressão sala de 
julgamento.
Certo.
O vocábulo “pretoria”, na linguagem arcaica, se referia às salas 
de julgamento, na Roma antiga, onde atuava um pretor (magis-
trado que administrava a justiça).
14 No poema, a consciência representa, metaforicamente, o tri-
bunal; e o coração, o juiz da causa.
Certo.
O poema utiliza recursos estilísticos, como a linguagem meta-
fórica, que são característicos da função poética.
PCDF – AGENTE DE POLÍCIA
15 No poema, o eu lírico afirma, categoricamente, que não ha-
verá uma segunda chance para o interlocutor que “come-
teu o crime”.
Errado.
Nos dois últimos versos, ele se mostra indeciso, afirmando que 
um “habeas corpus da saudade” pode permitir o regresso da 
amada (que causou tanta dor).
1 Foi no segundo terço do século XIX que o pobre apa-
receu como perigo médico. Uma das razões foi a cólera de 
1832, quecomeçou em Paris e se propagou por toda a Europa. 
A coabitação em um mesmo tecido urbano de pobres e ricos 
5 foi considerada um perigo sanitário e político para a cidade, o 
que ocasionou a organização de bairros pobres e ricos.
 � É na Inglaterra, país em que o desenvolvimento indus-
trial e, por conseguinte, o do proletariado foram os mais rá-
pidos, que aparece uma nova forma de medicina social. É na 
10 Lei dos pobres que a medicina inglesa começa a tornar-se 
social, na medida em que o conjunto dessa legislação com-
portava um controle médico do pobre. A partir do momento 
em que o pobre se beneficia do sistema de assistência, deve, 
por isso mesmo, submeter-se a vários controles médicos.
15 Com a Lei dos pobres, aparece, de maneira ambígua, 
algo importante na história da medicina social: a ideia de 
uma assistência controlada, de uma intervenção médica que 
é tanto uma maneira de ajudar os mais pobres a satisfazerem 
suas necessidades de saúde quanto um controle pelo qual as 
20 classes ricas ou seus representantes no governo asseguram a 
saúde das classes pobres e, por conseguinte, a proteção das 
classes ricas. Um cordão sanitário autoritário é estendido no 
interior das cidades entre ricos e pobres: os pobres encon-
trando a possibilidade de se tratarem gratuitamente e os ricos 
25 garantindo não serem vítimas de fenômenos epidêmicos ori-
ginários da classe pobre. Essa lei foi somente o primeiro ele-
mento da organização de um serviço autoritário não de cuida-
dos médicos, mas de controle médico da população 
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: 
Edições Graal, 1979. p. 95–6 (com adaptações)
Sobre os aspectos linguísticos do texto e as ideias nele apresenta-
das, julgue os itens subsecutivos.
16 No texto, de tipologia predominantemente dissertativa, o au-
tor defende a ideia de que as leis resultam apenas da necessi-
dade de controle de um segmento social sobre outro.
Errado.
Embora o texto seja, sim, dissertativo, nele o autor não defende 
a ideia de que as leis resultam apenas da necessidade de contro-
le de um segmento social sobre outro. Ele se refere ao fato de 
que a Lei dos pobres, ao beneficiar as classes pobres com o sis-
tema de assistência de saúde, serve, também, como instrumento 
de controle médico para proteger as classes ricas de doenças 
que poderiam advir das classes pobres.
17 De acordo com as informações do primeiro parágrafo, é cor-
reto inferir que a coabitação em um mesmo tecido urbano de 
pobres e ricos foi considerada um perigo sanitário e político 
para a cidade porque ocasionou a organização de bairros po-
bres e ricos.
Errado.
A assertiva apresenta uma inversão na relação de causa e conse-
quência, já que as informações fornecidas no primeiro parágra-
fo dão conta de que a organização da cidade em bairros pobres 
e bairros ricos aconteceu porque a coabitação em um mesmo 
tecido urbano de pobres e ricos foi considerada um perigo sa-
nitário e político.
18 Na linha 11, manter-se-ia a correção gramatical do texto com 
a substituição da expressão na medida em que pela expres-
são “à medida que”.
Certo.
A substituição da expressão na medida em que (que atribui 
ideia de causa) na linha 11, pela expressão “à medida que” 
(ideia de proporcionalidade) mantém a correção gramatical do 
trecho em que se insere, embora provoque uma mudança radi-
cal de sentido. Mas a assertiva nem sequer menciona o sentido, 
atém-se apenas à correção gramatical.
19 A “maneira ambígua” (l. 15) a que se refere o autor está ex-
pressa como oposição no final do texto, como evidencia o 
emprego do mecanismo de coesão “mas” (l. 28).
Certo.
A “maneira ambígua” a que se refere o autor no texto está ex-
pressa no uso do conector “mas”, porque ele estabelece a opo-
sição entre os “cuidados médicos” e o “controle médico” da po-
pulação, como se pode constatar no seguinte trecho extraído do 
próprio texto (l. 12–14): A partir do momento em que o pobre 
se beneficia do sistema de assistência, deve, por isso mesmo, 
submeter-se a vários controles médicos.
20 Mantendo-se a relação de sentido, a substituição do segmento 
“e os ricos garantindo não serem vítimas” (l. 24–25) por e os 
ricos, a garantia de não serem vítimas preservaria também 
a correção gramatical do texto.
Certo.
A substituição proposta manteria tanto a correção gramatical 
quanto os sentidos do texto, tendo em vista que a interpretação 
correta continuaria sendo: “os pobres encontrando a possibili-
dade de se tratarem gratuitamente e os ricos [encontrando] a 
garantia de não serem vítimas…”.
PCDF – AGENTE DE POLÍCIA
INGLÊS
ALEXANDRE HARTAMANN
The Deadly Bilibid Prison Vaccine Trials
In 1906, physician Richard Strongs already-unethical 
vaccine experiment went horribly wrong. Then it was swept 
under the rug.
By Richard P. Strong
 � �On November 16, 1906, American doctor Richard 
Strong injected a muddy-looking liquid into the arms of 
twenty-four inmates at the Bilibid Prison in the Philippines. 
Strong did not tell the men what was inside these hypodermic 
syringes, and those who resisted the injection were urged on 
by prison guards.
 � Strong wanted to test the side effects of a popular 
cholera vaccine. He wasn’t particularly invested in protecting 
the health of his subjects; he was hoping to prove that his 
own vaccine was more effective than others. Three days 
after the procedure, two of the inoculated men fell ill and 
died. Autopsies suggested an unexpected culprit: the bubonic 
plague. By the time the disease had run its course, thirteen of 
the twenty-four inmates were dead.
 � The most candid account of the incident comes from 
Strong’s immediate superior, Dr. Paul Freer, in a confidential 
letter to friend and colleague Dean Worcester. In it, Freer 
recounts that a tube containing virulent plague bacteria had 
gone missing from Strong’s lab. When Strong noticed its 
absence, he issued a search and, upon discovering an empty 
tube discarded in a cleaning solution, “thought no more of the 
matter, believing that all was cleared up.” Freer speculates 
that a visiting doctor must have somehow gotten the plague 
tube mixed in with the cholera vaccines.
 � Despite being Strong’s superior, Freer did not learn of 
this inoculation experiment until after the prisoners started 
falling ill. He received a phone call informing him that “two 
men whom Strong had inoculated [were] very sick in Bilibid; 
that one was likely to die and that I had better get hold of 
Strong.” Attempting to keep the incident quiet was, in Freer’s 
words, “the hardest blizzard we have ever experienced.”
 � Two committees were appointed by the Philippine 
governor-general to investigate Strong’s actions. After review, 
it was “generally agreed that Strong had not intentionally 
inoculated the prisoners with the contaminated vaccine,” 
writes physician Kristine Campbell. Still, “they charged 
[Strong] with criminal negligence in both his preparation of 
the serum and in the unapproved administration of a still-
experimental vaccine to the prisoners.”
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