Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Compressibilidade dos solos 23/09/2020 1 Recalque: Deformações dos solo devido a carregamentos verticais (compressão do mesmo) na superfície do terreno ou em cotas próximas à superfície). Deformação das partículas do solo; Deslocamento das partículas do solo; Expulsão da água ou do ar dos vazios. Compressibilidade dos solos 23/09/2020 2 As deformações podem ser de 2 tipos: Deformações rápidas (solo seco); Deformações lentas (solo argiloso saturado). O recalque pode ser dividido em 3 categorias: Recalque elástico ou imediato: causado pela deformação elástica do solo logo nas primeiras cargas atuantes. Recalque por adensamento primário: alteração de volume pela expulsão de água dos vazios. Recalque por compressão secundária: ajuste plático da estrutura do solo. Compressibilidade dos solos 23/09/2020 3 O recalque total pode ser determinado segundo a fórmula abaixo: 𝑆𝑇 = 𝑆𝐶 + 𝑆𝑆 + 𝑆𝑒 Onde: 𝑆𝑇=recalque total; 𝑆𝐶=recalque primário; 𝑆𝑆=recalque secundário; 𝑆𝑒=recalque elástico. Compressibilidade dos solos 23/09/2020 4 Ensaios de compressão axial e triaxial Consiste na moldagem de um corpo de prova cilíndrico e no seu carregamento pela ação de uma carga axial. Obtém- se assim uma curvatura devido à carga estar influenciando na seção transversal, e pelo encurtamento da altura do corpo de prova. Compressibilidade dos solos 23/09/2020 5 Ensaio de compressão axial: Após realizado um determinado nível de tensão, se for feito um descarregamento, as deformações sofridas não se recuperarão. 𝜀𝑙 = ∆ℎ ℎ 𝜀𝑟 = ∆𝑟 𝑟 𝐸 = 𝜎 𝜀𝑙 υ = − 𝜀𝑟 𝜀𝑙 A relação entre tensão e deformação não é constante, mas ainda assim admite-se um comportamento elástico-linear para o solo, definindo-se um módulo de elasticidade para um certo valor de tensão. Compressibilidade dos solos 23/09/2020 6 Módulos de elasticidade típicas de argilas saturadas não drenadas. Compressibilidade dos solos 23/09/2020 7 Módulos de elasticidade típicas de areias drenadas (𝜎𝑐 = 100𝑘𝑃𝑎) Compressibilidade dos solos 23/09/2020 8 Ensaio de Compressão Axial Para tensões confinantes diferentes de 100 kPa, adota-se: 𝐸𝜎 = 𝐸𝑎. 𝑃𝑎. ( 𝜎 𝑃𝑎 )𝑛 Onde: 𝐸𝑎=módulo devido à pressão atmosférica; 𝑃𝑎=pressão atmosférica (100 kPa); 𝐸𝜎=módulo devido à tensão 𝜎; n=expoente adotado como sendo 0,5. Fundamentos do Adensamento 23/09/2020 9 Camada de argila saturada de pequena espessura em relação à sua extensão; Deformações essencialmente verticais (unidimensionais); Deformações laterais (horizontais) desprezíveis; Condição inicial → 𝜎 = 𝜎′ + 𝑢 Condição após o carregamento → 𝜎 + ∆𝜎 = (𝜎′+𝑢) ? Adensamento: Processo gradual de redução do volume de uma camada de solo saturada e de baixa permeabilidade devido à drenagem da água intersticial, até a completa dissipação do excesso de poropressão induzido pela ação do carregamento externo imposto ao solo. 𝛿 Fundamentos do Adensamento 23/09/2020 10 Início do adensamento (t = 0; imediatamente após ∆𝜎) – todo o acréscimo de tensões será absorvido pela água intersticial (válvula fechada) Transferência de Carga água Mola (solo) Válvula Fechada Δu↑ Força 𝜎 + ∆𝜎 = (𝜎′+∆𝑢) ∆𝜎 = ∆𝑢 Fundamentos do Adensamento 23/09/2020 11 Final do adensamento (t → ∞ ; após ∆𝜎); dissipação total do excesso de poropressão (todo o acréscimo de tensões será absorvido pelo arcabouço sólido do solo) Transferência de Carga água Mola (solo) Válvula aberta Δu↓ Força 𝜎 + ∆𝜎 = (𝜎′+∆𝑢) ∆𝜎 = ∆𝜎′ Fundamentos do Adensamento 23/09/2020 12 Condição inicial do carregamento (t = 0) Fundamentos do Adensamento 23/09/2020 13 Condição: 0 < t < ∞ Fundamentos do Adensamento 23/09/2020 14 Condição: t = ∞ Compressibilidade dos solos 23/09/2020 15 Ensaio de Compressão endométrica Os anéis que recebem o corpo de prova têm diâmetro 3 vezes maior que a altura, podem variar de 5 a 12 cm. O carregamento é realizado por etapas, e para cada carga aplicada registra-se a deformação a diversos intervalos de tempo até que as deformações tenham cessado. A variação da deformação com as tensões não é de forma linear. Consiste na compressão do solo contido num molde que impede qualquer deformação lateral. Simula o comportamento de um solo quando submetido compressão do peso de novas camadas que se depositam sobre ele (aterros). Ensaio de Adensamento 23/09/2020 16 Modelo reduzido do problema na escala real; Amostra (espessura de 25 mm) sob inundação; Aplicação de tensões em estágios sucessivos até a estabilização total das deformações; Deformações laterais são restringidas por um anel metálico. Leituras do extensômetro para diferentes intervalos de tempo a partir da aplicação da carga, para cada estágio do ensaio. Resultados do ensaio: tensões aplicadas x índices de vazios finais de cada estágio de carregamento. Ensaio de adensamento em execução. Ensaio Oedométrico Resultados do ensaio de adensamento 23/09/2020 17 Estágio 1: compressão inicial, causada predominante por pré- carregamento. Estágio II: adensamento primário, durante o qual o excesso de poropressão é gradualmente transferido para a tensão efetiva por causa da expulsão da água dos poros do solo. Estágio III: compressão secundária, ocorre após a dissipação completa do excesso de poropressão, quando alguma deformação do corpo de prova acontece por causa do reajuste plástico da estrutura do solo (fluência) Resultados do ensaio de adensamento 23/09/2020 18 Resultados do ensaio de adensamento 23/09/2020 19 Gráfico típico de índice de vazios x tensões aplicadas Escala aritmética Escala logarítmica Parâmetros de Compressibilidade 23/09/2020 20 Índice de compressão (Cc): coeficiente angular da reta de compressão (reta virgem). (adimensional) 𝐶𝑐 = 𝑒0 − 𝑒1 𝑙𝑜𝑔 𝜎′1 𝜎′0 = ∆𝑒 𝑙𝑜𝑔 𝜎′0 + Δ𝜎 𝜎′0 Correlações para estimativas de Cc: Skempton (1944) Rendon-Herrero (1983): Nagaraj and Murty (1985): 𝐶𝑐 = 0,009(𝐿𝐿 − 10) 𝐶𝑐 = 0,141𝐺𝑠 1,2 1 + 𝑒0 𝐺𝑠 2,38 𝐶𝑐 = 0,2343 𝐿𝐿(%) 100 𝐺𝑠 Parâmetros de Compressibilidade 23/09/2020 21 Índice de Expansão ou Recompressão (Cs) Nagaraj e Murty (1985): Coeficiente de compressibilidade volumétrica (mv – m2/kN): 𝐶𝑠 ≅ 1 5 𝑎 1 10 𝐶𝑐 𝑚𝑣 = 1 1 + 𝑒0 𝑒0 − 𝑒1 𝜎′1 − 𝜎′0 𝐶𝑠 = 0,0463 𝐿𝐿(%) 100 𝐺𝑠 Parâmetros de Compressibilidade 23/09/2020 22 Tensão de Pré-Adensamento dos Solos 23/09/2020 23 Compressibilidade das argilas – histórico das tensões atuantes sobre o solo; Argilas normalmente adensadas (curva de compressão virgem da curva e x log 𝜎′); Argilas sobre-adensadas (curva de recompressão da curva e x log 𝜎′); Tensão limite entre ambos os comportamentos: tensão de pré-adensamento do solo; Tensão de Pré-Adensamento dos Solos 23/09/2020 24 Determinação da tensão de pré-adensamento – Método de Pacheco Silva. 𝜎′𝐶 Argilas Normalmente adensadas e sobreadensadas 23/09/2020 25 Argilas Normalmente Adensadas (NA): cuja tensão efetiva presente é a máxima tensão a que o solo foi submetido. Argilas Sobreadensadas (SA): cuja tensão efetiva presente é inferior àquela que o solo experimentou no passado. A tensão efetiva máxima passada é denominada de tensão de pré-adensamento. OCR (RSA): Razão de sobreadensamento do solo 𝑂𝐶𝑅 = 𝜎′𝐶 𝜎′0 𝜎′𝐶 − 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟é − 𝑎𝑑𝑒𝑛𝑠𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝜎′𝐶 − 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 Recalques por adensamento 23/09/202026 Recalques por adensamento 23/09/2020 27 Exemplo 01 23/09/2020 28 Considere uma carga uniformemente distribuída, Δσ, está aplicada sobre a superfície do perfil de solo apresentado na figura a seguir. Estime o recalque da camada de argila provocado pelo adensamento primário sendo que: A argila é normalmente adensada; e = 0,95 ; LL = 50; Camada de areia: Areia Argila Areia 3m 6m 6m ∆𝜎 = 50𝑘𝑁/𝑚2 NA 𝛾𝑑 = 16 𝑘𝑁/𝑚 3 𝛾𝑠𝑎𝑡 = 18,5 𝑘𝑁/𝑚 3 𝛾𝑠𝑎𝑡 = 19 𝑘𝑁/𝑚 3 Exemplo 01 23/09/2020 29 Considere uma carga uniformemente distribuída, Δσ, está aplicada sobre a superfície do perfil de solo apresentado na figura a seguir. Estime o recalque da camada de argila provocado pelo adensamento primário sendo que: A argila é normalmente adensada; e = 0,95 ; LL = 50; Camada de areia: Areia Argila Areia 3m 6m 6m ∆𝜎 = 50𝑘𝑁/𝑚2 NA 𝛾𝑑 = 16 𝑘𝑁/𝑚 3 𝛾𝑠𝑎𝑡 = 18,5 𝑘𝑁/𝑚 3 𝛾𝑠𝑎𝑡 = 19 𝑘𝑁/𝑚 3 𝜎′0 = 3𝛾𝑑 + 6 𝛾𝑠𝑎𝑡(𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎) − 𝛾𝑤 + 6 2 𝛾𝑠𝑎𝑡(𝑎𝑟𝑔𝑖𝑙𝑎) − 𝛾𝑤 Tensão efetiva no meio da camada de argila 𝜎′0 = 3𝑥16 + 6 18,5 − 9,8 + 6 2 19 − 9,8 = 127,8 𝑘𝑁/𝑚2 Exemplo 01 23/09/2020 30 Areia Argila Areia 3m 6m 6m ∆𝜎 = 50𝑘𝑁/𝑚2 NA Recalque: 𝛿𝑎 = 𝐶𝑐𝐻 1 + 𝑒0 𝑙𝑜𝑔 𝜎′0 + ∆𝜎′ 𝜎′0 𝐶𝑐 = 0,009 𝐿𝐿 − 10 = 0,009𝑥 50 − 10 = 0,36 Índice de compressão: 𝛿𝑎 = 0,36𝑥6 1 + 0,95 𝑙𝑜𝑔 127,71 + 50 127,71 = 0,159 𝑚 Exemplo 02 23/09/2020 31 Considere uma carga uniformemente distribuída, Δσ, está aplicada sobre a superfície do perfil de solo apresentado na figura a seguir. Estime o recalque da camada de argila provocado pelo adensamento primário sendo que: A tensão de pré-adensamento (σ’c) é de 190 kN/m 2; e = 0,95 ; LL = 50; Camada de areia: Areia Argila Areia 3m 6m 6m ∆𝜎 = 50𝑘𝑁/𝑚2 NA 𝛾𝑑 = 16 𝑘𝑁/𝑚 3 𝛾𝑠𝑎𝑡 = 18,5 𝑘𝑁/𝑚 3 𝛾𝑠𝑎𝑡 = 19 𝑘𝑁/𝑚 3 𝜎′0 = 3𝛾𝑑 + 6 𝛾𝑠𝑎𝑡(𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎) − 𝛾𝑤 + 6 2 𝛾𝑠𝑎𝑡(𝑎𝑟𝑔𝑖𝑙𝑎) − 𝛾𝑤 Tensão efetiva no meio da camada de argila 𝜎′0 = 3𝑥16 + 6 18,5 − 9,8 + 6 2 19 − 9,8 = 127,7 𝑘𝑁/𝑚2 𝝈′𝟎 + ∆𝝈 ′ < 𝝈′𝒄 𝛿𝑎 = 𝐶𝑠𝐻 1 + 𝑒0 𝑙𝑜𝑔 𝜎′0 + ∆𝜎′ 𝜎′0 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑒: 𝐶𝑠 = 1 5 𝐶𝑐 𝐶𝑠 = 1 5 𝑥0,36 = 0,072 𝛿𝑎 = 0,072𝑥6 1 + 0,95 𝑙𝑜𝑔 127,71 + 50 127,71 = 0,032 𝑚 Exemplo 03 23/09/2020 32 Considere uma carga uniformemente distribuída, Δσ, está aplicada sobre a superfície do perfil de solo apresentado na figura a seguir. Estime o recalque da camada de argila provocado pelo adensamento primário sendo que: A tensão de pré-adensamento (σ’c) é de 170 kN/m 2; e = 0,95 ; LL = 50; Camada de areia: Areia Argila Areia 3m 6m 6m ∆𝜎 = 50𝑘𝑁/𝑚2 NA 𝛾𝑑 = 16 𝑘𝑁/𝑚 3 𝛾𝑠𝑎𝑡 = 18,5 𝑘𝑁/𝑚 3 𝛾𝑠𝑎𝑡 = 19 𝑘𝑁/𝑚 3 𝝈′𝟎 + ∆𝝈 ′ > 𝝈′𝒄 𝛿𝑎 = 𝐶𝑠𝐻 1 + 𝑒0 𝑙𝑜𝑔 𝜎′𝑐 𝜎′0 + 𝐶𝑐𝐻 1 + 𝑒0 𝑙𝑜𝑔 𝜎′0 + ∆𝜎′ 𝜎′𝑐 𝛿𝑎 = 0,072𝑥6 1 + 0,95 𝑙𝑜𝑔 170 127,71 + 0,36𝑥6 1 + 0,95 𝑙𝑜𝑔 127,71 + 50 170 = 0,49 𝑚 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑒: 𝐶𝑠 = 1 5 𝐶𝑐 Teoria do Adensamento Unidimensional de Terzaghi 23/09/2020 33 Hipóteses: A camada de argila é homogênea e saturada; Partículas sólidas e água são incompressíveis; Validade da lei de Darcy; Compressão e fluxo da água unidimensionais (verticais); Regime de pequenas deformações; A condutividade hidráulica e os parâmetros de compressibilidade são constantes durante o processo de adensamento; O índice de vazios varia linearmente com o aumento da tensão efetiva durante o processo de adensamento. Grandezas relacionadas: Excesso de poropressão (indicado na teoria simplesmente como U); Profundidade z (medida a partir do topo da camada compressível); Tempo t (decorrido a partir da aplicação instantânea do carregamento externo; Teoria do Adensamento Unidimensional de Terzaghi 23/09/2020 34 𝑣𝑧 + 𝜕𝑣𝑧 𝜕𝑧 𝑑𝑧 𝑑𝑥𝑑𝑦 − 𝑣𝑧𝑑𝑥𝑑𝑦 = 𝜕𝑉 𝜕𝑡 𝜕𝑣𝑧 𝜕𝑧 𝑑𝑧𝑑𝑥𝑑𝑦 = 𝜕𝑉 𝜕𝑡 𝑣𝑧 = 𝑘. 𝑖𝑧 = −𝑘 𝜕 𝜕𝑧 Velocidade de fluxo através do elemento Como qualquer variação na mudança na carga total (h) se de apenas a uma mudança na poropressão: 𝑣𝑧 = − 𝑘 𝛾𝑤 𝜕𝑢𝑒 𝜕𝑧 − 𝑘 𝛾𝑤 𝜕2𝑢𝑒 𝜕𝑧2 𝑑𝑧𝑑𝑥𝑑𝑦 = 𝜕𝑉 𝜕𝑡 A equação de continuidade pode ser expressa como: Vazão de saída – vazão de entrada = taxa de variação do volume Taxa de variação de volume: −𝑚𝑣 𝜕2𝑢𝑒 𝜕𝑧2 𝑑𝑧𝑑𝑥𝑑𝑦 = 𝜕𝑉 𝜕𝑡 Combinando as duas equações acima, tem-se: 𝑚𝑣 𝜕2𝑢𝑒 𝜕𝑧2 = 𝑘 𝛾𝑤 𝜕2𝑢𝑒 𝜕𝑧2 𝜕𝑢𝑒 𝜕𝑡 = 𝑐𝑣 𝜕2𝑢𝑒 𝜕𝑧2 ou 𝑐𝑣 = 𝑘 𝑚𝑣𝛾𝑤 Coeficiente de adensamento Teoria do Adensamento Unidimensional de Terzaghi 23/09/2020 35 A resolução da equação diferencial básica da teoria do adensamento de Terzaghi pode ser resolvida com as seguintes condições de contorno (dupla drenagem): 𝜕𝑢𝑒 𝜕𝑡 = 𝑐𝑣 𝜕2𝑢𝑒 𝜕𝑧2 𝑧 = 0, 𝑢 = 0 𝑧 = 2𝐻𝑑𝑟 𝑢 = 0 𝑡 = 0 𝐻𝑑𝑟 = 𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛𝑜 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑟𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑡 > 0 Areia Argila Areia 2𝐻𝑑𝑟 z Areia Argila 𝐻𝑑𝑟 z Dupla drenagem Drenagem simples 𝑢 = 𝑢0 Teoria do Adensamento Unidimensional de Terzaghi 23/09/2020 36 A solução fornece: 𝑢 = 2𝑢0 𝑀 𝑠𝑒𝑛 𝑀𝑧 𝐻𝑑𝑟 𝑒−𝑀 2𝑇𝑣 𝑚=∞ 𝑚=0 𝑀 = (𝜋 2 )(𝑚 + 1) 𝑚 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑢0 = 𝑒𝑥𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑟𝑜𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑇𝑣 = 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑇𝑣 = 𝑐𝑣𝑡 𝐻𝑑𝑟 2 Δu Grau de Adensamento 23/09/2020 37 O grau de adensamento a uma distância z a qualquer tempo t é: 𝑈𝑧 = 𝑢0 − 𝑢𝑧 𝑢0 = 1 − 𝑢𝑧 𝑢0 𝑢𝑧 − 𝑒𝑥𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑟𝑜𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑛𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡 Grau de Adensamento 23/09/2020 38 Das (2007) Grau de Adensamento Médio 23/09/2020 39 A porcentagem de adensamento, definida no item anterior, estabelece, para um determinado tempo, o grau de adensamento em qualquer ponto, o qual é variável ao longo da profundidade da camada. Na prática deseja-se conhecer, para um determinado instante, qual é o grau de adensamento de toda a camada, consideradas as contribuições de todos os pontos. Com esta informação é possível determinar a evolução das deformações; ou melhor, a evolução dos recalques ao longo do tempo. 𝑈 = 𝛿𝑎 (𝑡) 𝛿𝑎 = 1 − 1 2𝐻𝑑𝑟 𝑢𝑧𝑑𝑧 2𝐻𝑑𝑟 0 𝑢0 = 1 − 2 𝑀2 𝑒−𝑀 2𝑇𝑣 𝑚=∞ 𝑚=0 O grau médio de adensamento para toda a profundidade da camada de argila a qualquer tempo t pode ser expresso por: 𝛿𝑎 (𝑡) − 𝑟𝑒𝑐𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒 𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑚𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡 𝛿𝑎 − 𝑟𝑒𝑐𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑚𝑎𝑑𝑎 Grau de Adensamento Médio 23/09/2020 40 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑈 < 60% → 𝑇𝑣 = 𝜋 4 𝑈% 100 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑈 > 60% → 𝑇𝑣 = 1,781 − 0,933log (100 − 𝑈%) Relações empíricas para determinação de U Grau de Adensamento Médio 23/09/2020 41 Carga x recalque x tempo 23/09/2020 42 Grau de Adensamento Médio 23/09/2020 43 Porcentagem de adensamento médio para cada fator tempo, com diferentes condições de drenagem nas bordas e diferentes formas de distribuição de u0 Adensamento por Compressão Secundária 23/09/2020 44 Continuação da mudança de volume que se iniciou no adensamento primário, porém, em menores taxas e ocorrendo sob tensão efetiva constante; Origem: contato entre as bordas dos argilominerais; 𝛿𝑠 = 𝐶′𝛼𝐻𝑙𝑜𝑔 𝑡2 𝑡1 𝐶∝ = ∆𝑒 𝑙𝑜𝑔 𝑡2 − 𝑙𝑜𝑔𝑡1 𝐶′∝ = 𝐶𝛼 1 + 𝑒𝑝 𝑒𝑝 = í𝑛𝑖𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜𝑠 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑜 𝑎𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑎𝑑𝑒𝑛𝑠𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑝𝑟𝑖𝑚á𝑟𝑖𝑜 Compressão Secundária Valores gerais de 𝐶′∝ Argilas SA – 0,001 ou menos Argilas NA – 0,005 a 0,03 Solo orgânico – 0,04 ou mais Exemplo 03 23/09/2020 45 Para o perfil geotécnico da figura abaixo, determinar o tempo necessário para que ocorra 20% dos recalques devido à aplicaçãoda sobrecarga, considerando cv = 2 m²/ano. 𝑇𝑣 = 𝑐𝑣𝑡 𝐻𝑑𝑟 2 𝑇𝑣 = 0,0314 𝑡 = 𝑇𝑣𝐻𝑑𝑟 2 𝑐𝑣 = 0,03𝑥52 2 ≅ 0,4 𝑎𝑛𝑜𝑠 areia Exemplo 03 23/09/2020 46 Sabendo que, para o perfil geotécnico da figura abaixo, o recalque total calculado para uma determinada sobrecarga foi de 1,2 m, obter a curva de tempo × recalque considerando cv = 2 m²/ano. 𝑈 = 20% − 𝑇𝑣 = 0,0314 − 𝑡 = 0,4 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑈 = 𝛿𝑎 (𝑡) 𝛿𝑎 ∴ 𝛿𝑎 (𝑡) = 𝑈. 𝛿𝑎 = 0,2𝑥1,2 = 0,24𝑚 Bibliografia Das, Braja M. Fundamentos de Engenharia Geotécnica. São Paulo: Thomson Learning, 2007. Gerscovich, D. – Compressibilidade e Adensamento(notas de aula do mestrado). FEN/UERJ Gomes, R. C. – Mecânica dos Solos (notas de aula do metrado acadêmico). NUGEO/UFOP Lambe, T. W. & Whitman, R. V. Soil Mechanics. United States of America: John Wiley & Sons, Inc., 1969. Pinto, C. S. Curso Básico de Mecânica dos Solos em 16 Aulas/2ªEdição. São Paulo: Oficina de Textos, 2002. 23/09/2020 47
Compartilhar