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AULA - DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO 08-3-2021

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AULA – DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO – 08/3/2021 
 
Exercícios 
Questão 1 – ​(Fundação Sousândrade) 
 
Texto A 
O discurso foi excelente. Direto, sem ser raso. Técnico, sem ser chato. Sensível, 
sem ser piegas. No horário nobre da quarta-feira passada, o presidente Barack 
Obama falou durante 47 minutos em sessão conjunta do Congresso com o objetivo 
de virar o jogo a favor de sua proposta de reforma do sistema de saúde. Depois de 
promovê-la a prioridade número 1 de sua agenda doméstica, e vê-la ser 
estraçalhada nas inúmeras reuniões que deputados e senadores fizeram com 
eleitores no recesso parlamentar de agosto, Obama está sendo convidado a descer 
do palanque para ser apresentado à realidade. E a realidade é o avesso de sua 
utopia: a maioria, exatamente 51% na última pesquisa, é contra a reforma da saúde. 
Traduzindo: os americanos não querem um sistema público de saúde para competir 
com as empresas privadas e não gostam da ideia de o governo administrar o 
sistema atual para evitar abusos das seguradoras. Por trás disso, há uma 
mensagem cujas raízes remontam à história do país: a maioria dos americanos 
desconfia da honestidade, dos propósitos e da competência dos governos — 
qualquer governo. 
Na superfície, o debate sobre a saúde nos Estados Unidos provoca divergências 
técnicas. Na proposta de Obama, todos os americanos serão obrigados a ter plano 
de saúde. Mas qual o leque mínimo dos benefícios? Obama promete que o governo 
vai subsidiar quem não puder comprar um plano. Mas de quanto será o subsídio? 
Obama disse, pela primeira vez, que o custo da reforma em dez anos será, no 
máximo, de 900 bilhões de dólares e o grosso do dinheiro virá da redução do 
desperdício e das fraudes. Mas de onde saiu o cálculo do que escorre pelo ralo do 
desperdício e das fraudes? Encerrado o discurso de Obama, a atenção da imprensa 
e dos políticos foi concentrada nessas dúvidas. 
André Petry. In: ​Revista Veja​, 16 de setembro de 2009. 
 
A conotação é o lugar em que ecoam as experiências culturais da comunidade de 
uma língua, na medida em que o uso da expressão e palavras revela juízo de valor 
de maneira marcante. Considerando essa afirmação de J. Carlos Azeredo, 
identifique o emprego da linguagem conotativa, preservando o contexto, nas opções 
a seguir. 
A) “[...] o presidente Barack Obama falou durante 47 minutos [...]” 
B) “Técnico, sem ser chato.” 
C) “[...] do que escorre pelo ralo do desperdício e das fraudes?” 
D) “Obama promete que o governo vai subsidiar [...]” 
E) “[...] a maioria dos americanos desconfia da honestidade, dos propósitos [...]” 
 
Questão 2 – ​(FUNCAB) 
 
Texto 1 
Passe adiante 
Tenho vários DVDs de shows, e houve uma época em que os assistia atenta ou 
simplesmente deixava rodando como um som ambiente enquanto fazia outras 
coisas pela casa. Até que os esqueci de vez. Conhecedor do meu acervo, meu 
irmão outro dia pediu: 
— Posso pegar emprestado uns shows aí da tua coleção? 
— Claro! 
Ele escolheu quatro e levou com ele. E subitamente me deu uma vontade 
incontrolável de voltar a assistir aqueles shows. Aqueles quatro, não é estranho? 
Logo a vontade passou, mas fiquei com o alerta na cabeça. Me lembrei de uma 
amiga que uma vez disse que havia comprado um vestido que nunca usara, ele 
seguia pendurado no guarda-roupa. Um dia ela me mostrou o tal vestido e intimou: 
— Pega pra ti, me faz esse favor. Jamais vou usar. 
Trouxe-o para casa. Muito tempo depois ela me confidenciou, às gargalhadas, que 
não havia dormido aquela noite. Passou a ver o vestido com outros olhos. Por que 
ela não dera uma chance a ele? 
Maldita sensação de posse, que faz com que a gente continue apegada ao que 
deixou de ser relevante. Incluindo relacionamentos. 
Uma outra amiga vivia reclamando do namorado, dizia que eles não tinham mais 
nada em comum e que ela estava pronta para partir para outra. E porque não partia? 
— Porque não quero deixá-lo dando sopa por aí. 
Como é que é? 
Ela não terminava com o cara porque não queria que ele tivesse outra namorada, 
dizia que não suportaria. Reconhecia a mesquinhez da sua atitude, mas, depois de 
tantos anos juntos, ela ainda não se sentia preparada para admitir que ele não seria 
mais dela. 
DVDs, roupas, amores: claro que não é tudo a mesma coisa, mas o apego irracional 
se parece. É a velha e surrada história de só darmos valor àquilo que perdemos. 
Será que existe solução para essa neura? Atribuir ao nosso egoísmo latente talvez 
seja simplista demais, porém, não encontro outra justificativa que explique essa 
necessidade de “ter” o que já nem levamos mais em consideração. 
É preciso abrir espaço. Limpar a papelada das gavetas, doar sapatos e bolsas que 
estão mofando, passar adiante livros que jamais iremos abrir. É uma forma de 
perder peso e convidar a tão almejada “vida nova” para assumir o posto que lhe é 
devido. Fácil? ​Bref​. Um pedaço da nossa história vai embora junto. Somos feitos — 
também — de ingressos de shows, recortes de jornal, fotos de formatura, bilhetes de 
amor. 
Sem falar no medo de não reconhecermos a nós mesmos quando o futuro chegar, 
de não ter lá na frente emoções tão ricas nos aguardando, de a nostalgia vir a ser 
mais potente do que a tal “vida nova”. 
Qual é a garantia? Um ano para geladeiras, três anos para carros 0 km, cinco anos 
para apartamentos. Pra vida, não tem. É se desapegar e ver no que dá, ou ficar 
velando para sempre os cadáveres das vontades que passaram. 
(Medeiros, Martha. Revista ​O Globo​, 20/05/2012.) 
 
Assinale a opção em que foi utilizado o sentido denotativo da linguagem. 
A) “Reconhecia a mesquinhez da sua atitude [...]” 
B) “[...] não quero deixá-lo dando sopa por aí.” 
C) “É a velha e surrada história de só darmos valor [...]” 
D) “[...] pronta para partir para outra.” 
E) “Passou a ver o vestido com outros olhos.” 
 
QUESTÃO 3. 
Atenha-se a uma leitura minuciosa do texto em evidência e, em seguida, responda 
ao que se pede: 
 
Metáfora 
Uma lata existe para conter algo 
Mas quando o poeta diz: "Lata" 
Pode estar querendo dizer o incontível 
Uma meta existe para ser um alvo 
Mas quando o poeta diz: "Meta" 
Pode estar querendo dizer o inatingível 
Por isso, não se meta a exigir do poeta 
Que determine o conteúdo em sua lata 
Na lata do poeta tudo nada cabe 
Pois ao poeta cabe fazer 
Com que na lata venha caber 
O incabível 
Deixe a meta do poeta, não discuta 
Deixe a sua meta fora da disputa 
Meta dentro e fora, lata absoluta 
Deixe-a simplesmente metáfora 
 ​Gilberto Gil​ – 1982 
 
Levando-se em consideração os sentidos expressos pela linguagem, comente 
acerca do discurso presente na criação de Gilberto Gil. 
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Questão 4. 
Aos estabelecermos familiaridade com os enunciados linguísticos subsequentes, 
notamos que estes integram determinadas circunstâncias comunicativas presentes 
na linguagem cotidiana. Assim sendo, analise-os levando-se em consideração o 
sentido contextual por eles expresso. 
 
Questão 5. 
Partindo-se do pressuposto de que a linguagem é expressa por diferentes sentidos 
em um dado contexto, atribua aos exemplos em questão os códigos mencionados: 
( D ) denotação 
( C ) conotação 
A garota está com a pulga atrás da orelha. 
Nossa! Fulano é uma cobra! 
Não posso fazer mais compomisso, pois estou com a corda no 
pescoço. 
 
a - ( ) 
 
Horário de verão começa à meia-noite deste sábado.Relógios devem ser adiantados em uma hora no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. 
Expectativa é de redução de 5% na demanda de energia no horário de pico. 
 
 
b – ​( ) 
 
Memória 
Amar o perdido 
deixa confundido 
este coração. 
Nada pode o olvido 
contra o sem sentido 
apelo do Não. 
As coisas tangíveis 
tornam-se insensíveis 
à palma da mão 
Mas as coisas findas 
muito mais que lindas, 
essas ficarão. 
Carlos Drummond de Andrade 
 
 
c – ( ) 
 
A camada de ozônio, o escudo que protege a vida na Terra dos níveis nocivos 
de radiação ultravioleta, manteve-se estável na última década, conforme 
estudo elaborado pela Organização Mundial da Meteorologia (OMM) e o 
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), divulgado nesta 
quinta-feira. 
 [...] 
 ​(Fonte: Folha de São Paulo, 16/09/2010)

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