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direito penal - lei penal no tempo, no espaço

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DIREITO PENAL
Prof. Nidal Ahmad
LEI PENAL 
Lei penal no tempo 
tempo do crime
Lugar do crime
Lei penal no espaço
@prof.nidal
1) DA LEI PENAL NO TEMPO
Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
Parágrafo único: A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se
aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitado em
julgado.
ABOLITIO CRIMINIS
Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença
condenatória”.
Parágrafo único: A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se
aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória
transitado em julgado.
Sedução(Revogado pela Lei nº 11.106, 28 de março de 2005)
Art. 217 - Seduzir mulher virgem, menor de 18 (dezoito) anos e maior de
14 (catorze), e ter com ela conjunção carnal, aproveitando-se de sua
inexperiência ou justificável confiança
Pena - reclusão, de dois a quatro anos.
@prof.nidal
Art. 217 CP
2004 
Lei 
11.106/200
5
Art. 155 CP
2007
Abolitio 
Criminis
Fato deixa de ser crime
Cessam todos os efeitos penais
Permanecem os efeitos cíveis
Causa de extinção da punibilidade
NOVATIO LEGIS IN MELLIUS
Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa
de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os
efeitos penais da sentença condenatória”.
Parágrafo único: A LEI POSTERIOR, QUE DE QUALQUER
MODO FAVORECER O AGENTE, aplica-se aos fatos
anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória
transitado em julgado.
Roubo
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou
depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave
ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
I – (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância.
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o
exterior; (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426,
de 1996)
VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua
fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca; (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)
•
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9426.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9426.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art2
Súmula 611 STF: “Transitada em julgado a sentença condenatória,
compete ao juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna.”
NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA
Art. 216-B. Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato
sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes: (Incluído pela Lei nº 13.772,
de 2018)
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem realiza montagem em fotografia, vídeo, áudio ou qualquer outro
registro com o fim de incluir pessoa em cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo. (Incluído
pela Lei nº 13.772, de 2018)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13772.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13772.htm#art3
NOVATIO LEGIS IN PEJUS
Roubo
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou
depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
(...)
§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo; (Incluído pela Lei nº 13.654, de
2018)
II – se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que
cause perigo comum. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
§ 3º Se da violência resulta: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, e multa; (Incluído pela Lei
nº 13.654, de 2018)
II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 13.654, de
2018)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art1
Jorge foi condenado, definitivamente, pela prática de determinado crime, e se encontrava em cumprimento dessa pena. Ao
mesmo tempo, João respondia a uma ação penal pela prática de crime idêntico ao cometido por Jorge. Durante o cumprimento
da pena por Jorge e da submissão ao processo por João, foi publicada e entrou em vigência uma lei que deixou de considerar as
condutas dos dois como criminosas. Ao tomarem conhecimento da vigência da lei nova, João e Jorge o procuram, como
advogado, para a adoção das medidas cabíveis.
Com base nas informações narradas, como advogado de João e de Jorge, você deverá esclarecer que
a) não poderá buscar a extinção da punibilidade de Jorge em razão de a sentença condenatória já ter transitado em julgado,
mas poderá buscar a de João, que continuará sendo considerado primário e de bons antecedentes.
b) poderá buscar a extinção da punibilidade dos dois, fazendo cessar todos os efeitos civis e penais da condenação de Jorge,
inclusive não podendo ser considerada para fins de reincidência ou maus antecedentes.
c) poderá buscar a extinção da punibilidade dos dois, fazendo cessar todos os efeitos penais da condenação de Jorge, mas não
os extrapenais.
d) não poderá buscar a extinção da punibilidade dos dois, tendo em vista que os fatos foram praticados anteriormente à edição
da lei.
Sílvio foi condenado pela prática de crime de roubo, ocorrido em 10/01/2017, por decisão transitada em julgado, em
05/03/2018, à pena base de 4 anos de reclusão, majorada em 1/3 em razão do emprego de arma branca, totalizando 5 anos e
4 meses de pena privativa de liberdade, além de multa. Após ter sido iniciado o cumprimento definitivo da pena por Sílvio, foi
editada, em 23/04/2018, a Lei nº 13.654/18, que excluiu a causa de aumento pelo emprego de arma branca no crime de roubo.
Ao tomar conhecimento da edição da nova lei, a família de Sílvio procura um(a) advogado(a).
Considerando as informações expostas, o(a) advogado(a) de Sílvio:
a) não poderá buscar alteração da sentença, tendo em vista que houve trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
b) poderá requerer ao juízo da execução penal o afastamento da causa de aumentoe, consequentemente, a redução da
sanção penal imposta.
c) deverá buscar a redução da pena aplicada, com afastamento da causa de aumento do emprego da arma branca, por meio
de revisão criminal.
d) deverá buscar a anulação da sentença condenatória, pugnando pela realização de novo julgamento com base na inovação
legislativa.
CRIME PERMANENTE E LEI PENAL MAIS BENÉFICA
Súmula 711 do STF: “A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a
sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência”.
Extorsão mediante seqüestro
Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como
condição ou preço do resgate:
Pena - reclusão, de oito a quinze anos.
Sequestro Lei nova Resgate
05/10/2018 15/10/2018 20/10/2018
Pena: 10 a 20 anos
Extorsão mediante seqüestro
Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como
condição ou preço do resgate:
Pena - reclusão, de oito a quinze anos.
Sequestro Resgate Lei nova
05/10/2018 25/10/2018 06/11/2018
Pena: 10 a 20 anos
XIII EXAME
63) Considere que determinado agente tenha em depósito, durante o período de um ano, 300 kg de
cocaína. Considere também que, durante o referido período, tenha entrado em vigor uma nova lei elevando
a pena relativa ao crime de tráfico de entorpecentes. Sobre o caso sugerido, levando em conta o
entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre o tema, assinale a afirmativa correta.
A) Deve ser aplicada a lei mais benéfica ao agente, qual seja, aquela que já estava em vigor quando o
agente passou a ter a droga em depósito.
B) Deve ser aplicada a lei mais severa, qual seja, aquela que passou a vigorar durante o período em que o
agente ainda estava com a droga em depósito.
C) As duas leis podem ser aplicadas, pois ao magistrado é permitido fazer a combinação das leis sempre
que essa atitude puder beneficiar o réu.
D) O magistrado poderá aplicar o critério do caso concreto, perguntando ao réu qual lei ele pretende que
lhe seja aplicada por ser, no seu caso, mais benéfica.
Lei temporária 
e
Lei excepcional
Autorrevogáveis
Ultratividade
LEIS DE VIGÊNCIA TEMPORÁRIA
Art. 3º - A LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA, embora decorrido o período de
sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato
praticado durante sua vigência
• LEI Nº 13.284, DE 10 DE MAIO DE 2016.
• Dispõe sobre as medidas relativas aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 e aos eventos relacionados, que serão realizados 
no Brasil; e altera a Lei nº 12.035, de 1º de outubro de 2009, que “institui o Ato Olímpico, no âmbito da administração pública 
federal”, e a Lei nº 12.780, de 9 de janeiro de 2013, que “dispõe sobre medidas tributárias referentes à realização, no Brasil, dos 
Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos Paraolímpicos de 2016”.
Art. 17. Reproduzir, imitar, falsificar ou modificar indevidamente quaisquer símbolos oficiais de titularidade das entidades
organizadoras:
Pena – detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano ou multa.
Art. 23. Os tipos penais previstos neste Capítulo terão vigência até o dia 31 de dezembro de 2016.
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.284-2016?OpenDocument
Questão 62 XIX EXAME
Em razão do aumento do número de crimes de dano qualificado contra o patrimônio da União
(pena: detenção de 6 meses a 3 anos e multa), foi editada uma lei que passou a prever que,
entre 20 de agosto de 2015 e 31 de dezembro de 2015, tal delito (Art. 163, parágrafo único,
inciso III, do Código Penal) passaria a ter pena de 2 a 5 anos de detenção. João, em 20 de
dezembro de 2015, destrói dolosamente um bem de propriedade da União, razão pela qual foi
denunciado, em 8 de janeiro de 2016, como incurso nas sanções do Art. 163, parágrafo único,
inciso III, do Código Penal. Considerando a hipótese narrada, no momento do julgamento, em
março de 2016, deverá ser considerada, em caso de condenação, a pena de
A) 6 meses a 3 anos de detenção, pois a Constituição prevê o princípio da retroatividade da lei
penal mais benéfica ao réu.
B) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei temporária tem ultratividade gravosa.
C) 6 meses a 3 anos de detenção, pois aplica-se o princípio do tempus regit actum (tempo rege o
ato).
D) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei excepcional tem ultratividade gravosa.
02) DO TEMPO DO CRIME
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no MOMENTO DA AÇÃO OU OMISSÃO, ainda que outro seja
o momento do resultado.
Art. 121. Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
(...)
Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 09 de março de 2015)
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:
TEMPO DO CRIME TEORIA DA ATIVIDADE
EXAME XXVII
No dia 05/03/2015, Vinícius, 71 anos, insatisfeito e com ciúmes em relação à forma de dançar de sua esposa, Clara, 30 anos mais nova,
efetua disparos de arma de fogo contra ela, com a intenção de matar. Arrependido, após acertar dois disparos no peito da esposa,
Vinícius a leva para o hospital, onde ela ficou em coma por uma semana. No dia 12/03/2015, porém, Clara veio a falecer, em razão das
lesões causadas pelos disparos da arma de fogo. Ao tomar conhecimento dos fatos, o Ministério Público ofereceu denúncia em face
de Vinícius, imputando-lhe a prática do crime previsto no Art. 121, § 2º, inciso VI, do Código Penal, uma vez que, em 09/03/2015, foi
publicada a Lei nº 13.104, que previu a qualificadora antes mencionada, pelo fato de o crime ter sido praticado contra a mulher por
razão de ser ela do gênero feminino. Durante a instrução da 1ª fase do procedimento do Tribunal do Júri, antes da pronúncia, todos os
fatos são confirmados, pugnando o Ministério Público pela pronúncia nos termos da denúncia.
Em seguida, os autos são encaminhados ao(a) advogado(a) de Vinícius para manifestação. Considerando apenas as informações
narradas, o(a) advogado(a) de Vinicius poderá, no momento da manifestação para a qual foi intimado, pugnar pelo imediato
a) reconhecimento do arrependimento eficaz.
b) afastamento da qualificadora do homicídio.
c) reconhecimento da desistência voluntária.
d) reconhecimento da causa de diminuição de pena da tentativa.
03) LUGAR DO CRIME
Art. 6º - Considera-se praticado o CRIME NO LUGAR EM QUE
OCORREU A AÇÃO OU OMISSÃO, no todo ou em parte, BEM
COMO ONDE SE PRODUZIU OU DEVERIA PRODUZIR-SE O
RESULTADO.
LUGAR DO CRIME TEORIA DA UBIQUIDADE 
04) DA LEI PENAL NO ESPAÇO
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao
crime cometido no território nacional.
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem,
bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações
estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no
espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do brasil.
Território 
nacional 
extensão
Embarcação ou 
aeronave
Pública ou 
serviço de governo 
brasileiro
Privado 
Onde quer 
que estejam
Alto-mar
Questão 60 XVII EXAME
John, cidadão inglês, capitão de uma embarcação particular de bandeira americana, é assassinado por José,
cidadão brasileiro, dentro do aludido barco, que se encontrava atracado no Porto de Santos, no Estado de
São Paulo. Nesse contexto, é correto afirmar que a lei brasileira
A) não é aplicável, uma vez que a embarcação é americana, devendo José ser processado de acordo com a lei
estadunidense.
B) é aplicável, uma vez que a embarcação estrangeira de propriedade privada estava atracadaem território nacional.
C) é aplicável, uma vez que o crime, apesar de haver sido cometido em território estrangeiro, foi praticado por brasileiro.
D) não é aplicável, uma vez que, de acordo com a Convenção de Viena, é competência do Tribunal Penal Internacional
processar e julgar os crimes praticados em embarcação estrangeira atracada em território de país diverso.
5) PRINCÍPIO DA EXTRATERRITORIALIDADE
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo
Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;
II - os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro;
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:
a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
b) houve requisição do Ministro da Justiça.
A) EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA – ART. 7º, INCISO I
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de
Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo
Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;
B) EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
(...)
II - os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro;
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e
aí não sejam julgados.
(...)
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais
favorável.
Extraterritorialidade
contra a vida ou a liberdade do 
Presidente da República
Incondicionada
Art. 7º, I, CP
Condicionada
Art. 7º, II, CP
contra o patrimônio ou a fé pública da
Administração Pública
contra a administração pública, por quem
está a seu serviço;
de genocídio, quando o agente for
brasileiro ou domiciliado no Brasil;
que, por tratado ou convenção, o Brasil
se obrigou a reprimir
praticados por brasileiro;
praticados em aeronaves ou
embarcações brasileiras, mercantes ou
de propriedade privada, quando em
território estrangeiro e aí não sejam
julgados.
Extraterritorialidade
Condicionada
Art. 7º, II, CP
entrar o agente no território 
nacional;
Condições
Art. 7, § 2º, CP
ser o fato punível também no país em que foi
praticado;
estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a
lei brasileira autoriza a extradição;
não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou
não ter aí cumprido a pena;
não ter sido o agente perdoado no
estrangeiro ou, por outro motivo, não estar
extinta a punibilidade, segundo a lei mais
favorável.

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