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Aula 03 - Pré-Natal

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PROF. ESP. CAMILA HOLANDA 
 O pré-natal é o acompanhamento médico que 
toda gestante deve ter, a fim de manter a 
integridade das condições de saúde da mãe e do 
bebê. 
 
 Durante toda a gravidez são realizados exames 
laboratoriais que visam identificar e tratar doenças 
que podem trazer prejuízos à saúde da mãe ou da 
criança. 
2 
 O objetivo do acompanhamento pré-natal é 
assegurar o desenvolvimento da gestação, 
permitindo o parto de um recém-nascido 
saudável, sem impacto para a saúde materna, 
inclusive abordando aspectos psicossociais e as 
atividades educativas e preventivas. 
 
 A unidade básica de saúde (UBS) deve ser a 
porta de entrada preferencial da gestante no 
sistema de saúde. É o ponto de atenção 
estratégico para melhor acolher suas 
necessidades, inclusive proporcionando um 
acompanhamento longitudinal e continuado, 
principalmente durante a gravidez. 
 
 3 
 É importante que a equipe atente para a inclusão 
da parceria sexual na programação dos cuidados 
em saúde. Quanto maior vínculo houver entre a 
mulher e a equipe, quanto mais acolhedora for a 
equipe da UBS, maiores serão as chances de 
aconselhamentos pré-concepcionais, detecção 
precoce da gravidez e início precoce do pré-natal. 
 
4 
 1° PASSO: Iniciar o pré-natal na Atenção Primária à 
Saúde até a 12ª semana de gestação (captação 
precoce). 
 
 2° PASSO: Garantir os recursos humanos, físicos, 
materiais e técnicos necessários à atenção pré-natal. 
 
 3° PASSO: Toda gestante deve ter assegurado a 
solicitação, realização e avaliação em termo oportuno 
do resultado dos exames preconizados no 
atendimento pré-natal. 
 
5 
 4° PASSO: Promover a escuta ativa da gestante 
e de seus(suas) acompanhantes, considerando 
aspectos intelectuais, emocionais, sociais e 
culturais e não somente um cuidado biológico: 
"rodas de gestantes". 
 
 5° PASSO: Garantir o transporte público gratuito 
da gestante para o atendimento pré-natal, quando 
necessário. 
 
6 
 6° PASSO: É direito do(a) parceiro(a) ser cuidado 
(realização de consultas, exames e ter acesso a 
informações) antes, durante e depois da 
gestação: "pré-natal do(a) parceiro(a)". 
 
 7° PASSO: Garantir o acesso à unidade de 
referência especializada, caso seja necessário. 
 
 8° PASSO: Estimular e informar sobre os 
benefícios do parto fisiológico, incluindo a 
elaboração do "Plano de Parto". 
 
7 
 9° PASSO: Toda gestante tem direito de 
conhecer e visitar previamente o serviço de saúde 
no qual irá dar à luz (vinculação). 
 
 10° PASSO: As mulheres devem conhecer e 
exercer os direitos garantidos por lei no período 
gravídico-puerperal. 
 
8 
 O calendário de atendimento pré-natal deve ser 
programado em função dos períodos gestacionais 
que determinam maior risco materno e perinatal. 
 
 Durante o pré-natal, deverá ser realizado o 
número mínimo de seis consultas, 
preferencialmente, uma no primeiro trimestre, 
duas no segundo trimestre e três no último 
trimestre. 
9 
 A maior frequência de visitas no final da 
gestação visa à avaliação do risco perinatal e 
das intercorrências clínico-obstétricas mais 
comuns nesse trimestre, como trabalho de parto 
prematuro, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, 
amniorrexe prematura e óbito fetal. 
 
 
 Não existe “alta” do pré-natal antes do 
parto! 
10 
 
 
 
 O acompanhamento da mulher no ciclo 
grávido-puerperal deve ser iniciado o mais 
precocemente possível e só se encerra após o 
42º dia de puerpério, período em que deverá 
ter sido realizada a consulta de puerpério. 
11 
 A Política Nacional de Humanização toma o 
acolhimento como postura prática nas ações de 
atenção e gestão das unidades de saúde, o que 
favorece a construção de uma relação de 
confiança e compromisso dos usuários com as 
equipes e os serviços, contribuindo para a 
promoção da cultura de solidariedade e para a 
legitimação do sistema público de saúde. 
 
12 
 O acolhimento da gestante na atenção básica implica 
a responsabilização pela integralidade do cuidado a 
partir da recepção da usuária com escuta qualificada 
e a partir do favorecimento do vínculo e da avaliação 
de vulnerabilidades de acordo com o seu contexto 
social, entre outros cuidados. 
 
 O profissional deve permitir que a gestante expresse 
suas preocupações e suas angústias, garantindo a 
atenção resolutiva e a articulação com os outros 
serviços de saúde para a continuidade da assistência 
e, quando necessário, possibilitando a criação de 
vínculo da gestante com a equipe de saúde. 
 
13 
 Cabe à equipe de saúde, ao entrar em contato 
com uma mulher gestante, na unidade de saúde 
ou na comunidade, buscar compreender os 
múltiplos significados da gestação para aquela 
mulher e sua família, notadamente se ela for 
adolescente. 
 
 A história de vida e o contexto de gestação 
trazidos pela mulher durante a gravidez devem 
ser acolhidos integralmente a partir do seu relato 
e da fala de seu parceiro. Tal contexto implica 
mudanças nas relações estabelecidas entre a 
mulher e a família, o pai e a criança. 
 
 
14 
 É cada vez mais frequente a participação do pai 
no pré-natal, devendo sua presença ser 
estimulada durante as atividades de consulta e de 
grupo, para o preparo do casal para o parto, como 
parte do planejamento familiar. 
 
 A gestação, o parto, o nascimento e o puerpério 
são eventos carregados de sentimentos 
profundos, pois constituem momentos de crises 
construtivas, com forte potencial positivo para 
estimular a formação de vínculos e provocar 
transformações pessoais. 
 
15 
 É importante acolher o(a) acompanhante de 
escolha da mulher, não oferecendo obstáculos à 
sua participação no pré-natal, no trabalho de 
parto, no parto e no pós-parto. 
 
 O(a) acompanhante pode ser alguém da família, 
amigo(a) ou a doula, conforme preconiza a Lei nº 
11.108, de 7 de abril de 2005. 
 
16 
 O benefício da presença do(a) acompanhante já 
foi comprovado. Vários estudos científicos 
nacionais e internacionais evidenciaram que as 
gestantes que tiveram a presença de 
acompanhantes se sentiram mais seguras e 
confiantes durante o parto. 
 
 Também houve redução do uso de medicações 
para alívio da dor, da duração do trabalho de 
parto e do número de cesáreas. Alguns estudos 
sugerem, inclusive, a possibilidade de outros 
efeitos, como a redução dos casos de depressão 
pós-parto. 
17 
 Contando suas histórias, as grávidas esperam 
partilhar experiências e obter ajuda. 
 
 Assim, a assistência pré-natal torna-se um 
momento privilegiado para discutir e esclarecer 
questões que são únicas para cada mulher e seu 
parceiro, aparecendo de forma individualizada, 
até mesmo para quem já teve outros filhos. 
 
 Temas que são tabus, como a sexualidade, 
poderão suscitar dúvidas ou a necessidade de 
esclarecimentos. 
 
18 
 Na prática cotidiana dos serviços de saúde, o 
acolhimento se expressa na relação estabelecida 
entre os profissionais de saúde e os(as) 
usuários(as), mediante atitudes profissionais 
humanizadoras, que compreendem iniciativas tais 
como as de: 
 
◦ Se apresentar; 
◦ Chamar os(as) usuários(as) pelo nome; 
◦ Prestar informações sobre condutas e 
procedimentos que devam ser realizados; 
◦ Escutar e valorizar o que é dito pelas pessoas; 
19 
◦ Garantir a privacidade e a confidencialidade 
das informações; 
 
◦ Incentivar a presença do(a) acompanhante; 
 
◦ Entre outras iniciativas semelhantes. 
 
20 
 AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE 
◦ Orientar as mulheres e suas famílias sobre a 
importância do pré-natal, da amamentação e da 
vacinação; 
◦ Realizar visitas domiciliares para a identificação das 
gestantes e para desenvolver atividades de 
educação em saúde tanto para as gestantes como 
para seus familiares, orientando-os sobre os 
cuidados básicos de saúde e nutrição, cuidadosde 
higiene e sanitários; 
 
21 
o Encaminhar toda gestante ao serviço de saúde, 
buscando promover sua captação precoce para a 
primeira consulta, e monitorar as consultas 
subsequentes; 
o Conferir o cadastramento das gestantes no 
SisPreNatal, assim como as informações preenchidas 
no Cartão da Gestante; 
 Acompanhar as gestantes que não estão realizando 
o pré-natal na unidade básica de saúde local, 
mantendo a equipe informada sobre o andamento do 
pré-natal realizado em outro serviço; 
 Orientar as gestantes sobre a periodicidade das 
consultas e realizar a busca ativa das gestantes 
faltosas; 
 
 
22 
 Informar o(a) enfermeiro(a) ou o(a) médico(a) de 
sua equipe, caso a gestante apresente algum dos 
sinais de alarme: febre, calafrios, corrimento com 
mau cheiro, perda de sangue, palidez, contrações 
uterinas frequentes, ausência de movimentos 
fetais, mamas endurecidas, vermelhas e quentes 
e dor ao urinar. 
 
 Identificar situações de risco e vulnerabilidade e 
encaminhar a gestante para consulta de 
enfermagem ou médica, quando necessário; 
 
23 
o Realizar visitas domiciliares durante o período 
gestacional e puerperal, acompanhar o processo 
de aleitamento, orientar a mulher e seu 
companheiro sobre o planejamento familiar. 
 
24 
 TÉCNICO DE ENFERMAGEM 
 
◦ Orientar as mulheres e suas famílias sobre a 
importância do pré-natal, da amamentação e da 
vacinação; 
◦ Verificar/realizar o cadastramento das gestantes no 
SisPreNatal; 
◦ Conferir as informações preenchidas no Cartão da 
Gestante; 
◦ Verificar o peso e a pressão arterial e anotar os dados 
no Cartão da Gestante; 
◦ Fornecer medicação mediante receita, assim como os 
medicamentos padronizados para o programa de pré-
natal (sulfato ferroso e ácido fólico); 
 
25 
o Aplicar vacinas antitetânica e contra hepatite B; 
o Realizar atividades educativas, individuais e em 
grupos (deve-se utilizar a sala de espera); 
o Informar o(a) enfermeiro(a) ou o(a) médico(a) de 
sua equipe, caso a gestante apresente algum 
sinal de alarme, como os citados anteriormente; 
o Identificar situações de risco e vulnerabilidade e 
encaminhar a gestante para consulta de 
enfermagem ou médica, quando necessário; 
o Orientar a gestante sobre a periodicidade das 
consultas e realizar busca ativa das gestantes 
faltosas; 
 
26 
o Realizar visitas domiciliares durante o período 
gestacional e puerperal, acompanhar o processo 
de aleitamento, orientar a mulher e seu 
companheiro sobre o planejamento familiar. 
 
27 
 ENFERMEIRO (A) 
 
◦ Orientar as mulheres e suas famílias sobre a 
importância do pré-natal, da amamentação e da 
vacinação; 
◦ Realizar o cadastramento da gestante no 
SisPreNatal e fornecer o Cartão da Gestante 
devidamente preenchido (o cartão deve ser 
verificado e atualizado a cada consulta); 
◦ Realizar a consulta de pré-natal de gestação de 
baixo risco intercalada com a presença do(a) 
médico(a); 
◦ Solicitar exames complementares de acordo com o 
protocolo local de pré-natal; 
 
28 
o Realizar testes rápidos; 
o Prescrever medicamentos padronizados para o 
programa de pré-natal (sulfato ferroso e ácido 
fólico, além de medicamentos padronizados para 
tratamento das DST, conforme protocolo da 
abordagem sindrômica); 
o Orientar a vacinação das gestantes (contra tétano 
e hepatite B); 
 
29 
o Identificar as gestantes com algum sinal de alarme 
e/ou identificadas como de alto risco e encaminhá-las 
para consulta médica. Caso seja classificada como de 
alto risco e houver dificuldade para agendar a 
consulta médica (ou demora significativa para este 
atendimento), a gestante deve ser encaminhada 
diretamente ao serviço de referência. 
 
o Realizar exame clínico das mamas e coleta para 
exame citopatológico do colo do útero; 
 
o Desenvolver atividades educativas, individuais e em 
grupos (grupos ou atividades de sala de espera); 
 
30 
o Orientar as gestantes e a equipe quanto aos 
fatores de risco e à vulnerabilidade; 
o Orientar as gestantes sobre a periodicidade das 
consultas e realizar busca ativa das gestantes 
faltosas; 
o Realizar visitas domiciliares durante o período 
gestacional e puerperal, acompanhar o processo 
de aleitamento e orientar a mulher e seu 
companheiro sobre o planejamento familiar. 
 
31 
 Realizar em toda consulta a técnica comum para 
aferição da P.A com objetivo de detectar 
precocemente estados hipertensivos. 
 
 Conceitua-se Hipertensão na Gestação: 
 
 A observação de níveis tensionais iguais ou 
maiores que 140 mmHg de pressão sistólica, e 
iguais ou maiores que 90 mmHg de pressão 
diastólica, mantidos em duas ocasiões e 
resguardado intervalo de quatro horas entre as 
medidas. 
32 
 Achado 1: 
 
 Níveis de PA conhecidos e normais antes da 
gestação: manutenção dos mesmos níveis de PA 
 Níveis de PA desconhecidos antes da gestação: 
valores da pressão inferiores a 140/90 mmHg. 
 
 Conduta: 
 
 Manter calendário habitual 
 Cuidar da alimentação 
 Praticar atividade física 
 Diminuir a ingestão de sal 
 Aumentar a ingestão hídrica 
33 
 Achado 2: 
 
 Níveis de PA conhecidos e normais antes da 
gestação: aumento da PA em nível menor do que 
140/90 mmHg (sinal de alerta) 
 Níveis de PA desconhecidos antes da gestação: 
 valores da PA, ≥ 140/90 mmHg e ≤ 160/110, sem 
sintomas e sem ganho ponderal maior que 500 g 
semanal. 
 
 
34 
 Conduta: 
 
 Repetir medida após período de repouso 
(preferencialmente após quatro horas) 
 Remarcar consulta em 7 ou 15 dias 
 Orientar para presença de sintomas como: 
cefaléia, epigastralgia, edema, redução, volume 
ou presença de “espuma” na urina, redução de 
movimentos fetais. 
 Orientar repouso. 
 Atentar para o exame de urina. 
35 
 Achado 3 
 
 Níveis de PA superiores a 140/90 mmHg, 
proteinúria positiva e/ou sintomas clínicos (cefaléia, 
epigastralgia, reflexos tendíneos aumentados) ou 
paciente assintomática porém com níveis de PA 
superiores a 160/110 mmHg. 
 
 Conduta: 
 
 Paciente suspeita de pré-eclâmpsia grave. 
Referir imediatamente ao pré-natal de alto risco 
e/ou unidade de referência hospitalar. 
36 
 Achado 4 
 
 Paciente com hipertensão arterial crônica 
moderada, ou grave, ou em uso de medicação 
anti-hipertensiva. 
 
 Conduta: 
 
 Referir ao pré-natal de alto risco. 
37 
 Essa é uma dúvida muito frequente das 
gestantes, pois muitas acreditam que se 
começa a contar a gravidez do dia da 
concepção. 
 
 Este cálculo é feito a partir da Data da Última 
Menstruação (DUM). 
38 
 Como a gestação do ser humano dura em média 
40 semanas, a Data Provável do Parto (DPP) é 
40 semanas após a DUM. 
 
 Primeiro escrevemos a DUM num papel dessa 
forma: Dia / Mês / Ano. 
 
 Se a DUM for em janeiro, fevereiro ou março: 
somamos + 7 ao Dia, acrescentamos + 9 ao Mês 
e mantemos o mesmo Ano. 
39 
 Ex: DUM = 15 / 02 / 2010 
 +7 +9 = 
 DPP = 22 / 11 / 2010 
 
 Se a soma do Dia ultrapassar 30 ou 31 
dependendo do mês, considere o Mês seguinte. 
 
 Ex: DUM = 27 / 03 / 2010 
 +7 +9 
 DPP = 34 / 12 / 2010, considerar: dezembro 
é de 31 dias (34 – 31 = 3), o Mês seguinte a 
dezembro é janeiro (01), aí muda o Ano também, 
então DPP = 03 / 01 / 2011. 
 
 
 40 
 Se a DUM for de abril a dezembro: some + 7 ao 
Dia, diminua – 3 do Mês e acrescente + 1 ao Ano. 
 
 Ex: DUM = 12 / 07 / 2010 
 +7 -3 +1 
 DPP = 19 / 04 / 2011 
 
 Cabe ressaltar que a DPP marca a 40ª semana, 
que é a média de duração da gestação humana, 
mas o parto não tem que ocorrer obrigatoriamente 
neste exato dia. 
 
 
41 
 
 
 
 
 Por isso, é mais sensato falar em período 
provável do parto que é considerado de duas 
semanas antes (ou – 14 dias) aduas semanas 
depois (ou + 14 dias) da DPP, ou seja, da 38ª a 
42ª semana. 
 
 
 
42 
 A Idade Gestacional corresponde à duração da 
gestação, isto é, o tempo em semanas completas 
e dias completos. 
 
 Este cálculo também é feito a partir da DUM e 
serve tanto para saber o número de semanas de 
uma gestação ainda em curso, como para saber 
com quantas semanas ocorreu o parto. 
43 
 A IG é calculada da seguinte maneira: 
 
 Primeiro escreva a DUM num papel dessa forma: 
Dia / Mês. 
 
 Algumas linhas abaixo escrevemos a data de 
hoje, caso ainda seja gestante, ou a data em que 
o parto ocorreu (o cálculo é igual para ambos). 
 
44 
 Depois é preciso saber quantos dias tem cada 
Mês (Jan 31 / Fev 28 ou 29 / Mar 31 / Abr 30 / Mai 
31 / Jun 30 / Jul 31 / Ago 31 / Set 30 / Out 31 / 
Nov 30 / Dez 31). 
 
 Escrevemos quantos dias faltam para terminar o 
primeiro Mês, depois escreva os dias de cada 
Mês completos e por fim escreva os dias 
completados no último Mês. 
 
 Somamos todos os dias e dividimos por 7; o 
resultado será o número de semanas completas e 
o resto será o número de dias (da semana 
incompleta). 
45 
 
FIM!!! 
46

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