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COMPOSTOS NITROGENADOS NÃO PROTEICOS

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2015
Professor:
Divino
BIOQUÍMICA
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DOS COMPOSTOS NITROGENADOS NÃO-PROTÉICOS
URÉIA
CREATININA
ÁCIDO ÚRICO
OS RINS: ANATOMIA E FISIOLOGIA
Unidade morfofuncional básica: Néfron
Múltiplas funções: Filtração Reabsorção e Excreção (dos produtos oriundos do metabolismo das proteínas e ácidos nucléicos – Uréia, Creatinina, Ácido Úrico, Sulfato, Fosfato...) 
Regulação do balanço hidroeletrolótico
Equilíbrio Ácido-Básico
Homeostasia 
Função primordial: manutenção da homeostasia regulando o meio interno pela reabsorção de algumas substâncias e íons filtrados pelos glomérulos e excreção de outras.
OS RINS: ANATOMIA E FISIOLOGIA
Também são órgãos endócrinos
PTH
Promove a reabsorção tubular de cálcio; excreção de fosfato e síntese de 1,25 diidroxicolecalciferol
Regula a absorção de cálcio pelo intestino
Renina:
Catalisa a conversão da Angiotensina I a partir do Angiotensinogênio
ECA
Angiotensina II – estimula a síntese de Aldosterona que afeta a reabsorção de sódio no néfron
Eritropoetina
M.O.
Estimula a síntese de eritrócitos
OS RINS: ANATOMIA E FISIOLOGIA
1200-1500 ml sangue/min
Filtração - Glomérulos
180ml/min fluido praticamente livre de células e proteínas
Os Túbulos Contorcidos Proximal e Distal, a Alça de Henle e o Ducto Coletor se encarregam de reabsorver e secretar íons e outras substâncias garantindo o equilíbrio homeostático, tudo isso regulado por hormônios, destacando-se o SRAA e o ADH.
URÉIA
Principal metabólito nitrogenado derivado da degradação de ptn pelo fígado.
90% excretada pelos rins
10% - TGI e pele
BIOSSÍNTESE
Degradação das ptn 
 
Processo proteolítico mediado por enzimas
Lise das ptn com liberação de aa 
 Ciclo Enzimático N – convertido em Uréia
Exclusivamente em processo hepático intracelular
Dosagem laboratorial da Uréia
Sistema enzimático-colorimétrico para determinação da uréia por reação de ponto final. 
Valor de referência: 10 a 40 mg/dl no soro
Enzima que degrada a Uréia – Urease – e outra enzima acoplada que usa amônia como substrato. Há o monitoramento da reação cromática para determinar os níveis de Uréia.
A intensidade da cor formada é proporcional à quantidade de uréia na amostra.
Uréia +H2O íons amônio + CO2
urease
Íons amônio salicilato + hipoclorito de sódio
pH alcalino
azul de indofenol
nitroprussiato de sódio
A Uréia está diretamente relacionada à função metabólica hepática e excretória renal. 
URÉIA
Sua concentração pode variar de acordo com diferentes fatores: 
Conteúdo protéico da dieta;
 
Hidratação; 
Função renal e hepática.
O aumento dos níveis séricos da uréia podem ser classificados:
Pré-renal: nível aumentado de produção de uréia ou diminuição do fluxo sanguíneo.
Renal: doença renal intrínseca.
Pós-renal: obstruções no fluxo renal.
A diminuição dos níveis séricos da uréia são mais raros e decorrem:
De importante restrição da ingestão de proteínas;
Desidratação;
Reposição excessiva de líquidos;
Durante a gestação;
E nas doenças hepáticas.
URÉIA
Apesar de ser um marcador da função renal, a Uréia é considerada menos eficiente do que a creatinina pelos diferentes fatores não-renais que podem afetar sua concentração.
CREATININA
É o produto residual da creatina
BIOSSÍNTESE
A transformação da Creatina em Creatinina ocorre no tecido muscular.
1-2% da Creatina se converte espontânea e irreversivelmente em Creatinina todos os dias.
A quantidade de Creatinina produzida é proporcional a massa muscular e não apresenta variações diárias.
Dosagem laboratorial da Creatinina
Sistema colorimétrico para quantificação da Creatinina na amostra. 
Creatinina picrato alcalino - complexo de cor amarelo vermelho.
A intensidade da cor formada é proporcional à quantidade de creatinina na amostra.
Valor de referência: 0,7 a 1,8 mg/dl no soro.
CREATININA
Níveis séricos baixos podem ser encontrados nos estados que cursam com diminuição da massa muscular e em crianças. 
Níveis séricos aumentados à medida em que processa diminuição da TFG.
Sua concentração sérica não só depende da TFG, mas também:
Massa muscular;
Idade;
Sexo;
Alimentação;
Concentração de glicose, piruvato, ácido úrico, ptn, bilirrubina;
Uso de medicamentos – cefalosporinas, salicilatos, anticoncepcionais, AINE´s...
UTILIDADE CLÍNICA: RAZÃO URÉIA/CREATININA SÉRICA
Indica estados patológicos diferentes:
Uréia/Creatinina abaixo do VR = necrose tubular aguda, diminuição da ingesta de ptn, privação alimentar e redução da síntese de uréia por insuficiência hepática.
Uréia acima do VR e Creatinina dentro dos padrões = processos que levam à diminuição do fluxo renal, aumento da ingesta de proteínas, sangramento do TGI.
Uréia/Creatinina acima do VR = processos obstrutivos pós-renais – tumores, estenoses das vias urinárias, litíase renal.
TESTES DA FUNÇÃO RENAL
Primeira dosagem de Creatinina por Jaffe em 1886.
Em geral, exames que analisam a função renal tentar estimar a TFG.
TFG = É a mais sensível e específica informação laboratorial acerca das mudanças na função renal.
Testes de Filtração Glomerular = Testes de Depuração
Testes de Reabsorção Tubular = Testes de Concentração
Muitas vezes, a perda da capacidade de reabsorção caracteriza o 1º déficit de doença renal.
Osmolaridade
Depuração de Água livre
Testes de Secreção Tubular e Fluxo Sanguíneo Renal
Teste com PAH – p-amino hipurato; 
Acidez Titulável; 
Amônia Urinária
TFG
Depende do fluxo sanguíneo renal e pressão normais.
É maior em homens.
Relação tamanho-superfície corpórea.
Afetada pela idade – diminuindo com o avançar dela.
Baixa perfusão renal
Destruição dos néfrons
Retenção dos produtos de excreção do metabolismo no sangue
Doença Crônica = elevação constante e progressiva da concentração sérica de Uréia/Creatinina.
TFG
Uréia não é bom medidor da TFG.
Apesar de ser livremente filtrada e nem absorvida nem secretada ativamente, cerca de 40- 70% retorna ao plasma.
Outros fatores não-renais também podem afetar a concentração plasmática de Uréia, como a dieta e a diminuição da produção hepática.
Creatinina como medidora da TFG:
Filtrada livremente pelos glomérulos e uma pequena parcela é secretada ativamente (ao contrário da Uréia) mas o suficiente para superestimar a TFG.
A quantidade secretada não é constante e é variável entre indivíduos.
Aproximadamente 7-10% da Creatinina urinária é secretada.
CLEARENCE DE CREATININA
Apesar de superestimar a TFG e depender da massa muscular, o Clearence de Creatinina continua a ser um dos marcadores mais utilizados para avaliar a função renal.
Procedimentos e cálculos da depuração:
Depuração da creatinina = U x V(24h)
 S 1440min.
U: creatinina na urina(mg/dl)
S: creatinina no soro(mg/dl)
V: volume urinário 24h
Medir o volume total da urina e calcular o volume/minutos. ex: 24h /1440(24h x 60 min.)
Cálculo da depuração:
CLEARENCE DE CREATININA
Obs:A superfície corporal do paciente é encontrada pela utilização de nomogramas.
Depuração corrigida = Depuração da creatinina x 1,73
 Superfície corporal 
A fim de evitar a coleta de 24 horas e a interferência da secreção ativa de creatinina pelos rins, foram desenvolvidas algumas fórmulas que estimam a TFG: 
Equação derivada de estudos do MDRD (Modification of Diet in Renal Diseases) – muito complexa e com muitas variáveis.
Equação MDRD completa = 170 × [creatinina sérica (mg/dL)] –0,999 × [idade] –0,176 × [0,762 se a paciente for do sexo feminino] × [1,18 se o paciente for negro] × [uréia sérica (mg/dl)] –0,17 × [albumina sérica (g/dl)] 0,318
Equação MDRD abreviada = 186 × [creatinina sérica (mg/dl)] –1,154 × [idade] –0,203 × [0,742 se a paciente for do sexo feminino] × [1,21 se o paciente for negro]
Equação de Cockcroft Gault = boa relação entre função renal e esta fórmula. Superestima a TFG também, pois deriva do Clearence de Creatininae depende do peso do paciente.
Equação de Cockcroft-Gault = [140 – idade (anos) × peso (kg)]/72 × creatinina sérica (mg/dl) × [0,85 se a
paciente for do sexo feminino]
OBS: 
Clearence elevado pode ser encontrado após exercícios, na gravidez e no diabete melito. 
Variação intraindividual desse teste pode chegar a 15%.
Armazenamento da urina por muito tempo, em altas temperaturas pode causar conversão da creatina a creatinina, acarretando aumentos espúrios. 
INSUFICIÊNCIA RENAL
Parada da função renal
Deficiência da função renal durante um período de tempo curto; 
Identificada por elevação abrupta de Uréia/Creatinina no soro; 
Pode ser revertida e a função renal recuperada;
Etiologia: Causas pré-renais, renais e pós-renais;
Débito urinário <400ml/24h (oligúria, podendo vir a apresentar anúria);
 Características laboratoriais: 
Aumento abrupto das concentrações séricas de Uréia/Creatinina (Uréia se eleva proporcionalmente mais que Creatinina); 
Acidose metabólica (incapacidade de excretar H+); 
Hipercalemia (TFG baixa + Acidose).
IRA
Destruição progressiva e irreversível do tecido renal que, se não tratada com diálise ou transplante, evolui para êxito letal. 
IRC
Característica: pouco ou nenhum sintoma até que a TFG caia bastante = 15ml/min – 10% da função normal – doença bastante evolúida. 
Consequências:
1- Metabolismo de água e sódio: conserva capacidade de reabsorver sódio mas não a de reabsorver água – urina concentrada; TFG baixíssima
2- Metabolismo de K+: Hipercalemia – característica de IRC, diminuição da TFG – capacidade excretora de K+ diminuída.
3- Metabolismo de Ca e Fosfato: diminuição da síntese de 1,25 diidroxicolecalciferol – reabsorção intestinal de Ca diminuída – Hipocalemia, com elevação do PTH para compensar essa diminuição – depósito de PTH nos ossos é prejudicial - Osteodistrofia renal.
4- Equilíbrio Ácido-Básico: diminui capacidade de excretar H+ e ocorre retenção desse íon – Acidose metabólica.
5- Anemia: diminuição da Eritropoetina.
ÁCIDO ÚRICO
Pode precipitar nos tecidos e articulações – GOTA. 
Somente 10% dos pacientes com hiperuricemia têm gota.
Produto final do metabolismo dos Ác. Nucléicos e outras moléculas que contenham purinas, como ATP e degradação de alimentos que contenham purina – carnes.
É excretado pelos rins;
Tem baixa solubilidade e tende a precipitar em soluções aquosas como urina e líquido sinovial como cristais de ácido úrico ou uratos;
Excreção = Via intestinal através da Uricólise e Renal, onde grande parte presente no filtrado é reabsorvido; apenas 10% da quantia filtrada é excretada.
Diagnóstico Laboratorial: Sistema enzimático para determinação
do ácido úrico por reação de ponto final. A cor vermelha formada é proporcional a concentração de ácido úrico.
Valor de referência: 81 a 105 mg/dl.
ÁCIDO ÚRICO
Hiperuricemia = aumento da concentração sérica de Ácido Úrico devido à produção aumentada ou excreção diminuída:
Insuficiência renal;
Dieta rica em purinas – carnes;
Cetoacidose diabética;
Obesidade;
Aterosclerose;
Fatores hereditários;
Dentre outros.
Hipouricemia encontrado em:
Defeitos dos túbulos renais;
Síndrome de Fanconi;
Dietas pobres em purinas;
Acromegalia;
Dentre outras...
GOTA
Gota Aguda: deposição de Urato de sódio nos tecidos = resposta inflamatória.
Gota Crônica: formação de depósitos tofáceos (arenosos) de urato nos tecidos.
A GOTA é exacerbada pelo consumo de álcool, pois o etanol aumenta a renovação de ATP e, consequentemente, a produção de urato.
Tratamento: 
Antiinflamatórios para aliviar a sintomatologia, já que estas drogas não abaixam a concentração sérica de Ác.Úrico; uso de diuréticos; evitar aspirina que inibe a excreção urinária de Ác. Úrico; para a Hiperuricemia, Probenecida como profilaxia e, para baixar os níveis séricos, ingesta controlada de carnes, evitar álcool e exercícios físicos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SODRÉ, Fábio L et al. Avaliação da função e da lesão renal:um desafio laboratorial. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial - v. 43, n. 5, p. 329-337,outubro de 2007
STRASINGER, Susan K. Uroanálise e Fluidos Biológicos. Terceira edição, Editorial Premier, São Paulo-SP, 2000
Manual de Exames – Help de Exames – Laboratório Hermes Pardini, disponível em http://www.hpardini.com.br Acesso em 13 de maio de 2010.
Prof. Divino

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