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Diferença entre "Acesso à Justiça" e "Acesso ao Poder Judiciário" De acordo os renomados autores e juristas Mauro Cappelletti e Bryant Garth, que em 1988 lançaram a obra “Acesso à Justiça”, o acesso à proteção judicial consistia, durante muito tempo, basicamente no direito formal do indivíduo agravado de prepor ou contestar uma ação. Entretanto, atualmente está relacionado à efetivação de direitos, ou seja, dar a cada um aquilo que é seu de direito, e não simplesmente processar e ser processado. Eles apontam dois obstáculos que dificultam a efetivação dos direitos: o de ordem econômica e o de natureza social. Ao contrário do Acesso à Justiça, onde a busca do direito e resolução de conflitos podem ser feitos extrajudicialmente podendo prevalecer o entendimento entre os litigantes, podemos dizer que o Acesso ao Poder Judiciário seria a busca do direito e resolução de conflitos através da intervenção do órgão jurisdicional estatal, cabendo a este, portanto, a missão de pacificador social, enquanto Poder integrante da estrutura estatal e constitucional, sendo dele a última palavra (controle estatal). Portanto, o Acesso à Justiça não significa, necessariamente, ter acesso ao prédio do Judiciário, às suas dependências físicas, tampouco da isenção de custas processuais e assessoria jurídica gratuita, mas de efetividade da justiça. A popularização das formas extrajudiciais de solução de litígios, o fortalecimento da Defensoria Pública como instituição responsável pela assistência jurídica gratuita aos necessitados e a real atuação dos Juizados Especiais são instrumentos para concretizar a busca pelo real significado de justiça. Referencias: CAPPELLETTI, Mauro, GARTH, Bryant. Acesso à justiça. Porto Alegre: Fabris, 1998. Princípio do acesso justiça (pucsp.br) https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/201/edicao-1/principio-do-acesso-justica
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