Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Teoria das Estruturas Notas de Aula Givanildo Martins de Quadros Conceitos Fundamentais Material Baseado em: Salete Souza De Oliveira Buffoni; José Carlos Morilla; Acilayne Freitas de Aquino; João António Teixeira de Freitas; Carlos Tiago; Henriette Lebre La Rovere Poliana Dias de Moraes Luiz Antonio Cortese Diogo; Sandra Denise Kruger Alves; Marcos Vinicios; Alberto Boaventura; Eduardo C. S. Thomaz; Ângela do Valle; Henriette Lebre La Rovere Nora Maria De Patta Pillar; Kenneth M. Leet; Chia-Ming Uang; Anne M. Gilbert; Carmem Lage Tensão - Normal/Cisalhante Módulo de Elasticidade Esforços Solicitantes Conceitos Fundamentais Tensão As forças externas podem ser aplicadas a um corpo como cargas de superfícies distribuídas ou concentradas ou, como forças de corpo, que atuam em todo volume do corpo. Conceitos Fundamentais Tensão Cargas lineares distribuídas produzem uma força resultante com grandeza igual à área sob o diagrama de cargas e com localização que passa pelo centróide dessa área. Conceitos Fundamentais Tensão Um apoio produz uma força em uma direção perpendicular sobre seu elemento acoplado, se esse impedir a translação do elemento naquela direção. Se este impedir o giro, ou rotação do elemento, este produz um momento binário, que pode ser de torção ou flexão. Conceitos Fundamentais Tensão As equações de equilíbrio devem ser satisfeitas a fim de impedir que o corpo se translade com movimentos acelerados e/ou tenha rotação. ∑F = 0 e ∑M = 0 Conceitos Fundamentais Tensão Quando se aplica as equações de equilíbrio, é importante primeiro desenhar o diagrama de corpo livre, a fim de considerar todos os termos das equações. Conceitos Fundamentais Tensão Normal É a intensidade da força por unidade de área, que atua no sentido perpendicular à superfície. Costuma-se representar pela letra grega σ (sigma) Conceitos Fundamentais Exercício de Fixação Calcular a tensão normal nos cabos demonstrados na figura, considere: ∅1 = ∅2 = 25,4 mm Conceitos Fundamentais Exercício de Fixação Calcular a tensão normal nos cabos demonstrados na figura, considere: ∅1 = 32,0 mm e ∅2 = 16,0 mm Conceitos Fundamentais Exercício de Fixação Calcular a tensão normal nas duas barras da treliça abaixo. considere: ∅1 = 12,5 mm e ∅2 = 20,0 mm Conceitos Fundamentais Tensão Cisalhante É a intensidade da força por unidade de área, que atua na tangente à superfície. Costuma-se representar pela letra grega τ (tau) Conceitos Fundamentais Exercício de Fixação Calcular a tensão cisalhante nos parafusos de ligação abaixo. considere: F= 35.000,00 N e ∅2 = 19,5 mm Conceitos Fundamentais Exercício de Fixação Calcular a tensão cisalhante nos parafusos de ligação abaixo. considere: ∅2 = 12,00mm Conceitos Fundamentais Módulo de Elasticidade Em 1678 Robert Hooke estabeleceu a chamada lei de Hooke, que “até a tensão limite de proporcionalidade (σp), ou seja, até o ponto P do diagrama de Tensão x Deformação. A tensão em um material é proporcional a deformação nele produzida. Conceitos Fundamentais Módulo de Elasticidade Devido a esta condição de proporcionalidade pode se escrever que: Conceitos Fundamentais Módulo de Elasticidade Trabalhando as expressões, obtemos outra grandeza que é a deformação ou deformação total: Conceitos Fundamentais Módulo de Elasticidade Tem-se ainda o Módulo de Elasticidade Transversal, que ó obtido através de ensaios com corpo-de-prova submetidos a cisalhamento puro por torção, pode ser descrever como: Conceitos Fundamentais Módulo de Elasticidade Conceitos Fundamentais Esforços Solicitantes Uma força pode ser aplicada num corpo de diferentes maneiras, originando portanto, diversos tipos de solicitações, tais como: tração, compressão, cisalhamento, flexão e torção. Conceitos Fundamentais Esforços Solicitantes Quando cada tipo se apresenta isoladamente, diz-se que a solicitação é SIMPLES. No caso de dois ou mais tipos agirem conjuntamente a solicitação é COMPOSTA. Conceitos Fundamentais Esforços Solicitantes Tração: solicitação que tende a alongar a peça no sentido da reta de ação da força aplicada. Conceitos Fundamentais Esforços Solicitantes COMPRESSÃO: solicitação que tende a encurtar a peça no sentido da reta da força aplicada. Conceitos Fundamentais Esforços Solicitantes CISALHAMENTO: solicitação que tende a deslocar paralelamente, em sentido oposto, duas seções de uma peça (força cortante). Conceitos Fundamentais Esforços Solicitantes FLEXÃO: solicitação que tende a modificar o eixo geométrico de uma peça. Ex.: uma barra inicialmente reta que passa a ser uma curva. Conceitos Fundamentais Esforços Solicitantes TORÇÃO: solicitação que tende a girar as secções de uma peça, uma em relação às outras. Conceitos Fundamentais Esforços Solicitantes FLAMBAGEM: A flambagem consiste na deformação de uma peça, causada por uma força de compressão axial. Como consequência, a peça pode perder a sua estabilidade (sofrer um colapso) sem que seu material atinja o limite de escoamento. Conceitos Fundamentais Esforços Solicitantes MOMENTO DE UMA FORÇA: Podemos definir momento como a atuação de uma força 𝐹 a determinada distância 𝑑 em torno de um eixo 𝑥. 𝑀=𝐹×𝑑 Conceitos Fundamentais Esforços Solicitantes MOMENTO DE UMA FORÇA: Pode atuar fornecendo uma medida da tendência dessa força de provocar rotação (giro) do corpo, podendo ser: Em torno do próprio eixo (z); Em torno do eixo normal (x); Conceitos Fundamentais Em torno do próprio eixo (z); Em torno do eixo normal (x); Análise Estrutural Material Baseado em: Salete Souza De Oliveira Buffoni; José Carlos Morilla; Acilayne Freitas de Aquino; João António Teixeira de Freitas; Carlos Tiago; Henriette Lebre La Rovere Poliana Dias de Moraes Luiz Antonio Cortese Diogo; Sandra Denise Kruger Alves; Marcos Vinicios; Alberto Boaventura; Eduardo C. S. Thomaz; Ângela do Valle; Henriette Lebre La Rovere Nora Maria De Patta Pillar; Kenneth M. Leet; Chia-Ming Uang; Anne M. Gilbert; Carmem Lage Conceito Geral de Estrutura Estrutura Como um Caminho das Forças A Geometria dos Elementos Estruturais Forças que Atuam nas Estruturas Distribuição Das Cargas Nos Elementos Estruturais Análise Estrutural Conceito Geral de Estrutura Numa visão mais simplista, podemos dizer que estrutura é tudo aquilo que sustenta, mas o conceito estrutural é bem mais amplo, e, envolve todas as áreas do conhecimento humano. Análise Estrutural Conceito Geral de Estrutura No caso de edificação, a estrutura, é um conjunto de elementos, lajes, vigas e pilares, que se inter-relacionam para desempenhar uma determinada função, que é criar um espaço destinado a diversas atividades humanas, ou não. Portanto, um conceito que não se associa apenas a edificações e sim a tudo que nos rodeia. Análise Estrutural Conceito Geral de Estrutura Todo ser dito normal (racional) tem no subconsciente a noção de equilíbrio, a dificuldade está no entendimento da tradução matemática desse fenômeno, se não for precedida do entendimento físico do fenômeno. Uma forma muito interessante é simples de entendimento, é a observação da natureza. Análise Estrutural Estrutura Como um Caminho das Forças Tendo a estrutura como um conjunto de elementos, no caso de um edifício como lajes, vigas e pilares, que se tornam um caminho pelo qual as forças que atuam sobre a mesma, transitem até chegar ao destino final, que é o solo. O caminho natural que as forças gravitacionais, ou seja, o peso dos objetos e das pessoas, tende a tomar é o da verticalidade. Ao se oferecer um caminho mais longo a estas forças, ela se obriga a percorrer, desviando sua tendência natural, provocando assim esforços solicitantes aos elementos presentes em seus caminhos. Análise Estrutural Estrutura Como um Caminho das Forças Uma estrutura com poucos ou muitos caminhos? Para responder a essa questão é interessante recorrer a uma analogia. Como abaixo:Análise Estrutural A GEOMETRIA DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS Um fio de aço, por mais resistente que seja, não é capaz de suportar a si próprio quando colocado em pé sobre um apoio qualquer. Nem será capaz de manter reto quando apoiado em seus extremos, recebendo uma força transversal ao seu eixo. No entanto quando pendurado, será eficiente para suportar a carga aplicada na direção de seu eixo. Análise Estrutural A GEOMETRIA DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS Quanto às suas relações geométricas, os elementos estruturais podem ser classificados em três tipos básicos: O bloco, a barra e a Lâmina. Análise Estrutural A GEOMETRIA DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS Bloco O bloco é um elemento estrutural em que as três dimensões (b x h x L) têm a mesma ordem de grandeza. b≅h≅L Blocos Blocos Análise Estrutural A GEOMETRIA DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS Barra A barra é um elemento estrutural em que uma das suas dimensões predomina em relação às outras duas. b≅h≫L Análise Estrutural A GEOMETRIA DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS Barra A barra pode ser utilizada isoladamente, não exige associações especiais como no bloco. É um elemento estrutural de uso mais amplo. Pode ser utilizado para pendurar cargas (cabo), apoiar cargas (pilares) ou vencer vãos (vigas). Barra Barra Barra Análise Estrutural A GEOMETRIA DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS Lâmina A lâmina é um elemento estrutural em que duas de suas dimensões (comprimento e largura), prevalecem em relação à terceira (altura ou espessura). h≫L≅b Análise Estrutural A GEOMETRIA DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS Lâmina Membrana São lâminas muito finas e que apresentam resistência apenas no seu plano. Cargas perpendiculares ao seu plano provocam alterações na sua forma. Tende sempre a adquirir a forma do carregamento que a solicita. Análise Estrutural A GEOMETRIA DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS Lâmina Membrana No caso da lona (de circo) a forma só se realiza com a colocação de barras verticais ou inclinadas (mastros) e pela ação de barras esticadas (cabos ou tirantes). Qualquer alteração na posição de um desses elementos resultará em uma nova forma. Lâmina Membrana Lâmina Membrana Lâmina Membrana Análise Estrutural A GEOMETRIA DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS Lâmina Placas São lâminas que, devido a sua maior rigidez, apresentam a capacidade de vencer vão, suportar cargas transversais ao seu lado plano. No caso da laje, a forma de lâmina se mantém permanentemente, independentemente de fatores externos. Análise Estrutural A GEOMETRIA DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS Lâmina Placas A laje também pode ser executada horizontalmente, o que é impossível com a lona. Essa característica da laje é obtida com um grande aumento na sua espessura. Lâmina Placa Análise Estrutural A GEOMETRIA DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS Lâmina Casca A resistência transversal obtida pela casca só é possível devido à curvatura ou dobradura aplicada em seu plano. Quanto mais predominar o efeito de membrana, mais os esforços se distribuírem no seu plano, mais esbelta será a casca. Análise Estrutural A GEOMETRIA DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS Lâmina Casca Isso é possível com uma adequada relação entre a forma de casca e o carregamento que a solicita. A abóbada é um exemplo. Sua forma mantém-se constante, para qualquer situação externa, sem que para isso haja necessidade de grande aumento na espessura. Lâmina Casca Lâmina Casca Análise Estrutural FORÇAS QUE ATUAM NAS ESTRUTURAS Quando alguém anda por uma rua reta e, de repente, entra numa de suas travessas, o caminho que percorre muda de direção. Se, por outro lado, a rua pela qual caminha tiver uma curva, ao percorrer esta curva, a partir do seu início e em cada ponto da curva, a pessoa também estará mudando de direção. Análise Estrutural FORÇAS QUE ATUAM NAS ESTRUTURAS Para que haja um movimento, é relacionado a um referencial. Se duas pessoas andam lado a lado, com a mesma velocidade, ao se olharem, verão como se estivesse parada. Para um observador externo, o mesmo não ocorre, visto que há um afastamento entre elas. Análise Estrutural FORÇAS QUE ATUAM NAS ESTRUTURAS Como no conceito de movimento, o conceito de direção também exige um referencial. Pode-se escolher qualquer referencial, mas, uma vez escolhido, deve ser fixo e conhecido para que todos possam ter a mesma interpretação dos acontecimentos. Define-se como direção de uma reta qualquer ângulo que ela forma com outra reta bem conhecida (referencial). Análise Estrutural FORÇAS QUE ATUAM NAS ESTRUTURAS É comum haver certa confusão nos conceitos de direção e sentido; é comum dizer-se que um automóvel está na direção Chapecó para Nova Itaberaba e outro que está na mesma estrada, mas em sentido contrário, dizer-se que está na direção contrária. Análise Estrutural FORÇAS QUE ATUAM NAS ESTRUTURAS Sempre que um corpo, com uma determinada massa, estiver em repouso e iniciar um movimento ou, ainda, quando já em movimento (MRU), tiver sua velocidade e/ou sua direção alterada, diz-se que a ele foi aplica uma força. Portanto, a ideia de força está ligada às noções de massa, aceleração, direção e sentido. Análise Estrutural FORÇAS QUE ATUAM NAS ESTRUTURAS F ⃗= m × a ⃗ Força e aceleração são grandezas vetoriais (ver mecânica 3° período) Análise Estrutural FORÇAS QUE ATUAM NAS ESTRUTURAS Tipos de Forças que atuam nas estruturas É necessário que as forças que atuam nas edificações sejam conhecidas na sua intensidade, direção e sentido, para que a concepção estrutural seja coerente como o caminho que ela percorre até o solo. As forças externas que atuam nas estruturas são chamadas de carga, que podem atuar na estrutura por toda a vida útil (permanentes) ou esporadicamente (acidentais). Análise Estrutural FORÇAS QUE ATUAM NAS ESTRUTURAS Tipos de Forças que atuam nas estruturas Cargas Permanentes As cargas permanentes são cargas cuja intensidade, direção e sentido podem ser determinados com grande precisão, pois as cargas permanentes são devidas exclusivamente às forças gravitacionais ou peso: Análise Estrutural FORÇAS QUE ATUAM NAS ESTRUTURAS Tipos de Forças que atuam nas estruturas Cargas Permanentes O PESO PRÓPRIO DA ESTRUTURA: Basta o conhecimento das dimensões do elemento estrutural e do peso específico (peso/m³) do material que é feito; Peso Próprio da Estrutura Análise Estrutural FORÇAS QUE ATUAM NAS ESTRUTURAS Tipos de Forças que atuam nas estruturas Cargas Permanentes O PESO DOS REVESTIMENTOS DE PISO: contra piso, pisos cerâmicos, dentre outros; Peso dos Revestimentos de pisos Análise Estrutural FORÇAS QUE ATUAM NAS ESTRUTURAS Tipos de Forças que atuam nas estruturas Cargas Permanentes O PESO DAS PAREDES: Para determiná-lo basta conhecer o peso específico do material de que é feita a parede e do seu revestimento (emboço, reboco, azulejo e outros); Peso das Paredes Análise Estrutural FORÇAS QUE ATUAM NAS ESTRUTURAS Tipos de Forças que atuam nas estruturas Cargas Permanentes O PESO DE REVESTIMENTOS ESPECIAIS: como placas de chumbo, nas paredes de salas de Raios-X: Para determiná-los basta o conhecimento de suas dimensões e peso específico; Peso Revestimentos Especiais Análise Estrutural FORÇAS QUE ATUAM NAS ESTRUTURAS Tipos de Forças que atuam nas estruturas Cargas Acidentais As cargas acidentais são mais difíceis de ser determinadas com precisão e podem variar com o tipo de edificação. Por isso, essas cargas são definidas por Normas, que podem variar de país para país. No Brasil, a norma que determina os valores das cargas acidentais é a ABNT NBR 6120. Com exemplo podemos citar: Peso das Pessoas Peso das Pessoas Peso Mobiliário Peso Veículos Força de Frenagem Força do Vento Peso de móveis especiais Análise Estrutural FORÇAS QUE ATUAM NAS ESTRUTURAS Tipos de Forças que atuam nas estruturas Cargas Acidentais “O efeito da chuva, como carregamento, apesar de acidental, é levado em conta no peso das telhas e dos revestimentos,já que são sempre considerados encharcados.” Análise Estrutural DISTRIBUIÇÃO DAS CARGAS NOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS Geometria Dos Carregamentos A distribuição de cargas sobre uma estrutura pode ser diferente de um ponto para o outro. As cargas que atuam sobre uma viga podem se distribuir de maneira diferente das que atuam sobre uma laje. Normalmente a geometria dos carregamentos acompanha a geometria dos elementos estruturais sobre os quais atuam. Podem atuar de maneira uniforme sobre a estrutura ou variar de intensidade ponto a ponto. Análise Estrutural DISTRIBUIÇÃO DAS CARGAS NOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS Quanto à Geometria, as Cargas Podem ser SUPERFICIAIS: quando distribuídas sobre uma superfície, como peso de uma laje, o peso próprio de revestimentos de piso, o peso de um líquido sobre o fundo de seu recipiente, o empuxo de um líquido sobre a parede do recipiente que o contém e as cargas acidentais definidas pela Norma. Cargas acidentais sobre piso residenciais (pessoas, móveis, etc.) = 150 kgf./m² ou 1,5 kN/m²; Cargas acidentais sobre piso de escritórios = 200 kgf./m²; Cargas acidentais sobre piso de lojas = 400 kgf./m²; Cargas acidentais devida a ventos (ver possível mudança) =50 a 100 kgf./m² Estruturas Isostáticas Material Baseado em: Salete Souza De Oliveira Buffoni; José Carlos Morilla; Acilayne Freitas de Aquino; João António Teixeira de Freitas; Carlos Tiago; Henriette Lebre La Rovere Poliana Dias de Moraes Luiz Antonio Cortese Diogo; Sandra Denise Kruger Alves; Marcos Vinicios; Alberto Boaventura; Eduardo C. S. Thomaz; Ângela do Valle; Henriette Lebre La Rovere Nora Maria De Patta Pillar; Kenneth M. Leet; Chia-Ming Uang; Anne M. Gilbert; Carmem Lage Conceito Geral Definição de vínculo Métodos de Resoluções Métodos das seções Equilíbrio Estático Estruturas Isostáticas Conceito Geral De forma Geral podemos dizer que as estruturas isostáticas têm o número de reações mínimas para impedir o movimento. As reações são dispostas de forma a restringir as possíveis movimentações da estrutura. Podem ser definidos em dois tipos: Estruturas Isostáticas Conceito Geral Número de reações igual ao número de equações de equilíbrio estático; Estruturas Isostáticas Conceito Geral Número de reações é superior ao número de equações de equilíbrio estático mediante a liberação criteriosa de ligação entre os possíveis corpos da estrutura global; Estruturas Isostáticas Conceito Geral Neste último caso, além das equações de equilíbrio da Estática, são necessárias equações de equilíbrio adicionais em número igual ao excesso de incógnitas, de acordo com a liberação introduzidas na estrutura. Estruturas Isostáticas Conceito Geral A introdução não criteriosa de libertações pode conduzir a uma estrutura hipostática. Estruturas Isostáticas Definição de Vínculo São elementos que impedem o deslocamento de pontos das peças, o que introduz esforços internos nesses pontos. os deslocamentos podem ser de translação ou de rotação. Estruturas Isostáticas Definição de Vínculo No plano, um corpo rígido qualquer tem três graus de liberdade de movimento: ➔ Deslocamento em duas direções e rotação. Estruturas Isostáticas Definição de Vínculo Apoios Simples ou de Primeiro Gênero Apoios Simples ou de Primeiro Gênero Apoios Simples ou de Primeiro Gênero Apoios Simples ou de Primeiro Gênero Apoios Simples ou de Primeiro Gênero Apoios Simples ou de Primeiro Gênero Apoios Simples ou de Primeiro Gênero Estruturas Isostáticas Definição de Vínculo Articulação, Rótula ou Apoio de Segundo Gênero Articulação, Rótula ou Apoio de Segundo Gênero Estruturas Isostáticas Definição de Vínculo Engaste ou Apoio de Terceiro Gênero Articulação, Rótula ou Apoio de Segundo Gênero Articulação, Rótula ou Apoio de Segundo Gênero Quadro Geral Estruturas Isostáticas Método de Resolução Aplicando as Equações de Equilíbrio Estático Estruturas Isostáticas MÉTODO DAS SEÇÕES Estabelece procedimentos para determinação dos esforços internos ao longo do comprimento da viga. Método das Seções Estruturas Isostáticas MÉTODO DAS SEÇÕES O modelo de estrutura em viga tem barras dispostas sequencialmente em uma mesma linha reta horizontal, sob carregamento que a solicita no plano vertical, de maneira que desenvolva o momento fletor de vetor representativo normal a esse plano, o esforço cortante e, eventualmente, o esforço normal. (Carmem Lage, 2013) . Estruturas Isostáticas VIGAS BIAPOIADAS (SIMPLESMENTE APOIADA) - ISOSTÁTICA Vigas isostáticas Vigas isostáticas Vigas isostáticas Estruturas Isostáticas VIGAS BIAPOIADAS COM BALANÇOS - ISOSTÁTICA Estruturas Isostáticas BALANÇOS (VIGAS ENGASTADAS E LIVRES OU VIGA ENGASTADA) - ISOSTÁTICA Estruturas Isostáticas VIGAS GERBER - PODEM SER DECOMPOSTAS EM VIGAS ISOSTÁTICA Vigas Gerber Vigas Gerber Vigas Gerber Vigas Gerber Estruturas Isostáticas Exemplo: Estruturas Isostáticas Exemplo: Estruturas Isostáticas Exemplo: Estruturas Isostáticas Exemplo: Estruturas Isostáticas VIGA BIAPOIADA COM CARGA UNIFORMEMENTE DISTRIBUÍDA Para cálculo dos apoios, considera-se uma carga concentrada, com valor da área da figura, aplicada no centro Geométrico da figura. Estruturas Isostáticas Exemplo: Estruturas Isostáticas VIGA BIAPOIADA COM CARGA UNIFORMEMENTE VARIADA Para cálculo dos apoios, considera-se uma carga concentrada, com valor da área da figura, aplicada no centro Geométrico da figura . Estruturas Isostáticas Exemplo: Estruturas Isostáticas Exemplo: Estruturas Isostáticas VIGA BIAPOIADA COM CARGA DE UM MOMENTO APLICADO Estruturas Isostáticas Exemplo: Estruturas Isostáticas VIGA ESCADA Estruturas Isostáticas PÓRTICOS PLANOS - ISOSTÁTICOS Estruturas Isostáticas PÓRTICOS PLANOS - ISOSTÁTICOS Pórtico são estruturas formadas por barras, que formam quadros entre si. Existem quatro tipos fundamentais de quadros isostáticos planos, que associados entre si, da mesma forma com que associamos vigas simples para formar vigas compostas (GERBER), formam os chamados quadros compostos. . Estruturas Isostáticas PÓRTICOS PLANOS - ISOSTÁTICOS Estruturas Isostáticas PÓRTICOS PLANOS - ISOSTÁTICOS CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES O estudo de suas reações externas já foi realizado anteriormente, portanto, será abordado o estudo dos diagramas solicitantes. Em estruturas lineares horizontais (vigas) foi adotada uma convenção para as solicitações baseados nos conceitos de abaixo e acima da barra em estudo. Estruturas Isostáticas PÓRTICOS PLANOS - ISOSTÁTICOS CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES No estudo dos pórticos, utiliza-se a mesma convenção adotada as barras horizontais onde definimos os lados externos e internos das barras que constituem a estrutura, vista a existência de barras verticais, horizontais e inclinadas. Estruturas Isostáticas PÓRTICOS PLANOS - ISOSTÁTICOS CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES Identificam-se os lados internos das barras com a parte inferior de uma estrutura linear horizontal, ficando desta forma possível utilizar-se as convenções já adotadas. Costuma-se tracejar o lado interno das barras, bem como a parte inferior das vigas, identificando-se facilmente as convenções. Estruturas Isostáticas PÓRTICOS PLANOS - ISOSTÁTICOS Estruturas Isostáticas PÓRTICOS PLANOS - ISOSTÁTICOS CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES O cálculo das solicitações, assim como em vigas, pode ser realizado pelo método das equações ou pelo método direto, ressaltando-se que o eixo longitudinal (x) de cada barra, continua sendo o eixo que passa pelo centro de gravidade das seções transversais, e os eixos y e z, perpendiculares à este e contidos pela seção de corte (eixos principais centrais de inércia). Estruturas Isostáticas PÓRTICOS PLANOS - ISOSTÁTICOS Estruturas Isostáticas PÓRTICOS PLANOS - ISOSTÁTICOS CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES O método das equações torna o estudo dos pórticos muitodemorado, pois além de cortarmos a estrutura por uma seção antes e outra depois dos pontos de transição já definidos, quando há mudança de direção de barra também deve ser interrompida a equação, pois uma carga que produz esforço normal em uma barra vertical, produz esforço cortante na barra horizontal perpendicular e ela, e vice-versa. Estruturas Isostáticas PÓRTICOS PLANOS - ISOSTÁTICOS CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES Pode-se encarar esta mudança de direção como um novo ponto de transição, examinando seções antes e depois dele. Estruturas Isostáticas PÓRTICOS PLANOS - ISOSTÁTICOS Estruturas Isostáticas PÓRTICOS PLANOS - ISOSTÁTICOS CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES Deve-se salientar o fato de que ao ser considerada a seção de uma barra qualquer de um pórtico, devem ser consideradas todas as cargas externas aplicadas à direita ou à esquerda da seção, inclusive as cargas que atuam em outras barras que não a em estudo. Estruturas Isostáticas Exemplo Estruturas Isostáticas Exemplo Estruturas Isostáticas Exemplo Estruturas Isostáticas Exemplo Estruturas Isostáticas Exemplo Estruturas Isostáticas Exemplo Estruturas Isostáticas Exemplo Estruturas Isostáticas Exemplo Estruturas Isostáticas Exemplo Estruturas Isostáticas Exemplo Estruturas Isostáticas Exemplo Estruturas Isostáticas Exemplo Estruturas Hiperestáticas Material Baseado em: Salete Souza De Oliveira Buffoni; José Carlos Morilla; Acilayne Freitas de Aquino; João António Teixeira de Freitas; Carlos Tiago; Henriette Lebre La Rovere Poliana Dias de Moraes Luiz Antonio Cortese Diogo; Sandra Denise Kruger Alves; Marcos Vinicios; Alberto Boaventura; Eduardo C. S. Thomaz; Ângela do Valle; Henriette Lebre La Rovere Nora Maria De Patta Pillar; Kenneth M. Leet; Chia-Ming Uang; Anne M. Gilbert; Carmem Lage Conceito Geral Vigas Hiperestáticas Vigas Gerber Pórticos Hiperestáticos Estruturas Hiperestáticas CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES Já foi visto que uma peça estrutural pode ser classificada em: ➔ Hipostática; ➔ Isostática; ➔ Hiperestática. Estruturas Hiperestáticas CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES No caso das vigas (caso de carregamento plano) teremos sempre 3 graus de liberdade (GL) por barra e portanto para que ela permaneça em equilíbrio temos de ter no mínimo 3 restrições vinculares (R). Estruturas Hiperestáticas CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES Assim, as estruturas são classificadas em: ➔ GL > R Hipostáticas; ➔ GL = R Isostáticas; ➔ GL < R Hiperestáticas. Estruturas Hiperestáticas CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES Neste capítulo, vamos discorrer a respeito das vigas hiperestáticas, em especial, das vigas contínuas. O aparecimento destas vigas em estruturas de concreto é frequente e podemos citar como exemplo as vigas de contorno de uma edificação. Estruturas Hiperestáticas Vigas Hiperestáticas Estruturas Hiperestáticas CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES Considerando uma viga bi-apoiada (isostática), podemos analisar que, a criação de prolongamentos nos apoios melhora o seu desempenho. Estruturas Hiperestáticas Vigas Hiperestáticas Estruturas Hiperestáticas CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES Quando as extremidades de uma viga isostática recebem momentos contrários aos desenvolvidos no vão, observamos que as deformações do ponto médio diminuem e que a curvatura sobre os apoios se inverte. Podemos, por analogia, observar que em uma viga contínua, sobre os apoios, também há a inversão do giro. Estruturas Hiperestáticas CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES Isto se deve ao fato de que cada vão da viga funciona como se estivesse engastando (restringindo o giro) do seu adjacente devido a continuidade. Estruturas Hiperestáticas CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES O fato de termos fibras superiores tracionadas nos trechos sobre os apoios nos indica a presença de momento negativo. Estaticamente poderíamos dividir uma viga contínua em trechos isostáticos, em que esta restrição ao giro seria substituída pelo momento desenvolvido correspondente. Estruturas Hiperestáticas Vigas Hiperestáticas Estruturas Hiperestáticas CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES Observe-se que o momento desenvolvido sobre os apoios é único, de forma que se unirmos de novo o conjunto, voltamos a situação original. Estruturas Hiperestáticas CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES Para calcularmos a estrutura acima possuímos as seguintes equações: Condições de equilíbrio da estática: ΣFx =0 ΣFy =0 ΣM =0 Estruturas Hiperestáticas CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES O giro relativo das tangentes à linha elástica em B é igual a zero. Com este sistema de equações resolve-se facilmente a estrutura acima. A continuidade de uma viga melhora o seu desempenho, isto é, a estrutura apresentará menores deformações e esforços internos, logo podemos projetá-la com seções menores ( mais econômicas) do que seria necessário às vigas isostáticas. Estruturas Hiperestáticas CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES O diagrama de Momentos Fletores de uma viga contínua segue o seguinte modelo: Estruturas Hiperestáticas CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES Nas estruturas de concreto, as armaduras longitudinais devem absorver os esforços de tração correspondentes, desta forma, a armadura longitudinal de tração da viga acima deve estar posicionada de acordo com o diagrama de momentos, sempre do lado das fibras tracionadas. Estruturas Hiperestáticas Vigas Hiperestáticas Estruturas Hiperestáticas VIGAS GERBER A viga Gerber consiste na associação de vigas com estabilidade própria com outras sem estabilidade própria. Nesta associação, as vigas com estabilidade própria suprem as demais dos vínculos que lhes faltam, ficando o conjunto estável; A ligação entre as partes se dá por meio de articulações (fixas ou móveis). O aparecimento das vigas Gerber ocorreu para resolver problemas de ordem estrutural e construtiva. As vigas Gerber têm lugar de importância na engenharia estrutural, e a tendência é de cada vez mais serem utilizadas, tendo em vista o desenvolvimento das técnicas de pré-fabricação e montagem de estruturas. Estruturas Hiperestáticas VIGAS GERBER Estruturas Hiperestáticas VIGAS GERBER Estruturas Hiperestáticas VIGAS GERBER Estruturas Hiperestáticas VIGAS GERBER Estruturas Hiperestáticas VIGAS GERBER Estruturas Hiperestáticas VIGAS GERBER Estruturas Hiperestáticas VIGAS GERBER Inicialmente, a viga Gerber deve ser decomposta nas vigas isostáticas que a formam (vigas apoiadas e vigas que dão apoio). Deve ser construído o diagrama de corpo livre da estrutura decomposta, com apresentação das reações de apoio externas e internas. A construção do diagrama de corpo livre deve ser feita por ordem decrescente de dependência estática: primeiro as vigas apoiadas, e depois as vigas que dão apoio. Determinar as reações de apoio externas e internas, utilizando as equações de equilíbrio. Estruturas Hiperestáticas Exemplo
Compartilhar