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MEDICINA 1 Primeiros Socorros Síncope e convulsão Síncope é a perda súbita, breve e transitória da consciência, com ausência de tônus e recuperação espontânea, rápida e completa. São de causas cardíacas e extra cardíacas. O tipo cardiogênico pode ter fatores elétricos ou mecânicos. No tipo neurogênico, os fatores reflexos são predominantes, não sendo encontrados fatores precipitantes externos nas sincopes psicogênicas. Nas sincopes de causas cardíacas decorrentes de fatores elétricos tem como causa bradicardia sinusal (FC menor 40 bpm), taquicardia paroxística (FC maior que 80 bpm), arritmias, bloqueio atrioventricular e síndrome do QT longo. As sincopes por fatores mecânicos tem como causas a estenose aórtico (esforço físico), miocardiopatia e tetralogia de Fallot. As causas não valvulares mais comuns são trombos e tumores; tamponamento cardíacos e dissecção da aorta também. Entre as causas extra cardíacas, a neurogênica é provocada por fatores reflexos: vaso-vagais (neuralgia do glossofaríngeo e reflexo óculo-cardíaco) seio carotídeo (cardioinibitória e vasopressora), ortostatismo (hipotenso). As sincopes psicogênicas ocorrem quando o paciente sente dor, vê sangue ou encontra- se em ambiente quente, hipo ou hiperglicemia, desidratação, por etiologia toxica (antidepressivos triaclicos e drogas hipotensoras ou vasodilatadoras), anoxica (insuficiência respiratória, parada cardiorrespiratória, tomada de choro ou perda de folego, grandes altitudes e hiperventilação) e obstrução (embolia pulmonar, acesso de tosse, instrumento de sopro). Devido a imobilidade que provoca o acumulo de sangue nos MMII, por causa do retorno venoso comprometido é importante elevar as pernas. Convulsão é atividade muscular anormal, associado a alterações comportamento ou inconsciência causada por atividade anormal das células cerebrais. A principal causa é a epilepsia, mas também a hipoglicemia, overdose de cocaína, abstinência alcoólica ou de drogas, meningite, lesões cerebrais: tumores, AVE e TCE, eclampsia e febre alta. A epilepsia não convulsiva pode originar por meio de crises de ausência (a vítima perde o contato com o meio por alguns segundo). Epilepsia complexa parcial: ataques de confusão e perda de relação com o meio. A epilepsia não convulsiva não tem tratamento em PS. Crise convulsiva tipo grande mal, possui sintomas denominado aura, que dura alguns segundos e envolvem sensações como alucinações visuais ou gestativos, geralmente são de curta duração divide em: Fase tônica: dura de 15 a 20 segundos e caracteriza por perda da consciência e contração muscular continua. A contração da musculatura abdominal força o ar pela laringe fechada produzindo um grito. Fase clônica: dura de 30 a 60 segundos. Ocorre alternância entre contrações musculares intensas e relaxamento em rápidas sucessões. Pode haver para MEDICINA 2 respiratória e perda do controle esfincteriano. E, sialorreia (salivação excessiva). O estado pós-comicial ocorre quando cessa as convulsões, no qual ocorre sonolência e desorientação que pode durar 5 a 10 minutos. Avaliar a cena, procura sinais de consumo de drogas ou envenenamento, usar luva, verificar o nível de consciência, tranquilizar o público, não introduzir objetos na boca, não conter a vítima, proteger a cabeça colocando um apoio, aguardar que a crise siga sua evolução natural, afastar a vítima de objetos perigosos, resfriar a criança com toalhas molhadas com temperatura ambiente, abrir vias aéreas após cessação das convulsões, assistir a ventilação como está não retorne após a convulsão, preparar para ocorrência de novos episódios se a vítima não retornar a consciência em 10 minutos. Realizar teste de glicemia capilar, administrar 50ml de glicose hipertônica 50%, caso a glicemia seja menos que 50mg. Após a convulsão não forçar a abertura da boca, observar a respiração, não introduzir objetos na boca da vítima se houver contração da mandíbula preferir cânula nasofaringe, aspirar vias aéreas e não estimular vomito, administrar O2 10-15 l/min sob mascara, tratar lesões sofridas na convulsão, estar preparado para outras convulsões, monitorizar a vítima com oxímetro de pulso, obter sinais vitais e repetir a cada 5minutoss, transportar a vítima mantendo aquecida, não permitir ingestão de líquidos ou sólidos. Levar para hospital. Desobstrução de vias aéreas As causas de obstrução podem ser divididas causas tratáveis e não tratáveis pelo socorrista. Causa tratáveis queda da base da língua, corpos estranhos, vômitos, secreções de sangue. Os mais comuns são queda de língua e corpos estranhos. Os não tratáveis são reações alérgicas graves com edema de glote e infecções de trato respiratório superior com edema. As manobras de abertura da boca devem calcar luvas, verificar inconsciência da vítima, cruzar o polegar e o indicador, colocar o polegar nos incisivos superiores da vítima e o indicador nos inferiores, fazer um movimento de abertura em tesoura com estes dois dedos, efetuar limpeza manual da orofaringe. Para queda de língua deve realizar a inclinação da cabeça e elevação do queixo. Colocar uma das mãos na frente da vítima e a utilizar para inclinar a cabeça para trás. Deslocar a mandíbula para frente com os dedos da outra mão colocando no queixo da vítima. Não fazer essa manobra de lesão de coluna cervical. A vítima apresenta-se agitada, com grave dificuldade respiratória, cianótica, incapaz de tossir, respirar ou falar. Geralmente, evolui para inconsciência e óbito, e a vítima coloca as mãos no pescoço. Caso a vítima emita sons, a obstrução não é completa. Se houver respiração suficiente, a vítima deve ser estimulada a tossir e observar se expeliu o objeto ao mesmo tempo que administra o O2. Se a respiração for ineficaz (tosse fraca, dificuldade respiratória grave) MEDICINA 3 necessita realizar a manobra de Heimbich como se fosse uma obstrução total. Essa manobra tem o objetivo de expulsar o corpo estranho. Em vítimas conscientes abraça a vítima por trás, com seus braços na altura do ponto entre a cicatriz umbilical e o apêndice xifoide, com punho fechado e polegar voltado para dentro. Fazer compressões abdominais sucessivas, direcionadas para cima ate a vítima desobstruir ou perder a consciência. Em gravidade e obesos e lactantes as compressões são feitas no tórax, as principais complicações são lesões de vísceras. Em vítimas inconscientes, a obstrução é suspeitada quando há dificuldade excessiva para insuflar os pulmões durante a respiração artificial. Inspeciona a orofaringe e remove o corpo estranho se for visível, fazer duas ventilações artificiais durante 1 segundo. Ficar ajoelhado e efetuar 30 compressões no ponto de massagem cardíaca externa. Inspecionar a orofaringe, remover o corpo estranho, ventilar duas vezes, repetir sequencia até remover o corpo estranho. Ficar atento na retirada do objeto porque a vítima pode estar reativa e morder os dedos. Após a abertura da via aérea se a vítima não apresentar respiração adequada tem que instituir ventilação artificial. Ventilação boca a boca, boca nariz ou boca máscara. Na ventilação boca a boca, abrir a via aérea com manobra de inclinação da mandíbula, pinçar as narinas, remover próteses dentarias incompletas e manter em posição prótese completa, colocar sua boca sobre a da vítima, efetuar duas ventilações completas e rápidas, observar expansão do tórax, efetuar as ventilações posteriores no intervalo de 5segundos, ou seja, 12rpm. Em crianças o intervalo é de 4s, ou seja, 16 rpm. Em lactantes de 3 segundos, ou seja, 20 rpm. Na ventilação boca-nariz, abri a via aérea, oclui a boca com a mão que segura o queixo,ventila o nariz, abre a boca nos intervalos para facilitar expiração. Na ventilação boca-máscara ajoelha ao lado da vítima, aplica a máscara de tamanho mais adequado, utilizar os polegares e indicadores das duas mãos para fixar a máscara a face, elevar a mandíbula, ventila através da máscara, observa a expansão torácica. Na ventilação boca-máscara, um socorrista aplica e fixa a máscara a face com os polegares e indicadores das duas mãos e abre as vias aéreas, elevando a mandíbula; outro socorrista comprime a bolsa de ventilação com um socorrista fica a máscara com uma mão e insufla com a outra mão.
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