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Vict�ria Kar�line Libório Card�so Antipsicótic�s Psicose Distúrbios do pensamento, da percepção, do afeto e do comportamento, que levam a uma perda do contato com a realidade. Disfunções funcionais: esquizofrenia e distŕubios afetivos. Disfunções orgânicas: demência, síndrome de retirada e intoxicações (anfetamina e maconha). Esquizofrenia É um transtorno psiquiátrico crônico e incapacitante, de natureza complexa e com manifestações múltiplas. ● O primeiro surto psicótico costuma ocorrer no final da adolescência ou no início da vida adulta - entre 20 e 25 anos. Sintomas positivos: “o que tem a mais” - atraem atenção para a doença do paciente. ● Alucinações: auditivas, visuais, olfativas e táteis. ● Delírios: distorções do pensamento - perseguições, inveja, megalomania... ● ● Distúrbios do pensamento: fala desorganizada. Sintomas negativos: “o que tem a menos” - tendem a prejudicar a pessoa a ter uma vida cotidiana normal. ● Falta de iniciativa. ● Embotamento afetivo - diminuição da habilidade de expressar-se emocionalmente. ● Anedonia. ● Isolamento social. ● Pobreza de linguagem. Sintomas cognitivos: ● Dificuldade de aprendizagem e de memória. Ocorrência de surtos: Vict�ria Kar�line Libório Card�so Evolução da alteração da percepção induzida pela esquizofrenia: ● Ex: Louis Wain, que pintou várias telas de gatos no período de desenvolvimento da esquizofrenia. Causas: ● Envolve componentes genéticos e ambientais. ○ Genéticos: ■ 50% de concordância entre gêmeos univitelinos. ■ 1% da população. ■ Maior incidência entre parentes. ○ Ambientais: ■ Infecções maternas no 2* trimestre da gestação. ■ Pertencer a grupos minoritários. ■ Uso intenso de Cannabis sativa. ○ Interação entre fatores genéticos e ambientais: ex - mudar de casa, perder um familiar… Fisiopatologia e bases biológicas: ● Disfunções neuroquímicas: dopamina e glutamato. ● Alterações no desenvolvimento. ○ Two-hit: fatores genéticos ou perinatais tornam o indivíduo vulnerável a fatores Vict�ria Kar�line Libório Card�so socioambientais na adolescência, que é um período crítico no neurodesenvolvimento. ● Há provável envolvimento na neurotransmissão dopaminérgica nas manifestações da esquizofrenia, mas não na causa. ○ Sintomas positivos: excesso de neurotransmissão mediada por D2 no sistema límbico. ○ Sintomas negativos: diminuição da neurotransmissão mediada por D1 no córtex pré-frontal. ● Alterações anatômicas: redução do tamanho de estruturas subcorticais, como amígdala e hipocampo; também há hipofrontalidade. Tratamento da esquizofrenia Antipsicóticos de 1* geração’típicos: neurolépticos. ● São tranquilizantes maiores. ● Fenotiazina: ○ Clorpromazina: melhora os sintomas positivos e está relacionada com o bloqueio dos receptores D2 na via mesolímbica. Entretanto, não melhora os sintomas negativos. ■ Também induz efeitos extrapiramidais ou tipo-parkinsonianos, devido ao bloqueio de D2 no estriado da via nigro-estriatal. ■ Efeitos extra-piramidais ou síndrome parkinsoniana: dificuldade de fazer movimentos; rigidez muscular; tremores finos e de extremidades; acatisia (incapacidade de ficar parado) e discinesia (movimentos involuntários) - decorrentes do bloqueio de D2 da via nigro-estriatal. ○ Flufenazina. ● Butirofenonas: ○ Haloperidol. ● Tioxantenos: ○ Flupentixol. Obs: a estrutura espacial da dopamina e da clorpromazina são semelhantes. Vict�ria Kar�line Libório Card�so Efeitos a longo prazo dos antipsicóticos clássicos (neurolépticos): ● Discinesia tardia: movimento involuntário da face e da língua; também pode ocorrer em tronco e em membros; é incapacitante. Neurotransmissão dopaminérgica: ● Antipsicóticos: fazem antagonismo de receptores D2 de dopamina - reduzem a neurotransmissão. ● Psicoestimulantes: induzem psicoses, pois intensificam a neurotransmissão de dopamina -cocaína, anfetamina… ● Grupos receptores dopaminérgicos (D1 e D2): existem vários receptores dopaminérgicos reunidos em duas famílias. ○ Via mesolímbica: responsável pelos sintomas positivos. ○ Via mesocortical: responsável pelos sintomas negativos. Obs: antipsicóticos também antagonizam outros receptores além de D2 e eles são responsáveis por efeitos colaterais (afinidade medida pelo ki). TABELA COM Ki Antipsicóticos de 2* geração’atípicos: ● Produzem uma supressão efetiva dos sintomas psicóticos em doses que não induzem efeitos indesejáveis extrapiramidais. ● Clozapina: melhora os sintomas positivos E negativos da esquizofrenia, além de não induzir efeitos extrapiramidais ou tipo-parkinsonianos. ○ A clozapina deu origem aos antipsicóticos atípicos, mas nenhum deles possui a mesma eficácia que ela. Vict�ria Kar�line Libório Card�so Efeitos indesejáveis não dopaminérgicos: ● H1� sedação e ganho de peso. ● M: boca seca, constipação, visão borrada e retenção urinária. ● Alfa-1� hipotensão postural. Necessidade de novas drogas: ● Melhor tolerabilidade. ● Para melhorar a resposta ao tratamento. ○ Sintomas negativos. ○ Déficits cognitivos. Questões O efeito terapêutico do haloperidol é mediado, pelo menos em parte, pelo bloqueio a quais receptores[ ● Receptores D2 de dopamina. Qual é uma das vantagens dos antipsicóticos atípicos em detrimento dos convencionais[ ● Menos discinesias tardias.
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