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Processo de Enfermagem - Internamento - Pneumonia

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1 HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
E.O.F., 45 anos, nascida em xx/04/1962, do sexo feminino, do lar, cor branca, casada, católica, cursou a 6ª série, mãe de dois filhos, de 19 e 14 anos, natural de Iraí RS, a 36 anos mora no Jardim Universitário com os filhos, renda familiar é de R$ 1.045,00 mensais. Realiza preventivo todo o ano. Possui casa própria de alvenaria, água tratada da rede pública e saneamento básico. O lixo é recolhido pelo serviço da cidade e encaminhado ao aterro sanitário. Não possui animais de estimação. Seu peso normal é de 70 kg. Possui vida sedentária, nunca fumou e bebeu. Faz refeições, não tendo hábito de comer nos intervalos e de consumir frutas.
Há dois meses fez cirurgia de implante de válvula cardíaca, na reconsulta passou mal, apresentando hipertermia e dispnéia. Após realizado Rx de tórax e hemograma, o médico diagnosticou pneumonia, permaneceu 18 dias internada recebendo alta no domingo e retornando na 5ª feira da semana seguinte dia 3/04/2008, apresentando o mesmo quadro. Internada na ala C, Q 302 B, nº de prontuário 68684/07. O que mais a incomoda no hospital é a distância da casa da família, como também as algias em tórax anterior D, região infraescapular, referindo sensibilidade ao toque em região epigástrica. Acha que ficou doente por medicação errada e o pulmão “murchou” .
A única doença pregressa foi o problema cardíaco, ao contrário nunca ficou doente. Não tem hábito de visitar o dentista, pois possui prótese inferior e superior. Não lembra quais e quando foram as últimas vacinas que recebeu. Mesmo estando tranqüila gostaria de estar em sua casa. Relata ser bem atendida pela equipe dos profissionais da saúde. Não aceitou alguns alimentos do hospital. Esperava recuperação mais rápida. Procura seguir rigorosamente as orientações da fisioterapeuta quanto ao exercício com respirom. A noite dorme bem.
Internada fez exames de Rx tórax, hemograma, plaquetas, eritograma, leucograma, tempo de tramboplastina parcial ativado, tempo de atividade de protombina, ecocardiograma e antibiograma.
2 EXAME FÍSICO
PA 120/70 mm Hg
FC – 70 bpm
R – 22 rpm
T – 37,7º
Peso – 55,800 gr
Altura – 1,60 cm
Tipo morfológico longelíneo. Cabeça: normocefálica, cabelos grisalhos, limpos, bem distribuídos com ausência de alopécia e lesões. Face se apresenta hipocorada. Olhos: pupilas isocóricas, esclera branca, fotorreativas, conjuntiva hipocorada, acuidade visual amourosa, sem mistagmo, pálpebras com oclusão completa, sem lesões ou inflamações. Nariz: mucosa rósea, narinas desobstruídas, sem desvio de septo, edemas ou pontos sensíveis ao toque, presença de vibrissas uniformemente distribuídas nas duas narinas. Orelhas: simétricas, limpas, alinhadas aos olhos, sem secreções, lesões e sensibilidade ao toque. Boca: prótese superior e inferior, mucosa íntegra, com superfície plana, língua rósea, ausência de halitose. Pescoço: ausência de nódulos palpáveis, força e movimentos simétricos dos músculos, simetria na amplitude e ritmo da pulsação, traquéia reta e posicionada na linha média. Tórax: presença de cicatriz, acompanhada de quelóide em linha média do esterno, simetria de todas as estruturas, contração e expansão limitada de tórax. Algia em região infraescapular D, e tórax anterior D. Murmúrios vesiculares audíveis em toda a extensão do pulmão E, sendo ausentes em pulmão D. À percussão som claro pulmonar E, e maciço em todo pulmão D, com algia mais acentuada em base pulmonar D. Processo espinhoso adequadamente alinhado. Ausculta cardíaca, bulha 1 e 2 audíveis em foco aórtico, pulmonar e tricúspide, pouco audível bulha 2 em foco mitral. Abdome: RHA em todos os quadrantes (QID, QSD, QSE e QIE), som timpânico à percussão em QID, QSD e QSE, com som maciço em QIE. Presença de sensibilidade dolorosa ao toque em região epigástrica, ausência de massas ou nódulos palpáveis MMSS: mãos firmes sem tremores, quentes e úmidas bilateralmente, unhas lisas, arredondadas e com leitos rosados, articulações macias e livremente móveis, cor da pele uniforme e sem edemas . MMII: ausência de nódulos em virilhas, sem edemas, cor da pele uniforme, resistência muscular bilateralmente homogênea, membros simétricos. Presença de varizes, identificação correta da sensação e localização. Reação normal de reflexo. 
3 DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
N.H.B. afetados
Grau de dependência
Nutrição alterada
O, S, E
Regulação vascular prejudicada.
A, O, S.
Eliminação aumentada.
O,S.
Exercícios e atividade física prejudicada.
A,O,S, E 
Mecânica corporal alterada.
F,A,O,S,E
Gregária prejudicada.
O,S
Auto-estima prejudicada.
O,S,E
Interação social prejudicada.
A,O,E
Lazer prejudicado.
A,S
Adaptação prejudicada
O,A,S
Sono e repouso alterado. 
A,S,E
Terapêutica aumentada
F,A,O,S
Segurança prejudicada
O,S
Hidratação diminuída
O,S
Criatividade limitada
A,O,S
Motilidade física prejudicada
O,S
Regulação térmica alterada
F,O,S
Oxigenação prejudicada 
A,O,S
4 PLANO GLOBAL
1. Observar SSVV
2. Atentar-se para hipertermia;
3. Proporcionar lazer;
4. Orientar sobre a importância do exercício com respiron;
5. Adesão ao auto-cuidado;
6. Orientar sobre posição semi-fawler;
7. Apresentar a importância de alimentar-se bem;
8. Orientar a importância da deambulação;
9. Orientar quanto a contribuição da ingesta de líquidos para o tratamento;
10. Atentar-se para sinais de depressão e desânimo;
11. Reduzir ansiedade;
12. Orientar sobre medicação prescrita;
13. Realizar exame físico diário.
5 PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM 
5.1 PRESCRIAÇÃO DO 1º DIA DE INTERNAMENTO 
1. Realizar H.O 3x/ dia__________________________________ M – T- N.
2. Encaminhar para banho aspersão 1x/dia____________________08 hrs.
3. Manter ambiente arejado e limpo_______________________ATENÇÃO
4. Estimular deambulação________________________________M – T- N
5. Identificar banho de sol 2 x /dia _________________________M – T.
6. Atentar-se para sinais e sintomas de dispnéia, cianose e hipertermia e medicar CPM_______________________________________M – T- N.
7. Orientar paciente sobre o tempo e espaço ________________ATENÇÃO
8. Pesar 1x/dia na mesma balança e horário____________________10 hrs.
9. Estimular ingesta e sua importância_____________________ATENÇÃO
10. Observar a ingesta e aceitação da dieta alertando alimentos aceitáveis 	 ___________________________________________M – T- N.
11. Observar e anotar quantidade e aspecto das eliminações____M – T- N.
12. Atentar-se para algias importantes de tórax em ápice pulmonar D e anotar_____________________________________________M – T- N.
13. Manter paciente em posição semi-fowley 45º.______________M – T- N.
14. Promover conforto no leito._____________________________M – T- N. 
15. Esclarecer dúvidas pertinentes à doença__________________M – T- N.
16. Orientar quanto a exercícios de respiração profunda_________M – T.
17. Esclarecer efeitos colaterais e indicações de medicamentos administrados______________________________________ATENÇÃO.
18. Aparar unhas de pés e mãos__________________________________T.
19. Orientar familiar e paciente sobre cuidados domiciliares, frisando a importância da continuidade dos exercícios pulmonares com respiron_________ M-T
20. Envolver paciente nas conversas, a fim de que possa expressar seus medos e angústias____________________________________M – T- N.
21. Atentar-se para algias pré-corcicondial, epigástria e infraescapular, em casos de persistências acentuada comunicar enfermeira___ATENÇÂO.
22. Comunicar médico caso a hipertermia persista no tempo de 4 horas após administração anti-térmico_______________________________M-T-N. 
23. Observar a ingesta e aceitação da dieta, ofertando alimentos aceitáveis____________________________________________M-T-N.
5.2 PRESCRIÇÃO DO 2º DIA DE INTERNAMENTO
1. Realizar H.O 3x/dia____________________________________M-T-N.
2. Encaminhar para banho de esperssão 1x/dia_______________ 08 hrs.
3. Manter ambiente limpo e arejado______________________ATENÇÃO.
4. Estimular deambulação______________________________ATENÇÃO.5. Incentivar banho de sol 2x/dia______________________________M-T
6. Atentar-se para sinais de dispnéia, cianose, e hipertermia medicar CPM e comunicar a enfermeira____________________________ ATENÇÃO.
7. Orientar sobre tempo e espaço________________________ATENÇÃO.
8.	Pesar 1x /dia na mesma balança e horário________________10 hrs.
9	Estimular ingesta de líquidos, orientando a sua importância_ATENÇÃO.
10.	Observar se aceita dieta, buscando ofertar alimentos aceitáveis_M-T-N.
11.	Observar e anotar quantidade e aspecto de eliminações_______M-T-N.
 12. Atentar-se para algias importantes de tórax, e região epigástrica, anotar - _______________________________________________ATENÇÃO.
 13. Auxiliar no encaminhamento de ecocardiograma, explicando como é feito e onde_____________________________________________ATENÇÃO.
 14.Auxiliar nos exercícios pulmonares com respiron, 30 exercícios pulmonares ativos, divididos em sessões de 10, a cada 2 horas. Uma vez sentada intercalando com vezes no leito lateralizado para esquerda conforme orientação fisioterapeutica. 8 – 10 - 12 – 14 – 16 – 18 – 20.
 15. Atentar-se para algias precordial comunicar enfermeira_____ATENÇÃO.
 16. Aparar unhas de mãos e pés_________________________________T.
 17. Orientar paciente e familiares em cuidados domiciliares____ATENÇÃO.
18. Orientar quanto aos efeitos dos medicamentos administrados___M-T-N.
19.Incluir paciente nas conversas, estimulando sua participação_______________________________________ATENÇÃO.
20. Manter cabeceira em posição semi-fawley 45º a fim de auxiliar na respiração____________________________________________M-T-N.
21. Proporcionar conforto no leito_________________________ATENÇÃO.
22. Comunicar médico caso hipertermia persista no prazo de 4 horas após administração de anti-térmico_____________________________M-T-N.
5.3 PRESCRIÇÃO DO 3º DIA DE INTERNAMENTO
1. Realizar H.O. 3x/dia____________________________________M-T-N
2. Encaminhar para banho de aspersão 1x/dia__________________8 hrs
3. Manter ambiente arejado e limpo______________________ATENÇÃO.
4. Estimular deambulação_________________________________M-T-N.
5. Incentivar banho de sol 2 x/dia____________________________M-T.
6. Atentar-se para sinais de dispnéia, cianose e hipertermia medicar CPM comunicar a enfermeira_____________________________ ATENÇÃO.
7. Orientar paciente sobre tempo e espaço________________ATENÇÃO.
8. Pesar 1x /dia na mesma balança e horário__________________10 hrs.
9. Estimular ingesta hídrica, orientando a importância________ATENÇÃO.
10. Observar aceitação da dieta, buscando ofertar alimentos aceitáveis_________________________________________ATENÇÃO.
11. Observar e anotar quantidade e aspectos das eliminações_____M-T-N.
12. Atentar-se para algias importantes de tórax posterior e região precordial_ _________________________________________________ATENÇÃO.
13. Acompanhar na realização de exames laboratoriais_______ ATENÇÃO.
14. Auxiliar nos exercícios pulmonares com respiron, conforme orientação da fisioterapia _____________________________________________M-T.
15. Aparar unhas de mãos e pés_________________________________T.
16. Orientar pacientes e familiares em cuidados domiciliares___ATENÇÃO.
17. Manter cabeceira elevada em posição semi-fowley 45º_____ATENÇÃO
18. Proporcionar conforto no leito____________________________M-T-N.
19. Incluir pacientes nas conversas estimulando sua participação a fim de que possa expressar seus medos e angústias. ATENÇÃO.
20. Comunicar o médico caso a hipertermia persista no tempo de 4 horas após administração de anti-térmicos____________________ M-T-N..
21.	Esclarecer dúvidas pertinentes à doença________________ATENÇÃO.
6 EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Pensativa, calma, deambulando, com expressões de dor ao toque na região torácica anterior, região dorsal infraescapular e região epigástrica, apresentou hipertermia no 1º dia. A noite não aceita dieta hospitalar. Após medicação de lasix apresenta de 3 a 5 episódios de diurese, em média quantidade, aspecto normal. Apresenta constipação. Está se dedicando mais aos exercícios respiratórios por perceber resultados. No 1º, 2º e 3º dia, à auscultar murmúrios vesiculares não audíveis em pulmão D. 4º dia foi possível de forma pouco audível auscultar os murmúrios vesiculares em ápice de pulmão D. 
6.1 RELATÓRIOS DE ENFERMAGEM
No 1º dia apresentou-se calma, pensativa, deambulando, com expressões de dor ao toque na região torácica anterior, região dorsal infraescapular e região epigástrica, apresentou hipertermia, murmúrios vesiculares não audíveis em pulmão D. sendo presentes em pulmão E. A percussão som maciço em toda extensão do pulmão D e som claro pulmonar em E. A noite não aceitava dieta hospitalar. Após medicação de lasix apresentou de 3 a 5 episódios de diurese, média quantidade e aspecto normal. Apresenta-se constipada. No 2º dia continua tranqüila, deambulando e ausência de murmúrios vesiculares em pulmão D, refere as algias do 1º dia à percussão, evacuação negativo e presença de dois episódios de diurese após lasiix, persistência nos exercícios com respiron, contínua não aceitando dieta hospitalar a noite. No 3º dia apresenta-se esperançosa, comunicativa, com persistência das algias do 1º dia, ausência de hipertermia, segue exercícios com respiron, à ausculta ausência de murmúrios vesiculares em pulmão D, presença de evacuação, 1 episódio pastoso e diurese, 3 episódios após lasix. Ausência de cansaço e cianose na deambulação. 
7 PROGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Apresenta prognóstico bom, com independência no seu auto-cuidado e atividades.
Ausência de hipertermia em dias subseqüentes ao 1º dia e boa perfusão tissular em extremidades. 
ANEXO I - PNEUMONIA
Inflamação dos pulmões que resulta na produção de exsudato, que enche os alvéolos pulmonares, eliminando o ar e formando uma massa sólida (consolidação). A pneumonia é geralmente causada por infecção bacteriológica, embora possa ser ocasionada por vírus, fungos, clamídias, parasitas, protozoários. As bactérias que geralmente causam a pneumonia são as Strptococcus pneumoniae, a Klebsiella pneumoniae e a Staphylococcus aureus, embora outros organismos, como a Segionella pneumophilia, também possam originar a doença. A pneumonia pode estar localizada, atingindo apenas um lóbulo do pulmão. A broncopneumonia é a inflamação dos brônquios e bronquíolos que causa a consolidação em Púbulos adjacentes aos pulmões e resulta em pneumonia difusa. Os sintomas da pneumonia incluem tosse dolorosa, febre, dificuldade de respiração, respiração rápida, dor no peito, saliva purulenta e hemoplastos. As complicações da pneumonia incluem a meningite e o abscesso pulmonar.
É a causa de maior número de mortes nos Estados Unidos, classificada em sétima causa principal.
Classicamente, a pneumonia tem sido categorizada em uma das quatro seguintes categorias: bacteriana típica, atípica, anaeróbica, cavitária e oportunista. Outra classificação inclui a pneumonia adquirida na comunidade, pneumonia adquirida no hospital, pneumonia no hospedeiro imunocomprometido e pneumonia por aspiração.
A pneumonia adquirida na comunidade ocorre no ambiente comunitário ou dentro das primeiras 48 horas de hospitalização e a necessidade de hospitalizar dependerá da gravidade da pneumonia sendo exigido internar quando é comprovado a presença de S. pneumoniae, H. influenzae, Legionella, Pseudomonas aerunginosa e outros bastonetes Gram-negativos. 
Os vírus constituem a causa mais comum de pneumonia em lactentes e crianças, mas são relativamente incomuns de PAC em adultos.
O estágio agudo de uma infecção respiratória viral acontece dentro das células ciliadas das vias aéreas e é seguida de infiltração da árvore traqueobrônquica. Com a pneumonia o processo inflamatório estende-se para dentro da área alveolar, resultando em edema e exnolação. Os sinais clínicos e sintomas de uma pneumonia viral são com freqüência, difíceis de diferenciar daqueles de uma pneumonia bacteriana. Outra pneumonia é a adquiridaem ambiente hospitalar, também conhecida de vasocomial, quando os sintomas aparecem mais de 48 horas depois da admissão no hospital. A pneumonia associada ao ventilador pode ser considerada um tipo de pneumonia nasocomial que está associada a intubação endotraqueal e ventilação mecânica. Os organismos responsáveis pode ser da espécie Entero lacter, Escherichia coli, Klesiella, protens, Servatia marcescens, P.auruginosa, Staphylococus aureus. Elas atacam o hospedeiro por três condições: defesa do organismo, comprometida exposição a bactérias potenciais de várias fontes, fatores relacionados a intervenção procedimento tóraco-abdominal prolongado, uso impróprio e prolongado, de sondanasogástrica. 
A pneumonia por aspiração refere-se às conseqüências pulmonares decorrentes da entrada de substâncias endógenas ou exógenas na via aérea inferior. A forma mais comum de pneumonia por aspiração é a infecção bacteriana a partir da aspiração de bactérias que normalmente residem nas vias aéreas superiores. Esta pode acontecer no ambiente comunitário ou hospitalar, os patógenos comuns são o S pneumoniae, H. influenzae e S. aureus. Outras substâncias podem ser aspiradas, como: suco gástrico, gases irritantes, químicos exógenos, podendo prejudicar a defesa do pulmão, causar alterações inflamatórias e levar ao crescimento bacteriano, resultando em pneumonia.
A pneumonia é comum em determinados distúrbios adjacentes, como a insuficiência cardíaca, diabetes, alcoolismo, DPOC e Aids, tromboembolia pulmonar, reações medicamentosas, hemorragias pulmonares e síndrome da angústia respiratória aguda.
Os sintomas predominantes podem ser a cefaléia, febre baixa, dor pleurítica, mialgia, erupção cutânea e faringite. Depois de alguns dias, é expectorado um escarro mucóide ou mucopurulento. Na pneumonia grave, as bochechas ficam ruborizadas e os lábios e leitos ungueais evidenciam cianose central, sente ortopnéia, apetite deficiente, sudorese, hemoptise. Outros sinais acontecem com pacientes com câncer, ou em uso de imunossupressores: febre, ostentores, consolidação do tecido pulmonar, frêmito tátil aumentado, macicez à percussão, sons respiratórios brônquicos, egofomia (E na falta torna-se a bransalado). 
As complicações da pneumonia podem ser: insuficiência respiratória, atelectasia, derrame pleural e superinfecção.
FISIOPATOLOGIA
A pneumonia é uma resposta inflamatória ao corpo estranho inalado ou aspirado ou à multiplicação descontrolada de microorganismos que invadem o trato respiratório inferior. Essa resposta resulta no acúmulo de neutrófilos e de outras células efetoras nos brônquios periféricos e os espaços alveolares. O sistema de defesa do organismo, que inclui as defesas anatômicas, mecânica, humoral e celular, destina-se a repelir e remover os organismos que penetram no trato respiratório. Muitas doenças sistêmicas aumentam o risco de pneumonia do paciente ao alterar o mecanismo de defesa respiratório. A pneumonia desenvolve-se quando os mecanismos de defesa pulmonar normais estão prejudicados ou são superados.
DIAGNÓSTICO MÉDICO
A investigação diagnóstica para a pneumonia grave, quer da PAC, quer da PAH, é semelhante. A avaliação deve ser rapidamente realizada para evitar retardos no início da antibioticoterapia. Todos os pacientes deverão se submeter a uma radiografia de tórax para identificar a presença e a localização de infiltrados, sendo possível diferenciar da pneumonia de outras condições e na identificação da pneumonia grave, a qual é indicada pela presença de infiltrados multibolares, rapidamente disseminados ou cavitários.
A Infections Disease Society of América recomenda a coloração de Gram e a cultura rotinaiera de amostras obtidas com tosse profunda, ou seja exame do escarro. Exames como hemograma completo, eletrólitos séricos, função renal e hepática, auxilia a registrar a presença da disfunção de múltiplos órgãos e a definir a gravidade da doença, assim como a gasometria arterial no identificação da necessidade de oxigênio suplementar e ventilação mecânica.
Na busca do diagnóstico em alguns casos é realizado o Toracocentese quando na radiografia é identificado o derrame pleural, sendo este examinado, incluindo: Leocograma diferencial, proteína, glicose, lactanto desidrogenase (LDH), pH, cultura de bactérias, fungos e micobractérias.
TRATAMENTOS POSSÍVEIS
A antibioticoterapia e a pedra angular do tratamento do PAC e da PAH, o uso de um antibiótico ou outro está baseado na gravidade da doença e nos prováveis patógenos. Pacientes hospitalizados com PAC que recebem a primeira dose da terapia com antibióticos dentro de 8 horas da chegada ao hospital exibem mortalidade reduzida em 30 dias, não devendo, a terapia ser modificada nas primeiras 48 a 72 horas, a menos que as culturas indiquem necessidade de modificar. A duração recomendada da terapia é de 7 a 10 dias para S.aureus ou H. influenzae; 10 a 14 dias para M pneumoniae e C pneumoniae, e 14 a 21 das para P. aeruginosa e Acinetobacter, envolvimento multibolar, desnutrição ou hum bacilo Gram-negativo necrosante. 
A terapia com oxigênio é necessária para manter a torça gasosa adequada. A ventilação mecânica para corrigir a hipoxemia é frequentemente demandada tanto na PAC grave quanto na PAH grave. O oxigênio umidificado deverá ser administrado por máscara ou intubação para promover o movimento ciliar do muco. A higienização pulmonar agressiva está indicada para mobilizar as secreções, abrir os alvéolos fechados e promover a oxigenação. Indica-se acompanhamento com fisioterapeuta e suporte nutricional rigoroso.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM ESPECÍFICOS
A enfermeira deverá avaliar os sinais de hipoxemia (mosqueamento ou cianose) e dispnéia (batimento de asas do nariz). Observar sintomas respiratórios como: tosse, produção do escarro, hemoptise, que geralmente são acompanhados de hipertermia e calafrios. Presença de sudorese noturna em um paciente que também apresenta sintomas respiratórios deve alertar a enfermeira para a possibilidade de pneumonia bacteriana. Avaliar padrão respiratório e a freqüência respiratória, observando a postura e o esforço respiratório do paciente e inspecionar a presença de retrações intercostais. Com freqüência, a percussão torácica revela submacicez associada a pneumonia lobar. 
Realizar ausculta pulmonar e identificar o som, podendo assim avaliar diariamente o paciente. Observar a aceitação da dieta, e realizar controle hídrico, incentivar deambulação, execussão dos exercícios determinados pela fisioterapeuta, e manter paciente em posição semi-fowler 45º . Na dependência de oxigenoterapia e ventilação mecânica atentar-se para cuidados específicos como: troca de água do frasco umidificador, fixação adequada de máscara, quantidade exata de O2 recomendada pelo médico etc.
Um exame respiratório identificará adicionalmente as manifestações clínicas da pneumonia: dor do tipo pleurítica, fadiga, taquipnéia, uso dos músculos acessórios da respiração, bradicardia, tosse e escarro purulento. Portanto, a enfermeira deve monitorar as alterações de temperatura e pulso, quantidade, odor e coloração das secreções, freqüência e intensidade da tosse, grau de taquipnéia, alterações nos achados do exame físico e alterações no Rx de tórax. 
ANEXO II - MEDICAMENTOS PRESCRITOS PARA O TRATAMENTO CLÍNICO DA PACIENTE
1 ALDACTONE 25 mg (12/12 g VO): 
Anti-hipertensivo, diurético, pocipador de potássico, anti-hipocalemia. Indicado quando faz uso de outros diuréticos, neutralizando a perda de potássico usado em edema e hperaldosteronismo. 
Cuidados de Enfermagem 
1. Orientar uso seguindo prescrição do médico.
2. Não é indicado para crianças, gestantes, período amamentação.
3. Informar presença de fadiga, náusea, câimbras, diarréia, comunicar ao médico.
4. Evitar atividades que exigem atenção devido presença de vertigem durante a terapia.
5. Orientar uso de fumo, álcool, altas concentrações de potássico ou sódio.
6. Informar o médico de medicações adjacentes. 
2 DIGOXINA 
1 comprimido (24/24 h VO – manhã): Anti-arritimico ecardiotônico, em pacientes com ICC, taquicardia e fibrilação. 
Cuidados de Enfermagem 
1. Orientar uso conforme indicação médica.
2. Observar sinais de bradicardia antes da medicação, sendo relevante comunicar médico.
3. Estimular uso de alimentos rico em potássio.
4. Alertar sobre sintomas como: cefaléia, sincope, visão turva.
5. Devido sintomas supracitados evitar dirigir ou exercer atividades que exigem atenção.
3 LASIX (1/2 Comprimido 12/12 hr VO)
Diurético e anti-hipertensivo, uso em caso de ICC, distúrbios hepáticos, renais, hipertensão e hipercalemia.
Cuidados de Enfermagem
1. Usar medicamentos seguindo prescrição médica.
2. Orientar o não uso em crianças, gestantes, nestes casos comunicar médico.
3. Orientar que as reações adversas podem ser: dor abdominal, dores na gargante e zumbido, sendo necessário comunicar o médico.
4. Orientar ingestão de líquidos, realização de exercícios físicos e abandono de álcool e fumo.
5. Recomendar para que não seja administrado a noite.
4 LOSARTAN (25 mg VO 12/12)
Usado para hipertensão, podendo ser associado a outros hipertensivos.
Cuidados de Enfermagem
1. Instruir a tomar;
2. Conforme orientação médica respeitando horário, dose e duração do tratamento.
3. Verificar PA antes da administração.
4. Orientar uso de dieta hipossódica quando está associado a uso de diurético, recomendar também dieta rica em potássio.
5. Em caso de edema de face, dos lábios, língua, faringe, diarréia, malgia e cefaléia, comunicar médico.
6. Orientar para junto a terapia não ingerir bebidas alcoólicas, fumo, drogas e evitar stress. 
5 MARIVAN (1 comprimido 1x/dia VO)
1. Anticoagulante oral, eficaz na prevenção primária e secundária do tromboembolismo venoso e embolias sistêmicas, com prótese de válvulas cardíacas ou fibrilação atrial, e na prevenção de AVC.
2. Cuidados de enfermagem.
3. Orientar que pode ser administrado com ou sem alimentos.
4. Instruir a tomar conforme prescrição médica.
5. Comunicar médico caso apareça erupção cutânea, diarréia, petequeas, náuseas, vômitos, sangramento nasal.
6. Orientar a ingestão de dieta rica em vitamina K, podendo auxiliar na prevenção de equimose e infarto.
7. Evitar uso em gestante, podendo causar anormalidades no feto.
8. Evitar uso de fumo, álcool e drogas. 
6 TAVANIC (1 comprimido 12/12 VO)
Antibiótico, indicado no tratamento de infecção causada pro germes sensíveis à levofloxaxina. 
Cuidados de Enfermagem
1. Instruir a tomar conforme orientação médica, respeitando horário.
2. Orientar para não interromper o tratamento sem o conhecimento do médico.
3. Comunicar o médico na presença de: diarréia, náuseas, vômitos, cefaléia, dor abdominal, coceira, insônia e tortura.
4. Orientar que evite atividades que exigem atenção e concentração devido a sintomas de insônia e tontura.
5. Comunicar o médico caso use medicamentos contendo sais de ferro ou anti-ácidos, magnésio e alumínio a sucralfo.
6. Evitar uso em crianças, adolescentes, doenças renais.
7. Orientar o não uso de álcool, fumo e drogas. 
7 DIPIRONA - (40 GTS - VO SN) 
Analgésico e antipirético, no combate à febre e dor.
Cuidados de enfermagem
1. Verificar temperatura antes da administração de dipirona, administrar somente SN.
2. Após 40 minutos verificar temperatura novamente.
3. Comunicar o médico caso a febre persistir dentro de 4 horas.
4. Realizar a contagem correta das gotas pois a alta dosagem pode causar hipotermia. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DEF. Dicionário de Especialidades farmacêuticas. Produção: IBM: Jornal Brasileiro de Medicina, 2002/2003. 
ROBBIN. Patologia Estrutural e funcional. Interamericana LTDA, RJ, 1974.
HORTA, Wanda de Aguiar. Processo de Enfermagem. Ed. E.P.V. São Paulo: EDUSP, 1979.
BRUNNER E SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgico. vol 1. Rio de Janeiro: Koogan, 2005.
GALLO, Bárbara et al. Cuidados críticos de Enfermagem. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

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