Buscar

Digestão de lipídeos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Digestão de lipídeos 
Lipídeos da dieta 
90% das gorduras são triglicerídeos, os 
demais consistem em colesterol, ésteres de 
colesterol, fosfolipídios e ácido graxos não 
esterificados. Os triglicerídeos fornecem mais 
da metade das necessidades energéticas 
de alguns órgãos, particularmente o fígado, 
o coração e a musculatura esquelética em 
repouso. 
 
Mecanismos de digestão 
1. Na cavidade bucal, o alimento é 
mastigado, triturado mecanicamente; 
2. No estômago, o baixo pH, as 
enzimas lipases gástricas (quebra os 
triglicerídeos liberando os ácidos graxos 
livres) e o próprio movimento intestinal 
auxiliam na digestão parcial das 
gorduras. A taxa inicial de hidrólise é lenta 
devido à separação da fase lipídica da 
aquosa e à limitada interface lipídios-água 
3. Após o estômago, no duodeno, o 
pâncreas e o fígado liberam as suas 
secreções. A secreção hepática, a bile, é 
repleta de ácidos biliares e de 
fosfolipídios (ambos tem características 
anfipáticas), dessa forma, os ácidos 
biliares emulsificam as gorduras, 
facilitando a sua digestão, à medida que 
aumenta a emulsificação das gorduras, as 
enzimas (como a lipase) produzidas pelo 
pâncreas entram em ação, as enzimas 
quebram as gorduras em ácidos graxos (o 
2º e 3º ácido graxo são retirados com maior 
dificuldade), diacilgliceróis, 
monoacilgliceróis e glicerol 
4. Os produtos da ação da lipase se 
difundem para dentro das células epiteliais 
que revestem a superfície intestinal (a 
mucosa intestinal), onde são reconvertidos 
em triglicerídeos e empacotados com o 
colesterol da dieta e proteínas 
específicas em agregados de 
lipoproteínas chamados quilimícrons. 
Absorção dos lipídeos 
 As porções proteicas das 
lipoproteínas são reconhecidas por 
receptores nas superfícies celulares. Na 
absorção de lipídeos no intestino, os 
quilomícrons, que contêm a apoliproteína 
C-II, se deslocam da mucosa intestinal 
para o sistema linfático e então entram no 
sangue, que os carrega para os músculos 
e o tecido adiposo. Nos capilares desses 
tecidos, a enzima extracelular lipase 
lipoproteica, ativada pela apoC-II, 
hidrolisa os triglicerídeos em 
 
ácidos graxos e glicerol, absorvidos 
pelas células nos tecidos-alvo. No 
músculo, os ácidos graxos são oxidados 
para obter energia, no tecido adiposo, eles 
são reesterificados para armazenamento na 
forma de triacilgliceróis. 
 Os remanescentes dos quilomícrons, 
desprovidos da maioria dos seus 
triglicerídeos, mas ainda contendo 
colesterol e apolipoproteínas, se 
deslocam pelo sangue até o fígado, onde 
são captados por endocitose mediada 
pelos receptores específicos para as suas 
respectivas apolipoproteínas. Os 
triglicerídeos que entram no fígado por essa 
via podem ser oxidados para fornecer 
energia ou percursores para a síntese de 
corpos cetônicos. Quando a dieta contém 
mais ácidos graxos do que o necessário 
imediatamente como combustível ou como 
percursores, o fígado os converte em 
triglicerídeos, empacotados com 
apolipoproteínas especificas formando 
VLDL. As VLDL são transportadas pelo 
sangue até o tecido adiposo, onde os 
triglicerídeos são removidos da circulação e 
armazenados em gotículas lipídicas dentro 
dos adipócitos.

Continue navegando