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Fundos de investimento e previdência Autor Sérgio Soriano Tavares CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO UNIDADE 1 Objetivos: Divulgação das características principais dos Fundos de Investimento, para que o aluno possa os conhecer de forma bem abrangente e detalhada. Introdução Na aula Fundos de Investimento e Previdência, o aluno será apresentado às características principais dessas modalidades de investimento, conhecendo tudo sobre o seu funcionamento, sua composição, sua constituição e sua classificação, além de conhecer sobre regulamentos, prospectos e demais informações relevantes que o investidor precisa saber, caso opte por investir nesses tipos de investimento. Conceitos básicos1 Um fundo de investimento é um condomínio de pessoas, compostas por indivíduos ou empresas, que se juntam com o objetivo em comum de rentabilizar o capital investido, seguindo as regras estabelecidas pelo gestor dos recursos. Por se tratar de um condomínio, ele tem CNPJ, demonstrativos financeiros, auditoria e regulamento. Os detentores de cotas de um fundo são chamados de cotistas e são donos de uma fração do total do patrimônio, que é representada pela quantidade de cotas aplicadas no fundo. Em um fundo, o investidor não está emprestando dinheiro para o banco usar como lastro de empréstimos para outros clientes. Um investidor ao contratar um banco para administrar os investimentos por meio de um fundo está unicamente contratando o serviço de administração de carteira. O patrimônio de um fundo não se mistura com o patrimônio da instituição financeira que o administra. Tal segregação é denominada pelo mercado como Chinese Wall. Ao fazer parte de um grande bolo, o cotista tem acesso a investimentos e a mercados que, com menos recursos, não teria. Com R$ 500,00, por exemplo, é possível investir em um fundo de Definição1.1 Figura 1 – Fundo de investimento Fonte: Goumbik/Pixabay. Vantagens do Fundo de investimento1.2 http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/01.jpg investimento, mas não em um Certificado de Depósito Bancário (CDB) de um banco qualquer. Os fundos têm uma gestão profissional. A administração dos recursos é entregue a um profissional de mercado, que apresenta formação específica e dedicação exclusiva à análise e às decisões de investimento. Em virtude do grande volume de recursos disponível, é possível diversificar a carteira de ativos de um fundo, de modo a minimizar os riscos do investimento. Com R$ 1.000,00, por exemplo, uma das poucas opções para um investidor é comprar um CDB ou adquirir uma ação de uma empresa, tendo o risco concentrado no banco emissor do CDB ou na companhia emissora da ação. Já aplicando o mesmo recurso citado acima em um fundo de investimento, os R$ 1.000,00 vão se juntar a muitos mil reais, que somarão milhões de reais. Com milhões de reais, o gestor poderá comprar diversos e diferentes títulos, diversificando riscos e minimizando perdas. Não importa a quantia aplicada em um fundo. Todos os cotistas de um mesmo fundo recebem a mesma rentabilidade. Escolhendo aplicações em fundos de investimento, o investidor tem alguns benefícios, como: ativos que não poderiam ser acessados individualmente; custo operacional menor pelo volume negociado; possibilidade de investir em ativos de baixa liquidez. Figura 2 – Vantagens do fundo de investimento Fonte: Instituto Phorte. http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/02.png O principal diferencial do fundo de investimento, em comparação com outras modalidades de investimento, é a possibilidade de diversificação e a consequente diluição do risco envolvido na operação. Isso porque, pelo mesmo montante utilizado para a compra do CDB de um Banco, que na pior das hipóteses pode quebrar financeiramente, o investidor pode aplicar em um fundo de investimento cujo patrimônio é composto por diversos títulos com diferentes rentabilidades, prazos, riscos e outras características. Elementos de um fundo2 A cota de um fundo é uma fração ideal de seu patrimônio, que é calculada por meio da divisão do patrimônio líquido do fundo pelo número de cotas do fundo. Ela também representa o valor mínimo que se pode adquirir de um fundo. As cotas de um fundo de investimento, que, aos seus cotistas, oferecem direitos e obrigações iguais, correspondem a frações ideais de seu patrimônio. Além disso, elas são classificadas como escriturais e nominativas. Com base no valor da cota diária, o investidor pode calcular seu patrimônio no fundo, assim como a rentabilidade que vem obtendo. Para saber o valor atualizado, investido em um fundo, deve-se multiplicar a quantidade de cotas pelo valor da cota. Cotas2.1 Na maioria dos fundos, a cota é calculada diariamente, tendo por base a divisão entre o patrimônio líquido do fundo e sua quantidade de cotas emitidas até aquela data. Dessa forma, ao investir num fundo de investimento, o sistema divide o valor aplicado pelo valor da cota do fundo, naquele dia, encontrando a quantidade de cotas adquiridas. (GALLAGHER, 2004, p. 79). Um cotista consegue verificar diariamente o valor da cota do fundo em que aplica os seus recursos solicitando um extrato à instituição financeira que faz a gestão desse fundo ou buscando essa informação no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM): www.cvm.gov.br [http://www.cvm.gov.br] (acesso em: 31 mar. 2020). A aquisição das cotas de um fundo deve ser realizada em moeda corrente nacional, à exceção dos fundos para investidores qualificados, nos quais a aquisição das cotas pode ser feita com a utilização de títulos e valores mobiliários. A Instrução CVM nº 409 (2004) impõe aos cotistas, quando do ingresso em um fundo, que: http://www.cvm.gov.br/ O resgate de cotas de um fundo obedece às seguintes regras: O prazo para a realização da conversão de cotas, a partir do pedido de resgate, é estabelecido pelo regulamento do fundo. A data de conversão de cotas é a data em que é apurado o valor das cotas para fins de pagamento do resgate. A conversão de cotas é feita pelo valor da cota do dia na data da conversão, ressalvada a hipótese de que, nos fundos de curto prazo, nos fundos referenciados e nos fundos de renda fixa de curto pode ser utilizado valor de cota diferente, para fins de resgate no mesmo dia do pedido, desde que disposto em seus regulamentos. Consoante a Instrução CVM 494, o resgate será pago, no prazo regulamentar, em cheque, por meio de crédito em conta corrente ou por ordem de pagamento. Como disciplina a Instrução CVM nº 409, “o regulamento do fundo pode estabelecer prazo de carência para resgate, com ou sem rendimento”. Conforme Instrução CVM nº 409, salvo nos casos excepcionais de iliquidez dos ativos financeiros componentes da carteira do fundo, na hipótese de atraso no pagamento do resgate, o cotista fará jus a uma multa de 0,5% do valor de resgate por dia de atraso. Como aponta Scheid (2010), caso o patrimônio líquido do fundo se torne negativo, o prejuízo será assumido pelos cotistas, sendo o administrador e o gestor responsabilizados perante os cotistas, se tiverem incorrido em inobservância da política de investimento ou dos limites de concentração previstos em regulamento. Art. 30. Todo cotista ao ingressar no fundo deve atestar, mediante termo próprio, que: Redação dada pelo Instrução CVM Nº 522 DE 08/05/2012: I – recebeu: a) o regulamento; e b) a lâmina, se houver. Figura 3 – Cotista Fonte: ajr_images/iStock. http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/03.jpg O administrador do fundo (ou as instituições intermediárias contratadas) deve manter à disposição da CVM o referido termo próprio preenchido e assinado pelo investidor, ou registrado em sistema eletrônico que garanta suas exigências. Conforme define o Artigo 78 da Instrução Normativa CVM n° 555/2014, a administração de um fundo “compreende o conjunto de serviços relacionados direta ou indiretamente ao funcionamento e à manutenção do fundo, que podem ser prestadospelo próprio administrador ou por terceiros por ele contratados”. O administrador de um fundo de investimento é uma empresa que tem a responsabilidade legal pelo fundo que administra. É responsável pela constituição do fundo, prestação de informações à CVM, além de funcionar como retaguarda do fundo, conhecido como back office. As principais funções do administrador de um fundo são: responder pelas informações divulgadas no material de divulgação do fundo; informar sobre qualquer alteração que ocorra no fundo; manter em ordem a documentação relacionada ao fundo; elaboração dos livros de atas de assembleias; cálculo da cota do fundo; controle dos cotistas. Por meio do regulamento, o administrador deve dispor sobre o valor da taxa de administração, que remunerará todos os serviços prestados, à exceção dos serviços de custódia e auditoria independente, podendo, em alguns casos, haver remuneração baseada no resultado do fundo, conhecida como taxa de performance, além da taxa de ingresso e saída. Administrador2.2 Figura 4 – Administrador Fonte: geralt/Pixabay. http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/04.jpg A Instrução Normativa CVM n° 409 prevê que, aos administradores, é vedada a prática de certos atos em nome do fundo: As inúmeras obrigações do administrador de um fundo de investimento devem garantir o seu perfeito funcionamento e, seguindo as boas práticas de governança corporativa, a minimização dos conflitos de interesse entre os terceiros prestadores de serviços ao fundo e os seus cotistas. A Instrução Normativa n° 409 prevê, ainda, as hipóteses em que deverão ser substituídos o administrador e o gestor da carteira de um fundo: Art. 64. É vedado ao administrador praticar os seguintes atos em nome do fundo: I. receber depósito em conta corrente; II. contrair ou efetuar empréstimos, salvo em modalidade autorizada pela CVM; III. prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer outra forma; IV. vender cotas à prestação, sem prejuízo da integralização a prazo de cotas subscritas; V. prometer rendimento predeterminado aos cotistas; [...]. Art. 66. O administrador e o gestor da carteira do fundo devem ser substituídos nas hipóteses de: I. descredenciamento para o exercício da atividade de administração de carteira, por decisão da CVM; II. renúncia; ou III. destituição, por deliberação da assembleia geral. O custodiante é o responsável pela guarda dos títulos do fundo. Ele não pode pertencer à mesma instituição do administrador e do gestor do título. É uma pessoa jurídica autorizada pela CVM para prestação de serviços de custódia. Custodiante2.3 Auditor independente2.4 A auditoria independente é aquela realizada por pessoa jurídica, em geral, empresa de contabilidade, que tem autorização da CVM para produzir parecer de auditoria no mercado de valores mobiliários. Autoriza a auditoria independente por pessoa jurídica. A auditoria independente visa à credibilidade das informações divulgadas aos cotistas e entidades reguladoras. Assim, o relatório a ser elaborado pelo auditor independente contendo a análise realizada nas demonstrações financeiras do fundo deverá tratar, em especial, da adequação aos princípios contábeis e do cumprimento das normas operacionais. Desse modo, como aponta Canalini (2012), tal qual o custodiante, a auditoria independente funciona como mecanismo de proteção ao cotista. Figura 5 – Auditor independente Fonte: Fred Ho/Shutterstock. http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/05.jpg Todos os fundos de investimento registrados na CVM são obrigados a passar um processo de auditoria externa por meio de um auditor independente. E todo cotista tem o direito de exigir o parecer de auditoria relacionado ao fundo em que ele investe. O distribuidor é uma instituição financeira responsável pela comercialização do fundo. Esse é o papel dos bancos na indústria de fundos. Quando o banco vende fundos, ele é remunerado por esse trabalho, e a remuneração é paga pelo gestor, que divide com o banco a taxa de administração recebida (GALLAGHER, 2004). Distribuidor2.5 A figura do distribuidor não está restrita somente aos fundos de investimento. Uma instituição financeira pode funcionar como distribuidora de títulos privados, como debêntures emitidas por empresas que precisem captar recursos no mercado financeiro. Gestor2.6 Figura 6 – Gestor Fonte: gorodenkoff/iStock. http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/06.jpg O gestor é o administrador da carteira de um fundo é o responsável por selecionar, comprar e vender ativos para este, de acordo com o que é estabelecido no regulamento desse fundo, na política de investimento. Qualquer benefício ou vantagem recebida pelo gestor ou administrador deve ser imediatamente transferida ao fundo, para benefício do cotista. Taxas e documentos dos fundos3 A taxa de administração é a remuneração do gestor. Ela pode ser cobrada de duas formas: Fixa: calculada diariamente, tendo como base 1/360 do percentual sobre o patrimônio líquido do fundo. É paga normalmente de forma mensal. Performance: percentual calculado sobre o que variar acima de um indexador estabelecido, que poder ser a taxa dos Certificados de Depósito Interbancário (CDI, principal referência de títulos de renda fixa) ou o índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa). A cobrança da taxa de administração aos cotistas de um fundo variam de acordo com o risco do fundo, ou seja, quanto maior o risco, maior a taxa. Essa relação parte do pressuposto de que fundos com maiores riscos requerem mais trabalho de seus gestores na análise de risco dos papéis e das estratégias de investimento. Quanto maior for o valor mínimo de aplicação aceito por um fundo, menor será a taxa de administração. Essa prática busca incentivar a captação de volumes maiores. A performance de um fundo de renda fixa sofre grande influência da taxa de administração. Para fundos com uma carteira de risco idêntico, por exemplo, o que irá definir a rentabilidade de um fundo de renda fixa será a sua taxa de administração. Quanto maior a taxa, menor a rentabilidade. Taxa de administração3.1 Figura 7 – Taxa de administração Fonte: Tumisu/Pixabay. http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/07.jpg Quanto menor estiver a taxa de juros (Selic) mais relevante se torna o peso da taxa de administração na rentabilidade do investimento. No seguinte cenário, por exemplo, com taxa Selic de 3,75% a.a. em março de 2020, se um fundo cobrar uma taxa de administração acima de 1% a.a., o investidor que aplicar na poupança terá mais rendimento e menos risco do que uma aplicação em um fundo de investimento. A taxa de performance é a taxa que remunera o gestor do fundo por conta do desempenho que ele obteve. Ela é cobrada quando o gestor consegue superar o desempenho do benchmark do fundo. O benchmark mais usado nos fundos é o CDI, tanto para fundos de renda fixa quanto para fundos multimercado. Outros benchmarks podem ser usados de acordo com o tipo de fundo. A cobrança da taxa de performance deve ser, no mínimo, semestral, e deve ser cobrada sobre o excedente de rentabilidade auferida e o benchmark. Para cobrar taxa de performance, um fundo deve obedecer a dois critérios de forma conjunta: a rentabilidade do fundo precisa ser superior à rentabilidade do benchmark; a cota no momento da cobrança precisa ser superior à cota da última cobrança de performance. Taxa de performance3.2 Figura 8 – Taxa de performance Fonte: Tumisu/Pixabay. http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/08.jpg A taxa de performance normalmente é cobrada de fundos de ações e fundos multimercados, pois são neles que o gestor assume mais riscos para gerar uma maior rentabilidade à carteira do fundo. Por esse motivo, a necessidade de uma performance acima da normalidade está relacionada à cobrança dessa taxa adicional pelo seu trabalho diferenciado. Canalini (2012) define prospecto como o documento que sintetizaas informações mais relevantes que os investidores devem ter na realização de um investimento em um fundo. O processo de escolha de um fundo de investimento começa pela análise do prospecto, documento que apresenta as principais informações do mesmo. O prospecto deve conter informações como a política de investimento do fundo e os riscos envolvidos em suas aplicações (SCHEID, 2010). Conforme regulamenta da Instrução Normativa CVM nº 409, a linguagem do prospecto deve ser clara e acessível ao público alvo, além de conter todas as informações relevantes: Prospecto3.3 Figura 9 – Prospecto Fonte: Pexels/Pixabay. http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/09.jpg Art. 40. O prospecto deve conter, em linguagem clara e acessível ao público alvo do fundo, informações sobre os seguintes tópicos, assim como quaisquer outras informações consideradas relevantes: I. metas e objetivos de gestão do fundo, bem como seu público alvo; II. política de investimento e faixas de alocação de ativos financeiros, discriminando seu processo de análise e seleção; (Redação dada pela Instrução CVM Nº 522 DE 08 de maio de 2012) III. política de investimento e faixas de alocação de ativos, discriminando o processo de análise e seleção dos mesmos; (Redação Anterior) IV. relação dos prestadores de serviços do fundo; V. especificação, de forma clara, das taxas e demais despesas do fundo; VI. apresentação detalhada do administrador e do gestor, quando for o caso, com informação sobre seu registro perante a CVM, seus departamentos técnicos e demais recursos e serviços utilizados para gerir o fundo; (Redação dada ao inciso pela Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004). O prospecto é um dos primeiros documentos que o investidor tem acesso no momento em que está interessado em investir em fundo de investimento. Ele serve como ponto de partida para o investidor conhecer melhor sobre as características e as condições apresentadas pelo fundo. Entretanto, não deve ser a única base de dados a ser utilizada na tomada de decisão do investidor. É preciso estudar e analisar informações adicionais para ter segurança na hora de investir em um fundo de investimento. O regulamento de um fundo é o principal documento que estabelece as regras que o fundo deverá seguir. Ele é de extrema importância para o investidor, que o usará como base de consulta de informações, e serve como referência ao gestor do que é permitido fazer na administração dos recursos. O regulamento é um documento que explica os objetivos do fundo, a composição da carteira, a estratégia de investimentos, os riscos incorridos pelo cotista, bem como assuntos operacionais e administrativos. De acordo com a CVM nº 409, os principais pontos do regulamento de um fundo são: Regulamento3.4 À assembleia geral de cotistas, cabe a implementação de alterações no regulamento de um fundo. À assembleia, cumpre, ademais, determinar a data a partir da qual terão eficácia as alterações. O regulamento poderá, contudo, ser alterado independentemente da assembleia geral, quando a alteração for necessária ao atendimento de exigências expressas da CVM para a adequação a normas legais ou regulamentares, ou, ainda, para a atualização dos dados cadastrais do administrador, do gestor ou do custodiante do fundo. Art. 41. O regulamento deve, obrigatoriamente, dispor sobre: I. qualificação do administrador do fundo; II. quando for o caso, referência à qualificação do gestor da carteira do fundo; III. qualificação do custodiante; IV. espécie do fundo, se aberto ou fechado; V. prazo de duração, se determinado ou indeterminado; VI. política de investimento, de forma a caracterizar a classe do fundo, em conformidade com o disposto no art. 92; (Redação dada ao inciso pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007). Figura 10 – Regulamento Fonte: Aymanejed/Pixabay. O regulamento de todos os fundos de investimento pode ser acessado através do site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM): www.cvm.gov.br [http://www.cvm.gov.br] . Para isso, basta saber o CNPJ do fundo e preenchê-lo no campo de pesquisa. http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/10.jpg http://www.cvm.gov.br/ No próximo passo o investidor pesquisa o regulamento do fundo no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Em seguida o investidor analisa o regulamento do fundo, para entender detalhadamente quais são todas as condições oferecidas ao cotista A constituição de um fundo tem como base a deliberação de um administrador que preencha os requisitos estabelecidos nas Instruções CVM 409 e 411. Esse administrador aprova o regulamento que vai estabelecer o funcionamento do fundo. O fundo pode ser constituído sob a forma de condomínio aberto ou fechado. Quando em condomínio aberto, os cotistas podem requerer o resgate de suas cotas a qualquer tempo. Quando em condomínio fechado, o resgate das cotas só poderá ser realizado ao final do prazo de duração do fundo (Instrução CVM nº 409). Seu início de funcionamento depende de seu prévio registro na CVM, do regulamento do fundo registrado em cartório de títulos e de documentos, do seu prospecto de divulgação, do nome do auditor independente, do seu número de inscrição no CNPJ e do preenchimento do formulário padronizado com as informações básicas do fundo. O documento que estipula a forma pela qual o gestor administrará um fundo de investimento é a política de investimento (investment policy). A política de investimento contempla, entre outras informações relevantes, o objetivo do fundo. O objetivo do fundo deve estar alinhado ao perfil do investidor e, assim, previamente à aplicação em um fundo de investimento, cumpre observar-se tanto o retorno quanto o risco envolvido. Os fundos de investimento têm limites de concentração do patrimônio líquido investido em alguns tipos de ativos, conforme disposição da Instrução CVM nº 450, conforme dados a seguir: Ativos financeiros negociados no exterior: 100% para os fundos de dívida externa; 20% para os fundos multimercado; 10% para as demais classes. A constituição e o funcionamento dos fundos3.5 Política de investimento (investment policy)3.6 Em relação a ativos de um mesmo emissor, os fundos de investimento são obrigados a respeitar a definição dada pela CVM. A determinação da CVM nº 409 sobre a concentração por emissores dos ativos é definida da seguinte forma: Figura 11 – Investment policy Fonte: Peggy_Marco/Pixabay. Art. 86. O fundo observará os seguintes limites de concentração por emissor, sem prejuízo das normas aplicáveis à sua classe (art. 92): I. até 20% (vinte por cento) do patrimônio líquido do fundo quando o emissor for instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil; e II. até 10% (dez por cento) do patrimônio líquido do fundo quando o emissor for companhia aberta; III. até 10% (dez por cento) do patrimônio líquido do fundo quando o emissor for fundo de investimento; IV. até 5% (cinco por cento) do patrimônio líquido do fundo quando o emissor for pessoa física ou pessoa jurídica de direito privado que não seja companhia aberta ou instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil; e V. não haverá limites quando o emissor for a União Federal. (Redação dada ao caput pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007). O termo de adesão é um documento que formaliza, por meio de uma assinatura convencional ou eletrônica, que o investidor recebeu o prospecto e o regulamento do fundo, tomou ciência da política de investimento adotada, da possibilidade de ocorrer patrimônio líquido negativo e, como cotista, é responsável por tal perda. Termo de adesão3.7 http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/11.jpg Por meio desse documento, o investidor também toma ciência de que podem ser solicitado aportes adicionais em decorrência de perda de patrimônio. Ele atesta que tem conhecimento do custo de administração do fundo (taxa de administração, performance ou qualquer outrocusto) e conhece o risco do investimento. Caberá ao administrador do fundo arquivar o termo de adesão do cliente, a fim que esteja disponível para qualquer auditoria de entidade reguladora ou autorreguladora. Por fim, caso o investidor esteja de acordo com todas as informações analisadas, ele deverá assinar o termo de adesão do fundo para oficializar a contratação do mesmo e se tornar apto para iniciar a aplicação dos recursos. Figura 12 – Termo de adesão Fonte: jarmoluk/Pixabay. O termo de adesão é um documento de extrema importância, pois é ele que oficializa a contratação do fundo de investimento por parte do investidor e o possibilita a iniciar as aplicações de seus recursos. Sem o termo assinado de forma física ou digital, não existe a possibilidade de aplicação. Todas as informações sobre determinado fundo de investimento devem ser regularmente prestadas aos seus cotistas, salvo nos casos em que a divulgação possa acarretar prejuízos ao Prestação de contas3.8 http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/12.jpg fundo. As informações sobre rentabilidade de um novo fundo apenas se tornam disponíveis aos cotistas quando o fundo venha a completar seis meses. Os fundos de investimento têm a obrigação de divulgar suas carteiras mensalmente. Todavia, como aponta Canalini (2012), se a divulgação da composição das operações em curso puder acarretar prejuízo ao fundo, a carteira poderá ser divulgada, omitindo-se as operações reputadas confidenciais pelo administrador. Figura 13 – Prestação de contas Fonte: Free-Photos/Pixabay. O cotista tem o direito de receber mensalmente a prestação de contas do fundo em que ele aplica, que inclui a lâmina do fundo com o seu histórico de rentabilidade mensal, a composição da carteira, o valor do patrimônio líquido, entre outras informações. Caso ele não receba essas informações no prazo solicitado, uma alternativa é que ele busque estas informações no site da CVM (www.cvm.gov.br [http://www.cvm.gov.br] ; acesso em: 27 abr. 2020). http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/13.jpg http://www.cvm.gov.br/ Outras características dos fundos4 O capítulo V da instrução CVM nº 409 relaciona as competências da assembleia geral de cotistas. A assembleia geral de cotistas deve ser convocada por correspondência encaminhada a cada cotista com antecedência de no mínimo, dez dias de sua realização. A assembleia poderá se instalar com a presença de qualquer número de cotistas. A Instrução Normativa CVM nº 409 dispõe sobre as matérias cuja deliberação são de competência privativa da assembleia geral de cotistas: Cada cotista tem o direito a um voto, e as deliberações da assembleia geral são tomadas por maioria de votos. As deliberações podem, conforme disponha o regulamento, ser adotadas mediante processo de consulta formal, em substituição à de reunião dos cotistas. O regulamento também pode prever quórum qualificado para as deliberações. Competências da assembleia geral de cotistas4.1 Art. 47. Compete privativamente à assembleia geral de cotistas deliberar sobre: I. as demonstrações contábeis apresentadas pelo administrador; II. a substituição do administrador, do gestor ou do custodiante do fundo; III. a fusão, a incorporação, a cisão, a transformação ou a liquidação do fundo; IV. o aumento da taxa de administração; V. a alteração da política de investimento do fundo; VI. a emissão de novas cotas, no fundo fechado; VII. a amortização de cotas, caso não esteja prevista no regulamento; e VIII. a alteração do regulamento. Podem votar em assembleia geral os cotistas que estejam inscritos no registro de cotistas na data em que a assembleia foi convocada, seus representantes legais e procuradores legalmente constituídos. Os cotistas podem, ainda, votar por meio de comunicação escrita ou eletrônica, desde que recebida pelo administrador antes do início da assembleia, observado o disposto no regulamento do fundo. A Instrução CVM nº 409 proíbe que o administrador e o gestor do fundo votem em assembleia geral, prevendo como exceções as hipóteses em que sejam os únicos cotistas do fundo ou em que haja expressa aquiescência da maioria dos demais cotistas: A marcação a mercado consiste no processo de contabilizar o preço dos ativos em uma carteira de acordo com o preço de mercado ao qual poderia ser negociado. Figura 14 – Assembleia geral de cotistas Fonte: 089photoshootings/Pixabay. Art. 54. Não podem votar nas assembleias gerais do fundo: I. seu administrador e seu gestor; (Redação dada ao inciso pela Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004). [...] Parágrafo único. Às pessoas mencionadas nos incisos I a IV não se aplica a vedação prevista neste artigo quando se tratar de fundo de que sejam os únicos cotistas, ou na hipótese de aquiescência expressa da maioria dos demais cotistas, manifestada na própria assembleia, ou em instrumento de procuração que se refira especificamente à assembleia em que se dará a permissão de voto (Redação dada ao parágrafo pela Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004). Marcação a mercado (mark to market)4.2 http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/14.jpg O processo de marcação a mercado também pode ser encontrado na literatura de finanças como mark to market ou fair value. Todos os ativos que integram as carteiras dos fundos de investimento devem ser diariamente contabilizados conforme seus preços de mercado. A contabilização dos ativos dos fundos pelo valor de mercado deve, assim, refletir, a cada dia, o verdadeiro patrimônio líquido (PL) do fundo e, portanto, o exato valor da sua cota. Dividindo-se o PL do fundo pelo número de cotas emitidas, é possível calcular o valor diário da cota do fundo (CANALINI, 2012). Figura 15 – Mark to market Fonte: 3844328/Pixabay. É importante frisar que, qualquer que seja o fundo, não há garantia de rentabilidade, sendo, inclusive, por norma da CVM, proibido dar essa garantia. O máximo que um cliente pode obter de informação sobre a rentabilidade de um fundo diz respeito a período anteriores. Garantia de rentabilidade4.3 http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/15.jpg Figura 16 – Garantia de rentabilidade Fonte: Tumisu/Pixabay. É muito importante que o cotista tenha em mente que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Mais importante do que analisar o histórico de rentabilidade de um fundo é saber qual é a composição de sua carteira, o índice de volatilidade, se é administrado e gerido por instituições financeiras sólidas no mercado etc. A análise quanto ao risco deve contemplar a análise quanto à volatilidade do fundo, a variação diária da rentabilidade, para baixo ou para cima, tendo-se como padrão a média da rentabilidade da carteira de títulos que o compõe ao longo de determinado período. É possível medir a volatilidade de um fundo observando-se a variação diária do valor da sua cota durante determinado período de dias úteis. Utilizando-se um algoritmo matemático, pode-se comparar a variação sucessiva nas cotas, a cada dia, e chegar-se ao índice de volatilidade, informação determinante quanto ao grau de risco para o investidor É exemplo o Índice de Sharpe (IS ou índice de eficiência), que indica ao investidor se os riscos assumidos pelo fundo foram bem remunerados. Seu cálculo considera a volatilidade e a rentabilidade ajustadas, ou seja, após a subtração de um benchmark, que, a depender do tipo de fundo, poderia ser o CDI ou o Ibovespa, por exemplo. Risco4.4 http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/16.jpg O IS mede a performance de um fundo, portanto, à luz da rentabilidade e do risco. Não necessariamente o fundo mais rentável será o melhor. A rentabilidade (retorno) deve ser analisada de forma concomitante à volatilidade (risco) a ela associada. Em síntese, quanto maior for o IS, maior o retorno em relação ao preço do investimento. Ninguém deveria aceitar uma carteira com IS negativo, pois ela teria um retornoabaixo do seu benchmark, e, assim, teria sido melhor ter investido no benchmark. Por exemplo, dizer que uma carteira tem IS de 10 significa dizer que, para cada unidade adicional de risco, ela oferece 10 unidades de retorno adicional. Figura 17 – Risco Fonte: Instituto Phorte. http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/17.jpg Exercícios de fixação Entre as vantagens de um fundo de investimento, assinale a alternativa falsa: Os fundos têm uma gestão profissional, e a administração dos recursos é feita por um profissional de mercado. É possível diversificar a carteira de ativos de um fundo para minimizar riscos. Aplicações em fundos de investimento apresentam menor risco do que títulos do Governo. Independentemente do valor aplicado, todos os cotistas de um mesmo fundo recebem a mesma rentabilidade. Possibilidade de investir em ativos que não poderiam ser acessados individualmente. Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir: Os fundos de investimento têm limites de concentração do patrimônio líquido investido. Verdadeiro Falso Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir: Os fundos de investimento precisam ser marcados a mercado, ou seja, contabilizados diariamente pelo preço de mercado de seus ativos. Verdadeiro Falso CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO UNIDADE 1 Conclusão Ao final desta Unidade, o aluno pôde conferir tudo sobre a estrutura dos fundos de investimento e suas características principais. CLASSIFICAÇÃO DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO Videoaula - Fundos de Renda Fixa Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou clique aqui [https://player.vimeo.com/video/413229969] . UNIDADE 2 Objetivos: Propiciar ao aluno o entendimento sobre todas as modalidades de fundos de investimento disponíveis no mercado, as diferenças entre cada uma delas e suas características principais. https://player.vimeo.com/video/413229969 Fundos de renda fixa5 Como define Fortuna (2005, p. 453), São fundos que compram ativos de renda fixa e se subdividem em algumas categorias: Fundos DI: fundos atrelados à taxa DI. Têm em suas carteiras papéis que rendem um percentual do CDI. Fundos de curto prazo: fundos “compostos por títulos com vencimento de um dia, indexados à taxa DI. São os fundos com menores riscos no mercado” (GALLAGHER, 2004, p. 83). Fundos de renda fixa tradicional: fundos que podem estar pré ou pós-fixados, de acordo com o julgamento do gestor quanto às oportunidades oferecidas pelo mercado. Fundos cambiais: fundos cuja performance está atrelada à variação do dólar. Esses fundos são utilizados, normalmente, quando há a preocupação de uma desvalorização cambial ou quando temos um passivo em dólar. Servem para proteção (hedge). fundos de renda fixa são aqueles compostos, em sua maioria, por aplicações em títulos que têm uma taxa de retorno fixa. Uma parcela menor de sua composição pode incluir ações e/ou títulos cuja taxa de retorno seja variável. Figura 18 – Fundos de renda fixa Fonte: Thiago Santos/iStock. http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/18.jpg Videoaula - Fundos de Renda Variável Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou clique aqui [https://player.vimeo.com/video/413229888] . https://player.vimeo.com/video/413229888 Fundos de renda variável6 Os fundos de renda variável apresentam em sua composição, em maior proporção, aplicações em ações e/ou títulos com taxa de retorno variável, que dependem, portanto, de seu desempenho no mercado. Caso as ações e/ou títulos ou cotas que compõem o fundo apresentem um bom desempenho, o investidor obterá lucro. Na hipótese de o desempenho ser insatisfatório, o investidor perderá dinheiro (SCHEID, 2010). A maior parte da carteira dos fundos de renda variável tem ações em suas carteiras. Alguns tipos de fundos de renda variável são: Fundos passivos: fundos cuja performance está atrelada a algum índice da Bolsa de Valores (Ibovespa, IBrX ou outro índice); Fundos ativos: fundos cuja decisão de composição da carteira não tem por base a composição do índice da Bolsa e que segue alguma filosofia de investimento específica. A decisão de compra ou venda de papéis para a carteira desses fundos tem por base estratégias de investimento definidas no regulamento do fundo. Fundo de ações: os fundos classificados nessa classe devem possuir, no mínimo, 67% da carteira em ações admitidas à negociação no mercado à vista de bolsa de valores ou entidade do mercado de balcão organizado. Fundos segmentados: fundos que se dedicam à compra de ações de algum segmento econômico; por exemplo: ações de empresas de telecomunicações, do setor energético, de tecnologia etc. Figura 19 – Fundos de renda variável Fonte: stevepb/Pixabay http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/19.jpg Fundos mistos7 São fundos que podem se posicionar, ao mesmo tempo, em renda fixa e em derivativos e/ou ações. Alguns exemplos: Fundos de derivativos ou alavancados: fundos que operam em mercados futuros e de opções. Esses fundos operam uma carteira de renda fixa e buscam no mercado de derivativos uma forma de aumentar (alavancar) seus ganhos. Fundos multimercados: fundos cujas carteiras podem se posicionar com parte em renda fixa e parte em ações. Esses fundos são interessantes na medida em que a decisão de aumentar, diminuir ou zerar a posição em ações cabe à instituição gestora, que está dedicada a observar os movimentos do mercado. Como explica Fortuna (2005, p. 459), as políticas de investimento dos fundos multimercados devem envolver “vários fatores de risco, sem o compromisso de concentração em nenhum fator em especial ou em fatores diferentes das demais classes de ativos previstas na classificação dos fundos de investimento”. Figura 20 – Fundos mistos Fonte: stevepb/Pixabay. http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/20.jpg Fundos especiais8 São fundos com características específicas. A seguir, vamos detalhar cada um deles. São fundos registrados aqui no Brasil, fiscalizados pela CVM como os demais, mas que aplicam em papéis da dívida externa brasileira. São fundos que agregam ativos que representam o segmento do mercado de capitais, especificamente orientados para a criação de novos negócios e para o crescimento de capital de negócios já existentes. É um fundo com ativos de alto risco e deve ser usado somente para diversificação da carteira. São fundos voltados para a aposentadoria. O interessante nesses fundos é que, ao aplicar, o cliente escolhe o perfil desejado. O tipo Soberano é composto por papéis do Governo Federal. O tipo Renda Fixa pode ter parte de sua carteira em papéis de renda fixa não atrelados ao CDI ou ao Governo Federal. Os fundos Composto 25 e Composto 49 são formados também por ações, até a proporção indicada (25% ou 49%). Falaremos de forma mais profundo sobre esses tipos de fundos na Unidade 4. Fundos fechados cujo ativo é composto por imóveis. Um fundo fechado não emite cotas ilimitadamente, como os fundos abertos. Ao solicitar um resgate de um fundo dessa natureza, há de se buscar um terceiro investidor que deseje comprar as cotas em questão. Os fundos exclusivos não estão abertos a todos os investidores. Eles são criados para um grupo específico de pessoas. Todas as classes de fundos de investimento e de fundos de investimento em cotas de fundo de investimento podem, adicionalmente, ser classificadas como exclusivos, desde que sejam constituídos para receber aplicações exclusivamente de um único cotista. Apenas os chamados, investidores qualificados podem ser cotistas desses fundos exclusivos. Fundos de investimento no exterior8.1 Fundos deprivate equity8.2 Plano gerador de benefício livre (PGBL) / Vida gerador de benefício livre (VGBL)8.3 Fundos imobiliários8.4 Fundos exclusivos8.5 Fundos de investimento para investidores qualificados8.6 Pode ser constituído um fundo de investimento destinado, exclusivamente, às aplicações dos investidoresqualificados. Empregados e/ou sócios de uma instituição administradora ou gestora de um fundo para investidores qualificados podem ser admitidos como cotistas, desde que expressamente autorizados pelo diretor responsável da instituição perante a CVM. Existem fundos que, em sua carteira, têm cotas de outros fundos, em vez de ações ou papéis de renda fixa. É o caso dos fundos de investimento em cotas de outros fundos de investimento (FICs). Esse tipo de fundo de investimento deve manter, no mínimo, 95% de seu patrimônio líquido investidos em cotas de fundos de investimento da mesma classe que consta de sua denominação, exceto os fundos de investimento em cotas classificados como multimercado, que podem investir em cotas de fundos de todas as classes existentes. Os restantes 5% do patrimônio líquido do fundo podem, de acordo com a regulação do Conselho Monetário Nacional (CMN), ser aplicados em depósitos à vista ou em títulos públicos federais, títulos de renda fixa de emissão de instituição financeira e operações compromissadas. Os percentuais de aplicação devem ser cumpridos diariamente, com base no patrimônio líquido do fundo do dia imediatamente anterior. Fundos de investimento em cotas de fundo de investimento8.7 Figura 21 – Fundos especiais Fonte: PublicDomainPictures/Pixabay. http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/21.jpg Videoaula - Fundos Abertos e Fechados Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou clique aqui [https://player.vimeo.com/video/413229818] . https://player.vimeo.com/video/413229818 Fundos abertos e fechados9 Como explica Fortuna (2005, p. 453), os fundos abertos são aqueles “resgatáveis, a qualquer momento, junto ao administrador do fundo, não havendo limite para o número de cotistas”. Tais fundos têm um prazo indeterminado de duração. Nos fundos fechados, esclarece Fortuna (2005, o. 453), “as cotas são não resgatáveis junto ao emissor, sendo, entretanto, negociadas em bolsa de valores e/ou mercado de balcão organizado, tendo um número de cotistas limitado pelo seu estatuto e um prazo determinado de duração”. Os fundos de renda fixa, por apresentarem menor risco, têm, em geral, uma menor taxa de administração e uma menor rentabilidade acumulada em comparação com os fundos de renda variável. O investidor que busca ganhos maiores terá que assumir mais riscos. Classificação eratings10 O objetivo da classificação dos fundos de investimento pela Associação Nacional dos Bancos de Investimento e Desenvolvimento (Anbid) é comparar fundos comparáveis, ou seja, permitir que o investidor, ao decidir por uma aplicação, a faça de acordo com seu perfil de risco e possa, ao analisar os prospectos de cada fundo, entender os objetivos da carteira, sua composição e a justificativa das taxas cobradas. A classificação foi feita em quatro categorias (subdivididas em oito classes e 22 subclasses): fundos de investimento; fundos mútuos de privatização; fundos de aposentadoria fundos off-shore. Especificamente, a categoria fundos de investimento está dividida em: Fundos referenciados, que podem se subdividir em: DI; câmbio, entre outros. Fundos de renda fixa, subdivididos em: renda fixa; renda fixa crédito; renda fixa multi-índices; Fundos balanceados: quando se aplica em diferentes classes de ativos, de uma forma balanceada, com pouca ou nenhuma alavancagem, utilizando instrumentos financeiros derivativos como proteção. Além disso, utilizam um mix balanceado de ativos como benchmark. Fundos multimercados, subdivididos em: sem alavancagem; sem alavancagem com renda variável; com alavancagem: quando se aplica em diferentes classes de ativos, não necessariamente de uma forma balanceada, com pouca ou nenhuma alavancagem, utilizando principalmente derivativos como proteção. Além disso, não utilizam um mix balanceado de ativos como benchmark. fundos de capital protegido; fundos de investimento no exterior; fundos de ações, que podem se subdividir em: indexados; ativos; setoriais; fechados, entre outros. Fundos de investimento imobiliário. A classificação da ANBID10.1 Ratingdos fundos10.2 A análise de um fundo de investimento por empresas especializadas em classificação (rating) deve, necessariamente, ser realizada considerando-se a instituição gestora do fundo e seu país de origem. Fortuna (2005, p. 513) esclarece que todos os riscos que possam repercutir sobre o retorno do investimento devem ser avaliados com cuidado, sintetizando os mais importantes: O autor (FORTUNA, 2005) esclarece a relevância do rating como uma forma rápida disponível ao investidor para a realização de comparações entre as diversas alternativas de investimento. No caso dos fundos de investimento, como aponta Fortuna (2005, p. 514), foi desenvolvido um modelo de avaliação de risco pela Fitch IBCA, que considera o risco de mercado assumido pelo fundo em concomitância com o risco de crédito. O modelo avalia a possibilidade de perda para o investidor nas hipóteses de eventual falência dos emissores dos títulos, reescalonamento ou pagamento em atraso dos títulos que compõem a carteira do fundo, além do risco de perda nos ativos do fundo, em razão de oscilações de taxas de juros ou de câmbio, perdas em derivativos, liquidez e alavancagem: Figura 22 – Rating dos fundos Fonte: mohamed_hassan/Pixabay. Resumidamente, os riscos mais importantes em cada caso são: Países – possibilidade de reestruturação unilateral de dívida, confiscos, impostos etc.; Instituições financeiras – solidez financeira; Empresas de Asset Management – histórico de desempenho e tecnologia de gestão de ativos; Títulos – capacidade de repagamento do emissor e a estrutura legal do título; Fundos de Investimento – composição de carteira e consistência da performance ao longo do tempo. http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/22.jpg Risco de crédito: Investment Grade AAA/AA/A e BBB. (Grau Qualitativo) (Excelente) (Bom). Speculative Grade – BB/B/CCC/CC/D. (Grau Especulativo) (Especulativo) (Risco de falência – Quebra da empresa). Risco de mercado: Baixo Risco – V1 + /V1/V2 (não compromete o principal investido). Risco Moderado – V3/V4. Risco Moderado a Alto – V5/V6/V7. Risco Especulativo – V8/V9/V10 (pode haver perda do principal). Exercícios de fixação Quanto às características de um fundo de investimento de renda fixa, assinale a alternativa correta: Os fundos de renda fixa têm alta volatilidade. Os fundos de renda fixa buscam acompanhar a performance do índice Ibovespa (Bolsa de Valores). Os fundos de renda fixa têm, em geral, prazos longos de resgate. Os fundos de renda fixa têm, em geral, como benchmark, o CDI. Os fundos de renda fixa têm taxa de retorno variável. Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir: Fundos abertos permitem o resgate a qualquer momento. Verdadeiro Falso Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir: Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento devem manter, no mínimo, 95% de seu patrimônio líquido investidos em cotas de fundos de investimento. Verdadeiro Falso CLASSIFICAÇÃO DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO UNIDADE 2 Conclusão Ao final desta Unidade, o aluno se tornou apto a conhecer todas as modalidades de fundos de investimento, de forma bem detalhada e abrangente. PREVIDÊNCIA UNIDADE 3 Objetivos: Divulgação das características principais dos fundos de previdência, para que o aluno possa conhecê-los de forma bem abrangente e detalhada. Fundos de previdência privada11 São aplicações cujas características em longo prazo estão alinhadas com o objetivo de complementação da aposentadoria de seu investidor. Definição11.1 Figura 23 – Previdência privada Fonte: elenabs/iStock. Ao aplicar em um fundo de previdência privada o investidor precisa ter um cuidado importante: a tabela regressiva de imposto de renda. Como esse tipo de investimento está relacionado ao longo prazo, o investidor deve decidir por aplicar os seus recursos com muita cautela. Isso porque,caso ele decida resgatar o valor aplicado em até 2 anos, a primeira faixa da alíquota de tributação é de 35%. A taxa de carregamento visa ao custeio das despesas administrativas, de colocação do plano e de corretagem, tratando-se de percentual que incide sobre as contribuições do participante (GALLAGHER, 2004). Conceitos principais11.2 Taxa de carregamento11.2.1 http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/23.jpg Se um investidor aplicar, por exemplo, R$ 100,00 por mês em um PGBL e a taxa de carregamento for de 2%, significa que ele pagará R$ 2,00 de carregamento e que somente R$ 98,00 serão efetivamente aplicados ao produto. Pode ocorrer de a taxa de carregamento ser escalonada de acordo com o valor investido ou ao longo do plano, tendo um valor percentual maior no começo e menor nos períodos seguintes. O escalonamento por valor incentiva o participante a aumentar seu investimento, ao passo que o por tempo de permanência funciona como uma forma de ganhar a fidelidade do cliente. Segue a mesma lógica dos fundos de investimento e se aplica no caso dos planos de previdência privada. Os administradores e gestores dos planos também são remunerados por seu trabalho, sendo esse custo já incluso no patrimônio do fundo e no cálculo de rentabilidade. Vale ressaltar que a taxa de administração no caso do PGBL e do VGBL é cobrada também durante o período de pagamento de benefícios. A portabilidade é característica que denota a possibilidade de troca de plano na vigência do período de acumulação do capital. A depender do plano de previdência privada, é possível que o investidor troque o tipo de plano ou o administrador. Taxa de administração11.2.2 Portabilidade11.2.3 A lógica de um investimento em plano de previdência pode ser dividida em duas partes: período de acumulação de recursos e resgate/contratação de renda pelo participante. Fases do plano de previdência11.3 Figura 24 – Fases do plano de previdência Fonte: protockstudio/Freepik. http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/24.jpg Durante o período de acumulação de recursos (investimento), o investidor acumula o capital de forma regular (contribuição mensal) ou de forma única (aporte esporádico). Nesse período, é possível efetuar resgates, migrar entre planos do mesmo administrador (portabilidade interna) ou administrador distinto (portabilidade externa). O divisor de mudança de regras de um plano de previdência é o momento em que o participante decide solicitar a renda ou solicitar o resgate dos recursos acumulados. Diferentemente da aplicação realizada em um fundo de investimento, em que aplicações e resgates são constantes e rotineiros, nos fundos de previdência o investidor deve buscar somente o acúmulo de recursos para gerar o maior valor possível na data de resgate e/ou na aposentadoria. São perfis de investimento bastante diferentes, que devem ser tratados de forma isolada. O investidor pode escolher como receber da seguradora a renda relacionada aos recursos investidos. A opção de renda é um momento muito importante, pois há vários tipos de renda contratáveis. São eles: Renda mensal vitalícia: consiste em uma renda paga vitaliciamente ao participante, a partir da data de concessão do benefício. Com o falecimento do participante, a renda cessa. Renda vitalícia com reversão ao beneficiário: o investidor receberá uma renda vitaliciamente e, após o seu falecimento, essa renda passará a ser paga ao beneficiário. Renda mensal temporária: o participante receberá uma renda mensal que cessará com o término do período escolhido ou com seu falecimento (das duas ocasiões, aquela que acontecer primeiro). Renda mensal vitalícia com garantia de 15 anos: o investidor receberá uma renda vitaliciamente, porém, caso seu falecimento ocorra em menos de 15 anos da data do início da contratação da renda, o beneficiário receberá a renda até o término do período que faltava para completar os 15 anos. Tipos de renda de um plano de previdência11.4 O cálculo da renda leva em consideração a idade do participante, o tempo da duração da renda, o montante acumulado até o momento da contratação da renda e o fator atuarial. Figura 25 – Tipos de renda de um plano de previdência Fonte: QuinceCreative/Pixabay. O tipo de renda de um plano de previdência deve ser escolhido com muito cuidado no momento da contratação, pois, em muitos casos, impactam terceiros. Qualquer mudança que precise ser feita posteriormente gera maior dificuldade e burocracia no processo. Cuidados a serem tomados na compra de um plano de previdência11.5 Figura 26 – Cuidados a serem tomados na compra de um plano de previdência Fonte: QuinceCreative/Pixabay. http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/25.jpg http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/26.jpg Gallagher (2004, p. 115-116) traz como dicas para o consumidor que procura um plano ou fundo de previdência privada: Analise a solidez financeira da empresa: a escolha de empresas sólidas e especializadas no ramo é fundamental para a segurança do participante. Analise o perfil de investimento do fundo ou plano: a perspectiva de rendimento e do nível de risco depende da composição da carteira. Compare custos: verifique que taxas mais elevadas de gestão ou administração e carregamento prejudicam muito a rentabilidade da carteira e a renda futura do participante. Escolha o tipo de benefício no final do plano: é mais fácil ter uma ideia de expectativas na aposentadoria do que quando se começa a poupar. Valor mínimo de contribuição: uma contribuição muito alta pode ser um estímulo para interromper o plano, o que sempre prejudica o participante. Verifique a idoneidade da empresa: o consumidor deve fazer uma pesquisa nos órgãos de defesa do consumidor e na Susep para saber como ele está sendo visto pelos seus clientes no mercado. Leia com cuidado o contrato: ele é a única arma do consumidor para contestar alguma determinação da entidade administradora. Cheque a portabilidade do fundo: certifique-se quanto à possibilidade de trocar de administrador ou de tipo de fundo no que se refere a risco da carteira ou mesmo de classificação de plano de previdência. Exercícios de fixação Entre as características principais dos fundos de previdência, assinale a alternativa correta: São aplicações em curto prazo. São aplicações que permitem a portabilidade. São aplicações que têm carência mínima de 24 meses. São aplicações que não têm taxa de administração. São aplicações que não permitem a transferência dos recursos para um beneficiário. Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir: Todo fundo de previdência tem taxa de administração, similar aos fundos de investimento. Verdadeiro Falso Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir: No plano de renda mensal vitalícia o investidor recebe uma renda até o momento de sua morte. Após isso, a renda cessa. Verdadeiro Falso PREVIDÊNCIA UNIDADE 3 Conclusão Ao final desta Unidade, o aluno pôde conferir tudo sobre a estrutura dos fundos de previdência e suas características principais. CLASSIFICAÇÃO DOS FUNDOS DE PREVIDÊNCIA Videoaula - Fundo de Aposentadoria Programada Individual (Fapi) Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou clique aqui [https://player.vimeo.com/video/413229729] . UNIDADE 4 Objetivos: Propiciar ao aluno o entendimento sobre todos os tipos de fundos de previdência existentes no mercado, as diferenças entre cada um deles e suas características principais. https://player.vimeo.com/video/413229729 Tipos de fundos de previdência privada12 O fundo de aposentadoria programa individual (Fapi) não é considerado um fundo de previdência privada, mas pode servir para a formação de poupança em longo prazo. É um fundo de investimento em renda fixa sem garantia de rendimento mínimo. Como explica Fortuna (2005, p. 517), pode ser considerado “um produto de previdência complementar na forma de um condomínio capitalizado”. O Fapi é constituídosob a forma de um condomínio aberto e administrado prioritariamente por instituições financeiras, corretoras de títulos e valores mobiliários (CTVM) e distribuidoras de títulos e valores mobiliários (DTVM) com capital acima de determinado valor, e seguradoras autorizadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). O gestor do fundo apenas administra o capital na fase de acumulação. No final do período, o poupador retira todo o seu capital de uma só vez e faz o investimento que for mais conveniente, podendo optar, na ocasião, por comprar à vista um plano de previdência, uma casa ou, até mesmo, viajar. Sobre os saques anteriores a um ano de abertura do Fapi, são cobrados 5% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Diferentemente dos planos com garantia e performance, o Fapi não cobra taxa de carregamento, tampouco tem garantia de rentabilidade mínima, entretanto, oferece, também, o benefício fiscal de abatimento de até 12% da renda, para fins de cálculo do imposto de renda. Fundo de aposentadoria programada individual (Fapi)12.1 Figura 27 – Tipos de fundos de previdência privada Fonte: geralt/Pixabay. http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/27.jpg É importante enfatizar que esse é um produto de alto custo de imposto de renda, pois, além de pagar imposto de renda periodicamente, como num fundo de investimento, o investidor é taxado novamente no momento do resgate, de acordo com a tabela do imposto de renda vigente, sobre o capital acumulado, o que inclui o rendimento obtido e já tributado anteriormente. Essa regra diminui a atratividade do produto, que é pouco conhecido e difundido pelo mercado. As empresas poderão adotar o Fapi para seus funcionários criando o plano de incentivo à aposentadoria programa individual (Piapi) (FORTUNA, 2005). O Piapi só poderá ser criado se a empresa contribuir para, ao menos, 50% de seus funcionários. As empresas que criarem o Fapi são autorizadas a abater as despesas com as contribuições do imposto de renda, respeitado o limite de 20% do salário bruto de cada funcionário. Os valores despendidos pelos empregadores para a compra de cotas do fundo não são considerados como integrantes da remuneração dos empregados beneficiários. Recursos utilizados pelo empregador na compra das cotas do fundo não serão considerados como parte integrante da remuneração do beneficiário. No Fapi não há, como nos planos de previdência complementar tradicional, a previsão de uma rentabilidade mínima. A ausência de rentabilidade mínima assegurada é compensada pelo fato de que todo o rendimento é repassado ao investidor. Esclarece Fortuna (2005, p. 518) que os recursos do Fapi: podem ser aplicados em uma carteira diversificada de títulos, valores mobiliários, demais ativos financeiros e modalidades operacionais, prévia e expressamente identificados com limites máximos de composição de aplicações e observada a seguinte estrutura básica: até 100% em títulos públicos federais e créditos securitizados do tesouro nacional; até 80% em investimento de renda fixa; até 40% em investimentos de renda variável; possibilidade de contratação de operações de empréstimos de ações, na condição de emprestador, em mercados organizados de derivativos. No Fapi, que é um fundo de previdência voltado ao profissional de instituição privada, o cidadão consegue, em alguns casos, o benefício de receber de sua empresa a contribuição de 100% do valor que ele aplica. Com isso, os dois lados saem ganhando: o cidadão acumula recursos de maneira mais rápida e a empresa em pregadora aumenta o valor de seu benefício fiscal. Os planos com garantia e performance têm o compromisso de garantir rendimento mínimo estabelecido no contrato sobre o capital acumulado, descontados todos os custos. A Susep não define qual é esse critério de garantia, mas o mercado definiu a utilização do índice geral de preços de mercado (IGP-M), um índice de inflação calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), como indexador para os produtos. Existem dois tipos de planos com garantia e performance: plano com atualização garantida e performance (PAGP); plano com remuneração garantida e performance (PRGP). A diferença entre o PAGP e PRGP diz respeito à remuneração. O PAGP garante apenas a atualização pelo indexador definido, ao passo que o PRGP garante também uma taxa de juros adicional, além do indexador. O administrador deve, ainda, repassar ao beneficiário do plano parte do rendimento que exceder a garantia. Exemplo prático: Rentabilidade obtida pelo administrador = 18% no ano. Garantia do PRGP = IGP-M + 6% ao ano. Excedente a retornar para cliente conforme contrato = 50% do que exceder a garantia. IGP-M no ano = 5%. Garantia = 5% + 6% = 11%. Excedente = 18% – 11% = 7%. 50% de 7% = 3,5%. Rentabilidade do participante = 11% + 3,5% = 14,5%. A carência para o resgate do capital acumulado, em caso de desistência, é de 12 meses. Os planos tradicionais também oferecem a contratação de seguros adicionais, com cobertura para risco de morte ou invalidez. Há a taxa de carregamento no momento da aplicação e, também, benefício fiscal nas contribuições para o plano de até 12% da renda do contribuinte. O imposto de renda é cobrado do participante no momento do recebimento do benefício, pela tabela normal de imposto de renda vigente, sobre o valor recebido, e não somente sobre o rendimento. Plano com garantia de performance12.2 Videoaula - PGBL e VGBL Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou clique aqui [https://player.vimeo.com/video/413229651] . https://player.vimeo.com/video/413229651 PGBL e VGBL13 O plano gerador de benefício livre (PGBL) é um plano de previdência privada que não garante rendimento mínimo, posto que é estruturado na forma de fundo de investimento, como ensina Gallagher (2004, p. 109). Essa modalidade de plano de previdência complementar permite a contratação de rendas para recebimento a partir de data futura de escolha do investidor. O PGBL oferece três modalidades de investimento, como explica Fortuna (2005, p. 519): Nessa modalidade, as contribuições podem ser variáveis ou fixas, sendo todas dedutíveis da base de cálculo do imposto de renda, até o limite de 12% da renda bruta anual do participante. A tributação nos planos PGBL ocorrerá apenas no início do recebimento dos benefícios mensais ou quando houver eventual resgate durante o período de diferimento. Como ensina Fortuna (2005, p. 519-520), a portabilidade do PGBL é de 60 dias. Segundo o autor, o risco do investidor é a instituição administradora. O PGBL tem uma vantagem sobre a acumulação de recursos de um fundo de investimento comum: a de que ele não é incluído nos bens de um inventário, ao contrário dos fundos de investimentos normais. Se o titular do plano morre, o beneficiário indicado no contrato pode sacar em poucos dias, ao passo que o dinheiro aplicado nos fundos de investimentos terá de esperar a decisão da Justiça, sem falar dos custos com advogados e cartórios. O vida gerador de benefício livre (VGBL) é um produto semelhante ao PGBL, que, como aponta Gallagher (2004, p. 109), deste difere apenas no que diz respeito à tributação. Verdadeiro seguro de vida com cobertura por sobrevivência (aposentadoria), o produto tem por finalidade a formação de poupança, que poderá ser, a partir de determinada data indicada pelo investidor, revertida na forma de renda mensal ou pagamento único. Plano gerador de benefício livre (PGBL)13.1 Plano Soberano – aplica os recursos apenas em títulos públicos federais. Plano Renda Fixa – aplica os recursos em títulos públicos federais e outros títulos com características de renda fixa. Plano Composto – aplica os recursos em títulos públicos federais, outros títulos com característica de renda fixa e até 49% dos valores em renda variável. Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL)13.2 O VGBL também não garante rendimento mínimo, estando estruturado na forma de fundo de investimento. Tanto no PGBL quantono VGBL, são cobradas taxa de administração e de carregamento sobre as contribuições mensais (GALLAGHER, 2004). No VGBL, o imposto de renda também é cobrado no recebimento dos benefícios ou quando efetuados resgates. Diferentemente do que ocorre com o PGBL, em que o imposto incide sobre o capital investido mais os rendimentos, quer dizer, o total de valor acumulado, no que diz respeito ao VGBL, o imposto terá como base de cálculo apenas os rendimentos auferidos. Em contrapartida, o participante do VGBL não faz jus ao benefício fiscal de dedução dos valores das contribuições vertidas ao plano em sua declaração anual do imposto de renda. O VGBL é um misto de previdência privada com seguro. Quem opta por contratar o seguro de vida também tem de pagá-lo à parte. O restante da operação é igual ao PGBL. Existem três tipos de PGBLs/VGBLs: Soberano: aplica 100% em títulos de emissão do Tesouro Nacional e/ou do Banco Central do Brasil e créditos securitizados do Tesouro Nacional. É o tipo com menor risco. Renda fixa: aplica 100% em títulos de renda fixa públicos ou privados (como CDBs, debêntures e letras de câmbio). Tem um pouco mais de risco, o que pode permitir melhor rentabilidade. Composto: além de títulos de renda fixa públicos e privados, pode aplicar até 49% em renda variável (ações). Essa carteira tem maior potencial de ganho, porém, com maior nível de risco. É recomendável para investidores que aceitam incorrer em mais riscos e que acreditam que a Bolsa é um investimento que, em longo prazo, deve se tornar mais rentável do que renda fixa, passando, contudo, por períodos de volatilidade. Como os produtos permitem que o participante altere sua estratégia de investimento ao longo do tempo, ele pode começar colocando sua poupança nessa modalidade, que tem maior potencial de ganho, e à medida que a aposentadoria se aproxime, altere para um perfil mais conservador de plano. Quando tratamos do público-alvo, o PGBL é direcionado para pessoas que têm renda sujeita à tributação, como é o caso dos assalariados que preenchem o formulário completo da declaração do imposto de renda, pois as contribuições ao plano são abatidas da renda bruta, assim como se faz com os pagamentos com saúde e educação, mas o benefício do PGBL tem o limite máximo de 12% da renda bruta. Já o VGBL se direciona para pessoas que não tem renda tributável ou que preenchem o formulário simplificado da declaração do imposto de renda e aqueles que querem aplicar mais de 12% da sua renda bruta em previdência privada. PGBL e VGBL: tipos e diferenças entre os planos13.3 No que diz respeito ao tratamento fiscal, no caso do PGBL, o contribuinte pode deduzir até 12% da sua renda bruta anual na declaração de imposto de renda. O acerto de contas com a Receita Federal fica para a hora do resgate, e o imposto de renda será cobrado sobre o total acumulado. Já no VGBL, não é possível a dedução na declaração. Em compensação, o imposto de renda é cobrado apenas sobre o rendimento no período. Exemplo: se uma pessoa acumular, ao longo de 20 anos, R$ 200 mil, dos quais R$ 40 mil representam o ganho de capital, no VGBL, o imposto de renda vai incidir somente sobre os R$ 40 mil. No PGBL, o imposto de renda incidirá sobre os R$ 200 mil. Figura 28 – PGBL e VGBL: tipos e diferenças entre os planos Fonte: mohamed_hassan/Pixabay. Os planos de previdência PGBL e VGBL têm diferenças pontuais que levam os investidores a terem muitas dúvidas e questionamentos quando estão decidindo sobre onde e como investir recursos para a aposentadoria. Mas esse processo não precisa passar por uma decisão única e irrevogável. Com a possibilidade da portabilidade, caso o investidor não esteja satisfeito, depois de algum tempo, com as condições gerais do PGBL, ele pode migrar os recursos para o VGBL, e vice-versa. http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/28.jpg Exercícios de fixação Entre as diferenças entre o PGBL e o VGBL, assinale a alternativa incorreta: O PGBL permite a dedução de até 12% da renda bruta na declaração de Imposto de Renda. No PGBL, a tributação incide no valor total acumulado do fundo. No VGBL, apenas no rendimento da aplicação. No VGBL, não é permitido o uso do benefício fiscal para dedução da base de cálculo do Imposto de Renda. O VGBL é um misto de previdência privada com seguro. O PGBL é ideal para pessoas que preenchem o formulário simplificado da declaração de Imposto de Renda. Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir: O PGBL não é incluído nos bens de um inventário. Verdadeiro Falso Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir: Empresas que quiserem adotar o Fapi para seus funcionários poderão obter um benefício fiscal de até 20% do salário bruto de cada funcionário. Verdadeiro Falso CLASSIFICAÇÃO DOS FUNDOS DE PREVIDÊNCIA UNIDADE 4 Conclusão Ao final desta Unidade, o aluno se tornou apto a conhecer todas os tipos de fundos de previdência, de forma bem detalhada e abrangente. Conclusões O objetivo deste material foi o de possibilitar aos alunos o melhor aprendizado sobre o conteúdo proposto: fundos de investimento e previdência. Para isso, foi realizado um estudo completo, a fim de gerar as informações mais completas e detalhadas possível, de modo a propiciar um conhecimento amplo e sólido sobre os assuntos apresentados. Em caso de dúvidas e/ou sugestões sobre o material, estou à disposição, pois isso agregará ainda mais valor ao curso. Exercícios de fixação - respostas Entre as vantagens de um fundo de investimento, assinale a alternativa falsa: Os fundos têm uma gestão profissional, e a administração dos recursos é feita por um profissional de mercado. É possível diversificar a carteira de ativos de um fundo para minimizar riscos. Aplicações em fundos de investimento apresentam menor risco do que títulos do Governo. Independentemente do valor aplicado, todos os cotistas de um mesmo fundo recebem a mesma rentabilidade. Possibilidade de investir em ativos que não poderiam ser acessados individualmente. Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir: Os fundos de investimento têm limites de concentração do patrimônio líquido investido. Verdadeiro Falso Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir: Os fundos de investimento precisam ser marcados a mercado, ou seja, contabilizados diariamente pelo preço de mercado de seus ativos. Verdadeiro Falso Quanto às características de um fundo de investimento de renda fixa, assinale a alternativa correta: Os fundos de renda fixa têm alta volatilidade. Os fundos de renda fixa buscam acompanhar a performance do índice Ibovespa (Bolsa de Valores). Os fundos de renda fixa têm, em geral, prazos longos de resgate. Os fundos de renda fixa têm, em geral, como benchmark, o CDI. Os fundos de renda fixa têm taxa de retorno variável. Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir: Fundos abertos permitem o resgate a qualquer momento. Verdadeiro Falso Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir: Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento devem manter, no mínimo, 95% de seu patrimônio líquido investidos em cotas de fundos de investimento. Verdadeiro Falso Entre as características principais dos fundos de previdência, assinale a alternativa correta: São aplicações em curto prazo. São aplicações que permitem a portabilidade. São aplicações que têm carência mínima de 24 meses. São aplicações que não têm taxa de administração. São aplicações que não permitem a transferência dos recursos para um beneficiário. Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir: Todo fundo de previdência tem taxa de administração, similar aos fundos de investimento. Verdadeiro Falso Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir: No plano de renda mensal vitalícia o investidor recebe uma renda até o momento de sua morte. Após isso, a renda cessa. Verdadeiro Falso Entre as diferenças entre o PGBL e o VGBL, assinale a alternativa incorreta:O PGBL permite a dedução de até 12% da renda bruta na declaração de Imposto de Renda. No PGBL, a tributação incide no valor total acumulado do fundo. No VGBL, apenas no rendimento da aplicação. No VGBL, não é permitido o uso do benefício fiscal para dedução da base de cálculo do Imposto de Renda. O VGBL é um misto de previdência privada com seguro. O PGBL é ideal para pessoas que preenchem o formulário simplificado da declaração de Imposto de Renda. Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir: O PGBL não é incluído nos bens de um inventário. Verdadeiro Falso Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir: Empresas que quiserem adotar o Fapi para seus funcionários poderão obter um benefício fiscal de até 20% do salário bruto de cada funcionário. Verdadeiro Falso Autoria Autor Graduação em Administração de Empresas pelo Ibmec. Graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Cândido Mendes. MBA em Gestão Financeira e Econômica de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Experiência profissional de mais de 15 anos na área financeira de empresas de diversos segmentos. Currículo: lattes.cnpq.br [http://lattes.cnpq.br/7575046686415811] Sérgio Soriano Tavares http://lattes.cnpq.br/7575046686415811 Bibliografia FORTUNA, E. Mercado financeiro: produtos e serviços. 16. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005. PIRES, D. M. Os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC). 2. ed. São Paulo: Almedina Brasil, 2015. CANALINI, A. Gestão de investimentos. Rio de Janeiro: Livre Expressão, 2012. COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM). Instrução CVM nº 409 de 18 de agosto de 2004. Dispõe sobre a constituição, a administração, o funcionamento e a divulgação de informações dos fundos de investimento. Rio de Janeiro: CMV, 2004a. Disponível em: www.normasbrasil.com.br [https://www.normasbrasil.com.br/norma/instrucao-409- 2004_73363.html] . Acesso em: 31 mar. 2020. COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM). Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004. Altera a Instrução CVM no 409, de 18 de agosto de 2004. Rio de Janeiro: CMV, 2004b. Disponível em: www.cvm.gov.br [http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/400/inst411.pdf] . Acesso em: 27 abr. 2020. COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM). Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007. Altera as Instruções CVM nºs 409, de 18 de agosto de 2004, 306, de 5 de maio de 1999, 387, de 28 de abril de 2003 e 391, de 16 de julho de 2003 e revoga as Instruções CVM nºs 316, de 15 de outubro de 1999, 322, de 14 de janeiro de 2000, 326, de 11 de fevereiro de 2000, 327, de 18 de fevereiro de 2000, 329, de 17 de março de 2000, 336, de 15 de maio de 2000, e 338, de 21 de junho de 2000. Rio de Janeiro: CMV, 2007. Disponível em: www.cvm.gov.br [http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/400/inst450.pdf] . Acesso em: 27 abr. 2020. COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM). Texto integral da instrução CVM nº 555, de 17 de dezembro de 2014, com as alterações introduzidas pelas instruções CVM Nº 563/2015, 564/2015, 572/2015, 582/2016, 587/2017, 604/2018, 605/2019, 606/2019, 609/2019 e 615/2019. Dispõe sobre a constituição, a administração, o funcionamento e a divulgação de informações dos fundos de investimento. Rio de Janeiro: CVM, 2014. Disponível em: www.cvm.gov.br Bibliografia clássica Bibliografia geral https://www.normasbrasil.com.br/norma/instrucao-409-2004_73363.html http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/400/inst411.pdf http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/400/inst450.pdf http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/500/inst555consolid.pdf [http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/500/inst555consolid.pd f] . Acesso em: 27 abr. 2020. GALLAGHER, L. Como aumentar seu patrimônio: tudo o que você sempre quis saber sobre investimentos e ninguém teve tempo de explicar. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. PEREIRA, M. R. Uma análise comparativa de desempenho de longo prazo entre a caderneta de poupança, fundos de investimentos e planos de previdência. 2003. Dissertação (MBA em Gerência Financeira e Controladoria) – Universidade de Taubaté, Taubaté, 2003. RODRIGUES, A. F. A influência das decisões financeiras pessoais na vida econômica dos cidadãos. 2009. Monografia (Bacharel em Administração) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, Rio de Janeiro, 2009. SCHEID, A. T. L. Avaliação do desempenho de carteira de ações. 2010. 100 p. Monografia (Bacharel em Administração) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. SILVA, A. C. Conhecimento bancários: uma introdução ao mercado financeiro. Fortaleza: [s. n.], 2010. VASCONCELOS, C. R. M.; SOUZA, M. C.; LEAL, É. D. A crise do mercado imobiliário nos EUA e os impactos sobre os investimentos de renda fixa e renda variável no Brasil: um estudo comparativo nos períodos de 2005 – 2006 e 2010 – 2013. Espacios, v 39, n. 16, 2018. Disponível em: www.revistaespacios.com [https://www.revistaespacios.com/a18v39n16/a18v39n16p19.pdf] . 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