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Ácido Acetil Salicilico

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Mód. Febre, inflamação, infecção 
 
Anne Caroline Maltez 
 
 Ácido Acetil Salicílico 
O ácido acetilsalicílico (AAS) pertence ao grupo dos fármacos anti-inflamatórios não-
esteroidais, com propriedades analgésicas, antipiréticas e anti-inflamatórias. Altas doses orais 
são usadas para o alívio da dor e nas afecções febris menores, tais como resfriados e gripe, 
para a redução da temperatura e alívio das dores musculares e das articulações e distúrbios 
inflamatórios agudos e crônicos, tais como artrite reumatoide, osteoartrite e espondilite 
anquilosante. 
Em geral, é bem tolerado. 
FARMACOLOGIA 
MECANISMO DE AÇÃO 
O ácido acetilsalicílico realiza a inibição irreversível da atividade das isoenzimas cicloxigenase – 
COX 1 (plaquetas, estômago e rim) e COX 2 (SNC, traqueia, rim, células endoteliais, testículos, 
ovários etc), que propiciam a transformação do ácido araquidônico em prostaglandina H2, que 
é o precursor imediato das Prostaglandinas: D2, E2, F2a, I2 e do tromboxano A2 (TXA2), 
ocorrendo dessa forma, bloqueio da produção de tromboxano A2 nas plaquetas. Esta 
inibição decorre da acetilação da molécula da serina. 
É importante lembrarmos que as plaquetas produzem a prostaglandina H2 que é responsável 
pela liberação do TXA2, um potente agregante plaquetário e vasoconstrictor. Este tem suas 
ações contrabalançadas pela liberação da prostaciclina (PGI2) das células endoteliais 
vasculares, produzindo vasodilatação e inibindo a agregação plaquetária. O TXA2 é por 
essência um derivado da COX-1 (plaqueta) e altamente sensível à ação do AAS, enquanto a 
prostaciclina advém tanto da COX-1 como da COX-2. 
Seu tempo de ação persiste por aproximadamente 10 dias, que é o tempo de meia-vida das 
plaquetas (podendo assim ser ingerida uma vez ao dia), realizando o bloqueio da síntese da 
PGI2 nas células endoteliais, promovendo a quebra de seu efeito inibidor da agregação e de 
adesão plaquetária e do efeito vasodilatador. No entanto, fica claro que permanece o papel 
trombogênico das plaquetas pela ativação de outras vias, o que explica tanto a manutenção da 
hemostasia, quanto a falha da profilaxia antitrombótica em alguns casos 
USO CLÍNICO (INDICAÇÕES) 
 Profilaxia contra episódio isquêmico transitório, infarto do miocárdio e distúrbio 
tromboembólico arterial 
 Tratamento de síndromes coronarianas agudas, redução do risco de primeiro infarto 
do miocárdio em pessoas com fatores de risco cardiovasculares; 
Mód. Febre, inflamação, infecção 
 
Anne Caroline Maltez 
 
 Prevenção de reoclusão nos procedimentos de revascularização coronariana e 
implante de stent, 
 Artrite, artrite juvenil, febre reumática, 
 Tratamento essencial para pacientes com DAC crônica. 
 Dor leve a moderada, febre, Cefaleia, mialgia, artralgia Profilaxia de acidente vascular 
encefálico e infarto do miocárdio (efeito antiplaquetário). 
 Redução do risco de morbidade e morte em pacientes com angina pectoris estável e 
instável; 
 Prevenção do tromboembolismo após cirurgia vascular ou intervenções; 
 Profilaxia de Pré-Eclâmpsia em gestantes alto risco para Doenças Hipertensivas 
Específicas da Gestação (HAS crônica, história de pré-eclâmpsia, Primiparidade tardia 
>40 anos, Doença renal crônica, doenças autoimunes, Diabetes). 
POSOLOGIA 
 A dose analgésica-antipirética de ácido acetilsalicílico para adultos é de 324-1.000 mg VO a 
cada 6 h. 
As doses anti-inflamatórias de ácido acetilsalicílico recomendadas para artrite, 
espondiloartropatias e lúpus eritematoso sistêmico (LES) variam de 3-4 g/dia em doses 
fracionadas. 
Para etiologias não virais, recomendam-se 40-60 mg/kg/dia fracionados em 6 doses, a cada 4 
h. A dose diária máxima recomendada de ácido acetilsalicílico para adultos e crianças maiores 
de 12 anos é de 4 g. 
A administração retal de supositórios pode ser preferível em lactentes ou quando a via oral 
não está disponível 
CONTRAINDICAÇÕES / PRECAUÇÕES 
 O ácido acetilsalicílico não deve ser utilizado nos seguintes casos: 
 Hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico, a outros salicilatos ou a qualquer outro 
componente do produto; 
 Histórico de asma induzida pela administração de salicilatos ou substâncias com ação 
similar, principalmente fármacos anti-inflamatórios não-esteroidais; 
 Úlceras gastrintestinais agudas; 
 Diátese hemorrágica; 
 Insuficiência renal grave; 
 Insuficiência hepática grave; 
 Insuficiência cardíaca grave; 
 Combinação com metotrexato em dose de 15 mg/semana ou mais (vide “Interações 
Medicamentosas”); 
 Gravidez (vide “Gravidez e lactação”). 
EFEITOS ADVERSOS 
Mód. Febre, inflamação, infecção 
 
Anne Caroline Maltez 
 
 Distúrbios do trato gastrintestinal superior e inferior: dispepsia, dor abdominal e 
gastrintestinal, raramente inflamação e úlcera gastrintestinal c/ ou sem hemorragia e 
perfuração; 
 Sangramentos: hemorragia perioperatória, hematomas, epistaxe, sangramento 
urogenital e sangramento gengival; raros os casos de hemorragia do trato 
gastrintestinal, hemorragia cerebral, anemias (astenia, palidez e hipoperfusão); 
 Distúrbios renais: insuficiência renal aguda; 
 Reações de hipersensibilidade: síndrome asmática, reações leves a moderadas que 
potencialmente afetam a pele, trato respiratório, trato gastrintestinal e sistema 
cardiovascular, incluindo sintomas como eritema (rash), urticária, edema, prurido, 
rinite, congestão nasal, dificuldade cardiorrespiratória e muito raramente, reações 
graves, incluindo choque anafilático; 
 Relatou-se muito raramente disfunção hepática transitória com aumento das 
transaminases hepáticas. Relataram-se tontura e zumbido, que podem ser indicativos 
de superdose. 
 Efeitos endócrinos: A administração de salicilatos em longo prazo diminui a captação 
pela tireoide do iodo e sua depuração, mas au- menta o consumo de 02e a taxa de 
desaparecimento de tiroxina e triiodotironina da circulação. 
 Efeitos ototóxicos: Deficiência auditiva, alterações de sons percebi- dos e zumbido 
comumente ocorrem durante a terapia com altas doses de salicilato. × Salicilatos e 
gravidez. Bebês nascidos de mulheres que ingerem salicilatos por longos períodos 
podem ter o peso ao nascimento significativamente reduzido. 
 Salicilatos e gravidez. Bebês nascidos de mulheres que ingerem salicilatos por longos 
períodos podem ter o peso ao nascimento significativamente reduzido. 
 Efeitos Locais irritantes. O ácido salicílico é irritante para pele e mucosas e destrói as 
células epiteliais. Caso do problema x Uso de AAS Devido 
CASO DO PROBLEMA X USO DE AAS 
A síndrome de Reye é uma doença rara e grave, que normalmente ocorre em crianças com 
idades entre 4 e 12 anos, embora possa ocorrer em qualquer faixa etária e muitas vezes fatal. 
A doença afeta todos os órgãos do corpo, sendo mais prejudicial ao cérebro e ao fígado, por 
causar um aumento agudo de pressão dentro do cérebro e, frequentemente, acúmulos 
volumosos de gordura nos demais órgãos. 
A SR pode ocorrer durante a recuperação de uma infecção viral ou pode desenvolver-se 3 a 5 
dias após o início da virose. 
Seus sintomas incluem: vômito recorrente ou persistente, letargia, mudanças de 
personalidade como irritabilidade ou agressividade, desorientação ou confusão, delírio, 
convulsões e perda da consciência. E eles não seguem um padrão típico, como por exemplo, 
vômitos nem sempre ocorrem. Como regra geral, os pacientes com dengue devem evitar o 
uso de ácido acetilsalicílico (AAS) devido ao risco de desenvolvimento de síndrome de Reye e 
de agravamento das complicações advindas da trombocitopenia grave 
Mód. Febre, inflamação, infecção 
 
Anne Caroline Maltez 
 
Então, devido à possível associação à Síndrome de Reye, o ácido acetilsalicílico e outros 
salicilatos são contraindicados em crianças e adultos jovens com menos de 20 anos de idade 
com febre associada à doença viral, devido ao temor de desenvolvimentoda síndrome. Em vez 
dele, é amplamente utilizado o paracetamol. O ibuprofeno também é apropriado.

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