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OXIGENOTERAPIA • Conceito: consiste na administração de oxigênio em concentrações maiores do que a encontrada no ar ambiente, com o intuito de prevenir ou tratar as manifestações clínicas da hipóxia para manter uma adequada oxigenação tecidual e minimizar o trabalho que a hipoxemia gera no sistema cardiopulmonar. • Histórico: ✓Descrito para fins terapêuticos desde o início do século XIX; ✓Nas décadas de 1920 e 1930, foi estabelecido o uso rotineiro do oxigênio para situações agudas; ✓Na década de 1970, relatou-se a diminuição da mortalidade em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) de acordo com os controles. • Efeitos colaterais Introdução: ✓Quando administrado em altas concentrações ou por tempo prolongado, o oxigênio pode causar lesões pulmonares e sistêmicas por hiperóxia (Pa02≥ 120 mmHg); ✓A hiperóxia pode causar lesões histopatológicas, induzir fibrose intersticial, atelectasia, traqueobronquite, quebra de proteína alveolares e aumento de radicais livres em vários órgãos. ✓lesões traqueobrônquicas causadas pelo oxigênio são designadas pelo termo toxicidade do oxigênio; ✓A administração de oxigênio sob alta concentração pode perpetuar a lesão pulmonar em alguns pacientes. ✓A oxigenação arterial supranormal também está relacionada com uma série de respostas cardiovasculares, como redução do volume sistólico e do débito cardíaco, aumento da resistência vascular periférica, vasoconstrição da artéria coronária e redução do fluxo sanguíneo coronário, o que pode ser indesejável em pacientes criticamente doentes; ✓Um corpo crescente de evidências clínicas aponta para os efeitos negativos potenciais do uso de altas concentrações de oxigênio em situações clínicas para as quais os ensinamentos clássicos e a intuição fisiológica sugerem somente respostas benéficas. Situação clínica Evidência Infarto agudo do miocárdio Estudos de revisão sistemática mostram que não há evidência sobre os benefícios da oxigenoterapia versus o ar ambiente; ao contrário, a oxigenoterapia pode estar relacionada ao tamanho da área de infarto e da mortalidade. Isquemia cerebral aguda A oxigenoterapia pode ser benéfica após o evento agudo (nas primeiras horas), mas pode resultar em maior mortalidade em um ano após o evento, se a administração de oxigênio for continuada. Reanimação neonatal Muitos estudos tem demonstrado que o uso de FI02 de 100% durante a reanimação em neonatos humanos pode aumentar a mortalidade, a lesão miocárdica e renal, e até mesmo estar relacionada a um maior risco de leucemia infantil e câncer. Ressuscitação adulta após parada cardíaca (PCR) Em um estudo retrospectivo de coorte com mais de 6.000 pacientes após reanimação por PCR, a hiperoxemia (definida neste estudo por Pa02 ≥ 300 mmHg), foi associada a consequências significativamente piores do que a normoxemia e a hipoxemia (Pa02 < 60). Doentes críticos internados em unidade de terapia intensiva Dados limitados descrevem a relação entre a oxigenação arterial, a morbidade e a mortalidade da pacientes criticamente doentes. A complexidade de separar os efeitos benéficos ou maléficos nesta coorte heterogênea de pacientes torna esta tarefa desafiadora. • Estresse oxidativo: ✓É como se denomina a situação de excesso de radicais livres em comparação com o sistema protetor intrínseco de cada célula; ✓Decorre de um desequilíbrio entre a geração de compostos oxidantes e a atuação dos sistemas de defesa antioxidante; ✓A geração de radicais livres e/ou espécies reativas de oxigênio (ERO) é resultante do metabolismo de oxigênio; ✓A mitocôndria, por meio da cadeia transportadora de elétrons, é a principal fonte geradora dos radicais livres; ✓O sistema de defesa antioxidante tem a função de inibir e/ou reduzir os danos causados pela ação deletéria dos radicais livres e/ou espécies reativas não radicais. O desequilíbrio entre compostos oxidantes e antioxidantes, em favor da geração excessiva de radicais livres conduz a oxidação de biomoléculas e/ou desequilíbrio homeostático, cuja manifestação é o dano oxidativo potencial contra células e tecidos. • Estresse oxidativo – Espécies reativa de oxigênio mais conhecidas Radicalares Não radicalares Hidroxila (0H*- ) Oxigênio (02 ) Superóxido (0*2 - ) Peróxido de Hidrogênio (H202 ) Peroxila (ROO*) Ácido hipocloroso (HOCL) Alcoxila (RO*) • Efeito da toxicidade da hiperóxia nos pulmões: ✓Formação excessiva de ERO, sendo o radical hidroxila e o superóxido os mais frequentemente relacionados com a lesão pulmonar; ✓A ERO pode acarretar ativação e recrutamento de neutrófilos quanto de macrófagos alveolares, com consequente formação de membrana hialina, edema hiperplasia e proliferação de células epiteliais alveolares tipo II; ✓A ER0 ainda pode conduzir à destruição das células epiteliais tipo I, fibrose intersticial e remodelamento vascular pulmonar. • Sistema de defesa contra o estresse oxidativo: ✓Os antioxidante pulmonares podem ser enzimáticos e não enzimáticos e constituem o grande sistema de defesa corporal contra a ERO, pois neutralizam seus efeitos prejudiciais; ✓Os antioxidante não enzimáticos incluem, entre outros, as vitaminas A, C, E e o ácido úrico; ✓A superóxido dismutase (SOD), a catalase e a glutationa são exemplos de antioxidantes enzimáticos. • Atelectasia • Conceito: é o colapso da unidade pulmonares periféricas, com consequente diminuição dos volumes e capacidades pulmonares, sendo mais frequentes em lactentes e recém nascidos. • Classificação da atelectasia: ✓Obstrutiva; ✓Compressiva; ✓Focal ou de adesão (por aumento da tensão superficial); ✓Passiva (padrão ventilatório superficial); ✓Redução na complacência pulmonar (fibrose cística); ✓Absorção • Atelectasia de absorção gasosa: ✓Sua ocorrência depende da mistura de gás que é inalada, ar atmosférico ou oxigênio; ✓Sendo que a taxa de absorção depende da solubilidade do gás; ✓Ar atmosférico, nitrogênio e hélio são absorvidos em 2 a 3 horas; ✓O oxigênio a 100% é reabsorvido em poucos minutos, ocasionando colapso rápido das unidades alveolares em até 6 minutos; ✓É comum em pós-operatório, nos quais são utilizados altas taxas de concentração de oxigênio. • Atelectasia de absorção: ✓A utilização de altas Fi02 promove depleção rápida dos níveis de nitrogênio (N2 ) do organismo, havendo, assim, uma redução da concentração de N2 no gás alveolar; ✓Esse fenômeno produz rapidamente o colapso alveolar, pois o oxigênio se difunde rapidamente para o sangue e o alvéolo perde sua fonte de estabilização; ✓Sendo assim, a pressão gasosa no interior do alvéolo cai progressivamente até que haja colapso. • Fatores que favorecem a atelectasia de absorção: Situação Comentário Inspirações de alta FI02 Queda progressiva do nitrogênio (que é um estabilizador alveolar) Anormalidades do surfactante Promove o colapso alveolar Existências de áreas com baixa V/Q Limita a reposição de oxigênio alveolar Volume corrente baixo Reduz a ventilação alveolar • Retinopatia da prematuridade (RDP) • Conceito: é uma doença vasoproliferativa da retina e de etiologia multifatorial. O espectro clínico da RDP varia de regressão espontânea a deslocamento da retina bilateral e cegueira total (Droga et al; 2017). • Etiologias: prematuridade, oxigenoterapia prolongada e baixo peso ao nascer. • Bebês vulneráveis a retinopatia: ✓Que nasceram antes da 32º semana de gestação; ✓Com baixo peso (menos que 1.500 gramas); ✓Que precisam de tratamento com oxigênio. • Porque a cegueira relacionada a RDP vem aumentando? ✓Aumento nas taxas de nascimento prematuro; ✓Aumento nas taxas de sobrevivência; ✓Falta de uniformidade nos cuidados neonatais; ✓Atrasos no diagnóstico. A prevenção da RDP é reconhecidamente ofertada pelo uso de protocolos rigorosos de oxigênio suplementar, prevenção de sepse e tratamento com laser. – Etiologia: ✓ Vascularização incompleta da retina (em crianças pré-termo); ✓Aumento da Pa02 , os quais promovem vasoconstrição e diminuição dos fatores de crescimento vascular (angiogênese). – Fisiopatologia: ✓Poderá ocorrer interrupção do desenvolvimentovascular e obliteração dos vasos, levando a diminuição da perfusão e isquemia da retina; ✓Angiogênese desorganizada pode ser observada; ✓Finalmente, inflamação, retinopatia proliferativa, fibrose importante e deslocamento da retina; ✓Se a evolução for grave e desfavorável, a cegueira é a complicação final; ✓Ainda não há tratamento para as formas mais graves da doença. Monitoramento do oxigênio ofertado em recém nascido Sp02 tem induzido um falso senso de acurácia e segurança (diversas variáveis interferem em suas medidas) A relação entre Pa02 e Sp02 é perdida sobre altos níveis de Sp02, quando um neonato está respirando oxigênio suplementar (Fi02 > 21%), pois não se sabe (a não ser por gasometria arterial) qual é a real Pa02 desses pacientes Quando um prematuro respira oxigênio suplementar e sua Sp02 está entre 96 e 100%, a Pa02 pode ser muito maior do que 90 mmHg A relação e a predição da Pa02 quando a Sp02 não está elevada são bem mais confiáveis Há uma grande variabilidade de opiniões e práticas: alguns sugerem manter a Sp02 > 90%, outros > 93%, e outros ainda consideram seguros níveis entre 85% e 93% O limite superior da Pa02 recomendado atualmente pela American Academy of Pediatrics é de 80 mmHg • Hipercapnia: ✓Pacientes retentores crônicos de CO2 apresentam piora da acidose respiratória quando recebem oxigênio suplementar suficiente para aumentar a Pa02 acima de 70mmHg; ✓Há pouco tempo esse efeito era atribuído principalmente à redução do estímulo hipóxico em nível dos quimiorreceptores; ✓Na atualidade sabe-se que essa resposta é atribuída sobretudo à piora da relação ventilação/perfusão (V/Q), o que resulta em aumento da relação entre o espaço morto e o volume corrente; • Hipercapnia por desequilíbrio na relação ventilação/perfusão (V/Q): ✓Antes do uso do oxigênio suplementar, áreas de hipóxia alveolar local produzem vasoconstrição hipóxica, desviando o sangue rico em C02 para áreas mais ventiladas; ✓Após o uso do oxigênio suplementar ocorre a reversão da redução da pressão alveolar de oxigênio (PA02 ) e, consequentemente, a vasoconstrição hipóxica; ✓O aumento do fluxo sanguíneo pulmonar para essas áreas pouco ventiladas, porém oxigenadas, favorece o aumento da pressão arterial de gás carbônico (PaCO2 ). • Hipercapnia em pacientes com DPOC por redução da capacidade da hemoglobina em carrear CO2 quando a Sa02 está elevada (efeito Haldane) • Pré-requisitos para o entendimento do efeito Haldane ➢O CO2 é transportado dissolvido no plasma, como bicarbonato e em combinação com proteínas, como os compostos carbamínicos. ➢ O bicarbonato no sangue forma-se a partir da seguinte sequência: C02 + H20 H2C02 H + + HC03 - ➢ O bicarbonato no sangue forma-se a partir da seguinte sequência: C02 + H20 H2C02 H+ + HC03 - Parte do H+ liberado se liga a hemoglobina (Hb): H+ + Hb02 H+ x Hb + 02 Assim, a presença da Hb reduzida no sangue periférico ajuda no carreamento de CO2. • Efeito Bohr: é o fenômeno que descreve a tendência da hemoglobina perder a afinidade pelo oxigênio em ambientes mais ácidos. Este é mais bem observado no sangue na circulação próxima aos tecidos não alveolares, longe das trocas gasosas do pulmão. • Efeito Haldane: é o fenômeno onde a hemoglobina tende a perder afinidade pelo gás carbônico quando há alta concentração de oxigênio no sangue (e viceversa). Este efeito é mais bem observado nos tecidos alveolares, onde há a troca de gases e, portanto, o suprimento de oxigênio é renovado. • Resumo – efeito Haldane: ✓A desoxi- Hb tem mais afinidade pelo CO2 e H+ do que a Hb02; ✓Portanto, a liberação de 02 da Hb nos capilares dos tecidos facilita a captação de CO2 e H+. ➢ Aumento do CO2 e H+ levam ao aumento da liberação de 02 (efeito Bohr) ➢ O 02 liberado leva ao aumento da captação de C02 e H+ pela hemoglobina (efeito Haldane) • Fatores que produzem hipercapnia: ✓Piora da relação V/Q; ✓Efeito Haldane; ✓Atelectasia por absorção; ✓Redução modesta da ventilação alveolar. sistemas de uso • O oxigênio pode ser ofertado para enriquecer a concentração do ar inspirado por meio de dois sistemas: ✓Sistemas de baixo fluxo ✓Sistemas de alto fluxo OBS1: Quando o fluxo de oxigênio for ajustado em valores que variam de 1 a 4l/min, não há necessidade de umidificação suplementar. Entretanto, durante a utilização superiores a esses, o oxigênio deve ser umidificado para evitar o ressecamento das vias aéreas e das secreções traqueobrônquicas. OBS2: Os consensos de oxigenoterapia relatam que o uso da umidificação aumenta os riscos de contaminação. • Sistemas de baixo fluxo: o fluxo inspiratório do paciente frequentemente ultrapassa o liberado pelo sistema, resultando numa diluição aérea. • Sistema de alto fluxo: sempre excede o do paciente e, por essa razão, sempre fornece uma concentração fixa de oxigênio. • Sistemas de baixo fluxo: ✓Administram oxigênio puro (100%) a um fluxo menor que o fluxo inspiratório do paciente; ✓O oxigênio administrado se mistura com o ar inspirado; ✓Como resultado se obtém-se uma fração inspirada de oxigênio (FI02 ) variável, alta ou baixa dependendo do dispositivo utilizado e do volume de ar inspirado pelo paciente; ✓Este sistema é ideal para pacientes com frequências respiratórias menor do que 25 respirações por minuto e com padrão respiratório estável. ✓A FIO2 depende da existência de um reservatório anatômico (cavidade nasal ou oral) ou artificial de oxigênio, do fluxo do gás fornecido, da frequência respiratória, do volume corrente e do volume minuto do paciente. • Modelos de sistemas de baixo fluxo: ✓Cânulas nasais; ✓Máscaras simples; ✓Máscaras com reservatório; ✓Tenda facial; ✓Colar de traqueostomia • Modelos de sistemas de baixo fluxo – Cânulas nasais: ✓São capazes de oferecer uma Fi02 de até 40% com fluxos de até 6l/min para adultos com volume minuto normal; ✓São confortáveis e possibilitam ao paciente falar, tossir e se alimentar durante seu uso; ✓Ocorre variação aproximada (dependendo do padrão respiratório do paciente) de 4% na Fi02 entre cada valor de fluxo ajustado; ✓A utilização de fluxo superiores a 6l/min, nesse sistema, não é indicada, por causa do risco de irritação local e dermatites; ✓A cânula nasal foi adaptada com sucesso para a utilização em cuidados respiratórios perinatal e pediátrica (os fluxos são reduzidos, entre 0,25 e 1l/min) em virtude de um menor volume minuto • Frações inspiradas de 02 aproximada Fluxos L/min Fio2 esperada 1 24% 2 28% 3 32% 4 36% 5 40% • Modelos de sistemas de baixo fluxo – Máscaras simples: ✓Aumentam o reservatório artificial de oxigênio, tornando possível uma maior inalação do gás na inspiração; ✓As máscaras simples apresentam um reservatório de 100 a 200ml de oxigênio, que permite obter uma FI02 de 35 a 45% com fluxos de 5 a 10l/min; ✓Fluxos inferiores a 5l/min aumentam o risco de reinalação de C02 e devem ser evitados; ✓Apresentam pequenos orifícios para que haja a entrada e a saída de gases; ✓O seu emprego a longo prazo pode causar irritações cutâneas e úlceras de pressão; ✓No momento das refeições, a máscara deve ser substituída por cateter nasal para evitar hipoxemia • Modelos de sistemas de baixo fluxo – Máscaras com reservatório: ✓São máscaras acopladas a uma bolsa inflável que armazena oxigênio a 100% na expiração; ✓Na inspiração, o oxigênio é inalado do reservatório; ✓As máscaras podem apresentar sistema de reinalação parcial ou sem reinalação, devendo ser bem ajustada à face do paciente ✓As máscaras com reinalação parcial possibilitam alcançar uma FI02 de 40 a 70% com fluxo de 6 a 10l/min; ✓O fluxo deve ser adequado para garantir que a bolsa seja esvaziada em somente 1/3 do seu conteúdo durante a inspiração, para evitar acúmulo de C02 no sistema; ✓As máscaras sem reinalação utilizam uma válvula unidirecional e devem receber fluxo mínimo de 10l/min, suficiente para evitar o colapso da bolsa durante a inspiração, podendo atingir uma FI02 de 60 a 80% dependendo do padrão ventilatório do paciente; ✓A principal vantagem da máscara sem reinalação sobre a máscara de reinalação parcial é asua possibilidade de alcançar maiores FI02 ; ✓Entretanto ela tem a desvantagem, que é o grande escape de ar quando se atingem altos fluxos ou altos volumes inspiratórios; ✓Esse escape de ar ocorre em torno do corpo da máscara e pela porta de expiração aberta (não valvulada) da máscara. • Modelos de sistemas de baixo fluxo – Tenda facial: ✓Também conhecida como máscara de macronebulização, por ser geralmente conectada a um sistema de macronebulização para umidificação do oxigênio inspirado; ✓Possibilita alcançar uma Fi02 de 21 a 40% (dependendo do tipo de nebulizador) com fluxos de 6 a 15l/min; ✓Assim como na máscara facial simples, fluxos inferiores a 5l/min aumentam o risco de reinalação de C02 e devem ser evitados; ✓A tenda facial é indicada principalmente para pacientes com trauma facial ou para aqueles que não toleram a máscara facial. • Modelos de sistemas de baixo fluxo – Colar de traqueostomia ✓Conhecido como máscara de traqueostomia; ✓Possibilita alcançar um FI02 de 35 a 60% (dependendo do tipo de nebulizador) com fluxos de 6 a 15l/mim; ✓É indicado para paciente traqueostomizados, sendo posicionado diretamente sobre a cânula de traqueostomia. • Sistema de alto fluxo – Máscara de Venturi ✓Esse tipo de fluxo utiliza um alto fluxo de oxigênio, suficiente para exceder o pico de fluxo inspiratório do paciente ✓É possível observar que o ar ambiente é arrastado em volta do jato de oxigênio por orifícios laterais; ✓Essa máscara é utilizada quando se deseja uma concentração de oxigênio mais consistente e previsível, atingindo valores de Fi02 de 24 a 50% com fluxos de 5 a 12 l/min. Sistemas de uso em pediatria •Tendas de oxigênio ✓Deve ter uma mistura de ar comprimido e oxigênio de mínimo 12L/min para evitar a reinalação de C02; ✓São indicadas para crianças pequenas que necessitam de concentrações baixas ou moderadas de oxigênio. • Capacete de oxigênio ✓Fornecem uma mistura de ar comprimido de 02 , com fluxo de 7 a 15l/min; ✓São utilizadas em lactentes que necessitam de suplementação de oxigênio, já que o corpo permanece livre para os cuidados da enfermagem e fisioterapia; ✓As desvantagens desse sistema são a retenção e C02 por reinalação. • Incubadoras ✓São dispositivos que permitem o aquecimento com suplementação de oxigênio e umidificação externa; ✓São indicados para lactentes que necessitam de suplementação de oxigênio e regulação térmica precisa. Ventilação Mecânica Não Invasiva • Conceito: é uma modalidade de ventilação por máscara nasal, facial ou total, que fornece um suporte pressórico ou volumétrico podendo evitar a necessidade de intubação orotraqueal em alguns casos. Oxigenoterapia e Ventilação Mecânica Não Invasiva (VNI) • A VNI, em alguns aparelhos possuem um misturador interno de oxigênio e ar comprimido, isto proporciona uma FI02 ajustada mais confiável; • Os pacientes com hipoxemia refratária ou hipercapnia associada à acidose respiratória e não responsivos aos métodos terapêuticos anteriores devem ser intubados e submetidos à ventilação mecânica invasiva.
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