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PLENÁRIO DO COREN-MG (2018-2020) DIRETORIA DO COREN-MG: Presidente: Enfermeira Carla Prado Silva Vice-Presidente: Enfermeira Lisandra Caixeta de Aquino Primeiro-Secretário: Enfermeiro Érico Barbosa Pereira Segundo-Secretário: Enfermeiro Gustavo Adolfo Arantes Primeira-Tesoureira: Auxiliar de Enfermagem Vânia da Conceição Castro G. Ferreira Segunda-Tesoureira: Auxiliar de Enfermagem Vanda Lúcia Martins MEMBROS EFETIVOS DO PLENÁRIO: Christiane Mendes Viana - Enfermeira Elânia dos Santos Pereira - Auxiliar de Enfermagem Ernandes Rodrigues Moraes - Técnico de Enfermagem Fernanda Fagundes Azevedo Sindeaux - Enfermeira Iranice dos Santos - Técnica de Enfermagem Jarbas Vieira de Oliveira - Enfermeiro Karina Porfírio Coelho - Enfermeira Lucielena Maria de Sousa Garcia Soares - Enfermeira Maria Eudes Vieira - Auxiliar de Enfermagem SUPLENTES: Alan Almeida Rocha - Enfermeiro Cláudio Luis de Souza Santos - Enfermeiro Enoch Dias Pereira - Técnico de Enfermagem Elônio Stefaneli Gomes - Técnico de Enfermagem Gilberto Gonçalves de Lima - Enfermeiro Gilson Donizetti dos Santos - Enfermeiro Jaime Bernardes Buenos Júnior - Enfermeiro Kássia Juvêncio - Enfermeira Linda de Souza Leite Miranda Lima - Técnica de Enfermagem Lívia Cozer Montenegro - Enfermeira Maria Magaly Aguiar Cândido - Técnica de Enfermagem Mateus Oliveira Marcelino - Enfermeiro Simone Cruz de Melo - Enfermeira Valdecir Aparecido Luiz - Técnico de Enfermagem Valéria Aparecida dos Santos Rodrigues - Técnica de Enfermagem COMITÊ PERMANENTE DE CONTROLE INTERNO Elânia dos Santos Pereira - Auxiliar de Enfermagem Iranice dos Santos - Enfermeira Jarbas Vieira de Oliveira - Enfermeiro DELEGADOS REGIONAIS: Efetiva: Enfermeira Carla Prado Silva Suplente: Enfermeira Lisandra Caixeta de Aquino ELABORADORES Andréia Oliveira de Paula Murta - Coordenadora Adjunta da Câmara Técnica Luciana Valverde Vieira Delfim Barros – Enfermeira da Câmara Técnica Pablo Raphael Jardim Santos - Enfermeiro da Câmara Técnica GRUPO DE TRABALHO DE DOCUMENTOS DE ENFERMAGEM Alexandre da Silveira Sete Andréia Oliveira de Paula Murta Angela de Souza Floriano Ed Wilson Rodrigues Vieira Fernanda Mara Ferrugini da Cruz Luciana Valverde Vieira Delfim Barros Marcelo Henrique Alves Vilela Meiriele Tavares Araujo Pablo Raphael Jardim Santos COLABORAÇÃO Thais Zielke Dias Cardoso - Acadêmica de Enfermagem Rayssa Ayres Silva - Acadêmica de Enfermagem SUMÁRIO Apresentação ......................................................................................................................... 08 Introdução ............................................................................................................................. 09 1. Aspectos legais que normatizam o exercício dos profissionais de enfermagem e do enfermeiro responsável técnico ............................................................................................ 10 1.1. Legislação do Exercício dos profissionais de Enfermagem ................................. 10 1.2. Resolução Cofen nº 509/2016 ............................................................................ 12 1.3. Obeservações sobre requerimento .................................................................... 13 1.4. Registro de empresa ........................................................................................... 14 1.5. Regulamento dos Consultórios e Centros de Enfermagem ................................. 14 1.6. Atribuições do Enfermeiro Responsável pelo Serviço de Enfermagem - artigo 10 da Resolução Cofen n° 509/2016 .......................................................................................... 15 2. Outros pontos relevantes Resumo das situações que o Enfermeiro RT deve comunicar ao Coren-MG ............. 60 3. Considerações Finais .............................................................................................. 61 4. Apêndices ............................................................................................................... 62 Apêndice 1 - Lista de verificação da Resolução Cofen n° 509/2016 ........................... 62 Apêndice 2 - Modelo de Escala de Serviço ................................................................. 63 5. Anexos ............................................................................................................ 67 Anexo 1 - Modelo de lista de profissionais REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 68 Apresentação Prezado (a) enfermeiro (a) responsável pelo serviço de enfermagem, É com muita satisfação que lhe entregamos o “Manual do Enfermeiro Responsável pelo Serviço de Enfermagem”, elaborado pela Câmara Técnica do Coren-MG. Por meio deste material, será possível obter informações sobre suas atribuições e como exercer a função, assuntos que são de suma importância para o exercício profissional da enfermagem. Primeiramente, gostaríamos de parabenizá-lo (a) por aceitar tão importante tarefa. Afinal, cabem a você o planejamento, organização, direção, coordenação, execução e a avaliação dos Serviços de Enfermagem da instituição na qual trabalha, bem como responder tecnicamente pela assistência e qualidade dos serviços prestados sob sua responsabilidade. Ser enfermeiro (a) RT delega a você a responsabilidade pela garantia de que a assistência e o cuidado de enfermagem estão sendo executados sob supervisão de um profissional habilitado. Para que isso ocorra, é necessário requerer a anotação de responsabilidade técnica (ART) em seu nome e receber a certidão de responsabilidade técnica (CRT) emitida pelo Coren-MG. A CRT é a materialização do ato administrativo que concede, ao enfermeiro RT, a ART pelo serviço de enfermagem. Sabemos que a exigência da CRT e a atuação do enfermeiro responsável pelo serviço de enfermagem são questões que geram muitas dúvidas entre os gestores de serviços de saúde e profissionais de enfermagem. Por este motivo, foi elaborado o presente manual, que acreditamos se tornará um guia, um livro de cabeceira que possa facilitar o cumprimento de suas obrigações. Tenha uma ótima leitura. Atenciosamente, Enf.a Carla Prado Silva Coren-MG-148967-ENF Presidente do Coren-MG INTRODUÇÃO A Enfermagem é uma profissão autônoma, que atua com base nos preceitos legais da Lei Federal nº 7.498 de 1986 e o Decreto que a regulamenta, nº 94.406 de 1987. O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei Federal nº 5.905 de 12 de julho de 1973, e pelo Regimento da Autarquia, aprovado pela Resolução Cofen nº 421 de 15 de fevereiro de 2012, delibera sobre a responsabilização técnica do serviço de enfermagem, por meio da Resolução Cofen nº 509 de 2016 ou a que sobrevir. O Enfermeiro responsável técnico (RT) pelo serviço de enfermagem é aquele que requere a anotação de responsabilidade técnica (ART) em seu nome e que recebe a certidão de responsabilidade técnica (CRT) emitida pelo Conselho Regional de sua jurisdição. A CRT é, então, a materialização do ato administrativo que concede a ART pelo serviço de enfermagem ao Enfermeiro RT (COFEN, 2016). A exigência da CRT e a atuação do Enfermeiro responsável pelo serviço de enfermagem são questões que geram muitas dúvidas entre os gestores de serviços de saúde e entre os profissionais de enfermagem. Por este motivo, a Câmara Técnica do Coren-MG elaborou o presente Manual, a fim de auxiliar o Enfermeiro responsável no exercício de sua função, tornando-se como um guia, um livro de cabeceira que possa facilitar o cumprimento de suas obrigações. Motivado então à subsidiar e elucidar os profissionais Enfermeiros que exercem ou que virão a exercer o cargo de Enfermeiro Responsável pelo serviçode enfermagem, este Manual fundamenta-se na razão técnico científica, ética e legal, para permitir gerir com maior eficiência e eficácia o serviço de Enfermagem, executando o papel primordial de gestor de enfermagem. A fiscalização do exercício de enfermagem, exercida pelos Conselhos Regionais, costuma se dirigir em visita, primeiramente, ao Enfermeiro RT e solicitar a comprovação de que suas atribuições, conforme Resolução Cofen n° 509/2016 ou a que sobrevir, estão sendo cumpridas. O Enfermeiro RT é o enfermeiro de referência para a fiscalização e aquele que faz o elo entre o Conselho e os profissionais de enfermagem do serviço. É através dele que a fiscalização tem acesso aos documentos pertinentes ao exercício da enfermagem. No entanto, é muito comum os enfermeiros RT terem dúvidas com relação à execução dessas atribuições e não saberem a forma mais adequada de evidenciar à fiscalização. Considerando as diretrizes dos programas de qualidade, este Manual irá propor uma lista de verificação do cumprimento da Resolução Cofen n° 509 de 2016, assim como sugerir formas de evidenciar que as atribuições estão sendo cumpridas, numa interpretação que possa ser a mais clara possível para os profissionais. Espera-se que o Manual do Enfermeiro Responsável pelo serviço de enfermagem facilite também as ações de fiscalização, otimizando o tempo que o fiscal dispende em orientações ao Enfermeiro responsável pelo Serviço de Enfermagem. 1. ASPECTOS LEGAIS QUE NORMATIZAM O EXERCÍCIO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM E DO ENFERMEIRO RESPONSÁVEL TÉCNICO. 1.1. Legislação do Exercício profissional de Enfermagem A competência legal para dirigir, coordenar, organizar e avaliar o serviço de enfermagem é do Enfermeiro, privativamente. Profissionais de nível médio (técnicos e auxiliares de enfermagem) não podem ser responsáveis pelo serviço de enfermagem das instituições de saúde, assim como profissionais não enfermeiros (administradores, médicos, dentistas, assistentes sociais, prefeitos, diretores de hospitais, dentre outros leigos em enfermagem) também não podem dirigir os serviços de enfermagem. Este entendimento advém da Lei n° 7.498/86, que é regulamentada pelo Decreto nº 94.406/87, que traz em seu texto que: Art. 8º – Ao enfermeiro incumbe: I – privativamente: a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública ou privada, e chefia de serviço e de unidade de Enfermagem; b) organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de Enfermagem; d) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de Enfermagem; e) consulta de Enfermagem; f) prescrição da assistência de Enfermagem; g) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida; h) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas (BRASIL, 1987). Conclui-se que os profissionais de enfermagem de uma instituição de saúde respondem tecnicamente e eticamente ao Enfermeiro. Constitui exercício ilegal da profissão enfermeiro, quando outros profissionais ou profissionais de enfermagem de outras categorias executam atividades de direção, organização dos serviços de enfermagem. Considerando a definição legal, o Conselho Federal de Enfermagem regulamentou a atuação do enfermeiro responsável técnico (RT), para que as ações de direção e organização dos serviços de enfermagem sejam centradas em um único enfermeiro, facilitando a direção do serviço e as ações de fiscalização. A primeira resolução do Cofen que tratou da responsabilidade técnica do enfermeiro foi a Resolução Cofen n° 168/1993, seguida pelas resoluções: Resolução Cofen n° 302, 16 de março de 2005, Resolução Cofen n° 458 de 29 de julho de 2014, e, por fim, a Resolução Cofen n° 509 de 15 de março de 2016. A cada resolução podem ser revistos os trâmites para o requerimento da anotação da certidão de responsabilidade técnica, mas também são reestruturadas as atribuições dos enfermeiros, como fruto do amadurecimento da atuação do RT, ações de fiscalização e novas necessidades que são diagnosticadas pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem. O Enfermeiro Responsável Técnico (RT) possui como responsabilidade garantir que o serviço de enfermagem seja estruturado considerando as legislações do exercício profissional (Lei nº 7.498/86 e Decreto nº 94.406/87), a Resolução Cofen nº 509/2016, a Resolução Cofen nº 564/2017 (Código de Ética profissional vigente) e demais atos normativos do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem. Além destas, é interessante que o enfermeiro RT se atente para as legislações e requisitos legais aplicáveis ao serviço de enfermagem, para as legislações que normatizam o processo de segurança do paciente - como a Portaria nº 529/2013, que institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP); a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 36/2013, que institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências; a Portaria nº 1.377/2013 que aprova os Protocolos de Segurança do Paciente; a Portaria nº 2.095/2013, que aprova os Protocolos Básicos de Segurança do Paciente) e a Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 63/2011, que dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os Serviços de Saúde - e para as normas e regras de funcionamento da instituição na qual o serviço de enfermagem se encontra instituído, mesmo que esses requisitos não sejam verificados pelos Conselhos, mas pelos órgãos competentes. Isso porque ao enfermeiro legalmente compete: a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde; b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde; d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação; e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar, inclusive como membro das respectivas comissões; f) participação na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados aos pacientes durante a assistência de Enfermagem; g) participação na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral e nos programas de vigilância epidemiológica (BRASIL, 1987). Torna-se imperativo esclarecer que mesmo o enfermeiro que não requere a anotação de responsabilidade técnica em seu nome, continua possuindo as responsabilidades citadas na Resolução Cofen n° 509/2016, pois a Lei Federal n° 7498/86 determina que é do enfermeiro a função de organizar o serviço. O enfermeiro poderá ser responsabilizado por atos cometidos pela equipe de enfermagem nos processos éticos-disciplinares, após julgamento, mesmo sem possuir ART formalizada. 1.2. Resolução Cofen n° 509 de 2016 A Resolução Cofen n° 509/2016 regulamenta quais são as atribuições do Enfermeiro Responsável Técnico e como deve ocorrer a Anotação de Responsabilidade Técnica do Serviço de Enfermagem. Entende-se por Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) pelo Serviço de Enfermagem: Ato administrativo decorrente do poder de polícia vinculado no qual o Conselho Regional de Enfermagem, na qualidade de órgão fiscalizador do exercício profissional, concede, a partir do preenchimento de requisitos legais, licença ao enfermeiro Responsável Técnico para atuar como liame entre o Serviço de Enfermagem da empresa/instituição e o Conselho Regional de Enfermagem, visando facilitar o exercício da atividade fiscalizatória em relação aos profissionais de Enfermagem que nela executam suas atividades, assim como, promover a qualidade e desenvolvimento de uma assistência de enfermagem em seus aspectos técnico, ético, e segura para a sociedade e profissionais de enfermagem(COFEN, 2016). Há de se observar que a assistência de enfermagem com qualidade e livre de danos está diretamente ligada à organização do serviço de enfermagem, função esta privativa do profissional enfermeiro e que é exercida pelo Enfermeiro RT (BRASIL, 1986). O Cofen conceitua Enfermeiro Responsável Técnico (ERT) como profissional de Enfermagem de nível superior, que tem sob sua responsabilidade o planejamento, organização, direção, coordenação, execução e avaliação dos serviços de Enfermagem, a quem é concedida, pelo Conselho Regional de Enfermagem, a ART (COFEN, 2016). Neste contexto, destaca-se que o enfermeiro que assume posições de liderança e chefia de serviços de enfermagem é que usualmente assume a Responsabilidade técnica pelo Serviço. Este enfermeiro deverá ser designado pelo gestor da instituição de saúde. As orientações e documentos padronizados necessários ao requerimento da CRT estão disponíveis na página eletrônica do Coren-MG: https://www.corenmg.gov.br/informacoes/responsavel-tecnico-crt/ 1.3. Observações sobre o requerimento de ART Para o requerimento da ART, alguns pontos devem ser observados: a) O Enfermeiro só poderá assumir como Responsável Técnico se estiver com as obrigações financeiras em dia junto ao Coren-MG; b) Para ser responsável Técnico o Enfermeiro deve estar com a Carteira de Identidade profissional dentro da validade redigida em documento; c) É permitido apenas que Enfermeiros sejam nomeados e assumam cargo de Responsável Técnico da Enfermagem nas Instituições; d) A anotação de Responsabilidade Técnica será autorizada para Enfermeiros que irão atuar na Gestão assistencial, Gestão de área Técnica (Ex.:venda de equipamentos, materiais e insumos médico-hospitalares, elaboração e implantação do plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, dentre outras) e gestão de ensino. Situações pontuais podem ser analisadas pelo Coren-MG que emitirá parecer se deferido ou não conforme análise quanto ao respaldo legal; e) A anotação de responsabilidade técnica será expedida para profissionais Enfermeiros que tenham vínculo comprovado com a Instituição. Considerando ainda as dúvidas e situações recorrentes no Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG), seguem algumas situações específicas e qual a tratativa tem sido dada pela autarquia: SITUAÇÃO TRATATIVA ATUAL Solicitação de ART por enfermeiro voluntário Avaliação da Coordenação do Defis, pois depende de cada contexto Solicitação de ART por enfermeiro irmã de caridade Libera mediante declaração Solicitação de ART para laboratório de escola Avaliação da Coordenação do Defis, pois depende de cada contexto Solicitação de ART para PGRSS Será liberada conforme a Deliberação Coren-MG n° 172/2006, art 4°, ou a que sobrevir 1.4. Registro de Empresa 'Conforme a Resolução Cofen nº 255/2001, Resolução Cofen nº 578/2018 e art. 1º da Lei nº 6.839/1980, está obrigada ao registro no Coren competente, toda Empresa basicamente destinada a prestar e/ou executar atividades na área da Enfermagem, inclusive sob as formas de supervisão e de treinamento de recursos humanos, ou que, embora com atividade básica não especificamente de enfermagem, presta algum desses serviços a terceiros. A realização das atividades de enfermagem, sem o prévio registro da empresa no Coren competente, acarretará à mesma as sanções legais, previstas na legislação vigente. O registro terá validade por 5 (cinco) anos e poderá ser reavaliado por períodos iguais e sucessivos, mantido o número do registro inicial. 1.5. Regulamento dos Consultórios e Centros de enfermagem De acordo com a Resolução Cofen nº 568/2018 e Resolução Cofen nº 606/2019, os Consultórios e Clínicas de Enfermagem ficam obrigados a providenciar e manter registro no Conselho Regional de Enfermagem que tenha jurisdição sobre a região de seu respectivo funcionamento. O Anexo da Resolução Cofen nº 568/2018 traz as seguintes definições: a) Clínica de Enfermagem - estabelecimento constituído por consultórios e ambientes destinados ao atendimento de enfermagem individual, coletivo e/ou domiciliar. b) Consultório de Enfermagem - área física onde se realiza a consulta de enfermagem e outras atividades privativas do enfermeiro, para atendimento exclusivo da própria clientela (COFEN, 2018). As Clínicas de Enfermagem ficam isentas do pagamento de taxa de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e taxa de emissão de Certidão de Responsabilidade Técnica (CRT). Nos Consultórios não há necessidade da respectiva Certidão de Responsabilidade Técnica e o registro é isento do pagamento de anuidades e emolumentos, e obriga o enfermeiro a estar quite com sua situação financeira e cadastral. O registro é requerido ao Presidente do Conselho Regional em formulário no qual deverá constar: - Nome e número de inscrição no Coren do Enfermeiro requerente; - Endereço completo do consultório; - Horário de atendimento no consultório; - Comprovante de situação financeira perante o Coren; - Cópia de comprovante de residência; - Cópia do Alvará de funcionamento. 1.6. Atribuições do Enfermeiro Responsável pelo Serviço de Enfermagem - artigo 10 da Resolução Cofen n° 509/2016 A Resolução Cofen n° 509/2016 traz vinte e três atribuições do Enfermeiro responsável pelo serviço de Enfermagem, em seu artigo 10°. O Enfermeiro RT, de posse de sua CRT, possui todas essas obrigações e já deve iniciar o seu cumprimento, independente de visita do Conselho Regional ou de notificação prévia. Aquele que não cumprir com essas atribuições, estará sujeito a notificação pelo Conselho para adequação, lhe sendo concedido um prazo, conforme consta na Resolução Cofen n° 518/2016, ou a que sobrevir. O enfermeiro RT que descumprir a notificação, está sujeito a receber Auto de Infração e a responder Processo Ético- Disciplinar na Autarquia. A fim de organizar o serviço de enfermagem sob sua responsabilidade e comprovar o cumprimento de suas obrigações, o enfermeiro deve observar em cada atribuição qual a melhor forma para implantar os requisitos estipulados e qual a melhor maneira de evidenciar esta implantação. Cada enfermeiro e cada instituição pode possuir métodos distintos de trabalho, devido aos diferentes contextos e realidades que vivenciam. O Coren-MG decidiu por elucidar cada atribuição, na tentativa de alinhar o entendimento do que está sendo requisitado e sugerir formas de evidenciar o seu cumprimento. Cada atribuição possui a sua importância e singularidade, que é explicada em maiores detalhes nos capítulos a seguir. Visando facilitar a visualização de todas as suas atribuições e diagnosticar o que ainda é preciso implantar, foi elaborada uma lista de verificação (apêndice 1) para que o enfermeiro responsável possa incluir no seu planejamento estratégico. I.Cumprir e fazer cumprir todos os dispositivos legais da profissão de Enfermagem; O enfermeiro RT deve conhecer a Lei n° 7.498/86, o Decreto n° 94.406/87 e todas as Resoluções do Cofen, assim como as normativas disciplinadas pelo Conselho Regional de sua jurisdição. É função do Enfermeiro RT garantir que essas normativas sejam cumpridas por todos os profissionais de enfermagem da instituição. Esse requisito é verificado durante a fiscalização, quando o fiscal observa se os profissionais de enfermagem respeitam o limite de suas competências na prestação da assistência de enfermagem. Os fiscais podem observar se há técnicos de enfermagem realizando atividades privativas de enfermeiro, por exemplo. Se os profissionais de enfermagem estão realizando atividades privativas de outros profissionais. Se os profissionais possuem registros de enfermagem em prontuários de forma adequada, conforme “Guia de Recomendações para Registro de Enfermagem”. Se os protocolos de enfermagem padronizam ações que não são de responsabilidadedesta ou daquela categoria de enfermagem. Conforme pode ser observado, a primeira atribuição é muito ampla e diz respeito a toda a legislação e regulamentação do exercício de enfermagem. Daí a importância do Enfermeiro responsável conhecer todos os dispositivos legais e fazer com que todos os profissionais os cumpram. As principais legislações vigentes podem ser encontradas nos endereços eletrônicos: a) http://www.cofen.gov.br/categoria/legislacao b) https://www.corenmg.gov.br/legislacoes-e-normas Algumas legislações que são recomendadas para conhecimento do Enfermeiro RT:: a) Lei Federal n° 7.498/86; b) Decreto nº 94.406/87; c) Todas as Resoluções do Cofen; d) Todas as decisões ou deliberações do Coren-MG. É recomendado que o Enfermeiro RT contemple uma avaliação destas legislações no Diagnóstico Situacional, como forma de garantia dos dispostos legais aplicáveis ao serviço onde responde como responsável. Assim, o enfermeiro conhecerá em que nível atende aos requisitos de cada norma e poderá propor um plano de ação para atendimento a elas em sua totalidade. O Coren-MG propõe um modelo de Diagnóstico Situacional no link: https://www.corenmg.gov.br/acesso-a-modelo-de-documentos. Existem sistemas de informação que atualizam as legislações da área da saúde em tempo real. É interessante o Enfermeiro RT possuir acesso a este banco de dados. Um exemplo é o Sistema de Legislação de Vigilância Sanitária (VISAlegis). O Enfermeiro RT também deverá conhecer os pareceres técnicos emitidos pela Câmara Técnica do Coren-MG como recomendações para o exercício profissional, orientando sua equipe e mantendo-a atualizada. Os pareceres técnicos encontram-se disponíveis no link https://www.corenmg.gov.br/pareceres-tecnicos. É importante também conhecer os pareceres técnicos emitidos pelo Cofen. Eles estão disponíveis no link: http://www.cofen.gov.br/categoria/legislacao/pareceres. II. Manter informações necessárias e atualizadas de todos os profissionais de Enfermagem que atuam na empresa/instituição, com os seguintes dados: nome, sexo, data do nascimento, categoria profissional, número do RG e CPF, número de inscrição no Conselho Regional de Enfermagem, endereço completo, contatos telefônicos e endereço eletrônico, assim como das alterações como: mudança de nome, admissões, demissões, férias e licenças, devendo fornecê-la semestralmente, e sempre quando lhe for solicitado, pelo Conselho Regional de Enfermagem; Os profissionais de enfermagem devem estar legalmente habilitados e inscritos no Conselho de sua jurisdição. O exercício ilegal da enfermagem é a ilegalidade mais grave que um enfermeiro fiscal pode detectar durante uma visita de fiscalização, pois coloca em risco o paciente, a sociedade e a instituição de saúde. Por este motivo, a fiscalização deve sempre conferir a listagem de profissionais de enfermagem que atuam em cada instituição, verificando em seu sistema se os profissionais realmente possuem inscrição e habilitação legal para exercer a profissão. Essa conferência também protege os demais profissionais de enfermagem à medida que é capaz de verificar se há exercentes ilegais ocupando vagas que poderiam estar sendo ocupadas por profissionais legalmente habilitados e inscritos. A fim de facilitar este processo, é preconizado que o Enfermeiro responsável encaminhe a listagem de profissionais de seis em seis meses, uma vez que neste período podem ter ocorrido demissões e contratações de novos profissionais. Essa conferência sendo realizada periodicamente também agiliza a visita de fiscalização e interrompe o menos possível a rotina do Enfermeiro responsável e da equipe de enfermagem no dia da fiscalização. No site do Coren-MG há um modelo de lista de profissionais de enfermagem da instituição no link: https://www.corenmg.gov.br/informacoes/responsavel-tecnico-crt/, no item 6 (anexo 1). III. Realizar o dimensionamento de pessoal de Enfermagem, conforme o disposto na Resolução vigente do Cofen informando, de ofício, ao representante legal da empresa/instituição/ensino e ao Conselho Regional de Enfermagem; O dimensionamento do pessoal de enfermagem objetiva calcular a quantidade de profissionais por categoria requerida para suprir as necessidades assistenciais diretas e indiretas para atender ao paciente de forma humana, segura e com qualidade. Observa-se que a formação, o desempenho e o quantitativo de recursos humanos de enfermagem afetam sobremaneira a qualidade dos serviços prestados e o grau de satisfação do cliente, constituindo elemento crítico para alcançar a finalidade e os objetivos dos serviços de saúde (KURCGANT, 2010). Importante ressaltar que os profissionais de enfermagem representam 35% a 40% do quadro de pessoal das instituições hospitalares. Desta forma, a equipe de enfermagem detém o maior contingente e consequentemente o segundo maior custo dos serviços de saúde, após o custo com o corpo clínico em termos de contratações, demissões e capacitação profissional (NISHIO; FRANCO, 2011). Por representar um custo significativo para as instituições, muitas vezes os serviços subdimensionam a equipe de enfermagem, o que pode trazer consequências para a segurança do paciente, do profissional e da própria instituição. É importante pontuar que o dimensionamento é atribuição do Enfermeiro responsável pelo serviço, pois conforme a Lei Federal n° 7.498/86 e Decreto nº 94.406/87, ao enfermeiro incumbe privativamente “planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de assistência de enfermagem”. O dimensionamento deve ser calculado conforme a resoluções vigente do Cofen e, então, apresentado ao gestor da instituição de saúde. O gestor do serviço de saúde deve receber o cálculo apresentado pelo Enfermeiro por ser este o perito na matéria. O gestor não possui autonomia para alterar o cálculo de pessoal realizado pelo Enfermeiro, mas possui autonomia para definir se irá adequar o quantitativo ao cálculo apresentado ou não, sendo responsável por seus atos e por esta decisão. Orienta-se ao Enfermeiro responsável que ele não deve ceder às pressões para alteração de seu cálculo, uma vez que o quantitativo de profissionais interfere diretamente na segurança do paciente e o Enfermeiro poderá ser responsabilizado em situações de dano ao paciente decorrentes de imperícia, negligência, imprudência, inclusive se validar um cálculo de pessoal realizado erroneamente. Mesmo que a instituição esteja vivenciando situação financeira delicada, o Enfermeiro deve apresentar um cálculo completo, cabendo ao gestor a análise do cenário econômico-financeiro e a decisão de contratação ou não. Após a apresentação do cálculo ao gestor, o enfermeiro RT deverá apresentá-lo ao Coren- MG, que irá tomar as medidas cabíveis em caso de quantitativo de pessoal insuficiente. Será dada oportunidade ao gestor para assinar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), antes das medidas judiciais cabíveis. O Coren-MG possui disponível no site um Caderno Técnico de Dimensionamento, que orienta a forma de realização do cálculo. Também possui disponíveis planilhas de Excel para facilitar o cálculo. Ambos os documentos se encontram disponíveis no link https://www.corenmg.gov.br/acesso-a-modelo-de-documentos e foram elaborados pelo Grupo de Dimensionamento da Câmara Técnica. O grupo encontra-se disponível para dirimir dúvidas dos enfermeiros responsáveis, mediante agendamento. PERGUNTAS FREQUENTES 01. Devo realizar o cálculo conforme a Resolução do Cofen ou as Portarias do Ministério da Saúde? O profissional de enfermagem responde ao sistema Cofen/ Conselhos Regionais de Enfermagem, órgãos responsáveis por disciplinar o exercício profissional. Portanto, o enfermeiro deve realizar o cálculo conforme o seu órgão de classe preconiza. Cabe ao gestor dos serviços de saúdeobservar as Portaria do Ministério da Saúde e demais legislações. Com base no cálculo do Enfermeiro, o Coren pode entrar na justiça comum, enviar dados para o Ministério Público e outros órgãos, solicitando adequação do quadro de pessoal de enfermagem, se houver déficit. Por isto é importante que o enfermeiro esteja com os dados de dimensionamento sempre atualizados e disponíveis. 02. Por que o cálculo de dimensionamento dá um número necessário de profissionais e a instituição não se adequa? Caso haja déficit e o gestor não adeque o quantitativo de profissionais de enfermagem, o Coren tenta negociar com o gestor a adequação e a assinatura de Termo de Ajustamento e Conduta. Caso isso não seja possível, o Coren entra com causa na justiça comum. Esse tipo de ação pode demorar muitos anos e, por isso, tem-se a sensação de que nada foi feito, quando na realidade as providências estão sendo tomadas. 03. Há alguns tipos de serviços que não estão contemplados nas resoluções do Cofen sobre dimensionamento, como devo realizar o cálculo? As resoluções do Cofen sobre dimensionamento são baseadas em teses de mestrado e doutorado sobre dimensionamento de pessoal de enfermagem. Muitos locais de assistência ainda não contam com estudos, por este motivo, os enfermeiros devem começar a estudar o tema e realizar propostas de dimensionamento. Para estes setores que ainda não há um cálculo definido, o dimensionamento pode ser realizado por sítio funcional, classificação do paciente ou até mesmo por levantamento do tempo dispendido em determinados procedimentos, cada caso será um caso e o Grupo de Trabalho de Dimensionamento do Coren-MG está à disposição para auxiliar, mediante agendamento prévio. IV. Informar, de ofício, ao representante legal da empresa/instituição/ensino e ao Conselho Regional de Enfermagem situações de infração à legislação da Enfermagem, tais como: a) ausência de enfermeiro em todos os locais onde são desenvolvidas ações de Enfermagem durante algum período de funcionamento da empresa/instituição; b) profissional de Enfermagem atuando na empresa/instituição/ensino sem inscrição ou com inscrição vencida no Conselho Regional de Enfermagem; c) profissional de Enfermagem atuando na empresa/instituição/ensino em situação irregular, inclusive quanto à inadimplência perante o Conselho Regional de Enfermagem, bem como aquele afastado por impedimento legal; d) pessoal sem formação na área de Enfermagem, exercendo atividades de Enfermagem na empresa/instituição/ensino; e) profissional de Enfermagem exercendo atividades ilegais previstas em Legislação do Exercício Profissional de Enfermagem, Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e Código Penal Brasileiro. As informações requeridas pelo órgão visam ter uma comunicação mais efetiva com o Conselho a fim de verificar com o máximo de celeridade possível os casos de exercício ilegal, ausência de enfermeiro e outras situações que colocam em risco o paciente. Tais informações devem ser encaminhadas ao Coren-MG oficialmente, de modo a resguardar o enfermeiro responsável acerca do seu conhecimento sobre a ocorrência dessas infrações, sob o risco de ser considerado conivente, caso ocorra algum dano ao paciente e venha a ser apurado pelo órgão. V. Intermediar, junto ao Conselho Regional de Enfermagem, a implantação e funcionamento de Comissão de Ética de Enfermagem; e X. Instituir e programar o funcionamento da Comissão de Ética de Enfermagem, quando couber, de acordo com as normas do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem; As regras para implantação e funcionamento da Comissão de Ética de Enfermagem (CEE) estão descritas em resolução do Cofen, sendo a mais atual a Resolução Cofen n° 593/2018, que normatiza, no âmbito dos Conselhos Regionais de Enfermagem, a criação e funcionamento das Comissões de Ética de Enfermagem (CEE) nas instituições de saúde com Serviço de Enfermagem. A CEE das Instituições de Saúde tem função educativa, consultiva e de averiguação do exercício ético-profissional nas áreas de assistência, ensino, administração e pesquisa em Enfermagem. Conforme artigo 4º da referida resolução, é obrigatória a criação e funcionamento da CEE em instituições com no mínimo 50 (cinquenta) profissionais de enfermagem na composição do quadro de pessoal, tornando-se facultativa a constituição da CEE em instituições com número de profissionais inferior ao estabelecido. A CEE possui como finalidades: orientar a equipe de enfermagem a desenvolver a assistência com qualidade e dentro dos pressupostos legais; receber e esclarecer dúvidas quanto aos aspectos éticos e técnicos da prática profissional, encaminhando as dúvidas para o Coren- MG; promover medidas educativas que orientem os Profissionais de Enfermagem sobre os problemas, desafios e limites na prestação da assistência de Enfermagem em consonância com os princípios éticos; promover atualização, objetivando uma assistência de enfermagem com qualidade e livre de riscos. As Comissões de Éticas em Enfermagem são vinculadas ao Coren-MG e devem manter a sua autonomia em relação às Instituições onde atuam não podendo ter qualquer vinculação ou subordinação ao Profissional Enfermeiro Responsável Técnico ou a qualquer Gerência ou diretoria de Enfermagem da Instituição. Para mais informações, acesse a Resolução Cofen nº 593/2018. O modelo de Regimento da Comissão de Ética de Enfermagem está disponível no site do Coren-MG no link: https://www.corenmg.gov.br/manuais/ VI. Colaborar com todas as atividades de fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem, bem como atender a todas as solicitações ou convocações que lhes forem demandadas pela Autarquia. O enfermeiro responsável pelo serviço de enfermagem é o elo entre os profissionais de enfermagem e o Conselho. É importante que ele receba a fiscalização como um agente de parceria, na busca pela qualidade da assistência e segurança do paciente. A fiscalização busca sempre orientar os profissionais de enfermagem e o enfermeiro responsável acerca da legislação que regulamenta o exercício, resoluções mais atuais, registro de enfermagem e outros pontos que devem ser considerados como pontos de melhoria. A função primordial da fiscalização é observar se o exercício de enfermagem está em conformidade com a legislação, contribuindo para a segurança do paciente e dos profissionais. Por isto, não há motivos para não receber a fiscalização, tratar os fiscais de modo ríspido ou pensar que a fiscalização irá prejudicar o serviço ou os profissionais. A fiscalização está ao lado dos profissionais. A fiscalização possui como premissa interromper o mínimo possível a rotina institucional, de modo a não prejudicar o andamento das atividades assistenciais, mas há certos momentos em que é necessário que o enfermeiro responsável e os demais profissionais de enfermagem dispendam tempo para esclarecer algum ponto ou para receber orientações. Não há obrigatoriedade para que as visitas de fiscalização sejam agendadas, há momentos em que elas são agendadas e outros momentos em que não são, a depender do objetivo da visita, tipo de instituição e outros fatores. A visita deve ser acompanhada preferencialmente pelo Enfermeiro responsável, mas caso ele não esteja disponível, qualquer profissional de enfermagem pode atender o Conselho. A fiscalização é um momento em que os profissionais de enfermagem também podem esclarecer suas dúvidas acerca do exercício e serem orientados a agir conforme a legalidade. Portanto, trata-se de uma oportunidade muito rica em conhecimento, sabendo que, muitas vezes, os profissionais não possuem tempo para buscar a informação no próprio Conselho. O não atendimento às convocações realizadas pela Autarquia pode levar o profissional de enfermagem a responder processo ético-disciplinar. VII. Manter a CRT em local visível ao público, observandoo prazo de validade; A CRT possui prazo de validade de 1 (um) ano. É importante que o enfermeiro responsável controle o prazo de validade e realize a renovação antes do vencimento. Orienta-se que a CRT esteja afixada em local de ampla circulação pelos profissionais da instituição e pelos pacientes, como por exemplo, na entrada da instituição, nos corredores das unidades de internação, centro de terapia intensiva, hemodiálise, dentre outros setores. VIII. Organizar o Serviço de Enfermagem utilizando-se de instrumentos administrativos como regimento interno, normas e rotinas, protocolos, procedimentos operacionais padrão e outros; e IX. Elaborar, implantar e/ou implementar, e atualizar regimento interno, manuais de normas e rotinas, procedimentos, protocolos, e demais instrumentos administrativos de Enfermagem; O funcionamento do serviço de enfermagem deve estar devidamente formalizado e padronizado nos instrumentos administrativos, de forma a organizar o trabalho e a assistência. Nos itens VIII e IX da Resolução Cofen n° 509/2016 são citados alguns instrumentos administrativos que podem ser utilizados e que são verificados em visita de fiscalização e que serão brevemente explicados a seguir: 1. REGIMENTO INTERNO Regimentos são documentos relacionados ao Regulamento Institucional, constituindo-se numa forma de detalhamento dos setores que compõem o Serviço. Demonstram a forma de descentralização da tomada de decisões e fazem parte da organização geral da instituição. Por serem de aplicação mais usual, e também por causa do seu formato e necessidade de sua ampla divulgação, devendo ficar acessíveis aos interessados, os Regimentos são também conhecidos como Manuais de Organização Divisional ou Setorial (BORGES, OLVERA, SÁAR, 2004). O Regimento Interno do Serviço de Enfermagem, deve retratar as atividades desenvolvidas, definindo sua finalidade ou objetivos, estrutura organizacional, requisitos, competências, atribuições e normatizações (COFEN, 2018). Trata-se de um ato normativo aprovado pela administração superior da Instituição, com caráter flexível e que contém diretrizes básicas para o funcionamento do serviço (KURCGANT, 2010). Configura-se como um instrumento administrativo com valor tanto no aspecto gerencial quanto no assitencial (BORGES, OLVERA, SÁAR, 2004) que direciona e disciplina o Serviço de Enfermagem (COREN-MG, 2010). Além disso, o Regimento Interno se destaca pelo seu poder legal e por sua capacidade agregadora à tomada de decisões administrativas, sendo obrigatório à organização de todos os Serviços de Enfermagem e deve ser institucionalmente formalizado (COFEN, 2016a). Deve, ainda, expressar a missão institucional, as características da clientela a ser assistida, bem como a disponibilidade e organização dos recursos humanos e materiais (COREN-MG, 2010). As orientações para elaboração, validação e implementação do Regimento Interno do Serviço de Enfermagem estão disponíveis no Manual de Elaboração do Regimento Interno do Serviço de Enfermagem do Coren-MG, disponível em https://www.corenmg.gov.br/modelos-de-documentos/. 2. PROTOCOLOS Protocolos clínicos são instrumentos que ampliam a prática clínica do enfermeiro fornecendo subsídios de maneira sistemática e prática para as condutas e tomadas de decisão em situações de prevenção, recuperação ou reabilitação da saúde, baseando-se em evidências cientificas e na garantia de qualidade. (CATUNDA et al. 2017; KAHL et al. 2017). De acordo com o Ministério da Saúde (2008), o protocolo clínico deve ser delineado para ser utilizado tanto no nível ambulatorial como hospitalar. A utilização dos protocolos propicia maior segurança ao usuário e ao profissional, norteia, organiza e padroniza os cuidados de saúde prestados, reduz a diversidade nas formas de cuidado, incorpora novas tecnologias, fornece amparo técnico-cientifico legal e ético das ações através do consenso da equipe de saúde da instituição e padronizando toda ação da equipe multidisciplinar promove uma linha de cuidado (FIGUEIREDO, 2018; GAMA, 2018; KAHL et al., 2017). Cada instituição pode elaborar o seu protocolo clínico. A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) possui diversos protocolos clínicos, como por exemplo, protocolo clínicos para sepse e choque séptico, pré-eclâmpsia, intubação em sequência rápida na pediatria, tratamento primário para fraturar expostas e entre outros que estão disponíveis no link: http://www.fhemig.mg.gov.br/acesso-rapido/protocolos-clinicos. O protocolo clínico se difere de outros instrumentos por se tratar de um instrumento abrangente, já o Procedimento Operacional Padrão (POP) é um documento detalhado, que apresenta cada passo de uma determinada ação, por exemplo, o protocolo de sepse abrange todas as ações para se intervir em um paciente com Sepse, e o POP irá contemplar sobre administração de antibióticos. 3. NORMAS E ROTINAS Normas e rotinas são documentos que formalizam as atividades que devem ser realizadas pelos profissionais de enfermagem em seu cotidiano (FELIX, 2013). Seguem alguns exemplos: - Atividades do enfermeiro na supervisão de enfermagem da hemodiálise; - Atividades do enfermeiro no Centro de Terapia Intensiva; - Rotina de organização da sala de vacina; - Manual da sala de curativos; A padronização de normas e rotinas se faz imprescindível para a organização dos serviços de enfermagem e garantia de execução das atividades e processos com qualidade e segurança e esta se constitui uma importantíssima ferramenta gerencial (ALMEIDA et al. 2011). As normas e rotinas são descrições de cunho geral, que muitas vezes podem estar descritas em outros documentos, como “regimento” ou “descrição de cargos”. Cada instituição pode ter um documento de referência com uma nomenclatura diferente. O mais importante não é o nome do instrumento, mas que as informações pertinentes estejam disponíveis para os profissionais de enfermagem (ANDRADE, 1975). Cada atividade descrita no manual de normas e rotinas pode ser descrita em um POP, que é mais detalhado e instrui como realizar a atividade passo a passo, conforme descrito abaixo. 4. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO O Procedimento Operacional Padrão (POP), é a nomenclatura de maior conhecimento e uso nas organizações de saúde. Trata-se de um documento final e elementar do processo de padronização e descreve o passo a passo crítico de uma determinada atividade ou processo que deverá ser executado na operação para garantir o resultado esperado (NOGUEIRA, 2014). Outros nomes comumente encontrados para a padronização de tarefas são: instruções normativas de trabalho (INT); procedimento sistêmico (PRS); dentre outros. A padronização deve ser originada da necessidade da equipe de trabalho, ou seja, as pessoas que irão utilizar a norma ou rotina no dia a dia devem levantar a necessidade de elaborar e implementar o padrão e devem participar na sua elaboração, validação e aplicação prática, o que corrobora com o comprometimento de todos no cumprimento. Evidencia-se que padronização impostas tem pouca chance de serem praticadas, portanto, os POP’s devem ser frutos de consenso (PEREIRA, 2017). Importante que sejam sucintos e redigidos em linguagem clara, baseados em conhecimento técnico científico. Para procedimentos e atividades mais complexas, se faz interessante utilização de figuras, imagens, tabelas, que facilitem a compreensão da equipe. Alguns hospitais do Brasil têm alcançado grande êxito padronizando tarefas da enfermagem por meio de vídeos e incorporação tecnológica (HONÓRIO; CAETANO; ALMEIDA, 2011; GUERRERO, BECCARIA; TREVIZAN, 2008). Cada organização pode estabelecer modelos de documentos padronizados, em formato específico, para que possam ser facilmente identificados no processo de gestão e qualidade. Diante da necessidade de elaboração de padronizações, é importante considerar no modelo dodocumento numeração, data de elaboração, revisão, validação e implementação; Título; Nome das pessoas que elaboraram e validaram o documento – a validação sempre deve ocorrer por profissional de uma instância superior a que elaborou e é necessário que o serviço de controle de infecção hospitalar participe na revisão de todas as normas e rotinas do serviço de enfermagem; Deve obedecer às legislações vigentes que normatizam a atividade descrita; Resultados esperados com a realização da atividade ou tarefa; Descrição dos materiais necessários; Descrição das principais atividades - pode ser utilizado texto, imagens, figuras, fluxogramas dentre outros instrumentos para descrever a atividade, norma ou rotina; Descrição de ações a serem tomadas frente riscos da atividade e não conformidades ocorridas; Cuidados a serem tomados na execução da tarefa (NOGUEIRA, 2014). A utilização de padrões é uma metodologia de uniformizar, reduzir riscos de falhas e possibilitar que os profissionais tenham segurança técnica e administrativa na execução do seu trabalho, garantindo a manutenção da qualidade dos serviços realizados pela equipe de enfermagem e impedindo que as condutas individuais interfiram no resultado assistencial (PEREIRA, 2017). A padronização do trabalho por meio de procedimentos possibilitará aos profissionais segurança e assertividade no cumprimento de suas tarefas, ou seja, “fazer a coisa certa, do jeito certo, da primeira vez e em todas as vezes”. A exemplo referencia-se a atividade de administração de medicamentos endovenosos. É necessária a padronização da atividade, ou seja, o método de como o profissional de enfermagem deve realizar o preparo e administração de um medicamento endovenoso. O profissional deve ser capacitado no padrão da atividade para executá-lo conforme a especificidade de cada paciente, de forma segura e com qualidade assistencial (NOGUEIRA, 2014). Um POP deve ser um documento autoexplicativo. O POP pode ser considerado validado quando um profissional consegue realizar a atividade apenas seguindo a instrução nele descrita. Por isso, é importante que o POP seja simples, de fácil entendimento, tenha todas as informações necessárias para a execução e nenhuma informação a mais, pois estas podem dificultar a realização efetiva do procedimento. Exemplos de títulos de POP: - Admissão do paciente na hemodiálise; - Sondagem vesical de alívio; - Controle da temperatura da geladeira de vacinas. Um modelo de POP estará disponível no ‘’Manual de Educação para Profissionais de Enfermagem do Coren-MG’’. 5. INSTRUMENTOS ADMINISTRATIVOS E METODOLOGIAS NECESSÁRIAS PARA ESTRUTURAÇÃO DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM PELO ENFERMEIRO RT Os itens VIII e IX da Resolução Cofen n° 509/2016 citam “outros” e “demais instrumentos administrativos de Enfermagem”. Abaixo elencam-se alguns desses instrumentos relativos ao gerenciamento dos processos de trabalho da enfermagem e que poderão ser verificados durante visita de fiscalização. ● Escalas de trabalho; ● Registros de passagem de plantão; ● Registros de troca de plantão; ● Registro dos remanejamentos; ● Registro do abandono de plantão; ● Aplicação de medidas administrativas disciplinares; ● Livro administrativo para registro para anotações de intercorrências; ● Livros de registros de protocolos diversos; ● Ficha funcional dos profissionais de enfermagem; ● Dentre outros instrumentos necessários para que a organização do serviço de enfermagem, dos processos de trabalho e seu controle/ monitoramento. 5.1. Escalas de trabalho A distribuição de pessoal de enfermagem é uma atividade complexa, que dispende tempo e requer conhecimentos relativos às necessidades da clientela, às características da equipe, à dinâmica da unidade e às leis trabalhistas. Recomenda-se que as escalas levem em consideração a capacitação do profissional e o seu desempenho técnico, a fim de garantir uma assistência segura ao paciente. Podem ser utilizadas vários tipos de escalas, para auxiliar na organização do serviço de enfermagem, como por exemplo: ● Escala de serviço ou mensal; ● Escala diária ou de atribuições; ● Escala de férias ou anual., Importante considerar que na elaboração desses registros e sua implementação, é necessário que o profissional de enfermagem elaborador assine, date e carimbe, validando assim o documento. Recomenda-se que as escalas sejam afixadas e divulgadas em local determinado e de fácil acesso pelos profissionais, em tempo hábil. Outra recomendação importante, é que não conste na escala profissionais que não sejam da enfermagem, tais como: porteiro; secretárias de ala; doulas; cuidadores; profissionais de outras categorias (fisioterapia; fonoaudiologia; medicina; biólogos). Mesmo que algum desses profissionais responda administrativamente ao enfermeiro, sua escala deverá ser realizada à parte. 5.1.1. Escalas de Serviço ou Escala mensal Segundo a Resolução Cofen n° 518/2016, o enfermeiro responsável deve “elaborar e encaminhar a escala do serviço de enfermagem por setor e por categoria profissional constando nome da instituição, local de atuação, turno, nome completo dos profissionais de enfermagem, número da inscrição do Coren e sua respectiva categoria, legenda das siglas utilizadas, estar afixada em local visível e período de abrangência com assinatura do enfermeiro responsável”. Normalmente essa escala é mensal, mas devido especificidades dos serviços, pode ser de periodicidade maior ou menor. A equipe de enfermagem é distribuída de acordo com as cargas horárias e jornadas padronizadas pela instituição. Esta escala se refere à distribuição dos profissionais da equipe de enfermagem em uma unidade, durante todos os dias do mês, de acordo com os turnos de trabalho (manhã, tarde e noite). A escala mensal pode também ser chamada de escala de pessoal e de escala de folgas, pois é nela em que são registradas as folgas, férias e licenças da equipe. Se utilizar siglas, é necessário colocar o significado na legenda da tabela, como por exemplo: P- Presença em todas as datas referentes aos plantões e noturnos; F- Férias quando o profissional estiver de férias. LM – Licença Maternidade quando profissionais se enquadrarem neste tipo de licença; FE – Feriado para os profissionais que não trabalham aos feriados; AT – Afastamento/ Atestado, para profissionais afastados pelo INSS, com atestados inferiores há 15 dias; FO – Folga planejada, para profissionais que possuem horas na instituição e diante acordo de folga com a chefia imediata; D - Descanso –campos relacionados ao descanso remunerado. Não devem ser deixados campos em branco na escala. Os atestados médicos pontuais apresentados pelos profissionais de enfermagem devem ser registrados na escala real (planejada x executada) e contabilizados em livros ou controles administrativos, a fim de serem utilizados no cálculo do absenteísmo, índice de segurança técnica e dimensionamento de pessoal. Um modelo de escala mensal estará disponível no apêndice 2. 5.1.2 Escala diária ou Escala de atribuições A escala diária também pode ser denominada escala de atividades ou atribuições. Esta escala tem por objetivo dividir as funções de enfermagem diariamente de maneira equitativa entre os funcionários, a fim de garantir a assistência e evitar a sobrecarga de alguns profissionais e ociosidade de outros. Nesta escala são divididos os serviços assistenciais (por leito, por paciente, por enfermaria ou outro) e as atividades de apoio ou administrativas (expurgo, buscar materiais, realizar pedidos de almoxarifado, desinfecção do posto de enfermagem, transporte, dentre outras). A distribuição de tarefas pode ser feita baseada nos Métodos de Prestação de Cuidados em uma unidade, sendo: a) o método integral a designação de um ou mais pacientes a um técnico (a) /enfermeira (o), que dará todo o atendimento a esses pacientes durante umturno de serviço; b) o método de trabalho em equipe, em que há a designação de um grupo formado por alguns funcionários da equipe de enfermagem, a fim de prestar todo o atendimento durante um turno de serviço; c) o método funcional, em que ocorre a distribuição do atendimento, de acordo com as tarefas, às várias categorias do pessoal de enfermagem. É de responsabilidade dos enfermeiros a verificação diária da escala de atividades e a redistribuição dos pacientes e tarefas sempre que necessário. A divisão de pacientes por profissional deve considerar o perfil de complexidade, utilizando os sistemas de classificação de pacientes (Escala de Fugulin, NAS, TISS, Perroca, Dini, Martins, dentre outros), taxa de ocupação do setor, taxa de absenteísmo do dia e necessidade de remanejamentos para outras unidades. O enfermeiro possui autonomia para a prática de remanejamentos devendo avaliar as condições e competências do profissional a ser remanejado, do setor que será designado e estabelecer uma postura assertiva para que o processo ocorra de forma tranqüila. Diante de recusas, o enfermeiro pode avaliar aplicação de medidas disciplinares administrativas, conforme definido na instituição, e de forma individualizada, se couber e houver necessidade. A realização de escalas de trabalho e de serviço é uma atividade privativa do profissional enfermeiro, não cabendo à equipe de enfermagem de nível médio ou profissionais de outras categorias. Todos os serviços devem possuir escalas, mesmo aqueles em que há repetição de tarefas ou de equipes ao longo dos meses ou ano, a fim de se deixar sempre formalizada a divisão de tarefas, dias de trabalho e outras informações que se façam necessárias. 5.1.3. Escala de Férias ou Anual A escala de férias ou anual prevê que as férias sejam distribuídas de forma racional, para planejamento seguro da assistência no próximo ano do serviço. A escala de férias deve considerar os aspectos da legislação trabalhista brasileira, o tempo de serviço do profissional e o período de gozo de férias, conforme informações repassadas ao enfermeiro responsável pelo gestor, setor de recursos humanos, departamento pessoal ou secretaria, conforme fluxo institucional. É papel do enfermeiro considerar as necessidades do serviço (número mínimo de profissionais necessários; períodos de sazonalidade) e dos pacientes atendidos no serviço. A escala de férias deve observar o número de feristas disponíveis, assegurando a continuidade da assistência com qualidade e segurança. O enfermeiro pode considerar as solicitações e necessidades pessoais dos profissionais de enfermagem, visando a satisfação de todos e um clima organizacional agradável. Após validação do enfermeiro responsável, as escalas podem ser afixadas nos setores para que toda equipe possa planejar sua vida profissional e pessoal. Em caso de necessidade de troca de férias entre profissionais ou por necessidade da instituição, o enfermeiro responsável pode estudar a viabilidade analisando as condições do serviço e os critérios de férias da instituição. 5.2. Registros da Passagem de Plantão A passagem de plantão é uma prática consagrada, importante e imprescindível para a continuidade de uma assistência de enfermagem segura aos pacientes e configura-se como uma das estratégias para organização do serviço de enfermagem. A passagem de plantão é uma forma de comunicação entre a equipe que, se realizada de forma eficaz, pode auxiliar na garantia da segurança do paciente (BRASIL, 2013). Na passagem de plantão acontece a transmissão de informações entre os profissionais que, terminam e os que iniciam o período de trabalho. É apresentado o estado atual de saúde dos pacientes, os tratamentos planejados, a assistência prestada no plantão, intercorrências, pendências e situações referentes a fatos específicos da unidade. Neste processo pode-se adotar várias formas de comunicação, verbais ou escritas, destacando-se a verbal como mais comum (SIQUEIRA, KURCGANT, 2005). O Enfermeiro responsável deverá estruturar o processo de passagem de plantão, de forma que garanta a continuidade segura da assistência ao paciente. Recomenda-se que a passagem de plantão ocorra em local adequado, no posto de trabalho ou beira-leito, entre profissionais da mesma categoria (técnicos para técnicos, enfermeiros para enfermeiros) ou da categoria do profissional para uma categoria de nível superior (auxiliar e técnico de enfermagem para enfermeiro) (PERUZZI et al. 2019). A não realização da passagem de plantão poderá vir a ser caracterizada como abandono de plantão, estando o profissional negligente passível de sofrer medidas administrativas (conforme disposto em regimento), éticas e disciplinares, se houver dano comprovado ao paciente e após julgamento ético. Torna-se mister ponderar, que as informações repassadas na passagem de plantão são úteis para que os profissionais tenham uma noção geral do quadro de todos os pacientes e as atividades mais críticas a serem priorizadas, mas não excluem a obrigatoriedade de estarem descritas em prontuário, de forma a assegurar que o profissional que esteja prestando a assistência tenha onde consultar os dados referentes ao paciente sempre que necessário (COFEN, 2012). A passagem de plantão de forma escrita, como por exemplo, livros de passagem de plantão, podem ser consideradas como formais, desde que o livro possua ata de abertura, páginas numeradas, seja de conhecimento de toda a equipe, que os registros sejam procedidos de assinatura e carimbo, sem rasurar e sem saltar linhas ou deixar espaços em branco. A passagem de plantão em formulários soltos, papéis sem padrão e sem assinatura, não possuem valor legal. 5.3. Registro do Remanejamento dos Profissionais de Enfermagem O remanejamento dos profissionais de enfermagem dentro do serviço de saúde é uma estratégia de trabalho que visa a redistribuição da carga de trabalho através do equilíbrio da relação pacientes / profissionais. O ato de remanejar visa a otimização dos processos de trabalho, o tratamento de ociosidades que ocorrem por suspensão de serviços e sazonalidades e diante da imprevisibilidade de insuficiência de profissionais devido faltas e ausências programadas ou não programadas (QUINTES et al. 2017). No âmbito da equipe de enfermagem, o profissional que possui competência para a realização de remanejamentos é o enfermeiro, visto que a ele compete privativamente: a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública ou privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem; b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de enfermagem (BRASIL, 1987). No cumprimento de suas atividades, caberá ao enfermeiro organizar e planejar o trabalho de toda a equipe de enfermagem de sua responsabilidade, assegurando ao paciente, à família, pessoa e coletividade uma assistência de enfermagem livre de danos por negligência, imprudência ou imperícia (COFEN, 2017). Diante deste contexto, o enfermeiro responsável deve buscar ferramentas adequadas para mensurar a carga de trabalho e redistribuir os profissionais de enfermagem nas escalas. Uma forma de realizar o remanejamento responsável dos profissionais de enfermagem é utilizando o sistema de classificação do paciente, distribuindo diariamente a escala assistencial. Tal instrumento deverá ser aplicado pelo enfermeiro não possuindo os profissionais de nível médio respaldo legal para avaliar e planejar a assistência de enfermagem (FUGULIN, 2005). Muitos serviços instituem uma escala de remanejamento que estabelece qual profissional é o próximo a ser remanejado em caso de necessidade. Não há impedimento para que isso seja realizado, desde que seja consideradaa competência técnica e experiência do profissional. Conforme o novo de Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resolução Cofen nº 564/2017, é dever do profissional de enfermagem: Art. 45 Prestar assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência. Art. 55 Aprimorar os conhecimentos técnico-científicos, ético-políticos, socioeducativos e culturais, em benefício da pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da profissão. Art. 59 Somente aceitar encargos ou atribuições quando se julgar técnica, científica e legalmente apto para o desempenho seguro para si e para outrem” (COFEN, 2017). E proibido: Art. 76 Negar assistência de enfermagem em situações de urgência, emergência, epidemia, desastre e catástrofe, desde que não ofereça risco a integridade física do profissional” (COFEN, 2017). Embora o profissional de enfermagem possua direito de recusar-se a realizar atribuições ou procedimentos que não se considere apto a desempenhar, o profissional deve ter consciência das atribuições que pode realizar, dentro da sua competência, para que não seja configurada negligência. Também é de responsabilidade do profissional aprimorar seus conhecimentos, solicitar capacitações ao responsável pelo serviço e, em caso de recusa, ter os motivos muito bem fundamentados, para que não seja responsabilidade posteriormente em caso de procedimento ético. Acrescenta-se que não há impedimento para que o profissional de enfermagem seja remanejado para setores que não tenha tido experiência prévia, desde que ele realize atividades de rotina ou que já tenha executado anteriormente com segurança. Por exemplo, um técnico de enfermagem pode ser remanejado de uma unidade de internação adulta para um centro de terapia intensiva adulto (ou outra), desde que realize as atividades que já possua destreza e conhecimento, devendo ser supervisionado pelo enfermeiro e seja acordado com os demais profissionais a realização das atividades que ainda não possua experiência, podendo inclusive responsabilizar-se por atividades administrativas ou de rotina como busca de medicamentos na farmácia, limpeza de materiais e equipamentos, dentre outras. Ressalta-se, no entanto, que a condição ideal é que o serviço possua índice de segurança técnica e profissionais de enfermagem capacitados e com experiência para serem remanejados para os setores de maior criticidade. Os profissionais de nível médio devem acatar o remanejamento realizado pelo Enfermeiro, pois é ele o profissional legalmente habilitado para organizar o serviço de enfermagem. Os profissionais enfermeiros devem acatar o remanejamento realizado pelo enfermeiro responsável pelo serviço de enfermagem da instituição. 5.4. Registro do Abandono de Plantão Recomenda-se, conforme parecer do Coren-MG, nº 12 de 19 de Outubro de 2016, que seja estabelecido em Regimento Interno, protocolo ou norma e rotinas do serviço os procedimentos que configuram abandono de plantão e quais as penalidades administrativas. Deve estar atualizado e disponível para a equipe de enfermagem. O abandono de plantão pode acarretar danos aos pacientes e poderá ser julgado eticamente pelo Conselho de Enfermagem, a quem cabe aplicar as penalidades éticas, caso seja configurado negligência (COREN-MG, 2016). 5.5 Aplicação de Medidas Administrativas e Disciplinares O serviço de saúde possui autonomia para o estabelecimento de critérios e medidas administrativas a serem implantadas em caso de não cumprimento das normas institucionais. O enfermeiro responsável poderá participar de sua elaboração e implantação e da capacitação de todos os profissionais de enfermagem, objetivando empoderamento em relação à política de direitos, deveres e consequências diante do descumprimento de normas internas e do regimento do serviço de enfermagem. Tais medidas podem estar descritas dentro do próprio regimento de enfermagem. Alguns critérios encontrados na literatura para elaboração de medidas administrativas: Deve ser estabelecido por uma autoridade reconhecida, como, por exemplo, gestor de recursos humanos, área jurídica considerando as legislações vigentes; ● Deve-se considerar o público alvo na escolha da linguagem; ● Estabelecer a conduta desejada e prever as possíveis penalidades em conformidade com as rotinas estabelecidas por meio de procedimentos operacionais padrão; ● Deve constar no Regimento Interno do Serviço de Enfermagem, selecionar os meios de divulgação e garantir que todos da equipe tenha conhecimento; ● Deve ser flexível permitindo o raciocínio e iniciativa em conformidade com tipo de comportamento e técnica infringida; ● Deve estar sujeito a contínua revisão e atualização. O Enfermeiro responsável poderá validar juntamente com a administração do serviço, o escalonamento de aplicação de medidas. É comum ser escalonado da seguinte forma: ● 1ª medida: Advertência verbal com registro em ficha funcional; ● 2ª e 3ª medidas: Advertência escrita; ● 4ª e 5ª medidas: Suspensão do trabalho; ● 6ª medida: Demissão por justa causa. Tal definição independe de aprovação pelo Conselho e difere das penalidades éticas, que só podem ser aplicadas após julgamento ético, conforme Resolução Cofen n° 370/2010. Portanto, a descrição da penalidade administrativa não é a mesma que está contida no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE), Resolução Cofen n° 564/2017. 5.6. Registro das trocas de plantão A normatização de troca de plantão é uma regulamentação administrativa e poderá ser formalizada pelo enfermeiro responsável dentro do Regimento Interno. Sugere-se que as trocas de plantão ocorram entre atividades, setores e cargas horárias compatíveis, devendo ser previamente autorizadas por enfermeiro do serviço. O enfermeiro responsável deverá analisar a troca de plantão perante a necessidade assistencial e a segurança do paciente, evitando que o profissional realize longas jornadas, que podem culminar em erros. Conforme Parecer Técnico Cofen n° 53/2018, Entende-se legítimo jornadas de 24 (Vinte e Quatro) horas, em regime de plantões, para os profissionais de enfermagem, condicionado ao descanso posterior, não sendo favorável a continuidade por mais um turno. Salienta-se que sejam os profissionais de enfermagem orientados quanto à acumulação legal, respeitando o descanso mínimo razoável (COFEN, 2018). Por se tratar de assunto da esfera trabalhista, informa-se apenas que não há Lei que impeça ou possibilite a troca de plantão, devendo os profissionais buscarem maiores informações nos sindicatos ou Ministério do Trabalho. O profissional que solicitou a substituição deve atentar-se em documentar a sua substituição, inclusive com a ciência do empregador para evitar penalidade ou denuncia por falta ao plantão. O enfermeiro responsável também deve manter o registro das trocas de plantão autorizadas, caso necessário comprovação futura. 5.7. Livro administrativo para registro para anotações de intercorrências; Todos os registros referentes à assistência devem constar em prontuário. No entanto, a Resolução Cofen n° 429/2012, cita em seu artigo 3° que Relativo ao gerenciamento dos processos de trabalho, devem ser registradas, em documentos próprios da Enfermagem, as informações imprescindíveis sobre as condições ambientais e recursos humanos e materiais, visando à produção de um resultado esperado – um cuidado de Enfermagem digno, sensível, competente e resolutivo” (COFEN, 2012). Desta forma, livros de anotações (que não excluem a obrigatoriedade de anotação em prontuário) devem ser formalmente instaurados, possuírem ata de abertura, páginas numeradas, registros procedidos de carimbo, assinatura, não ter rasuras ou espaços em branco. 5.8. Livros de registros de protocolos diversos; O enfermeiro responsável poderá instituir registros em livros de protocolos visandoa segurança do profissional nos seus processos de trabalho. Por exemplo, quando da entrega de uma peça anatômica ao laboratório de análises patológicas; entrega de pertences pessoais ao paciente durante o processo de alta e outros. 5.9. Ficha funcional dos profissionais de enfermagem O enfermeiro responsável deve registrar todas as informações referentes às orientações prestadas ao profissional de enfermagem, assim como os treinamentos por ele realizados e outras anotações que se façam necessárias a fim de acompanhar o desenvolvimento do profissional e atendimento às normas técnicas e administrativas da instituição. Para o enfermeiro responsável trata-se de uma forma de evitar que informações importantes sejam esquecidas por ambos, podendo solicitar assinatura do profissional ao final de cada registro. O registro em ficha funcional está relacionado à avaliação de desempenho técnico, item da Resolução Cofen n° 509/2018. XI. Colaborar com as atividades da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH), Serviço de Educação Continuada e demais comissões instituídas na empresa/instituição; Comissões, comitês ou equipes obrigatórias e de apoio à assistência são compostas por profissionais multidisciplinares, cujas responsabilidades variam conforme suas especificidades. São criadas com intuito de contribuir com processos críticos da organização de saúde e atendimento à requisitos legais e legislações que normatizam sua obrigatoriedade e funcionamento (COFEN, 2018). Seus objetivos são a preservação da vida, a promoção da saúde das pessoas e do ambiente, a melhoria de processos, a humanização, a segurança e o desenvolvimento, para que a organização possa oferecer, cada vez mais, serviços de saúde de qualidade. O enfermeiro responsável deve colaborar com as comissões institucionais garantindo que profissionais de enfermagem participem efetivamente das reuniões periódicas. Isso é importante para inserir a enfermagem nos diversos contextos das instituições de saúde. A enfermagem vem ocupando papel de destaque na maioria das instituições de saúde, a partir de liderança de muitas comissões obrigatórias, que normatizam, monitoram e possibilitam melhoria contínua nos processos de trabalho da assistência. Os critérios para participação da enfermagem em comissões são estabelecidos conforme as legislações vigentes. É obrigatória a participação de profissional enfermeiro na comissão de óbitos conforme normatiza o artigo 4ª da Resolução n º 2.171, de 30 de outubro de 2017, por exemplo. Segue lista de comissões obrigatórias e de apoio à assistência e as respectivas legislações de referência, para conhecimento do enfermeiro responsável pelo serviço de enfermagem: ● Comissão de Óbitos: Resolução CFM nº 2.171, de 30 de Outubro de 2017; ● Comissão de Revisão de Prontuários: Resolução CFM nº 1.638/2002; Resolução CFM nº 1.821/2007; ● Comissão de Ética em Enfermagem: Resolução Cofen nº 593/2018; ● Comissão de Controle de Infecção Hospitalar: Portaria nº 2616, de 12 de Maio de 1998; ● Comissão de Farmácia Terapêutica: Portaria nº 4.283, de 30 de Dezembro de 2010. XII. Zelar pelo cumprimento das atividades privativas da Enfermagem; O enfermeiro responsável deve conhecer a legislação do exercício da profissão e garantir que cuidados de enfermagem sejam executados apenas por profissionais que detenham o conhecimento técnico-científico necessário, a fim de resguardar a segurança do paciente. Nos documentos formalizados pela instituição, o enfermeiro deve garantir que fique claro a quem compete realizar cada atividade. No procedimento de sondagem vesical de demora, por exemplo, deve estar claramente descrito que quem realiza a atividade é o enfermeiro e que o técnico e auxiliar de enfermagem podem auxiliar o enfermeiro como circulantes/ instrumentadores, no posicionamento do paciente, no pós procedimento, dentre outras atividades. Isso também deve estar claro nos treinamentos e nos fluxos institucionais, para que o profissional não tenha dúvida e não realize atividades que não possua perícia. O enfermeiro responsável deve reconhecer como atividade privativa da enfermagem o cuidado, buscando formas de garantir que a sua prescrição seja realizada sempre por enfermeiro. O enfermeiro deve possuir identidade bem delimitada e se empoderar do processo de enfermagem, não permitindo que outros profissionais assumam seu papel. O enfermeiro responsável deve organizar o serviço de forma a delimitar o papel de cuidadores, acompanhantes, doulas e outros profissionais, para que não realizem atividades que são de competência da enfermagem. Segundo a Lei Federal nº 7.498/86, regulamentada pelo Decreto nº 94.406/87, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, o Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem, cabendo-lhe privativamente: a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade de Enfermagem; b) organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de Enfermagem; h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de Enfermagem; i) consulta de Enfermagem; j) prescrição da assistência de Enfermagem; l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida; m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas” (BRASIL, 1986). Essas são as atividades privativas determinadas por lei, no entanto alguns trechos não são totalmente claros, como por exemplo: “cuidados de maior complexidade técnica”. Que cuidados seriam esses? Somente o Conselho Federal de Enfermagem pode determinar aos profissionais de Enfermagem outras orientações ou restrições. Desta forma, também são consideradas atividades privativas do Enfermeiro: Punção arterial – Resolução Cofen nº 390/2011; Acesso venoso umbilical – Resolução Cofen nº 388/2011; Sondagem vesical – Resolução Cofen nº 450/2013; Sondagem nasoentérica para fins de nutrição – Resolução Cofen nº 453/2014; Aspiração de vias aéreas de pacientes graves, submetidos a intubação orotraqueal ou traqueostomia, ou não submetidos a respiração artificial, em unidades de emergência, de internação intensiva, semi intensivas ou intermediárias, ou demais unidades da assistência – Resolução Cofen nº 557/2017; Aspiração de vias aéreas de pacientes graves, submetidos a intubação orotraqueal ou traqueostomia, ou não submetidos a respiração artificial, em unidades de emergência, de internação intensiva, semi intensivas ou intermediárias, ou demais unidades da assistência - – Resolução Cofen nº 569/2018; Classificação de riscos – Resolução Cofen nº 423/2012; Receber prescrição médica à distância – Resolução Cofen nº 487/2015; Atendimento Pré-Hospitalar Móvel e Inter-Hospitalar em Aeronaves de asa fixa e rotativa - Resolução Cofen n°551/2017; Debridamento – Resolução Cofen n° 567/2018; Atendimento Pré-Hospitalar Móvel e Inter-Hospitalar em Aeronaves de asa fixa e rotativa - Resolução Cofen n° 551/2018; Enucleação do globo ocular e planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar os procedimentos de enfermagem prestados tanto ao doador como ao receptor, bem como a assistência no perioperatório – Resolução Cofen n°611/2019; Sondagem oro/nasoenteral – Resolução Cofen n° 619/2019; Montagem, testagem e instalação de aparelhos de ventilação mecânica invasiva e não-invasiva em pacientes adultos, pediátricos e neonatos. Monitorização, checagem de alarmes, ajuste inicial e o manejo dos parâmetros - Resolução Cofen n°
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