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FUNDOS DE INVESTIMENTO E PREVIDENCIA PDF MBA

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Fundos de
investimento e
previdência
Autor
Sérgio Soriano Tavares
CARACTERÍSTICAS
PRINCIPAIS DOS FUNDOS DE
INVESTIMENTO
UNIDADE 1
Objetivos:
Divulgação das características principais dos Fundos de
Investimento, para que o aluno possa os conhecer de forma bem
abrangente e detalhada.
Introdução
Na aula Fundos de Investimento e Previdência, o aluno será apresentado às características
principais dessas modalidades de investimento, conhecendo tudo sobre o seu funcionamento,
sua composição, sua constituição e sua classificação, além de conhecer sobre regulamentos,
prospectos e demais informações relevantes que o investidor precisa saber, caso opte por
investir nesses tipos de investimento.
Conceitos básicos1
Um fundo de investimento é um condomínio de pessoas, compostas por indivíduos ou empresas,
que se juntam com o objetivo em comum de rentabilizar o capital investido, seguindo as regras
estabelecidas pelo gestor dos recursos.
Por se tratar de um condomínio, ele tem CNPJ, demonstrativos financeiros, auditoria e
regulamento.
Os detentores de cotas de um fundo são chamados de cotistas e são donos de uma fração do
total do patrimônio, que é representada pela quantidade de cotas aplicadas no fundo.
Em um fundo, o investidor não está emprestando dinheiro para o banco usar como lastro de
empréstimos para outros clientes. Um investidor ao contratar um banco para administrar os
investimentos por meio de um fundo está unicamente contratando o serviço de administração de
carteira.
O patrimônio de um fundo não se mistura com o patrimônio da instituição financeira que o
administra. Tal segregação é denominada pelo mercado como Chinese Wall.
Ao fazer parte de um grande bolo, o cotista tem acesso a investimentos e a mercados que, com
menos recursos, não teria. Com R$ 500,00, por exemplo, é possível investir em um fundo de
Definição1.1
Figura 1 – Fundo de investimento
Fonte: Goumbik/Pixabay.
Vantagens do Fundo de investimento1.2
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/01.jpg
investimento, mas não em um Certificado de Depósito Bancário (CDB) de um banco qualquer.
Os fundos têm uma gestão profissional. A administração dos recursos é entregue a um
profissional de mercado, que apresenta formação específica e dedicação exclusiva à análise e às
decisões de investimento.
Em virtude do grande volume de recursos disponível, é possível diversificar a carteira de ativos de
um fundo, de modo a minimizar os riscos do investimento. Com R$ 1.000,00, por exemplo, uma
das poucas opções para um investidor é comprar um CDB ou adquirir uma ação de uma
empresa, tendo o risco concentrado no banco emissor do CDB ou na companhia emissora da
ação.
Já aplicando o mesmo recurso citado acima em um fundo de investimento, os R$ 1.000,00 vão
se juntar a muitos mil reais, que somarão milhões de reais. Com milhões de reais, o gestor
poderá comprar diversos e diferentes títulos, diversificando riscos e minimizando perdas.
Não importa a quantia aplicada em um fundo. Todos os cotistas de um mesmo fundo recebem a
mesma rentabilidade.
Escolhendo aplicações em fundos de investimento, o investidor tem alguns benefícios, como:
ativos que não poderiam ser acessados individualmente;
custo operacional menor pelo volume negociado;
possibilidade de investir em ativos de baixa liquidez.
Figura 2 – Vantagens do fundo de investimento
Fonte: Instituto Phorte.
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/02.png
O principal diferencial do fundo de investimento, em comparação com outras modalidades de
investimento, é a possibilidade de diversificação e a consequente diluição do risco envolvido na
operação. Isso porque, pelo mesmo montante utilizado para a compra do CDB de um Banco, que
na pior das hipóteses pode quebrar financeiramente, o investidor pode aplicar em um fundo de
investimento cujo patrimônio é composto por diversos títulos com diferentes rentabilidades,
prazos, riscos e outras características.
Elementos de um fundo2
A cota de um fundo é uma fração ideal de seu patrimônio, que é calculada por meio da divisão do
patrimônio líquido do fundo pelo número de cotas do fundo.
Ela também representa o valor mínimo que se pode adquirir de um fundo.
As cotas de um fundo de investimento, que, aos seus cotistas, oferecem direitos e obrigações
iguais, correspondem a frações ideais de seu patrimônio. Além disso, elas são classificadas
como escriturais e nominativas.
Com base no valor da cota diária, o investidor pode calcular seu patrimônio no fundo, assim
como a rentabilidade que vem obtendo. Para saber o valor atualizado, investido em um fundo,
deve-se multiplicar a quantidade de cotas pelo valor da cota.
Cotas2.1
Na maioria dos fundos, a cota é calculada diariamente, tendo por base a divisão entre o patrimônio
líquido do fundo e sua quantidade de cotas emitidas até aquela data. Dessa forma, ao investir num
fundo de investimento, o sistema divide o valor aplicado pelo valor da cota do fundo, naquele dia,
encontrando a quantidade de cotas adquiridas. (GALLAGHER, 2004, p. 79).
Um cotista consegue verificar diariamente o valor da cota do fundo em que aplica os seus
recursos solicitando um extrato à instituição financeira que faz a gestão desse fundo ou
buscando essa informação no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM): www.cvm.gov.br
[http://www.cvm.gov.br] (acesso em: 31 mar. 2020).
A aquisição das cotas de um fundo deve ser realizada em moeda corrente nacional, à exceção
dos fundos para investidores qualificados, nos quais a aquisição das cotas pode ser feita com a
utilização de títulos e valores mobiliários.
A Instrução CVM nº 409 (2004) impõe aos cotistas, quando do ingresso em um fundo, que:
http://www.cvm.gov.br/
O resgate de cotas de um fundo obedece às seguintes regras:
O prazo para a realização da conversão de cotas, a partir do pedido de resgate, é estabelecido pelo
regulamento do fundo. A data de conversão de cotas é a data em que é apurado o valor das cotas para
fins de pagamento do resgate.
A conversão de cotas é feita pelo valor da cota do dia na data da conversão, ressalvada a hipótese de
que, nos fundos de curto prazo, nos fundos referenciados e nos fundos de renda fixa de curto pode ser
utilizado valor de cota diferente, para fins de resgate no mesmo dia do pedido, desde que disposto em
seus regulamentos.
Consoante a Instrução CVM 494, o resgate será pago, no prazo regulamentar, em cheque, por meio de
crédito em conta corrente ou por ordem de pagamento.
Como disciplina a Instrução CVM nº 409, “o regulamento do fundo pode estabelecer prazo de
carência para resgate, com ou sem rendimento”.
Conforme Instrução CVM nº 409, salvo nos casos excepcionais de iliquidez dos ativos financeiros
componentes da carteira do fundo, na hipótese de atraso no pagamento do resgate, o cotista fará jus
a uma multa de 0,5% do valor de resgate por dia de atraso.
Como aponta Scheid (2010), caso o patrimônio líquido do fundo se torne negativo, o prejuízo será
assumido pelos cotistas, sendo o administrador e o gestor responsabilizados perante os
cotistas, se tiverem incorrido em inobservância da política de investimento ou dos limites de
concentração previstos em regulamento.
Art. 30. Todo cotista ao ingressar no fundo deve atestar, mediante termo próprio, que:
Redação dada pelo Instrução CVM Nº 522 DE 08/05/2012:
I – recebeu:
a) o regulamento; e
b) a lâmina, se houver.
Figura 3 – Cotista
Fonte: ajr_images/iStock.
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/03.jpg
O administrador do fundo (ou as instituições intermediárias contratadas) deve manter à
disposição da CVM o referido termo próprio preenchido e assinado pelo investidor, ou registrado
em sistema eletrônico que garanta suas exigências.
Conforme define o Artigo 78 da Instrução Normativa CVM n° 555/2014, a administração de um
fundo “compreende o conjunto de serviços relacionados direta ou indiretamente ao
funcionamento e à manutenção do fundo, que podem ser prestadospelo próprio administrador
ou por terceiros por ele contratados”.
O administrador de um fundo de investimento é uma empresa que tem a responsabilidade legal
pelo fundo que administra. É responsável pela constituição do fundo, prestação de informações à
CVM, além de funcionar como retaguarda do fundo, conhecido como back office.
As principais funções do administrador de um fundo são:
responder pelas informações divulgadas no material de divulgação do fundo;
informar sobre qualquer alteração que ocorra no fundo;
manter em ordem a documentação relacionada ao fundo;
elaboração dos livros de atas de assembleias;
cálculo da cota do fundo;
controle dos cotistas.
Por meio do regulamento, o administrador deve dispor sobre o valor da taxa de administração,
que remunerará todos os serviços prestados, à exceção dos serviços de custódia e auditoria
independente, podendo, em alguns casos, haver remuneração baseada no resultado do fundo,
conhecida como taxa de performance, além da taxa de ingresso e saída.
Administrador2.2
Figura 4 – Administrador
Fonte: geralt/Pixabay.
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/04.jpg
A Instrução Normativa CVM n° 409 prevê que, aos administradores, é vedada a prática de certos
atos em nome do fundo:
As inúmeras obrigações do administrador de um fundo de investimento devem garantir o seu
perfeito funcionamento e, seguindo as boas práticas de governança corporativa, a minimização
dos conflitos de interesse entre os terceiros prestadores de serviços ao fundo e os seus cotistas.
A Instrução Normativa n° 409 prevê, ainda, as hipóteses em que deverão ser substituídos o
administrador e o gestor da carteira de um fundo:
Art. 64. É vedado ao administrador praticar os seguintes atos em nome do fundo:
I. receber depósito em conta corrente;
II. contrair ou efetuar empréstimos, salvo em modalidade autorizada pela CVM;
III. prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer outra forma;
IV. vender cotas à prestação, sem prejuízo da integralização a prazo de cotas subscritas;
V. prometer rendimento predeterminado aos cotistas; [...].
Art. 66. O administrador e o gestor da carteira do fundo devem ser substituídos nas hipóteses de:
I. descredenciamento para o exercício da atividade de administração de carteira, por decisão da
CVM;
II. renúncia; ou
III. destituição, por deliberação da assembleia geral.
O custodiante é o responsável pela guarda dos títulos do fundo. Ele não pode pertencer à mesma
instituição do administrador e do gestor do título.
É uma pessoa jurídica autorizada pela CVM para prestação de serviços de custódia.
Custodiante2.3
Auditor independente2.4
A auditoria independente é aquela realizada por pessoa jurídica, em geral, empresa de
contabilidade, que tem autorização da CVM para produzir parecer de auditoria no mercado de
valores mobiliários. Autoriza a auditoria independente por pessoa jurídica.
A auditoria independente visa à credibilidade das informações divulgadas aos cotistas e
entidades reguladoras. Assim, o relatório a ser elaborado pelo auditor independente contendo a
análise realizada nas demonstrações financeiras do fundo deverá tratar, em especial, da
adequação aos princípios contábeis e do cumprimento das normas operacionais.
Desse modo, como aponta Canalini (2012), tal qual o custodiante, a auditoria independente
funciona como mecanismo de proteção ao cotista.
Figura 5 – Auditor independente
Fonte: Fred Ho/Shutterstock.
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/05.jpg
Todos os fundos de investimento registrados na CVM são obrigados a passar um processo de
auditoria externa por meio de um auditor independente. E todo cotista tem o direito de exigir o
parecer de auditoria relacionado ao fundo em que ele investe.
O distribuidor é uma instituição financeira responsável pela comercialização do fundo. Esse é o
papel dos bancos na indústria de fundos.
Quando o banco vende fundos, ele é remunerado por esse trabalho, e a remuneração é paga pelo
gestor, que divide com o banco a taxa de administração recebida (GALLAGHER, 2004).
Distribuidor2.5
A figura do distribuidor não está restrita somente aos fundos de investimento. Uma instituição
financeira pode funcionar como distribuidora de títulos privados, como debêntures emitidas por
empresas que precisem captar recursos no mercado financeiro.
Gestor2.6
Figura 6 – Gestor
Fonte: gorodenkoff/iStock.
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/06.jpg
O gestor é o administrador da carteira de um fundo é o responsável por selecionar, comprar e
vender ativos para este, de acordo com o que é estabelecido no regulamento desse fundo, na
política de investimento.
Qualquer benefício ou vantagem recebida pelo gestor ou administrador deve ser imediatamente
transferida ao fundo, para benefício do cotista.
Taxas e documentos dos fundos3
A taxa de administração é a remuneração do gestor. Ela pode ser cobrada de duas formas:
Fixa: calculada diariamente, tendo como base 1/360 do percentual sobre o patrimônio líquido do
fundo. É paga normalmente de forma mensal.
Performance: percentual calculado sobre o que variar acima de um indexador estabelecido, que poder
ser a taxa dos Certificados de Depósito Interbancário (CDI, principal referência de títulos de renda
fixa) ou o índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa).
A cobrança da taxa de administração aos cotistas de um fundo variam de acordo com o risco do
fundo, ou seja, quanto maior o risco, maior a taxa. Essa relação parte do pressuposto de que
fundos com maiores riscos requerem mais trabalho de seus gestores na análise de risco dos
papéis e das estratégias de investimento.
Quanto maior for o valor mínimo de aplicação aceito por um fundo, menor será a taxa de
administração. Essa prática busca incentivar a captação de volumes maiores.
A performance de um fundo de renda fixa sofre grande influência da taxa de administração. Para
fundos com uma carteira de risco idêntico, por exemplo, o que irá definir a rentabilidade de um
fundo de renda fixa será a sua taxa de administração. Quanto maior a taxa, menor a
rentabilidade.
Taxa de administração3.1
Figura 7 – Taxa de administração
Fonte: Tumisu/Pixabay.
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/07.jpg
Quanto menor estiver a taxa de juros (Selic) mais relevante se torna o peso da taxa de
administração na rentabilidade do investimento. No seguinte cenário, por exemplo, com taxa Selic
de 3,75% a.a. em março de 2020, se um fundo cobrar uma taxa de administração acima de 1%
a.a., o investidor que aplicar na poupança terá mais rendimento e menos risco do que uma
aplicação em um fundo de investimento.
A taxa de performance é a taxa que remunera o gestor do fundo por conta do desempenho que
ele obteve. Ela é cobrada quando o gestor consegue superar o desempenho do benchmark do
fundo.
O benchmark mais usado nos fundos é o CDI, tanto para fundos de renda fixa quanto para fundos
multimercado. Outros benchmarks podem ser usados de acordo com o tipo de fundo.
A cobrança da taxa de performance deve ser, no mínimo, semestral, e deve ser cobrada sobre o
excedente de rentabilidade auferida e o benchmark.
Para cobrar taxa de performance, um fundo deve obedecer a dois critérios de forma conjunta:
a rentabilidade do fundo precisa ser superior à rentabilidade do benchmark;
a cota no momento da cobrança precisa ser superior à cota da última cobrança de performance.
Taxa de performance3.2
Figura 8 – Taxa de performance
Fonte: Tumisu/Pixabay.
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/08.jpg
A taxa de performance normalmente é cobrada de fundos de ações e fundos multimercados, pois
são neles que o gestor assume mais riscos para gerar uma maior rentabilidade à carteira do
fundo. Por esse motivo, a necessidade de uma performance acima da normalidade está
relacionada à cobrança dessa taxa adicional pelo seu trabalho diferenciado.
Canalini (2012) define prospecto como o documento que sintetizaas informações mais
relevantes que os investidores devem ter na realização de um investimento em um fundo.
O processo de escolha de um fundo de investimento começa pela análise do prospecto,
documento que apresenta as principais informações do mesmo.
O prospecto deve conter informações como a política de investimento do fundo e os riscos
envolvidos em suas aplicações (SCHEID, 2010).
Conforme regulamenta da Instrução Normativa CVM nº 409, a linguagem do prospecto deve ser
clara e acessível ao público alvo, além de conter todas as informações relevantes:
Prospecto3.3
Figura 9 – Prospecto
Fonte: Pexels/Pixabay.
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/09.jpg
Art. 40. O prospecto deve conter, em linguagem clara e acessível ao público alvo do fundo,
informações sobre os seguintes tópicos, assim como quaisquer outras informações consideradas
relevantes:
I. metas e objetivos de gestão do fundo, bem como seu público alvo;
II. política de investimento e faixas de alocação de ativos financeiros, discriminando seu processo
de análise e seleção; (Redação dada pela Instrução CVM Nº 522 DE 08 de maio de 2012)
III. política de investimento e faixas de alocação de ativos, discriminando o processo de análise e
seleção dos mesmos; (Redação Anterior)
IV. relação dos prestadores de serviços do fundo;
V. especificação, de forma clara, das taxas e demais despesas do fundo;
VI. apresentação detalhada do administrador e do gestor, quando for o caso, com informação sobre
seu registro perante a CVM, seus departamentos técnicos e demais recursos e serviços utilizados
para gerir o fundo; (Redação dada ao inciso pela Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro de
2004).
O prospecto é um dos primeiros documentos que o investidor tem acesso no momento em que
está interessado em investir em fundo de investimento. Ele serve como ponto de partida para o
investidor conhecer melhor sobre as características e as condições apresentadas pelo fundo.
Entretanto, não deve ser a única base de dados a ser utilizada na tomada de decisão do
investidor. É preciso estudar e analisar informações adicionais para ter segurança na hora de
investir em um fundo de investimento.
O regulamento de um fundo é o principal documento que estabelece as regras que o fundo
deverá seguir. Ele é de extrema importância para o investidor, que o usará como base de consulta
de informações, e serve como referência ao gestor do que é permitido fazer na administração dos
recursos.
O regulamento é um documento que explica os objetivos do fundo, a composição da carteira, a
estratégia de investimentos, os riscos incorridos pelo cotista, bem como assuntos operacionais e
administrativos.
De acordo com a CVM nº 409, os principais pontos do regulamento de um fundo são:
Regulamento3.4
À assembleia geral de cotistas, cabe a implementação de alterações no regulamento de um
fundo. À assembleia, cumpre, ademais, determinar a data a partir da qual terão eficácia as
alterações.
O regulamento poderá, contudo, ser alterado independentemente da assembleia geral, quando a
alteração for necessária ao atendimento de exigências expressas da CVM para a adequação a
normas legais ou regulamentares, ou, ainda, para a atualização dos dados cadastrais do
administrador, do gestor ou do custodiante do fundo.
Art. 41. O regulamento deve, obrigatoriamente, dispor sobre:
I. qualificação do administrador do fundo;
II. quando for o caso, referência à qualificação do gestor da carteira do fundo;
III. qualificação do custodiante;
IV. espécie do fundo, se aberto ou fechado;
V. prazo de duração, se determinado ou indeterminado;
VI. política de investimento, de forma a caracterizar a classe do fundo, em conformidade com o
disposto no art. 92; (Redação dada ao inciso pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007).
Figura 10 – Regulamento
Fonte: Aymanejed/Pixabay.
O regulamento de todos os fundos de investimento pode ser acessado através do site da
Comissão de Valores Mobiliários (CVM): www.cvm.gov.br [http://www.cvm.gov.br] . Para isso,
basta saber o CNPJ do fundo e preenchê-lo no campo de pesquisa.
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/10.jpg
http://www.cvm.gov.br/
No próximo passo o investidor pesquisa o regulamento do fundo no site da Comissão de
Valores Mobiliários (CVM)
Em seguida o investidor analisa o regulamento do fundo, para entender detalhadamente
quais são todas as condições oferecidas ao cotista
A constituição de um fundo tem como base a deliberação de um administrador que preencha os
requisitos estabelecidos nas Instruções CVM 409 e 411. Esse administrador aprova o
regulamento que vai estabelecer o funcionamento do fundo.
O fundo pode ser constituído sob a forma de condomínio aberto ou fechado. Quando em
condomínio aberto, os cotistas podem requerer o resgate de suas cotas a qualquer tempo.
Quando em condomínio fechado, o resgate das cotas só poderá ser realizado ao final do prazo de
duração do fundo (Instrução CVM nº 409).
Seu início de funcionamento depende de seu prévio registro na CVM, do regulamento do fundo
registrado em cartório de títulos e de documentos, do seu prospecto de divulgação, do nome do
auditor independente, do seu número de inscrição no CNPJ e do preenchimento do formulário
padronizado com as informações básicas do fundo.
O documento que estipula a forma pela qual o gestor administrará um fundo de investimento é a
política de investimento (investment policy). A política de investimento contempla, entre outras
informações relevantes, o objetivo do fundo.
O objetivo do fundo deve estar alinhado ao perfil do investidor e, assim, previamente à aplicação
em um fundo de investimento, cumpre observar-se tanto o retorno quanto o risco envolvido.
Os fundos de investimento têm limites de concentração do patrimônio líquido investido em
alguns tipos de ativos, conforme disposição da Instrução CVM nº 450, conforme dados a seguir:
Ativos financeiros negociados no exterior:
100% para os fundos de dívida externa;
20% para os fundos multimercado;
10% para as demais classes.
A constituição e o funcionamento dos fundos3.5
Política de investimento (investment policy)3.6
Em relação a ativos de um mesmo emissor, os fundos de investimento são obrigados a respeitar
a definição dada pela CVM. A determinação da CVM nº 409 sobre a concentração por emissores
dos ativos é definida da seguinte forma:
Figura 11 – Investment policy
Fonte: Peggy_Marco/Pixabay.
Art. 86. O fundo observará os seguintes limites de concentração por emissor, sem prejuízo das
normas aplicáveis à sua classe (art. 92):
I. até 20% (vinte por cento) do patrimônio líquido do fundo quando o emissor for instituição
financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil; e
II. até 10% (dez por cento) do patrimônio líquido do fundo quando o emissor for companhia aberta;
III. até 10% (dez por cento) do patrimônio líquido do fundo quando o emissor for fundo de
investimento;
IV. até 5% (cinco por cento) do patrimônio líquido do fundo quando o emissor for pessoa física ou
pessoa jurídica de direito privado que não seja companhia aberta ou instituição financeira
autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil; e
V. não haverá limites quando o emissor for a União Federal. (Redação dada ao caput pela Instrução
CVM nº 450, de 30 de março de 2007).
O termo de adesão é um documento que formaliza, por meio de uma assinatura convencional ou
eletrônica, que o investidor recebeu o prospecto e o regulamento do fundo, tomou ciência da
política de investimento adotada, da possibilidade de ocorrer patrimônio líquido negativo e, como
cotista, é responsável por tal perda.
Termo de adesão3.7
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/11.jpg
Por meio desse documento, o investidor também toma ciência de que podem ser solicitado
aportes adicionais em decorrência de perda de patrimônio. Ele atesta que tem conhecimento do
custo de administração do fundo (taxa de administração, performance ou qualquer outrocusto) e
conhece o risco do investimento.
Caberá ao administrador do fundo arquivar o termo de adesão do cliente, a fim que esteja
disponível para qualquer auditoria de entidade reguladora ou autorreguladora.
Por fim, caso o investidor esteja de acordo com todas as informações analisadas, ele deverá
assinar o termo de adesão do fundo para oficializar a contratação do mesmo e se tornar apto
para iniciar a aplicação dos recursos.
Figura 12 – Termo de adesão
Fonte: jarmoluk/Pixabay.
O termo de adesão é um documento de extrema importância, pois é ele que oficializa a
contratação do fundo de investimento por parte do investidor e o possibilita a iniciar as
aplicações de seus recursos. Sem o termo assinado de forma física ou digital, não existe a
possibilidade de aplicação.
Todas as informações sobre determinado fundo de investimento devem ser regularmente
prestadas aos seus cotistas, salvo nos casos em que a divulgação possa acarretar prejuízos ao
Prestação de contas3.8
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/12.jpg
fundo.
As informações sobre rentabilidade de um novo fundo apenas se tornam disponíveis aos cotistas
quando o fundo venha a completar seis meses.
Os fundos de investimento têm a obrigação de divulgar suas carteiras mensalmente. Todavia,
como aponta Canalini (2012), se a divulgação da composição das operações em curso puder
acarretar prejuízo ao fundo, a carteira poderá ser divulgada, omitindo-se as operações reputadas
confidenciais pelo administrador.
Figura 13 – Prestação de contas
Fonte: Free-Photos/Pixabay.
O cotista tem o direito de receber mensalmente a prestação de contas do fundo em que ele aplica,
que inclui a lâmina do fundo com o seu histórico de rentabilidade mensal, a composição da
carteira, o valor do patrimônio líquido, entre outras informações. Caso ele não receba essas
informações no prazo solicitado, uma alternativa é que ele busque estas informações no site da
CVM (www.cvm.gov.br [http://www.cvm.gov.br] ; acesso em: 27 abr. 2020).
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/13.jpg
http://www.cvm.gov.br/
Outras características dos fundos4
O capítulo V da instrução CVM nº 409 relaciona as competências da assembleia geral de
cotistas.
A assembleia geral de cotistas deve ser convocada por correspondência encaminhada a cada
cotista com antecedência de no mínimo, dez dias de sua realização. A assembleia poderá se
instalar com a presença de qualquer número de cotistas.
A Instrução Normativa CVM nº 409 dispõe sobre as matérias cuja deliberação são de
competência privativa da assembleia geral de cotistas:
Cada cotista tem o direito a um voto, e as deliberações da assembleia geral são tomadas por
maioria de votos. As deliberações podem, conforme disponha o regulamento, ser adotadas
mediante processo de consulta formal, em substituição à de reunião dos cotistas. O regulamento
também pode prever quórum qualificado para as deliberações.
Competências da assembleia geral de cotistas4.1
Art. 47. Compete privativamente à assembleia geral de cotistas deliberar sobre:
I. as demonstrações contábeis apresentadas pelo administrador;
II. a substituição do administrador, do gestor ou do custodiante do fundo;
III. a fusão, a incorporação, a cisão, a transformação ou a liquidação do fundo;
IV. o aumento da taxa de administração;
V. a alteração da política de investimento do fundo;
VI. a emissão de novas cotas, no fundo fechado;
VII. a amortização de cotas, caso não esteja prevista no regulamento; e
VIII. a alteração do regulamento.
Podem votar em assembleia geral os cotistas que estejam inscritos no registro de cotistas na
data em que a assembleia foi convocada, seus representantes legais e procuradores legalmente
constituídos. Os cotistas podem, ainda, votar por meio de comunicação escrita ou eletrônica,
desde que recebida pelo administrador antes do início da assembleia, observado o disposto no
regulamento do fundo.
A Instrução CVM nº 409 proíbe que o administrador e o gestor do fundo votem em assembleia
geral, prevendo como exceções as hipóteses em que sejam os únicos cotistas do fundo ou em
que haja expressa aquiescência da maioria dos demais cotistas:
A marcação a mercado consiste no processo de contabilizar o preço dos ativos em uma carteira
de acordo com o preço de mercado ao qual poderia ser negociado.
Figura 14 – Assembleia geral de cotistas
Fonte: 089photoshootings/Pixabay.
Art. 54. Não podem votar nas assembleias gerais do fundo:
I. seu administrador e seu gestor; (Redação dada ao inciso pela Instrução CVM nº 411, de 26 de
novembro de 2004).
[...]
Parágrafo único. Às pessoas mencionadas nos incisos I a IV não se aplica a vedação prevista neste
artigo quando se tratar de fundo de que sejam os únicos cotistas, ou na hipótese de aquiescência
expressa da maioria dos demais cotistas, manifestada na própria assembleia, ou em instrumento de
procuração que se refira especificamente à assembleia em que se dará a permissão de voto (Redação
dada ao parágrafo pela Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004).
Marcação a mercado (mark to market)4.2
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/14.jpg
O processo de marcação a mercado também pode ser encontrado na literatura de finanças como
mark to market ou fair value.
Todos os ativos que integram as carteiras dos fundos de investimento devem ser diariamente
contabilizados conforme seus preços de mercado.
A contabilização dos ativos dos fundos pelo valor de mercado deve, assim, refletir, a cada dia, o
verdadeiro patrimônio líquido (PL) do fundo e, portanto, o exato valor da sua cota. Dividindo-se o
PL do fundo pelo número de cotas emitidas, é possível calcular o valor diário da cota do fundo
(CANALINI, 2012).
Figura 15 – Mark to market
Fonte: 3844328/Pixabay.
É importante frisar que, qualquer que seja o fundo, não há garantia de rentabilidade, sendo,
inclusive, por norma da CVM, proibido dar essa garantia. O máximo que um cliente pode obter de
informação sobre a rentabilidade de um fundo diz respeito a período anteriores.
Garantia de rentabilidade4.3
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/15.jpg
Figura 16 – Garantia de rentabilidade
Fonte: Tumisu/Pixabay.
É muito importante que o cotista tenha em mente que rentabilidade passada não é garantia de
rentabilidade futura. Mais importante do que analisar o histórico de rentabilidade de um fundo é
saber qual é a composição de sua carteira, o índice de volatilidade, se é administrado e gerido por
instituições financeiras sólidas no mercado etc.
A análise quanto ao risco deve contemplar a análise quanto à volatilidade do fundo, a variação
diária da rentabilidade, para baixo ou para cima, tendo-se como padrão a média da rentabilidade
da carteira de títulos que o compõe ao longo de determinado período.
É possível medir a volatilidade de um fundo observando-se a variação diária do valor da sua cota
durante determinado período de dias úteis. Utilizando-se um algoritmo matemático, pode-se
comparar a variação sucessiva nas cotas, a cada dia, e chegar-se ao índice de volatilidade,
informação determinante quanto ao grau de risco para o investidor
É exemplo o Índice de Sharpe (IS ou índice de eficiência), que indica ao investidor se os riscos
assumidos pelo fundo foram bem remunerados. Seu cálculo considera a volatilidade e a
rentabilidade ajustadas, ou seja, após a subtração de um benchmark, que, a depender do tipo de
fundo, poderia ser o CDI ou o Ibovespa, por exemplo.
Risco4.4
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O IS mede a performance de um fundo, portanto, à luz da rentabilidade e do risco. Não
necessariamente o fundo mais rentável será o melhor. A rentabilidade (retorno) deve ser
analisada de forma concomitante à volatilidade (risco) a ela associada. Em síntese, quanto maior
for o IS, maior o retorno em relação ao preço do investimento. Ninguém deveria aceitar uma
carteira com IS negativo, pois ela teria um retornoabaixo do seu benchmark, e, assim, teria sido
melhor ter investido no benchmark.
Por exemplo, dizer que uma carteira tem IS de 10 significa dizer que, para cada unidade adicional
de risco, ela oferece 10 unidades de retorno adicional.
Figura 17 – Risco
Fonte: Instituto Phorte.
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/17.jpg
Exercícios de fixação
Entre as vantagens de um fundo de investimento, assinale a alternativa falsa:
Os fundos têm uma gestão profissional, e a administração dos recursos é feita por um
profissional de mercado.
É possível diversificar a carteira de ativos de um fundo para minimizar riscos.
Aplicações em fundos de investimento apresentam menor risco do que títulos do Governo.
Independentemente do valor aplicado, todos os cotistas de um mesmo fundo recebem a
mesma rentabilidade.
Possibilidade de investir em ativos que não poderiam ser acessados individualmente.
Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir:
Os fundos de investimento têm limites de concentração do patrimônio líquido investido.
Verdadeiro Falso
Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir:
Os fundos de investimento precisam ser marcados a mercado, ou seja, contabilizados
diariamente pelo preço de mercado de seus ativos.
Verdadeiro Falso
CARACTERÍSTICAS
PRINCIPAIS DOS FUNDOS DE
INVESTIMENTO
UNIDADE 1
Conclusão
Ao final desta Unidade, o aluno pôde conferir tudo sobre a
estrutura dos fundos de investimento e suas características
principais.
CLASSIFICAÇÃO DOS
FUNDOS DE INVESTIMENTO
Videoaula - Fundos de Renda Fixa
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UNIDADE 2
Objetivos:
Propiciar ao aluno o entendimento sobre todas as modalidades de
fundos de investimento disponíveis no mercado, as diferenças
entre cada uma delas e suas características principais.
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Fundos de renda fixa5
Como define Fortuna (2005, p. 453),
São fundos que compram ativos de renda fixa e se subdividem em algumas categorias:
Fundos DI: fundos atrelados à taxa DI. Têm em suas carteiras papéis que rendem um percentual do
CDI.
Fundos de curto prazo: fundos “compostos por títulos com vencimento de um dia, indexados à taxa
DI. São os fundos com menores riscos no mercado” (GALLAGHER, 2004, p. 83).
Fundos de renda fixa tradicional: fundos que podem estar pré ou pós-fixados, de acordo com o
julgamento do gestor quanto às oportunidades oferecidas pelo mercado.
Fundos cambiais: fundos cuja performance está atrelada à variação do dólar. Esses fundos são
utilizados, normalmente, quando há a preocupação de uma desvalorização cambial ou quando temos
um passivo em dólar. Servem para proteção (hedge).
fundos de renda fixa são aqueles compostos, em sua maioria, por aplicações em títulos que têm uma
taxa de retorno fixa. Uma parcela menor de sua composição pode incluir ações e/ou títulos cuja taxa
de retorno seja variável.
Figura 18 – Fundos de renda fixa
Fonte: Thiago Santos/iStock.
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Videoaula - Fundos de Renda Variável
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Fundos de renda variável6
Os fundos de renda variável apresentam em sua composição, em maior proporção, aplicações
em ações e/ou títulos com taxa de retorno variável, que dependem, portanto, de seu desempenho
no mercado. Caso as ações e/ou títulos ou cotas que compõem o fundo apresentem um bom
desempenho, o investidor obterá lucro. Na hipótese de o desempenho ser insatisfatório, o
investidor perderá dinheiro (SCHEID, 2010).
A maior parte da carteira dos fundos de renda variável tem ações em suas carteiras. Alguns tipos
de fundos de renda variável são:
Fundos passivos: fundos cuja performance está atrelada a algum índice da Bolsa de Valores
(Ibovespa, IBrX ou outro índice);
Fundos ativos: fundos cuja decisão de composição da carteira não tem por base a composição do
índice da Bolsa e que segue alguma filosofia de investimento específica. A decisão de compra ou
venda de papéis para a carteira desses fundos tem por base estratégias de investimento definidas no
regulamento do fundo.
Fundo de ações: os fundos classificados nessa classe devem possuir, no mínimo, 67% da carteira em
ações admitidas à negociação no mercado à vista de bolsa de valores ou entidade do mercado de
balcão organizado.
Fundos segmentados: fundos que se dedicam à compra de ações de algum segmento econômico; por
exemplo: ações de empresas de telecomunicações, do setor energético, de tecnologia etc.
Figura 19 – Fundos de renda variável
Fonte: stevepb/Pixabay
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/19.jpg
Fundos mistos7
São fundos que podem se posicionar, ao mesmo tempo, em renda fixa e em derivativos e/ou
ações. Alguns exemplos:
Fundos de derivativos ou alavancados: fundos que operam em mercados futuros e de opções. Esses
fundos operam uma carteira de renda fixa e buscam no mercado de derivativos uma forma de
aumentar (alavancar) seus ganhos.
Fundos multimercados: fundos cujas carteiras podem se posicionar com parte em renda fixa e parte
em ações. Esses fundos são interessantes na medida em que a decisão de aumentar, diminuir ou
zerar a posição em ações cabe à instituição gestora, que está dedicada a observar os movimentos do
mercado. Como explica Fortuna (2005, p. 459), as políticas de investimento dos fundos
multimercados devem envolver “vários fatores de risco, sem o compromisso de concentração em
nenhum fator em especial ou em fatores diferentes das demais classes de ativos previstas na
classificação dos fundos de investimento”.
Figura 20 – Fundos mistos
Fonte: stevepb/Pixabay.
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/20.jpg
Fundos especiais8
São fundos com características específicas. A seguir, vamos detalhar cada um deles.
São fundos registrados aqui no Brasil, fiscalizados pela CVM como os demais, mas que aplicam
em papéis da dívida externa brasileira.
São fundos que agregam ativos que representam o segmento do mercado de capitais,
especificamente orientados para a criação de novos negócios e para o crescimento de capital de
negócios já existentes. É um fundo com ativos de alto risco e deve ser usado somente para
diversificação da carteira.
São fundos voltados para a aposentadoria. O interessante nesses fundos é que, ao aplicar, o
cliente escolhe o perfil desejado. O tipo Soberano é composto por papéis do Governo Federal. O
tipo Renda Fixa pode ter parte de sua carteira em papéis de renda fixa não atrelados ao CDI ou ao
Governo Federal. Os fundos Composto 25 e Composto 49 são formados também por ações, até a
proporção indicada (25% ou 49%).
Falaremos de forma mais profundo sobre esses tipos de fundos na Unidade 4.
Fundos fechados cujo ativo é composto por imóveis. Um fundo fechado não emite cotas
ilimitadamente, como os fundos abertos. Ao solicitar um resgate de um fundo dessa natureza, há
de se buscar um terceiro investidor que deseje comprar as cotas em questão.
Os fundos exclusivos não estão abertos a todos os investidores. Eles são criados para um grupo
específico de pessoas. Todas as classes de fundos de investimento e de fundos de investimento
em cotas de fundo de investimento podem, adicionalmente, ser classificadas como exclusivos,
desde que sejam constituídos para receber aplicações exclusivamente de um único cotista.
Apenas os chamados, investidores qualificados podem ser cotistas desses fundos exclusivos.
Fundos de investimento no exterior8.1
Fundos deprivate equity8.2
Plano gerador de benefício livre (PGBL) / Vida gerador de benefício
livre (VGBL)8.3
Fundos imobiliários8.4
Fundos exclusivos8.5
Fundos de investimento para investidores qualificados8.6
Pode ser constituído um fundo de investimento destinado, exclusivamente, às aplicações dos
investidoresqualificados. Empregados e/ou sócios de uma instituição administradora ou gestora
de um fundo para investidores qualificados podem ser admitidos como cotistas, desde que
expressamente autorizados pelo diretor responsável da instituição perante a CVM.
Existem fundos que, em sua carteira, têm cotas de outros fundos, em vez de ações ou papéis de
renda fixa. É o caso dos fundos de investimento em cotas de outros fundos de investimento
(FICs). Esse tipo de fundo de investimento deve manter, no mínimo, 95% de seu patrimônio
líquido investidos em cotas de fundos de investimento da mesma classe que consta de sua
denominação, exceto os fundos de investimento em cotas classificados como multimercado, que
podem investir em cotas de fundos de todas as classes existentes. Os restantes 5% do
patrimônio líquido do fundo podem, de acordo com a regulação do Conselho Monetário Nacional
(CMN), ser aplicados em depósitos à vista ou em títulos públicos federais, títulos de renda fixa de
emissão de instituição financeira e operações compromissadas. Os percentuais de aplicação
devem ser cumpridos diariamente, com base no patrimônio líquido do fundo do dia
imediatamente anterior.
Fundos de investimento em cotas de fundo de investimento8.7
Figura 21 – Fundos especiais
Fonte: PublicDomainPictures/Pixabay.
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/21.jpg
Videoaula - Fundos Abertos e Fechados
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Fundos abertos e fechados9
Como explica Fortuna (2005, p. 453), os fundos abertos são aqueles “resgatáveis, a qualquer
momento, junto ao administrador do fundo, não havendo limite para o número de cotistas”. Tais
fundos têm um prazo indeterminado de duração. Nos fundos fechados, esclarece Fortuna (2005,
o. 453), “as cotas são não resgatáveis junto ao emissor, sendo, entretanto, negociadas em bolsa
de valores e/ou mercado de balcão organizado, tendo um número de cotistas limitado pelo seu
estatuto e um prazo determinado de duração”.
Os fundos de renda fixa, por apresentarem menor risco, têm, em geral, uma menor taxa de
administração e uma menor rentabilidade acumulada em comparação com os fundos de renda
variável. O investidor que busca ganhos maiores terá que assumir mais riscos.
Classificação eratings10
O objetivo da classificação dos fundos de investimento pela Associação Nacional dos Bancos de
Investimento e Desenvolvimento (Anbid) é comparar fundos comparáveis, ou seja, permitir que o
investidor, ao decidir por uma aplicação, a faça de acordo com seu perfil de risco e possa, ao
analisar os prospectos de cada fundo, entender os objetivos da carteira, sua composição e a
justificativa das taxas cobradas.
A classificação foi feita em quatro categorias (subdivididas em oito classes e 22 subclasses):
fundos de investimento;
fundos mútuos de privatização;
fundos de aposentadoria
fundos off-shore.
Especificamente, a categoria fundos de investimento está dividida em:
Fundos referenciados, que podem se subdividir em:
DI;
câmbio, entre outros.
Fundos de renda fixa, subdivididos em:
renda fixa;
renda fixa crédito;
renda fixa multi-índices;
Fundos balanceados: quando se aplica em diferentes classes de ativos, de uma forma balanceada,
com pouca ou nenhuma alavancagem, utilizando instrumentos financeiros derivativos como
proteção. Além disso, utilizam um mix balanceado de ativos como benchmark.
Fundos multimercados, subdivididos em:
sem alavancagem;
sem alavancagem com renda variável;
com alavancagem: quando se aplica em diferentes classes de ativos, não necessariamente de
uma forma balanceada, com pouca ou nenhuma alavancagem, utilizando principalmente
derivativos como proteção. Além disso, não utilizam um mix balanceado de ativos como
benchmark.
fundos de capital protegido;
fundos de investimento no exterior;
fundos de ações, que podem se subdividir em:
indexados;
ativos;
setoriais;
fechados, entre outros.
Fundos de investimento imobiliário.
A classificação da ANBID10.1
Ratingdos fundos10.2
A análise de um fundo de investimento por empresas especializadas em classificação (rating)
deve, necessariamente, ser realizada considerando-se a instituição gestora do fundo e seu país
de origem.
Fortuna (2005, p. 513) esclarece que todos os riscos que possam repercutir sobre o retorno do
investimento devem ser avaliados com cuidado, sintetizando os mais importantes:
O autor (FORTUNA, 2005) esclarece a relevância do rating como uma forma rápida disponível ao
investidor para a realização de comparações entre as diversas alternativas de investimento.
No caso dos fundos de investimento, como aponta Fortuna (2005, p. 514), foi desenvolvido um
modelo de avaliação de risco pela Fitch IBCA, que considera o risco de mercado assumido pelo
fundo em concomitância com o risco de crédito. O modelo avalia a possibilidade de perda para o
investidor nas hipóteses de eventual falência dos emissores dos títulos, reescalonamento ou
pagamento em atraso dos títulos que compõem a carteira do fundo, além do risco de perda nos
ativos do fundo, em razão de oscilações de taxas de juros ou de câmbio, perdas em derivativos,
liquidez e alavancagem:
Figura 22 – Rating dos fundos
Fonte: mohamed_hassan/Pixabay.
Resumidamente, os riscos mais importantes em cada caso são:
Países – possibilidade de reestruturação unilateral de dívida, confiscos, impostos etc.;
Instituições financeiras – solidez financeira;
Empresas de Asset Management – histórico de desempenho e tecnologia de gestão de ativos;
Títulos – capacidade de repagamento do emissor e a estrutura legal do título;
Fundos de Investimento – composição de carteira e consistência da performance ao longo
do tempo.
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/22.jpg
Risco de crédito:
Investment Grade AAA/AA/A e BBB. (Grau Qualitativo) (Excelente) (Bom).
Speculative Grade – BB/B/CCC/CC/D. (Grau Especulativo) (Especulativo) (Risco de falência –
Quebra da empresa).
Risco de mercado:
Baixo Risco – V1 + /V1/V2 (não compromete o principal investido).
Risco Moderado – V3/V4.
Risco Moderado a Alto – V5/V6/V7.
Risco Especulativo – V8/V9/V10 (pode haver perda do principal).
Exercícios de fixação
Quanto às características de um fundo de investimento de renda fixa, assinale a alternativa
correta:
Os fundos de renda fixa têm alta volatilidade.
Os fundos de renda fixa buscam acompanhar a performance do índice Ibovespa (Bolsa de
Valores).
Os fundos de renda fixa têm, em geral, prazos longos de resgate.
Os fundos de renda fixa têm, em geral, como benchmark, o CDI.
Os fundos de renda fixa têm taxa de retorno variável.
Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir:
Fundos abertos permitem o resgate a qualquer momento.
Verdadeiro Falso
Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir:
Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento devem manter, no mínimo, 95% de
seu patrimônio líquido investidos em cotas de fundos de investimento.
Verdadeiro Falso
CLASSIFICAÇÃO DOS
FUNDOS DE INVESTIMENTO
UNIDADE 2
Conclusão
Ao final desta Unidade, o aluno se tornou apto a conhecer todas as
modalidades de fundos de investimento, de forma bem detalhada
e abrangente.
PREVIDÊNCIA
UNIDADE 3
Objetivos:
Divulgação das características principais dos fundos de
previdência, para que o aluno possa conhecê-los de forma bem
abrangente e detalhada.
Fundos de previdência privada11
São aplicações cujas características em longo prazo estão alinhadas com o objetivo de
complementação da aposentadoria de seu investidor.
Definição11.1
Figura 23 – Previdência privada
Fonte: elenabs/iStock.
Ao aplicar em um fundo de previdência privada o investidor precisa ter um cuidado importante: a
tabela regressiva de imposto de renda. Como esse tipo de investimento está relacionado ao longo
prazo, o investidor deve decidir por aplicar os seus recursos com muita cautela. Isso porque,caso
ele decida resgatar o valor aplicado em até 2 anos, a primeira faixa da alíquota de tributação é de
35%.
A taxa de carregamento visa ao custeio das despesas administrativas, de colocação do plano e
de corretagem, tratando-se de percentual que incide sobre as contribuições do participante
(GALLAGHER, 2004).
Conceitos principais11.2
Taxa de carregamento11.2.1
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/23.jpg
Se um investidor aplicar, por exemplo, R$ 100,00 por mês em um PGBL e a taxa de carregamento
for de 2%, significa que ele pagará R$ 2,00 de carregamento e que somente R$ 98,00 serão
efetivamente aplicados ao produto.
Pode ocorrer de a taxa de carregamento ser escalonada de acordo com o valor investido ou ao
longo do plano, tendo um valor percentual maior no começo e menor nos períodos seguintes. O
escalonamento por valor incentiva o participante a aumentar seu investimento, ao passo que o
por tempo de permanência funciona como uma forma de ganhar a fidelidade do cliente.
Segue a mesma lógica dos fundos de investimento e se aplica no caso dos planos de previdência
privada. Os administradores e gestores dos planos também são remunerados por seu trabalho,
sendo esse custo já incluso no patrimônio do fundo e no cálculo de rentabilidade. Vale ressaltar
que a taxa de administração no caso do PGBL e do VGBL é cobrada também durante o período
de pagamento de benefícios.
A portabilidade é característica que denota a possibilidade de troca de plano na vigência do
período de acumulação do capital. A depender do plano de previdência privada, é possível que o
investidor troque o tipo de plano ou o administrador.
Taxa de administração11.2.2
Portabilidade11.2.3
A lógica de um investimento em plano de previdência pode ser dividida em duas partes: período
de acumulação de recursos e resgate/contratação de renda pelo participante.
Fases do plano de previdência11.3
Figura 24 – Fases do plano de previdência
Fonte: protockstudio/Freepik.
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/24.jpg
Durante o período de acumulação de recursos (investimento), o investidor acumula o capital de
forma regular (contribuição mensal) ou de forma única (aporte esporádico). Nesse período, é
possível efetuar resgates, migrar entre planos do mesmo administrador (portabilidade interna) ou
administrador distinto (portabilidade externa).
O divisor de mudança de regras de um plano de previdência é o momento em que o participante
decide solicitar a renda ou solicitar o resgate dos recursos acumulados.
Diferentemente da aplicação realizada em um fundo de investimento, em que aplicações e
resgates são constantes e rotineiros, nos fundos de previdência o investidor deve buscar somente
o acúmulo de recursos para gerar o maior valor possível na data de resgate e/ou na
aposentadoria. São perfis de investimento bastante diferentes, que devem ser tratados de forma
isolada.
O investidor pode escolher como receber da seguradora a renda relacionada aos recursos
investidos. A opção de renda é um momento muito importante, pois há vários tipos de renda
contratáveis. São eles:
Renda mensal vitalícia: consiste em uma renda paga vitaliciamente ao participante, a partir da data
de concessão do benefício. Com o falecimento do participante, a renda cessa.
Renda vitalícia com reversão ao beneficiário: o investidor receberá uma renda vitaliciamente e, após
o seu falecimento, essa renda passará a ser paga ao beneficiário.
Renda mensal temporária: o participante receberá uma renda mensal que cessará com o término do
período escolhido ou com seu falecimento (das duas ocasiões, aquela que acontecer primeiro).
Renda mensal vitalícia com garantia de 15 anos: o investidor receberá uma renda vitaliciamente,
porém, caso seu falecimento ocorra em menos de 15 anos da data do início da contratação da renda, o
beneficiário receberá a renda até o término do período que faltava para completar os 15 anos.
Tipos de renda de um plano de previdência11.4
O cálculo da renda leva em consideração a idade do participante, o tempo da duração da renda, o
montante acumulado até o momento da contratação da renda e o fator atuarial.
Figura 25 – Tipos de renda de um plano de previdência
Fonte: QuinceCreative/Pixabay.
O tipo de renda de um plano de previdência deve ser escolhido com muito cuidado no momento
da contratação, pois, em muitos casos, impactam terceiros. Qualquer mudança que precise ser
feita posteriormente gera maior dificuldade e burocracia no processo.
Cuidados a serem tomados na compra de um plano de previdência11.5
Figura 26 – Cuidados a serem tomados na compra de um plano de
previdência
Fonte: QuinceCreative/Pixabay.
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/25.jpg
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/26.jpg
Gallagher (2004, p. 115-116) traz como dicas para o consumidor que procura um plano ou fundo
de previdência privada:
Analise a solidez financeira da empresa: a escolha de empresas sólidas e especializadas no
ramo é fundamental para a segurança do participante.
Analise o perfil de investimento do fundo ou plano: a perspectiva de rendimento e do nível
de risco depende da composição da carteira.
Compare custos: verifique que taxas mais elevadas de gestão ou administração e
carregamento prejudicam muito a rentabilidade da carteira e a renda futura do participante.
Escolha o tipo de benefício no final do plano: é mais fácil ter uma ideia de expectativas na
aposentadoria do que quando se começa a poupar.
Valor mínimo de contribuição: uma contribuição muito alta pode ser um estímulo para
interromper o plano, o que sempre prejudica o participante.
Verifique a idoneidade da empresa: o consumidor deve fazer uma pesquisa nos órgãos de
defesa do consumidor e na Susep para saber como ele está sendo visto pelos seus clientes
no mercado.
Leia com cuidado o contrato: ele é a única arma do consumidor para contestar alguma
determinação da entidade administradora.
Cheque a portabilidade do fundo: certifique-se quanto à possibilidade de trocar de
administrador ou de tipo de fundo no que se refere a risco da carteira ou mesmo de
classificação de plano de previdência.
Exercícios de fixação
Entre as características principais dos fundos de previdência, assinale a alternativa correta:
São aplicações em curto prazo.
São aplicações que permitem a portabilidade.
São aplicações que têm carência mínima de 24 meses.
São aplicações que não têm taxa de administração.
São aplicações que não permitem a transferência dos recursos para um beneficiário.
Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir:
Todo fundo de previdência tem taxa de administração, similar aos fundos de investimento.
Verdadeiro Falso
Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir:
No plano de renda mensal vitalícia o investidor recebe uma renda até o momento de sua morte.
Após isso, a renda cessa.
Verdadeiro Falso
PREVIDÊNCIA
UNIDADE 3
Conclusão
Ao final desta Unidade, o aluno pôde conferir tudo sobre a
estrutura dos fundos de previdência e suas características
principais.
CLASSIFICAÇÃO DOS
FUNDOS DE PREVIDÊNCIA
Videoaula - Fundo de Aposentadoria Programada Individual
(Fapi)
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UNIDADE 4
Objetivos:
Propiciar ao aluno o entendimento sobre todos os tipos de fundos
de previdência existentes no mercado, as diferenças entre cada
um deles e suas características principais.
https://player.vimeo.com/video/413229729
Tipos de fundos de previdência privada12
O fundo de aposentadoria programa individual (Fapi) não é considerado um fundo de previdência
privada, mas pode servir para a formação de poupança em longo prazo. É um fundo de
investimento em renda fixa sem garantia de rendimento mínimo. Como explica Fortuna (2005, p.
517), pode ser considerado “um produto de previdência complementar na forma de um
condomínio capitalizado”.
O Fapi é constituídosob a forma de um condomínio aberto e administrado prioritariamente por
instituições financeiras, corretoras de títulos e valores mobiliários (CTVM) e distribuidoras de
títulos e valores mobiliários (DTVM) com capital acima de determinado valor, e seguradoras
autorizadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).
O gestor do fundo apenas administra o capital na fase de acumulação. No final do período, o
poupador retira todo o seu capital de uma só vez e faz o investimento que for mais conveniente,
podendo optar, na ocasião, por comprar à vista um plano de previdência, uma casa ou, até
mesmo, viajar.
Sobre os saques anteriores a um ano de abertura do Fapi, são cobrados 5% de Imposto sobre
Operações Financeiras (IOF).
Diferentemente dos planos com garantia e performance, o Fapi não cobra taxa de carregamento,
tampouco tem garantia de rentabilidade mínima, entretanto, oferece, também, o benefício fiscal
de abatimento de até 12% da renda, para fins de cálculo do imposto de renda.
Fundo de aposentadoria programada individual (Fapi)12.1
Figura 27 – Tipos de fundos de previdência privada
Fonte: geralt/Pixabay.
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/27.jpg
É importante enfatizar que esse é um produto de alto custo de imposto de renda, pois, além de
pagar imposto de renda periodicamente, como num fundo de investimento, o investidor é taxado
novamente no momento do resgate, de acordo com a tabela do imposto de renda vigente, sobre o
capital acumulado, o que inclui o rendimento obtido e já tributado anteriormente. Essa regra
diminui a atratividade do produto, que é pouco conhecido e difundido pelo mercado.
As empresas poderão adotar o Fapi para seus funcionários criando o plano de incentivo à
aposentadoria programa individual (Piapi) (FORTUNA, 2005). O Piapi só poderá ser criado se a
empresa contribuir para, ao menos, 50% de seus funcionários. As empresas que criarem o Fapi
são autorizadas a abater as despesas com as contribuições do imposto de renda, respeitado o
limite de 20% do salário bruto de cada funcionário. Os valores despendidos pelos empregadores
para a compra de cotas do fundo não são considerados como integrantes da remuneração dos
empregados beneficiários. Recursos utilizados pelo empregador na compra das cotas do fundo
não serão considerados como parte integrante da remuneração do beneficiário.
No Fapi não há, como nos planos de previdência complementar tradicional, a previsão de uma
rentabilidade mínima. A ausência de rentabilidade mínima assegurada é compensada pelo fato
de que todo o rendimento é repassado ao investidor.
Esclarece Fortuna (2005, p. 518) que os recursos do Fapi:
podem ser aplicados em uma carteira diversificada de títulos, valores mobiliários, demais ativos
financeiros e modalidades operacionais, prévia e expressamente identificados com limites
máximos de composição de aplicações e observada a seguinte estrutura básica:
até 100% em títulos públicos federais e créditos securitizados do tesouro nacional;
até 80% em investimento de renda fixa;
até 40% em investimentos de renda variável;
possibilidade de contratação de operações de empréstimos de ações, na condição de
emprestador, em mercados organizados de derivativos.
No Fapi, que é um fundo de previdência voltado ao profissional de instituição privada, o cidadão
consegue, em alguns casos, o benefício de receber de sua empresa a contribuição de 100% do
valor que ele aplica. Com isso, os dois lados saem ganhando: o cidadão acumula recursos de
maneira mais rápida e a empresa em pregadora aumenta o valor de seu benefício fiscal.
Os planos com garantia e performance têm o compromisso de garantir rendimento mínimo
estabelecido no contrato sobre o capital acumulado, descontados todos os custos. A Susep não
define qual é esse critério de garantia, mas o mercado definiu a utilização do índice geral de
preços de mercado (IGP-M), um índice de inflação calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV),
como indexador para os produtos.
Existem dois tipos de planos com garantia e performance:
plano com atualização garantida e performance (PAGP);
plano com remuneração garantida e performance (PRGP).
A diferença entre o PAGP e PRGP diz respeito à remuneração. O PAGP garante apenas a
atualização pelo indexador definido, ao passo que o PRGP garante também uma taxa de juros
adicional, além do indexador. O administrador deve, ainda, repassar ao beneficiário do plano
parte do rendimento que exceder a garantia.
Exemplo prático:
Rentabilidade obtida pelo administrador = 18% no ano.
Garantia do PRGP = IGP-M + 6% ao ano.
Excedente a retornar para cliente conforme contrato = 50% do que exceder a garantia.
IGP-M no ano = 5%.
Garantia = 5% + 6% = 11%.
Excedente = 18% – 11% = 7%.
50% de 7% = 3,5%.
Rentabilidade do participante = 11% + 3,5% = 14,5%.
A carência para o resgate do capital acumulado, em caso de desistência, é de 12 meses. Os
planos tradicionais também oferecem a contratação de seguros adicionais, com cobertura para
risco de morte ou invalidez.
Há a taxa de carregamento no momento da aplicação e, também, benefício fiscal nas
contribuições para o plano de até 12% da renda do contribuinte. O imposto de renda é cobrado do
participante no momento do recebimento do benefício, pela tabela normal de imposto de renda
vigente, sobre o valor recebido, e não somente sobre o rendimento.
Plano com garantia de performance12.2
Videoaula - PGBL e VGBL
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PGBL e VGBL13
O plano gerador de benefício livre (PGBL) é um plano de previdência privada que não garante
rendimento mínimo, posto que é estruturado na forma de fundo de investimento, como ensina
Gallagher (2004, p. 109). Essa modalidade de plano de previdência complementar permite a
contratação de rendas para recebimento a partir de data futura de escolha do investidor.
O PGBL oferece três modalidades de investimento, como explica Fortuna (2005, p. 519):
Nessa modalidade, as contribuições podem ser variáveis ou fixas, sendo todas dedutíveis da
base de cálculo do imposto de renda, até o limite de 12% da renda bruta anual do participante.
A tributação nos planos PGBL ocorrerá apenas no início do recebimento dos benefícios mensais
ou quando houver eventual resgate durante o período de diferimento.
Como ensina Fortuna (2005, p. 519-520), a portabilidade do PGBL é de 60 dias. Segundo o autor,
o risco do investidor é a instituição administradora.
O PGBL tem uma vantagem sobre a acumulação de recursos de um fundo de investimento
comum: a de que ele não é incluído nos bens de um inventário, ao contrário dos fundos de
investimentos normais. Se o titular do plano morre, o beneficiário indicado no contrato pode
sacar em poucos dias, ao passo que o dinheiro aplicado nos fundos de investimentos terá de
esperar a decisão da Justiça, sem falar dos custos com advogados e cartórios.
O vida gerador de benefício livre (VGBL) é um produto semelhante ao PGBL, que, como aponta
Gallagher (2004, p. 109), deste difere apenas no que diz respeito à tributação. Verdadeiro seguro
de vida com cobertura por sobrevivência (aposentadoria), o produto tem por finalidade a
formação de poupança, que poderá ser, a partir de determinada data indicada pelo investidor,
revertida na forma de renda mensal ou pagamento único.
Plano gerador de benefício livre (PGBL)13.1
Plano Soberano – aplica os recursos apenas em títulos públicos federais.
Plano Renda Fixa – aplica os recursos em títulos públicos federais e outros títulos com
características de renda fixa.
Plano Composto – aplica os recursos em títulos públicos federais, outros títulos com
característica de renda fixa e até 49% dos valores em renda variável.
Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL)13.2
O VGBL também não garante rendimento mínimo, estando estruturado na forma de fundo de
investimento. Tanto no PGBL quantono VGBL, são cobradas taxa de administração e de
carregamento sobre as contribuições mensais (GALLAGHER, 2004).
No VGBL, o imposto de renda também é cobrado no recebimento dos benefícios ou quando
efetuados resgates.
Diferentemente do que ocorre com o PGBL, em que o imposto incide sobre o capital investido
mais os rendimentos, quer dizer, o total de valor acumulado, no que diz respeito ao VGBL, o
imposto terá como base de cálculo apenas os rendimentos auferidos.
Em contrapartida, o participante do VGBL não faz jus ao benefício fiscal de dedução dos valores
das contribuições vertidas ao plano em sua declaração anual do imposto de renda.
O VGBL é um misto de previdência privada com seguro. Quem opta por contratar o seguro de
vida também tem de pagá-lo à parte. O restante da operação é igual ao PGBL.
Existem três tipos de PGBLs/VGBLs:
Soberano: aplica 100% em títulos de emissão do Tesouro Nacional e/ou do Banco Central do Brasil e
créditos securitizados do Tesouro Nacional. É o tipo com menor risco.
Renda fixa: aplica 100% em títulos de renda fixa públicos ou privados (como CDBs, debêntures e letras
de câmbio). Tem um pouco mais de risco, o que pode permitir melhor rentabilidade.
Composto: além de títulos de renda fixa públicos e privados, pode aplicar até 49% em renda variável
(ações). Essa carteira tem maior potencial de ganho, porém, com maior nível de risco. É
recomendável para investidores que aceitam incorrer em mais riscos e que acreditam que a Bolsa é
um investimento que, em longo prazo, deve se tornar mais rentável do que renda fixa, passando,
contudo, por períodos de volatilidade. Como os produtos permitem que o participante altere sua
estratégia de investimento ao longo do tempo, ele pode começar colocando sua poupança nessa
modalidade, que tem maior potencial de ganho, e à medida que a aposentadoria se aproxime, altere
para um perfil mais conservador de plano.
Quando tratamos do público-alvo, o PGBL é direcionado para pessoas que têm renda sujeita à
tributação, como é o caso dos assalariados que preenchem o formulário completo da declaração
do imposto de renda, pois as contribuições ao plano são abatidas da renda bruta, assim como se
faz com os pagamentos com saúde e educação, mas o benefício do PGBL tem o limite máximo
de 12% da renda bruta.
Já o VGBL se direciona para pessoas que não tem renda tributável ou que preenchem o
formulário simplificado da declaração do imposto de renda e aqueles que querem aplicar mais de
12% da sua renda bruta em previdência privada.
PGBL e VGBL: tipos e diferenças entre os planos13.3
No que diz respeito ao tratamento fiscal, no caso do PGBL, o contribuinte pode deduzir até 12%
da sua renda bruta anual na declaração de imposto de renda. O acerto de contas com a Receita
Federal fica para a hora do resgate, e o imposto de renda será cobrado sobre o total acumulado.
Já no VGBL, não é possível a dedução na declaração. Em compensação, o imposto de renda é
cobrado apenas sobre o rendimento no período.
Exemplo: se uma pessoa acumular, ao longo de 20 anos, R$ 200 mil, dos quais R$ 40 mil
representam o ganho de capital, no VGBL, o imposto de renda vai incidir somente sobre os R$ 40
mil. No PGBL, o imposto de renda incidirá sobre os R$ 200 mil.
Figura 28 – PGBL e VGBL: tipos e diferenças entre os planos
Fonte: mohamed_hassan/Pixabay.
Os planos de previdência PGBL e VGBL têm diferenças pontuais que levam os investidores a
terem muitas dúvidas e questionamentos quando estão decidindo sobre onde e como investir
recursos para a aposentadoria. Mas esse processo não precisa passar por uma decisão única e
irrevogável. Com a possibilidade da portabilidade, caso o investidor não esteja satisfeito, depois
de algum tempo, com as condições gerais do PGBL, ele pode migrar os recursos para o VGBL, e
vice-versa.
http://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/28.jpg
Exercícios de fixação
Entre as diferenças entre o PGBL e o VGBL, assinale a alternativa incorreta:
O PGBL permite a dedução de até 12% da renda bruta na declaração de Imposto de Renda.
No PGBL, a tributação incide no valor total acumulado do fundo. No VGBL, apenas no
rendimento da aplicação.
No VGBL, não é permitido o uso do benefício fiscal para dedução da base de cálculo do
Imposto de Renda.
O VGBL é um misto de previdência privada com seguro.
O PGBL é ideal para pessoas que preenchem o formulário simplificado da declaração de
Imposto de Renda.
Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir:
O PGBL não é incluído nos bens de um inventário.
Verdadeiro Falso
Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir:
Empresas que quiserem adotar o Fapi para seus funcionários poderão obter um benefício fiscal
de até 20% do salário bruto de cada funcionário.
Verdadeiro Falso
CLASSIFICAÇÃO DOS
FUNDOS DE PREVIDÊNCIA
UNIDADE 4
Conclusão
Ao final desta Unidade, o aluno se tornou apto a conhecer todas os
tipos de fundos de previdência, de forma bem detalhada e
abrangente.
Conclusões
O objetivo deste material foi o de possibilitar aos alunos o melhor aprendizado sobre o conteúdo
proposto: fundos de investimento e previdência.
Para isso, foi realizado um estudo completo, a fim de gerar as informações mais completas e
detalhadas possível, de modo a propiciar um conhecimento amplo e sólido sobre os assuntos
apresentados.
Em caso de dúvidas e/ou sugestões sobre o material, estou à disposição, pois isso agregará
ainda mais valor ao curso.
Exercícios de fixação - respostas
Entre as vantagens de um fundo de investimento, assinale a alternativa falsa:
Os fundos têm uma gestão profissional, e a administração dos recursos é feita por um
profissional de mercado.
É possível diversificar a carteira de ativos de um fundo para minimizar riscos.
Aplicações em fundos de investimento apresentam menor risco do que títulos do Governo.
Independentemente do valor aplicado, todos os cotistas de um mesmo fundo recebem a
mesma rentabilidade.
Possibilidade de investir em ativos que não poderiam ser acessados individualmente.
Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir:
Os fundos de investimento têm limites de concentração do patrimônio líquido investido.
Verdadeiro Falso
Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir:
Os fundos de investimento precisam ser marcados a mercado, ou seja, contabilizados
diariamente pelo preço de mercado de seus ativos.
Verdadeiro Falso
Quanto às características de um fundo de investimento de renda fixa, assinale a alternativa
correta:
Os fundos de renda fixa têm alta volatilidade.
Os fundos de renda fixa buscam acompanhar a performance do índice Ibovespa (Bolsa de
Valores).
Os fundos de renda fixa têm, em geral, prazos longos de resgate.
Os fundos de renda fixa têm, em geral, como benchmark, o CDI.
Os fundos de renda fixa têm taxa de retorno variável.
Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir:
Fundos abertos permitem o resgate a qualquer momento.
Verdadeiro Falso
Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir:
Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento devem manter, no mínimo, 95% de
seu patrimônio líquido investidos em cotas de fundos de investimento.
Verdadeiro Falso
Entre as características principais dos fundos de previdência, assinale a alternativa correta:
São aplicações em curto prazo.
São aplicações que permitem a portabilidade.
São aplicações que têm carência mínima de 24 meses.
São aplicações que não têm taxa de administração.
São aplicações que não permitem a transferência dos recursos para um beneficiário.
Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir:
Todo fundo de previdência tem taxa de administração, similar aos fundos de investimento.
Verdadeiro Falso
Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir:
No plano de renda mensal vitalícia o investidor recebe uma renda até o momento de sua morte.
Após isso, a renda cessa.
Verdadeiro Falso
Entre as diferenças entre o PGBL e o VGBL, assinale a alternativa incorreta:O PGBL permite a dedução de até 12% da renda bruta na declaração de Imposto de Renda.
No PGBL, a tributação incide no valor total acumulado do fundo. No VGBL, apenas no
rendimento da aplicação.
No VGBL, não é permitido o uso do benefício fiscal para dedução da base de cálculo do
Imposto de Renda.
O VGBL é um misto de previdência privada com seguro.
O PGBL é ideal para pessoas que preenchem o formulário simplificado da declaração de
Imposto de Renda.
Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir:
O PGBL não é incluído nos bens de um inventário.
Verdadeiro Falso
Assinale verdadeiro ou falso para a afirmação a seguir:
Empresas que quiserem adotar o Fapi para seus funcionários poderão obter um benefício fiscal
de até 20% do salário bruto de cada funcionário.
Verdadeiro Falso
Autoria
Autor
Graduação em Administração de  Empresas pelo Ibmec. Graduação em Ciências Contábeis pela
Universidade Cândido  Mendes. MBA em Gestão Financeira e Econômica de Empresas pela
Fundação Getúlio  Vargas (FGV). Experiência profissional de mais de 15 anos na área financeira
de  empresas de diversos segmentos.
Currículo: lattes.cnpq.br [http://lattes.cnpq.br/7575046686415811]
Sérgio Soriano Tavares
http://lattes.cnpq.br/7575046686415811
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COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM). Instrução CVM nº 409 de 18 de agosto de 2004.
Dispõe sobre a  constituição, a administração, o funcionamento e a divulgação de informações 
dos fundos de investimento. Rio de Janeiro: CMV, 2004a. Disponível em: 
www.normasbrasil.com.br [https://www.normasbrasil.com.br/norma/instrucao-409-
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Disponível em:  www.cvm.gov.br
[http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/400/inst411.pdf] .
Acesso em: 27 abr. 2020.
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Altera as Instruções CVM nºs 409,  de 18 de agosto de 2004, 306, de 5 de maio de 1999, 387, de
28 de abril de 2003  e 391, de 16 de julho de 2003 e revoga as Instruções CVM nºs 316, de  15 de
outubro de 1999, 322, de 14 de janeiro de 2000, 326, de 11 de fevereiro  de 2000, 327, de 18 de
fevereiro de 2000, 329, de 17 de março de 2000, 336, de  15 de maio de 2000, e 338, de 21 de
junho de 2000. Rio de Janeiro: CMV,  2007. Disponível em: www.cvm.gov.br
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Acesso em: 27 abr. 2020.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM). Texto integral da instrução CVM nº  555, de 17 de
dezembro de 2014, com as alterações introduzidas pelas instruções  CVM Nº 563/2015,
564/2015, 572/2015, 582/2016, 587/2017, 604/2018, 605/2019,  606/2019, 609/2019 e
615/2019. Dispõe sobre a constituição, a administração, o funcionamento e a  divulgação de
informações dos fundos de investimento. Rio de Janeiro: CVM,  2014. Disponível em: 
www.cvm.gov.br
Bibliografia  clássica
Bibliografia  geral
https://www.normasbrasil.com.br/norma/instrucao-409-2004_73363.html
http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/400/inst411.pdf
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http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/500/inst555consolid.pdf
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em: www.revistaespacios.com
[https://www.revistaespacios.com/a18v39n16/a18v39n16p19.pdf] .  Acesso em: 27 abr. 2020.
http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/500/inst555consolid.pdf
https://www.revistaespacios.com/a18v39n16/a18v39n16p19.pdf

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