Buscar

Sustentabilidade e Consumo: Impactos Ambientais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

- -1
SUSTENTABILIDADE
DA QUESTÃO AMBIENTAL PARA O CAMPO 
DO CONSUMO
- -2
Olá!
Nesta aula, você irá: 1. Analisar os aspectos da explosão populacional ao impacto do consumo. 2. Reconhecer a
questão do consumidor como novo ator social.
1 Introdução
O crescimento populacional vem causando sérios impactos degradadores sobre o meio ambiente neste século. O
desenvolvimento da indústria, comércio bem como os diversos ramos do meio rural e urbano são considerados
determinantes para as mudanças ambientais (Crescimento populacional e desenvolvimento sustentável) .
Segundo o mesmo site, o crescimento populacional ou demográfico vem sendo analisado por cientistas como
razão do uso intensivo dos recursos naturais. Os estudos demonstram que os países com um rápido crescimento
demográfico vêm enfrentando dificuldades para gerar um desenvolvimento econômico sustentável.
Através dessa análise, percebemos que a conscientização ambiental também está relacionada ao controle da
natalidade e ao consumo desenfreado que estamos nos impondo culturalmente como fator de status social. Que
tal começarmos a pensar nesses fatores para fazermos nossa parte na proteção ao meio ambiente de modo
sustentável.
2 O mundo está superpovoado?
Vamos analisar esse estudo de caso feito por Miller Junior (2007) para começarmos a refletir sobre o processo
de:
Prevê-se que a população humana aumentará de 6,5 bilhões a 8-9 bilhões ou mais entre 2005 e 2050, com um
crescimento particularmente rápido nos países em desenvolvimento, como a China. Esse fato levanta uma
- -3
questão importante: O mundo pode fornecer um padrão de vida adequado para 2,4 bilhões de pessoas a mais
sem que haja um vasto dano ambiental?
Alguns argumentam que o planeta já está lotado, e em especial os países desenvolvidos, como os Estados Unidos,
onde taxas de consumo de recursos ampliam o impacto ambiental de cada pessoa. Outros encorajam o
crescimento populacional como uma forma de estimular o crescimento econômico. Aqueles que não acreditam
que a Terra está superpovoada apontam que a expectativa de vida média de 6,5 bilhões de pessoas é maior hoje
do que já foi em qualquer época do passado, e está previsto que aumentará ainda mais. De acordo com essas
pessoas, o mundo pode suportar mais alguns bilhões de habitantes. Também acreditam que o crescimento
populacional representa o recurso mais valioso do mundo para solucionar problemas ambientais e outros, e para
estimular o crescimento econômico em razão do aumento de consumidores. Alguns consideram qualquer forma
de regular a população uma violação de créditos religiosos. Outros veem isso como uma invasão da privacidade e
liberdade pessoal para se ter um número de filhos que quiserem. Determinados países em desenvolvimento e
alguns membros das minorias de países desenvolvidos consideram o controle populacional uma forma de
genocídio, cujo intuito é impedir que sua economia e suas forças políticas cresçam. Já os que propõem a
diminuição e uma possível interrupção no crescimento populacional têm uma visão diferente. Eles apontam que
falhamos ao suprir as necessidades básicas de cerca de um a cada cinco indivíduos. Se não fornecermos ou não
pudermos fornecer apoio básico para cerca de 1,4 bilhão de pessoas hoje, como iremos fazê-lo para 2,4 bilhões
de pessoas (projeção até 2050)? Aqueles que propõem a diminuição no crescimento populacional advertem que
há duas sérias consequências caso a taxa de natalidade não declinem de forma drástica. Primeira, em algumas
áreas, a taxa de mortalidade pode aumentar em razão do declínio das condições da saúde e ambientais (algo que
acontece hoje em determinadas regiões da África). Segunda, o uso de recursos e os danos ambientais podem se
intensificar conforme mais consumidores aumentam suas já grandes pegadas ecológicas em países
- -4
desenvolvidos e em alguns países em desenvolvimento, como China e Índia, que estão passando por um rápido
crescimento econômico. O aumento da população e o conseqüente crescimento do consumo podem elevar os
estresses ambientais, com doenças infecciosas, danos na biodiversidade, desmatamento de florestas tropicais,
redução da pesca, escassez de água, poluição dos mares e mudanças climáticas. Os que defendem esse ponto de
vista reconhecem que o crescimento populacional não é a única causa desses problemas. No entanto, eles
argumentam que a adição de centenas de milhões de pessoas em países desenvolvidos e de bilhões em países em
desenvolvimento só pode intensificar os problemas ambientais e sociais existentes. Esses analistas acreditam
que as pessoas devem ter liberdade de gerar quantos filhos quiserem, mas somente se isso não reduzir a
qualidade de vida das pessoas agora e no futuro, seja pelo enfraquecimento da capacidade da Terra de sustentar
a vida, seja por rupturas sociais. De acordo com o ponto de vista deles, a limitação da liberdade dos indivíduos –
um esforço de proteger a liberdade de outros indivíduos – é a base da maioria das leis nas sociedades modernas.
Faça o seguinte teste para perceber a grandeza do número de pessoas no mundo:
Conte de um a um bilhão sem interrupção, no mesmo ritmo e sem pular números.
Difícil, não é? Pois bem, essa é a grandeza, multiplicada por 6 (mais ou menos) da quantidade de nossa espécie
(Hommo sapiens). Surpreendente não? A partir desses números, que não conseguimos nem imaginar o tamanho,
é que começamos a analisar nosso poder de consumo da natureza.
“Uma explosão de consumo por uma única espécie está afetando os céus, a terra, as águas e a fauna.”
Continuando nossa discussão, segundo Paul Hawken (2007), os problemas a serem enfrentados são vastos e
complexos, mas se resumem a isto: 6,5 bilhões de pessoas estão procriando exponencialmente. O processo de
atender a seus desejos e suas necessidades está privando a Terra de sua capacidade biótica de produzir vida;
uma explosão de consumo por uma única espécie está afetando os céus, a terra, as águas e a fauna. Para discutir
a relação entre os homens e o meio ambiente, é fundamental uma reflexão sobre o cenário em que essas
questões emergiram: a modernidade. Com o termo modernidade, pretende-se incluir ou definir um processo que
se inicia por volta do século XV, na Europa, marcado por profundas transformações em todas as dimensões da
vida humana – da produção, da sociabilidade, da representação simbólica do mundo, das relações sociais e de
poder -, fenômeno que, ao longo de 500 anos, se estendeu por todo o planeta, transformando os diferentes
contextos (físicos e sociais) em que, progressivamente, foi acontecendo (Zioni, 2009). Segundo a mesma autora,
esse processo tem maior visibilidade na organização capitalista das relações de produção e consumo, mas não
pode ser confundido com ela. Ainda que contemporâneos e bastante relacionados, a modernidade não os reduz
- -5
ao curso de expansão capitalista, mesmo que esta venha moldando todos os campos da atividade humana. Por
modernidade, entende-se algo maior que o ethos de uma sociedade marcada pela apropriação privada da
produção, pelo uso intensivo de energia e de tecnologia, pela racionalização da vida.
Por modernidade, entende-se, ainda, um projeto histórico de construção e representação da vida social que se
desenvolveu a partir de dois pilares: o pilar da emancipação e o pilar da regulação (Santos, 2000 apud Zioni,
2009), projeto esse criador e criatura não só das sociedades modernas e contemporâneas, como também das
formas hegemônicas de conhecimento e representação do mundo – social e natural – dessas sociedades, o
conhecimento científico, a razão.
Não podemos discutir sobre sociedade e meio ambiente e deixar de falar sobre população. O papel dado à
população, segundo vários autores, reflete menos conflitos de evidências do que de interpretação da mesma
evidência. Os estudos de caso com populações regionais têm sugerido cautela nas associações “população –
transformação”. Isso, porém, não solapa o papel da população comoimportante força indutora de mudanças
ambientais, mas acentua seu significado no contexto da organização tecnológica e sociocultural (Dias, 2004).
Segundo o mesmo autor, quando esses estudos foram conduzidos regionalmente e em áreas que exibiam
condições socioambientais
similares, foram encontradas correlações fortes. Muitos estudos comparativos ofereceram evidências estatísticas
que sustentavam correlações diretas entre crescimento populacional e desflorestamento. Bilsborrow e Okhoto-
Ogendo (1999) citam diversos estudos que comprovaram tais correlações (Brasil, Haiti e Bolívia); entretanto,
caracterizam-nas como “casuais”. Um estudo mais acurado foi desenvolvido na Guatemala, e a correlação direta
foi estabelecida. No nosso estudo sobre a região de Taguatinga, Ceilândia e Samambaia, em 1996-1999 (Dias,
1999), essa correlação foi muito clara, inclusive com outros vetores sociais, como a violência, o desemprego, o
aumento da emissão de gases estufa e outros.
O mesmo autor acredita que essa correlação será diminuída com a redistribuição de terras e diminuição do
crescimento populacional. Acrescentam uma dura crítica ao governo brasileiro pela sua omissão no “Sexto
Encontro Ministerial sobre o Ambiente na América Latina e Caribe” (Brasília, março de 1989), por não fazer
Saiba mais
Ethos é uma espécie de síntese dos costumes de um povo. O termo indica, de maneira geral, os
traços característicos de um grupo, do ponto de vista social e cultural, que o diferencia de
outros. Seria assim, um valor de identidade social (Dicionário Aurélio, 2003).
- -6
constar na “Carta de Brasília” uma palavra sequer sobre crescimento populacional, apesar de tê-lo considerado
“of the highest priority”, citam.
Aqui, cria-se um impasse:
Um outro estudo relevante, buscando a compreensão dessas inter-relações, foi conduzido por Myers (1995 apud
Dias, 2004). Esse autor, enfatiza, falando sobre biodiversidade, que existem muitos elos que fazem o quadro
muito mais complexo do que uma simples equação população/biodiversidade. Acrescenta que o crescimento
populacional não é o único fator que está produzindo as mazelas ambientais conhecidas, não sendo mais que
uma variável dentre as demais. São também importantes os tipos de tecnologia, o suprimento de energia, os
sistemas econômicos, as relações comerciais, as persuasões políticas, as estratégias políticas e um conjunto de
outros fatores que podem reduzir ou agravar o impacto do crescimento populacional (é óbvio que os padrões de
produção e consumo estão por trás disso tudo, via “modelo de desenvolvimento”). Esse crescimento passa a ser
significativo, em termos de produção de pressão ambiental, quando ele excede à capacidade de oferta de
recursos naturais de um país aos seus habitantes ou quando excede a capacidade dos seus planejadores de
desenvolvimento. Falando em população, não podemos deixar de entrar no contexto político. A palavra política,
derivada do grego polis (cidade), tem sido empregada ao longo do tempo para designar o conjunto de atividades
exercidas sobre a vida coletiva, assim como as reflexões sobre essas atividades e a instituição encarregada de sua
implementação, o Estado. Atos políticos podem ser definidos como aqueles que dizem respeito à regulação de
determinadas ações, que proíbem ou permitem à totalidade dos membros de um grupo, ou parte deles, uma
determinada forma de ser. A palavra política, assim, designa não somente atos relacionados à conquista e à
manutenção do poder, mas também uma série de atividades inerentes à vida coletiva (Zioni, 2008). Segundo a
mesma autora, por poder entende-se a capacidade de, em uma relação social, um indivíduo ou grupo impor sua
- -7
vontade a outros e, assim, determinar a forma de comportamento dos que se submetem a esse indivíduo ou
grupo. Ao longo da história várias formas de conquista e manutenção do poder foram desenvolvidas no interior
de diferentes sociedades visto que essa relação assimétrica vincula-se necessariamente a uma desigualdade
social preexistente.
• Poder econômico
O poder econômico repousa na capacidade que a posse dos bens considerados vitais em determinadas
situações, confere a quem os possui, no sentido de determinar o comportamento alheio.
• Poder ideológico
O poder ideológico, por sua vez, consiste na propriedade que determinados grupos possuem para criar e
difundir valores – que lhes são próprios – para o conjunto da sociedade.
• Poder político
O poder ideológico, por sua vez, consiste na propriedade que determinados grupos possuem para criar e
difundir valores – que lhes são próprios – para o conjunto da sociedade.
Ainda conforme a mesma autora, nas sociedades antigas, de pouca complexidade tecnológica e/ou posse
comunal dos bens de produção, o poder ideológico representava a estratégia predominante de dominação. Nas
sociedades modernas, de maior complexidade tecnológica e diferenciação social, o poder econômico passou a
impor-se sobre as outras formas; em situações extremas, passou a ocupar lócus específico dos outros poderes
como o Estado (poder político), a arte, a cultura, a ciência, a educação (poder ideológico). Nas sociedades
contemporâneas, extremamente complexas, esses três tipos de poderes coexistem e se desenvolvem no sentido
de que “fundamentam e mantém uma sociedade de desiguais” (Bobbio e Bovero, 1994 apud Zioni, 2008). Desde
o período moderno da história ocidental, a noção de sociedade está compreendida na noção de Estado-Nação,
termo que designa um conjunto de indivíduos que compartilham uma identidade cultural e, na maioria das
vezes, um espaço geográfico. Para concluir a aula: A verdade é que tem gente demais no mundo! A população de
2017 está em cerca de 7,3 bilhões e está projetada para crescer em cerca de 1 bilhão na próxima década. Deve
alcançar 9,6 bilhões de pessoas até 2050. Os problemas que conhecemos hoje, serão apenas pequenas
demonstrações do que pode acontecer com a nossa qualidade de vida, se os rumos da escalada humana não
sofrerem redirecionamentos. Além de redirecionamentos, precisamos de controle na questão do consumo e
melhor consciência ambiental.
•
•
•
- -8
O que vem na próxima aula
Educação ambiental como uma ferramenta de auxílio na conscientização da sociedade sobre a necessidade do
desenvolvimento sustentável.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• analisou os aspectos da explosão populacional ao impacto do consumo;
• reconheceu a questão do consumidor como novo ator social.
Saiba mais
Leia o texto de Cintia Panarotto sobre o “Meio ambiente e o consumo sustentável: alguns
hábitos que podem fazer a diferença”.
•
•
	Olá!
	1 Introdução
	2 O mundo está superpovoado?
	Poder econômico
	Poder ideológico
	Poder político
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

Continue navegando