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© Transferidores de energia livre Os transferidores de energia livre são compostos fosforilados capazes de realizar oxirredução, que em última análise irá gerar a energia necessária as vias metabólicas, durante os processos biológicos. Dentre esses carreadores podemos destacar o NAD, NADH, NADP, NADPH, FAD, FADH, ATP, etc. As vias metabólicas são um conjunto de reações que transformam um composto em outro. São divididas em vias de biossíntese, anabolismo, e vias de degradação, catabolismo. Além disso, dividem-se em cíclicas, em que todos os intermediários são reciclados, e s lineares, que são sequenciais e o produto de uma reação é o substrato da outra. As vias são extremamente compartimentalizadas, a fim de controlar os níveis de energia livres no meio, uma vez que se uma quantidade muito intensa de energia for liberada em um só passo a célula pode colapsar. Outras vantagens dessa compartimentalização incluem: etapas adicionais de controle, especialização de processos e a alta concentração de metabólitos e enzimas. Para que essas vias funcionem da melhor maneira possível, é necessário que ocorra um controle rigoroso, que pode ocorrer das seguintes maneiras: 1) Regulação cinética das enzimas Disponibilidade de substratos, produtos e enzimas; Vmáx e afinidade da reação; 2) Regulação alostérica de enzimas Adenilases (ATP, ADP, AMP); NAD/NADH; 3) Regulação da expressão de enzimas Balanço entre oferta e demanda energética; Oxigênio; Ritmo circadiano; 4) Sinalização celular Hormônios; Modificações pós-traducionais em enzimas. O paradigma central da bioenergética é: Nutrientes + O2 → H2O + CO2² + calor Em que há a obtenção de energia através da oxidação dos nutrientes, sendo a quantidade de energia livre formada por ele proporcional a seu grau de redução. Isso se dá porque quanto maior a quantidade de elétrons – que serão transportados pelos transferidores de energia livre - maior será a energia disponível, sendo as © gorduras, os macronutrientes que mais se destacam em potencialidade energética. Os compostos fosforilados dividem-se em fosfatos (ATP, GTP e UTP) e elétrons (NAD, FAD e suas variantes). Os compostos fosforilados podem ser de “alta” e de “baixa” energia livre. Os primeiros são classificados como fosfoanidridos, e os de baixa energia são os fosfoésteres. A energia muitas vezes é armazenada sob a forma de fosfocreatina, que posteriormente será degrada em fosfato inorgânico e creatina, para a formação de ATP. A demanda energética é reguladora desse processo, por um mecanismo de feedback. Porém os indivíduos não aproveitam 100% da energia liberada, uma vez que uma parte dessa energia se dissipa em forma de calor e outra se dirige aos gastos obrigatórios da célula. Exemplificando, podemos citar a síntese de proteínas, atividade física e os gastos com a termogênese, que é o gasto relativo à homeostase da temperatura corporal. Além disso, a demanda energética é mantida mesmo durante intensa demanda, pois há um “cross- talk” no organismo, sinalizando que ainda há a necessidade daquele nível de energia, logo a preferência nutricional é dependente da demanda energética, que se configura como a razão entre ADP e ATP.
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