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Tema 22 - Prevenção e Controle de Epidemias no Brasil

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Curso de Redação Professor Alan Patrik 1 | P á g i n a 
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO 
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas 
desconsiderado para efeito de correção. 
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 
• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto “insuficiente”. 
• fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 
• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. 
TEXTOS MOTIVADORES 
TEXTO I 
Epidemia é a concentração de determinados casos de 
uma doença em um mesmo local e época, em excesso 
em relação ao que seria teoricamente esperado. O 
termo tem origem no grego: epi (sobre) + demos 
(povo). “Na história, sete epidemias foram decisivas 
para o ser humano: tuberculose, varíola, gripe 
espanhola, tifo, sarampo, malária e Aids. Infelizmente, 
cepas de vírus mutantes, doenças recrudescentes e o 
descaso com a saúde preventiva são fatores 
determinantes para o retorno das epidemias antes 
eliminadas, como o sarampo”, explica o Dr. Kauê de 
Cezaro dos Santos, coordenador do Pronto 
Atendimento do Hospital Albert Sabin. 
“Epidemias em 2020: órgãos como OMS e Ministério da Saúde alertam sobre os riscos”. 
Disponível em: <https://newslab.com.br>. Acesso em: 31 mar. 2020. (Adaptado) 
 
TEXTO II 
O Protocolo de Tratamento do Novo Coronavírus, 
elaborado como parte da estratégia prevista no Plano 
Nacional de Resposta às Emergências em Saúde 
Pública do Ministério da Saúde, tem como objetivo 
orientar o Sistema Único de Saúde (SUS) para atuação 
na identificação, notificação e manejo de casos 
suspeitos de infecção. O novo coronavírus é 
identificado como a causa de um surto de doença 
respiratória. Desde 2005, o SUS está aprimorando sua 
capacidade de responder às emergências por 
síndromes respiratórias, dispondo de protocolos para 
resposta às emergências. A vigilância epidemiológica 
de infecção pelo vírus está sendo construída à medida 
que a Organização Mundial da Saúde consolida as 
informações recebidas dos países afetados e novas 
evidências são publicadas. O documento está sendo 
estruturado com base nas ações já existentes para 
notificação, registro, investigação, manejo e adoção de 
medidas preventivas, em analogia ao conhecimento 
acumulado sobre o Sars-CoV e o Mers-CoV. 
“Ministério da Saúde lança Protocolo de Tratamento do Covid-19”. Disponível em: 
<https://portal.fiocruz.br>. Acesso em: 31 mar. 2020. (Adaptado) 
TEXTO III 
O Brasil registrou 1 544 987 casos de dengue em 2019, 
um aumento de 488% em relação a 2018, segundo 
dados do Ministério da Saúde. No ano passado, o Brasil 
também registrou 10 708 casos de zika e 132 205 
ocorrências de chikungunya, um aumento, 
respectivamente, de 52% e de 30% em relação aos 
casos de 2018. O Ministério da Saúde publicou um 
comunicado alertando que o verão é a época mais 
propícia à proliferação do mosquito Aedes aegypti, por 
causa das chuvas, e convocando a população a 
continuar com a mobilização pelo combate ao 
mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya, 
que podem gerar outras enfermidades, como 
microcefalia e Guillain-Barré. “Brasil teve aumento de 
488% nos casos de dengue em 2019”. 
G1, 13 jan. 2020. Disponível em: <https://g1.globo.com>. Acesso em: 31 mar. 2020. 
(Adaptado) 
 
TEXTO IV 
 
“A violência do não vacinar”. Revista Esquinas, São Paulo, 64 ed., 2019. Disponível em: 
<https://revistaesquinas.casperlibero.edu.br>. Acesso em: 31 mar. 2020.
_________________________________________________________________________________________________________ 
PROPOSTA DE REDAÇÃO 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija 
texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “Prevenção e controle de epidemias no 
Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma 
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 
Curso de Redação Professor Alan Patrik 2 | P á g i n a 
Leituras complementares acerca da temática 
 
Veja Saúde 
Estudo discute caminhos para evitar novas pandemias como a do coronavírus 
https://saude.abril.com.br/medicina/estudo-discute-caminhos-para-evitar-novas-pandemias-como-a-do-
coronavirus/ 
 
Ideias argumentativas que podem ser trabalhadas nesse tema 
 
Enumeração de desafios para a melhoria da questão da saúde do brasileiro: 
• Desumanização do sistema de saúde: a sobrecarga dos sistemas público e privado (especialmente do primeiro), 
percebida, por exemplo, na superlotação das clínicas e hospitais, na ausência de profissionais suficientes e com boas 
condições de trabalho, na carência de medicamentos e suprimentos, na infraestrutura precária e na falta de recursos, 
gera demora no atendimento, baixa qualidade técnica (a exemplo dos diagnósticos errados ou imprecisos) e 
distanciamento na relação médico/paciente, tudo isso podendo contribuir para a piora dos quadros clínicos. No caso 
dos planos de saúde, o encarecimento das cobranças aos clientes, o baixo valor repassado aos profissionais e as 
limitadas redes credenciadas também são reclamações constantes. 
 
• O desmatamento intensifica a possibilidade de contato com vírus e bactérias ainda desconhecidos 
A conservação das florestas protege tanto a vida selvagem quanto a população humana, já que reduz o risco de contato 
com uma infinidade de vírus e bactérias ainda desconhecidos. Com o desmatamento, surgem mais áreas limítrofes, 
onde esses dois mundos passam a coexistir e, dessa maneira, a probabilidade do contato direto ou indireto (pela 
contaminação de um animal criado em uma fazenda, por exemplo) aumenta. 
 
• O comércio de animais selvagens 
Todas as evidências apontam, até o momento, que o Sars-CoV-2 surgiu de uma espécie de morcego vendida para 
consumo humano na cidade de Wuhan, na China. Esse fato deu origem a um monte de atitudes preconceituosas, mas 
a verdade é que muitas pessoas dependem desse comércio para viver e se alimentar, pontuam os cientistas. 
 
• Saúde como direito constitucional (veja a área do conhecimento referente a esse tópico) 
 
• Um estudo feito em 2014 pelo Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que a falta de medicamentos nos hospitais 
públicos do país está mais relacionada a falha na gestão do que na ausência de recursos. Em 53% dos 116 hospitais 
estudados, apresentaram-se falhas no controle de medicamentos. Na maioria das instituições públicas o controle 
sobre a entrada e saída de remédios é feita sem sistemas de gerenciamento sobre a área administrativa. Sem falar 
que a gestão de custos costuma ser feita por profissionais sem formação na área financeira ou contábil, para baratear 
custos. 
 
• Autodiagnóstico/automedicação: reflexo da sobrecarga do sistema de saúde, da rotina corrida e estressante da 
vida contemporânea e da busca incessante por qualidade de vida e bem-estar, o indivíduo contemporâneo procura 
na internet (“Dr. Google”) ou em indicações de conhecidos uma saída mais rápida para suas necessidades físicas ou 
psicológicas, o que pode levar a complicações do quadro clínico e à dependência de medicamentos. 
 
• A disseminação de Fake News, no Brasil e no mundo, dificulta a prevenção e o controle de epidemias, posto que a 
sociedade acredita em todas as informações da internet. 
As redes sociais têm exercido um papel positivo e outro negativo em meio à pandemia. Se por um lado ajudam a 
disseminar informações corretas e atualizar a população, por outro replicam conteúdos fajutos ou sem 
embasamento científico. 
 
 
 
 
https://saude.abril.com.br/medicina/estudo-discute-caminhos-para-evitar-novas-pandemias-como-a-do-coronavirus/
https://saude.abril.com.br/medicina/estudo-discute-caminhos-para-evitar-novas-pandemias-como-a-do-coronavirus/Curso de Redação Professor Alan Patrik 3 | P á g i n a 
 
Repertório cultural 
 
 Art. 196 da Constituição Federal de 1988 – o acesso à saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido 
mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso 
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. (prevenção da saúde); 
 
 Lei do SUS. Lei 8080/1990 traz três princípios: 
- Universalidade 
- Integralidade – saúde não é somente saúde física, é também saúde social, psicológica, é a prevenção, promoção, 
proteção e recuperação da saúde. 
- Equidade – tratar desigualmente os desiguais 
Importante lembrar ainda que os direitos que estão na Constituição e por desenvolvimento, a Lei do Sus, se aplica 
não apenas aos brasileiros, mas também aos residentes no país. Então, um refugiado, um estrangeiro, um turista 
podem usufruir do SUS. 
 
 Documentário: “Sycko: SOS Saúde”, dirigido por Mickael Moore 
SiCKO é um documentário de Michael Moore que critica o sistema de saúde dos Estados Unidos da América e 
apresenta como negociatas políticas e lobbying de seguradoras de saúde e empresas farmacêuticas mantêm um 
sistema que trata saúde como mercadoria, martirizando vidas em nome do lucro. O exemplo de outros países que 
adotaram a medicina socializada, como o Canadá, França, Reino Unido e Cuba, serve para mostrar uma proposta 
alternativa de saúde, entendida como um direito de todos, financiado solidariamente pela sociedade e garantido 
através de políticas públicas e práticas eficazes. O documentário compara, então, alguns sistemas de saúde, como 
o dos EUA, o de Cuba e o da Inglaterra, mostrando pontos positivos e negativos, especialmente em relação aos 
interesses mercadológicos dos planos de saúde 
Clique aqui, caso queira assistir. 
 
 Documentário: “História da Saúde Pública no Brasil: Um século de luta pelo direito à saúde” 
O documentário " História da Saúde Pública no Brasil: Um século de luta pelo direito à saúde" conta a história das 
políticas de saúde em nosso país, mostrando como ela se articulou com a história política brasileira, destacando 
os mecanismos que foram criados para sua implementação, desde as Caixas de Aposentadorias e Pensões até a 
implantação do SUS. Sua narrativa central mostra como a saúde era considerada, no início do século XX, um dever 
da população, com as práticas sanitárias implantadas autoritariamente pelo Estado, de modo articulado aos 
interesses do capital, e como, no decorrer do século, através da luta popular, essa relação se inverteu, passando a 
ser considerada, a partir da Constituição de 1988, um direito do cidadão e um dever do Estado. 
Clique aqui, caso queira assistir o documentário. 
 
 Alusão histórica à Revolta da Vacina (1904) e ao contemporâneo movimento antivacina, associados às suas 
consequências; 
 
 Livro e documentário “Holocausto Brasileiro”, que abordam os maus-tratos no antigo Hospital Colônia de 
Barbacena e as práticas desumanas de tratamento psiquiátrico no Brasil; 
 
 Livro “Vencendo a morte” de J.M. Orlando 
Até bem pouco tempo, morria-se mais em uma guerra não por conta do ferimento em si, mas pelas infecções 
advindas da falta de conhecimento necessário para prover o adequado tratamento da ferida de batalha. Esse fato 
era, ainda, amplificado pela falta de saneamento e de higiene pessoal tão comuns nos acampamentos militares e 
zonas de conflagração, um cenário que se manteve inalterado ao longo dos séculos para, finalmente, ser revertido 
a partir da Primeira Guerra Mundial. As diversas batalhas trouxeram avanços significativos para a Medicina 
militar e, em breve intervalo de tempo, passaram também a beneficiar a população civil. 
 
 Livro “O cidadão de papel”, do jornalista Gilberto Dimenstein. 
Representa o fato de os direitos dos cidadãos brasileiros estarem apenas no papel, não garantidos na prática. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=VoBleMNAwUg
https://www.youtube.com/watch?v=L7NzqtspLpc
Curso de Redação Professor Alan Patrik 4 | P á g i n a 
 O próprio momento histórico que o mundo e o Brasil têm vivido na pandemia do COVID-19; 
 
ESTATÍSTICAS 
Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Selvagens Ameaçadas da Fauna e Flora (Cites, na sigla em 
inglês), organização internacional responsável por essa vigilância, conta agora com um de apenas U$6 milhões ao 
ano, quantidade insuficiente para a manutenção da vigilância de tráfico de animais selvagens. 
 
Os pesquisadores de da Universidade de Princeton estimam que as taxas de desmatamento poderiam cair pela metade 
com investimentos entre U$1,5 e U$9 bilhões ao ano. 
 
Um estudo já realizado Instituto de Tecnologia de Massachussets descobriu que uma notícia falsa tem uma 
probabilidade 70% maior de ser compartilhada. 
 
Gilles Lipovetsky, filósofo francês 
Para Gilles Lipovtesky, vivemos um período em que as grandes ideologias que marcaram a modernidade, perderam 
força, forma e estabilidade. Nas sociedades contemporâneas, o interesse por temas públicos tornou-se à-la-carte: os 
cidadãos podem, eventualmente, mobilizar-se por uma questão ou outra, e logo em seguida deixar de manifestar 
interesse. O fio que reúne sua obra é a condição do homem moderno, que vive, segundo ele, na era do 
hiperindividualismo, hiperconsumismo, perdido em meio ao excesso de informações e sem valores para se apegar. 
Exemplo de como usar o pensador + Legião Urbana 
“Para o filósofo, a sociedade atual está inserida na era do vazio, ou seja, o corpo civil é marcado pelo marasmo da 
desconexão com o outro, pela perda da alteridade e empatia, como na canção da Legião Urbana: “já estou cheio de 
me sentir vazio”. 
O que você pode fazer a partir dessa citação é ligar o pensamento do autor à bolha da hipermodernidade, a qual 
constrói uma sociedade alicerçada do consumo, na particularização dos desejos e na liquidez das relações e no excesso 
de informações. Esse excesso de informações, aliado ao presente despreparo da sociedade quanto a disseminação das 
fake News dificulta a prevenção e o controle de epidemias no Brasil. 
 
Ulrick Beck 
Nascido na Alemanha, em 1944, Ulrich Beck estudou sociologia, filosofia, e ciência política na Universidade de 
Munique. Sua principal contribuição teórica são os estudos sobre a sociedade de risco. O autor alerta que “o conceito 
de sociedade de risco designa um estado da modernidade em que começa a tomar corpo as ameaças produzidas até 
então no caminho da sociedade industrial”. Para Beck, o avanço da industrialização e o progresso da ciência trouxe 
como resultado uma série de riscos para os indivíduos, o que ameaça a vida humana e o meio ambiente. 
Historicamente, a exposição ao risco costumava estar relacionadas a fenômenos “naturais”. Hoje, caminha-se cada 
vez mais para um estágio da modernidade que o sociólogo nomeou de “reflexiva”. Nesse estágio, o ser humano 
começa a perceber que dominar a natureza torna-se quase impossível. Sendo assim, nota-se que o avanço decorrente 
da industrialização e da revolução tecnológica não produziu apenas “prosperidade”, mas colocou toda a humanidade 
diante da incerteza e da insegurança de vários riscos. 
 
Conclusão 
 
Agente: Governo 
Detalhamento: Ministérios de Desenvolvimento Social e da Saúde 
Ação: desenvolver oficinas recreativas 
Meio/modo + detalhamento: as oficinas podem acontecer em praças públicas, com palestras ministradas por 
médicos e profissionais da área microbiológica 
Finalidade + detalhamento: objetivando orientar os pais sobre a importância de vacinar suas crianças, visando levar 
a reflexão e diminuir o movimento antivacina que atinge toda a massa populacional. 
 
 
 
 
Curso de Redação Professor Alan Patrik 5 | P á g i n a 
Agente: Governo Federal 
Detalhamento: aliado às esferas estaduais e municipais do poder 
Ação + detalhamento + meio/modo: promovera realização de obras e de planos que visem melhorar o saneamento 
básico e a coleta de lixo, por meio de um amplo projeto de reestruturação urbana que propicie também a introdução 
de fiscais, os quais ficaram responsáveis não só por checarem as áreas de maior risco, como também evidenciarem 
às famílias sobre a importância da vacinação como fundamental mecanismo de controle de doenças. 
Finalidade: prevenir e controlar o reaparecimento de doenças epidêmicas no Brasil 
 
Se por ventura você decidir trabalhar as questões das queimadas e do tráfico de animais, você também deve trazer 
uma conclusão voltada para a resolução desse problema.

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