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1 SO2- T G I Prof. Ana Eduarda Gonzalez Trato Gastrointestinal A partir do esôfago vamos encontrar 4 camadas compondo a parede do órgão desse esôfago, estomago e intestino. • Dentre as camadas temos uma ordem: Mucosa; Submucosa, Muscular (também pode ser chamada de muscular externa ou própria). A ultima camada pode ser adventícia ou serosa e isso vai depender da estrutura onde estamos olhando essas 4 camada. Então temos no esôfago a camada adventícia e no estomago a serosa. A primeira camada é a mucosa, a que mantem contato com o alimento. Abaixo da mucosa é a submucosa e começa exatamente onde a outra termina. Camada muscular externa ou própria. Camada Serosa (a de pender do local pode ser adventícia). A mucosa é subdividida em 3 partes: • Epitélio de revestimento; • Lâmina própria; • Muscular da mucosa. • Epitélio de revestimento O epitélio mucoso vai ser igual para o estômago e o intestino, mas no esôfago teremos outro epitélio, pois o esôfago vai receber o alimento ainda sólido e por isso necessita de um revestimento mais resistente. Além disso é importante ressaltar que o esôfago não faz absorção por ser um epitélio estratificado (muitas camadas). Dessa forma temos: Estômago, intestino delgado e grosso com o epitélio colunar simples. Esôfago com o epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado. CAMADA MUCOSA 2 SO2- T G I Prof. Ana Eduarda Gonzalez • Lâmina própria A lâmina própria é diferente de lâmina basal, pois: Lâmina basal é sinônimo de membrana basal e é essencial para a sustentação das células epiteliais e por isso todo epitélio tem uma lâmina basal, para poder apoiar essas células. Isto é, um epitélio de revestimento. Lâmina própria é uma camada exclusiva de mucosa, ou seja, só teremos essa lâmina em mucosas, se tem um tecido mucoso obrigatoriamente haverá essa lâmina própria. Encontramos na lâmina própria: ✓ Tecido conjuntivo frouxo fibroelástico Independente do tecido que teremos essa lâmina própria, sempre encontraremos o T.C. frouxo elástico, então pode ser o sistema respiratório ou digestório, teremos esse T.C frouxo fibroelástico presente. ✓ Vasos sanguíneos e linfáticos ✓ Glândulas Essas glândulas, quando se trata do esôfago só estarão presentes no início e no final desse órgão, então ao longo do esôfago teremos a lâmina própria, mas só haverá a presença de glândulas nas extremidades e essa localização será importante para a sua função. Então essas glândulas encontradas são chamadas de glândulas cárdicas esofágicas e são importantes para lubrificar o alimento, pois elas irão liberar uma secreção de muco e esse muco vai facilitar a entrada e a saída do alimento do esôfago. Essas glândulas vão levar esse nome porque elas se assemelham as glândulas da cárdia (glândulas da porção inicial do estomago). • Muscular da mucosa É a última camada da mucosa e ela é composta por um musculo liso, que terá como função o movimento do epitélio, para poder auxiliar no processo de absorção, mas o esôfago não faz absorção então esse músculo no inicio do esôfago é mais fino e ele vai se tornando maior a medida em que vai chegando ao estomago, pois é no estomago que se inicia o processo de absorção. A camada submucosa fica após a mucosa e é composta por tecido conjuntivo, assim como a lâmina própria. A diferença histológica visual entre a lâmina própria e a camada submucosa vai ser principalmente o tamanho dessa camada submucosa, pois como é uma camada toda de tecido conjuntivo e não só uma parte, como a lâmina própria, vai ser fácil identificar que a submucosa é bem maior. CAMADA SUBMUCOSA 3 SO2- T G I Prof. Ana Eduarda Gonzalez Outra diferença dessa camada com o a lâmina própria é com relação a característica desse tecido conjuntivo, pois na lâmina própria teremos um T.C. frouxo e na submucosa será um T.C. denso. Além disso, encontraremos vasos sanguíneos e linfáticos, mas nessa camada não é comum encontrar glândulas, só encontraremos glândulas em dois locais do TGI (esôfago e duodeno) e essas glândulas são denominadas de Glândulas esofágicas propriamente dita. Essa glândula esofágica é mista pois possui células mucosas e serosas, então ela vai produzir muco, que auxilia no transporte do bolo alimentar através do esôfago e produz enzimas como lisozimas e o pepsinogênio. A lisozima é para defesa e o pepsinogênio degrada proteínas, mas esse pepsinogênio só será ativo no estômago, pois ele só sofre ativação em meio ácido. Importante ressaltar que o estômago e o esôfago produzem o pepsinogênio, mas o esôfago produz em pequena quantidade e o estômago em grande quantidade. Dessa forma o pepsinogênio sairá do esôfago junto com o bolo alimentar e irá em direção ao estomago, onde ocorrera a ativação desse pepsinogênio produzido pelo esôfago e haverá mais produção de pepsinogênio desencadeando na digestão. Então esse pepsinogênio produzido pelo esôfago vai auxiliar na digestão, por antecipar a digestão. Como assim antecipar a digestão? Essa antecipação da digestão se dá pelo fato do bolo alimentar já chegar ao estômago com um pouco de pepsinogênio, então vai somar com o pepsinogênio que está sendo formado no estomago, e quanto mais pepsinogênio, mais vai facilitar a digestão. Portanto na camada submucosa temos: A sua composição é de Tecido Conjuntivo Denso, possui vasos sanguíneos e linfáticos e além disso será uma camada mais espeça do que a lâmina própria. Importante ressaltar que pode também apresentar glândulas em sua composição se for uma camada submucosa do esôfago ou do duodeno, fora dessas regiões não encontraremos glândulas. Se pegarmos uma lâmina que possui glândula, só pode ser do esôfago ou duodeno, agora para diferenciar se é esôfago ou duodeno deve-se observar o epitélio de revestimento, se for um tecido estratificado é esôfago e se for colunar simples é duodeno. 4 SO2- T G I Prof. Ana Eduarda Gonzalez Histologia • Camadas do TGI • Subcamadas da Mucosa: 5 SO2- T G I Prof. Ana Eduarda Gonzalez Lâmina histológica do final do esôfago e inicio do estomago. Nessa lâmina podemos ver todas as 4 camadas que revestem o esôfago. Podemos observar que a lâmina própria está misturada com a muscular porque está no início do esôfago e no início nessa região a muscular da mucosa não é bem definida. O EPITELIO DE REVESTIMENTO É ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO DEVIDO A CARACTERISTICA DE DIVERSAS CAMADAS DE CÉLULAS 6 SO2- T G I Prof. Ana Eduarda Gonzalez Dentro dessa camada temos a camada circular e a camada longitudinal. A camada muscular mais externa é a longitudinal e a camada mais interna é a circular A camada muscular vai fazer os movimentos do trato gastrointestinal e temos 2 movimentos, o movimento de misturar e o movimento de impulsionar o alimento. Para misturar, a camada circular vai se contrair e para impulsionar, a camada longitudinal vai se contrair. Primeiro o alimento vai ser misturado para poder ser impulsionado e por isso a camada mais interna é a circular e a mais externa é a longitudinal. Normalmente o músculo encontrado é o liso nas duas camadas, e a única diferença será a disposição dessas camadas, onde a camada circular possui o seu músculo se dispondo de forma circular, enquanto que a longitudinal se dispõe de forma longitudinal. No esôfago, na sua parte inicial essa camada muscular terá um musculo esquelético, no meio haverá uma transição entre músculo esquelético para músculo liso e no final será músculo liso. E dai em diante será tudo musculo liso (estomago, intestino delgado e grosso). Músculo liso possui células menores e mononucleadas e tem muito tecido conjuntivo. Lâmina de músculo liso / lâmina aproximada paraidentificar as células Lâmina histológica do músculo esquelético do esôfago: Nessa lâmina podemos ver a camada circular (C) e a camada longitudinal (L). CAMADA MUSCULAR PRÓPRIA (externa) C L 7 SO2- T G I Prof. Ana Eduarda Gonzalez No músculo esquelético os núcleos se localizam na periferia e não possui muito tecido conjuntivo É a ultima camada e no esôfago teremos a camada adventícia, não a serosa. A camada adventícia é uma camada de tecido conectivo que fica em torno das estruturas e no esôfago teremos ele quase todo de adventícia. A diferença entre a adventícia e a serosa é que a serosa possui o mesmo tecido conectivo, mas ela possui um revestimento de membrana serosa que é o peritônio. Então as estruturas e órgãos que são recobertas pelo peritônio vão ter a sua última camada que seria a adventícia, sendo a camada serosa. O peritônio se localiza na cavidade abdominal e por isso, boa parte das estruturas que estão localizadas nessa cavidade são recobertos pelo peritônio. Tem exceção, mas não interessa agora. Estômago, Intestino delgado e grosso (mucosa-submucosa-muscular-serosa). Dessa forma é serosa quando possui o peritônio e é adventícia quando não possui o peritônio. O Esôfago cervical e o torácico possuem como a última camada, a adventícia, mas o final do esôfago ele vai estar adentrando na cavidade abdominal e essa região do esôfago é serosa, sendo a única parte serosa. Funcionalmente elas vão possuir diferença com relação a sua disposição: A camada adventícia é espalhada então é mais difícil de fazer uma sutura em casos de cirurgia de esôfago, por ser de difícil para juntar e suturar. Já a camada serosa, as cirurgias abdominais não são difíceis de serem fechadas porque é uma camada mais homogênea. CAMADA ADVENTÍCIA / CAMADA SEROSA 8 SO2- T G I Prof. Ana Eduarda Gonzalez Inervação O sistema digestório tem controle involuntário, então ele é controlado pelo sistema nervoso autônomo e esse sistema é dividido em simpático e parassimpático. Essa subdivisão de simpático e parassimpático normalmente vão desenvolver ações antagônicas e normalmente o simpático inibe e o parassimpático estimula. Parassimpático (estimula) no TGI e é representado pelo nervo vago. Foi descoberto que o sistema digestório tem uma inervação própria, pelo sistema nervoso entérico. Então o Sistema Nervoso autônomo foi redividido em simpático, parassimpático e entérico, sendo que esse entérico é exclusivo do trato gastrointestinal. O entérico tem vida própria, então ele mesmo se estimula por meio da chegada do alimento, por exemplo, quando chega o alimento no estomago, vai distender a parede desse órgão e isso estimula o sistema nervoso entérico. Mas esse sistema entérico pode sofrer ação do simpático e do parassimpático, onde o simpático poderia inibir o entérico e o parassimpático estimularia. Foi descoberto que o sistema do TGI era independente porque quando a pessoa removia o nervo vago, o TGI continuava funcionando normalmente, então se cortar o nervo vago só vai ocorrer a diminuição do estimulo a distância, pois é o nervo vago quem dá esse aviso a distância, e nesse caso de remoção do nervo vago, o estomago só vai começar a funcionar quando o alimento chegar e começar a estimular. O sistema entérico possui dois plexos: Plexo Miontérico: Se localiza na camada muscular (corpos celulares entre a circular e a longitudinal) e emite prolongamento para outras camadas Plexo Submucoso: Está na camada submucosa (corpos celulares entre a camada submucosa e a muscular circular) e imite prolongamentos para outras regiões. O sistema nervoso entérico está presente por toda a extensão do tubo digestivo, do esôfago ao ânus. Apesar de terem numerosas interligações, os dois plexos exercem funções diferentes. De um modo geral, a motilidade peristáltica do trato digestivo é controlada pelo plexo mioentérico, enquanto a função secretora e o movimento das mucosas, assim como a regulação do fluxo sanguíneo localizado, são controlados pelo plexo submucoso. Além disso, o plexo mioentérico é relacionado não somente às condições locais, mas também às condições ao longo de grande parte do trato digestivo, enquanto o plexo submucoso cuida primariamente das condições locais.
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