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DIREITO DO CONSUMIDOR pdf teste de conhecimento 3

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DIREITO DO CONSUMIDOR 
3a aula 
Lupa 
 
 
 
 
 
Exercício: CCJ0023_EX_A3_201902065001_V1 29/03/2021 
Aluno(a): LARISSA CARNEIRO 2021.1 
Disciplina: CCJ0023 - DIREITO DO CONSUMIDOR ------------------ 
 
 
1 
 Questão 
 
 
Gregório é proprietário de apartamento que integra o Condomínio Vila Bela e pretende propor ação 
judicial contra o mencionado condomínio sob o argumento de que houve ofensa aos seus direitos 
de consumidor, ao ser majorada a taxa condominial em 300%. O síndico do Condomínio Vila Bela 
justificou o aumento da taxa condominial com a alegação de que a competente concessionária de 
serviços públicos estaria cobrando indevida taxa de esgoto, que deveria ser custeada por todos os 
condôminos. Considerando a situação hipotética apresentada, assinale a opção correta acerca do 
Código de Defesa do Consumidor (CDC). 
 
 
Quanto às despesas de manutenção, aplica-se o CDC à relação jurídica entre Gregório e o 
Condomínio Vila Bela. 
 
O Condomínio Vila Bela não é considerado consumidor de bens e serviços de consumo, 
por ser apenas pessoa formal, sem personalidade jurídica. 
 Sendo constatada relação de consumo, presume-se a vulnerabilidade de Gregório, por ser 
pessoa física, ao contrário das pessoas jurídicas, que devem demonstrar esse requisito de 
aplicação do CDC. 
 
Todo consumidor é vulnerável e hipossuficiente, pois referidas expressões são tratadas no 
CDC como sinônimas. 
 
Inexiste relação de consumo entre o Condomínio Vila Bela e a concessionária de serviços 
públicos que cobra indevidamente taxa de esgoto. 
Respondido em 29/03/2021 16:34:23 
 
 
Explicação: 
Há possibilidade de atuação em face do condomínio, assim como também existe posicionamento do 
STJ no sentido de que o condomínio pode atuar como polo ativo em casos envolvendo relação de 
consumo. 
"CDC pode ser aplicado em conflito de condomínio contra empresa 
Para os ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), disputas entre um 
condomínio de proprietários e empresas podem caracterizar relação de consumo direta, o que 
possibilita a aplicação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) para resolver o litígio. 
 
No caso analisado pelo STJ, um condomínio questionou na Justiça uma alienação feita pela 
construtora do prédio, e no rito da ação pediu a aplicação do inciso VIII do artigo 6º do CDC para 
inverter o ônus da prova, para que a construtora provasse a necessidade da alienação, bem como 
sua efetividade. 
 
Em primeira e segunda instância, o pedido foi negado, ao entendimento de que a relação entre o 
condomínio e a construtora não configura consumo de acordo com a definição do CDC. Com a 
negativa, o condomínio entrou com recurso no STJ." 
 
 
 
2 
 Questão 
 
 
Com base no Código de Defesa do Consumidor (CDC), assinale a alternativa correta. 
 
javascript:diminui();
javascript:aumenta();
 
Os serviços prestados à contratante em razão de vínculo trabalhista também podem 
atrair as regras do CDC. 
 
 
O produto é sempre bem material, palpável. 
 
Entes despersonalizados brasileiros e estrangeiros podem ser enquadrados como 
consumidores para os fins do CDC. 
 
 
Pessoas jurídicas não podem ser enquadradas na condição de consumidoras por faltar‐
lhes a condição de vulneráveis. 
 
 
São equiparadas a consumidores as pessoas que intervierem na relação de consumo, 
desde que determináveis. 
Respondido em 29/03/2021 16:35:32 
 
 
Explicação: 
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza 
produto ou serviço como destinatário final. 
 Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de 
pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações 
de consumo. 
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, 
nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que 
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, 
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização 
de produtos ou prestação de serviços. 
 
 
 
3 
 Questão 
 
 
Quando o Código de Defesa do Consumidor trata do conceito de consumidor em seu art. 2° é 
incorreto dizer com relação ao tema que: 
 
 
A teoria maximalista amplia o conceito de consumidor 
 
A teoria finalista restringe o conceito de consumidor. 
 O STJ adota a teoria maximalista para conceituar consumidor. 
 
O STJ adota a teoria finalista para conceituar consumidor. 
Respondido em 29/03/2021 16:36:14 
 
 
 
4 
 Questão 
 
 
O Hotel Internacional celebrou contrato de empréstimo com o banco Crédito Fácil S/A, no valor de 
R$ 500.000,00 para capital de giro. Impossibilitado de arcar com as prestações do empréstimo, 
devido aos juros cobrados pelo Banco, propôs ação de revisão contratual, invocando em seu favor 
as normas do CDC e sua vulnerabilidade econômica face ao credor. No caso, é correto afirmar: a) 
não se aplica o CDC por não ser a autora (Hotel) consumidora; b) aplica-se o CDC por ser a autora 
(Hotel) consumidora; c) o entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça para a espécie é 
o da corrente subjetiva ou maximalista; d) aplica-se o CDC porque a pessoa jurídica foi 
expressamente incluída no conceito legal de consumidor; 
 
 
Não se aplica a letra B por não haver vulnerabilidade entre Banco e o Hotel. Por isso a 
pessoa jurídica só é considerada consumidora quando comprovadamente é vulnerável. 
 Consumo intermediário, de regra, não se enquadra na relação jurídica de consumo. 
Por isso a pessoa jurídica só é considerada consumidora quando comprovadamente é 
vulnerável. A corrente finalista atenuada é a adotada pelo STJ. (REsp 684.613). 
 
Não se aplica a letra D, pois embora o CDC incluas a pessoa jurídica foi expressamente 
em seu no conceito legal de consumidor, para ser considerado consumidor é 
necessário que se seja comprovadamente é vulnerável. 
 
Não se aplica a letra C, pois, A corrente finalista atenuada é a adotada pelo STJ. (REsp 
684.613). 
Respondido em 29/03/2021 16:38:53 
 
 
Explicação: 
A corrente finalista afirma ser o destinatário final aquele que retira o produto do mercado 
e dá a ele uma destinação final de uso, isto é, o consome na cadeia produtiva. É uma noção 
subjetiva de consumidor, pois aqui o sujeito da relação é fundamental. Enquadra-se nesta 
definição o destinatário fático e econômico da cadeia, ou seja, o produto ou serviço é 
consumido para uso próprio e não é destinado a qualquer outro beneficiamento posterior. 
A teoria finalista pura retira do conceito de consumidor a relação existente entre dois 
profissionais, excluindo a pessoa jurídica. 
 
 
 
5 
 Questão 
 
 
Segundo o entendimento do STJ considera-se consumidor: 
 
 
Tanto pessoas físicas como jurídicas desde que adquirentes na qualidade de destinátario 
final, conforme teoria maximalistica adotada pelo STJ. 
 
Excluem-se as pessoas jurídicas de direito público, segundo a teoria híbrida ou mitigada 
adotada pelo STJ 
 Pessoas físicas e jurídicas que adquirem produtos na qualidade de destinatário final, 
devendo a pessoa jurídica produtos não destinados a sua atividade fim, nos termos da 
teoria híbrida ou mitigada. 
 
Todas as pessoas físicas que adquirirem produtos na qualidade de destinatário final, nos 
termos da teoria finalista. 
Respondido em 29/03/2021 16:40:35 
 
 
Explicação: 
O STJ costuma se posicionar de forma mais constante segundo a teoria finalista mitigada, 
apresentando decisões que buscam atingir maior sensação de justiça nos casos concretos 
analisados. 
 
 
 
6 
 Questão 
 
 
MP/TO/2004 - Na defesa dos consumidores, um aspecto primordial é a definição do que é 
consumidor e fornecedor. Em conformidade com as normas aplicáveis, assinale a opção incorreta 
com relação a esses conceitos. 
 
 
um mesmo estabelecimento comercial pode ser fornecedor e consumidor em operações 
distintas. 
 
A coletividade também pode ser equiparada a consumidor, quandointervier nas relações 
de consumo. 
 
Uma indústria asiática que exporta produtos para o Brasil enquadra-se no conceito de 
fornecedor. 
 
Quando uma concessionária de energia elétrica fornece um produto aos cidadãos, 
submete-se ao Código de Defesa do Consumidor (CDC) 
 O estado do Tocantins, por ser pessoa jurídica de direito público, não pode ser 
enquadrado no conceito de consumidor. 
Respondido em 29/03/2021 16:41:50 
 
 
Explicação: 
 
 
 
 
7 
 Questão 
 
 
O Banco XYZ, com objetivo de aumentar sua clientela, enviou proposta de abertura de conta 
corrente com cartão de crédito para diversos estudantes universitários. Ocorre que, por desatenção 
de um dos encarregados pela instituição financeira da entrega das propostas, o conteúdo da 
proposta encaminhada para a estudante Bruna, de dezoito anos, foi furtado. O cartão de crédito foi 
utilizado indevidamente por terceiro, sendo Bruna surpreendida com boletos e ligações de cobrança 
por compras que não realizou. O episódio culminou com posterior inclusão do seu nome em um 
cadastro negativo de restrições ao crédito. Bruna nunca solicitou o envio do cartão ou da proposta 
de abertura de conta, e sequer celebrou contrato com o Banco XYZ, mas tem dúvidas acerca de 
eventual direito à indenização. Na qualidade de Advogado, diante do caso concreto, assinale a 
afirmativa correta. 
 
 
NENHUMA DAS RESPOSTAS ACIMA 
 
O envio de produto sem solicitação do consumidor não é expressamente vedado pela lei 
consumerista, que apenas considera o produto como mera amostra grátis, afastando 
eventual obrigação do Banco XYZ de indenizar Bruna. 
 
A conduta adotada pelo Banco XYZ é prática abusiva à luz do Código do Consumidor, mas 
como Bruna não é consumidora, haja vista a ausência de vínculo contratual, deverá se 
utilizar das regras do Código Civil para fins de eventual indenização. 
 
A prática bancária em questão é abusiva segundo o Código do Consumidor, mas o furto 
sofrido pelo preposto do Banco XYZ configura culpa exclusiva de terceiro, excludente da 
obrigação da instituição financeira de indenizar Bruna. 
 A pessoa exposta a uma prática abusiva, como na hipótese do envio de produto não 
solicitado, é equiparada a consumidor, logo Bruna pode postular indenização com base no 
Código do Consumidor. 
Respondido em 29/03/2021 16:43:51 
 
 
Explicação: 
Pessoas atingidas por falhas no produto ou na prestação de serviço, independentemente de serem 
consumidoras diretas, são amparadas pelas normas de defesa do consumidor. A doutrina 
convencionou chamar de consumidor por equiparação ou bystander, aquele que, embora não esteja 
na direta relação de consumo, por ser atingido pelo evento danoso, equipara-se à figura de 
consumidor pelas normas dos arts. 2º, parágrafo único, 17 e 29 do CDC. 
 
 
 
8 
 Questão 
 
 
¿De regra, o consumidor intermediário, por adquirir produto ou usufruir de serviço com o fim de, 
direta ou indiretamente, dinamizar ou instrumentalizar seu próprio negócio lucrativo, não se 
enquadra na definição constante no art.2º do CDC. Denota-se, todavia, certo abrandamento na 
interpretação finalista, na medida em que se admite, excepcionalmente, a aplicação das normas do 
CDC a determinados consumidores profissionais, desde que demonstrada, in concreto, a 
vulnerabilidade técnica, jurídica ou econômica.¿ (REsp nº 660.026/RJ). Nesse julgado, o STJ 
adotou, com relação ao conceito de consumidor, a teoria (assinale a opção correta): 
 
 
A teoria finalista; 
 
A teoria maximalista; 
 
A teoria objetiva; 
 A teoria finalista atenuada; 
 
A teoria subjetiva. 
Respondido em 29/03/2021 16:47:23 
 
 
Explicação: 
A teoria finalista mitigada ou atenuada representa uma flexibilização da teoria finalista clássica, 
cuja aplicação não conseguia proteger todas as relações de consumo que se apresentavam aos 
tribunais brasileiros. 
 
 
 
 
 
 
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