Buscar

Relatório: Ajuste oclusal por desgaste seletivo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Centro Universitário de Goiatuba-Unicerrado
Graduação em Odontologia
Oclusão
Tatiana Carvalho
Gabriella Vieira
Relatório: Ajuste oclusal por desgaste seletivo
O ajuste oclusal é uma conduta terapêutica que propõe modificações nas superfícies de dentes, restaurações ou próteses, por meio de desgaste seletivo ou acréscimo de materiais restauradores. Tem o objetivo de harmonizar os aspectos funcionais maxilomandibulares na oclusão em relação cêntrica (ORC) e nos movimentos excêntricos; melhorar as relações funcionais da dentição para que estas, e conjunto com o periodonto de sustentação, recebam estímulos uniformes e funcionais.
Sinais clínicos da oclusão traumática:
· Mobilidade dentária;
· Migração dentária;
· Padrão anormal de desgaste oclusal (facetas);
· Abcessos periodontais;
· Hipertonicidade dos músculos da mastigação;
· Sensibilidade à pressão;
· Recessão gengival.
Sinais radiográficos:
· Perda da continuidade da lâmina dura;
· Espaço periodontal alargado;
· Reabsorção radicular externa;
· Hipercementose;
· Osteosclerose;
· Reabsorção interna dos dentes;
· Calcificação pulpar;
· Reabsorção óssea do tipo vertical.
Alargamento do espaço periodontal:
Aumento da mobilidade está diretamente relacionado com a reabsorção do osso de suporte nos aspectos laterais dos dentes. Está reabsorção cria uma área mais larga para o ligamento periodontal do dente, que aparece na radiografia como um espaço aumentado.
Deve-se indicar o ajuste oclusal somente após correto diagnostico da necessidade do paciente. Não se realiza ajuste oclusal preventivo, apenas na presença de sinais e sintomas de distúrbio oclusal.
Indicações:
· Discrepância oclusal em relação cêntrica;
· Tensão muscular anormal (ocorrendo consequentemente desconforto e dor resultante de hábitos, como apertamento ou bruxismo);
· Presença de distúrbios neuromuscular;
· Para estabilização dos resultados obtidos pelo tratamento ortodôntico e pela cirurgia bucomaxilofacial;
· Como coadjuvante no tratamento periodontal, nos casos com mobilidade dental.
Princípios do ajuste oclusal:
· Eliminar os contatos que deletem a mandíbula da posição de RC para a máxima intercuspidação habitual (MIH);
· Dirigir os vetores de força para o longo eixo dos dentes;
· Evitar, sempre que possível, qualquer redução na altura das cúspides de contenção cêntrica;
· Estreitar a mesa oclusal;
· Obter a estabilidade em RC.
Ajuste oclusal em relação cêntrica:
· Com deslize em direção a linha média;
· Com deslize em direção contrária a linha média;
· Com deslize em direção anterior.
Para se fazer os desgaste usa-se a broca diamantada ou de aço do tipo 12 lâminas em alta rotação.
Máxima intercuspidação habitual (MIH): posição adquirida em que se tem estabilidade oclusal independentemente da estabilidade condilar (RC), resultando em máxima intercuspidação (MI) diferente da RC antes do ajuste.
Relação Cêntrica (RC): posição de estabilidade condilar independentemente da estabilidade oclusal (MI).
Oclusão em relação cêntrica (ORC): posição em que se tem estabilidade condilar (RC) coincidente com estabilidade oclusal (MI), posição almejada ao concluir o ajuste. 
O ajuste será considerado concluído quando for obtida a estabilidade condilar (RC), sua contenção pelo maior número possível de contatos oclusais bilaterais (MI) e a ausência de contato nos dentes anteriores.
Deslize em direção à linha média
Local do contato:
Vertente lisa da cúspide funcional
 X
Vertente triturante da cúspide não funcional
Em todas as situações de contato entre cúspides funcional e cúspide não funcional, este ocorrerá em vertente lisa versus vertente triturante, estruturas de diferentes importâncias funcionais.
Local de desgaste: opta-se prioritariamente pelo desgaste na vertente lisa até que o contato ocorra na ponta da cúspide funcional. Em seguida, desgasta-se o contato na vertente triturante da cúspide não funcional. 
Deslize em direção contraria à linha média
Ocorrera sempre que houver um contato deflectivo entre duas CFs antagonistas.
Local do contato:
Vertente triturante de uma cúspide funcional
 X
Vertente triturante de uma cúspide funcional antagonista
Local de desgaste: por se tratar de estruturas de mesma importância funcional, desgasta-se o contato que se localizar mais próximo da ponta da cúspide. Assim que o contato na ponta da cúspide for obtido, desgasta-se a vertente triturante antagonista.
Deslize em direção anterior
Local do contato:
Aresta longitudinal mesial da cúspide funcional superior
 X
Aresta longitudinal distal da cúspide funcional inferior
Local de desgaste: observa-se a posição dos dentes na arcada. Se estiverem em boa posição, desgasta-se justamente o ponto demarcado nas vertentes ou nas arestas em ambos os dentes; caso contrário, desgasta-se o dente em posição mais desfavorável.
Fases do tratamento
1. Obtenção e montagem dos modelos de estudo em articulador sem ajustável.
2. Análise funcional da oclusão e mapeamento do desgaste seletivo.
3. Ajuste oclusal clinico.
Análise funcional da oclusão e mapeamento do desgaste seletivo
Procedimento pelo qual se detecta a possível prematuridade que o paciente apresenta em RC, e, partindo desta, o direcionamento do desvio mandibular até atingir a MIH, realizado por meio da análise dos modelos de estudos montados em ASA em RC.
Material e instrumental para o ajuste oclusal nos modelos de estudos:
· Pinça de Miller
· Fita marcadora
· Tiras de papel celofane
· Instrumento cortante
· Lápis preto no 2 com ponta fina
· Borracha
1. Coloca-se a tira de papel celofone presa por uma pinça de Miller (porta agulha) entre os dentes que apresentam a prematuridade, verificando por meio da tração e da presa da fita se esse é realmente o primeiro contato cêntrico.
2. Prende-se a fita marcadora na pinça de Miller, levando-a na posição da prematuridade. De acordo com a localização das marcas da fita nos dentes, pode-se determinar se não há desvio (prematuridade sem desvio – contato prematuro) ou se este promove um deslizamento (contato deflectivo).
Contato marcado no arco superior, vertente triturante mesial da cúspide palatina do segundo molar superior direito.
Contato marcado no arco inferior, aresta longitudinal distal da cúspide distovestibular do segundo molar inferior direito.
3. Com um instrumento cortante realiza-se o ajuste necessário no primeiro contato, sempre com o cuidado de não remover estrutura dentaria em excesso.
Verifica-se o segundo contato encontrado e assim sucessivamente, até que, ao forçar o fechamento articulador, não mais se observe discrepância entre a RC e a MI, tendo obtido assim a ORC (o máximo de contatos cêntricos posteriores e uma guia anterior efetiva).
O celafone prende nos dentes posteriores e passa raspando de canino a canino.
Ajuste oclusal clinico na terapia restauradora
· Checar os contatos cêntricos durante a abertura e o fechamento implica reproduzir clinicamente os contatos que ocorrerão durante o final da mastigação e/ou da deglutição.
· Checar um movimento lateral da mandíbula implica reproduzir clinicamente o ato mastigatório daquele lado durante a alimentação cotidiana.
· Checar uma guia anterior implica reproduzir clinicamente o movimento da apreensão e corte dos alimentos.

Continue navegando