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Direito Empresarial

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Direito Empresarial
1. Empresário:
Todo aquele que desenvolve uma atividade econômica, de forma organizada, de modo profissional, voltado a produção de bens ou serviços, visando lucro.
Art. 966 do código civil:
“Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços”. 
Obs.: Quando tem sócios não será mais um único indivíduo, logo não será um empresário, mas sim, uma sociedade empresaria. Cumpre lembrar o empresário não será o indivíduo, mas a sociedade.
 __ “Empresário individual não é a mesma coisa que Sociedade Empresária”.
Parágrafo Único, do art. 966 do CC: “não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliadores ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa”.
· Em regra profissional intelectual de natureza científica, literária ou artística não é empresário.
Cientifico:
· Engenheiro; Dentista; Médico; Advogado e etc.
Literário:
· Escritor, redator e etc.
Artístico:
· Pintor; escultor e etc. 
I. Em regra, estes não serão empresários, mesmo que tenham colaboradores. Salvo se constituir elemento de empresa, este é, um elemento que se sobre põe a intelectualidade, a pessoalidade do serviço, com exceção dos advogados. (Os advogados nunca serão empresários em virtude da profissão que exercem.) 
Ex.: Um médico tem um consultório, neste tem auxiliadores, somente com isto não constituiu elemento empresa. Contudo, o negócio cresce, o médico cria agora uma clínica, nesta coloca exames laboratoriais, exames cardiovasculares, coloca também uma lanchonete, uma farmácia. Observe, agora, o indivíduo constituiu elemento empresa, saiu do âmbito da pessoalidade, isso é, da pessoa do médico, constituindo elemento empresa o agente tornou-se empresário. 
Importante
“Para o Direito Empresarial empresa é sinônimo de atividade, portanto, empresário é aquele quem desenvolve a atividade empresa”.
· Atividade econômica:
Um conjunto de atos, o indivíduo tem que desenvolver a atividade de modo habitual.
Ex.: Beto quer vender seu carro, para tanto elabora um método, o indivíduo coloca suas informações para contato visíveis no carro. Carlinho vê a informação, entra em contato, após isso, Beto estabelece como se daria a venda. Veja no exemplo descrito a pouco, Beto organizou como se firmaria a venda, disponibilizou o bem e também visava lucro.
Contudo, apesar deste ter algumas características de empresário, a afirmação que por causa disso Beto é empresário não pode prosperar. A atividade de Beto não foi habitual, pois se encerrou com a conduta. O empresário não tem uma atividade única, isso é, uma pessoa não se torna empresário por vender uma determinada coisa uma única vez. Este exerce sua atividade de modo habitual, ou seja, profissionalmente.
I.1. Registro do empresário:
(Art. 967/971 do código civil)
a) O registro obrigatório deve ser feito antes do início de sua atividade, este é realizado na junta comercial. 
(Junta comercial é o mesmo que registro público de empresas mercantis) 
b) Empresário irregular é aquele que não realizou o registro; entretanto, o art. 966 do CC nada falou sobre registro. O empresário irregular pode falir, isso é decretado a sua falência, no entanto, não poderá pedir recuperação judicial ou a falência de outro empresário.
 
c) O registro do empresário rural é facultativo. Porém, se o fazer equiparar-se-á ao empresário. (Vê art. 970/971 do código civil)
I. Terá um tratamento diferenciado, favorecido, simplificado. (Vê art. 970 do CC)
II. O art. 968, parágrafo 3ª do CC salienta sobre a transformação do empresário para a sociedade empresária. 
I.1.1. Atributos do empresário:
· Exerce de forma profissional a atividade econômica, de modo organizado.
· Ter capacidade civil. (Vê art. 966 do CC)
· Não ser impedido. (Vê art. 972 do CC)
· Possuir Personalidade Jurídica (Vê art. 967/968 do CC)
I. Requisitos para se tornar empresário:
Impedimento e capacidades
(Vê art. 972 do CC)
a) Impedimentos:
Os legalmente impedidos: (Descrição exemplificativa) em regra, não serão empresários.
· Servidores públicos. 
· Delegado
· Magistrado
· Defensor público
· Promotor de justiça 
II. Privados
· Falido 
· Tradutor juramentado
Todos estes podem ser sócios de uma sociedade desde de que não sejam o majoritário ou administrador.
· Se o impedido por lei vier a exerce atividade empresária responderá pelas obrigações contraídas. (Vê art. 933 do CC)
b) Capacidade:
O art. 972 diz: “poderá ser empresário qualquer pessoa que esteja em pleno gozo da capacidade civil e não seja legalmente impedida”. Logo os incapazes e os impedidos não poderão ser empresários.
O art. 974 diz: o incapaz não pode iniciar uma atividade empresarial do zero, no entanto, poderá continua-la. Desde de que estejam assistidos ou representados, possuindo autorização judicial, o documento expedido pela autoridade judiciária é o alvará, este possibilita ao representante ou assistente que auxilie o menor. O alvará preservará o patrimônio pré-existente do menor. 
· O menor não pode começar uma atividade empresária de forma individual, todavia, poderá começar em uma sociedade empresária, desde que não seja o administrador e o capital social esteja totalmente integralizado.
(Vê art. 972/975 do CC)
· Incapacidade superveniente:
Pessoa capaz que por algum motivo perdeu a capacidade plena. (Seguirá a regra do menor). 
· Incapaz (Vê art. 973 do CC).
 
I.2. Empresário individual:
Pessoa física que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bem ou serviço, ainda que com o auxílio de empregados.
Apesar de ter CNPJ o empresário individual não é pessoa jurídica e, ainda, tem responsabilidade ilimitada. O indivíduo exerce as suas atividades em nome próprio, o CNPJ é apenas um benefício tributário e para facilita a supervisão da Receita Federal.
O art. 968, parágrafo 3ª do CC regula o fato de o empresário transformar-se em sociedade empresaria. 
I.3. Empresário rural
(Veja art. 970/971 do CC)
O registro deste é facultativo, no entanto, se fizer será equiparado ao empresário.
Terá um tratamento diferenciado, favorecido, simplificado.
2. Estabelecimento empresarial
(Art. 1.142/1.149 do CC)
· Estabelecimento empresarial é o complexo de bens materiais e imateriais.
a) Exemplo de bens materiais:
· Estoque
· Maquinário
· Veículo do empresário
b) Exemplo de bens imateriais:
· Marca
· Patente
· Aviamento (potencial de lucro do negócio)
c) Universalidade de fato e universalidade de direito:
O estabelecimento é uma universalidade de fato, majoritariamente na doutrina.
Ex: massa falida, espolio e estabelecimento, são complexos de bens.
· Massa falida: complexo de bens do falido.
· Espólio: complexo de bens do falecido.
· Estabelecimento: complexo de bens do empresário.
A massa falida e o espólio são uma universalidade de direito, pois a lei diz a eles o caminho que devem percorrer, diferentemente do estabelecimento, este é uma universalidade de fato, pois se o empresário quiser vender, poderá fazê-lo, se quiser arrendar poderá, se não quiser fazer absolutamente nada poderá também. Não há qualquer determinação legal que estabeleça que o empresário deve vender, arrenda ou não vender o estabelecimento empresarial.
2.1. Proteção ao ponto empresarial:
Trespasse: 
O nome que se dá a venda do estabelecimento.
I. Publicidade:
(Vê art. 1.144 do CC)
O trespasse precisa ser registrado na junta de empresas mercantis e publicado no diário oficial para produzir efeitos perante terceiros. 
II. Concorrência:
O alienante não poderá fazer concorrência ao adquirente pelo prazo de 05 anos, salvo estipulação expressa no contrato. 
III. Credores:
Não é necessário o consentimento dos credores, salvo o insolvente, este terá que notificar os credores sobre o trespasse, os credores por sua vez demonstraram o seu consentimento de forma expressa ou tácita em 30 (trinta) dias, após notificação do alienante.2.1.1. Responsabilidade do adquirente e do alienante:
(Vê art. 1.146 do CC)
I. O adquirente:
 Assume o passivo contabilizado, o oculto não.
II. O alienante:
O alienante tem responsabilidade solidaria com o adquirente de 1 (um) ano. O prazo quanto aos créditos vencidos é a partir de a publicação do trespasse, quanto aos vincendos a partir de o seu vencimento.
a) Pagamento indevido de devedor (um terceiro) (art. 1.149 do CC)
O devedor que paga de boa-fé ao alienante após o trespasse será exonerado.
Ex.: acontece o trespasse: sai o alienante (antigo dono) entra o adquirente (novo dono) o devedor terá, portanto, que paga a sua dívida ao novo dono (adquirente), entretanto, assim não o faz, este agindo de boa-fé faz o pagamento integral de sua dívida ao antigo dono (alienante), pois era assim que fazia, o devedor quitava as suas respectivas dívidas por conta bancária, não prestando a devida atenção, paga para a pessoa errado. Quando o adquirente (novo dono) vai cobrar a dívida, o devedor toma um susto. Ele não será forçado a pagar novamente caso tenha agindo de boa-fé. 
b) Dos contratos ativos no trespasse. (Vê art. 1.148 do CC)
Segundo o artigo 1.148 do código civil o contrato é sub-rogado ao adquirente, caso não tenha caráter pessoal. (ex.: Advogado; Contador e etc.)
Aqueles que tem contrato de caráter não pessoal somente poderá ser rescindido por justa causa, em 90 dias, a contar a partir de a publicação de transferência (trespasse). 
 
3. TIPOS SOCIETÁRIOS
Art. 981 do CC: 
“Celebram contrato de sociedades as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si dos resultados”.
I. As sociedades têm natureza contratual, os sócios se obrigam a contribuir com bens ou serviços, em algumas sociedades não existe a possibilidade de contribuição com serviço.
II. Toda sociedade tem fins lucrativos.
3.1. Sociedade X Associação
I. Em ambas se tem um conjunto de pessoas.
 
II. Esforços em comum
III. Objetivo em comum
a) O objetivo da sociedade está ligado a atividade econômica
b) O objetivo da associação é um fim não econômico (art. 53 do CC). A associação pode exerce atividade econômica. (Uma atividade meio e não uma atividade fim).
III.2. Sociedades despersonificadas
As sociedades despersonificadas são aquelas que não são dotadas de personalidade jurídica. (Vê art. 41 do CC e art. 44 do CC – sobre as pessoas). 
I. Nem toda sociedade é uma pessoa. Nem toda pessoa é uma sociedade, logo nem toda sociedade será dotada de personalidade jurídica. 
II. O registro de que trata o art. 981 do CC é necessário para a regularização da sociedade e não para a sua caracterização.
III. Existe duas espécies de sociedade:
a) Despersonificadas (art. 986/996 do CC)
· Em comum
 
· Em conta de participação
b) Personificadas (art. 997)
· Criada por contrato ou estatuto
III.2.1. Sociedades despersonificadas:
I. Sociedade em Comum (ou sociedade irregular) (art. 986/990 do CC)
“Sociedades que não possuem contrato social registrado no órgão competente”.
· O que figura a sociedade em comum é não ter os atos constitutivos registrado no órgão competente. 
a) A sociedade em comum não é dotada de personalidade jurídica, portanto, não pode ser titular de patrimônio, não pode ser titular de direitos e obrigações).
b) O patrimônio dessa sociedade é comum aos sócios, logo as obrigações contraídas são comum aos sócios. 
c) Os sócios somente podem provar a existência da sociedade por escrito, entretanto, os terceiros de qualquer modo. (Qualquer modo que aprouve o direito). (Vê art. 987 do CC). 
d) As sociedades em comum serão regidas pelos arts. 986/990 do CC, salvo se forem uma sociedade por ações sem registro, se assim forem, reger-se-á pela lei 6.404/76. (Lei das S/A).
e) O patrimônio da sociedade em comum: 
A sociedade em comum, em virtude da ausência do registro, não possui personalidade jurídica própria. Deste modo, não há uma separação patrimonial do ponto de vista formal. Porém, o código civil fala sobre a existência de um patrimônio especial, o qual pode ser definido como aquele que serve para o exercício da atividade empresaria, mesmo estando em nome dos sócios. 
Art. 988 do CC, diz: “os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em comum”. 
· Os bens utilizados para desenvolver a atividade empresária são denominados bens especiais.
f) Responsabilidade dos sócios:
Aquele que contratou pela sociedade possui responsabilidade ilimitada e direta, ou seja, responde com seu próprio patrimônio, independente de benefício de ordem. Já o sócio que não contratou por ela, tem o direito de que sejam utilizados primeiramente os bens sociais (patrimônio especial) para o pagamento das dívidas.
Ex.: Beto faz um contrato de fornecimento de carne para o restaurante (sociedade em comum) contudo, não faz a quitação da dívida. Em razão disso o frigorífico entra com uma ação contra Beto, os bens sociais e pessoais serão passíveis de penhora, salvo os impenhoráveis. 
Agora observe: Beto tem um sócio, o frigorifico entra com uma ação contra Beto e seu sócio, pelo fato de ter comprovado a existência da sociedade por testemunha, funcionários e etc., deste modo o patrimônio do sócio de Beto somente será atingido após esgotado o da sociedade (isso é o patrimônio especial), pela razão deste ter o benefício de ordem.
g) Benefício de ordem: possibilidade do patrimônio do sócio não contratante responder somente após esgotado os bens sociais.
h) Bens sociais: aqueles utilizados para o desenvolvimento da Sociedade. 
II. Sociedade em conta de participação
(art. 991/996 do CC)
· Assemelha-se a uma modalidade de investimento. Trata-se de sociedade despersonificada, ainda, que seja registrado o contrato da Sociedade em conta de participação.
 
· Este tipo de sociedade não tem personalidade jurídica, pois é da essência dela não ter. Ainda que registrada no órgão competente, não terá personalidade jurídica. 
· Nesta existe dois tipos de sócios: o ostensivo e o oculto, este último também é denominado como participante ou, ainda, investidor. 
a) Função de cada um dos sócios:
I. O ostensivo: aquele que desenvolve, de forma exclusiva, a atividade constitutiva do objeto social, este atua em nome próprio.
II. O sócio oculto (Participante/investidor): aquele que investiu determinada quantia de dinheiro na sociedade, participa dos resultados, nos termos definidos com o sócio ostensivo.
· A informalidade da sociedade em conta de participação independe de qualquer formalidade para ser contraída. (Caso seja feito o registro, este não gera efeitos perante terceiros, mas somente entre as partes contratantes).
 
· O sócio oculto não responde por obrigações contraídas pela sociedade, desde que não se misture com a atividade do sócio ostensivo. Caso o sócio participante tome parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros, responderá solidariamente com este, nas obrigações que intervir.
b) O patrimônio da sociedade em conta de participação: a contribuição do sócio participante, juntamente com a do sócio ostensivo constituem patrimônio especial. Esta especialização patrimonial somente produz efeitos em relações aos sócios. (art. 994, “caput” e parágrafo primeiro do código civil). 
c) Falência dos sócios: é possível que esta sociedade possua sócios que sejam empresários. Se assim for é possível que um deles tenha a sua falência decretada. A depender do tipo de sócio falido as consequências são diferentes:
I. No caso de falência do sócio ostensivo (administrador) ocorre a dissolução da sociedade e a liquidação da respectiva conta, cujo o saldo constituíra crédito quirografário. 
II. No caso de falência do sócio participante (investidor), o contrato social fica sujeitos as normas que regulam os efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido (art. 994, parágrafo terceiro e quarto do CC)
d) Possibilidade de mais de um sócio oculto: muito se questiona sobre a possiblidade de uma mesmasociedade em conta de participação existir mais de um sócio oculto. A lei não proíbe a presença de mais de um sócio desta natureza, que por sinal é bastante comum na sociedade em conta de participação. 
· O sócio ostensivo somente poderá admitir novo sócio oculto com a autorização daqueles(s) que já integravam a sociedade, caso nada tenha sido estabelecido no contrato. (Vê art. 995 do CC) 
e) Liquidação da sociedade em conta de participação: a liquidação funciona como uma verdadeira prestação de contas, devendo a parte recorrer ao procedimento de ação de exigir contas, previstos nos art. 550/553 do CPC/15.
III.2.2. Sociedades personificadas:
· Como o nome sugere é uma sociedade dotada de personalidade jurídica.
a) Firma: (Remete ao nome da sociedade) o nome de um sócio ou de todos eles seguidos da expressão limitada por extenso ou abreviado; 
Ex.: Menezes e Silva Ltda.
b) Denominação (Remete ao nome da sociedade) é composta por palavra ou termo que não coincide com o nome de seus sócios. Art. 1.158 CC estabelece que, em se tratando de denominação, o objeto da sociedade deverá estar expresso.
Ex.: Casa de carne Ltda.
· Tipos societários:
 
I. Sociedade em nome coletivo
a) Um único tipo de sócio integra essa sociedade (pessoa natural/física) – “intuito persone”.
b) A responsabilidade dos sócios é ilimitada
II. Sociedade em comandita simples
(Vê art. 1.045/1.051 CC)
· Parecido com a sociedade em conta de participação.
· Dois tipos de sócios integra a sociedade, são eles o comanditado e o comanditário.
· O comanditado responde ilimitadamente. (Somente poderá ser pessoa física)
· O comanditário somente investe, responde limitadamente, ao limite do investimento. (Pessoa física ou jurídica).
· Está é passível de registro diferente da sociedade em conta de participação.
III. Sociedade Limitada
(Vê art. 1.052 a 1.087 do CC)
a) A sociedade limitada é aquela cujo capital se divide em quotas sendo a responsabilidade dos sócios limitada ao montante do capital social. art. 1.052 do CC. (Uma vez constituída a sociedade empresária, o patrimônio pessoal dos sócios não poderá responder por dívida contraída pela sociedade. No entanto, se o capital não estiver integralizado em uma sociedade limitada, o patrimônio pessoal dos sócios poderá ser executado, solidariamente, até o limite do valor que faltar para a integralização. Todavia, se a sociedade for anônima, por exemplo, certamente, como se espera, o patrimônio da sociedade será executado, contudo, neste tipo societário somente o sócio que não realizou a subscrição, responderá por aquilo que faltar para a integralização, nos termos do art. 1.088 do CC.) 
b) A sociedade limitada se constitui através de um contrato social, no qual as partes ajustam interesses recíprocos. Além das regras que são específicas à sociedade limitada, o contrato social poderá escolher qual a legislação será aplicada de forma supletiva quando as disposições legais forem omissas.
c) O princípio da veracidade, também, denominado princípio da autenticidade, informa, qual a responsabilidade dos sócios a partir do nome empresarial da sociedade. (Ltda; Eireli; S/A e etc.)
d) O nome da sociedade limitada é protegido na esfera administrativa e judicial, devendo ser respeitado os princípios da novidade e da veracidade.
I. O Princípio da novidade, deve ser registrado algo que não existe, ou seja, tem que inovar.
 
II. O STJ tem salientado sobre o princípio da anterioridade, este diz: quem registrou primeiro, mesmo que em órgão incompetente, tem a proteção.
III. É possível a existência de homônimos desde que em seguimentos diversos. (Líder construtora; Líder taxi e etc.)
I. Capital social
a) O capital social de uma sociedade limitada é dividido em quotas, podendo ser integralizado em dinheiro ou com bens suscetíveis de avaliação em dinheiro. (Vê art. 1.055, parágrafo segundo do CC).
I. Se a integralização do capital social se der por bens não será necessário a avaliação do bem ou bens por empresa ou perito especializados. No entanto, diz o art. 1.055, parágrafo primeiro do CC, os sócios respondem solidariamente pela estimação do bem conferido em até 05 anos. 
b) Quotas: As quotas da sociedade limitada podem ter valores diversos, ou seja, as quotas de uma mesma sociedade podem ser de R$0,01 de 1,00, de 1.00, de 1.000 e etc.
c) Sócio remisso: Se porventura qualquer dos sócios não realizar os valores a que subscreveu, tornar-se-á remisso. Neste caso a sociedade poderá cobrá-lo e/ou excluí-lo. Para tanto deverá obrigatoriamente, constituir o sócio remisso em mora através de interpelação judicial. (Vê art. 1.004 do CC).
· Se a sociedade optar pela cobrança, promoverá a execução forçada da obrigação mediante o ajuizamento da ação de execução de título extrajudicial nos moldes do art. 778 do CC. Neste caso, serão retirados do patrimônio do sócio remisso, bens suficientes para o pagamento do valor devido acrescido dos encargos.
· Uma vez quitado o valor executado, o sócio permanecerá na sociedade com todos os direitos inerentes a essa condição. Se os sócios não acharem conveniente a permanência do sócio remisso na sociedade, o mesmo poderá excluído nos termos do art. 1.058 do CC diante disto os sócios poderão:
· Repartir as quotas entre os sócios remanescente 
· Deliberar pela diminuição do capital social
· Admitir outro sócio que integralize as quotas do sócio remisso
· Inobstante ter sido excluídos da sociedade, o sócio remisso tem direito de receber as entradas que realizou, deduzidos de juros e prestações estabelecidas do contrato.
II. Aumento e redução do capital social:
a) O aumento do capital ocorre mediante deliberação dos sócios, que terão direito de referência na aquisição de novas quotas na proporção de suas respectivas participações na sociedade. 
 
b) De acordo com o art. 1.081 do CC concomitante com o art. 1.057 do CC, tal direito de preferência deve ser exercido no prazo máximo de 30 dias após a deliberação, podendo os sócios cederem, livremente, seu direito de preferência a outro sócio, independentemente de consulta prévia. 
IV. Sociedade Anônima:
(lei 6.404/76)
A) Classificação das sociedades anônimas
Sempre será uma sociedade empresária;
Uma sociedade de capital, salvo a Sociedade Anônima de capital fechado.
· Subscrição: promessa de integralização.
I. Pode utilizar companhia ao invés de S/A. Porém, somente no início ou no meio do nome empresarial. O nome termo S/A poderá ser aplicado em qualquer lugar do nome empresarial.
· O nome empresarial é protegido judicial e administrativamente; 
· Importante:
a) “Franquia” não é a mesma coisa que ações.
b) “Marca” não é a mesma coisa que denominação.
II. De capital aberto: Se a sociedade tem capital aberto ela negocia suas ações na bolsa de valores.
a) Bolsa de valores é o local que se negocia as ações, uma espécie de mercado de capital;
b) Para negociar as ações na bolsa é necessária autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
· A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) é uma autarquia federal que fiscaliza o mercado e as Sociedade por ações de capital aberto. (A CVM é um ente regulador)
III. De capital fechado: Uma sociedade por ações de capital fechado, não é fiscalizada pela CVM, não tem ações negociadas no mercado capital. (Em tese são grupos familiares) 
Mercado Capital:
Onde se compra e revende valores imobiliários;
B) Capital Social:
· Divido em ações;
· Tem que ser integralizado em moeda corrente. (Art. 7º da lei 6.404/76).
· Diferente do que ocorre na sociedade limitada, se o capital social for integralizado em bens é necessário a avaliação por 03
· Os sócios (acionista) são responsáveis somente pelo preço de emissão das ações que subscreverem ou adquirirem, ou seja, não há o que se falar em solidariedade pela integralização do restante das ações; 
· Ele formada por bens ou dinheiro, não sendo admitida sua integralização por meio de prestação de serviço;
· A ação é um valor imobiliário (parcela do capital socialdentro de uma sociedade anônima). 
C) Nome empresarial:
Adota “denominação” e nunca “firma”, como expressão que designe a atividade desenvolvida acompanhada da expressão S/A, no começo, no meio ou no final do nome;
(Ex.: Banco Itaú S/A; S/A Alfa Tecnologia; Gama S/A Transportes)
I. S/A também é chamada de companhia.
II. Firma é nome empresarial formado pelo(s) nome(s) civil(s) do(s) sócio(s).
III. Poderá ser utilizada a expressão CIA ou COMPANHIA no início ou no meio do nome, nunca no final dele.
(Ex.: Companhia de abastecimento de água; Alfa CIA Transportes)
a) Companhia ao final do nome empresarial indica outro tipo societário diverso da S/A.
IV. É possível a colocação de nome do fundador ou acionista que tenha contribuído para o êxito da sociedade
D) Classificação das Ações:
As ações podem ser classificadas por alguns critérios abaixo indicados:
I. De acordo com a espécie:
a) Ordinárias:
Oferecem direitos e vantagens comuns a todos os acionistas (ordinarialista)
b) Preferenciais:
Atribuem uma vantagem política ou econômica ao seu detentor. Atenção! Apesar de o preferencialista (titular de ações preferenciais) possuir certas vantagens, em regra, ele não possui direito à voto. 
c) De fruição (ou de gozo):
São aquelas que substituem ações ordinárias ou preferenciais que foram amortizadas pela companhia. A amortização ocorre quando a sociedade apura o valor patrimonial e paga ao respectivo acionista.
 
II. De acordo com a circulação:
a) Nominativas:
Geram a emissão de um certificado e circulam por meio de registro em livro próprio, o chamado livro de transferência de ações normativos. Este livro é obrigatório para as sociedades que emitam ações normativas; 
Obs.: não é obrigatório para a S/A emitir este tipo de ação, contudo se quiser terá que ter o livro; para que o titular deste tipo de ação repassar a outro indivíduo é necessário comunicar a sociedade para que faça o registro.
b) Escriturais:
São transferidas por meio de instituição financeira, não gerando um certificado.
Salienta-se que atualmente não existe mais ações ao portador ou endossáveis no sistema brasileiro, já que os dispositivos da lei 6.404/76 que autorizavam a emissão destes tipos de ações foram revogados. 
Portador: basta ao indivíduo estar portando para gozar o direito proveniente dela.
Endossáveis: aquela que o titular pode transferir para outro.
E) Constituição das sociedades:
O ato constitutivo das companhias (das Sociedades Anônimas) é um estatuto, por essa razão é tida como sociedade estatutária ou institucional. 
· Requisitos para a constituição:
I. Subscrição de ao menos 02 (duas) pessoas de todas ações em que se divide o capital social fixado no estatuto;
a) Na sociedade simples e na limitada o ato constitutivo é um contrato social (pois são sociedades contratuais).
II. Realização, como entrada de ao menos 10% (dez por cento) do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro.
a) Em alguns casos a lei exige percentual maior que 10% (dez por cento).
III. Depósito no Banco do Brasil ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela comissão de valores mobiliários (CVM) da parte do capital realizado em dinheiro. O prazo para o depósito é 05 (cinco) dias. Será feito em favor da companhia que está sendo constituída, somente poderá ser levantado após a aquisição de personalidade jurídica. Ainda, em relação ao depósito é importante ressaltar que no caso de a companhia não for constituída no prazo de 06 (Seis meses) após o depósito, este será devolvido ao subscritor;
F) Dos acionistas:
Acionista é um detentor de uma parcela do capital social, a chamada ação. Os acionistas possuem os chamados direitos essenciais que não podem ser retirados nem mesmo pelo estatuto.
I. Participam dos lucros sociais a divisão deste lucro é conhecida como dividendos, a lei prevê o recebimento dos dividendos obrigatórios, nos termos dos que está previsto no contrato social. Caso este seja omisso, será dividido entre os acionistas à metade, deduzidas as despesas destinadas às reservas, prevista no art. 202 da Lei 6.404/76. 
 
II. Participação no acervo da companhia em caso de liquidação, em regra, após o pagamento de todos os credores, o ativo remanescente será partilhado entre os acionistas nas devidas proporções.
Obs.: Liquidação é o procedimento que ocorre após a dissolução da sociedade;
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