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Anti-inflamatórios Não Esteroides (AINES)

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Milena Lopes 
FISIOLOGIA DA INFLAMAÇÃO: 
A inflamação é uma resposta normal de proteção às lesões teciduais causadas por 
trauma físico, agentes químicos ou microbiológicos nocivos. É a tentativa do 
organismo de inativar ou destruir os organismos invasores, remover os irritantes e 
preparar o cenário para o reparo tecidual. 
Quando a recuperação está completa, normalmente o processo inflamatório cessa. 
Entretanto, a inflamação também pode advir da ativação imprópria do sistema 
imune, resultando em doenças imunomediadas; 
 
• Eicosanoide: prostaglandinas e leucotrienos 
 Derivados de ácidos graxos essenciais de 20 moléculas de carbonos esterificados 
em fosfolipídios da membrana celular com duplas ligações; 
A síntese dos eicosanóides pode ser desencadeada por diversos estímulos que 
ativam receptores de membrana, acoplados a uma proteína regulatória ligada a um 
nucleotídeo guanínico (proteína G), resultando na ativação das fosfolipase A2 ou 
elevação da concentração intracelular do Ca²+; 
Milena Lopes 
A fosfolipase A2 hidrolisa fosfolipídios da membrana, particularmente fosfatidilcolina 
e fosfatidiletanolamina, liberando o ácido araquidônico; 
Ruptura da membrana plasmática → ácido araquidônico (serve de substrato para 
duas vias enzimáticas distintas): 
- Via Cicloxigenase → prostaglandina, tromboxano e prostaciclinas; 
- Via Lipoxigenase → leucotrienos e lipoxinas; 
Elementos da dor = edema e inflamação; 
➔ AINES: impedem as cicloxigenases 
 
ÁCIDO ARAQUIDÔNICO 
AINE 
 
 
 
 
 
 
 
O RIM É O QUE MAIS SOFRE NESSE PROCESSO 
(O rim tem COX 1 e 2) 
RECEPTORES DE PROSTAGLANDINA 
As PG ligam-se a receptores prostanoides na membrana celular, acoplados a proteína 
G. 
Ativa proteína G → estimula sistemas efetores → liberação de segundos mensageiros 
em diversos tecidos; 
• 5 grupos separados por afinidade (DP): 
- PGD²; 
- FP (PGF²); 
- IP (PGI²); 
- TP (PXA²); 
- EP (PGE²)
COX-2 COX-1 
Rim 
Prostaglandina 
 
Prostaglandina 
 
Dor e febre 
 
Proteção da mucosa gástrica Inflamação 
 
Hemostasia 
 
Milena Lopes 
- Maioria dos r- PG seja receptores de superfície de membrana celular (receptores 
acoplados à proteína G); 
- Alguns podem estar localizados na membrana nuclear, cujos ligantes atuam como 
fatores de transcrição, alterando a expressão gênica; 
CICLOXIGENASE 1 – COX 1: CONSTITUTIVA/FISIOLÓGICA 
Produção natural; 
Local: em todos os tecidos - células, mas não se relaciona ao processo inflamatório; 
Estimula a produção de prostaglandinas; 
FUNÇÕES DAS PROSTAGLANDINAS: 
→ Relacionada ao processo homeostático do corpo; 
→ Mucosa gástrica – muco protetor ao ácido(úlcera gástrica) – PGE/PGI; 
→ Manutenção da pervidade da artéria renal (lesões renais) - PGE/PGI; 
→ Inibir as selectinas (agregação plaquetária/hemostasia) – TXA/PGI 
→ Processo inflamatório – PGE 
- Vasodilatação ou vasoconstrição; 
- Contração ou relaxamento da 
musculatura brônquica ou uterina; 
- Hipotensão; 
- Ovulação; 
- Metabolismo ósseo; 
- Aumento do fluxo sanguíneo renal 
(resultando em diurese, natriurese, 
caliurese e estimulação da secreção 
de renina); 
- Proteção da mucosa gástrica e 
regulação do fluxo sanguíneo local; 
- Inibição da secreção ácida gástrica; 
- Crescimento e desenvolvimento 
nervoso; 
- Resposta imunológica; 
- Hiperalgesia; 
- Regulação da atividade quimiotáxica 
celular; 
- Resposta endócrina; 
- Angiogênese; 
- Progressão metastática.
CICLOXIGENASE 2 – COX 2: INDUZIDA 
Não é natural, é induzida/ativada pela resposta inflamatória; 
Local: células inflamatórias no endotélio e onde há inflamação; 
Ausente da maioria dos tecidos normais. 
Milena Lopes 
Os inibidores da COX-2 foram desenvolvidos com a expectativa de que eles inibissem 
a inflamação prejudicial mas não bloqueassem os efeitos protetores das 
prostaglandinas produzidas constitutivamente. 
OS inibidores da COX-2 podem aumentar o risco para doença cerebrovascular e 
cardiovascular, provavelmente porque prejudicam a produção, pela célula endotelial, 
da prostaciclina PGI2, um inibidor de agregação plaquetária, mas conserva intacta a 
produção pelas plaquetas, mediada pela COX-1 de TXA2, um mediador de 
agregação das plaquetas. 
Os AINES deveriam inibir somente a cox-2 e preservar a 1; 
Quando usam os não seletivos, causam problemas; 
Os AINES inibem a formação de novas COX, as antigas prostaglandinas não são 
alteradas; 
EXPRESSÃO DA COX-2 
TECIDO EXPRESSÃO DA COX-2 FUNÇÃO 
Rim Mácula densa; 
Porção cortical 
ascendente da alça de 
Henle; 
Regula o volume intravascular 
Cérebro Cél. Endoteliais; 
Neurônios excitatórios 
cortical; 
Resposta a febre; 
Conexão dos neurônios; 
Desenvolvimento do SNC; 
Memória e aprendizado; 
Osso Osteoblastos Diferenciação osteoclástica; 
Regulação da remodelação óssea; 
Câncer de colo Epitélio da mucosa Adesão à matriz extracelular; 
Resistencia à apoptose 
Ap. reprodutor femino Útero e Ovário Ovulação; 
Implantação do embrião 
TGI Epitélio intestinal; 
Úlcera gástrica; 
Secreção de fluidos da mucosa; 
Cicatrização das ulceras; 
ESPECTRO DE INIBIÇÃO DOS ANTI-INFLAMATÓRIO: 
EFEITOS DROGAS 
Inibição predominante COX-1 e COX-
2 
Piroxicam, Indometacina, Diclofenaco, 
Naproxeno, Ibuprofeno, Cetoprofeno, 
Flubiprofeno, Ácido mefenâmico, Ácido 
flufenâmico, Ácido clofenâmico, Ácido 
tioprofênico, Fenilbutazona, 
Oxifenobutazona, Sulindaco, Tolmetina, 
Cetorolaco, Etodolaco, Diflunisal 
Pequena inibição da COX-1 e COX-2 Acetaminofen 
Inibição relativa da COX-2 Nimesulida, Meloxicam 
 
Inibição seletiva da COX-2 Celecoxibe, Etericoxibe 
Milena Lopes 
DEFINIÇÃO DE AINES 
São um grupo de fármacos quimicamente heterogêneos que se diferenciam na sua 
atividade antipirética, analgésica e anti-inflamatória. 
- Inibem a produção de 
prostaglandinas; 
- Iniciar em dose baixa 
(analgésica); 
- Nunca fazer 
associação, exceto 
baixas doses de ASS; 
- Quando controlar os sintomas, reduzir a dose, substituir por analgésico, usar 
somente quando necessário (SOS); 
INDICAÇÕES CLINICAS 
- Manifestações 
musculoesqueléticas 
localizadas (distensão 
e entorse, dor lombar); 
- Artrite reumatóide; 
- Polimiosite; 
- Lúpus; 
- Esclerose sistêmica 
progressiva; 
- Poliartrite nodosa; 
- Espondilite 
anquilosante; 
- Dismenorreia 
primária; 
- Mastocitose sistêmica; 
- Serosites lúpicas 
(pleurite e pericardite); 
- Gota aguda; 
- Osteoratrose; 
- Artroplastia; 
- Fibrose cística; 
• Derivados do: 
INIBIDORES NÃO SELETIVOS DA COX 
Ácido salicílico(salicilatos): ácido acetilsalicílico [AAS / aspirina], 
salicilato de sódio, diflunisal e salsalato; 
Ácido propiônico: ibuprofeno, naproxeno, fenoprofeno, 
flurbiprofeno, cetoprofeno e oxaprozina; 
Ácido acético / fenilacético: Diclofenaco de sódio, aceclofenaco, 
etodolaco, indometacina, cetorolaco, 
nabumetona, sulindaco e tolmetina; 
Ácido enólico: meloxicam e piroxicam; 
Fenamatos: ácido mefenâmico e meclofenamato; 
 
Ácido indolacético etodolaco 
 
INIBIDOR COX-2 SELETIVO: Celecoxibe, eterocoxibe 
 
 
DERIVADO DA SULFONANILIDA nimesulida 
Milena Lopes 
FARMACODINÂNICA E FARMACOCINÉTICA: 
- Compõem um grupo heterogêneo de compostos, com um ou mais anéis aromáticos 
ligados a um grupamento ácido funcional. 
- Ácidos fracos; 
- Atuam principalmente nos tecidos inflamados e se ligam, significativamente, à 
albumina plasmática; 
ABSORÇÃO: 
- Bem absorvidos no TGI; 
- Absorção é rápida (entre 1 a 4 horas); 
- Não atravessam imediatamente a barreira hematoencefálica; 
METABOLIZAÇÃO: 
- Tem metabolização hepática; 
- Alta biodisponibilidade devido a um limitado metabolismo hepático de primeira 
passagem. 
EXCREÇÃO 
- Renal e biliar; 
MECANISMO DE AÇÃO 
Inibindo as enzimas cicloxigenase que catalisam o primeiro estágio da biossíntese 
de prostanoides. Isso leva à redução da síntese de PGs, com efeitos desejados e 
indesejados. 
Diferenças na segurança e na eficácia dos AINEs são devidoa seletividade relativa das 
enzimas COX-1 ou COX-2. 
- Inibição da COX-1 é responsável pela prevenção dos eventos cardiovasculares e 
pela maioria dos eventos adversos. 
- Inibição da COX-2 parece levar aos efeitos anti-inflamatório e analgésico dos AINEs; 
 São ideais para: 
- Inflamação; - Dor; - Febre; 
ADMINISTRAÇÃO: 
- Maioria: V.O; 
 
Milena Lopes 
MEIAS-VIDAS: 
• Ação curta: 
- 1 – 9 h; 2 a 3 x/dia; 
- Ibuprofeno, diclofenaco, cetoprofeno, fenoxiprofeno, ASS, cetorolaco e 
indometacina ; 
• Ação mediana: 
- 10 h; 
- Sulindaco, etodolaco, celecoxibe, diflunisal; 
• Ação prolongada: 
- Até 60 h; 3 em 3 dias 
- Naproxeno, meloxicam , piroxicam e nabumetona. 
PRINCIPAIS SISTEMAS AFETADOS PELAS REAÇÕES ADVERSAS 
GATROINTESTINAL: 
Leve dispepsia até hemorragia maciça causada por úlcera gástrica perfurada, 
como resultado de inibição da produção de prostaciclina; 
Aumenta o quadro de colite ulcerativa e de doença de Crohn; 
Prostaciclinas têm efeitos gástricos protetores: reduz a quantidade de ácido 
estomacal produzido e mantêm uma camada de mucosa protetora, aumentando a 
produção de mucosa e melhorando o fluxo sanguíneo local. 
Irritação gástrica - por irritação direta dos próprios medicamentos. Embora os 
inibidores de COX-2 sejam mais específicos para a enzima COX-2, alguns ainda retêm 
certa inibição de COX-1, causando risco de sangramento gastrintestinal; 
- Dor abdominal; 
- Náuseas e vômitos; 
- Diarreia; 
- Anorexia; 
- Erosão / úlceras 
pépticas; 
- Anemia 
- Hemorragia digestiva 
alta; 
- Perfuração/obstrução 
- Gastrite; 
- Displasia; 
 
RENAL: 
Sob condições fisiológicas normais, a prostaciclina e o óxido nítrico levam ao 
relaxamento do músculo liso no endotélio vascular e, portanto, à vasodilatação. 
Milena Lopes 
 As prostaciclinas desempenham papel essencial na regulação do tônus arterial 
aferente e eferente no glomérulo, conhecido por desempenhar um papel vital na 
preservação da função renal em estados hipovolêmicos. 
A inibição de produção de prostaciclinas pode levar a uma taxa menor de filtração 
glomerular, retenção de sal e água, e lesão renal aguda. 
O rim tem cox 1 e 2; 
• Nefrotoxicidade: 
É mediada pela inibição da prostaglandina na arteríola glomerular aferente e nefrite 
intersticial; 
Ocorrência: incidente nos indivíduos com doença renal preexistente; 
Aumenta pela idade e função renal rebaixada, principalmente nos usuários de 
diuréticos e anti-hipertensivos; motivos pelos quais para este grupo de doentes estes 
medicamentos são contraindicados; 
- Nefrite intersticial; 
- Retenção de sal e água; 
- Insuficiência renal; 
- Falência renal; 
- Hiperpotassemia; 
- Proteinúria; 
- Diminuição da clearance da 
creatinina; 
- HTA; 
- Descompensação de ICC; 
 
 
HEMATOLÓGICO: 
Em plaquetas, a COX metaboliza o ácido araquidônico em tromboxano A2, o que leva 
à maior adesividade de plaquetas e vasoconstrição. 
Em contraste, no músculo liso vascular, forma-se a prostaciclina, que causa 
vasodilatação e reduz agregação de plaquetas. 
Milena Lopes 
A hemostasia resulta do equilíbrio delicado entre esses sistemas. Assim, os AINEs 
levam à redução da função e adesividade das plaquetas, e a um maior tempo de 
sangramento. 
- Inibição da ativação plaquetária 
- Propensão a equimoses; 
- Maior risco de hemorragias; 
- Trombocitopenia; 
- Neutropenia; 
- Anemia aplásica; 
RESPIRATÓRIO 
Um mecanismo de ação proposto é que a inibição do metabolismo do ácido 
araquidônico pela COX leve ao aumento na produção de leucotrienos. Os 
leucotrienos têm ações broncoconstritoras diretas. 
Pacientes com asma brônquica → precipitam/exacerbam broncoespasmos; 
- Asma; 
CUTÂNEA 
- Prurido; - Exantemas; - Síndromes; 
CARDIOVASCULARES 
Inibidores específicos de COX-2 ou ‘coxibes’ foram introduzidos no mercado para 
evitar os efeitos colaterais comuns e graves sobre o trato gastrintestinal alto pela 
inibição da COX-1 por AINEs não-específicos. 
Há um aumento dependente da dose no risco de eventos trombóticos, tanto 
cardíacos quanto cerebrais. 
O rofecoxibe e o valdecoxibe foram retirados do mercado devido ao aumento do 
número de eventos cardiovasculares associados especificamente a essas 2 drogas. 
O risco é mais alto em pacientes com doença cardiovascular pré-existente, e, 
portanto, o uso de inibido-res de COX-2 é contraindicado para pacientes com 
insuficiência cardíaca, doença cardíaca isquêmica, e doença vascular periférica e 
cerebrovascular. 
- Edema, piora da função renal em 
pacientes renais/cardíacos ou 
cirróticos; 
- Menor eficácia dos medicamentos 
anti-hipertensivos; 
- Menor eficácia dos diuréticos; 
- Redução da excreção de uratos 
(especialmente com ácido 
acetilsalicílico); 
- Hiperpotassemia; 
Milena Lopes 
- Fechamento do canal arterial; 
- Infarto do miocárdio; 
- AVC; 
- Trombose; 
- Retenção hídrica; 
- Hipertensão; 
- Insuficiência cardíaca congestiva;
CICATRIZAÇÃO ÓSSEA 
Em particular os inibidores de COX-2, causem redução da taxa de cicatrização 
óssea e aumento da incidência de não-consolidação de fraturas. 
Após uma fratura, há maior produção de prostaglandinas como parte da resposta 
inflamatória, o que aumenta o fluxo sanguíneo local. 
ÚTERO: 
- Reduz as contrações 
uterinas; 
- Prolongamento da 
gestação; 
- Inibição da parturição; 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
 Os mais lipossolúveis como, cetoprofeno, naproxeno e ibuprofeno, penetram no 
mais facilmente e estão associados com leves alterações no humor e na função 
cognitiva; 
Pacientes com lúpus e doença mista do tecido conjuntivo, pode haver um aumento 
do risco de meningite asséptica; 
- Cefaleia; 
- Vertigem; 
- Tonturas; 
- Confusão; 
- Hiperventilação (salicilatos); 
- Zumbido; 
- Meningite asséptica(rara) 
HEPÁTICO 
- Provas de função hepática anormais; - Insuficiência hepática. 
HIPERSENSIBILIDADE 
- Rinite vasomotora; 
- Edema 
angioneurótico; 
- Asma; 
- Urticária; 
- Rubor; 
- Hipotensão; 
- Choque; 
Milena Lopes 
 
GRUPOS DE RISCO 
PACIENTES 
Com insuficiência cardíaca, doença cardíaca isquêmica, e doença vascular periférica 
e cerebrovascular 
 Uso de inibidores de COX-2 
- Gastrointestinais: doença ulcerativa ou Crohn → exacerbada; 
Precaução em pessoas com hipertensão ou insuficiência cardíaca, devido a retenção 
de líquidos e edema; 
GESTANTES E LACTANTES: 
A maioria dos AINEs está na categoria C de risco à gestação nos primeiros dois 
trimestres. 
- Risco de fechamento prematuro do canal arterial e oligo-hidrâmnio; 
- Anemia, sangramento anormal, insuficiência renal e prolongamento da 
gestação e do parto. 
- Inicio do parto pode atrasar; 
- Aumenta chance de hemorragia pós-parto; 
- Aborto ou má formação cardíaca; 
Milena Lopes 
- Nunca usar no final da gravidez – último trimestre; 
No terceiro trimestre, evitar devido ao risco de fechamento prematuro do ducto 
arterioso. 
**Nota: o paracetamol (não AINE) é o fármaco preferido para efeito antipirético ou 
analgésico durante a gestação. 
Usar corticoide em caso de inflamação; 
IDOSOS 
Maior frequência de reações adversas aos AINEs; 
TIPOS DE AINES 
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO / SALICILATOS 
O AAS pode ser considerado um AINE tradicional, mas ele apresenta efeito anti-
inflamatório apenas em dosagens relativamente altas, raramente usadas. 
Ele é mais usado em dosagens baixas para a prevenção de eventos 
cardiovasculares, como o acidente vascular encefálico (AVE) e o infarto do 
miocárdio (IM). 
O AAS é diferenciado dos outros AINEs, frequentemente, por ser um inibidor 
irreversível da atividade da cicloxigenase. 
 pela ligação covalente com uma molécula de serina do local ativo. Na estrutura 
da COX-1, a aspirina acetila a serina na posição 530, prevenindo a ligação do 
ácido araquidônico ao local ativo da enzima; 
TRÊS AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
1. Anti-inflamatória - inflamação (vasodilatação, edema); 
2. Analgésica – dor (PGs,hiperalgesia, Bk, 5-HT); 
3. Antipirética - febre (IL-1, PGs, hipotálamo). 
**Nem todos os AINEs são igualmente potentes em cada uma dessas ações. 
• Ação anti-inflamatória: 
 A inibição da cicloxigenase diminui a formação de PGs e, assim, modula os aspectos 
da inflamação nos quais as PGs atuam como mediadoras. 
• Ação analgésica: 
Acredita-se que a PGE2 sensibiliza as terminações nervosas à ação da bradicinina, da 
histamina e de outros mediadores químicos liberados localmente pelo processo 
inflamatório. Assim, diminuindo a síntese de PGE2, a sensação de dor pode diminuir. 
Milena Lopes 
Como a COX-2 é expressa durante inflamações e lesões, parece que a inibição dessa 
enzima é responsável pelo efeito analgésico dos AINEs. Nenhum AINE demonstrou 
eficácia superior aos demais (a eficácia de todos eles é considerada, em geral, 
equivalente). 
• Ação antipirética: 
A febre ocorre quando o “ponto de referência” do centro termorregulador 
hipotalâmico anterior é aumentado. Isso pode ser causado pela síntese da PGE2, que 
é estimulada quando agentes endógenos causadores de febre (pirógenos), como as 
citocinas, são liberados pelos leucócitos ativados por infecção, hipersensibilidade, 
câncer ou inflamação. Os AINEs diminuem a temperatura corporal em pacientes 
febris, impedindo a síntese e a liberação da PGE2. Esses fármacos, essencialmente, 
recolocam o “termostato” no normal. Isso rapidamente baixa a temperatura corporal 
de pacientes febris, aumentando a dissipação do calor como resultado da 
vasodilatação periférica e da sudoração. 
AAS 
MECANISMO DE AÇÃO: 
O AAS é um ácido orgânico fraco que acetila irreversivelmente e, assim, inativa a 
cicloxigenase. Todos os outros AINEs são inibidores reversíveis da cicloxigenase. 
• Em baixas doses: 
- Acetila a COX-1 de forma IRREVERSÍVEL, bloqueando a síntese de TXA2 pelas 
plaquetas → efeito antiplaquetário (dura 8 – 10 dias); 
- Pouco efeito sobre a síntese de PGI2 no endotélio vascular; 
- O efeito final é uma redução do risco de trombose; 
 controlando a adesão de células e a agregação plaquetária, apresentando um 
mecanismo antitrombogênico. 
- Antiplaquetário mais prescrito no mundo; 
- Plaqueta expressa COX-1 → Inibição da COX-1 inibe a produção de TXA2 (indutor 
de agregação plaquetária); 
USOS TERAPÊUTICOS: 
• Usos anti-inflamatório e analgésico: 
- Analgésica em dosagens baixas. 
Doses mais altas eles têm atividade anti -inflamatória. 
Milena Lopes 
2 comprimidos de 325 mg de AAS administrados 4x ao dia produzem analgesia, ao 
passo que 12-20 comprimidos diários de 325 mg produzem analgesia e atividade 
anti-inflamatória. 
• Aplicações cardiovasculares: 
O AAS é usado para inibir a aglutinação plaquetária. 
Doses baixas de AAS inibem a produção de TXA2 mediada por COX-1, reduzindo, 
assim, a vasoconstrição e a aglutinação de plaquetas mediada por TXA2 e o 
subsequente risco de eventos cardiovasculares. Doses baixas de AAS (menores do 
que 325 mg; muitos consideram doses de 75 a 162 mg, comumente 81 mg) são 
usadas profilaticamente para 
1) reduzir o risco de eventos cardiovasculares recorrentes e/ou morte em pacientes 
com IM prévio ou angina de peito instável; 
2) reduzir o risco de ataques isquêmicos transitórios (AITs) recorrentes ou AVEs; 
3) reduzir o risco de eventos cardiovasculares ou morte em pacientes de alto risco, 
como aqueles com angina estável crônica ou diabetes. Como o AAS inibe 
irreversivelmente a COX-1, o efeito antiplaquetário persiste por toda a vida da 
plaqueta. 
• Aplicações externas(tópico): 
Acne, calosidades, calos ósseos e verrugas. O metilsalicilato (óleo de gaultéria) é 
utilizado externamente como um contrairritante cutâneo em linimentos, como 
pomadas contra artrites e friccionantes de esportes. 
- Salicilato de metila (calminex H ou gelol) – dores musculoesqueléticas; 
• Alzheimer: 
Um estudo desenvolvido por pesquisadores americanos constatou que tratamento 
com baixas doses de aspirina pode ser eficiente para enfrentar o mal de Alzheimer. 
DOSES 
ANTITROMBÓTICA ANALGÉSICA, 
ANTIPIRÉTICA 
ANTI-INFLAMATÓRIA 
Cardiologista Farmacêutico Reumatologista 
80 mg/dia 325-650 mg – 6/6h 1 g – 4-6h 
Indetectável < 2,5 mg/dl [mM] ➢ 20 mg/dl [mM] 
COX-1 plaquetária COX-1 E COX-2 COX-1 E 2; transcrição de sinal 
EFEITOS ADVERSOS: 
Síndrome de Reye: 
 Distúrbio hepático com encefalopatia 
Milena Lopes 
- Broncoespasmo - Lesão gástrica; 
CONTRAINDICAÇÕES 
- Pacientes hemofílicos; 
- Pacientes que usam heparina ou anticoagulantes → risco de hemorragia; 
 - Pacientes com menos de 20 anos de idade com febre, devido a infecção viral, como 
varicela [catapora] ou gripe [influenza], para prevenir a síndrome de Reye, que 
pode causar hepatite fulminante com edema cerebral, frequentemente levando ao 
óbito. 
- Suspeita de dengue: 
Dengue hemorrágica – risco de sangramento; 
Inibição de agregação plaquetária em pacientes com hemorragia potencialmente 
fatal; 
Provoca acetilação da enzima cicloxigenase plaquetária, inibindo a formação do 
tromboxano A2, o que leva a uma redução na formação de plaquetas, diminuindo 
assim, a agregação plaquetária → agravar o quadro de trombocitopenia → 
hemorragia; 
TOXICIDADE 
Pode ser leve ou grave. A forma leve é denominada de salicilismo: náuseas, êmese, 
hiperventilação acentuada, cefaleia, confusão mental, tontura e zumbidos (zunidos e 
ruídos auriculares). Doses elevadas de salicilatos podem causar intoxicação grave: 
agitação, delírio, alucinação, convulsão, coma, acidose respiratória e metabólica e até 
morte por insuficiência respiratória. 
As crianças são particularmente suscetíveis à intoxicação por salicilatos. A ingestão de 
apenas 10 g de AAS pode levar crianças a óbito. 
 
Milena Lopes 
ÁCIDO FENIL-ACÉTICO: 
- Mais potente que aspirina; 
• Usos: 
- Casos agudos dolorosos: artrite reumatóide, espondilite anquilosante e 
osteoartrite; 
- Pós-operatório - inclusive em olhos; 
- Neonatos prematuros (indometacina – acelerar o fechamento do ducto arterioso); 
**Observação: NÃO usar para baixar a febre, exceto em febre refratária a outros 
antipiréticos (Hodgkin); 
Diclofenaco Voltarem, cataflam 
Aceclofenaco Proflam 
Sulindaco Clinoril – análogo da indometacina 
Indometacina Indocid 
DICLOFENACO* 
- Melhor anti-inflamatório; 
- Voltarem ou cataflam - ambos têm mesmo efeito; 
- Mais potente que o ASS, a indometacina e o naproxeno na inibição da COX; 
USO: 
- Artrite reumatoide, osteoartrite e da espondilite ancilosante; 
- Dismenorreia primária e enxaqueca aguda; 
APRESENTAÇÕES 
- Comprimidos; 
- Gel tópico; 
- Solução oftálmica; 
- Supositório; 
- Injetável; 
Sal de potássio para administração oral - epolamina para administração transdérmica; 
Sal de sódio para administração tópica ou oral. 
MECANISMO DE AÇÃO 
- A seletividade do diclofenaco para COX-2 é semelhante à do celecoxibe. 
 - Reduz as concentrações intracelulares de AA livre nos leucócitos, talvez por alterar 
sua liberação e sua captação; 
 
Milena Lopes 
ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E ELIMINAÇÃO 
Rápida absorção, ampla ligação às proteínas e meia-vida de 1-2 h. A meia-vida curta 
torna necessário dosar o diclofenaco de maneira consideravelmente maior do que 
seria necessário para inibir COX-2 completamente com concentrações plasmáticas 
de pico para manter a inibição durante todo o intervalo de dose. 
Metabolizado no fígado por um membro da subfamília CYP2C em 4-
hidroxidiclofenaco, o principal metabólito, e outras formas hidroxiladas; após 
glicuronidação e sulfuração, os metabólitos são excretados na urina (65%) e na bile 
(35%). 
USOS TERAPÊUTICOS 
- Oral: Dose diária habitual é de 100-200 mg, fracionada em várias vezes. Para 
enxaqueca, um pacote de pó (50 mg) dissolvido em 30-60 g de água é administrado. 
- Tópico: gel e como adesivo transdérmico; 
- Solução oftálmica: da inflamação pós-operatória após a extração de cataratas e dor 
pós-operatóriae fotofobia após cirurgia refrativa da córnea. 
EFEITOS ADVERSOS 
- Gastrintestinais - 20% dos pacientes; 
- SNC, exantemas, reações alérgicas, retenção de líquido, edema e 
comprometimento da função renal; 
Consistente com a sua preferência pela COX-2, e diferentemente do ibuprofeno, o 
diclofenaco não interfere no efeito antiplaquetário do ácido acetilsalicílico. 
TORAGESIC 
- 30 mg / IV 
- 10 mg / sublingual; 
- Meia-vida: 4 – 6 h; 
• Cetorolaco trometamol: 
- Atividade anti-inflamatória e antipirética; 
- Potente analgésico para dor pós operatório; 
- Eficácia equivalente a morfina em baixas doses para o controle da dor (associar com 
opioide para alívio da dor). 
 
 
Milena Lopes 
INDOMETACINA 
- Ruim; 
- Em casos de parto prematuro – evitar hemorragia; 
- Muito potente, mais que o ASS; 
- Inibidor não seletivo de COX, que também pode inibir as fosfolipases A e C, reduz 
migrações de neutrófilos; 
DOSES: 
25 mg / 2-3x/dia; 
75-100 mg/ noite; 
EFEITOS ADVERSOS: 
- Cefaleia; - Neutropenia; - Trombocitopenia; 
INDICAÇÕES 
- Artrite reumatoide moderada a 
grave; 
- Osteoartrite e artrite gotosa aguda; 
- Fechamento do canal arterial;
ÁCIDO PROPIÔNICO/ FENILPROPIÔNICO: 
 
- Baixa toxidade; - Menores efeitos adversos; 
USO: 
- Artrite reumatóide; 
- Osteoartrite; 
- Tendinite; 
 - Bursite; 
- Enxaqueca; 
- Dismenorreia 
primária; 
 
Milena Lopes 
IBUPROFENO 
- Eficácia comparada ao ASS; 
USO: 
- Cefaleia; 
- Mialgia; 
- Artrite reumatoide; 
- Osteoartrite; 
- Dismenorreia 
primaria; 
- Traumatismos com 
entorses; 
- Luxações e fraturas; 
- Febre; 
- Alivio de dor aguda 
ou crônica associada a 
reação inflamatória;
ABSORÇÃO 
- Absorção rápida; 
 METABOLISMO E ELIMINAÇÃO 
 hepático (90% dele são metabolizados em derivados hidroxilados ou carboxilados), 
havendo excreção renal dos metabólitos. 
MEIA-VIDA: 
- Mais ou menos 2 h; 
DOSE 
Comprimidos, cápsulas, pílulas e cápsulas gelatinosas contendo 50-800 mg, em gotas 
orais e suspensão oral. 
- Dose habitual 400 mg a cada 4-6 h 
 dor branda a moderada - dismenorreia primária: 
- Doses ≤ 800 mg 4 vezes/dia 
 tratamento da artrite reumatoide e osteoartrite, mas doses mais baixas 
frequentemente são suficientes. 
- Intravenoso 100-800 mg durante 30 min a cada 4-6 h. 
 Para dor ou febre 
 EFEITOS ADVERSOS 
Mais bem tolerado que o ácido acetilsalicílico e que a indometacina; 
- 5-15% - gastrintestinais; 
- Menor débito urinário; 
Milena Lopes 
- Limita efeitos cardioprotetores do ASS; 
➔ Menos frequentes: 
Trombocitopenia, exantemas, cefaleia, tonturas, visão borrada e, em poucos casos, 
ambliopia tóxica, retenção de líquidos e edema. 
• Observações: 
Pode ser usado ocasionalmente por gestantes, mas há preocupação quanto a seus 
efeitos no terceiro trimestre, entre os quais atraso no parto. 
A excreção no leite materno é tida como mínima, de modo que o ibuprofeno 
também pode ser usado com cautela em mulheres que estejam amamentando. 
CETOPROFENO 
Um S-enantiômero mais potente é disponível na Europa; 
Além da inibição da COX, pode estabilizar as membranas lisossômicas e 
antagonizar as ações da bradicinina. 
É conjugado com ácido glicurônico no fígado e o conjugado é excretado na urina. 
Os pacientes com comprometimento da função renal o eliminam de forma mais lenta. 
Aproximadamente 30% dos pacientes experimentam efeitos colaterais 
gastrintestinais leves com o cetoprofeno, e menos intensos se ele for tomado com 
alimentos ou antiácidos; 
 NAPROXENO 
- Naproxeno sódico é absorvido rapidamente; 
- Pico de concentração plasmática: 2 – 4h 
- 200-750 mg de naproxeno ou naproxeno sódico e como suspensão oral. 
USO 
- Artrite juvenil e reumatoide, osteoartrite, espondilite ancilosante, dor, dismenorreia 
primaria, tendinite, bursite e gota aguda. 
ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E ELIMINAÇÃO 
É totalmente absorvido quando administrado por via oral. 
Alimentos retardam a taxa mas não a extensão da absorção. 
É absorvido por via retal, embora mais lentamente que após administração oral. 
Milena Lopes 
Meia-vida no plasma é variável: cerca de 14 h no jovem, mas pode aumentar 
aproximadamente 2 vezes no idoso – declínio da função renal; 
Os metabólitos do naproxeno são excretados quase inteiramente na urina. 
O naproxeno liga-se quase completamente (99%) às proteínas após doses 
terapêuticas normais. 
Ele cruza a placenta e aparece no leite de mulheres lactantes em 
aproximadamente 1% da concentração plasmática materna. 
EFEITOS ADVERSOS COMUNS 
- Risco relativo de infarto do miocárdio pode ser reduzido em aproximadamente 10% 
pelo naproxeno, comparado com uma redução de 20-25% pelo ácido acetilsalicílico. 
- Gastrintestinais; 
- SNC: sonolência, dor de cabeça, tonturas e suores até fadiga, depressão e 
ototoxicidade. 
As reações menos comuns incluem prurido e uma variedade de problemas 
dermatológicos. Poucos casos de icterícia, comprometimento da função renal, 
angioedema, trombocitopenia e agranulocitose já foram descritos. 
 FLUBIPROFENO 
O flurbiprofeno está disponível na forma de comprimidos e como solução oftálmica 
indicado para miose intraoperatória. 
As propriedades farmacológicas, indicações terapêuticas e efeitos adversos da 
administração oral de flurbiprofeno são semelhantes aos de outros anti-inflamatórios 
derivados do ácido propiônico; 
PIRAZOLÔNICOS: 
 
FENILBUTAZONA 
 
Butazolidina 
 
OXIFEMBUTAZONA 
 
Febupen 
 
DIPIRONA / METAMIZOL 
 
Anador, novalgina, maxiliv 
 
USOS: 
- Analgesia; - Antipirético; 
**Observação: não usar por mais de uma semana – efeitos adversos; 
 
Milena Lopes 
DIPIRONA 
É uma pró-droga → gera vários os metabolitos, mas há dois com propriedades 
analgésicas: 4-metil-aminoantipirina( 4-MAA com 90% de biodisponibilidade) e o 4-
aminoantipiridina (4-AA); 
- Analgesia; - Antipirético; - Espasmolítico; 
EFEITOS ADVERSOS: 
Tempo prolongado 
- Agranulocitose: 
 diminui as defesas - alteração do sangue em que é identificada baixa 
quantidade ou ausência de granulócitos no sangue; 
 Não é dose dependente - pode ocorrer em qualquer fase do tratamento; 
- Náuseas 
- Vômitos; 
- Diarréia; 
- Erupções cutâneas; 
- Aplasia medular -rara; 
- Desconforto epigástrico; 
- Euforia ou nervosismo; 
- Hematúria; 
- Hipotireoidismo – reduz a captação 
de iodo pela tireoide; 
• Pancitopenia: mal estar geral; 
• Choque anafilático: pacientes sensíveis; 
• SSJ e NET: reações cutâneas 
CONTRAINDICAÇÃO: 
- Discrasias sanguíneas; 
- Hipersensibilidade a dipirona ou qualquer um dos componentes da formulação ou 
a outras pirazolonas ou a pirazolidinas com experiência prévia de agranulocitose 
com uma destas substâncias; 
- Como função da medula óssea prejudicada (após tratamento) no sistema 
hematopoiético; 
- Espasmos ou outras reações anafilactoides (urticaria, rinite, angioedema) com 
analgésicos como salicilatos, paracetamol, diclofenaco ibuprofeno; 
- Deficiência congénita da glicose- 6- fosfato-desidrogenase (risco de hemólise); 
- Gravidez e lactação; 
- Crianças com idade entre 3 a 11 meses; 
Milena Lopes 
ÁCIDOS ENÓLICOS - OXICAMS: 
 
Vantagens: meia-vida mais longa, apenas cerca de 20% dos pacientes apresenta 
efeitos adversos, porém, aumenta o tempo de coagulação e pode interferir na 
eliminação renal de lítio; 
 TENOXICAM 
1 ampola a cada 3 dias; 
Meia-vida: 70h; 
Dores como artrite reumatoide 
 MELOXICAM 
Meia-vida: 20h; 
USOS TERAPÊUTICOS 
- Cólica menstrual (qualquer um resolve); 
- Oosteoartrite; 
- Dose recomendada: 
 7,5-15 mg 1 vez/dia. 
EVENTOS ADVERSOS 
Seletividade pela COX-2 10 vezes maior. Entretanto, essa seletividade é bem 
variável e sua vantagem ou risco clínico ainda devem ser estabelecidos. 
Há menos lesões gástricas em comparação com o piroxicam; 
METANO-SULFONILIDES: 
NIMESULIDE/ NIMESULIDA 
- É uma sulfonamida; 
- Seletividade para a COX-2 similar à do celecoxibe. 
- Inibição daativação dos neutrófilos, diminuição da produção de citocinas, redução 
da produção de enzimas degradantes e possivelmente a ativação de receptores para 
os glicocorticoides; 
Milena Lopes 
- Inibição da fosfodiesterase tipo IV, redução da formação do Ânion superóxido (O2), 
inibição de proteinases (elastase, colagenase), prevenção na inativação do inibidor 
da alfa-1protease, inibição da liberação de histamina dos basófilos e mastócitos 
humanos e inibição da atividade da histamina; 
CARACTERÍSTICAS 
- Inibidor de PGs fraco; 
- Mecanismo central analgésico noradrenérgico; 
- Somente analgésico; 
DOSES 
➔ Via oral: após as refeições 
Comprimido: iguais ou inferiores a 100 mg 2 x/dia, 12-12h, como anti-inflamatório, 
analgésico e antipirético. 
Gotas: 50 mg 
Suspensão: 10 mg/ml 
**Observação: usar no máximo 15 dias devido ao risco de hepatotoxicidade e 
máximo de 100 mg/dia; 
- SOMENTE em pessoas acima de 12 anos, mesmo o em gotas; 
EFEITOS ADVERSOS: 
- Hepatotoxicidade* grave e fatal; 
- Diarréia; 
- Náuseas; 
- Vômitos; 
- Prurido;
COXIBS: 
- Inibidores seletivos da enzima cox-2; 
- Ação específica sobre ela; 
- Não atuam sobre tromboxanos, causando a sua indução; 
- Não mais do que 20 a 30 dias; 
- Possuem grupo carboxil na sua estrutura; 
- Diferem-se na estrutura química; 
 
Milena Lopes 
CELECOXIBE 
Celebra 
1ª geração; 
- Pro-droga do valdecoxib; 
- É uma sulfonamida; 
- Inibidor seletivo da COX-2, significativamente mais seletivo para inibir a COX-2 do 
que a COX-1. 
ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E ELIMINAÇÃO 
- Liga-se amplamente às proteínas plasmáticas; 
- Meia-vida de eliminação é de aproximadamente 11 h. 
- Dose: 1 ou 2 vezes/dia durante o tratamento crônico. 
- Metalização: CYP2C9. inibidor da CYP2D6, sendo necessária vigilância clínica 
durante a coadministração de fármacos com conhecida capacidade de inibir a 
CYP2C9 e daqueles metabolizados por CYP2D6. 
USOS TERAPÊUTICOS: 
- AR, osteoartrite e dor de leve a moderada; 
- Osteoartrose, artrite reumatoide, artrite reumatoide juvenil, espondilite anquilosante 
e dismenorreia primária. 
Osteoartrite é de 200 mg/dia em dose única ou dividida em duas doses de 100 mg. 
Artrite reumatoide, a dose recomendada é de 100-200 mg 2 vezes/dia. 
FARMACOCINÉTICA: 
O celecoxibe é facilmente absorvido após a administração oral. Ele é extensamente 
biotransformado no fígado pelo sistema CYP450 (CYP2C9), sendo excretado nas 
fezes e na urina; 
EFEITOS ADVERSOS: 
Cefaleia, dispepsia, diarreia e dor abdominal são os efeitos adversos mais comuns do 
celecoxibe. 
Ele deve ser usado com cautela em pacientes alérgicos a sulfonamidas. 
Os pacientes que apresentaram reações anafilactoides ao AAS ou aos AINEs não 
seletivos correm o risco de apresentar efeitos similares com celecoxibe. 
Milena Lopes 
Os inibidores do CYP2C9, como fluconazol e fluvastatina, podem aumentar os níveis 
séricos de celecoxibe. 
Risco de infarto do miocárdio e acidente vascular encefálico; 
ETORICOXIBE 
- Arcoxia - São metilsufonas; - 2ª geração 
PARA-AMINOFENOL 
PARACETAMOL 
Tilenol 
- Não é anti-inflamatório; 
- Inibidor seletivo da COX- 
- Fraco inibidor da COX periférica; 
- Não têm ação plaquetária e nem de coagulação; 
- Não é irritante gástrico; 
USO 
- Antipirexia em crianças e adultos jovens; 
EFEITOS ADVERSOS 
- Hepatotóxico (10 a 15 g) 
- Neutropenia; 
- Trombocitopenia; 
DOSE 
- Adultos: 
 325 a 1000 mg – não ultrapassam 4000 mg diárias; 
- Crianças: 
 10 mg/kg -não utilizar mais que 5 doses diárias; 
MECANISMOS DE CONJUGAÇÃO 
• 3 MECANISMOS: 
1. Conjugação com ácido glicurônico(glicuronização); 
2. Sulfatação; 
3. Oxidação*; 
Milena Lopes 
- A via oxidativa produz metabólito tóxico em condições terapeuticas, une-se ao 
glutation, forma conjugados de cisteína e ácido mercaptúrico; 
- A glicuronização e a sulfatação produzem metabólitos atóxicos; 
- Doses acima de 4g/dia, após a saturação das vias metabólicas principais, sofre 
oxidação, gerando o metabolito tóxico 
 N-acetil-p-benzoquinonaimina (NAPQI) 
- Não tem glutation para metabolização do toxico - causa necrose hepática 
- Doses terapeuticas (325 – 1000mg) resultam em quantidade pequenas de NAPQI 
→ conjugada glutationa - excretado (normalmente na bílis invés da urina) 
metabolizado. 
EFEITO TÓXICO: 
N-acetil-p-benzoquinonaimina (NAPQI); 
• Antídoto: 
→ N – acetilcisteína-fluimucil: 
- Somente até 12 após; 
- Precursor de GSH: aumenta a síntese de GSH hepática; 
- Doador de grupo sulfidrila: substituto de GSH; 
- Aumenta a conjugação do paracetamol com sulfato; 
- Melhora a função de múltiplos órgãos na insuficiência hepática; 
CRIANÇAS 
As indicações terapêuticas para uso de AINEs em crianças incluem febre, dor 
branda, dor pós-operatória e transtornos inflamatórios, como artrite juvenil e 
doença de Kawasaki. 
USAR: 
Paracetamol, ibuprofeno e naproxeno. 
DOENÇA DE KAWASAKI 
O ácido acetilsalicílico geralmente é evitado em populações pediátricas devido a 
sua potencial associação com a síndrome de Reye. No entanto, doses elevadas de 
ácido acetilsalicílico (30-100 mg/kg/dia) são usadas para tratar as crianças durante 
a fase aguda da doença de Kawasaki, seguido por terapia antiplaquetária com doses 
baixas na fase subaguda. 
Milena Lopes 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
- WHALEN. K Farmacologia Ilustrada - 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. - RANG, 
H.P.; DALE, M.M.; RITTER, J.M. Farmacologia; 
- Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12ª edição. Rio de 
Janeiro, McGraw-Hill, 2012,2112 p. 
- Katzung, Bertram G. Mc Graw Hill. 12aedição, 2013. Farmacologia Básica e Clínica; 
- Sanarflix;

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