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PROBLEMA 11 - AINDA EM DESENVOLVIMENTO

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1 
 
 APG IV 
AINDA EM DESENVOLVIMENTO 
Objetivos: 
1. Revisar a morfofisiologia e embriologia do esôfago e estômago. 
2. Compreender a fisiopatologia do refluxo gastroesofágico. 
3. Entender as manifestações clínicas desse distúrbio. 
4. Elencar os critérios de diagnóstico e tratamento do DRGE. 
5. Demonstrar a importância das orientações e cuidados com a amamentação e prevenção 
de acidentes dos recém-nascidos para as mães de primeira viagem. 
Anatomia do Esôfago 
 O esôfago é um tubo fibromuscular de 
25 cm que se estende da faringe (ao nível de 
C6) até o estômago (ao nível de T11); 
 Ele é dividido em três partes: 
- Cervical: Cursa através do pescoço; 
- Torácica: Localizado no tórax, mais 
especificamente no mediastino; 
- Abdominal: Atravessa o diafragma e chega 
ao abdome, onde alcança o estômago. 
 O esôfago relaciona-se com muitas 
estruturas. A traqueia e o esôfago cursam 
bem próximos através do pescoço; 
 A parte torácica passa os grandes 
vasos e nervos do tórax, bem próximo 
da aorta torácica e da veia ázigos. Depois de 
perfurar o diafragma através do hiato 
esofágico, a parte abdominal continua 
próxima ao lobo esquerdo do fígado, 
terminando por último no estômago. 
 
Fonte: Netter & Machado. Atlas interativo de 
Anatomia Humana. 2004. 
 As artérias que suprem o esôfago são 
genericamente chamadas de 'artérias 
esofágicas'. A única diferença entre elas é 
dada por suas origens, de acordo com as 
diferentes divisões esofágicas: 
- Aquelas suprindo a parte cervical se 
originam da artéria tireóidea inferior, um ramo 
do tronco tireocervical da artéria subclávia; 
- A aorta torácica envia artérias esofágicas 
através da parte torácica; 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/faringe
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/estomago
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/traqueia
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/figado
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/arteria-subclavia-abordagem-regional-e-mnemonica
 2 
 
 APG IV 
- A parte abdominal é suprida pelas artérias 
da artéria gástrica esquerda, um ramo do 
tronco celíaco. 
 As veias seguem uma lógica 
semelhante à das artérias. Os vasos 
drenando o esôfago do sangue desoxigenado 
são chamados 'veias esofágicas'. Elas diferem 
em relação aos vasos para os quais seguem. 
- As veias da parte cervical drenam para 
as veias tireóideas inferiores; 
- A parte torácica é drenada por veias que 
seguem para os sistemas venosos 
ázigos e hemiázigos, bem como para as veias 
intercostais e brônquicas; 
- Os vasos da parte abdominal se abrem 
nas veias gástricas esquerdas e curtas. 
Histologia do Esôfago 
 O esôfago, em um corte transversal 
apresenta as seguintes camadas: mucosa, 
submucosa, muscular e adventícia; 
 A mucosa é a camada mais interna do 
órgão, revestindo a sua luz, composta por um 
epitélio pavimentoso estratificado não 
queratinizado sobre a lâmina própria, que é 
formada por tecido conjuntivo rico em vasos 
sanguíneos e é separada da submucosa pela 
camada muscular da mucosa, composta por 
camadas de células musculares lisas; 
 A submucosa é constituída por tecido 
conjuntivo que contém glândulas esofágicas 
com ácinos mucosos, porém esse corte não 
contemplou essas glândulas; 
 Após a submucosa vem à camada 
muscular, constituída nesse corte por 
músculo estriado esquelético; 
 A medida que o órgão se alonga, essa 
camada de músculo estriado esquelético é 
substituída por uma camada circular interna e 
por outra longitudinal externa de células 
musculares lisas; 
 Apenas a parte do esôfago que está 
na cavidade peritoneal é recoberta por uma 
membrana serosa. O restante é envolvido 
por uma camada de tecido conjuntivo, a 
adventícia, que se mistura, com o tecido 
conjuntivo circundante. 
 
Fisiologia do Esôfago 
 A principal função do esôfago é 
relacionada à sua motilidade, tendo em vista 
que não possui grande função secretora ou 
absortiva; 
 O esôfago possui 2 esfíncteres que se 
mantêm contraídos e relaxam em resposta a 
estímulos específicos, o esfíncter superior do 
esôfago (ESSE) e o esfíncter inferior do 
esôfago (EIE); 
 3 
 
 APG IV 
 O ESE, anatômico, impede que o ar 
entre na via digestiva durante a respiração e 
o refluxo do material esofágico para a 
orofaringe. Já o EIE, fisiológico, é o principal 
responsável pela contensão do refluxo 
gastroesofágico. 
Deglutição 
 O mecanismo de deglutição é dividido 
em 2 fases: 
- Fase voluntária: Também conhecida como 
peristalse primária, é de controle voluntário, 
envolvendo musculatura estriada. Inicia-se 
com a língua forçando o bolo alimentar 
contra o palato duro, o que acaba 
impulsionando-o posteriormente. O contato 
do bolo alimentar com a faringe, a base da 
língua e o palato mole dão origem a 
estímulos reflexos para o desencadeamento 
da deglutição. A partir desse momento, o 
processo da deglutição se torna involuntário; 
- Fase faríngea: Conhecida como peristalse 
secundária, é gerada por distensão ou 
irritação, começa após os estímulos nervosos 
originados com a propulsão do bolo alimentar 
em direção à faringe. O palato mole é 
empurrado em direção à parte posterior das 
narinas, o que impede o refluxo alimentar 
para as cavidades nasais. As pregas 
palatofaríngeas aproximam-se e impedem a 
passagem de sólidos com grande volume. 
 
 
 
Embriologia do Esôfago 
 O esôfago é um ducto muito curto, 
mas que se alonga com rapidez à medida 
que a faringe cresce em sentido cefálico, 
coração, pulmões e o diafragma o fazem em 
direção caudal; 
 De sua parede ventral, nasce o 
esboço traqueopulmonar. A endoderme que 
o reveste (epitélio cilíndrico, com algumas 
células ciliadas) prolifera até ocluir sua luz 
quase completamente; 
 Posteriormente, esta se abrirá ao final 
do período embrionário e seu epitélio de 
revestimento se transformará em 
pavimentoso estratificado; 
 A túnica muscular, que é de tipo 
estriada em seu terço cefálico, deriva dos 
arcos faríngeos quarto e sexto, sendo 
inervada por ramificações do nervo vago (NC 
X); 
 O resto do esôfago possui 
musculatura lisa, que se desenvolve a partir 
da mesoderme esplâncnica e recebe 
inervação vegetativa dos plexos viscerais 
formados pelos derivados das células da 
crista neural, que migram dos níveis cefálicos 
do tubo neural. 
Anatomia do Estômago 
 O estômago é um órgão fixo em 2 
pontos: na junção esôfago-gástrica e na 
porção retroperitoneal do duodeno. Além 
disso, pode ser dividido em 4 regiões 
anatômicas. 
 4 
 
 APG IV 
- Cárdia: Menor porção, após junção 
esôfago-gástrica, é a parte mais fixa do 
estômago; 
- Fundo: Projeção acima da junção 
gastroesofágica da cárdia. É a porção mais 
superior, em contato com o baço e diafragma 
esquerdo; 
- Corpo: É a maior porção, abaixo e contínua 
ao fundo; 
- Antro: Porção mais distal entre o corpo e o 
piloro. 
 
Histologia do Estômago 
 A parede do estômago consiste em 4 
camadas de tecido. De superficial (interna) 
para profunda (externa), estas camadas são a 
mucosa, submucosa, muscular externa e 
serosa; 
 Este arranjo em camadas segue a 
mesma estrutura geral em todas as regiões do 
estômago e ao longo de todo o trato 
gastrointestinal; 
 A camada externa da parede do 
estômago é lisa, contínua com 
o peritônio (peritoneu) parietal; 
 A parede interna (camadas mucosa e 
submucosa) tem pregas conhecidas 
como rugas, ou pregas gástricas, que 
permitem que o estômago se distenda com a 
entrada da comida. Um bolo alimentar entra 
no estômago a partir do esôfago; 
 As várias camadas de tecido da parede 
do estômago combinam suas funções para 
digerir o bolo em um líquido viscoso e 
polposo, chamado quimo. O quimo é 
direcionado para o duodeno do intestino 
delgado para posterior digestão e absorção. 
 
 Embora o estômago seja 
anatomicamente dividido em quatro regiões,histologicamente identificamos apenas três; 
cárdia, fundo e piloro. Isso porque o fundo e o 
corpo são histologicamente idênticos. 
- Mucosa: A camada mais interna da parede 
do estômago é a mucosa gástrica. É formada 
por uma camada de epitélio superficial e uma 
lâmina própria e muscular da mucosa 
subjacentes. O epitélio superficial é um 
epitélio cilíndrico (colunar) simples. Ele 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/peritonio
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/intestino-delgado
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/intestino-delgado
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/estomago
 5 
 
 APG IV 
reveste o interior do estômago como células 
mucosas superficiais e forma numerosas 
invaginações minúsculas, ou fovéolas 
gástricas, que aparecem como milhões de 
buracos por todo o revestimento do estômago. 
Essas cavidades gástricas são importantes, 
pois estão ligadas às várias glândulas do 
estômago. 
 
- Lâmina Própria e Muscular da mucosa: 
A lâmina própria é a camada de tecido 
conjuntivo localizada logo abaixo do epitélio 
de superfície. Contém vasos sanguíneos e 
linfáticos, tecido linfoide e envolve as 
glândulas gástricas. 
 
A camada muscular da mucosa consiste em 
duas camadas finas de músculo liso. Ela 
separa a lâmina própria da submucosa 
subjacente. A camada interna da muscular 
mucosa consiste de fibras circulares, 
enquanto as fibras da camada externa se 
encontram dispostas longitudinalmente. A sua 
função é ajudar a expulsar as secreções das 
glândulas gástricas para o lúmen do 
estômago. 
- Submucosa: Profundamente à mucosa 
encontra-se uma espessa camada de tecido 
conjuntivo, conhecida como submucosa 
gástrica. O seu arranjo significa que é 
resistente, mas flexível e móvel. Além da rica 
vascularização e linfáticos, essa camada 
também contém o plexo submucoso (de 
Meissner). As fibras nervosas deste plexo 
transportam inervação parassimpática para os 
vasos sanguíneos e para o músculo liso da 
parede do estômago. A estimulação 
parassimpática está associada às funções de 
"descanso e digestão" e, portanto, estimula a 
digestão. 
 
- Muscular Externa: Também conhecida como 
túnica muscular, consiste no músculo liso 
localizado profundamente à submucosa. É 
composta por 3 camadas: oblíqua interna, 
circular médio e longitudinal externa. A 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/visao-geral-e-tipos-de-tecido-conjuntivo
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/visao-geral-e-tipos-de-tecido-conjuntivo
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 APG IV 
camada muscular externa produz movimentos 
de agitação necessários para a digestão 
mecânica. Quando essas camadas se 
contraem, elas formam rugas na mucosa e 
submucosa. 
 
- Serosa: A serosa gástrica é a camada mais 
externa da parede do estômago. Consiste em 
uma camada de epitélio pavimentoso 
(escamoso) simples, conhecido 
como mesotélio, e uma fina camada de tecido 
conjuntivo subjacente. O mesotélio produz um 
fluido seroso, que lubrifica a parede externa 
do estômago e garante o seu movimento 
suave na cavidade abdominal. A serosa é 
contínua com o peritônio (peritoneu) parietal. 
Está ausente nos locais de inserção do 
grande e pequeno omento do estômago, bem 
como em uma pequena área súpero-posterior, 
próxima ao orifício cardíaco, onde o estômago 
se encontra preso ao diafragma através das 
pregas gastrofrênicas e gastropancreáticas. 
 
Fisiologia do Estômago 
 O estômago não somente armazena 
alimentos, mas é, também, um órgão 
digestivo. Uma refeição comum permanece 
nele de 3 1/2 a 4 horas e, durante este 
tempo, a refeição sofre considerável digestão 
devido à ação do suco gástrico que é 
secretado pelas células e glândulas da 
membrana mucosa; 
 Também está relacionado com a 
produção do fator necessário para permitir a 
absorção da vitamina B12. Pode, também, 
servir, até certo ponto, como órgão de 
absorção, mas sua função a este respeito é 
limitada à absorção de água, sais, açúcar, 
álcool e algumas outras drogas. 
 
 
 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/diafragma
 7 
 
 APG IV 
Embriologia do Estômago 
 O estômago é formado como uma 
dilatação fusiforme cuja borda dorsal cresce 
com mais rapidez que a borda ventral e 
forma a curvatura maior; 
 O estômago está unida à parede 
abdominal posterior pelo mesentério dorsal. 
Pela frente, o estômago está unido à parede 
abdominal anterior pelo mesentério ventral; 
 No segundo mês, a mucosa gástrica 
apresenta dobras e fosseta gástricas. Os 
tipos celulares diferenciam-se no período 
fetal e a secreção de ácido clorídrico inicia 
pouco antes do nascimento. 
Refluxo Gastroesofágico 
 É uma patologia digestiva crônica 
resultante do retorno do conteúdo estomacal 
ou gastroduodenal para o esôfago e/ou 
outros órgãos, ocasionando quadro 
sintomatológico característico, 
principalmente, de episódios de pirose e 
regurgitação, embora também possa 
apresentar sintomas extra esofágicos; 
 A lesão da mucosa esofágica não 
ocorre em todos os pacientes, mas quando 
achado na endoscopia digestiva alta, se 
apresenta como erosões (extensões com 
depósito de fibrina). A ausência e a presença 
dessas erosões permite categorizar a DRGE 
como não erosiva e erosiva, 
respectivamente. 
 
Epidemiologia 
 A DRGE tem uma prevalência mundial 
estimada de 8 a 33%, afetando cerca de 12% 
a 20% dos brasileiros. Desse modo, a DRGE 
é uma afecção que precisa de atenção por 
estar comumente presente nos consultórios 
gastroenterológicos e por ser um motivo de 
impacto na qualidade de vida de muitos 
pacientes; 
 Alguns fatores de risco já foram 
evidenciados, entre eles estão inclusos 
o tabagismo, ingestão de comidas ácidas e 
gordurosas, sedentarismo, determinados 
fármacos, obesidade e infecção por H. Pylori. 
Apesar de acometer todas as faixas etárias, 
foi visto que o índice de complicações 
aumenta conforme a idade; 
 Além disso, ainda que não tenha uma 
relação esclarecida na literatura, estudos 
mostram que quase metade das mulheres 
apresentam DRGE na América do Sul e no 
Oriente Médio em relação aos homens. 
Fisiopatologia 
 Durante o dia haverá o relaxamento 
transitório do esfíncter inferior do esôfago e, 
 8 
 
 APG IV 
com isso, permite que pequenas quantidades 
do conteúdo gástrico voltem para o esôfago; 
 No entanto, o corpo humano possui 
mecanismos fisiológicos (exemplo da saliva e 
do peristaltismo) que são capazes de reverter 
essa situação e, assim, retornam o conteúdo 
para o estômago, consequentemente, 
impedindo que haja algum dano para a 
mucosa esofágica; 
 Na DRGE ocorrerá o aumento na 
frequência do relaxamento do esfíncter 
inferior do esôfago deixando a mucosa do 
esôfago mais exposta ao conteúdo gástrico; 
 Outra maneira, de acarretar essa 
doença será através da disfunção do 
esfíncter inferior do esôfago, ou seja, com a 
contratilidade diminuída. Além disso, é 
possível citar outra maneira de desenvolver 
essa patologia a partir de uma anomalia 
anatômica, como, por exemplo, uma hérnia 
hiatal. Somando a esses fatos, ainda assim, 
pode ser causado pelo esvaziamento 
retardado do estômago e também pelo 
aumento da pressão intra-abdominal. 
Quadro Clínico 
 Os sintomas típicos relatados pela 
maioria dos pacientes são pirose e 
regurgitação ácida e dor. A pirose é definida 
como sensação de queimação retroesternal 
que se irradia do manúbrio esternal até a 
base do pescoço. A regurgitação ácida é o 
retorno do conteúdo ácido até a cavidade 
oral; 
 Além dessas, outras manifestações 
clínicas podem ser decorrentes do refluxo 
gastroesofágico. São os sintomas atípicos, 
sendo as mais referidas a dor torácica não 
coronariana, as respiratórias (tosse e asma 
brônquica), as otorrinolaringológicas 
(disfonia, pigarro e sensação de globo 
faríngeo) e as orais (erosão dental, aftas, 
halitose). 
Diagnóstico 
O diagnóstico da DRGE é 
fundamentado nos achados de uma história 
clínica bem detalhada, explorando os 
sintomas, intensidade, frequência, fatores 
associados e evolução. Caso o paciente 
relate sintomas típicos mais de duas vezes 
por semana, em um período de quatro a oito 
semanas, pode-se estabelecer o diagnóstico 
presuntivo de DRGE; 
 Quando se faz necessário exames 
para confirmar o diagnóstico, são três 
normalmente solicitados: 
1. pHmetria Prolongada: exame padrão 
ouro para diagnóstico de DRGE, que 
consiste na inserção de um cateter do nariz 
ao esôfago que registra os refluxos de 
conteúdo ácido durante 24 horas, 
quantificando a intensidade de exposição da 
mucosa. 
2. Endoscopia Digestiva Alta 
(EDA): consiste na inserção do endoscópio, 
tubo que conta com uma câmera para 
observação, pela laringe, e análise de toda a 
 9 
 
 APG IV 
mucosa esofágica, avaliando a presença e 
gravidade de manifestações e complicações. 
3. Manometria Esofágica: exame que 
consiste na inserção de um cateter do nariz 
ao esôfago e administração de pequenos 
goles de água, permitindo a análise da 
pressão, força e padrão das contrações 
musculares esofágicas e o estudo do 
funcionamento do esôfago. 
Tratamento 
 O tratamento da DRGE pode ser 
clínico (farmacológico ou não farmacológico) 
ou cirúrgico; 
 O tratamento clínico não 
farmacológico é baseado na mudança de 
estilo de vida, que consiste em evitar 
alimentos e bebidas, como álcool, pimenta e 
café, evitar refeições próximas à hora de 
dormir e elevar a cabeceira da cama. Além 
disso, em casos de obesidade, recomenda-
se também a perda de peso; 
 O tratamento clínico farmacológico 
consiste na administração dos seguintes 
fármacos: 
 
 Por último, no caso do tratamento 
cirúrgico, é realizada a confecção de uma 
válvula antirrefluxo, porém só é recomendado 
para paciente intolerantes de IBP, que 
necessitam de medicação ininterrupta ou nas 
formas complicadas da doença. 
Regurgitação x Refluxo Gastroesofágico 
 A regurgitação do recém-nascido (ou 
refluxo fisiológico) ocorre em cerca de 50% 
dos bebês e não interfere em seu 
desenvolvimento; 
 É a expulsão do conteúdo gástrico 
sem haver esforço dos músculos e sem 
sintomas; 
 Isso acontece porque a válvula entre o 
esôfago e o estômago, conhecido com 
esfíncter esofagiano ou cárdia ainda está se 
desenvolvendo e como o leite materno é 
mais leve, ficando mais fácil de voltar. 
Conduta para diminuir a regurgitação 
 Deixe o bebê o mais em pé possível 
na hora de amamentar. Assim o caminho do 
leite ao estômago será livre; 
 Mantenha um ambiente tranquilo 
durante as mamadas; 
 Reduza o barulho e outras distrações 
e tente não deixar o bebê ficar com muita 
fome antes de começar a amamentar. Se ele 
estiver distraído ou faminto, tem mais 
chances de engolir ar junto com o leite; 
 Não aperte a barriguinha na hora de 
colocar o bebê para arrotar. Evite sair de 
carro logo após as mamadas porque recliná-
lo na cadeirinha e afivelar o cinto de 
segurança pode pressionar o estômago 
também; 
 Se o bebê estiver mamndo de 
mamadeira (seja fórmula ou leite materno), 
certifique-se de que não está mamando ar. O 
 10 
 
 APG IV 
bico da mamadeira deve está bem 
posicionado para que isso não ocorra; 
 Faça o bebê arrotar após cada 
mamada deixando-o na posição mais em pé 
possível por 20 minutos. Assim, a gravidade 
irá ajudá-lo, pois nesse momento as 
bolhinhas de ar são eliminadas através do 
arroto dando espaço para o leite; 
 Não alimente seu bebê demais. Se o 
recém-nascido golfa a cada mamada, ele 
pode estar comendo mais do que aguenta. 
Referências Bibliográficas 
1. COELHO DE ARRUDA, Maria; 
COELHO, Maria ; HENRY, Arruda. ABCD 
Arq Bras Cir Dig DIAGNÓSTICO E 
TRATAMENTO DA DOENÇA DO REFLUXO 
GASTROESOFÁGICO. 
2. DIRETRIZES, Projeto. Autoria: 
Federação Brasileira de Gastroenterologia. 
3. JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. 
Histologia Básica: Texto e Atlas. 12. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 
4. REFLUXO E REGURGITAÇÃO EM 
BEBÊS: COMO IDENTIFICAR E 
TRATAR. Refluxo e regurgitação em bebês: 
como identificar e tratar. Disponível em: 
<https://www.danonenutricia.com.br/infantil/di
ficuldades-alimentares/refluxo-e-
regurgitacao-em-bebes-como-identificar-e-
tratar>. Acesso em: 9 set. 2021.

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