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1. Precisar o sentido da expressão “normas gerais de direito 
tributário”, a partir da análise do termo “gerais”? 
As normas gerais do direito tributário são pertencentes ao sistema 
tributário nacional e sujeitas ao regime jurídico manifesto na Constituição 
Brasileira, do qual extrai deste último toda sua possibilidade de reflexo e 
efeitos. 
Paulo de Barros de Carvalho enuncia o sistema como sendo um 
conjunto estruturado de proposições unitárias harmônica relacionadas 
entre si por um ponto comum. Assim, respaldando-se no esclarecimento 
de Aurora Tomazini de Carvalho, pode-se agregar que tal conceito faz 
referência a ideia de “uma totalidade construída, composta por várias 
partes – um conglomerado”. 
O ordenamento jurídico corresponde a um conjunto de normas 
positivadas, sendo a união de dispositivos no texto das leis. Nesse 
sentido, pode-se dizer que o direito posto não alcançaria o status de 
sistema, no qual o termo é reservado para designar a contribuição da 
atividade do jurista. Sendo assim, o conjunto de textos brutos que 
traduzem a lei pode ser chamado de ordenamento, ao passo que 
somente se estará diante de um sistema quando houver a interferência 
do jurista, interpretando a letra da lei e transformando-a em norma. 
 
2. Diferençar lei complementar nacional de lei complementar 
federal. 
A Lei Complementar é utilizada em matéria tributária para fins de 
complementação e atuação constitucional. A Lei Complementar serve 
para complementar dispositivos constitucionais tributários não 
autoaplicáveis, dispositivos de eficácia limitada. 
Por sua vez, importa frisar que a Lei Complementar, ainda que vigente 
em toda a extensão territorial nacional, não é superior às leis federais 
ordinárias. O seu caráter de lei geral em matéria tributária e seu quórum 
especial são o que destacam a Lei Complementar no ordenamento 
jurídico. Acima dessas leis, como lei maior, está a Constituição, bem 
como seu âmbito de validade está sempre ligado ao desenvolvimento e 
a integração do texto constitucional 
Destarte, o at. 146 da Constituição Federal destaca: 
 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria 
tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios; 
II - regular as limitações constitucionais ao poder de 
tributar; 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação 
tributária, especialmente sobre: 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, 
em relação aos impostos discriminados nesta 
Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de 
cálculo e contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e 
decadência tributários; 
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo 
praticado pelas sociedades cooperativas. 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para 
as microempresas e para as empresas de pequeno porte, 
inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do 
imposto previsto no art. 155, II, das contribuições 
previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a 
que se refere o art. 239. 
 
Nos ensinamentos de como disse Souto Maior Borges, o quorum 
exigido na Constituição - requisitos de existência e validade - fornece a 
diferença especifica da lei complementar em contraste não só com a lei 
ordinária, mas ainda com as outras categorias legislativas. É esse 
quórum atributivo que, ao somar-se ao gênero "atos normativos" forma 
a espécie que distingue a lei complementar das outras espécies daquele 
mesmo gênero. Mas isso não basta, porque a Constituição o associa, à 
inclinável exigência de inserção do ato legislativo num âmbito material 
de validade próprio. 
 
3. Explicar as diferenças entre as correntes dicotômica e 
tricotômica na aplicação das normas gerais de direito tributário, 
posicionando-se perante a questão. 
De acordo com o entendimento da corrente dicotômica do direito 
tributário, analisando o enunciado do artigo 146 da Constituição Federal, 
pode-se visualizar apenas uma função para a lei complementar, qual 
seja, estabelecer normas gerais em direito tributário. Estas normas 
gerais teriam, assim, a finalidade de dispor sobre conflitos de 
competência ou regular limitações ao poder de tributar, conforme 
explana Carlos Eduardo Pretti Ramalho. 
Ramalho ainda esclarece que para essa teoria, os incisos do artigo 
146 não podem ser interpretados de forma isolada. Com base no 
princípio federativo e da autonomia dos municípios, a forma do exercício 
da competência tributária dos entes tributantes não ser tolhida pelo 
legislador complementar, podendo, a referida espécie, ser utilizada 
apenas com os objetivos de dispor sobre conflitos ou regular limitações. 
Por sua vez, a corrente tricotômica defende a ideia de que a lei 
complementar prevista no artigo 146 da Constituição Federal tem a 
tríplice função de dispor sobre conflitos de competência entre as pessoas 
políticas em matéria tributária, regular as limitações constitucionais ao 
poder de tributar e estabelecer normas gerais em matéria de legislação 
tributária. 
 
4. O art. 3° da LC 116/03 prescreve que, para fins de incidência 
do ISS, considera-se local da prestação do serviço o estabelecimento 
prestador, preceitua, porém uma série de exceções. Pergunta-se: 
a) A norma veiculada pelo artigo 3° é geral (art. 146, III da CF) ou 
dirime conflito de competência (art. 146, I da CF)? 
Considerando-se que é no local da prestação de serviços (que 
normalmente coincide com o local do estabelecimento prestador) 
que se materializa o fato gerador do ISS, conforme preconiza o 
artigo 146, inciso III, alínea “a”, e 156, inciso III, da Constituição 
Federal, está em consonância com a Constituição Federal, não 
havendo portanto conflito de competência. 
 
b) A legislação ordinária municipal deve observar tal 
mandamento? 
c) Pode a lei complementar em caráter geral ampliar ou limitar a 
competência impositiva dos municípios estabelecida na CF? 
 
 
5. O A LC 70/91 estabeleceu isenção da COFINS para as 
sociedades civis de prestação de serviços profissionais, que foi 
revogada pelo art. 56 da Lei 9.430/96. Pergunta-se: 
a) Que posição ocupa, no sistema jurídico, norma inserida por lei 
complementar que dispõe sobre matéria de lei ordinária? 
b) Pode lei ordinária revogar norma introduzida por lei 
complementar? Neste caso, há que se falar que a isenção da 
COFINS para as sociedades civis de prestação de serviços 
profissionais está revogada: 
 
 
➢ https://jus.com.br/artigos/59030/lei-complementar-tributaria 
➢ artigo LEI COMPLEMENTAR EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA – 
Carlos Eduardo Pretti Ramalho 
➢ https://www.conjur.com.br/2020-jan-09/opiniao-pl-4612017-
cronica-inconstitucionalidade-anunciada 
 
https://jus.com.br/artigos/59030/lei-complementar-tributaria

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