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Milena Lopes FISIOLOGIA DA INFLAMAÇÃO: A inflamação é uma resposta normal de proteção às lesões teciduais causadas por trauma físico, agentes químicos ou microbiológicos nocivos. É a tentativa do organismo de inativar ou destruir os organismos invasores, remover os irritantes e preparar o cenário para o reparo tecidual. Quando a recuperação está completa, normalmente o processo inflamatório cessa. Entretanto, a inflamação também pode advir da ativação imprópria do sistema imune, resultando em doenças imunomediadas; • Eicosanoide: prostaglandinas e leucotrienos Derivados de ácidos graxos essenciais de 20 moléculas de carbonos esterificados em fosfolipídios da membrana celular com duplas ligações; A síntese dos eicosanóides pode ser desencadeada por diversos estímulos que ativam receptores de membrana, acoplados a uma proteína regulatória ligada a um nucleotídeo guanínico (proteína G), resultando na ativação das fosfolipase A2 ou elevação da concentração intracelular do Ca²+; Milena Lopes A fosfolipase A2 hidrolisa fosfolipídios da membrana, particularmente fosfatidilcolina e fosfatidiletanolamina, liberando o ácido araquidônico; Ruptura da membrana plasmática → ácido araquidônico (serve de substrato para duas vias enzimáticas distintas): - Via Cicloxigenase → prostaglandina, tromboxano e prostaciclinas; - Via Lipoxigenase → leucotrienos e lipoxinas; Elementos da dor = edema e inflamação; ➔ AINES: impedem as cicloxigenases ÁCIDO ARAQUIDÔNICO AINE O RIM É O QUE MAIS SOFRE NESSE PROCESSO (O rim tem COX 1 e 2) RECEPTORES DE PROSTAGLANDINA As PG ligam-se a receptores prostanoides na membrana celular, acoplados a proteína G. Ativa proteína G → estimula sistemas efetores → liberação de segundos mensageiros em diversos tecidos; • 5 grupos separados por afinidade (DP): - PGD²; - FP (PGF²); - IP (PGI²); - TP (PXA²); - EP (PGE²) COX-2 COX-1 Rim Prostaglandina Prostaglandina Dor e febre Proteção da mucosa gástrica Inflamação Hemostasia Milena Lopes - Maioria dos r- PG seja receptores de superfície de membrana celular (receptores acoplados à proteína G); - Alguns podem estar localizados na membrana nuclear, cujos ligantes atuam como fatores de transcrição, alterando a expressão gênica; CICLOXIGENASE 1 – COX 1: CONSTITUTIVA/FISIOLÓGICA Produção natural; Local: em todos os tecidos - células, mas não se relaciona ao processo inflamatório; Estimula a produção de prostaglandinas; FUNÇÕES DAS PROSTAGLANDINAS: → Relacionada ao processo homeostático do corpo; → Mucosa gástrica – muco protetor ao ácido(úlcera gástrica) – PGE/PGI; → Manutenção da pervidade da artéria renal (lesões renais) - PGE/PGI; → Inibir as selectinas (agregação plaquetária/hemostasia) – TXA/PGI → Processo inflamatório – PGE - Vasodilatação ou vasoconstrição; - Contração ou relaxamento da musculatura brônquica ou uterina; - Hipotensão; - Ovulação; - Metabolismo ósseo; - Aumento do fluxo sanguíneo renal (resultando em diurese, natriurese, caliurese e estimulação da secreção de renina); - Proteção da mucosa gástrica e regulação do fluxo sanguíneo local; - Inibição da secreção ácida gástrica; - Crescimento e desenvolvimento nervoso; - Resposta imunológica; - Hiperalgesia; - Regulação da atividade quimiotáxica celular; - Resposta endócrina; - Angiogênese; - Progressão metastática. CICLOXIGENASE 2 – COX 2: INDUZIDA Não é natural, é induzida/ativada pela resposta inflamatória; Local: células inflamatórias no endotélio e onde há inflamação; Ausente da maioria dos tecidos normais. Milena Lopes Os inibidores da COX-2 foram desenvolvidos com a expectativa de que eles inibissem a inflamação prejudicial mas não bloqueassem os efeitos protetores das prostaglandinas produzidas constitutivamente. OS inibidores da COX-2 podem aumentar o risco para doença cerebrovascular e cardiovascular, provavelmente porque prejudicam a produção, pela célula endotelial, da prostaciclina PGI2, um inibidor de agregação plaquetária, mas conserva intacta a produção pelas plaquetas, mediada pela COX-1 de TXA2, um mediador de agregação das plaquetas. Os AINES deveriam inibir somente a cox-2 e preservar a 1; Quando usam os não seletivos, causam problemas; Os AINES inibem a formação de novas COX, as antigas prostaglandinas não são alteradas; EXPRESSÃO DA COX-2 TECIDO EXPRESSÃO DA COX-2 FUNÇÃO Rim Mácula densa; Porção cortical ascendente da alça de Henle; Regula o volume intravascular Cérebro Cél. Endoteliais; Neurônios excitatórios cortical; Resposta a febre; Conexão dos neurônios; Desenvolvimento do SNC; Memória e aprendizado; Osso Osteoblastos Diferenciação osteoclástica; Regulação da remodelação óssea; Câncer de colo Epitélio da mucosa Adesão à matriz extracelular; Resistencia à apoptose Ap. reprodutor femino Útero e Ovário Ovulação; Implantação do embrião TGI Epitélio intestinal; Úlcera gástrica; Secreção de fluidos da mucosa; Cicatrização das ulceras; ESPECTRO DE INIBIÇÃO DOS ANTI-INFLAMATÓRIO: EFEITOS DROGAS Inibição predominante COX-1 e COX- 2 Piroxicam, Indometacina, Diclofenaco, Naproxeno, Ibuprofeno, Cetoprofeno, Flubiprofeno, Ácido mefenâmico, Ácido flufenâmico, Ácido clofenâmico, Ácido tioprofênico, Fenilbutazona, Oxifenobutazona, Sulindaco, Tolmetina, Cetorolaco, Etodolaco, Diflunisal Pequena inibição da COX-1 e COX-2 Acetaminofen Inibição relativa da COX-2 Nimesulida, Meloxicam Inibição seletiva da COX-2 Celecoxibe, Etericoxibe Milena Lopes DEFINIÇÃO DE AINES São um grupo de fármacos quimicamente heterogêneos que se diferenciam na sua atividade antipirética, analgésica e anti-inflamatória. - Inibem a produção de prostaglandinas; - Iniciar em dose baixa (analgésica); - Nunca fazer associação, exceto baixas doses de ASS; - Quando controlar os sintomas, reduzir a dose, substituir por analgésico, usar somente quando necessário (SOS); INDICAÇÕES CLINICAS - Manifestações musculoesqueléticas localizadas (distensão e entorse, dor lombar); - Artrite reumatóide; - Polimiosite; - Lúpus; - Esclerose sistêmica progressiva; - Poliartrite nodosa; - Espondilite anquilosante; - Dismenorreia primária; - Mastocitose sistêmica; - Serosites lúpicas (pleurite e pericardite); - Gota aguda; - Osteoratrose; - Artroplastia; - Fibrose cística; • Derivados do: INIBIDORES NÃO SELETIVOS DA COX Ácido salicílico(salicilatos): ácido acetilsalicílico [AAS / aspirina], salicilato de sódio, diflunisal e salsalato; Ácido propiônico: ibuprofeno, naproxeno, fenoprofeno, flurbiprofeno, cetoprofeno e oxaprozina; Ácido acético / fenilacético: Diclofenaco de sódio, aceclofenaco, etodolaco, indometacina, cetorolaco, nabumetona, sulindaco e tolmetina; Ácido enólico: meloxicam e piroxicam; Fenamatos: ácido mefenâmico e meclofenamato; Ácido indolacético etodolaco INIBIDOR COX-2 SELETIVO: Celecoxibe, eterocoxibe DERIVADO DA SULFONANILIDA nimesulida Milena Lopes FARMACODINÂNICA E FARMACOCINÉTICA: - Compõem um grupo heterogêneo de compostos, com um ou mais anéis aromáticos ligados a um grupamento ácido funcional. - Ácidos fracos; - Atuam principalmente nos tecidos inflamados e se ligam, significativamente, à albumina plasmática; ABSORÇÃO: - Bem absorvidos no TGI; - Absorção é rápida (entre 1 a 4 horas); - Não atravessam imediatamente a barreira hematoencefálica; METABOLIZAÇÃO: - Tem metabolização hepática; - Alta biodisponibilidade devido a um limitado metabolismo hepático de primeira passagem. EXCREÇÃO - Renal e biliar; MECANISMO DE AÇÃO Inibindo as enzimas cicloxigenase que catalisam o primeiro estágio da biossíntese de prostanoides. Isso leva à redução da síntese de PGs, com efeitos desejados e indesejados. Diferenças na segurança e na eficácia dos AINEs são devidoa seletividade relativa das enzimas COX-1 ou COX-2. - Inibição da COX-1 é responsável pela prevenção dos eventos cardiovasculares e pela maioria dos eventos adversos. - Inibição da COX-2 parece levar aos efeitos anti-inflamatório e analgésico dos AINEs; São ideais para: - Inflamação; - Dor; - Febre; ADMINISTRAÇÃO: - Maioria: V.O; Milena Lopes MEIAS-VIDAS: • Ação curta: - 1 – 9 h; 2 a 3 x/dia; - Ibuprofeno, diclofenaco, cetoprofeno, fenoxiprofeno, ASS, cetorolaco e indometacina ; • Ação mediana: - 10 h; - Sulindaco, etodolaco, celecoxibe, diflunisal; • Ação prolongada: - Até 60 h; 3 em 3 dias - Naproxeno, meloxicam , piroxicam e nabumetona. PRINCIPAIS SISTEMAS AFETADOS PELAS REAÇÕES ADVERSAS GATROINTESTINAL: Leve dispepsia até hemorragia maciça causada por úlcera gástrica perfurada, como resultado de inibição da produção de prostaciclina; Aumenta o quadro de colite ulcerativa e de doença de Crohn; Prostaciclinas têm efeitos gástricos protetores: reduz a quantidade de ácido estomacal produzido e mantêm uma camada de mucosa protetora, aumentando a produção de mucosa e melhorando o fluxo sanguíneo local. Irritação gástrica - por irritação direta dos próprios medicamentos. Embora os inibidores de COX-2 sejam mais específicos para a enzima COX-2, alguns ainda retêm certa inibição de COX-1, causando risco de sangramento gastrintestinal; - Dor abdominal; - Náuseas e vômitos; - Diarreia; - Anorexia; - Erosão / úlceras pépticas; - Anemia - Hemorragia digestiva alta; - Perfuração/obstrução - Gastrite; - Displasia; RENAL: Sob condições fisiológicas normais, a prostaciclina e o óxido nítrico levam ao relaxamento do músculo liso no endotélio vascular e, portanto, à vasodilatação. Milena Lopes As prostaciclinas desempenham papel essencial na regulação do tônus arterial aferente e eferente no glomérulo, conhecido por desempenhar um papel vital na preservação da função renal em estados hipovolêmicos. A inibição de produção de prostaciclinas pode levar a uma taxa menor de filtração glomerular, retenção de sal e água, e lesão renal aguda. O rim tem cox 1 e 2; • Nefrotoxicidade: É mediada pela inibição da prostaglandina na arteríola glomerular aferente e nefrite intersticial; Ocorrência: incidente nos indivíduos com doença renal preexistente; Aumenta pela idade e função renal rebaixada, principalmente nos usuários de diuréticos e anti-hipertensivos; motivos pelos quais para este grupo de doentes estes medicamentos são contraindicados; - Nefrite intersticial; - Retenção de sal e água; - Insuficiência renal; - Falência renal; - Hiperpotassemia; - Proteinúria; - Diminuição da clearance da creatinina; - HTA; - Descompensação de ICC; HEMATOLÓGICO: Em plaquetas, a COX metaboliza o ácido araquidônico em tromboxano A2, o que leva à maior adesividade de plaquetas e vasoconstrição. Em contraste, no músculo liso vascular, forma-se a prostaciclina, que causa vasodilatação e reduz agregação de plaquetas. Milena Lopes A hemostasia resulta do equilíbrio delicado entre esses sistemas. Assim, os AINEs levam à redução da função e adesividade das plaquetas, e a um maior tempo de sangramento. - Inibição da ativação plaquetária - Propensão a equimoses; - Maior risco de hemorragias; - Trombocitopenia; - Neutropenia; - Anemia aplásica; RESPIRATÓRIO Um mecanismo de ação proposto é que a inibição do metabolismo do ácido araquidônico pela COX leve ao aumento na produção de leucotrienos. Os leucotrienos têm ações broncoconstritoras diretas. Pacientes com asma brônquica → precipitam/exacerbam broncoespasmos; - Asma; CUTÂNEA - Prurido; - Exantemas; - Síndromes; CARDIOVASCULARES Inibidores específicos de COX-2 ou ‘coxibes’ foram introduzidos no mercado para evitar os efeitos colaterais comuns e graves sobre o trato gastrintestinal alto pela inibição da COX-1 por AINEs não-específicos. Há um aumento dependente da dose no risco de eventos trombóticos, tanto cardíacos quanto cerebrais. O rofecoxibe e o valdecoxibe foram retirados do mercado devido ao aumento do número de eventos cardiovasculares associados especificamente a essas 2 drogas. O risco é mais alto em pacientes com doença cardiovascular pré-existente, e, portanto, o uso de inibido-res de COX-2 é contraindicado para pacientes com insuficiência cardíaca, doença cardíaca isquêmica, e doença vascular periférica e cerebrovascular. - Edema, piora da função renal em pacientes renais/cardíacos ou cirróticos; - Menor eficácia dos medicamentos anti-hipertensivos; - Menor eficácia dos diuréticos; - Redução da excreção de uratos (especialmente com ácido acetilsalicílico); - Hiperpotassemia; Milena Lopes - Fechamento do canal arterial; - Infarto do miocárdio; - AVC; - Trombose; - Retenção hídrica; - Hipertensão; - Insuficiência cardíaca congestiva; CICATRIZAÇÃO ÓSSEA Em particular os inibidores de COX-2, causem redução da taxa de cicatrização óssea e aumento da incidência de não-consolidação de fraturas. Após uma fratura, há maior produção de prostaglandinas como parte da resposta inflamatória, o que aumenta o fluxo sanguíneo local. ÚTERO: - Reduz as contrações uterinas; - Prolongamento da gestação; - Inibição da parturição; SISTEMA NERVOSO CENTRAL Os mais lipossolúveis como, cetoprofeno, naproxeno e ibuprofeno, penetram no mais facilmente e estão associados com leves alterações no humor e na função cognitiva; Pacientes com lúpus e doença mista do tecido conjuntivo, pode haver um aumento do risco de meningite asséptica; - Cefaleia; - Vertigem; - Tonturas; - Confusão; - Hiperventilação (salicilatos); - Zumbido; - Meningite asséptica(rara) HEPÁTICO - Provas de função hepática anormais; - Insuficiência hepática. HIPERSENSIBILIDADE - Rinite vasomotora; - Edema angioneurótico; - Asma; - Urticária; - Rubor; - Hipotensão; - Choque; Milena Lopes GRUPOS DE RISCO PACIENTES Com insuficiência cardíaca, doença cardíaca isquêmica, e doença vascular periférica e cerebrovascular Uso de inibidores de COX-2 - Gastrointestinais: doença ulcerativa ou Crohn → exacerbada; Precaução em pessoas com hipertensão ou insuficiência cardíaca, devido a retenção de líquidos e edema; GESTANTES E LACTANTES: A maioria dos AINEs está na categoria C de risco à gestação nos primeiros dois trimestres. - Risco de fechamento prematuro do canal arterial e oligo-hidrâmnio; - Anemia, sangramento anormal, insuficiência renal e prolongamento da gestação e do parto. - Inicio do parto pode atrasar; - Aumenta chance de hemorragia pós-parto; - Aborto ou má formação cardíaca; Milena Lopes - Nunca usar no final da gravidez – último trimestre; No terceiro trimestre, evitar devido ao risco de fechamento prematuro do ducto arterioso. **Nota: o paracetamol (não AINE) é o fármaco preferido para efeito antipirético ou analgésico durante a gestação. Usar corticoide em caso de inflamação; IDOSOS Maior frequência de reações adversas aos AINEs; TIPOS DE AINES ÁCIDO ACETILSALICÍLICO / SALICILATOS O AAS pode ser considerado um AINE tradicional, mas ele apresenta efeito anti- inflamatório apenas em dosagens relativamente altas, raramente usadas. Ele é mais usado em dosagens baixas para a prevenção de eventos cardiovasculares, como o acidente vascular encefálico (AVE) e o infarto do miocárdio (IM). O AAS é diferenciado dos outros AINEs, frequentemente, por ser um inibidor irreversível da atividade da cicloxigenase. pela ligação covalente com uma molécula de serina do local ativo. Na estrutura da COX-1, a aspirina acetila a serina na posição 530, prevenindo a ligação do ácido araquidônico ao local ativo da enzima; TRÊS AÇÕES TERAPÊUTICAS: 1. Anti-inflamatória - inflamação (vasodilatação, edema); 2. Analgésica – dor (PGs,hiperalgesia, Bk, 5-HT); 3. Antipirética - febre (IL-1, PGs, hipotálamo). **Nem todos os AINEs são igualmente potentes em cada uma dessas ações. • Ação anti-inflamatória: A inibição da cicloxigenase diminui a formação de PGs e, assim, modula os aspectos da inflamação nos quais as PGs atuam como mediadoras. • Ação analgésica: Acredita-se que a PGE2 sensibiliza as terminações nervosas à ação da bradicinina, da histamina e de outros mediadores químicos liberados localmente pelo processo inflamatório. Assim, diminuindo a síntese de PGE2, a sensação de dor pode diminuir. Milena Lopes Como a COX-2 é expressa durante inflamações e lesões, parece que a inibição dessa enzima é responsável pelo efeito analgésico dos AINEs. Nenhum AINE demonstrou eficácia superior aos demais (a eficácia de todos eles é considerada, em geral, equivalente). • Ação antipirética: A febre ocorre quando o “ponto de referência” do centro termorregulador hipotalâmico anterior é aumentado. Isso pode ser causado pela síntese da PGE2, que é estimulada quando agentes endógenos causadores de febre (pirógenos), como as citocinas, são liberados pelos leucócitos ativados por infecção, hipersensibilidade, câncer ou inflamação. Os AINEs diminuem a temperatura corporal em pacientes febris, impedindo a síntese e a liberação da PGE2. Esses fármacos, essencialmente, recolocam o “termostato” no normal. Isso rapidamente baixa a temperatura corporal de pacientes febris, aumentando a dissipação do calor como resultado da vasodilatação periférica e da sudoração. AAS MECANISMO DE AÇÃO: O AAS é um ácido orgânico fraco que acetila irreversivelmente e, assim, inativa a cicloxigenase. Todos os outros AINEs são inibidores reversíveis da cicloxigenase. • Em baixas doses: - Acetila a COX-1 de forma IRREVERSÍVEL, bloqueando a síntese de TXA2 pelas plaquetas → efeito antiplaquetário (dura 8 – 10 dias); - Pouco efeito sobre a síntese de PGI2 no endotélio vascular; - O efeito final é uma redução do risco de trombose; controlando a adesão de células e a agregação plaquetária, apresentando um mecanismo antitrombogênico. - Antiplaquetário mais prescrito no mundo; - Plaqueta expressa COX-1 → Inibição da COX-1 inibe a produção de TXA2 (indutor de agregação plaquetária); USOS TERAPÊUTICOS: • Usos anti-inflamatório e analgésico: - Analgésica em dosagens baixas. Doses mais altas eles têm atividade anti -inflamatória. Milena Lopes 2 comprimidos de 325 mg de AAS administrados 4x ao dia produzem analgesia, ao passo que 12-20 comprimidos diários de 325 mg produzem analgesia e atividade anti-inflamatória. • Aplicações cardiovasculares: O AAS é usado para inibir a aglutinação plaquetária. Doses baixas de AAS inibem a produção de TXA2 mediada por COX-1, reduzindo, assim, a vasoconstrição e a aglutinação de plaquetas mediada por TXA2 e o subsequente risco de eventos cardiovasculares. Doses baixas de AAS (menores do que 325 mg; muitos consideram doses de 75 a 162 mg, comumente 81 mg) são usadas profilaticamente para 1) reduzir o risco de eventos cardiovasculares recorrentes e/ou morte em pacientes com IM prévio ou angina de peito instável; 2) reduzir o risco de ataques isquêmicos transitórios (AITs) recorrentes ou AVEs; 3) reduzir o risco de eventos cardiovasculares ou morte em pacientes de alto risco, como aqueles com angina estável crônica ou diabetes. Como o AAS inibe irreversivelmente a COX-1, o efeito antiplaquetário persiste por toda a vida da plaqueta. • Aplicações externas(tópico): Acne, calosidades, calos ósseos e verrugas. O metilsalicilato (óleo de gaultéria) é utilizado externamente como um contrairritante cutâneo em linimentos, como pomadas contra artrites e friccionantes de esportes. - Salicilato de metila (calminex H ou gelol) – dores musculoesqueléticas; • Alzheimer: Um estudo desenvolvido por pesquisadores americanos constatou que tratamento com baixas doses de aspirina pode ser eficiente para enfrentar o mal de Alzheimer. DOSES ANTITROMBÓTICA ANALGÉSICA, ANTIPIRÉTICA ANTI-INFLAMATÓRIA Cardiologista Farmacêutico Reumatologista 80 mg/dia 325-650 mg – 6/6h 1 g – 4-6h Indetectável < 2,5 mg/dl [mM] ➢ 20 mg/dl [mM] COX-1 plaquetária COX-1 E COX-2 COX-1 E 2; transcrição de sinal EFEITOS ADVERSOS: Síndrome de Reye: Distúrbio hepático com encefalopatia Milena Lopes - Broncoespasmo - Lesão gástrica; CONTRAINDICAÇÕES - Pacientes hemofílicos; - Pacientes que usam heparina ou anticoagulantes → risco de hemorragia; - Pacientes com menos de 20 anos de idade com febre, devido a infecção viral, como varicela [catapora] ou gripe [influenza], para prevenir a síndrome de Reye, que pode causar hepatite fulminante com edema cerebral, frequentemente levando ao óbito. - Suspeita de dengue: Dengue hemorrágica – risco de sangramento; Inibição de agregação plaquetária em pacientes com hemorragia potencialmente fatal; Provoca acetilação da enzima cicloxigenase plaquetária, inibindo a formação do tromboxano A2, o que leva a uma redução na formação de plaquetas, diminuindo assim, a agregação plaquetária → agravar o quadro de trombocitopenia → hemorragia; TOXICIDADE Pode ser leve ou grave. A forma leve é denominada de salicilismo: náuseas, êmese, hiperventilação acentuada, cefaleia, confusão mental, tontura e zumbidos (zunidos e ruídos auriculares). Doses elevadas de salicilatos podem causar intoxicação grave: agitação, delírio, alucinação, convulsão, coma, acidose respiratória e metabólica e até morte por insuficiência respiratória. As crianças são particularmente suscetíveis à intoxicação por salicilatos. A ingestão de apenas 10 g de AAS pode levar crianças a óbito. Milena Lopes ÁCIDO FENIL-ACÉTICO: - Mais potente que aspirina; • Usos: - Casos agudos dolorosos: artrite reumatóide, espondilite anquilosante e osteoartrite; - Pós-operatório - inclusive em olhos; - Neonatos prematuros (indometacina – acelerar o fechamento do ducto arterioso); **Observação: NÃO usar para baixar a febre, exceto em febre refratária a outros antipiréticos (Hodgkin); Diclofenaco Voltarem, cataflam Aceclofenaco Proflam Sulindaco Clinoril – análogo da indometacina Indometacina Indocid DICLOFENACO* - Melhor anti-inflamatório; - Voltarem ou cataflam - ambos têm mesmo efeito; - Mais potente que o ASS, a indometacina e o naproxeno na inibição da COX; USO: - Artrite reumatoide, osteoartrite e da espondilite ancilosante; - Dismenorreia primária e enxaqueca aguda; APRESENTAÇÕES - Comprimidos; - Gel tópico; - Solução oftálmica; - Supositório; - Injetável; Sal de potássio para administração oral - epolamina para administração transdérmica; Sal de sódio para administração tópica ou oral. MECANISMO DE AÇÃO - A seletividade do diclofenaco para COX-2 é semelhante à do celecoxibe. - Reduz as concentrações intracelulares de AA livre nos leucócitos, talvez por alterar sua liberação e sua captação; Milena Lopes ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E ELIMINAÇÃO Rápida absorção, ampla ligação às proteínas e meia-vida de 1-2 h. A meia-vida curta torna necessário dosar o diclofenaco de maneira consideravelmente maior do que seria necessário para inibir COX-2 completamente com concentrações plasmáticas de pico para manter a inibição durante todo o intervalo de dose. Metabolizado no fígado por um membro da subfamília CYP2C em 4- hidroxidiclofenaco, o principal metabólito, e outras formas hidroxiladas; após glicuronidação e sulfuração, os metabólitos são excretados na urina (65%) e na bile (35%). USOS TERAPÊUTICOS - Oral: Dose diária habitual é de 100-200 mg, fracionada em várias vezes. Para enxaqueca, um pacote de pó (50 mg) dissolvido em 30-60 g de água é administrado. - Tópico: gel e como adesivo transdérmico; - Solução oftálmica: da inflamação pós-operatória após a extração de cataratas e dor pós-operatóriae fotofobia após cirurgia refrativa da córnea. EFEITOS ADVERSOS - Gastrintestinais - 20% dos pacientes; - SNC, exantemas, reações alérgicas, retenção de líquido, edema e comprometimento da função renal; Consistente com a sua preferência pela COX-2, e diferentemente do ibuprofeno, o diclofenaco não interfere no efeito antiplaquetário do ácido acetilsalicílico. TORAGESIC - 30 mg / IV - 10 mg / sublingual; - Meia-vida: 4 – 6 h; • Cetorolaco trometamol: - Atividade anti-inflamatória e antipirética; - Potente analgésico para dor pós operatório; - Eficácia equivalente a morfina em baixas doses para o controle da dor (associar com opioide para alívio da dor). Milena Lopes INDOMETACINA - Ruim; - Em casos de parto prematuro – evitar hemorragia; - Muito potente, mais que o ASS; - Inibidor não seletivo de COX, que também pode inibir as fosfolipases A e C, reduz migrações de neutrófilos; DOSES: 25 mg / 2-3x/dia; 75-100 mg/ noite; EFEITOS ADVERSOS: - Cefaleia; - Neutropenia; - Trombocitopenia; INDICAÇÕES - Artrite reumatoide moderada a grave; - Osteoartrite e artrite gotosa aguda; - Fechamento do canal arterial; ÁCIDO PROPIÔNICO/ FENILPROPIÔNICO: - Baixa toxidade; - Menores efeitos adversos; USO: - Artrite reumatóide; - Osteoartrite; - Tendinite; - Bursite; - Enxaqueca; - Dismenorreia primária; Milena Lopes IBUPROFENO - Eficácia comparada ao ASS; USO: - Cefaleia; - Mialgia; - Artrite reumatoide; - Osteoartrite; - Dismenorreia primaria; - Traumatismos com entorses; - Luxações e fraturas; - Febre; - Alivio de dor aguda ou crônica associada a reação inflamatória; ABSORÇÃO - Absorção rápida; METABOLISMO E ELIMINAÇÃO hepático (90% dele são metabolizados em derivados hidroxilados ou carboxilados), havendo excreção renal dos metabólitos. MEIA-VIDA: - Mais ou menos 2 h; DOSE Comprimidos, cápsulas, pílulas e cápsulas gelatinosas contendo 50-800 mg, em gotas orais e suspensão oral. - Dose habitual 400 mg a cada 4-6 h dor branda a moderada - dismenorreia primária: - Doses ≤ 800 mg 4 vezes/dia tratamento da artrite reumatoide e osteoartrite, mas doses mais baixas frequentemente são suficientes. - Intravenoso 100-800 mg durante 30 min a cada 4-6 h. Para dor ou febre EFEITOS ADVERSOS Mais bem tolerado que o ácido acetilsalicílico e que a indometacina; - 5-15% - gastrintestinais; - Menor débito urinário; Milena Lopes - Limita efeitos cardioprotetores do ASS; ➔ Menos frequentes: Trombocitopenia, exantemas, cefaleia, tonturas, visão borrada e, em poucos casos, ambliopia tóxica, retenção de líquidos e edema. • Observações: Pode ser usado ocasionalmente por gestantes, mas há preocupação quanto a seus efeitos no terceiro trimestre, entre os quais atraso no parto. A excreção no leite materno é tida como mínima, de modo que o ibuprofeno também pode ser usado com cautela em mulheres que estejam amamentando. CETOPROFENO Um S-enantiômero mais potente é disponível na Europa; Além da inibição da COX, pode estabilizar as membranas lisossômicas e antagonizar as ações da bradicinina. É conjugado com ácido glicurônico no fígado e o conjugado é excretado na urina. Os pacientes com comprometimento da função renal o eliminam de forma mais lenta. Aproximadamente 30% dos pacientes experimentam efeitos colaterais gastrintestinais leves com o cetoprofeno, e menos intensos se ele for tomado com alimentos ou antiácidos; NAPROXENO - Naproxeno sódico é absorvido rapidamente; - Pico de concentração plasmática: 2 – 4h - 200-750 mg de naproxeno ou naproxeno sódico e como suspensão oral. USO - Artrite juvenil e reumatoide, osteoartrite, espondilite ancilosante, dor, dismenorreia primaria, tendinite, bursite e gota aguda. ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E ELIMINAÇÃO É totalmente absorvido quando administrado por via oral. Alimentos retardam a taxa mas não a extensão da absorção. É absorvido por via retal, embora mais lentamente que após administração oral. Milena Lopes Meia-vida no plasma é variável: cerca de 14 h no jovem, mas pode aumentar aproximadamente 2 vezes no idoso – declínio da função renal; Os metabólitos do naproxeno são excretados quase inteiramente na urina. O naproxeno liga-se quase completamente (99%) às proteínas após doses terapêuticas normais. Ele cruza a placenta e aparece no leite de mulheres lactantes em aproximadamente 1% da concentração plasmática materna. EFEITOS ADVERSOS COMUNS - Risco relativo de infarto do miocárdio pode ser reduzido em aproximadamente 10% pelo naproxeno, comparado com uma redução de 20-25% pelo ácido acetilsalicílico. - Gastrintestinais; - SNC: sonolência, dor de cabeça, tonturas e suores até fadiga, depressão e ototoxicidade. As reações menos comuns incluem prurido e uma variedade de problemas dermatológicos. Poucos casos de icterícia, comprometimento da função renal, angioedema, trombocitopenia e agranulocitose já foram descritos. FLUBIPROFENO O flurbiprofeno está disponível na forma de comprimidos e como solução oftálmica indicado para miose intraoperatória. As propriedades farmacológicas, indicações terapêuticas e efeitos adversos da administração oral de flurbiprofeno são semelhantes aos de outros anti-inflamatórios derivados do ácido propiônico; PIRAZOLÔNICOS: FENILBUTAZONA Butazolidina OXIFEMBUTAZONA Febupen DIPIRONA / METAMIZOL Anador, novalgina, maxiliv USOS: - Analgesia; - Antipirético; **Observação: não usar por mais de uma semana – efeitos adversos; Milena Lopes DIPIRONA É uma pró-droga → gera vários os metabolitos, mas há dois com propriedades analgésicas: 4-metil-aminoantipirina( 4-MAA com 90% de biodisponibilidade) e o 4- aminoantipiridina (4-AA); - Analgesia; - Antipirético; - Espasmolítico; EFEITOS ADVERSOS: Tempo prolongado - Agranulocitose: diminui as defesas - alteração do sangue em que é identificada baixa quantidade ou ausência de granulócitos no sangue; Não é dose dependente - pode ocorrer em qualquer fase do tratamento; - Náuseas - Vômitos; - Diarréia; - Erupções cutâneas; - Aplasia medular -rara; - Desconforto epigástrico; - Euforia ou nervosismo; - Hematúria; - Hipotireoidismo – reduz a captação de iodo pela tireoide; • Pancitopenia: mal estar geral; • Choque anafilático: pacientes sensíveis; • SSJ e NET: reações cutâneas CONTRAINDICAÇÃO: - Discrasias sanguíneas; - Hipersensibilidade a dipirona ou qualquer um dos componentes da formulação ou a outras pirazolonas ou a pirazolidinas com experiência prévia de agranulocitose com uma destas substâncias; - Como função da medula óssea prejudicada (após tratamento) no sistema hematopoiético; - Espasmos ou outras reações anafilactoides (urticaria, rinite, angioedema) com analgésicos como salicilatos, paracetamol, diclofenaco ibuprofeno; - Deficiência congénita da glicose- 6- fosfato-desidrogenase (risco de hemólise); - Gravidez e lactação; - Crianças com idade entre 3 a 11 meses; Milena Lopes ÁCIDOS ENÓLICOS - OXICAMS: Vantagens: meia-vida mais longa, apenas cerca de 20% dos pacientes apresenta efeitos adversos, porém, aumenta o tempo de coagulação e pode interferir na eliminação renal de lítio; TENOXICAM 1 ampola a cada 3 dias; Meia-vida: 70h; Dores como artrite reumatoide MELOXICAM Meia-vida: 20h; USOS TERAPÊUTICOS - Cólica menstrual (qualquer um resolve); - Oosteoartrite; - Dose recomendada: 7,5-15 mg 1 vez/dia. EVENTOS ADVERSOS Seletividade pela COX-2 10 vezes maior. Entretanto, essa seletividade é bem variável e sua vantagem ou risco clínico ainda devem ser estabelecidos. Há menos lesões gástricas em comparação com o piroxicam; METANO-SULFONILIDES: NIMESULIDE/ NIMESULIDA - É uma sulfonamida; - Seletividade para a COX-2 similar à do celecoxibe. - Inibição daativação dos neutrófilos, diminuição da produção de citocinas, redução da produção de enzimas degradantes e possivelmente a ativação de receptores para os glicocorticoides; Milena Lopes - Inibição da fosfodiesterase tipo IV, redução da formação do Ânion superóxido (O2), inibição de proteinases (elastase, colagenase), prevenção na inativação do inibidor da alfa-1protease, inibição da liberação de histamina dos basófilos e mastócitos humanos e inibição da atividade da histamina; CARACTERÍSTICAS - Inibidor de PGs fraco; - Mecanismo central analgésico noradrenérgico; - Somente analgésico; DOSES ➔ Via oral: após as refeições Comprimido: iguais ou inferiores a 100 mg 2 x/dia, 12-12h, como anti-inflamatório, analgésico e antipirético. Gotas: 50 mg Suspensão: 10 mg/ml **Observação: usar no máximo 15 dias devido ao risco de hepatotoxicidade e máximo de 100 mg/dia; - SOMENTE em pessoas acima de 12 anos, mesmo o em gotas; EFEITOS ADVERSOS: - Hepatotoxicidade* grave e fatal; - Diarréia; - Náuseas; - Vômitos; - Prurido; COXIBS: - Inibidores seletivos da enzima cox-2; - Ação específica sobre ela; - Não atuam sobre tromboxanos, causando a sua indução; - Não mais do que 20 a 30 dias; - Possuem grupo carboxil na sua estrutura; - Diferem-se na estrutura química; Milena Lopes CELECOXIBE Celebra 1ª geração; - Pro-droga do valdecoxib; - É uma sulfonamida; - Inibidor seletivo da COX-2, significativamente mais seletivo para inibir a COX-2 do que a COX-1. ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E ELIMINAÇÃO - Liga-se amplamente às proteínas plasmáticas; - Meia-vida de eliminação é de aproximadamente 11 h. - Dose: 1 ou 2 vezes/dia durante o tratamento crônico. - Metalização: CYP2C9. inibidor da CYP2D6, sendo necessária vigilância clínica durante a coadministração de fármacos com conhecida capacidade de inibir a CYP2C9 e daqueles metabolizados por CYP2D6. USOS TERAPÊUTICOS: - AR, osteoartrite e dor de leve a moderada; - Osteoartrose, artrite reumatoide, artrite reumatoide juvenil, espondilite anquilosante e dismenorreia primária. Osteoartrite é de 200 mg/dia em dose única ou dividida em duas doses de 100 mg. Artrite reumatoide, a dose recomendada é de 100-200 mg 2 vezes/dia. FARMACOCINÉTICA: O celecoxibe é facilmente absorvido após a administração oral. Ele é extensamente biotransformado no fígado pelo sistema CYP450 (CYP2C9), sendo excretado nas fezes e na urina; EFEITOS ADVERSOS: Cefaleia, dispepsia, diarreia e dor abdominal são os efeitos adversos mais comuns do celecoxibe. Ele deve ser usado com cautela em pacientes alérgicos a sulfonamidas. Os pacientes que apresentaram reações anafilactoides ao AAS ou aos AINEs não seletivos correm o risco de apresentar efeitos similares com celecoxibe. Milena Lopes Os inibidores do CYP2C9, como fluconazol e fluvastatina, podem aumentar os níveis séricos de celecoxibe. Risco de infarto do miocárdio e acidente vascular encefálico; ETORICOXIBE - Arcoxia - São metilsufonas; - 2ª geração PARA-AMINOFENOL PARACETAMOL Tilenol - Não é anti-inflamatório; - Inibidor seletivo da COX- - Fraco inibidor da COX periférica; - Não têm ação plaquetária e nem de coagulação; - Não é irritante gástrico; USO - Antipirexia em crianças e adultos jovens; EFEITOS ADVERSOS - Hepatotóxico (10 a 15 g) - Neutropenia; - Trombocitopenia; DOSE - Adultos: 325 a 1000 mg – não ultrapassam 4000 mg diárias; - Crianças: 10 mg/kg -não utilizar mais que 5 doses diárias; MECANISMOS DE CONJUGAÇÃO • 3 MECANISMOS: 1. Conjugação com ácido glicurônico(glicuronização); 2. Sulfatação; 3. Oxidação*; Milena Lopes - A via oxidativa produz metabólito tóxico em condições terapeuticas, une-se ao glutation, forma conjugados de cisteína e ácido mercaptúrico; - A glicuronização e a sulfatação produzem metabólitos atóxicos; - Doses acima de 4g/dia, após a saturação das vias metabólicas principais, sofre oxidação, gerando o metabolito tóxico N-acetil-p-benzoquinonaimina (NAPQI) - Não tem glutation para metabolização do toxico - causa necrose hepática - Doses terapeuticas (325 – 1000mg) resultam em quantidade pequenas de NAPQI → conjugada glutationa - excretado (normalmente na bílis invés da urina) metabolizado. EFEITO TÓXICO: N-acetil-p-benzoquinonaimina (NAPQI); • Antídoto: → N – acetilcisteína-fluimucil: - Somente até 12 após; - Precursor de GSH: aumenta a síntese de GSH hepática; - Doador de grupo sulfidrila: substituto de GSH; - Aumenta a conjugação do paracetamol com sulfato; - Melhora a função de múltiplos órgãos na insuficiência hepática; CRIANÇAS As indicações terapêuticas para uso de AINEs em crianças incluem febre, dor branda, dor pós-operatória e transtornos inflamatórios, como artrite juvenil e doença de Kawasaki. USAR: Paracetamol, ibuprofeno e naproxeno. DOENÇA DE KAWASAKI O ácido acetilsalicílico geralmente é evitado em populações pediátricas devido a sua potencial associação com a síndrome de Reye. No entanto, doses elevadas de ácido acetilsalicílico (30-100 mg/kg/dia) são usadas para tratar as crianças durante a fase aguda da doença de Kawasaki, seguido por terapia antiplaquetária com doses baixas na fase subaguda. Milena Lopes REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - WHALEN. K Farmacologia Ilustrada - 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. - RANG, H.P.; DALE, M.M.; RITTER, J.M. Farmacologia; - Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12ª edição. Rio de Janeiro, McGraw-Hill, 2012,2112 p. - Katzung, Bertram G. Mc Graw Hill. 12aedição, 2013. Farmacologia Básica e Clínica; - Sanarflix;
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