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TRATADOS SOBRE DIREITOS HUMANOS Observância ao art. 5º, § 3º, da CF – Emenda constitucional Não observância ao art. 5º, § 3º, da CF - Caráter supralegal Art. 5º, § 3º, da CF - Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (EC nº 45/04) *Deve respeitar as regras de aprovação com o devido quórum, casa não observe não terá o status de emenda constitucional *Este texto de lei só se aplica aos tratados que o brasil é signatário a partir de 2004 *O primeiro tratado a ter força de emenda constitucional Convenção internacional sobre os direitos das pessoas com deficiência e seu protocolo facultativo assinado em Nova York em 30/03/2007. Decreto Legislativo nº 186/2008 Decreto do Executivo nº 6.949/2009 - O pacto de São Jose da Costa rica tem status supralegal, acima da lei, mas infraconstitucional, abaixo da CF (não tem força de EC). Atenção NÃO FOI O PRIMEIRO A TER FORÇA DE EC. Tratado de Marraqueche para facilitar o acesso a obras publicadas ás pessoas cegas, com deficiência visual ou com outras dificuldades para ter acesso ao texto impresso, em 27/06/2013 Decreto Legislativo nº 261/2015 Decreto Executivo nº 9.522/2018 Tratados envolvendo matéria geral *Status de lei Ordinária *Natureza tributária (Aqueles que não possuem natureza de direitos humanos) Art. 98 CTN – os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha. Anulabilidade ou nulidade dos tratados · Ratificação imperfeita Ocorre quando o Executivo ratifica o tratado internacional, mas desrespeita norma constitucional sobre competência para celebrar tratados. ART. 46, § 1º, da CVDT de 1969 - Um Estado não pode invocar o fato de que seu consentimento em obrigar-se por um tratado foi expresso em violação de uma disposição de seu direito interno sobre competência para concluir tratados, a não ser que essa violação fosse manifesta e dissesse respeito a uma norma de seu direito interno de importância fundamental. ART. 46, § 1º, da CVDT de 1969 - Uma violação é manifesta se for objetivamente evidente para qualquer Estado que proceda, na matéria, de conformidade com a prática normal e de boa fé. ART. 47 da CVDT de 1969 - Se o poder conferido a um representante de manifestar o consentimento de um Estado em obrigar-se por um determinado tratado tiver sido objeto de restrição específica, o fato de o representante não respeitar a restrição não pode ser invocado como invalidando o consentimento expresso, a não ser que a restrição tenha sido notificada aos outros Estados negociadores antes da manifestação do consentimento. · Erro (Falsa percepção da realidade, ocorre por própria vontade/ se confundiu) ART. 48, § 1º, da CVDT de 1969 - Um Estado pode invocar erro no tratado como tendo invalidado o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado se o erro se referir a um fato ou situação que esse Estado supunha existir no momento em que o tratado foi concluído e que constituía uma base essencial de seu consentimento em obrigar-se pelo tratado. ART. 48, § 2º, da CVDT de 1969 - O parágrafo 1 não se aplica se o referido Estado contribui para tal erro pela sua conduta ou se as circunstâncias foram tais que o Estado devia ter-se apercebido da possibilidade de erro. ART. 48, § 3º, da CVDT de 1969 - Um erro relativo à redação do texto de um tratado não prejudicará sua validade; neste caso, aplicar-se-á o artigo 79. - · Dolo (Sinônimo de fraude, estratagema hábil a enganar/ uma artimanha praticada por outro que induz a erro) ART. 49 da CVDT de 1969 - Se um Estado foi levado a concluir um tratado pela conduta fraudulenta de outro Estado negociador, o Estado pode invocar a fraude como tendo invalidado o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado. · Corrupção de representante de um Estado ART. 50 da CVDT de 1969 - Se a manifestação do consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado foi obtida por meio da corrupção de seu representante, pela ação direta ou indireta de outro Estado negociador, o Estado pode alegar tal corrupção como tendo invalidado o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado. · Coação de representante de um Estado (Tratado será nulo) ART. 51 da CVDT de 1969 - Não produzirá qualquer efeito jurídico a manifestação do consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado que tenha sido obtida pela coação de seu representante, por meio de atos ou ameaças dirigidas contra ele. · Coação de um Estado pela ameaça ou emprego da força ART. 52 da CVDT de 1969 É nulo um tratado cuja conclusão foi obtida pela ameaça ou o emprego da força em violação dos princípios de Direito Internacional incorporados na Carta das Nações Unidas. Atenção: Não é considerado coação a celebração de paz VALIDADE DOS TRATADOS Requisitos de validade dos tratados · Capacidade das partes Capacidade jurídica de celebrar tratados internacionais Estados e organizações internacionais · Habilitação dos agentes signatários Concessão de poderes para celebrar tratados internacionais Plenipotenciário (carta de pleno poderes) Chefe do Estado · Consentimento mútuo Manifestação de vontade dos signatários sem que haja vícios de consentimento · Objeto lícito e possível Objeto do trato deve estar de acordo coma s norma de Direito Internacional, devendo ser possível de execução NACIONALIDADE Vínculo político-jurídico existente entre estado soberano e o individuo Art. 20 da PSJCR – Direito à Nacionalidade Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade Toda pessoa tem direito a nacionalidade do estado em cujo território houver nascido, se não tiver direito á outra a ninguém se deve privar arbitrariamente de sua nacionalidade nem do direito de mudá-la Tipos de nacionalidade · Nacionalidade originário (primaria ou atribuída) Nascimento (jus solis) – geralmente usado em países colonizados Nacionalidade dos pais na época do nascimento (jus sanguinis) - usado quase sempre por colonizadores. Ambos (jus solis + jus sanguinis) · Nacionalidade adquirida (secundaria, derivada ou de eleição) Obtida mediante naturalização, quando houver alteração da nacionalidade CONFLITO DE NACIONALIDADE Individuo tem mais de uma ou nenhuma nacionalidade. Espécies de conflito · Positivo Mais de uma nacionalidade Poliglotas · Negativo Não possui nacionalidade Chamado de apátrida (heimatios) ART. 1º, § único, VI, do Decreto nº 9.199/2017 – pessoa que não seja considerada como nacional por nenhum Estado, conforme a sua legislação, nos termos da Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas, de 1954, promulgada pelo Decreto nº 4.246, de 22 de maio de 2002, ou assim reconhecida pelo Estado brasileiro.
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