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Curso de Redação Professor Alan Patrik 1 | P á g i n a INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO • A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: • tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto “insuficiente”. • fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. • apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. TEXTOS MOTIVADORES TEXTO I Epidemia é a concentração de determinados casos de uma doença em um mesmo local e época, em excesso em relação ao que seria teoricamente esperado. O termo tem origem no grego: epi (sobre) + demos (povo). “Na história, sete epidemias foram decisivas para o ser humano: tuberculose, varíola, gripe espanhola, tifo, sarampo, malária e Aids. Infelizmente, cepas de vírus mutantes, doenças recrudescentes e o descaso com a saúde preventiva são fatores determinantes para o retorno das epidemias antes eliminadas, como o sarampo”, explica o Dr. Kauê de Cezaro dos Santos, coordenador do Pronto Atendimento do Hospital Albert Sabin. “Epidemias em 2020: órgãos como OMS e Ministério da Saúde alertam sobre os riscos”. Disponível em: <https://newslab.com.br>. Acesso em: 31 mar. 2020. (Adaptado) TEXTO II O Protocolo de Tratamento do Novo Coronavírus, elaborado como parte da estratégia prevista no Plano Nacional de Resposta às Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde, tem como objetivo orientar o Sistema Único de Saúde (SUS) para atuação na identificação, notificação e manejo de casos suspeitos de infecção. O novo coronavírus é identificado como a causa de um surto de doença respiratória. Desde 2005, o SUS está aprimorando sua capacidade de responder às emergências por síndromes respiratórias, dispondo de protocolos para resposta às emergências. A vigilância epidemiológica de infecção pelo vírus está sendo construída à medida que a Organização Mundial da Saúde consolida as informações recebidas dos países afetados e novas evidências são publicadas. O documento está sendo estruturado com base nas ações já existentes para notificação, registro, investigação, manejo e adoção de medidas preventivas, em analogia ao conhecimento acumulado sobre o Sars-CoV e o Mers-CoV. “Ministério da Saúde lança Protocolo de Tratamento do Covid-19”. Disponível em: <https://portal.fiocruz.br>. Acesso em: 31 mar. 2020. (Adaptado) TEXTO III O Brasil registrou 1 544 987 casos de dengue em 2019, um aumento de 488% em relação a 2018, segundo dados do Ministério da Saúde. No ano passado, o Brasil também registrou 10 708 casos de zika e 132 205 ocorrências de chikungunya, um aumento, respectivamente, de 52% e de 30% em relação aos casos de 2018. O Ministério da Saúde publicou um comunicado alertando que o verão é a época mais propícia à proliferação do mosquito Aedes aegypti, por causa das chuvas, e convocando a população a continuar com a mobilização pelo combate ao mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya, que podem gerar outras enfermidades, como microcefalia e Guillain-Barré. “Brasil teve aumento de 488% nos casos de dengue em 2019”. G1, 13 jan. 2020. Disponível em: <https://g1.globo.com>. Acesso em: 31 mar. 2020. (Adaptado) TEXTO IV “A violência do não vacinar”. Revista Esquinas, São Paulo, 64 ed., 2019. Disponível em: <https://revistaesquinas.casperlibero.edu.br>. Acesso em: 31 mar. 2020. _________________________________________________________________________________________________________ PROPOSTA DE REDAÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “Prevenção e controle de epidemias no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Curso de Redação Professor Alan Patrik 2 | P á g i n a Leituras complementares acerca da temática Veja Saúde Estudo discute caminhos para evitar novas pandemias como a do coronavírus https://saude.abril.com.br/medicina/estudo-discute-caminhos-para-evitar-novas-pandemias-como-a-do- coronavirus/ Ideias argumentativas que podem ser trabalhadas nesse tema Enumeração de desafios para a melhoria da questão da saúde do brasileiro: • Desumanização do sistema de saúde: a sobrecarga dos sistemas público e privado (especialmente do primeiro), percebida, por exemplo, na superlotação das clínicas e hospitais, na ausência de profissionais suficientes e com boas condições de trabalho, na carência de medicamentos e suprimentos, na infraestrutura precária e na falta de recursos, gera demora no atendimento, baixa qualidade técnica (a exemplo dos diagnósticos errados ou imprecisos) e distanciamento na relação médico/paciente, tudo isso podendo contribuir para a piora dos quadros clínicos. No caso dos planos de saúde, o encarecimento das cobranças aos clientes, o baixo valor repassado aos profissionais e as limitadas redes credenciadas também são reclamações constantes. • O desmatamento intensifica a possibilidade de contato com vírus e bactérias ainda desconhecidos A conservação das florestas protege tanto a vida selvagem quanto a população humana, já que reduz o risco de contato com uma infinidade de vírus e bactérias ainda desconhecidos. Com o desmatamento, surgem mais áreas limítrofes, onde esses dois mundos passam a coexistir e, dessa maneira, a probabilidade do contato direto ou indireto (pela contaminação de um animal criado em uma fazenda, por exemplo) aumenta. • O comércio de animais selvagens Todas as evidências apontam, até o momento, que o Sars-CoV-2 surgiu de uma espécie de morcego vendida para consumo humano na cidade de Wuhan, na China. Esse fato deu origem a um monte de atitudes preconceituosas, mas a verdade é que muitas pessoas dependem desse comércio para viver e se alimentar, pontuam os cientistas. • Saúde como direito constitucional (veja a área do conhecimento referente a esse tópico) • Um estudo feito em 2014 pelo Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que a falta de medicamentos nos hospitais públicos do país está mais relacionada a falha na gestão do que na ausência de recursos. Em 53% dos 116 hospitais estudados, apresentaram-se falhas no controle de medicamentos. Na maioria das instituições públicas o controle sobre a entrada e saída de remédios é feita sem sistemas de gerenciamento sobre a área administrativa. Sem falar que a gestão de custos costuma ser feita por profissionais sem formação na área financeira ou contábil, para baratear custos. • Autodiagnóstico/automedicação: reflexo da sobrecarga do sistema de saúde, da rotina corrida e estressante da vida contemporânea e da busca incessante por qualidade de vida e bem-estar, o indivíduo contemporâneo procura na internet (“Dr. Google”) ou em indicações de conhecidos uma saída mais rápida para suas necessidades físicas ou psicológicas, o que pode levar a complicações do quadro clínico e à dependência de medicamentos. • A disseminação de Fake News, no Brasil e no mundo, dificulta a prevenção e o controle de epidemias, posto que a sociedade acredita em todas as informações da internet. As redes sociais têm exercido um papel positivo e outro negativo em meio à pandemia. Se por um lado ajudam a disseminar informações corretas e atualizar a população, por outro replicam conteúdos fajutos ou sem embasamento científico. https://saude.abril.com.br/medicina/estudo-discute-caminhos-para-evitar-novas-pandemias-como-a-do-coronavirus/ https://saude.abril.com.br/medicina/estudo-discute-caminhos-para-evitar-novas-pandemias-como-a-do-coronavirus/Curso de Redação Professor Alan Patrik 3 | P á g i n a Repertório cultural Art. 196 da Constituição Federal de 1988 – o acesso à saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. (prevenção da saúde); Lei do SUS. Lei 8080/1990 traz três princípios: - Universalidade - Integralidade – saúde não é somente saúde física, é também saúde social, psicológica, é a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde. - Equidade – tratar desigualmente os desiguais Importante lembrar ainda que os direitos que estão na Constituição e por desenvolvimento, a Lei do Sus, se aplica não apenas aos brasileiros, mas também aos residentes no país. Então, um refugiado, um estrangeiro, um turista podem usufruir do SUS. Documentário: “Sycko: SOS Saúde”, dirigido por Mickael Moore SiCKO é um documentário de Michael Moore que critica o sistema de saúde dos Estados Unidos da América e apresenta como negociatas políticas e lobbying de seguradoras de saúde e empresas farmacêuticas mantêm um sistema que trata saúde como mercadoria, martirizando vidas em nome do lucro. O exemplo de outros países que adotaram a medicina socializada, como o Canadá, França, Reino Unido e Cuba, serve para mostrar uma proposta alternativa de saúde, entendida como um direito de todos, financiado solidariamente pela sociedade e garantido através de políticas públicas e práticas eficazes. O documentário compara, então, alguns sistemas de saúde, como o dos EUA, o de Cuba e o da Inglaterra, mostrando pontos positivos e negativos, especialmente em relação aos interesses mercadológicos dos planos de saúde Clique aqui, caso queira assistir. Documentário: “História da Saúde Pública no Brasil: Um século de luta pelo direito à saúde” O documentário " História da Saúde Pública no Brasil: Um século de luta pelo direito à saúde" conta a história das políticas de saúde em nosso país, mostrando como ela se articulou com a história política brasileira, destacando os mecanismos que foram criados para sua implementação, desde as Caixas de Aposentadorias e Pensões até a implantação do SUS. Sua narrativa central mostra como a saúde era considerada, no início do século XX, um dever da população, com as práticas sanitárias implantadas autoritariamente pelo Estado, de modo articulado aos interesses do capital, e como, no decorrer do século, através da luta popular, essa relação se inverteu, passando a ser considerada, a partir da Constituição de 1988, um direito do cidadão e um dever do Estado. Clique aqui, caso queira assistir o documentário. Alusão histórica à Revolta da Vacina (1904) e ao contemporâneo movimento antivacina, associados às suas consequências; Livro e documentário “Holocausto Brasileiro”, que abordam os maus-tratos no antigo Hospital Colônia de Barbacena e as práticas desumanas de tratamento psiquiátrico no Brasil; Livro “Vencendo a morte” de J.M. Orlando Até bem pouco tempo, morria-se mais em uma guerra não por conta do ferimento em si, mas pelas infecções advindas da falta de conhecimento necessário para prover o adequado tratamento da ferida de batalha. Esse fato era, ainda, amplificado pela falta de saneamento e de higiene pessoal tão comuns nos acampamentos militares e zonas de conflagração, um cenário que se manteve inalterado ao longo dos séculos para, finalmente, ser revertido a partir da Primeira Guerra Mundial. As diversas batalhas trouxeram avanços significativos para a Medicina militar e, em breve intervalo de tempo, passaram também a beneficiar a população civil. Livro “O cidadão de papel”, do jornalista Gilberto Dimenstein. Representa o fato de os direitos dos cidadãos brasileiros estarem apenas no papel, não garantidos na prática. https://www.youtube.com/watch?v=VoBleMNAwUg https://www.youtube.com/watch?v=L7NzqtspLpc Curso de Redação Professor Alan Patrik 4 | P á g i n a O próprio momento histórico que o mundo e o Brasil têm vivido na pandemia do COVID-19; ESTATÍSTICAS Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Selvagens Ameaçadas da Fauna e Flora (Cites, na sigla em inglês), organização internacional responsável por essa vigilância, conta agora com um de apenas U$6 milhões ao ano, quantidade insuficiente para a manutenção da vigilância de tráfico de animais selvagens. Os pesquisadores de da Universidade de Princeton estimam que as taxas de desmatamento poderiam cair pela metade com investimentos entre U$1,5 e U$9 bilhões ao ano. Um estudo já realizado Instituto de Tecnologia de Massachussets descobriu que uma notícia falsa tem uma probabilidade 70% maior de ser compartilhada. Gilles Lipovetsky, filósofo francês Para Gilles Lipovtesky, vivemos um período em que as grandes ideologias que marcaram a modernidade, perderam força, forma e estabilidade. Nas sociedades contemporâneas, o interesse por temas públicos tornou-se à-la-carte: os cidadãos podem, eventualmente, mobilizar-se por uma questão ou outra, e logo em seguida deixar de manifestar interesse. O fio que reúne sua obra é a condição do homem moderno, que vive, segundo ele, na era do hiperindividualismo, hiperconsumismo, perdido em meio ao excesso de informações e sem valores para se apegar. Exemplo de como usar o pensador + Legião Urbana “Para o filósofo, a sociedade atual está inserida na era do vazio, ou seja, o corpo civil é marcado pelo marasmo da desconexão com o outro, pela perda da alteridade e empatia, como na canção da Legião Urbana: “já estou cheio de me sentir vazio”. O que você pode fazer a partir dessa citação é ligar o pensamento do autor à bolha da hipermodernidade, a qual constrói uma sociedade alicerçada do consumo, na particularização dos desejos e na liquidez das relações e no excesso de informações. Esse excesso de informações, aliado ao presente despreparo da sociedade quanto a disseminação das fake News dificulta a prevenção e o controle de epidemias no Brasil. Ulrick Beck Nascido na Alemanha, em 1944, Ulrich Beck estudou sociologia, filosofia, e ciência política na Universidade de Munique. Sua principal contribuição teórica são os estudos sobre a sociedade de risco. O autor alerta que “o conceito de sociedade de risco designa um estado da modernidade em que começa a tomar corpo as ameaças produzidas até então no caminho da sociedade industrial”. Para Beck, o avanço da industrialização e o progresso da ciência trouxe como resultado uma série de riscos para os indivíduos, o que ameaça a vida humana e o meio ambiente. Historicamente, a exposição ao risco costumava estar relacionadas a fenômenos “naturais”. Hoje, caminha-se cada vez mais para um estágio da modernidade que o sociólogo nomeou de “reflexiva”. Nesse estágio, o ser humano começa a perceber que dominar a natureza torna-se quase impossível. Sendo assim, nota-se que o avanço decorrente da industrialização e da revolução tecnológica não produziu apenas “prosperidade”, mas colocou toda a humanidade diante da incerteza e da insegurança de vários riscos. Conclusão Agente: Governo Detalhamento: Ministérios de Desenvolvimento Social e da Saúde Ação: desenvolver oficinas recreativas Meio/modo + detalhamento: as oficinas podem acontecer em praças públicas, com palestras ministradas por médicos e profissionais da área microbiológica Finalidade + detalhamento: objetivando orientar os pais sobre a importância de vacinar suas crianças, visando levar a reflexão e diminuir o movimento antivacina que atinge toda a massa populacional. Curso de Redação Professor Alan Patrik 5 | P á g i n a Agente: Governo Federal Detalhamento: aliado às esferas estaduais e municipais do poder Ação + detalhamento + meio/modo: promovera realização de obras e de planos que visem melhorar o saneamento básico e a coleta de lixo, por meio de um amplo projeto de reestruturação urbana que propicie também a introdução de fiscais, os quais ficaram responsáveis não só por checarem as áreas de maior risco, como também evidenciarem às famílias sobre a importância da vacinação como fundamental mecanismo de controle de doenças. Finalidade: prevenir e controlar o reaparecimento de doenças epidêmicas no Brasil Se por ventura você decidir trabalhar as questões das queimadas e do tráfico de animais, você também deve trazer uma conclusão voltada para a resolução desse problema.
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