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5 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C 4 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C Diretoria 2018 Eng. Agr. Ari Geraldo Neumann - Presidente Eng. Sanit. Amb. e Civil Roberta Maas dos Anjos - 1ª Vice-Presidente Eng. Mec. Marcos Antonio Polli - 2º Vice-Presidente Eng. Civil e Seg. Trab. Luiz Abner de Holanda Bezerra - 1º Secretário Eng. Ftal Gláucia Gebien - 2ª Secretária Eng. Agr. Ivan Tadeu Baldissera - 3º Secretário Eng. Eletric. Evânio Ramos Nicoleit - 1º Tesoureiro Eng. Civil Giorgio Murara Alves - 2º Tesoureiro Comissão de Acessibilidade do CREA-SC em 2018 Eng. Civil e Seg. Trab. Daniel Faganello - Coordenador Eng. Civil Aloísio Pereira da Silva - Coordenador Adjunto Eng. Civil Seg. Trab. Marília Márcia Domingues Corrêa - Assessora Técnica Eng. Civil Seg. Trab. Maria da Paz Silva - Assessora Técnica Guilherme Pires Strack - Secretário da Comissão Eng. Agr. Ivan Tadeu Baldissera Eng. Ftal. Gláucia Gebien Eng. Eletric. Flavio Wacholski Eng. Agr. Paulo Roberto Braz Fiorese Eng. Civil Roberto de Oliveira Eng. Civil Eduardo Bedin Eng. Mec. Ernani Costa Geól. e Eng. Seg. Trab. Clóvis Norberto Savi Agradecimentos Comissões de Acessibilidade de 2011/2012 Eng. Civil Daysi Nass dos Santos Eng. Mec. Sandra Aparecida Ascari Eng. Civil Marília Márcia Domingues Corrêa Jorn. Cláudia de Oliveira Apresentação / 05 Carta do Presidente / 07 1. Justificativa / 08 2. Marcos Legais / 10 3. Desenho Universal / 12 4. Orientações Técnicas de Acessibilidade / 14 4.1. Sinalização / 14 4.1.1. Símbolos / 15 4.1.2. Sinalização tátil de piso / 16 4.2. Espaços Públicos / 19 4.2.1. Parâmetros antropométricos e dimensões básicas / 19 4.2.2. Vias públicas / 24 4.2.3. Calçadas / 25 4.2.4. Travessia de pedestres / 36 4.2.5. Estacionamento / 42 4.2.6. Mobiliário e equipamentos urbanos / 45 4.2.7. Vegetação / 48 4.3. Edificações / 50 4.3.1. Definições / 50 4.3.2. Circulação horizontal / 52 4.3.3. Circulação vertical / 54 4.3.4. Área de resgate / 58 4.3.5. Equipamentos eletromecânicos / 59 4.3.6. Portas, janelas e dispositivos / 61 4.3.7. Sanitários e vestiários / 65 4.3.8. Corrimão e guarda corpo / 71 4.3.9. Locais de reunião / 72 4.3.10. Locais de hospedagem / 76 4.3.11. Locais de esporte e lazer / 77 Anexo I - Decreto 5.296/04 / 78 Anexo II - Lista de verificação de acessibilidade / 95 Anexo III - Legislação / 100 Anexo IV - Conceitos e definições / 103 Expediente / 109 Sumário 76 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C A presente cartilha tem por objetivo facilitar o entendimento dos conceitos, das regras e prazos estabelecidos no Decreto nº 5.296/04, direcionado às atividades de planejamento e construção das cidades e das edificações, bem como a todos profissionais de engenharia, urba- nismo e áreas afins. Mais importante do que aplicar a risca os instrumentos legais vigentes é compreender as mudanças necessárias nos procedimentos, atitudes, comportamento e na produção dos espaços das cidades, sejam eles de qualquer natureza, que deverão ser concebidos, edificados ou reforma- dos tendo como foco as pessoas que são diferentes umas das outras. O Decreto nº 5.296/04 discorre sobre o direito de acesso aos bens e serviços existentes na sociedade como o Direito de Cidadania e De- ver de Estado, na perspectiva da inclusão e desenvolvimento dessa política no seio dos direitos humanos, com caráter universal, integral, equânime e com participação da sociedade organizada. A construção do texto parte de uma abordagem conceitual sobre a questão da acessibilidade e culmina com a apresentação de tópicos de interesse diretamente ligados à prática de implementação do decreto através da adequação de processos e tratamento adequado a todos os cidadãos, para que as barreiras que separam as pessoas com deficiên- cia sejam derrubadas. Tornar o espaço público e as edificações acessíveis, dentro do con- ceito do Desenho Universal, é pensar a cidade futura, onde todos têm acesso à educação, esporte, lazer, trabalho e transporte. É promover a cidadania, diminuindo a desigualdade social. Comissão de Acessibilidade CREA-SC Apresentação 98 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C A acessibilidade em espaços públicos e privados das áreas urbanas e rurais voltada ao atendimento da legislação vigente tem motivado inú- meros debates e a realização de eventos no Sistema CONFEA/CREA. Atento a esta demanda, o CREA-SC tem desenvolvido ações em parceria com órgãos estaduais e municipais visando orientar e cons- cientizar os profissionais da área tecnológica, mostrando o importante papel na promoção da acessibilidade nos espaços de uso coletivo. Disponibilizamos aos profissionais, sociedade civil e gestores pú- blicos a 5ª edição da Cartilha de Acessibilidade, com layout prático e instrutivo, amparada nas alterações da NBR 9050/2015, que estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural e de edifi- cações às condições de acessibilidade. O material aborda também a NBR 16.537/2016, que dispõe especifi- camente sobre a elaboração do projeto e instalação de sinalização tátil nos pisos, seja para construção ou adaptação de edificações, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade para a pessoa com deficiência visual ou surdo-cegueira. Os profissionais do Sistema devem assumir a responsabilidade téc- nica na promoção da acessibilidade. Juntos, vamos trabalhar para mu- dar nossa realidade, prezando pela diversidade humana e assegurando o acesso em igualdade de oportunidades às pessoas com deficiência. Florianópolis, agosto de 2018. Eng. Agr. Ari Geraldo Neumann Presidente do CREA-SC Carta do Presidente 11 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C 10 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C Analisando a atual conjuntura das cidades e dos espaços urbanos, percebe-se a não aplicação adequada da legislação e das normas rela- tivas ao tema, o que vem impedindo a inclusão das pessoas com defici- ência, mesmo em obras novas. As barreiras arquitetônicas são impostas por projetos equivocados, e também por execuções inadequadas, por falta de conhecimento, de manutenção e principalmente fiscalização, do projetado e efetivamente executado. A inclusão social não é resultado de doações, ela busca o compro- misso pessoal e atitudinal para melhorar a vida da sociedade como um todo, o direito à dignidade plena. A falta de conhecimento da sociedade que a todos envolve, reforça ainda mais os critérios de acessibilidade. Não apenas como atendimento à Legislação vigente, mas como a necessidade de direitos iguais ao uso dos equipamentos urbanos, aos acessos de espaços públicos. Não se trata de sensibilizar as pessoas, mas conscientizá-las, princi- palmente os profissionais que necessitam apresentar a técnica na qual foram agraciados pelo conhecimento e do saber científico. É imprescindível que todos os projetos relativos à acessibilidade sejam elaborados e executados exclusivamente por profissionais legalmente ha- A inclusão social não é re- sultado de doações, ela busca o compromisso pessoal e ati- tudinal para melhorar a vida da sociedade como um todo, o direito à dignidade plena. 1. Justificativa bilitados, com a referida ART - Anotação de Responsabili- dade Técnica, que garante a qualidade dos serviços pres- tados frente a legislação e normas pertinentes. Precisamos compreen- der o conceito de restrições de mobilidade, valorizando as diferenças entre os in- divíduos que compõem a “ “ Precisamos com- preender o conceito de restrições de mobilidade, valorizando as diferenças entre os indivíduos que compõem a sociedade.sociedade. As áreas que envol- vem uma edificação devem ser integradas, possibilitando aces- so amparado de condições mí- nimas de uso com dignidade e respeito a pessoa. Para dar cumprimento ao Decreto Federal nº 5.296/04, a concepção e a implantação dos projetos arquitetônicos e ur- “ “ banísticos devem atender aos princípios do desenho universal, tendo como referências básicas as normas técnicas de acessibilidade da ABNT, a legislação específica e as regras contidas neste Decreto. Da mesma forma, a construção, reforma ou ampliação de edifica- ções de uso público ou coletivo, ou a mudança de destinação para estes tipos de edificação, deverão ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessíveis à pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida. Portanto, é obrigação legal do profissional, ao anotar a responsabi- lidade técnica sobre os serviços prestados, declarar o atendimento às regras de acessibilidade previstas nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT, na legislação específica e neste Decreto. Mais do que obrigação legal, os projetos de natureza arquitetônica e urbanística, de comunicação e informação, de transporte coletivo, instalações prediais e equipa- mentos urbanos que tenham destinação pública ou de uso coletivo, precisam estar em dia com esta exigência, princi- palmente por uma questão de cidadania. 13 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C 12 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C 2. Marcos Legais Constituição Federal A toda pessoa é garantido o direito de ir e vir, segundo a Constituição Federal que, em seu artigo 5º, estabelece que: “XV – é livre a locomo- ção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens”. O artigo 227 define que: “§ 2º – A lei disporá sobre normas de constru- ção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência” e o artigo 244 define que a lei dis- porá sobre a adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso público e dos veículos de transporte coletivo atualmente existentes a fim de garantir acesso adequado às pessoas com deficiência. Leis Federais As Leis Federais nos 10.048 e 10.098 de 2000 estabeleceram nor- mas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, temporária ou definitivamente. A primeira trata de atendimento prioritário e de aces- sibilidade nos meios de transportes e inova ao introduzir penalidades ao seu descumprimento; e a segunda subdivide o assunto em aces- sibilidade ao meio físico, aos meios de transporte, na comunicação e informação e em ajudas técnicas. Decreto nº 5.296 As leis acima citadas foram regulamentadas por meio do Decre- to nº 5.296, de 02.12.2004, que definiu critérios mais específicos para a implementação da acessibilidade arquitetônica e urbanística e aos serviços de transportes coletivos. No primeiro caso, no que se refere diretamente à mobilidade urbana, o decreto define condições para a construção de calçadas, instalação de mobiliário urbano e de equipa- mentos de sinalização de trânsito, de estacionamentos de uso público; no segundo, define padrões de acessibilidade universal para “veículos, terminais, estações, pontos de parada, vias principais, acessos e opera- ção” do transporte rodoviário (urbano, metropolitano, intermunicipal e interestadual), ferroviário, aquaviário e aéreo. Artigo 9º da ONU O artigo 9 da Convenção da ONU sobre os direitos da pessoa com deficiência, transformada em emenda constitucional pelo Decreto 6949/2009, prevê a adoção de medidas apropriadas para assegurar o acesso, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, ao meio físico, ao transporte, à informação e comunicação, bem como a outros serviços e instalações abertos ao público, tanto na zona urbana quanto na zona rural. Inclui a identificação e a eliminação de obstá- culos e barreiras à acessibilidade, devendo ser aplicadas, entre outros, a edifícios, rodovias, meios de transporte e outras instalações inter- nas e externas, inclusive escolas, moradia, instalações médicas e local de trabalho, e informações, comunicações e outros serviços, inclusive serviços eletrônicos e serviços de emergência. Lei Federal nº 13.146, 06 de julho de 2015 Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. A LBI, Lei Brasileira de Inclusão, tem como base a Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) e é destinada a assegurar e a promover, em condi- ções de igualdade, o exercício dos di- reitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando sua inclusão social e cidadania. 15 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C 14 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C O capítulo IV do Decreto 5296/04 que discorre sobre a Implemen- tação da Acessibilidade Arquitetônica e Urbanística, inicia com o Art. 10, impondo que a concepção e a implantação dos projetos arquitetô- nicos e urbanísticos atendam aos princípios do DESENHO UNIVERSAL, tendo como referências básicas as normas técnicas de acessibilidade da ABNT, a legislação específica e as regras contidas no Decreto. Mas o que significa este conceito? O conceito de “Desenho Universal”, criado por uma comissão em Washington, EUA, no ano de 1963, foi inicialmente chamado de “De- senho Livre de Barreiras” por se voltar à eliminação de barreiras ar- quitetônicas nos projetos de edifícios, equipamentos e áreas urbanas. Posteriormente, esse conceito evoluiu para a concepção de Desenho Universal, pois passou a considerar não só o projeto, mas principal- mente a diversidade humana, de forma a respeitar as diferenças exis- tentes entre as pessoas e a garantir a acessibilidade a todos os compo- nentes do ambiente. O Desenho Universal deve ser concebido como gerador de ambientes, serviços, programas e tecnologias acessíveis, utilizáveis eqüitativamente, de forma segura e autônoma por todas as pessoas – na maior extensão possível – sem que tenham que ser adaptados ou readaptados especifica- mente, em virtude dos sete princípios que o sustentam, a saber: Design de produtos ou espaços que atendem pessoas com diferentes ha- bilidades e diversas preferências, sendo adaptáveis para qualquer uso; São espaços, obje- tos e produtos que podem ser utilizados por pessoas com di- ferentes capacidades, tornando os ambien- tes iguais para todos; Simples e intuitivo 3. Desenho Universal Uso flexível Uso equiparável De fácil entendimen- to para que uma pes- soa possa compre- ender independente de sua experiência, conhecimento, habilidades de lin- guagem, ou nível de concentração; DICA 1 Que estabelece dimensões e espaços apropriados para o acesso, o alcance, a manipulação e o uso, independentemente do tamanho do corpo (obesos, anões etc.), da postura ou mobilidade do usuário (pessoas em cadeira de rodas, com carrinhos de bebê, bengalas etc.). Ao acatar os preceitos do Desenho Universal, o pro- jetista irá beneficiar e aten- der às necessidades de pessoas de todas as idades e capacidades. Dimensão e espaço para aproximação e uso Segundo a norma ABNT 9050/04 o desenho universal é definido como aquele que visa atender à maior gama de variações possíveis das carac- terísticas antropométricas e sensoriais da população. Para ser usado eficientemente, com conforto e com o mínimo de fadiga; Informação perceptível Quando a informa- ção necessária é transmitida de forma a atender as necessi- dades do receptador, seja ela uma pessoa estrangeira, com dificuldade de visão ou audição; Tolerante ao erro Previsto para minimizar os riscos e possíveis conseqüências de ações aci- dentais ou não intencionais; Com pouca exigência de esforço físico User Marcador de texto User Marcador de texto1716 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C 4.1 Sinalização As orientações técnicas de acessibilidade foram elaboradas para oferecer diretrizes básicas sobre acessibilidade em vias públicas e edi- ficações, tendo como base informações extraídas da norma técnica da ABNT NBR 9050/15, do livro de acessibilidade – Mobilidade Acessível na Cidade de São Paulo, do Decreto Federal 5.296/04 e da legislação vigente. As orientações estão organizadas da seguinte forma: SINALIZAÇÃO Símbolos Sinalização tátil de piso CIRCULAÇÃO Parâmetros antropométricos e dimensões básicas Vias públicas Calçadas Travessia de Pedestres Estacionamento Mobiliário e equipamentos urbanos Vegetação EDIFICAÇÃO Definições Circulação interna Circulação vertical Portas e janelas Sanitários e vestiários Corrimão e guarda-corpo Locais de reunião, hospedagem, esporte e lazer As dimensões indicadas nas figuras são expressas em centímetros, exceto quando houver outra indicação. 4. Orientações Técnicas de Acessibilidade 4.1.1. SÍMBOLOS A identificação visual de acessibilidade às edificações, espaços, mobiliários e aos equipamentos urbanos é feita por meio do Símbolo Internacional de Acesso - SIA, que tem padrão internacional de cores e proporções. Figura 1 – SIA – Proporções / Branco sobre fundo azul / Branco sobre fundo preto / Preto sobre fundo branco Segundo a norma ABNT NBR 9050/15, esta sinalização deve ser afi- xada em local visível ao público, utilizada principalmente nos seguintes locais, quando acessíveis: Entradas; Áreas e vagas de estacionamento de veículos; Áreas acessíveis de embarque/desembarque; Sanitários; Áreas de assistência para resgate, áreas de refúgio, saídas de emergência; Áreas reservadas para pessoas em cadeira de rodas; Equipamentos exclusivos para o uso de pessoa com deficiência. Além do SIA também existem o Símbolo Internacional de Acesso para Pessoa com Deficiência Visual e o Símbolo Internacional de Aces- so para Pessoa com Deficiência Auditiva. Figura 2 - SIA DEFICIÊNCIA VISUAL– Proporções / Branco sobre fundo azul / Branco sobre fundo preto / Preto sobre fundo branco User Marcador de texto User Marcador de texto User Marcador de texto User Marcador de texto 1918 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C Figura 3 - SIA DEFICIÊNCIA AUDITIVA – Proporções / Branco sobre fundo azul / Branco sobre fundo preto / Preto sobre fundo branco Art. 26. Nas edificações de uso público ou de uso coletivo, é obrigatória a existência de sinalização visual e tátil para orientação de pessoas portadoras de deficiência auditiva e visual, em conformidade com as normas técnicas de acessi- bilidade da ABNT. 4.1.2. SINALIZAÇÃO TÁTIL DE PISO A sinalização tátil no piso é um recurso para prover segurança, orientação e mobilidade a todas as pessoas, principalmente para pes- soas com deficiência visual, compreendendo a sinalização de alerta e a sinalização direcional, a ser utilizada para as seguintes funções: Função identificação de perigos (sinalização tátil alerta): informar sobre a existência de desníveis ou outras situações de risco permanente; Função condução (sinalização tátil direcional): orientar o sentido do deslocamento seguro; Função mudança de direção (sinalização tátil alerta): informar as mudanças de direção ou opções de percursos; Função marcação de atividade (sinalização tátil direcional ou alerta): orientar o posicionamento adequado para o uso de equipa- mentos ou serviços. É LEI! O QUE DIZ O DECRETO Figura 4 - Piso Tátil de alerta A correta marcação no piso é de extrema importância para aler- tar as pessoas com deficiência visual da existência de obstáculos, mudanças de direção e de nível. A sinalização tátil no piso deve atender às seguintes características: a) ser antiderrapante, em qualquer condição; b) ter relevo contrastante em relação ao piso adjacente, de forma a ser claramente percebida por pessoas com deficiência visual que utili- zam a técnica da bengala longa; c) ter cor contrastante em relação ao piso adjacente, de forma a ser percebido por pessoas com baixa visão. d) atender as características de desenho, relevo e dimensões de acordo com a norma ABNT NBR 16537. Sinalização tátil direcional – deve ser utilizado quando da ausên- cia ou descontinuidade de linha-guia identificável, como guia de ca- minhamento em ambientes internos ou externos, edificados ou não, onde seja necessária a referência de sentido de deslocamento ou quan- do houver caminhos preferenciais de circulação, desde a origem até o destino, passando pelas áreas de interesse, de uso ou serviços. DICA 2 Sinalização tátil de alerta – deve ser uti- lizado para sinalizar situações que envolvam risco de segurança permanente ou desníveis, sempre perpendicularmente ao sentido de deslocamento. Deve ser utilizada na identi- ficação de travessia de pista de rolamento, início e término de rampas, escadas fixas, es- cadas rolantes, junto à porta dos elevadores e desníveis de plataforma, palco ou similares, para indicar risco de queda. A norma ABNT NBR 16537 permite largura mínima de 25 cm para piso tátil alerta em local de pouco tráfego e largura mínima de 40 cm para local de tráfego intenso. Recomenda-se que as faixas de alerta possuam 40 cm de largura, para que sejam melhor identificadas. User Marcador de texto 2120 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C O projeto da sinalização tátil direcional no piso deve: a) considerar todos os aspectos envolvidos na circulação de pesso- as, tais como fluxos, pontos de interesse e a padronização de soluções; b) seguir o fluxo das demais pessoas, evitando-se o cruzamento e o confronto de circulações; c) evitar interferências com áreas de formação de filas, com pessoas em bancos e demais áreas de permanência de pessoas; d) considerar a padronização de soluções para uma mesma edifica- ção ou área urbanizada. A sinalização tátil direcional deve ser instalada no sentido do deslocamen- to, e de acordo com a norma ABNT 16537, com largura entre 25 e 40 cm. Figura 5 – Piso tátil direcional Linha-guia é qualquer elemento natural ou edificado que possa ser utilizado como referência de orientação direcional por todas as pessoas, especialmente as com deficiência visual. Quando for utilizada referência edifi- cada para orientação das pessoas com deficiência visual o mobiliário ou obje- tos eventualmente existentes não po- derão se constituir em obstrução. Recomenda-se a realização de consulta a entidades representa- tivas das pessoas com deficiência visual no desenvolvimento de projetos de sinalização tátil direcional no piso. DICA 3 DICA 4 DICA 5 4.2.1. PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS E DIMENSÕES BÁSICAS Na concepção de projetos arquitetônicos e urbanísticos, assim como no desenho de mobiliários, é importante considerar as diferen- tes potencialidades e limitações do homem. As orientações a seguir referem-se a alguns padrões adotados para atender à diversidade hu- mana e os casos específicos devem ser analisados particularmente. A escala humana utilizada em projetos arquitetônicos e urbanísticos a partir do “homem padrão”, não atende plenamente a diversidade huma- na, gerando barreiras para muitas pessoas que possuem características diversas ou extremas. Pessoas com deficiência se deslocam, em geral, com a ajuda de equipamentos auxiliares: bengalas, muletas, andadores, cadeiras de rodas ou com ajuda de cães treinados, no caso de pessoas cegas. Por- tanto, é necessário considerar o espaço de circulação juntamente com os equipamentos que as acompanham. Figura 6 - Cadeira de Rodas *dimensões em cm *dimensões em cm 75 90 90 85 75 UMA BENGALA DUAS BENGALAS ANDADOR vista frontal vista lateral COM RODASANDADOR RÍGIDO Figura 7 – Dimensões referenciais para deslocamento de pessoas com bengala e andador 4.2 Espaços Públicos User Marcador de texto User Marcador de texto 2322 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C 95 120 120 90 90 vista frontal vista lateral MULETAS MULETAS TIPO CANADENSE APOIO DE TRIPÉ Figura 8 - Dimensões referenciais para deslocamento de pessoas com muletas 60 120 60 80 60 90 60 vista lateral vista superior BENGALA DE RASTREAMENTO CÃO GUIA SEM ÓRTESE Figura 9 - Dimensões referenciais para deslocamento de pessoas com bengala de rastreamento, cão guia e sem órtese O módulo de projeção da ca- deira de rodas com seu usuário (módulo de referência – 0,80 x 1,20m) é o espaço mínimo ne- cessário para sua mobilidade. Portanto, essas dimensões devem ser usadas como referência em projetos, devendo-se considerar ainda o espaço demandado para movimentação, aproximação, transferências e rotação da cadei- ra de rodas. 120 80 MÓDULO DE REFERÊNCIA (M.R.) Figura 10 – Módulo de referência *dimensões em cm *dimensões em cm *dimensões em cm 12 0 120 12 0 150 Ø150 ROTAÇÃO DE 90º ROTAÇÃO DE 180º ROTAÇÃO DE 360º Figura 11 - Área de manobra sem deslocamento 12 0 120 12 0 150 Ø150 ROTAÇÃO DE 90º ROTAÇÃO DE 180º ROTAÇÃO DE 360º 12 0 120 12 0 150 Ø150 ROTAÇÃO DE 90º ROTAÇÃO DE 180º ROTAÇÃO DE 360º Áreas de rotação são espaços necessários para os usuários de ca- deiras de rodas efetuarem manobras. É fundamental que esses espaços sejam considerados na elaboração do projeto de edificações e espaços públicos. As medidas necessárias para a manobra de cadeira de rodas sem deslocamento são: Para rotação de 90° = 1,20 m x 1,20 m Para rotação de 180° = 1,50 m x 1,20 m Para rotação de 360° = diâmetro de 1,50 m *dimensões em cm *dimensões em cm*dimensões em cm User Marcador de texto User Marcador de texto 2524 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C As condições para manobra de cadeira de rodas com deslocamento são apresentadas na figura a seguir. 12 0 120 12 0 150 Ø150 ROTAÇÃO DE 90º ROTAÇÃO DE 180º ROTAÇÃO DE 360º 20 0 160 90 90 DESLOCAMENTO DE 90º 190 15 0 DESLOCAMENTO DE 180º 90 90L>12090 90 10560<L<120105 CASO 1 CASO 2 Figura 12 - Área de manobra com deslocamento As larguras para deslocamento em linha reta de pessoas em cadeira de rodas são: 90 cm para uma pessoa em cadeira de rodas; 1,20 m a 1,50 m para um pedestre e uma pessoa em cadeira de rodas; 1,50 m a 1,80 m para duas pessoas em cadeira de rodas. *dimensões em cm 90 120 a 150 150 a 180 UMA PESSOA EM CADEIRA DE RODAS UMA PESSOA EM CADEIRA DE RODAS DUAS PESSOAS EM CADEIRA DE RODAS E UM PEDESTRE Figura 13 - Largura para deslocamento em linha reta Os usuários de cadeira de rodas possuem características específicas de alcance manual, podendo variar de acordo com a flexibilidade de cada pessoa. As medidas apresentadas são baseadas em pessoas com total mobilidade nos membros superiores. Figura 14 – Alcance manual de usuários de cadeira de rodas Além das informações acima descritas, para o atendimento ao Dese- nho Universal, o conhecimento das demais características das pes- soas com deficiência é de extrema importância para o planejamento de projetos plenamente acessíveis. *dimensões em cm *dimensões em cm DICA 6 2726 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C 4.2.2. VIAS PÚBLICAS A via pública, espaço que compreende passeio, pista, acostamen- to, ilha e canteiro, é destinada à circulação de pessoas e veículos, se- jam eles de transporte individual (automóveis, motos e bicicletas) ou coletivo (ônibus e vans), de carga (caminhões e utilitários) ou passeio. Os diversos usuários da via devem conviver harmonicamente, sem que um seja mais ou menos valorizado que o outro. Para isso, as vias devem oferecer boas condições de trafegabili- dade, tanto de pedestres como de veículos, manutenção e qualidade urbana. Os projetos para estes espaços devem ser compatíveis com o uso do entorno e com o desejo de seus habitantes, incentivando a utilização dos espaços públicos e promovendo o convívio social. De acordo com a norma ABNT 9050/15, as partes que compõem a via de pedestre são definidas como: Calçada: Parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedes- tres e, quando possível, à implantação de mobiliário, sinalização, vege- tação e outros fins. Calçada rebaixada: Rampa construída ou implantada na calçada ou passeio destinada a promover a concordância de nível entre estes e o leito carroçável. Passeio: Parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso separada por pintura ou elemento físico, livre de interferências, destina- da à circulação exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas. É LEI! O QUE DIZ O DECRETO Art. 15. No planejamento e na urbanização das vias, praças, dos logra- douros, parques e demais espaços de uso público, deverão ser cum- pridas as exigências dispostas nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT. § 1º Incluem-se na condição estabelecida no caput: I – a construção de calçadas para circulação de pedestres ou a adap- tação de situações consolidadas; II – o rebaixamento de calçadas com rampa acessível ou elevação da via para travessia de pedestre em nível; e III – a instalação de piso tátil direcional e de alerta. 4.2.3. CALÇADAS As calçadas permitem a integração entre as edificações, os equi- pamentos e mobiliários urbanos, o comércio e os espaços públicos em geral, devendo compor rotas acessíveis facilmente identificadas, contínuas e com dimensões adequadas, permitindo o deslocamento fácil e seguro. A acessibilidade em calçadas deve ser garantida através das seguin- tes características: Os pisos das calçadas, passeios ou vias exclusivas de pedestres os pisos devem ter superfície regular, firme, estável e antiderrapante, evi- tando trepidações para pessoas com cadeira de rodas; A inclinação transversal máxima deve ser de 2% para pisos internos e 3% para pisos externos, nas faixas destinadas a circulação de pessoas (inclinações superiores provocam insegurança no deslocamento); A inclinação longitudinal máxima deve ser de 8,33% para que se componha uma rota acessível; Grelhas ou juntas de dilatação no piso, os vãos no sentido transver- sal ao movimento devem ter dimensão máxima de 15 mm; Calçadas, passeios e vias exclusivas de pedestres devem incorporar faixa livre com largura mínima recomendável de 1,50 m, sendo o mínimo admissível de 1,20 m, e a altura livre mínima de 2,10 m. 2928 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C 15 m m Figura 15 – Grelhas e juntas – dimensão máxima no sentido transversal do caminhamento De acordo com a norma ABNT NBR 9050/15, as faixas livres de- vem ser completamente desobstruídas e isentas de interferências, tais como vegetação, mobiliário urbano, equipamentos de infraestrutura urbana aflorados (postes, armários de equipamentos, e outros), orlas de árvores e jardineiras, rebaixamentos para acesso de veículos, bem como qualquer outro tipo de interferência ou obstáculo que reduza a largura da faixa livre. Eventuais obstáculos aéreos, tais como marqui- ses, faixas e placas de identificação, toldos, luminosos, vegetação e outros, devem se localizar a uma altura superior a 2,10 m. A faixa de circulação livre é obrigatória e deverá seguir os critérios de dimensionamento previstos da norma ABNT NBR 9050/15. A im- plantação das outras faixas depende dos seguintes aspectos: Para passeios com largura mínima de 1,20 m deve-se analisar a possibilidade de sua ampliação. Se isso não for possível, a calçadadeve oferecer plena acessibilidade ao menos em um dos lados da via, garantindo a circulação das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida; Para passeios com larguras de até 1,90 m, sugere-se a implanta- ção da faixa livre, mínima de 1,20 m, e da faixa de serviço, mínima de 0,70 m; Já nos passeios com largura superior a 2,30 m podem ser implan- tadas as três faixas: faixa de serviços, faixa de circulação livre e faixa de acesso. A faixa de serviço, adjacente à guia, destina-se à locação de mobi- liário e equipamentos urbanos e de infraestrutura, vegetação, postes de sinalização, grelhas, rebaixamento de guias para veículos, lixeiras, postes de iluminação e eletricidade, tampas de inspeção etc. Por estar situada junto à via de tráfego de veículos, protege os pedestres de pos- síveis confrontos com veículos. Na faixa de serviço, a largura mínima deve ser de 70 cm e as rampas de acesso de veículos devem se situar nesta faixa. Nas esquinas a fai- xa de serviço deve ser interrompida para não obstruir a circulação de pedestres. faixa livre via largura mínima admissível = 120cm meio-fio al in ha m en to p re di al largura mínima recomendada = 150cm largura da calçada inclinação máx=3% Figura 16 - Passeio com largura mínima 3130 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C Figura 17 - Calçada com largura acima de 1,90 m Figura 18 - Acesso ao lote - vista faixa livre via largura mínima = 120cm meio-fio al in ha m en to p re di al faixa de serviço largura da calçada (>230) iluminação canteiro largura mínima = 70cm faixa de acesso al tu ra s up er io r a 2 10 cm meio-fio rebaixado (extensão conforme previsto na legislação em vigor) meio-fio inclinado fa ix a liv re fa ix a de s er vi ço meio-fio via alinhamento predial acesso ao lote canteiro Figura 19 - Acesso ao lote - planta O rebaixamento do meio fio deve apresentar a mesma extensão da lar- gura do acesso a veículos, respeitados parâmetros máximos definidos em lei. A área, limítrofe ao terreno, também denominada faixa de acesso, pode ser utilizada pelo proprietário do imóvel para posicionar mesas, bancos e outros elementos autorizados pelos órgãos competentes, desde que não interfiram na faixa de circulação livre e estejam de acor- do com as leis pertinentes. Esta área serve como transição da calçada ao lote, podendo proporcionar áreas de estar e conforto aos pedestres. Figura 20 – Calçada com largura acima de 2,30 m 3332 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C DICA 7 Na faixa de acesso admite-se vegetação desde que esta não avance na faixa de circulação livre e atenda a legislação de calçadas verdes. Na existência de equipamentos ou mobiliários suspensos, estes de- vem estar devidamente sinalizados no piso (sinalização tátil de alerta), evitando possíveis colisões pelos deficientes visuais. Eventuais rampas necessárias para vencer o desnível entre o leito carroçável e o lote devem localizar-se fora da faixa livre de circulação mínima e podem ocupar, além da faixa de serviços, a faixa de acesso quando existir, garantindo a continuidade da faixa de circulação de pe- destres na frente dos diferentes lotes ou terrenos. As calçadas mais estreitas só devem abrigar as faixas livre e de servi- ço ou mobiliário urbano, de forma a não se comprometer o dimen- sionamento mínimo do percurso livre de barreiras e obstáculos. faixa livre via largura mínima = 120cm meio-fio al in ha m en to p re di al faixa de serviço largura da calçada (>230) largura mínima = 70cm acesso ao lote meio-fio rebaixado faixa de acesso faixa livre acesso ao lote rampa rampa (i máx = 3%) Figura 21 - Acesso ao lote utilizando a faixa de acesso piso tátil direcional al in ha m en to pr ed ia l linha guia identificávelpiso tátil direcional calçada via (ex: muros, paredes) in te rru pç ão d e el em en to e di fic ad o no lo te posto de gasolina Nas calçadas, o auxílio para a orientação e mobilidade das pessoas com deficiência visual deve ser feito preferencialmente através de ele- mentos edificados nos limites dos lotes, tais como muros e paredes, utilizando-se pisos táteis direcionais apenas nas áreas abertas, onde haja descontinuidade da referência edificada, visando interligar essas referências. É importante que o caminhamento tenha origem e fim, sem interrupção, de forma a orientar adequadamente a circulação das pessoas com deficiência visual. O piso tátil direcional deve ser utilizado contornando o limite de lotes não edificados, como postos de gasolina, acessos a garagens, estacionamentos, ou quando o edifício estiver recuado. Figura 22 – Sinalização tátil direcional nas calçadas, considerando o alinhamento de lotes edificados Figura 23 - Sinalização tátil direcional nas calçadas em lotes não edificados 3534 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C Quando necessário, por exemplo, em calçadas amplas com faixas de acesso e serviço, os pisos táteis direcionais devem ser instalados no eixo da faixa livre, destinada à circulação de pessoas. Figura 24 - Sinalização tátil direcional nas calçadas com faixa de acesso As mudanças de direção na sinalização tátil direcional devem ser executadas conforme figuras a seguir, evitando sempre que possível mudança de direção em ângulo diferente de 90º. Figura 25 – Mudança de direção – encontro de duas faixas 3736 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C Figura 26 – Mudança de direção – encontro de três faixas Figura 27 – Mudança de direção – encontro de quatro faixas 3938 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C Nos passeios não deve haver qualquer tipo de inclinação que com- prometa o deslocamento dos pedestres, em especial o das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Eventuais inclinações transversais ou longitudinais devem seguir as seguintes orientações: A inclinação transversal não poderá ser superior a 3% nas faixas livres; Os eventuais ajustes entre soleiras devem ser executados sempre dentro dos limites dos lotes, vetando-se a existência de degraus nos passeios; Em situações excepcionais, onde não seja possível adequá-la, a faixa livre deverá continuar com 3% de inclinação transversal, sendo que as diferenças necessárias à regularização deverão ser acomodadas na faixa de serviço ou na faixa de acesso à edificação; As inclinações longitudinais devem sempre acompanhar a inclina- ção da via lindeira; As áreas de circulação de pedestres com inclinações superiores a 8,33% (1:12) não são consideradas rotas acessíveis. A superfície de tampas de acesso aos poços de visitas e grelhas não deve apresentar desníveis em relação ao pavimento adjacente. Eventuais frestas existentes nas tampas não devem possuir dimensão superior a 5 mm. Estes equipamentos de infraestrutura devem ser instalados prefe- rencialmente na faixa de serviços. Figura 28 – Recomendação para instalação da travessia de pedestres em esquinas Os dispositivos para travessia deverão ser construídos na dire- ção do fluxo de pedestres, pa- ralelamente ao alinhamento da faixa de travessia de pedestres. As faixas de travessias de pe- destres devem ser aplicadas nas pistas de rolamento, no prolon- gamento das calçadas e pas- seios onde houver demanda de travessia, posicionando-as de modo a não desviar o pedestre de seu caminho e atendendo o Código de Trânsito Brasileiro. 4.2.4. TRAVESSIA DE PEDESTRES DICA 8 O rebaixamento das calçadas para pedestres é um recurso que per- mite às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida atravessar a viacom conforto e segurança. Além disto, facilita também a vida dos demais pedestres, pois atende aos preceitos do Desenho Universal. O rebaixamento deve se situar em ambas as extremidades da faixa de travessia de pedestres, de forma a garantir a continuidade do per- curso das pessoas que utilizam cadeira de rodas. Nas esquinas, não pode interferir no raio de giro dos veículos e nem permitir a travessia em diagonal. Não pode haver desnível entre o término do rebaixamento da cal- çada e o leito carroçável. Nos rebaixamentos de calçada e de canteiros para pedestres, de- verá ser instalada sinalização tátil de alerta no piso, com largura reco- mendada de 0,40 m e distantes a 0,50 m do limite da guia, posicionado para cada caso conforme as figuras a seguir. As faixas de sinalização tátil direcional no piso, de maneira transver- sal à calçada, marcando faixas de travessia devem obedecer o preco- nizado na NBR 16.537. Quando houver foco semafórico acionável por pedestre controlando a travessia, a faixa de sinalização tátil direcional transversal deve estar na direção do foco semafórico. Nos passeios públicos, o piso tátil de alerta deve ser instalado em posição perpendicular ao deslocamento. A escolha do tipo de rebaixamento deve ser determinada em fun- ção da largura remanescente do passeio, obedecendo aos seguintes critérios: 1. Deve ser preservada uma largura remanescente do passeio (Lr) maior ou igual a 1,20 m, medida entre a rampa principal e o alinha- mento do imóvel, para permitir o acesso de pedestres e pessoas que se deslocam com o uso de cadeira de rodas. DICA 9 4140 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C calçada calçada rampa lateral rampa lateral sobe (8,33%) sobe (8,33%)piso tátil alerta plataforma principal 50 40 a 6 0 mín. 150cm L = h x 12L = h x 12 faixa de pedestre meio-fio rebaixado meio-fio inclinadomeio-fio inclinado linha guia identificável (ex: muros, paredes) alinhamento predial via detalhe meio-fio meio-fio meio-fio rebaixado h Figura 30 – Travessia de pedestres para largura remanescente ≤ 120 cm *dimensões em cm 2. Possibilidade de construir o rebaixamento ao longo de todo o pas- seio, quando inexiste largura remanescente de passeio, não sendo pos- sível a execução do tipo anterior, ou seja, quando o passeio apresentar largura igual ou menor a 1,50 m. calçada piso tátil alerta so be (8 ,3 3% ) L = h x 12 h = al tu ra m ei o- fio L = 12 0 cm 50 40 a 6 0 sobe (máx - 8,33%) sobe (máx - 8,33%) alinhamento predial linha guia identificável (ex: muros, paredes) detalhe meio-fio rampa (6,33%) meio-fio meio-fio rebaixado meio-fio inclinado meio-fio inclinado L = h x 12 L = h x 12meio-fio rebaixado mín. 150cm faixa de pedestre via h Figura 29 – Travessia de pedestres para largura remanescente ≥ 120 cm *dimensões em cm DICA 11 As abas laterais dos rebaixamentos devem ter inclinação menor ou igual a 8,33%. Sempre que possível é recomendado estender o rebaixamento por toda a largura da faixa de pedestres. *dimensões em cm L = h x 20 meio-fio inclinado meio-fio inclinado calçada alinhamento predial linha guia identificável (ex: muros, paredes) rampa lateral sobe (5,00%) faixa de pedestre detalhe meio-fio via meio-fio h rebaixado meio-fio meio-fio rebaixado mín. 150cm piso tátil alerta 50 40 a 6 0 rampa lateral sobe (5,00%) calçada L = h x 20 1, 5 Figura 31 –Travessia de pedestres para largura remanescente ≤ 120 cm e inclinação de piso <5% DICA 10 4342 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C As faixas elevadas são indicadas para locais de travessia onde se de- seja estimular a circulação de pedestres – tais como pontos comerciais ou locais estritamente residenciais. As faixas elevadas devem seguir as seguintes orientações: Ser sinalizadas com a faixa de travessia de pedestres; Ser implantadas junto às esquinas ou meios de quadra; Ter declividade transversal não superior a 3%; Ter dimensionamento com base na fórmula para o cálculo da faixa de travessia (conforme norma ABNT NBR 9050/15). Figura 32 – Travessia com lombofaixa Nas faixas de travessia recomenda-se a instalação de faixas de sina- lização tátil direcional no piso. *dimensões em cm *dimensões em cm largura da via avanço da calçada sobre a via m ei o- fio ca lç ad a al in ha m en to p re di al faixa de pedestre linha guia identificável rampa (ex: muros, paredes) piso tátil alerta Figura 34 – Travessia de pedestre com avanço da calçada sobre a via *dimensões em cm al in ha m en to p re di al m ei o- fio la te ra l la te ra l la te ra l la te ra l 120 40 a 60 faixa de pedestre via piso tátil de alerta piso tátil de alerta linha guia identificável 50 ra m pa ra m pa ra m pa ra m pa ca lç ad a (ex: muros paredes) Figura 33 – Travessia de pedestre com utilização de faixa de alerta Além da largura do rebaixamento, recomenda-se o avanço das cal- çadas sobre o leito carroçável, nas esquinas ou no meio das quadras, para reduzir o percurso da travessia e aumentar a área de espera, aco- modando maior número de pessoas. 4544 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C É LEI! O QUE DIZ O DECRETO 4.2.5. ESTACIONAMENTO Nas vias públicas devem ser previstas vagas reservadas de estaciona- mento para veículos que conduzam ou sejam conduzidos por pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. A disponibilidade de vagas deve seguir a legislação vigente, instalando-as próximo a centros comerciais, hospitais, escolas, centros de lazer, parques e demais pólos de atração. Estas vagas devem atender as seguintes especificações: Possuir sinalização vertical e horizontal conforme a norma ABNT NBR 9050/15; Estar sinalizadas com o Símbolo Internacional de Acesso – SAI; Recomenda-se ter dimensões de no mínimo 5,00 m de compri- mento por 2,50 m largura, observando a legislação pertinente; Quando afastadas da faixa de travessia de pedestres devem possuir um espaço adicional de 1,20 m e rampa de acesso ao passeio para as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Situar-se junto às rotas acessíveis e conectadas aos pólos de atração; Sua localização deve evitar a circulação entre veículos; Respeitar o Código de Trânsito Brasileiro. O rebaixamento de calçada e guia junto às vagas de estacionamento destinadas às pessoas com deficiência apresenta características dife- rentes do rebaixamento de calçadas e guias situadas junto às travessias de pedestres. Esta possibilita o acesso da pessoa da via ao passeio e deve possuir as mesmas características geométricas, inclinação e posi- cionamento, mas não deve ser sinalizada com o piso tátil de alerta, pois pode confundir as pessoas com deficiência visual. Art. 25. Nos estacionamentos externos ou internos das edificações de uso público de uso coletivo, ou naqueles localizados nas vias públi- cas, serão reservados, pelo menos, dois por cento do total de vagas para veículos que transportem pessoa portadora de deficiência física ou visual definidas neste Decreto, sendo assegurada, no mínimo, uma vaga, em locais próximos à entrada principal ou ao elevador, de fá- cil acesso à circulação de pedestres, com especificações técnicas de desenho e traçado conforme o estabelecido nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT. Estacionamento reservado para veículos autorizados Veículos Autorizados Sinalização em área interna Sinalização em via pública 50 70 50 70 Figura 35 – Sinalização Vertical de Estacionamento Figura 36 – Vaga de estacionamento paralela a calçada *dimensões em cm *dimensões em cm User Marcador de texto User Sublinhado User Marcador de texto 4746 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til ha d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C Figura 37 – Vaga de estacionamento a 45º com a calçada Figura 38 – Vaga de estacionamento em 90º com a calçada *dimensões em cm *dimensões em cm 4.2.6. MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS URBANOS Mobiliários urbanos – floreiras, bancas de revistas, telefones públi- cos, caixas de correios, entre outros, quando posicionados nas esqui- nas ou próximos dela, prejudicam a intervisibilidade entre pedestres e veículos e comprometem o deslocamento das pessoas, em especial aquelas com deficiência ou mobilidade reduzida. Sendo assim, as esquinas devem estar livres de interferências visuais e físicas até a distância de 5,0m do bordo do alinhamento da via transversal. Todos os equipamentos devem estar situados nos limites das faixas de serviço, respeitando sempre a faixa livre de circulação. Objetos suspensos com altura entre 60 a 210 cm, não detectáveis com a bengala, devem possuir, em seu entorno, piso tátil de alerta dis- tando 60 cm do limite de sua projeção. Os equipamentos com volume superior maior que a base também devem estar sinalizados com o piso tátil de alerta distando 60 cm do limite de sua projeção. A sinalização vertical e a iluminação pública devem ser implantadas na faixa de serviço ou de acesso, sem interferir nos rebaixamentos de passeios e guias para travessias de pedestres e nos acessos de veículos. Em plataformas de plataformas de embarque e desembarque, a borda deve estar sinalizada a 50 cm da guia em toda sua extensão, com o piso tátil de alerta em uma faixa de 25 a 60 cm de largura, exceto para plata- forma em via pública, quando a largura deverá variar entre 40 e 60 cm. Figura 39 – Sinalização de objetos suspensos não detectáveis pela bengala *dimensões em cm User Marcador de texto 4948 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C Figura 40 – Sinalização de limite de plataforma Todos os abrigos de passageiros deverão possuir condições de acesso às pessoas com deficiência. Devem ser implantadas faixas de sinalização tátil direcional no piso, de maneira transversal à calçada, marcando acessos a locais de embar- que de transporte público. Nos abrigos devem ser previstos assentos fixos para descanso das pessoas com mobilidade reduzida e espaço livre para os usuários de cadeiras de rodas com a dimensão de um módulo de referência (80 x 120cm). Caso o abrigo esteja situado sobre plataforma elevada, deve possuir rampa de acesso atendendo aos requisitos de acessibilidade. A localização do abrigo ou outros equipamentos não deve obstruir a área de circulação livre. Da mesma forma, nenhum elemento do abri- go pode interferir na circulação dos pedestres ou na intervisibilidade entre veículos e usuários. Recomenda-se que bancas de revistas estejam posicionadas a pelo menos 15,00 m da esquina. É importante prever junto aos bancos situados em rotas acessíveis um local livre para o usuário de cadeira de rodas, posicionado de forma a não interferir na circulação e com dimensão equivalente ao módulo de referência (MR=80x120cm). *dimensões em cm Figura 41 – Local de embarque de transporte público Art. 16. As características do desenho e a instalação do mobiliário urba- no devem garantir a aproximação segura e o uso por pessoa portadora de deficiência visual, mental ou auditiva, a aproximação e o alcance visual e manual para as pessoas portadoras de deficiência física, em especial aquelas em cadeira de rodas, e a circulação livre de barreiras, atendendo às condições estabelecidas nas normas técnicas de acessi- bilidade da ABNT. Art. 17. Os semáforos para pedestres instalados nas vias públicas deve- rão estar equipados com mecanismo que sirva de guia ou orientação para a travessia de pessoa portadora de deficiência visual ou com mo- bilidade reduzida em todos os locais onde a intensidade do fluxo de veículos, de pessoas ou a periculosidade na via assim determinarem, bem como mediante solicitação dos interessados. *dimensões em cm É LEI! O QUE DIZ O DECRETO 5150 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C DICA 12 4.2.7. VEGETAÇÃO O plantio de vegetação nos passeios deve atender aos seguintes critérios: estar inserida na faixa de serviço, por estar situada junto à via de tráfego de veículos, protege os pedestres de possíveis confrontos com veículos; é admitido o plantio de grama desde que respeitada a faixa de circulação livre; elementos da vegetação como plantas entouceiradas, ramos pen- dentes, galhos de árvores e arbustos não devem avançar na faixa de cir- culação livre, respeitando a altura mínima de 2,10 m; orlas, grades, muretas ou desníveis entre o piso e o solo não de- vem avançar na faixa de circulação livre; no caso de grelhas das orlas para proteção de vegetação, estas devem possuir vãos não superiores a 15 mm de largura, posicionadas no sentido transversal ao caminhamento; junto às faixas livres de circulação não são recomendadas plantas com as seguintes características: dotadas de espinhos, produtoras de substâncias tóxicas, espécies com frutos de grandes dimensões e plan- tas cujas raízes possam danificar o pavimento; O plantio de árvores é importante para a melhoria da qualidade de vida urbana. A vegetação contribui para minimizar a poluição atmos- férica, proporcionando o sombreamento das áreas, bem como o con- forto térmico e visual para o caminhar dos pedestres. O que diz o Código Florestal Brasileiro: Determina que as florestas e as demais formas de vegetação são bens de interesse comum a todos os habitantes do país. Nas áreas ur- banas, dá competência aos municípios para a fiscalização e promove a descentralização administrativa. As limitações previstas nesse código aplicam-se tanto a áreas rurais quanto a áreas urbanas. Para o plantio de vegetação nos passeios deve-se sempre consultar profissional habilitado e o setor público responsável. Isso auxiliará o interessado a escolher espécies mais adequadas a cada tipo de clima e solo, assim como o posicionamento mais apropriado na via. Destaque: Orienta que os planos diretores e as leis de uso e ocupação do solo devem respeitar os princípios e limites definidos no Código Flo- restal, quando se tratar de áreas de preservação permanente; É sugerida a utilização de protetor de árvores, via tutor, que ainda jovens em estágio de desenvolvimento, evitando assim o pisoteio e a depredação. Poderão ser circulares, quadrados ou triangulares com diâmetro de no máximo 0,75m; É sugerida a utilização de protetor de base quando do plantio das mudas, utilizados para permitir ao passeio totalmente pavimentado um trânsito de pedestres sem obstáculos e promover o crescimento e de- senvolvimento das árvores adequadamente sem danificar as calçadas e ainda dar permeabilidade ao solo, evitando-se ainda, seu pisoteio e a degradação dos canteiros; Deverão ser de dimensão mínima de 0,75 X 0,75 metros com desenho interno circular, com uma abertura livre no interior (que se adapte a árvore já plantada) de no mínimo 0,40m de diâmetro, e se- rem feitas de duas partes que se encaixam pressionando para o centro; poder-se-á instalar iluminação na base; É sugerida o plantio de mudas com altura mínima de 1,80 m, para proteger os pedestres; É sugerido o plantio de espécies frutíferas nativas, com frutos de pequena dimensão, para servir de alimento a fauna silvestre. Pode ser utilizado protetor de ár- vores em estágio de desenvolvimen- to, evitando dessa forma pisoteio e depredação. Poderão ser circulares, quadrados ou triangulares, tendo di- âmetro de no máximo 0,75m. A utilização de protetor de base quando do plantio das mudas, per- mitirá ao passeio totalmente pavi- mentado um trânsito de pedestres sem obstáculos, promovendo o crescimento e desenvolvimento sem danificar as calçadas, dando perme- abilidadeao solo. Deverão ser de dimensão mínima de 0,75 x 0,75 metros (figura 42). O plantio de mudas deve possuir altura mínima necessária para proteger os pedestres. Figura 42 - Protetor de base 5352 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C 4.3.1. DEFINIÇÕES A seguir estão descritos os principais itens relacionados com a acessi- bilidade nos diferentes tipos de edificações, conforme a legislação vigente. Edificações de uso privado: Aquelas destinadas à habita- ção, que podem ser classificadas como unifamiliar ou multifamiliar. A construção de edificações de uso privado multifamiliar deve atender aos preceitos da acessi- bilidade na interligação de todas as partes de uso comum ou aber- tas ao público, conforme normas técnicas, sendo obrigatório: Percurso acessível que una as edificações à via pública, aos serviços anexos de uso comum e aos edifícios vizinhos; Rampas ou equipamentos ele- tromecânicos para vencer os desní- veis existentes nas edificações; Circulação nas áreas co- muns com largura livre mínima re- comendada de 1,50 m e admissí- vel mínima de 1,20 m e inclinação transversal máxima de 2% para pi- sos internos e máxima de 3% para pisos externos; Elevadores de passageiros em todas as edificações com mais de cinco andares, recomendan- do-se no projeto a previsão de es- paço para instalação de elevador nos outros casos; Cabina do elevador, e res- pectiva porta de entrada, acessível Art. 18. A construção de edifica- ções de uso privado multifamiliar e a construção, ampliação ou re- forma de edificações de uso cole- tivo devem atender aos preceitos da acessibilidade na interligação de todas as partes de uso comum ou abertas ao público, conforme os padrões das normas técnicas de acessibilidade da ABNT. Parágrafo único. Também estão sujeitos ao disposto no caput os acessos, piscinas, andares de re- creação, salão de festas e reuni- ões, saunas e banheiros, quadras esportivas, portarias, estaciona- mentos e garagens, entre outras partes das áreas internas ou ex- ternas de uso comum das edifi- cações de uso privado multifami- liar e das de uso coletivo. para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida; Prever vagas reserva para veículos conduzidos ou condu- zindo pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida nos estacio- namentos; Prever via de circulação de pedestre dotada de acesso para pessoas com deficiência ou mobi- lidade reduzida. É LEI! O QUE DIZ O DECRETO 4.3 Edificações Edificações de uso coletivo: Aquelas destinadas às atividades de natureza comercial, hoteleira, cultural, esportiva, financeira, turística, recreativa, social, religiosa, edu- cacional, industrial e de saúde, inclusive as edificações de prestação de serviços de atividades da mesma natureza, sendo obrigatório: Todas as entradas devem ser acessíveis, bem como as rotas de interligação às principais funções do edifício; No caso de edificações existentes, deve haver ao menos um aces- so a cada 50 m no máximo conectado, através de rota acessível, à circu- lação principal e de emergência; Ao menos um dos itinerários que comuniquem horizontalmente e verticalmente todas as dependências e serviços do edifício, entre si e com o exterior, deverá cumprir todos os requisitos de acessibilidade; Garantir sanitários e vestiários acessíveis às pessoas com deficiên- cia ou mobilidade reduzida, possuindo 5% do total de cada peça (quan- do houver divisão por sexo), obedecendo ao mínimo de uma peça; Nas áreas externas ou internas da edificação destinadas a garagem e ao estacionamento de uso público é obrigatório reservar as vagas pró- ximas aos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas com deficiência física ou com dificuldade de locomoção, respeitando o número de vagas conforme prevê a norma ABNT NBR 9050/15; Entre o estacionamento e o acesso principal deve existir uma rota acessível. Caso isso não seja possível, deve haver vagas de estaciona- mento exclusivas para as pessoas com deficiência ou mobilidade redu- zida próximas ao acesso principal; Em shopping centers, aeroportos, áreas de grande fluxo de pesso- as, ou em função da especificidade/natureza de seu uso, recomendam- -se um sanitário acessível que possa ser utilizado por ambos os sexos (sanitário familiar). Nos conjuntos residenciais, verticais ou horizontais, as áreas de uso comum devem, obrigatoriamente, ser acessíveis, enquanto que, para as unidades habitacionais é facultativo; entretanto, recomenda-se evi- tar paredes estruturais nas quais, provavelmente, serão feitas altera- ções, de forma a viabilizar futuras adaptações. User Marcador de texto User Marcador de texto User Marcador de texto 5554 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C 4.3.2. CIRCULAÇÃO HORIZONTAL O acesso livre de barreiras, que permite a circulação por toda a edi- ficação, interligando as áreas externas a todas as suas dependências e serviços, define uma rota acessível. O trajeto acessível abrange a cir- culação na horizontal, em todas as áreas dos pavimentos, assim como na vertical, garantindo o deslocamento por rampa ou equipamento de transporte vertical. As escadas fixas e os degraus podem fazer parte da rota acessível, desde que estejam associados a rampas ou equipamen- tos de transporte vertical. Para definir uma rota acessível, é necessário observar as caracte- rísticas de piso; a largura e a extensão dos corredores e passagens; os desníveis, as passagens e a área de manobra próxima de portas; além de outros elementos construtivos que possam representar obstáculos à mobilidade das pessoas. A circulação em rota acessível deve ser livre de degraus e respeitar as demais exigências contidas na norma ABNT NBR 9050/15. A largura mínima está vinculada a extensão do corredor ou área de circulação de edificações ou equipamentos urbanos. No caso de haver deslocamento lateral a partir do corredor, deve- rão ser respeitadas as dimensões mínimas que garantam espaço livre para manobras. Figura 43 - Dimensões mínimas para circulação horizontal Tipo de Uso Comprimento Até 4,00 m Até 10,00 m Acima de 10,00 m - Comum Comum Comum Público Largura Mínima 0,90 m 1,20 m 1,50 m 1,50 m Art. 19. A construção, ampliação ou reforma de edificações de uso público deve garantir, pelo menos, um dos acessos ao seu interior, com comuni- cação com todas as suas dependências e serviços, livre de barreiras e de obstáculos que impeçam ou dificultem a sua acessibilidade. É LEI! O QUE DIZ O DECRETO Para transposição de obstáculos isolados, objetos e elementos com extensão máxima de 40 cm (por exemplo passagem de portas) admite- -se largura mínima de 80 cm. 80 40 Figura 44 – Transposição de obstáculos isolados Capachos, forrações, carpetes e tapetes devem ser evitados em rotas acessíveis. Quando existentes, devem ser embutidos ou sobrepostos no piso e nivelados de maneira que eventual desnível não exceda 5 mm. Figura 45 – Instalação de capachos embutidos Na existência de catracas ou cancelas, ao menos uma deve ser acessível à pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida. Da mesma forma, na existência de portas giratórias deve ser prevista junto a estas, outra entrada que garanta a acessibilidade. *dimensões em cm DICA 13 5756 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C Os materiais de revestimento e acabamento devem ter superfície regular, firme, estável, não trepidante para dispositivos com rodas e antiderrapante, sob qualquer condição (seco ou molhado). A inclinação transversal da superfície deve ser de até 2% para pisos internos e de até 3% para pisos externos. A inclinação longitudinal da superfície deve ser inferior a 5%. Inclinações iguais ou superiores a 5% sãoconsideradas rampas. Figura 46 – Tratamento de desníveis até 20 mm Quando superiores a 15 mm devem atender aos requisitos de ram- pas e degraus, conforme norma ABNT NBR 9050/15. As rampas devem atender aos seguintes requisitos: dos em rotas acessíveis. Com até 5 mm, desníveis não necessitam de tratamento. Entre 5 mm e 20 mm, desníveis devem ser tratados como rampa com inclinação máxima de 1:2 (50%). O QUE DIZ O DECRETOÉ LEI! Art. 20. Na ampliação ou reforma das edificações de uso púbico ou de uso coletivo, os desníveis das áreas de circulação internas ou externas serão transpostos por meio de rampa ou equipamento eletromecânico de deslocamento vertical, quando não for possível outro acesso mais cô- modo para pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, conforme estabelecido nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT. A construção, ampliação ou reforma de edificações de uso público deve garantir, pelo menos, um dos acessos ao seu interior, com comunica- ção com todas as suas dependências e serviços, livre de barreiras e de obstáculos que impeçam ou dificultem a sua acessibilidade. Na circulação vertical, de- ve-se garantir que qualquer pessoa possa se movimentar e acessar todos os níveis da edificação com autonomia e independência. Desníveis devem ser evita- 4.3.3. CIRCULAÇÃO VERTICAL É LEI! O QUE DIZ O DECRETO *dimensões em mm Figura 47 – Inclinação longitudinal admissível em rampas Figura 48 – Detalhes construtivos da rampa – vista superior Inclinação admissível em cada segmento de rampa Desnível máximo de cada segmento de rampa 1,50 1,00 0,80 5,00% (1:20) 5,00% (1:20) < i <6,25% (1:16) 6,25% (1:16) < i <8,33% (1:12) Número máximo de segmento de rampa Sem limite Sem limite 15 Largura mínima de 1,20 m; Quando não existirem paredes laterais, as rampas devem possuir guias de balizamento com altura mínima de 5 cm executadas nas proje- ções dos guarda-corpos; Patamares no início e final de cada segmento de rampa com com- primento mínimo admitido de 1,20 m, no sentido do movimento; Piso tátil de alerta para sinalização, com largura entre 25 e 60 cm, posicionados conforme as distâncias indicadas na Figura 47, localizado antes do início e após o término da rampa com inclinação longitudinal maior ou igual a 5%; Inclinação transversal de no máximo 2% em rampas internas e 3% em rampas externas; Corrimãos instalados em ambos os lados, a 0,92 m e a 0,70 m do piso, prolongados paralelamente ao patamar, por pelo menos 30 cm nas extremidades, sem interferir com as áreas de circulação; Deverão existir sempre patamares próximos a portas e bloqueios. As rampas devem ter inclinação de acordo com os limites estabele- cidos na norma ABNT NBR 9050/15. *dimensões em cm User Marcador de texto User Marcador de texto User Marcador de texto User Marcador de texto User Marcador de texto User Marcador de texto User Marcador de texto 5958 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C Figura 49 – Detalhes construtivos da rampa – vista frontal Figura 50 – Patamar de rampa - exemplo Não pode haver sinalização tátil de alerta em patamares de escadas e rampas, em geral, cabendo aos corrimãos contínuos servir de linha- -guia para orientar a circulação, salvo nas seguintes situações: Existência de elementos interrompendo pelo menos um dos cor- rimãos; Patamar de comprimento superior a 2,10 m; Patamar com circulação adjacente, ou seja, interrupção da guia de balizamento. As escadas fixas e os degraus poderão fazer parte das rotas acessíveis, desde que associadas a rampas ou a equipamentos eletromecânicos. Se estiverem na rota acessível, não podem ter seu espelho vazado. O dimensionamento e as características dos pisos e espelhos de- verão seguir as exigências da norma ABNT NBR 9050/15, inclusive de- graus isolados. *dimensões em cm Figura 51 – Detalhes construtivos de escada (L<240cm) Em escada com largura maior que 2,40 m, deve-se seguir as orien- tações da norma ABNT NBR 9050/15. Além destas características, as escadas fixas devem garantir: Largura livre mínima de 1,20 m; Quando não existirem paredes laterais, as rampas devem possuir guias de balizamento com altura mínima de 5 cm executadas nas proje- ções dos guarda-corpos; Patamar no sentido do movimento, a cada 3,20 m de altura, com dimensão mínima de 1,20 m, ou quando houver mudança de direção (neste caso a largura do patamar deverá ser igual à largura da escada); Piso tátil para sinalização, com largura entre 25 e 60 cm, localizado antes do início e após o término da escada; O primeiro e o último degrau de um lance de escada a uma dis- tância mínima de 30 cm do espaço de circulação. Dessa forma, o cruza- mento entre as circulações horizontal e vertical não é prejudicado; Todos os degraus devem ter sinalização visual na borda do piso e do espelho, em cor contrastante; Inclinação transversal máxima admitida de 1% em escadas internas e 2% em escadas externas; Corrimãos instalados em ambos os lados, a 0,92 m e a 0,70 m do piso, prolongados paralelamente ao patamar, por pelo menos 30 cm nas extremidades, sem interferir com as áreas de circulação. *dimensões em cm*dimensões em cm User Marcador de texto User Marcador de texto 6160 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C 120 120 80 80 12 0 12 0 15 0 15 0 Figura 52 –Área de resgate junto a escadas e em espaço confinado 4.3.4. ÁREA DE RESGATE As rotas de fuga devem atender ao disposto na ABNT NBR 9077/01 e outras regulamentações locais contra incêndio e pânico. Quando as rotas de fuga incorporarem escadas de emergência ou elevadores de emergência, devem ser previstas áreas de resgate com espaço reservado e demarcado para o posicionamento de pessoas em cadeiras de rodas, dimensionadas de acordo com o Módulo de Referên- cia (M.R.) da ABNT 9050/15. A área de resgate deve: Estar localizada fora do fluxo principal de circulação; Garantir área mínima de circulação e manobra para rotação de 180°, e, quando: - Localizada em nichos, devem ser respeitados os parâmetros mínimos; - Ser ventilada; - Ser provida de dispositivo de emergência ou intercomunicador; - Deve ter o M.R. sinalizado. Segunda a norma ABNT NBR 9050/15, nas áreas de resga- te, deve ser previsto no mínimo um M.R. a cada 500 pessoas de lotação, por pavimen- to, sendo no mínimo um por pavimento e um para cada escada e elevador de emer- gência. Se a antecâ- mara das escadas e a dos elevadores de emergência forem comuns, o quantita- tivo de M.R. pode ser compartilhado. *dimensões em cm 4.3.5. EQUIPAMENTOS ELETROMECÂNICOS Desníveis também podem ser vencidos por equipamentos eletrome- cânicos. No projeto arquitetônico, deve ser definido o local onde será instalado o equipamento eletromecânico, com a especificação técnica e a indicação da rota acessível até o equipamento, observando as áreas mínimas da largura dos corredores e da área de manobra. Os elevadores de passagei- ros deverão atender integral- mente a norma ABNT NBR NM 313 - Elevadores de passagei- ros - Requisitos de segurança para construção e instalação - Requisitos particulares para a acessibilidade das pessoas, incluindo pessoas com defici- ência, quanto às características gerais, dimensionamento e si- nalização, garantindo: Acesso a todos os pavi- mentos; Cabina com dimensões mínimas de 110 cm x 140 cm; Art. 27. A instalação de novos elevadores ou sua adaptação em edificações de uso público ou de uso coletivo, bem assim a instalação em edificação de uso privado multifamiliar a ser construída, na qual haja obri- gatoriedade da presença de elevadores, deve atender aos padrões das normas técnicas de acessibilidade da ABNT. É LEI! O QUE DIZ O DECRETO A área em frente ao elevador deve ter uma forma que permita a ins- crição de um círculo, com diâmetromínimo de 1,50 m, para permitir a manobra de uma pessoa em cadeira de rodas. As plataformas elevatórias, devem seguir as normas técnicas ABNT 15655-1, ou no que couber a ISO 9386-1, para plataforma de elevação vertical, e ABNT NBR ISO 9386-2, para plataforma de elevação inclina- da, garantindo: Dimensões mínimas de 90 x 140 cm (em edificações com aces- so público); Projeção do seu percurso si- nalizada no piso. Além das demais prescrições normativas, nas condições de se- gurança devem ser observadas a existência de: Freio de emergência; Botão de emergência; Acionamento por pressão constante (o equipamento só funciona com o botão apertado); Trava eletromecânica; Sensor de porta fechada; Sensor abaixo do equipa- mento, para evitar esmagamento e aprisionamento. A plataforma vertical com fechamento contínuo até 110 cm do piso pode ser utilizada para vencer desníveis de até 2,00 m. Para vencer desní- veis de até 9,0 m, deverá ser utilizada somente plataforma elevatória ver- tical com caixa enclausurada. User Marcador de texto 6362 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C Figura 53 – Detalhes construtivos para elevador Figura 54 – Sinalização para escada rolante *dimensões em cm *dimensões em cm Elevadores, plataformas elevatórias, escadas rolantes e outros equi- pamentos devem possuir piso tátil alerta corretamente instalado para auxiliar no alerta sobre a iminência do funcionamento do equipamento e orientar, juntamente com instruções operacionais, qual a melhor po- sição para seu acionamento ou uso. O direcionamento da pessoa com deficiência visual para um ou mais equipamentos deve ser feito através do piso tátil direcional, determinado após análise da necessidade de se levar para um ou mais equipamen- tos, lembrando que deve ser evitada a duplicidade de percursos, para se evitar confusão na informação. Quando houver necessidade do direcio- namento para o elevador, a linha formada pelo piso tátil direcional deve encontrar a sinalização tátil de alerta do elevador do lado da botoeira. 4.3.6. PORTAS, JANELAS E DISPOSITIVOS As pessoas que utilizam equipamentos auxiliares no seu deslocamen- to, tais como cadeiras de rodas ou andadores, necessitam de um espaço adicional para a abertura da porta. Assim, a maçaneta estará ao alcance da mão e o movimento de abertura da porta não será prejudicado. As dimensões variam em função da abertura da porta e da forma de aproximação, se lateral ou frontal. m ín .6 0 cm mín. 150 cmmín. 120 cm m ím 3 0 cm m ín . 8 0 cm Figura 55 – Distâncias mínimas para abertura de portas Para a utilização de portas em sequência, é necessário um espaço de transposição com um círculo de 1,50m de diâmetro, somado às di- mensões da largura das portas, além dos 0,60m ao lado da maçaneta de cada porta, para permitir a aproximação de uma pessoa em cadeira de rodas. As portas também devem possuir características específicas para permitir o exercício de ir e vir dos cidadãos: Vão livre mínimo de 80 cm e altura mínima de 210 cm, inclusive em portas com mais de uma folha; Maçanetas do tipo alavanca, instaladas entre 90 a 110 cm de altura em relação ao piso, para abertura com apenas um movimento, exigindo força não superior a 36 N; Puxador horizontal, com 40 cm no mínimo, na face interna de portas de sanitários, vestiários e quartos acessíveis, facilitando o fe- chamento por usuários de cadeira de rodas; User Marcador de texto User Marcador de texto User Marcador de texto 6564 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C mín. 80 cm 90 a 1 10 c m 90 a 1 10 c m14 01 60 15 45 informação tátil na parede informação visual Vista Superior Vista Frontal Externa Figura 56 – Características das portas Figura 57 – Características de portas de sanitário, vestiários e quartos acessíveis *dimensões em cm *dimensões em cm Sinalização visual e tátil em portas dos ambientes comuns como: sanitários, salas de aula, saídas de emergência, etc.; Recomenda-se revestimento resistente a impactos na extremi- dade inferior, com altura mínima de 40 cm do piso, quando situadas em rotas acessíveis; Existência de visor, em portas do tipo vaivém, de modo a evitar co- lisão frontal. Figura 58 – Características das portas tipo vai-vem *dimensões em cm As janelas, instaladas de modo a permitirem um bom alcance visual devem ser abertas com um único movimento, empregando-se o mí- nimo esforço. O fecha- mento deve ser feito com o auxílio de trincos tipo alavanca. A altura das janelas deve considerar os li- mites de alcance visual conforme a Figura 58, exceto em locais onde devam prevalecer a se- gurança e a privacidade. Portas e paredes en- vidraçadas, localizadas nas áreas de circulação, devem ser claramente Figura 59 – Alcance visual pra instalação de janelas *dimensões em cm User Marcador de texto 6766 C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C ar til h a d e A ce ss ib ili d ad e C R E A -S C C R E A -S C Deve ser evitada mola de fechamento automático em portas por represen- tarem risco de acidentes para pessoas cegas ou que usam muletas. Figura 60 – Altura de instalação de diversos dispositivos Dispositivos Altura (cm) 60 a 100 60 a 100 40 a 100 60 a 120 80 a 100 80 a 120 80 a 120 80 a 120 80 a 120 40 a 120 80 a 100 Interruptor Campainha/alarme Tomada Comando de janela Maçaneta de porta Comando de aquecedor Registro Interfone Quadro de luz Dispositivo de inserção e retirada de produtos Comando de precisão identificadas com sina- lização visual de forma contínua, para permitir a fácil identificação visual da barreira física: A sinalização deve ser contínua, composta por uma faixa com no mínimo 50 mm de espessura, Instalada a uma altura entre 0,90 m e 1,00 m em relação ao piso acabado. Esta faixa pode ser substituída por uma composta por elemen- tos gráficos instalados de forma contínua, cobrindo no mínimo a super- fície entre 0,90 m e 1,00 m em relação ao piso; Nas portas das paredes envidraçadas que façam parte de rotas acessíveis, deve haver faixa de sinalização visual emoldurando-as, com dimensão mínima de 50 mm de largura, ou outra forma de evidenciar o local de passagem. Atenção à altura de dispositivos é essencial para garantir a acessi- bilidade de usuários de cadeira de rodas ou pessoas de baixa estatura pois possuem alcance manual diferenciado. O acionamento de certos dispositivos de maneira confortável, considerando pessoas em cadeira de rodas, é a seguinte: DICA 14 DICA 15 4.3.7. SANITÁRIOS E VESTIÁRIOS Muitos detalhes construtivos são necessários para possibilitar auto- nomia das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, devendo prever as seguintes condições gerais: No mínimo 5% do total de peças sanitárias e vestiários adequados a pessoas com deficiência; Localizados em rotas acessíveis; Portas com abertura externa nos boxes de sanitários e vestiários; Áreas de transferência lateral, perpendicular e diagonal para ba- cias sanitárias; Área de manobra para rotação 360°; Área de aproximação para utilização da peça; Possuir barras de apoio instaladas de acordo com as possibilidades previstas na norma ABNT NBR 9050; O uso de válvula de descarga ou caixa acoplada definirá o tipo de fixação das barras de apoio; As bacias sanitárias não podem possuir abertura frontal; Instalação de lavatório sem que este interfira na área de transferência; Acessórios (saboneteira, toalheiro, cabide, ducha, registro) instala- dos em uma faixa de alcance confortável para pessoas com deficiência, entre 80 e 120 cm; Sinalização com Símbolo Internacional de Acesso – SIA. Em shoppings, aeroportos, locais de grande fluxo de pessoas ou al- guma especificidade no seu uso, recomenda-se a criação de um sa- nitário familiar para uso comum.
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