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PRIMEIROS SOCORROS Prof. Me.: Natália Cunha PRIMEIROS SOCORROS HEMORRAGIAS CONCEITO “É o extravasamento de sangue provocado pelo rompimento de um vaso sanguíneo: artéria, veia ou capilar.” TIPOS DE HEMORRAGIA ¨ INTERNA: Resultante de um ferimento interno onde o sangue extravasa para os tecidos, não se enxerga o sangue saindo, é mais difícil de identificar. ¨ EXTERNA: É aquela que é visível, há extravasamento do sangue para o meio externo por meio de um ferimento; TIPOS DE HEMORRAGIA ¨ INTERNA: Resultante de um ferimento interno onde o sangue extravasa para os tecidos, não se enxerga o sangue saindo, é mais difícil de identificar. ¨ EXTERNA: É aquela que é visível, há extravasamento do sangue para o meio externo por meio de um ferimento; SINAIS E SINTOMAS ¨ Agitação; ¨ Palidez; ¨ Sudorese intensa; ¨ Pele Fria; ¨ Pulso acelerado (acima de 100 bpm); ¨ Pressão arterial baixa; ¨ Sede; ¨ Fraqueza. VASOS ACOMETIDOS ¨ Hemorragia Arterial: É ocasionada pelo rompimento de uma artéria, apresenta-se em jatos e com sangue de cor vermelho vivo, podendo conter bolhas, indicando que esse sangue é rico em oxigênio; VASOS ACOMETIDOS ¨ Hemorragia Venosa: ocasionada pelo rompimento de uma veia, apresenta-se em filete e com a presença de sangue vermelho escuro; VASOS ACOMETIDOS ¨ Hemorragia Capilar: é a hemorragia causada pelo rompimento de capilares sanguíneos, o exemplo mais comum desse tipo de hemorragia é a escoriação; COMO ATUAR EM CASO DE HEMORRAGIA? PASSO INICIAL ¨ Verificar o tipo de ferimento e técnica a ser utilizado no controle de sangramento. ¨ Acionar serviço de emergência (SAMU/ BOMBEIRO) ¨ Expor o local da lesão; ¨ Verificar rapidamente a presença de pulso e perfusão distal; 1° TÉCNICA COMPRESSÃO DIRETA ¨ Com uma gaze, compressa ou pano limpo deve-se comprimir a região da ferida; ¨ Lembrar da proteção ao entrar em contato com o sangue da vítima (UTILIZAR LUVAS) 1° TÉCNICA ¨ Após aplicação do curativo compressivo, verificar presença de pulso e perfusão distal. ¨ Não remover objetos encravados. Nesse caso a pressão deve ser exercida em um dos lados do objeto. ¨ Sangramento persistente: aplicar novo curativo sobre o primeiro, com maior pressão manual. Caso haja indícios de sangramento sob o curativo, não remover a atadura encharcada ELEVAÇÃO DO MEMBRO* PONTO DE PRESSÃO* ***TORNIQUETE*** ¨ Não indicado como técnica usual para controle de hemorragias; ¨ Na persistência do sangramento externo em membros superiores ou inferiores, considerar o uso do torniquete (SAMU) ¨ Pode provocar o necrose do membro e consequentemente, sua amputação. ¨ Usá-la sempre como último recurso. ***TORNIQUETE*** ¨ Instalar o dispositivo escolhido acima do ferimento (sentido proximal); ¨ Aplicar força de compressão suficiente até produzir uma pressão que cesse completamente o sangramento e o fluxo arterial distal ***TORNIQUETE*** EPISTAXE ¨ Hemorragia Nasal: qualquer sangramento que se exterioriza pelas fossas nasais; ¨ CONDUTAS 1° - Garantir permeabilidade das vias aéreas 2° - Cabeceira elevada 3° - Compressão digital por 5 a 10 minutos 4° - Aplicar compressa gelada no dorso nasal, se disponível SÍNCOPE E CONVULSÃO SÍNCOPE ¨ Síncope é a perda transitória da consciência e do tônus muscular devido a diminuição da perfusão cerebral; ¨ Juntamente com as convulsões, constituem as principais causas de perda da consciência não explicada; SÍNCOPE ¨ A diminuição do fluxo cerebral pode ser regional (vasoconstrição) ou sistêmica (hipotensão); ¨ Para ocorrer a síncope são geralmente necessários cerca de 10* segundos de interrupção completa. Medicina de emergência : abordagem prática. 2019 SÍNCOPE TIPOS ¨ Síncope vasovagal ¨ Síncope situacional ¨ Hipotensão ortostática ¨ Síncope cardíaca SÍNCOPE SINTOMAS ANTES DO DESMAIO Ø Vertigens Ø Astenia Ø Náuseas Ø Escotomas Ø Palidez Ø Cansaço Desmaiou e agora? PRIMEIROS SOCORROS - SÍNCOPE Ø A história e o exame físico devem ser detalhados, incluindo as circunstâncias que precederam as síncopes e relato de quem estava com o paciente; Ø Os antecedentes: cardiopatias, procurando pistas de etiologias e descartando situações com maior risco de evolução desfavorável; Ø É importante perguntar sobre uso de álcool ou outras substâncias. PRIMEIROS SOCORROS - SÍNCOPE SE A PESSOA VAI DESMAIAR Ø Segurá-la para que ela não caia; Ø Se possível segure por trás; Ø Deite vagarosamente e com o controle da cervical; Ø Deitá-la em decúbito dorsal, erguendo suas pernas, por cerca de 30 min. Ø Se posicione ao lado da vítima. Ø Afrouxe suas vestes Ø Manter ambiente livre Ø Peça para que os curiosos se afastem PRIMEIROS SOCORROS - SÍNCOPE SE A PESSOA VAI DESMAIAR Ø Segurá-la para que ela não caia; Ø Se possível segure por trás; Ø Deite vagarosamente e com o controle da cervical; Ø Deitá-la em decúbito dorsal, erguendo suas pernas, por cerca de 30 min. Ø Se posicione ao lado da vítima. Ø Afrouxe suas vestes Ø Manter ambiente livre Ø Peça para que os curiosos se afastem PRIMEIROS SOCORROS - SÍNCOPE SE A PESSOA VAI DESMAIAR Ø Se a vítima estiver sentada, faça com que ela curve-se para frente e baixe a cabeça por alguns instantes. CONVULSÃO “A convulsão é uma alteração involuntária e repentina nos sentidos, no comportamento, na atividade muscular ou no nível de consciência que resulta na irritação ou superatividade das células cerebrais.” CONVULSÃO CAUSAS Ø Epilepsia, é a causa principal; Ø Lesões na cabeça; Ø Infecções no cérebro Ø Febres altas (Crianças) Ø Overdose (Cocaína) CONVULSÃO SINTOMAS Ø Inconsciência; Ø Queda abrupta; Ø Salivação abundante (sialorreia) e vômito; Ø Contração brusca e involuntária dos músculos (espasmos musculares); Ø Enrijecimento da mandíbula, travando os dentes; Ø Relaxamento dos esfíncteres (urina e/ou fezes); Ø Perda de memória recente; Ø Cianose Convulsionou o que eu faço? PRIMEIROS SOCORROS - CONVULSÃO Ø Afastar os curiosos Ø Afastar objetos que possa ferir a vítima Ø Afrouxar as roupas. Ø Amparar a cabeça da vítima (sem impedir seus movimentos) Ø Virá-la de lado, em posição lateral de segurança, para que a saliva escorra pela boca PRIMEIROS SOCORROS - CONVULSÃO Ø Afastar os curiosos Ø Afastar objetos que possa ferir a vítima Ø Afrouxar as roupas. Ø Amparar a cabeça da vítima (sem impedir seus movimentos) Ø Virá-la de lado, em posição lateral de segurança, para que a saliva escorra pela boca PRIMEIROS SOCORROS - CONVULSÃO Ø Nunca colocar a mão na boca da vítima que estiver convulsionando (não colocar objetos, como lápis, gravetos, talheres). Ø Não há necessidade de puxar a língua da vítima. Ø Aguarde até melhora do quadro. Ø Verifique sinais vitais e aguarde chegada do socorro. CONVULSÃO SINTOMAS NA FASE PÓS-CONVULSIVA Ø Sonolência; Ø Confusão mental; Ø Agitação; Ø Flacidez muscular; Ø Cefaleia; Ø Sinais de liberação esfincteriana. PRIMEIROS SOCORROS OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO (OVACE) CONCEITO “É a obstrução súbita das vias aéreas superiores causada por corpo estranho.” ¨ Em adulto geralmente ocorre durante a ingestão de alimentos; ¨ Em criança, durante a alimentação ou recreação (sugando objetos pequenos). “É a obstrução súbita das vias aéreas superiores causada por corpo estranho.” ¨ Em adulto geralmente ocorre durante a ingestão de alimentos; ¨ Em criança, durante a alimentação ou recreação (sugando objetos pequenos). CAUSAS MAIS COMUNS ¨ Língua; ¨ Alimento; ¨ Vômito; ¨ Objetos em geral. SINAIS E SINTOMAS ¨ - Atitudes que caracterizem dificuldade na respiração; ¨ - Ausência de movimentos respiratórios; ¨ - Inconsciência; ¨ - Cianose (lábios, língua e unhas arroxeadas); ¨ - Pupilas dilatadas; ¨ - Respiração ruidosa; ¨ - Fluxo aéreo diminuído ou ausente. SINAL CLÁSSICO ¨ Avaliar a severidade ¨ Obstrução leve: Paciente capaz de responder se está engasgado. Consegue tossir, falar e respirar. ¨ Obstrução grave: Paciente conscientee que não consegue falar. Pode não respirar ou apresentar respiração ruidosa, tosse silenciosa e/ou inconsciência. COMO AGIR EM SITUAÇÕES DE OVACE? Obstrução leve em paciente responsivo: ¨ Não realizar manobras de desobstrução (não interferir); ¨ Acalmar o paciente; ¨ Incentivar tosse vigorosa; ¨ Monitorar e suporte de O2, se necessário; ¨ Observar atenta e constantemente; ¨ Sugere-se que tapas nas costas sejam usados inicialmente com OVACE e tosse ineficaz; ¨ Sugere-se que compressões abdominais sejam usadas quando tapas nas costas são ineficazes; ¨ Sugere-se que os socorristas considerem a extração manual dos itens visíveis na boca; ¨ Não realizar varredura cega dos dedos; ¨ Profissionais de saúde devidamente qualificados – usar pinça de Magill para remover um CE; ¨ Não é sugerido o uso rotineiro de dispositivos de desobstrução das vias aéreas baseados na sucção. COMO AGIR EM SITUAÇÕES DE OVACE? PERGUNTE: “Você está engasgado?” APLIQUE A MANOBRA DE HEIMLICH PEÇA QUE ALGUEM LIGUE PARA O SOCORRO COMO AGIR EM SITUAÇÕES DE OVACE? ADULTOS 1. Avise a vítima que vai ajudá-la, se posicione por traz da mesma, e incline o tronco da vítima. 2. Feche o punho de uma das mãos COMO AGIR EM SITUAÇÕES DE OVACE? 3.Coloque o braço ao redor da pessoa e segure o punho fechado com a outra mão na altura entre o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical 4. Comprima com movimentos rápidos para dentro e para cima quantas vezes forem necessárias. Obs: em pacientes obesos e gestantes no último trimestre, realize as compressões sobre o esterno (linha intermamilar) e não sobre o abdome. Manobra de Heimlich 70 a 86% de sucesso COMO AGIR EM SITUAÇÕES DE OVACE? Você mesmo pode auto-aplicar a manobra se estiver sozinho Obstrução grave em paciente irresponsivo ¨ Posicionar o paciente em decúbito dorsal em uma superfície rígida; ¨ Diante de irresponsividade e ausência de respiração com pulso - compressões torácicas – objetivo: remoção do corpo estranho; ¨ Abrir vias aéreas, visualizar a cavidade oral e remover o corpo estranho, se visível e alcançável (com dedos ou pinça); ¨ Se nada encontrado, realizar 1 insuflação e se o ar não passar ou o tórax não expandir, reposicionar a cabeça e insuflar novamente. OBSERVAÇÕES ØA asfixia pode levar ao óbito em apenas 4 (quatro) minutos. ØA manobra de Heimlich pode ser útil e salvar uma vida quando um corpo estranho bloqueia a passagem de ar para os pulmões. Vale lembrar que: ØQuando algo bloqueia a passagem de ar, não há tempo suficiente para esperar pela chegada de um socorro médico. ØA pessoa mais próxima precisa agir rapidamente! PRIMEIROS SOCORROS QUEIMADURAS QUEIMADURAS Lesões dos tecidos orgânicos em decorrência de trauma de origem térmica resultante da exposição a chamas, líquidos quentes, superfícies quentes, frio, substâncias químicas, radiação, atrito ou fricção. } 1 milhão de queimaduras a cada ano; } 200 mil são atendidos nas emergências; } 40 mil demanda hospitalização; } Mais comum: Chama de fogo e água fervente } Menos comum: corrente elétrica. Lesão por queimadura – transferência de calor de um local para outro Ruptura da pele Perda aumentada de líquidos, infecção, hipotermia, cicatrização, comprometimento da imunidade Hipoperfusão tecidual e hipofunção orgânica Hipovolemia Alterações renais Instabilidade hemodinâmica que envolve mecanismos cardiovasculares, hidroeletrolíticos, de volume sanguíneo, pulmonares, renais, imunológicos, termorreguladores. • Térmicas- causadas pelo calor: são as queimaduras mais comuns. Podem ser provocadas por gases, líquidos e sólidos quentes; • Químicas - causadas por álcalis ou ácidos; • Elétricas- lesões causadas pelo trajeto da corrente através do organismo; • Radiação- raios UV, ou por radiações ionizantes - Proteger o corpo e regular a temperatura; - Barreira contra infecções; - Produção de vitamina D; - Possui terminações nervosas para o tato, temperatura e pressão. Funções Queimadura de 1º Grau ) Não sangra e geralmente seca ) Hiperemia (Vermelhidão) ) Epiderme ) Queimadura de Sol (exemplo) ) Dolorosa Queimadura de 1º Grau ) Não sangra e geralmente seca ) Hiperemia (Vermelhidão) ) Não passam da Epiderme ) Queimadura de Sol (exemplo) ) Dolorosa Queimadura de 2º Grau ) Atinge a epiderme e parcialmente a derme ) Úmida ) Presença de Flictenas (Bolhas) ) Dolorosa ) Cura espontânea mais lenta, pode deixar cicatriz Queimadura de 3º Grau ) Atinge todos as camadas da pele ) Músculos, nervos , vasos, pode chegar até Osso ) Úmida ) Placa Branca, Amarela ou Preta ) Normalmente requer cirurgia ou enxerto de pele. Queimadura de 3º Grau ) Atinge todos as camadas da pele ) Ossos , músculos, nervos , vasos ) Pouca ou nenhuma dor ) Úmida ) Cor Branca, Amarela ou Preta ) Não cicatriza espontaneamente, necessita de enxerto � Profundidade; � Extensão; � Envolvimento de áreas críticas; � Idade da vítima (<3 ou >65 anos); � Presença de lesão pulmonar por inalação; � Presença de lesões associadas (ex: inalatórias) } Interrompa o processo de queimadura – segurança do socorrista em primeiro lugar! } Remova roupas, adornos (joias, aneis, próteses, etc) } Avaliar vias aéreas – verifica a presença de corpos estranhos e retirá-los. Aspiração se necessário } Administrar O2 100% , na suspeita de intoxicação por monóxido de carbono – oxigenação por 3 horas; } No transporte: cabeceira elevada } IOT: - ECG<8; PaO2<60 mmHg; PaCO2> 55 mmHg; SpO2<90%; edema importante de face e orofaringe } Expor a área queimada (roupas aderidas não devemos retirar no APH) } AVP calibroso; } Tratamento da dor, reposição volêmica; } SVD. X- A-B-C-D-E DAS VÍTIMAS DE QUEIMADURAS. } X = Hemorragia exsanguinante } A = Queimaduras que envolvam vias áereas, face, edmas de faringe e orofaringe. } B= Expansibilidade. } C= Circulação } D= Avaliar nível de consciência. } E= Exposição } ESCAROTOMIA � Função dos curativos: diminuir a dor, contaminação e evitar perda de calor. � Os curativos devem ser espessos e firmes mas não apertados. � Nas queimaduras químicas - irrigar copiosamente a área queimada com água na temperatura ambiente � Retirar roupas e sapato da vítima. � As substâncias químicas em pó devem ser retiradas por escovação. � Encaminhar para centro de atendimento em queimados – Transporte Rápido. Cuidados com a área queimada } ÁGUA GELADA } POMADAS } PÓ DE CAFÉ } GEMA DE OVO � Vias aéreas ( calor seco- VAS; calor úmido-VAI)- obstrução se manifesta a medida que aumenta o edema- vítima pode necessitar de suporte ventilatório artificial. � Como suspeitar??? � Queimaduras faciais, das sobrancelhas e vibrissas nasais, depósito de fuligem na orofaringe, faringe avermelhada e edemaciada, escarro com resíduos carbonáceos; história de confinamento em ambiente incendiário ou de explosão OBRIGADO! REFERÊNCIAS ¨ Medicina de emergência : abordagem prática / professor titular e coordenador Irineu Tadeu Velasco ; editor chefe Rodrigo Antonio Brandão Neto ; editores Heraldo Possolo de Souza ... [et al.]. - 13. ed., rev., atual. e ampl. - Barueri [SP] : Manole, 2019. ¨ PHTLS Atendimento Pré-Hospitalar ao Traumatizado, 9 ed. 2020. ¨ Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
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