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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI DEBORA SIQUEIRA DIEGO FAGUNDES GIOVANA ÁVILA MATHEUS LIMA SCARLATH VIEIRA A IMPORTÂNCIA DE CONSCIENTIZAR A POPULAÇÃO DA VACINAÇÃO São Paulo 2020 DEBORA SIQUEIRA 21160463 DIEGO FAGUNDES 21168184 GIOVANA ÁVILA 21172157 MATHEUS LIMA 21155278 SCARLATH VIEIRA 21049133 O PROJETO O projeto apresentado como exigência parcial para a disciplina Programa de Integração Saúde Comunidade, da Universidade Anhembi Morumbi, sob a orientação da Prof. Anderson Scherer. São Paulo 2020 SÚMARIO 1. OBJETIVO ...................................................................................................... 4 2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................ 5 2.1 JUSTIFICATIVA SOCIAL ............................................................................. 5 2.2 JUSTIFICATIVA CIÊNTIFICA ..................................................................... 5 3. PALAVRAS CHAVES ................................................................................... 7 4. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................ 8 5. PROPOSTA ................................................................................................... 11 6. MATERIAL ILUSTRATIVO ....................................................................... 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 13 1. OBJETIVO O objetivo do projeto é promover a reflexão acerca da importância da conscientização da vacinação na população, para isso abordaremos alguns pontos específicos do assunto, tais como: • Discutir sobre o impacto/consequências da não aderência a vacinação para o contexto coletivo. • A importância para a proteção à saúde e prevenção a doenças. • Discutir sobre métodos de conscientização e como aplica-los. 2. JUSTIFICATIVA SOCIAL De acordo com Modelli (2018) mesmo após mais de um século ainda se vê muita especulação e desinformação acerca da vacina e do fundamental papel que ela tem da disseminação de uma doença. Os movimentos antivacina e “teoria conspiratória” causam uma reintrodução de doenças já erradicadas, levando a um aumento nas taxas de morbidade e mortalidade. De acordo com o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (2018), há uma preocupação com a volta da poliomielite no Brasil, doença que não há casos a mais de 20 anos, apesar de não ter casos no Brasil, identificou- se um registro da doença na vizinha Venezuela e a circulação do vírus em 23 países nos últimos três anos. Já o Datasus disponibilizou dados que corroboram para a preocupação da PNI, as vacinas contra poliomielite não alcançam a meta de vacinação no Brasil desde 2011. Em 2016, os municípios tiveram menor taxa de vacinação: apenas 43,1% das cidades atingiram a meta, lembrando que esta doença pode causar paralisia, o que pode ser fatal. ( MODELLI, 2018). Desta forma segundo Modelli (2018) é fundamental buscar os motivos, desenvolvimento de ações educativas de encorajamento, identificando metodologias e técnicas de maior aproximação com a população para que ela perceba a disponibilidade de serviços e ações de saúde, direito garantido constitucionalmente no Brasil, disponíveis como direito de cidadania para toda a comunidade. 2.1 JUSTIFICATIVA CIENTÍFICA Após algumas leituras sobre a história da produção e imunização, observamos que de maneiras dessemelhantes vacinas, vacinadores e campanhas de vacinação fizeram parte do longo processo de estabelecimento da autoridade sanitária no Brasil. As campanhas de saúde pública elaborada pelos sanitaristas no início do século XX eram vistas com muito ceticismo pela população. A forte rejeição que inspiravam fez surgir movimentos como a conhecida Revolta da Vacina. Tais reações foram decorrentes, principalmente, da abordagem coercitiva baseada em leis e decisões que iam de encontro aos direitos de cidadania. Foi uma época em que reinou o medo. Medo das reações provocadas pela vacina antivariólica, medo do isolamento imposto aos doentes e seus contatos. A população se escondia, escondia seus doentes. O trabalho era feito casa a casa, residências eram invadidas pela polícia sanitária, explicitando o abuso do poder (ROCHA, 2003, p.2). Perante os estudos realizados, é importante enfatizar que essas histórias só corroboram com criação mais enfática de medidas de conscientização acerca da crucial importância na imunização no Sistema Único de Saúde para indicar as possibilidades e os caminhos dessa "cultura da imunização". https://www.sinonimos.com.br/ceticismo/ 3. PALAVRAS CHAVES • Informar: Difundir conhecimentos e orientações acerca da vacinação embasados em pesquisas e conceitos científicos; • Conscientizar: Transmitir noções mínimas de segurança através da promoção de saúde e prevenção de doenças, e necessidade de prevenir doenças por meio da vacinação; • Confrontar: Combater informações ambíguas (desinformação) promovidas por “fake-news”, teorias conspiratórias e ideias infundadas do senso comum. 4. REFERENCIAL TEÓRICO Segundo Souza et al. (2005) a primeira vacina foi descoberta por Edward Jenner em 1796, por meio estudos e experimentos sobre a varíola bovina, após 20 anos viu a possibilidade de proteger as pessoas contra a varíola humana. Conclusão foi dada devido a observação de que grande parte das pessoas que trabalhavam lidando com o gado não contraia a doença. Para comprovar tal hipótese, foi inoculado secreções de uma pústula de varíola bovina em uma criança. Dois meses depois, secreções de varíola humana retiradas de um doente em estado grave foi inoculada novamente, na mesma criança e mesmo assim a criança não desenvolveu nenhum sintoma da doença. Surgiu assim, a vacina contra varíola, que só foi divulgada em 1798. De acordo com Souza et.al (2005) classificada como uma das doenças mais devastadoras da história da humanidade, a varíola foi considerada erradicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1980, após realização de um programa de vacinação em massa de ordem mundial. No Brasil, o Ministério da Saúde oferece gratuitamente um grande número de vacinas distribuídas, rotineiramente ou em campanhas, administradas e aprazadas conforme o calendário de vacinação para o primeiro ano de vida, de acordo com as normas do Programa Nacional de Imunização — PNI. (MORAES et al. 2018) O Programa Nacional de Imunização (PNI) foi instituído no Brasil em 1973, por determinação do Ministério da Saúde, como parte de um conjunto de medidas que se destinavam a redirecionar a atuação governamental do setor, por meio da ampla extensão da cobertura vacinal, para alcançar adequado grau de proteção imunitária da população contra doenças transmissíveis. Este programa oferece gratuitamente um grande número de vacinas distribuídas, rotineiramente ou em campanhas, administradas e aprazadas conforme o calendário de vacinação para o primeiro ano de vida. As atividades de imunização são definidas como obrigatórias, é a PNI que define as normas para cada um deles, os procedimentos; o responsável pela aquisição, controle de qualidade, distribuição. ( MORAES et.al 2018) De acordo com Moraes et.al (2018) proporcionando também uma assessoria técnica e apoio operacional e financeiro aos órgãos executores da vacinação.Com o objetivo de coordenar as ações de imunização, garantir continuidade de aplicação de doses e ampliar a área de cobertura vacinal no pais. Os teste das vacinas são rigorosos e monitorados pelos seusfabricantes e pelos sistemas de saúde dos países onde são aplicadas. O licenciamento e a comercialização de vacinas ocorrem após aprovação de órgãos reguladores específicos e estudos clínicos cuidadosos, caros e demorados (ensaios de fase I, II, e III), com voluntários credenciados. A fase IV ocorre somente após a aprovação da comercialização do produto e tem como objetivo principal detectar eventos adversos não registrados nas fases anteriores, os chamados eventos adversos pós-vacinação (EAPV). A OMS recomendou a vigilância de EAPV a partir de 1991, e foi estruturado o Sistema Nacional de Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação (VEAPV) no Brasil em 1992. Além disso, o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde(INCQS), diretamente articulado com o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, garante a qualidade dos imunobiológicos distribuídos, cujas taxas de rejeição são inferiores a 1%. ( MORAES et al. 2018). A vacina é uma polêmica desde sua invenção, ao longo desse tempo mesmo com defensores entre médicos, cientistas e autoridades que atuam na área da saúde e o PNI e as campanhas promovidas, uma quantidade significativa a veem como geradora de um mal maior do que os benefícios que proporciona. Entretanto infelizmente muitas crianças deixam de ser vacinadas pelos mais diferentes fatores, que abrangem desde o nível cultural e econômico dos pais, até causas relacionadas a crenças, superstições, mitos e credos religiosos. ( SANTOS et al. 2011) As contra-indicações gerais para todas as vacinas são: imunodeficiências congênitas ou adquiridas; pessoas acometidas de neoplasias malignas; pessoas em tratamento com corticoesteróides por mais de duas semanas; pessoas em tratamentos de imunodepressores como quimioterapia e radioterapia; gravidez, salvo situações de alto risco para infecção e a vacina contra o tétano, que deve ser administrada para a prevenção de tétano neo-natal; doenças infecciosas agudas com febre elevada; crianças com peso inferior a 2500g ou com desnutrição grave (até a correção do estado nutricional); transfusões sangüíneas dentro de dois a três meses antes da vacinação; reação alérgica anterior à mesma vacina e crianças com doenças neurológicas progressivas. ( SOUZA et.al, 2005, p.2) Segundo Moraes et.al (2018) o PNI nas últimas duas décadas vem desenvolvendo estratégias específicas para alcançar melhores coberturas de forma homogênea em todos os municípios brasileiros. A decisão de não se vacinar ou persuadir pessoas de seu convívio a não fazê-lo contribui para reduzir a imunidade populacional e resultando em surtos. Esse tipo de situação tem assumido proporções preocupantes. O papel dos profissionais de saúde na divulgação dos benefícios associados à vacinação é um dos mais importantes para que se possa assegurar saúde e qualidade de vida para a população. 5. PROPOSTA O objetivo do projeto é gerar uma conscientização acerca do tema levantado, para isso pensamos em elaborar um material expositivo explicando a importância da vacinação e a consequência que a não aderência acarreta. Por conta da pandemia, não será possível realizar nenhuma atividade presencial, mas devido o tema ser propício para o momento no qual nos encontramos, gostaríamos de utilizar as redes sociais e também o contato que temos com as pessoas de nossas redes para espalhar o material elaborado. O contexto da Covid-19 nos leva a pensar acerca da importância da vacina no cenário atual, nós acreditamos que é um momento oportuno para promover essa reflexão de forma educativa e expositiva. Para isso pensamos em alguns materiais que podem ser utilizados, tais como: • A elaboração de um “curta” explicativo acerca do assunto; • Uma Live para debater acerca do assunto em diferentes áreas de atuação, como por exemplo, no campo da Psicologia, da Biomedicina, como tratar desse assunto nesses campos de atuação. • E alguns folders ou templates que possam ser espalhados nas redes socias e grupos que temos; Todas as ideias que levantamos tem como o mesmo objetivo, promover a reflexão de um tema que é pouco abordado e que deveria ser repensando, principalmente pelo cenário que estamos vivenciando atualmente. 6. MATERIAL ILUSTRATIVO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ROCHA, C. M. V da: Comunicação social e vacinação. História, Ciências, Saúde Manguinhos,vol.10(suplemento2):795-806,2003. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104- 59702003000500017&script=sci_arttext>. Acesso em: 01 de outubro de 2020. MODELLI, L. de São Paulo para a BBC News Brasil 7 julho 2018. Disponivel: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44706026 Mendes, E. V. 1992 O processo de construção do Sistema Único de Saúde: reflexões sobre uma agenda mínima para a Reforma Sanitária. SANTOS, Leiliane et al. Percepção das mães quantos à importância da Imunização Infantil. 2011. Disponível em: <http://periodicos.ufc.br/rene/article/view/4302/3310>. Acesso em: 23 outubro de 2020. SOUSA, Zelia et al. 2005. Vacinação – o que o usuário sabe?. Disponível em: <https://periodicos.unifor.br/RBPS/article/viewFile/863/2081>. Acesso em: 24 outubro de 2020. MORAES, Luana et al. Eventos adversos de vacinas e as consequências da não vacinação: uma análise crítica. Rev. Saúde Pública vol.52 São Paulo 2018 Epub Apr 12, 2018. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034- 89102018000100504&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 24 outubro de 2020. https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-59702003000500017&script=sci_arttext https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-59702003000500017&script=sci_arttext https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44706026 http://periodicos.ufc.br/rene/article/view/4302/3310 https://periodicos.unifor.br/RBPS/article/viewFile/863/2081 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-89102018000100504&script=sci_arttext&tlng=pt https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-89102018000100504&script=sci_arttext&tlng=pt
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