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Cordel e xilogravuras

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Cordel e Xilogravura uma parceria que já dura mais de um século! 
Xilógrafos e Cordelistas são faces de uma mesma moeda, indispensáveis na 
produção dos folhetos. Essa técnica, que se tornou tão popular no Nordeste, 
presente nas capas dos folhetos de cordel, ainda hoje ganha adeptos e 
admiradores da arte, graças ao barato custo e simplicidade de execução. 
 
Xilogravura que é uma técnica de reprodução de imagens, e textos também, 
que se utiliza de uma matriz de madeira. A matriz é entalhada à mão com um 
buril ou outro instrumento cortante. As partes altas que receberão a tinta é que 
vão imprimir a imagem no papel. 
A gravura mais antiga foi encontrada na China, era uma oração e data o ano de 
868. Egípcios, indianos e persas, a usavam para a estampagem de tecidos. 
Mais tarde, foi utilizada como carimbo sobre folhas de papel para a impressão 
de orações budistas na China e no Japão. 
No Ocidente, começa a ser usada no final da Idade Média (segunda metade do 
século XIV), ao ser empregada nas cartas de baralho e imagens sacras. No 
século XV, pranchas de madeira eram gravadas com texto e imagem para a 
impressão de livros que, até então, eram escritos e ilustrados a mão. Com os 
tipos móveis de Gutemberg, as xilogravuras passaram a ser utilizadas somente 
para as ilustrações. 
No Brasil, a xilogravura chega com a mudança da Família Real portuguesa 
para o Rio de Janeiro. Os primeiros xilogravadores apareceram depois de 1808 
e se alastraram principalmente pelas capitais, produzindo cartas de baralho, 
ilustrações para anúncios, livros e periódicos, rótulos, etc. 
O primeiro folheto de cordel impresso, ou mais antigo, que se tem notícia é de 
autoria de Leandro Gomes de Barros - 1865-1918. 
A xilogravura foi usada por muito tempo para ilustrações de periódicos como 
jornais. Um exemplo disso é o Jornal Mossoroense (RN). Um dos mais antigos 
jornais em atividade no Brasil, continha xilogravuras como vinheta e 
ilustrações, elaboradas por seu dono João da Escócia, considerado por isso, o 
primeiro xilógrafo potiguar. 
A xilogravura popular nordestina ganhou fama pela qualidade e originalidade 
de seus artistas. Hoje em dia, muitos gravadores nordestinos vendem suas 
gravuras soltas além de continuarem a produzir ilustrações para as capas dos 
cordéis. 
Quase todos os xilógrafos populares brasileiros, principalmente no Nordeste do 
país, provêm do cordel. Entre os mais importantes presentes no acervo da 
Galeria Brasiliana estão: Abraão Batista, José Costa Leite, J. Borges, Amaro 
Francisco, José Lourenço e Gilvan Samico. 
José Francisco Borges, considerado um dos mais importantes nomes da 
gravura popular brasileira, fez sua primeira xilogravura para o folheto "O 
Verdadeiro aviso de Frei Damião (sobre os castigos que vêm)", também de sua 
autoria. Em quase 40 anos de carreira, J. Borges escreveu mais de 200 
cordéis, que, com exceção do primeiro, foram ilustrados por ele próprio. O 
artista destaca a gravura "A chegada da prostituta no céu", de 1976, como sua 
obra mais famosa. Sua obra retrata o cotidiano do homem do Nordeste, a 
cultura e o folclore e a luta do povo na vida do sertão. Outro tema frequente no 
cordel e gravuras de J. Borges é o cangaço. 
 
Alguns exemplos de trabalhos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A xilogravura é uma arte de impressão que normalmente usa madeira. A figura 
é esculpida na madeira e depois com tinta, a imagem vai para a folha. Neste 
vídeo mostramos o uso do isopor no lugar da madeira e isso permite rapidez. 
Ótimo para ser utilizado em oficinas pedagógicas. Gibis, Literatura de Cordel, 
Quadros, Pintura Óleo, etc. Muita coisa pode ser feita usando esta técnica. 
Além de isopor alguns outros recursos costumam também ser utilizados, este é 
somente um exemplo! 
Segue o link: 
https://www.youtube.com/watch?v=YTppa6VsuFM 
 
O cordel 
 
“O cordel foi e continua sendo uma das formas de comunicação mais 
autênticas nas pequenas cidades na região nordeste “ - explica a escritora 
Clotilde Tavares. Assim que um fato relevante acontece “como a vitória do 
Brasil em uma copa do mundo, a morte de alguém famoso, uma grande 
enchente ou mesmo um caso de adultério” os ​cordelistas​ produzem um relato 
extraoficial, popular e poético dos fatos. Em poucas horas, o livreto é impresso, 
ilustrado e colocado à venda em feiras, pendurados em cordões. Daí vem o 
nome: ​Literatura de Cordel​. O leitor, no entanto, se refere ao livreto como 
folheto ou verso de feira. 
Outro papel importante exercido pela ​literatura de cordel​ diz respeito à sua 
função como auxiliar de alfabetização e aprendizagem dos alunos. Sabe-se 
https://www.youtube.com/watch?v=YTppa6VsuFM
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cordelistas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_de_cordel
http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_de_cordel
que incontáveis nordestinos carentes de alfabetização aprenderam a ler por 
meio de folhetos. E, desta forma, cresce, gradativamente, o interesse de 
estudantes e educadores, em todo o Brasil, pela literatura de cordel para este 
fim e das muitas maneiras como o folheto pode ser utilizado em sala de aula. 
 
Características 
A literatura de cordel possui algumas características bem peculiares, veja 
algumas das principais características desse gênero: 
● Suas ilustrações são feitas por xilogravuras; 
● Possui uma essência cultural muito forte, pois relata tradições culturais 
regionais e contribui bastante para a continuidade do folclore brasileiro; 
● São baratos e por isso atingem um grande público e isso acaba sendo um 
incentivo à leitura; 
● Quando os textos são considerados romances temos alguns recursos 
muito utilizados na narrativa, como: descrição de personagens, monólogos, 
súplicas, preces por parte do protagonista; 
● Suas histórias têm como ponto central uma problemática que deve ser 
resolvida com a inteligência e astúcia do personagem. 
● Sempre há um herói que sofre por não conseguir ficar com o seu amor, 
isso pode ser devido a uma proibição dos pais, noivados arranjados, coisas 
que impedem que o casal de ficar junto. 
● No final da história, o herói sempre sai ganhando, caso ele não consiga 
realmente o que queria há outra forma de equilibrar a história e fazer com 
que ele seja favorecido de alguma forma. 
● As histórias são construídas de forma poética usando rimas com um tom 
de humor. 
 
 
Alguns exemplos ilustrados: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências de pesquisa: 
 
● http://blog.teatrodope.com.br/2007/05/09/literatura-de-cordel-xilogravura-temas-
e-ensino/ 
● https://www.youtube.com/watch?v=nrpAjNZ4Ml4 
● http://pt.slideshare.net/MinSaude/redecegonha-cordel 
● http://www.estudopratico.com.br/literatura-de-cordel/ 
http://blog.teatrodope.com.br/2007/05/09/literatura-de-cordel-xilogravura-temas-e-ensino/
http://blog.teatrodope.com.br/2007/05/09/literatura-de-cordel-xilogravura-temas-e-ensino/
https://www.youtube.com/watch?v=nrpAjNZ4Ml4
http://pt.slideshare.net/MinSaude/redecegonha-cordel
http://www.estudopratico.com.br/literatura-de-cordel/

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