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ECT - Seminario I - Ibet

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O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou reprodução, por 
pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
 
 
MÓDULO: EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
SEMINÁRIO DE CASA 
 
Seminário I – PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO FISCAL 
 
Questões 
1. Recurso administrativo protocolado intempestivamente tem o 
condão/capacidade de suspender a exigibilidade do crédito tributário? 
Fundamentar sua decisão observando o que dispõe o art. 35 do Decreto 
Federal n. 70.235/721.” 
 
Imperioso, antes de adentrar no cerne da questão, rememorar o 
instituto da perempção, o que vem do perecimento. No ambito do processo 
administrativo, ocorrerá a perempção quando, o contribuinte, dentro do prazo 
previsto na norma, não apresentar o seu recurso. 
Entretanto, conforme disposto no artigo 35 do suso decreto, o recurso 
administrativo federal deverá ser encaminhado à instância superior àquela, 
para que assim seja analisada a perda ou não do prazo processual 
administrativo de apresentar o recurso que lhe era de direito. 
Neste diapasão, emquanto ainda não analisado o juizo de 
admissibilidade do recurso, o contribuinte terá adquirido o seu direito de ver o 
seu crédito tributário suspenso, mesmo que intempestivo, assertiva esta 
embasada no artigo 151, III do Código Tributário Nacional, qual determina a 
suspensão da exigibilidade do crédito tributário objeto de recurso 
administrativo. 
 Ao falar a respeito do procedimento administrativo, salienta Paulo de 
Barros Carvalho2 que: 
 
“Na ausencia de impugnação, ou de recurso próprio, como a 
exigibilidade não está trancada, a Fazenda passa, imediatamente 
 
1 Art. 35. O recurso, mesmo perempto, será encaminhado ao órgão de segunda instância, que julgará a 
perempção 
2 CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário: linguagem e método. 7ª ed. São Paulo: Noeses, 2018, 
Capítulo 5 da segunda parte. Fls. 938 
 
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(em tese), a formula-la, ingressando com instrumento adequado, que 
é a ação de execução” 
 
 Entendendo assim,que apenas na ausencia de recurso é que a 
Fazenda, de maneira imediata poderá executar o contribuinte. 
 
2. Considerando a presunção de legitimidade dos atos administrativos, a 
quem compete o ônus da prova nos recursos e impugnações? Até que 
momento o contribuinte (recorrente) pode juntar aos autos do processo 
administrativo provas documentais? Diante do que dispõem os arts. 9º e 
10 do CPC/15, apresentadas novas provas pelo contribuinte o julgador 
administrativo deverá dar oportunidade ao Fisco para se manifestar a 
respeito antes de afetar o processo para julgamento? (Vide anexo I, II e 
III). 
 
O legislador ao dispor acerca do tema “provas” foi bastante meticuloso, 
determinado cada de detalhe sobre quando, como e quem poderia poderia 
produzi-la, devendo ser respeito aqui também o princípio do devido processo 
legal (Art. 5º LIV). 
Ainda, ao dedilhar acerca do tema, alerta Andrea Medrado Darze3: 
 
“ (...) infere-se que a denominada busca da verdade material é, em 
verdade, um dever de investigação dirigido ao órgão julgador, que 
tem ampla liberdade para apurar os fatos, trazendo ao processo 
todos os dados (documentos, informações etc.) sobre a matéria 
discutida, sem se ater apenas aos elementos carreados pelas 
partes.” 
 
Evidenciando que, além das provas trazidas ao processo administrativo 
pela sujeito passivo, deverá ainda o Órgão Julgado averiguar tão quanto ache 
necessário para que possa resolver a lide. 
Especificamente, ao que tange ao processo administrativo federal, o 
qual há norma própria e especifica, legislador prescreveu, expressamente, no 
art. 16, III do Decreto nº 70.235/72 que no ato da Impugnação o sujeito 
passivo da relação deverá anexar, de maneira fundamentada, os pontos de 
discordância e as razões e provas que possuir; 
A não observancia deste artigo (apresentação de provas e pretensão 
delas quando no momento da apresentação da Impugnação/Defesa) 
 
3 DARZÉ, Andréa Medrado. Preclusão da prova no processo administrativo tributário: um falso problema. In: 
ROSTAGNO, Alessandro (Coord.). fls. 9 
 
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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
acarretará em preclusão, dito de outro modo, quando não apresentada na 
defesa as provas qual o sujeito passivo julga serem necessárias causará a 
perda da oportundade de produzi-la. 
Entretanto, Andrea Medrado nos adverta acerca das exceções trazidas 
no decreto: 
“Logo adiante, determina que a não observância deste limite 
temporal implica a preclusão do direito de o sujeito passivo tributário 
produzir ou requerer arealização da prova em outro momento 
processual, exceção feita às hipóteses que enumera: (i) 
impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força 
maior; (ii) quando a prova se referir a fato ou a direito superveniente; 
ou (iii) quando se destine a contrapor fatos ou razões posteriormente 
trazidas aos autos.” 
 
 Assim, demonstradas as três possibilidades que excluem a preclusão 
de apresentação de provas quando do momento da Impugnação. Destarte, 
Portanto, como regra, caso o sujeito passivo tributário não instrua sua defesa 
com provas ou olvide-se de, neste mesmo ato, requerer a realização de 
perícias e diligências, não poderá fazê-lo posteriormente, evidentemente 
evitando o tumulto processual administrativo. 
 Diante do que dispõem os arts. 9º e 10 do CPC/15, apresentadas 
novas provas pelo contribuinte o julgador administrativo deverá dar 
oportunidade ao Fisco para se manifestar a respeito antes de afetar o 
processo para julgamento, já que além dos principios suso citados o processo 
administrativo, assim como o judicial, deve valer-se também não só da ampla 
defesa, como também do contraditório. 
 
 
3. Os tribunais administrativos exercem “jurisdição”? Justifique sua 
resposta, definindo “jurisdição”. Podem, no ato de julgar, afastar a 
aplicação de Decreto sob a alegação de sua ilegalidade para com a Lei. 
Pode a decisão administrativa inovar o feito, agravando o lançamento 
por ocasião do julgamento da defesa do contribuinte? 
 
 
Entende-se por “jurisdição” a capacidade que o Estado te de decidir 
acerca de litigios para que assim seja solucionado o conflito. Desta forma, 
correto seria a afirmação que os tribunais administrativos exercem jurisidição. 
 
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Em seu sentido próprio, a jurisdição compete apenas aos órgãos do 
Poder Judiciário, embora em direito administrativo também se fale em 
“jurisdição administrativa” 
Entretanto, em suas razões de decidir, não pode o Órgão Julgador 
alegar afastar a aplicação de Decreto sob a alegação de sua ilegalidade para 
com a Lei uma vez que não tem competencia para tanto, não podendo 
tambem a decisão em sede administrativa decidir de maneira mais 
abrangente do que o proposto no lançamento fiscal ali discutido 
 
 
4. Qual a aplicabilidade do CPC/15 ao processo administrativo tributário? 
Os enunciados das súmulas vinculantes devem ser observados pela 
Administração Pública? E os demais enunciados das súmulas do STF 
em matéria constitucional e do STJ em matéria infraconstitucional? E os 
acórdãos em incidente de resolução de demandas repetitivas (vide art.928, II, do CPC/15)? 
 
Conforme já explicado em linhas acima, e como também é de 
ocnhecimento dos pesquisadores do direito, o Código de Processo Civil de 
2015 deverá ser aplicado de maneira subsidiária, uma vez que a Lei 
Especifica se sobressairá sobre lei mais abrangete, conforme ditames do 
artigo 15 do suso código. 
 
 Diego Diniz Ribeiro4 ainda adverte: 
 
“ o CPC/2015 não só pode, mas deve ser convocado sempre que 
tiver por escopo qualificar a atividade judicativa, qualificação essa 
que perpassa, quase que simbioticamente, pela valorização dos 
princípios constitucionais do processo.” 
 
A observancia dos precendentes judicais deverá ser analisada quando 
dos tribunais administrativos, tendo em vista o escrito no artigo 927 do Código 
de Processo Civil, devendo ser observados pelos tribunais adminsitratio, 
ainda que que não tenha sido expressamente introduzido. 
 
Acerca da discussão de acórdãos em incidente de resolução de 
demanta repetitiva, o tema já foi objeto de análise pelo próprio Carf, 
 
4 RIBEIRO, Diego Diniz. O CPC e seus reflexos no processo administrativo tributário. In: XIV Congresso 
Nacional de Estudos Tributários do IBET. São Paulo: Noeses fls. 223 
 
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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
prevalencendo o entendimento da vedação quanto ao sobrestamento, vide 
acórdão n. 3402-004.434, o que tecnicamente seria inconstitucional pois de 
todo modo, o Código de Processo Civil trata-se de norma federal, ainda que 
haja previsão do não sobrestamento no regimento interno do órgão 
administrativo. 
 
5. A lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro é aplicada ao 
procedimento/processo administrativo fiscal? Quais as implicações da 
aplicação da LINDB no PAF? Analisar especificamente os artigos 245 e 
286 da referida lei (vide ACÓRDÃOS DO CARF Nª 9202-006.996, 1301-
003.284, 9101-003.839). A desconsideração de negócios jurídicos para 
requalificação dos efeitos tributários por consideração de inexistência 
de propósito negocial pode ensejar a aplicação do artigo 28 da LINDB? 
 
Da leitura do artigo 24 da LINDB, é possivel extrair que a necessidade 
de uma uniformização na jurisprudencia também administrativa , ocorre que, 
da análise dos acórdãos do Orgão Administrativo de instancia superior (Carf) 
vê-se uma resistencia quanto a este tipo de procedimento no ambito 
adminstrativo. 
 
Tanto o acórdão 92002-006.996 e 9101-003.839, é possível ver de 
forma cristaliza que o Órgão Colegiado ignorou os fundamentos trazidos com 
base na suso norma, embasados no fundamento de que a Lindb seria tão 
somente os adminsitradores públicos e não os órgãos juridicamente 
administrativos, fazendo referente até a Nota Técnica Conjunta 01/2018 que 
justifica a solicitação de veto presidencial de alguns dispostiviso do Projeto de 
Lei 349/2015. 
 
Da mesma maneira, no acórdão 1301-003.284 até que se deu 
conhecimento as alegações trazidas pelo contribuinte, entretanto, também 
decidiu pela não aplicação do artigo 24 da Lindb, finalizando com o 
argumento que o presente artigo não se aplicaria àquele caso. 
 
 
5. Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato, contrato, ajuste, processo ou 
norma administrativa cuja produção já se houver completado levará em conta as orientações gerais da época, sendo vedado que, 
com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem inválidas situações plenamente constituídas. 
 
6. Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro. 
 
 
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6. A existência de processo judicial e administrativo concomitantes implica 
renúncia às instâncias administrativas? (Vide anexos IV, V e VI). 
 
Entendimento consolidado na jurisprudência é que, com a propositura 
da ação judicial que tem objeto o mesmo que o que discutido no ambito 
administrativo implicaria sim a renúncia às instancias administrativas, sendo 
este até objeto da súmula nº 1 do Carf: 
 
“Súmula CARF nº 1: Importa renúncia às instâncias administrativas a 
propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer 
modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, 
com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível 
apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de 
matéria distinta da constante do processo judicial.” 
 
 Entretanto, de suma importancia ressaltar que, caso no âmbito 
administrativo contenha matéria distinta ou mais abrangente que o tema da 
ação judicial o pleito administrativo seguirá sem prejuízo em relação as partes 
que não estão sendo discutidas no âmbito judicial, conforme já enunciado no 
Parecer Normativo Cosit n. 7/2014.7 
 
 Carla Gonçalvez8 ainda nos alerta na possibilidade da concomitancia 
de ações antiexacionais preventivas tem se causa de pedir: 
 
 
7 Parecer Normativo Cosit n. 7/2014 Data 27/08/2014 
CONCOMITÂNCIA ENTRE PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL E PROCESSO JUDICIAL COM O 
MESMO OBJETO. PREVALÊNCIA DO PROCESSO JUDICIAL. RENÚNCIA ÀS INSTÂNCIAS 
ADMINISTRATIVAS. DESISTÊNCIA DO RECURSO ACASO INTERPOSTO. A propositura pelo 
contribuinte de ação judicial de qualquer espécie contra a Fazenda Pública com o mesmo objeto do processo 
administrativo fiscal implica renúncia às instâncias administrativas, ou desistência de eventual recurso de 
qualquer espécie interposto. Quando contenha objeto mais abrangente do que o judicial, o processo 
administrativo fiscal deve ter seguimento em relação à parte que não esteja sendo discutida judicialmente. A 
decisão judicial transitada em julgado, ainda que posterior ao término do contencioso administrativo, prevalece 
sobre a decisão administrativa, mesmo quando aquela tenha sido desfavorável ao contribuinte e esta lhe tenha 
sido favorável. A renúncia tácita às instâncias administrativas não impede que a Fazenda Pública dê 
prosseguimento normal a seus procedimentos, devendo proferir decisão formal, declaratória da definitividade da 
exigência discutida ou da decisão recorrida. É irrelevante que o processo judicial tenha sido extinto sem 
resolução de mérito, na forma do art. 267 do CPC, pois a renúncia às instâncias administrativas, em decorrência 
da opção pela via judicial, é insuscetível de retratação. A definitividade da renúncia às instâncias administrativas 
independe de o recurso administrativo ter sido interposto antes ou após o ajuizamento da ação. 
 
8 GONÇALVES, Carla de Lourdes. A possibilidade de concomitância entre ações antiexacionais preventivas e o 
processo administrativo tributário. In: CARVALHO, Paulo de Barros (Coord.). In: CARVALHO, Paulo de 
Barros (Coord.). Direito tributário entre a forma e o conteúdo. São Paulo: Noeses, 2014 
 
O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou reprodução, por 
pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
“... tem-se que a causa de pedir remota é a relação jurídica tributária 
em potencial; por sua vez, a causa de pedir próxima se traduz na 
incerteza quanto à possibilidade de um fato social ser objeto de 
incidência de norma tributária geral e abstrata. No que diz respeito ao 
pedido, tem-se como pedido imediato a prolação de sentença de 
mérito e como pedido mediato a constituição de norma individual e 
concreta de natureza proibitiva de realização do lançamento.” 
 
 E ao adentrar neste ponto de vista, chega-se a conclusãoque tal 
procedimento distingue-se totalmente do que se é discutido em matéria 
administrativa, a qual, por sua vez, tem como causa de pedir remota (da 
Impugnação ou do Recurso Cabível)a relação juridica tributária com o 
lançamento, evidenciando ainda mais a ausencia de identidade entre este tipo 
de ação judicial e a o procedimento administrativo 
 
 
7. A Lei n° 13.988/2020 incluiu o art. 19-E na Lei nº 10.522/2002, cujo 
enunciado prescreve que “em caso de empate no julgamento do 
processo administrativo de determinação e exigência do crédito 
tributário, não se aplica o voto de qualidade a que se refere o § 9º do art. 
25 do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972, resolvendo-se 
favoravelmente ao contribuinte.”. Tomando como base o dispositivo 
legal ora transcrito, responda: 
 
 
i) A existência do chamado “voto de qualidade”, tal qual originalmente 
previsto no art. 25, § 9º, do Decreto nº 70.235/72, afrontava preceitos 
legais de hierarquia superior e/ou constitucionais? E a extinção desse 
expediente, imposto pela Lei nº 13.988/2020, pressupõe alguma violação a 
princípios constitucionais e/ou legais? Responder as questões cotejando 
os cânones constitucionais da igualdade, do devido processo legal, da 
presunção de inocência e da supremacia do interesse público, bem como 
o disposto no art. 112 do CTN. 
 
 
Incialmente, o voto de qualidade trata-se de técnica de julgamento prevista 
no artigo 25, §9 do Decreto nº 70.235/72, sendo de competência do 
Presidente do órgão superior administrativo (Carf) nos casos em que houver 
empate, sento este (voto) que irá decidir o resultado. 
 
 
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Ao deliberarmos acerca do chamado “voto de qualidade” e em pesquisa 
rápida ao Carf em deliberações com este mesmo tipo de julgados vê-se que o 
voto de mérito e o voto de qualidade são expedidos nos mesmos termos, de 
forma que o desempate a ser pretendido quando da previsão legal torna-se 
totalmente nulo. 
 
A Lei 13988/2020 excluiu de maneira categoria o voto de maneira automática 
pró-contribuinte os processos administrativos que envolvam o responsável 
tributário (exceto quando se tratar de responsabilidade tributária), àquele 
discutem matérias processuais e de conversão do feito em diligência, 
embargos de declaração e os demais que não versam acerca da determinação 
e exigência de crédito tributário. 
 
ii) A expressão “processo administrativo de determinação de crédito” 
abarca os processos que tenham sido originados da não homologação de 
declarações de compensação e do indeferimento de pedidos de 
ressarcimento/restituição de créditos? E os processos administrativos 
originados e autuações aduaneiras (pena de perdimento, por exemplo)? 
 
Considera-se “processo administrativo de determinação do crédito 
tributário” aquele em que há a existência do crédito com base em Auto de 
Infração ou Notificação de Lançamento assim como aqueles que discutem 
infração tributária sem exigência de crédito,, conforme descrito no artigo 9, 
§4º do Decreto 70.235/72. 
 
8. A Administração lavra contra determinado contribuinte auto de infração 
imputando duas condutas que resultaram em ausência de recolhimento 
de imposto. Em face do auto, o contribuinte se insurge contra apenas 
uma das imputações, mantendo-se inerte em relação à remanescente. 
Pode o Fisco segregar o auto de infração para cobrança da parte não 
expressamente impugnada? 
 
É possivel o desmembramento do crédito tributário para que se cobre a 
parte do débito que não foi oportunamente impugnado, uma vez que este 
torna-se irreformavel, sendo este o entendimento acolhido pelo STJ, de forma 
que, a parte nçao impugnada transita em julgdo administrativamente, sendo 
objeto de cobrança dos referidos valores. 
 
 
 
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9. Analise os acórdãos lavrados no RE nº 601.314 e na ADIN 2859 e 
responda, em relação à quebra de sigilo bancário: 
 
a) Há diferença entre envio de Declaração de Movimentação Financeira 
(DIMOF), atual e-FINANCEIRA, pelos bancos à RFB, e a obtenção de 
extratos bancários pela RFB junto aos bancos, sem autorização judicial. 
(Vide anexos VII e VIII). 
 
A e-Financeira (antiga Declaração de Movimentação Financeira) que 
trás mais informações que sua antecessora, uma vez que, a partir de então, 
obrigou as agências bancárias e outras instituições a comunicar todas as 
movimentações, o que de certa forma leva ao entendimento de que a e-
Financeira não respeita a inviolabilidade da intimidade, assegurada pela 
Carta Magna (artigo 5º, X e XII). 
 
Assim os Tribunais Superiores têm o entendimento de que,quando o 
Fisco acessa os documentos bancários do contribuinte quando há um 
procedimento administrativo sem a devida autorização judicial com previsões 
constituinais a intimidade/inviolabilidade. 
 
 
 
b) A declaração efetuada para fins de aproveitamento do Programa que 
recebeu o nome de “Regime Especial de Regularização Cambial e 
Tributária” – RERCT, criado pela Lei n. 13.254/16 está protegida pelo 
sigilo fiscal? 
 
Trás em seus enunciados, espcificamente no artigo 7º parágrafo 1º e 2º que: 
 
“Art. 7º A adesão ao RERCT poderá ser feita no prazo de 210 
(duzentos e dez) dias, contado a partir da data de entrada em vigor 
do ato da RFB de que trata o art. 10, com declaração da situação 
patrimonial em 31 de dezembro de 2014 e o consequente pagamento 
do tributo e da multa. 
 
§ 1º A divulgação ou a publicidade das informações presentes no 
RERCT implicarão efeito equivalente à quebra do sigilo fiscal, 
sujeitando o responsável às penas previstas na Lei Complementar nº 
105, de 10 de janeiro de 2001 , e no art. 325 do Decreto-Lei nº 2.848, 
 
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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) , e, no caso de funcionário 
público, à pena de demissão. 
 
§ 2º Sem prejuízo do disposto no § 6º do art. 4º, é vedada à RFB, ao 
Conselho Monetário Nacional (CMN), ao Banco Central do Brasil e 
aos demais órgãos públicos intervenientes do RERCT a divulgação 
ou o compartilhamento das informações prestadas pelos declarantes 
que tiverem aderido ao RERCT com os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios, inclusive para fins de constituição de crédito 
tributário.”. 
 
Assim, a referida lei veda expressamente tanto a divulgação quanto o 
compartilhamento das informações prestadas pelos contribuintes que 
aderiram o RERCT. 
 
 Acerca do RERCT, Heleno Taveira Torres9 reafirma em sua tese que o 
referido programa vê-se protegido pelo sigilo-fiscal, assim como qualquer 
programa de declaração de Imposto de Renda: 
 
 
“A declaração do RERCT vê-se protegida pelo sigilo fiscal, como 
qualquer declaração de imposto sobre a renda. Só pode ser 
alcançada por decisão judicial que tenha outros motivos suficientes 
para autorizar alguma quebra de sigilo de dados, como ocorre em 
qualquer outro caso. Portanto, não corrobora com a verdade a 
alegação de haver alguma restrição a investigações. O que se afirma 
é a segurança jurídica em favor do declarante, para que a declaração 
de regularização não seja o “único indício ou elemento para efeitos 
de expediente investigatório ou procedimento criminal” 
 
 Ainda, conforme previsto na Instrução Normativa RFB 1627/2016, em 
seu artigo 31, a divulgação ou qualquer formade publicidade das informações 
constantes no programa implicarão na quebra do sigilo fiscal, sujeito ao responsável 
pela divulgação pena prevista no art. 325 do Código Penal. 
 
 BIBLIOGRAFIA 
 
 
9 TORRES, Heleno Taveira. Programa de regularização de ativos lícitos no exterior e direitos à proteção da 
propriedade privada. In: PAULO JUNIOR, Aldo de; SALUSSE, Eduardo Perez; ESTELLITA, Heloísa. Regime 
especial de regularização cambial e tributária (RERCT): aspectos práticos. São Paulo: Noeses, 2016. Fls. 21 
 
O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou reprodução, por 
pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
• CARVALHO, Paulo de Barros. Derivação e positivação no direito tributário. 
São Paulo: Noeses, 2011 – Tema VII – A ordem Processual Brasileira: Limites 
competenciais para reforma das deciões administrativas tributárias. 
• DARZÉ, Andréa Medrado. Preclusão da prova no processo administrativo 
tributário: um falso problema. In: ROSTAGNO, Alessandro (Coord.). 
• LUNARDELLI, Pedro Guilherme Acorse. O voto de qualidade no processo 
administrativo tributário e o art. 112 do Código Tributário Nacional. In: 
CARVALHO, Paulo de Barros (Coord.). Racionalização do sistema tributário. 
São Paulo: Noeses, 2017. 
• CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário: linguagem e método. 7ª ed. 
São Paulo: Noeses, 2018, Capítulo 5 da segunda parte; 
• TORRES, Heleno Taveira. Programa de regularização de ativos lícitos no 
exterior e direitos à proteção da propriedade privada. In: PAULO JUNIOR, 
Aldo de; SALUSSE, Eduardo Perez; ESTELLITA, Heloísa. Regime especial 
de regularização cambial e tributária (RERCT): aspectos práticos. São Paulo: 
Noeses, 2016. 
• GONÇALVES, Carla de Lourdes. A possibilidade de concomitância entre 
ações antiexacionais preventivas e o processo administrativo tributário. In: 
CARVALHO, Paulo de Barros (Coord.). In: CARVALHO, Paulo de Barros 
(Coord.). Direito tributário entre a forma e o conteúdo. São Paulo: Noeses, 
2014; 
• RIBEIRO, Diego Diniz. O CPC e seus reflexos no processo administrativo 
tributário. In: XIV Congresso Nacional de Estudos Tributários do IBET. São 
Paulo: Noeses

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