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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA JOSÉ EDUARDO DE CARVALHO BAYEUX RA: 1542160 PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR V LOJAS RENNER SÃO PAULO 2017 2 JOSÉ EDUARDO DE CARVALHO BAYEUX LOJAS RENNER Projeto Integrado Multidisciplinar V: - Trabalho de Projeto Integrado Multidisciplinar V do curso Gestão Financeira 2015 – 2º semestre apresentado à Universidade Paulista – UNIP. SÃO PAULO 2017 3 “Cem vezes por dia, eu lembro a mim mesmo que minha vida interior e exterior depende do trabalho de outras pessoas, vivos ou mortos, e que devo me esforçar para dar na mesma medida em que recebi e continuo a receber”. Albert Einstein (1879 – 1955) 4 Resumo Com a mudança estratégica na política de lançamentos de coleções de moda aliado a melhora na distribuição de renda do país e adicionado ao incremento do mercado varejista, Lojas Renner S.A. nos mostra a evolução de sua marca dentro do contexto nacional. Com o atual momento econômico do Brasil, a Lojas Renner S.A. procura manter estratégias de crescimento e desenvolvimento financeiro, buscando em sua história a mesma trajetória de expansão e vitória de seu fundador. Hoje nacionalmente, a lojas Renner S.A. é a segunda rede de departamentos de vestuário possuindo com 260 (duzentos e sessenta) lojas Renner; 30 (trinta) lojas Camicado e 04(quatro) lojas Blue Steel. Esta rede gaúcha com sede em Porto Alegre foi fundada em 1912 por Antônio Jacob Renner. Em 1965 a Loja Renner se desvincula do grupo e começa a andar com as próprias pernas. Em 2011 a J.C.Penney Brazil Inc. vem a assumir as Lojas Renner S.A. e nesse ponto a rede passa a ter suas ações listadas na BOVESPA, com procedimentos e controles internos diferenciados e de acordo com o mercado trazendo credibilidade a marca. Práticas estas que podemos listar como: controles internos diferenciados, qualidade em atendimento, programa de qualidade constante, capacitação profissional do corpo de colaboradores, otimização de espaço comercial e marketing agressivo, bem como, variedade nos estilos de moda oferecidos aos mais diversos clientes. Palavras-chave: Qualidade, controles internos, desenvolvimento, capacitação, otimização, especialização em mercado varejista. 5 Abstract The current economic times in Brazil, Lojas Renner SA seeks to maintain growth strategies and financial development, seeking in its history the same path of expansion and victory of its founder. Today nationally, Renner SA stores is the second network apparel department possessing with 189 (one hundred eighty) Renner stores; Thirty (30) Camicado shops and four (04) Blue Steel stores. This gaucho network based in Porto Alegre was founded in 1912 by Anthony Jacob Renner. In 1965 Lojas Renner to relieve the group and begins to walk on their own feet. In 2011, Brazil JCPenney Inc. comes to take the Lojas Renner SA and at that point the network happens to have its shares listed on the BOVESPA, with differentiated procedures and internal controls and according to the market bringing credibility to the brand. These practices that we list as differentiated internal controls, quality service, constant quality program, job training, the body of employees, optimization of commercial space and aggressive marketing, as well as variety in fashion styles offered to various customers. Keywords: Quality, internal controls, development, training, optimization 6 Sumário 1 - Introdução ............................................................................................................................... 7 2 - Dados Básicos da Empresa ....................................................................................................... 8 3 - História da Empresa ................................................................................................................ 9 4 - Sobre a empresa ................................................................................................................... 10 4.1 - Organograma ......................................................................................................... 11 4.2 - Departamento Pessoal ........................................................................................... 11 4.3 - Produtos Comercializados ....................................................................................... 11 4.4 - Avaliação da Empresa ............................................................................................. 12 4.5 - Índices Relevantes .................................................................................................. 13 5 – Fontes de Financiamento ...................................................................................................... 21 6 – Dados relevantes .................................................................................................................. 23 7 – Planejamento Tributário ....................................................................................................... 26 8 – Matemática Financeira ......................................................................................................... 31 9 - Conclusão ............................................................................................................................. 35 10 - Bibliografia ......................................................................................................................... 36 7 1 - Introdução Lojas Renner S.A. é a segunda maior rede varejista de vestuário masculino, feminino e infantil do país com 278 (duzentos e setenta e oito) lojas próprias e a terceira na América Latina com mais de dezessete mil colaboradores. Em 2005, sua controladora decide abrir o capital e listar a empresa na BOVESPA obtendo excepcional sucesso. Com essa operação vencedora, a expansão dos negócios é o próximo passo em direção a Missão da empresa: “Ser a maior e melhor loja de departamentos das Américas para o segmento médio/alto dos consumidores com diferentes estilos, sempre com moda, qualidade, preços competitivos e excelência nos serviços prestados, encantando e inovando”. Hoje a empresa está presente em todas as regiões do país obtendo lucros e margens expressivas nos resultados. Atualmente possui 100% (cem por cento) de suas ações listadas na BOVESPA. 2 - Dados básicos da empresa. 8 Razão Social: Lojas Renner S.A. Nome Fantasia: Lojas Renner CNPJ Matriz: 92.754.738/0001-62 CVM: 00813-3 NIRE: 43300004848 Logradouro: Av. Joaquim Porto Villanova, 401 Porto Alegre – RS Situação Cadastral: Ativa Atividade(s): Comércio Varejista de artigos do vestuário e acessórios Agências de Viagens Outras sociedades de participação, exceto holdings Regime da Empresa: Sociedade Anônima aberta CEO: José Galló. Classificação Setorial: Consumo cíclico, Comércio, Tecidos, Vestuário e Calçados Site: www.lojasrenner.com.br 3 - História da Empresa 9 1912 - Fundada em 1912 em Porto Alegre – RS, pelo Sr. Antônio Jacob Renner e fazia parte do Grupo A.J.Renner. 1922 – Primeiro ponto de venda de fábrica 1940 – Começa a operar como uma loja de departamentos propriamente dito 1965 – Desvinculação do Grupo criando-se a Lojas Renner. 1967 – Abertura de capital 1998 – A rede possui 21 lojas no país 1998 – a J.C.Penney Brazil Inc. consegueo controle acionário da empresa. 2011 – Escolhida a segunda melhor empresa em gestão de pessoas do país. 2005 – Com 64 lojas implantadas pelo país, a controladora da empresa opta pela venda do controle da empresa através de oferta pública de ações na Bolsa de Valore s de São Paulo (BOVESPA). 2006 / 2007 – Expansão agressiva pelo país 2010 – Abertura de e-commerce 2011 – Compra da rede Camicado 2013 – Renner listada entre as 35 melhores empresas para trabalhar no Brasil. 2013 – Abertura da Youcom Atualmente: Possui 260 (duzentos e sessenta) lojas próprias, 30 (trinta) lojas Camicado e 04(quatro) lojas Blue Steel sendo a segunda maior loja de departamentos nacional e a terceira na América Latina com mais de dezessete mil colaboradores. 4 - Sobre a Empresa 10 A Governança Corporativa é uma das diretrizes da Lojas Renner S.A. (virou benchmark nacional) e é a primeira companhia brasileira com free float de 100% em ações ordinárias; nos trazendo práticas importantes e profissionais distribuídos da forma abaixo: Conselho fiscal permanente com profissionais qualificados Conselho de Administração (6 dos componentes são independentes) Conselho de gestão Comitê de Remuneração Comitê Presidência (diferente executivo na presidência do Conselho e da Diretoria) Diretoria Listagem no Novo Mercado da Bovespa Mecanismo de proteção aos acionistas em caso de takeover. Outras práticas são incentivadas na empresa como: Inserção do trabalho feminino na companhia Tratamento de resíduos em suas unidades e de fornecedores Avaliação criteriosa de fornecedores Inibir trabalho escravo na sua cadeia de produção Projeto Escola As decisões administrativas financeiras da empresa são tomadas pelo Conselho Administrativo e de Gestão, junto com a diretoria alinhando as premissas a serem seguidas pela empresa. O departamento de RH por sua vez é responsável por todo o recrutamento, desenvolvimento e capacitação de seu corpo de colaboradores, tornando-se a força motriz da companhia. 11 4.2. – A empresa possui em torno de 17 (dezessete) mil colaboradores. Sua diretoria de RH que conta como head a Sra. Clarice Martins Costa possuindo uma política muito forte em desenvolvimento de talentos e evolução de colaboradores próprios. Para todas as posições na empresa a exigência mínima é o ensino médio completo. A empresa fornece um plano de carreira agressivo e ganhou em 2013 o prêmio de melhor empresa em gestão de pessoas do país. Possui um projeto de preparação à sucessão nos postos de governança na empresa. 4.3. -Produtos Comercializados Os principais produtos comercializados pela empresa são: Vestuário Masculino Vestuário Feminino Vestuário Infantil Perfumaria Cosméticos Bolsas Calçados Moda Íntima Óculos e relógios 4.4 - Avaliação da empresa As Lojas Renner entenderam que a compra da rede Camicado incrementaria a sua própria rede com pontos comerciais menores aumentaria a pulverização em cidades menos densas. A abertura ao mercado do e-commerce Lojas Renner nos mostra a possibilidade de aumento nas vendas com custos menores e controlados atingindo todo tipo de classe consumidora com acesso à internet. A opção por criar suas próprias coleções também denota a estratégia direta da empresa em atingir diversos clientes no mercado. Hoje 12 temos uma forte direcionamento para as classes B e C, criação de coleções com prazos específicos para venda, alta rotatividade de produtos, plano de expansão direcionado ao mercado e com visibilidade através da Bolsa de valores e atuação no mercado financeiro como financiador. A contabilidade para Wagner Pagliato é: “A contabilidade deve ser vista como um sistema de informações, cujo método de trabalho consiste simplificadamente, em coletar, processar e transmitir dados sobre a situação econômica financeira de uma entidade em determinado momento e sua evolução em determinado período". (PAGLIATO, 2009 P.12) As tomadas de decisão de qualquer empresa devem ser embasadas em relatórios gerenciais financeiros para dar maior possibilidade de assertividade para a empresa dentro das diretrizes da mesma. Decorrente da situação das Lojas Renner S.A. (empresa de capital aberto), a empresa por força de lei, precisa disponibilizar ao mercado suas demonstrações financeiras, sendo essas: DRE (Demonstração de Resultados do Exercício) DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa) Balanço Patrimonial Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados 4.5. - Índices relevantes A seguir apresentamos alguns Índices para validação de situação financeira da empresa: 4.5.1- Capital de Giro Circulante: Definição: “De acordo com os valores acima indicado, o valor do Capital de Giro Líquido seria calculado da seguinte forma: CGL = AC – PC” CGL= R$ 2.270.205 – R$ 1.492.575 CGL= R$ 777.630 13 Consolidado CGL = AC – PC” CGL= R$ 3.499.343 – R$ 2.037.362 CGL= R$ 1.461.981 O capital de Giro mostra quanto o administrador / gestor possui para reinvestir na própria empresa. A Análise de uma empresa por índices nos mostra o desempenho da empresa no âmbito econômico financeiro. A seguir verificaremos alguns desses índices: 4.5.2 -Liquidez Corrente Calculada a partir da Razão entre os direitos em curto prazo da empresa (Caixas, bancos, estoques, clientes) e a as dívidas em curto prazo (Empréstimos, financiamentos, impostos, fornecedores). No Balanço estas informações são evidenciadas respectivamente como Ativas Circulantes e Passivo Circulante. Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante A partir do resultado obtido podemos fazer a seguinte análise: Resultado maior que 1 (Hum): Demonstra folga no disponível da empresa para liquidação de obrigações. Resultado igual a 1 (Hum): Os direitos e obrigações no curto prazo são equivalentes. Resultado menor que 1 (Hum): Neste contexto a empresa não possui liquidez suficiente para honrar suas obrigações de curto prazo. Liquidez Seca Similar a liquidez corrente a liquidez Seca exclui do cálculo acima os estoques, por não apresentarem liquidez compatível com o grupo patrimonial onde estão inseridos. 14 O resultado deste índice será invariavelmente menor ao de liquidez corrente, sendo cauteloso com relação ao estoque para a liquidação de obrigações. Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante Liquidez Imediata Índice conservador considera apenas caixa, saldos bancários e aplicações financeiras de liquidez imediata para quitar as obrigações. Excluindo-se além dos estoques as contas e valores a receber. Um índice de grande importância para análise da situação a curto-prazo da empresa. Liquidez Imediata = Disponível / Passivo Circulante Liquidez Geral Este índice leva em consideração a situação a longo prazo da empresa, incluindo no cálculo os direitos e obrigações a longo prazo. Estes valores também são obtidos no balanço patrimonial. O risco de liquidez refere-se à possibilidade da Companhia não cumprir suas obrigações contratuais nas datas previstas ou encontrar dificuldades em atender as necessidades do fluxo de caixa devido. A Companhia tem adotado a gestão de suas disponibilidades estabelecendo um montante de caixa mínimo estratégico, baseado no ciclo de caixa das operações de varejo, bem como no capital mínimo necessário para garantir as operações de crédito. Os principais objetivos da Administração na gestão de um caixa mínimo estratégico são: precaução para momentos de incerteza na liquidez da economia, garantir a execução da estratégia de investimentos e expansão da Companhia, garantir a manutenção/expansão das operações de produtos financeiros em momentos de restrição de crédito, garantir a amortização e serviços de dívidase garantir a manutenção da política de distribuição de dividendos. A Administração monitora as previsões contínuas das exigências de liquidez da Companhia para assegurar que se tenha caixa suficiente para atender às necessidades operacionais. Os limites globais concedidos a Companhia apresentam espaço livre suficiente em suas linhas de crédito compromissadas disponíveis, não 15 gerando risco de quebra desses limites ou cláusulas dos empréstimos. Essa previsão leva em consideração os planos de financiamento da dívida da Companhia. A Companhia possui empréstimos com cláusulas contratuais que requerem a manutenção de indicadores financeiros tendo como principal operação com cláusulas dessa natureza as Debêntures, tendo a 4ª emissão emitida em 15 de julho de 2011, a 5ª emissão emitida em 15 de junho de 2012 e a 6ª emissão emitida em 1° de agosto de 2013. Abaixo a síntese dos índices financeiros (Covenants) previstos, conforme documentos de oferta pública registrada na CVM: • 4ª emissão de debêntures de 15 de julho de 2011: (i) Dívida Líquida Consolidada/ EBITDA menor ou igual a 2,5; (ii) EBITDA/ Resultado Financeiro Líquido Consolidado maior ou igual a 2,0, ou menor que 0 (zero). • 5ª emissão de debêntures de 15 de junho de 2012: (i) Dívida Líquida Consolidada/ EBITDA menor ou igual a 3,0; (ii) EBITDA/ Resultado Financeiro Líquido Consolidado maior ou igual a 2,0, ou menor que 0 (zero), sendo que neste último caso o EBITDA deverá ser maior que 0 (zero). • 6ª emissão de debêntures de 1º de agosto de 2013: (iii) Dívida Líquida Consolidada/ EBITDA menor ou igual a 3,0; (iv) EBITDA/ Resultado Financeiro Líquido Consolidado maior ou igual a 2,0, ou menor que 0 (zero), sendo que neste último caso o EBITDA deverá ser maior que 0 (zero). A Companhia monitora estes índices periodicamente e tem confirmado o atendimento dos mesmos com significativa margem de segurança. A Companhia investe o excesso de caixa em ativos financeiros com incidência de juros (nota explicativa nº 5) 16 escolhendo instrumentos com vencimentos apropriados ou liquidez suficiente para fornecer margem de segurança conforme determinado pelas previsões acima mencionadas. Em 31 de dezembro de 2014, os equivalentes de caixa mantidos pela Companhia possuem liquidez imediata e são considerados para administrar o risco de liquidez. ‘ 4.5.3 - Receita Operacional Líquida das Vendas No ano de 2014, a Receita Operacional Líquida foi de R$ 4.809.365 representando um aumento em relação ano período anterior, mostrando que o processo de expansão alavancado através de compras de outras empresas (Camicado) e o E-Commerce é uma estratégia efetiva para os resultados da empresa. A disponibilidade de novas coleções com um mix de produtos diferenciados também pode explicar o volume crescente de vendas da companhia. 4.5.4 - Custo das Vendas O Custo total de vendas sobe a R$ 2.030.148 mostrando um forte controle sobre os PDV.s (pontos de vendas) principalmente gerenciado pelas próprias unidades. 4.5.5 - Lucro Líquido O Lucro Líquido de 2014 foi de R$ 471.420 contra R$ 407.404 de 2013. Tendo um incremento de 13,58%, resultado de uma forte política de contenção de custos e na estratégia de expansão da empresa. 4.5.6 - Endividamento No final de 2014, o endividamento líquido atingiu o valor de R$ 307,8 milhões contra R$ 258,7 milhões de 2013, ou seja, um incremento de 15,95%. 4.5.7 – Investimentos 17 No final de 2014, os investimentos totalizaram a quantia de R$ 502 milhões incluindo abertura de novos PDVs (31 lojas Renner, 11 Camicado e 10 Youcom). Esse valor também foi utilizado para atualização de reformas de outras lojas. 4.5.8 - Ativo Circulante No ano de 1024 ocorreu um aumento no Ativo circulante em 14, 23% de R$ 3.499.343 (2014) contra R$ 3.001.262 (2013), mostrando que o valor de vendas aumentou decorrente do mercado. 4.5.9 - Ativo não Circulante No ano de 1024 ocorreu um aumento no Ativo circulante em 14, 23% de R$ 149.985 (2014) contra R$ 128.648 (2013). 4.5.10 - Passivo Circulante Houve um aumento no passivo circulante, sendo em 2013 de R$ 1.932.589 para 2014 no valor de R$ 2.037.362, ou seja, 5,14%. Podemos verificar que ocorreu um aumento nos impostos e contribuições a recolher, fornecedores e obrigações com administradora de cartões. 4.5.11 - Lucro Bruto das Operações de Varejo O Lucro Bruto da Operação de Varejo foi de R$ 2.499,5 milhões, com crescimento de 21,2% ante 2013. Como consequência, a Margem Bruta da Operação de Varejo foi de 53,8%, 1,1p.p. superior à margem verificada no ano anterior. Este aumento refere- se ao eficiente gerenciamento dos estoques, principalmente pela adaptação das coleções nas diferentes regiões, gerando menor nível de remarcações de preços (markdow) e às melhores margens obtidas na Camicado 4.5.12 - Despesas Operacionais 18 As Despesas Operacionais, em 2014, somaram R$ 1.569,7 milhões, 15,4% maior do que o registrado no ano anterior. Como percentual da Receita Líquida, as despesas representaram 33,8%, com redução de 1.0p.p. em relação ao ano anterior. Este resultado é consequência dos constantes esforços para racionalização e controle de custos da Companhia, principalmente se consideradas as aberturas de 54 novas lojas no período. As Despesas com Vendas totalizaram R$ 1.171,7 milhões, montante 13,8% superior aos R$ 1.030,1 milhões verificados em 2013. A participação na Receita Líquida foi de 25,2%, o que representa melhora de 1,1p.p. quando comparado com os 26,3% registrados no ano anterior. As Despesas Gerais e Administrativas alcançaram R$ 398,0 milhões ante R$ 330,2 milhões em 2013. O montante registrado em 2014 correspondeu a 8,6% da Receita Líquida ante 8,4% de 2013 e inclui os maiores custos logísticos incorridos para a melhor distribuição dos produtos em lojas e atendimento do maior volume de vendas no ano. No exercício, a despesa com o Programa de Participação nos Resultados (PPR) totalizou R$ 62,9 milhões ante os R$ 34,0 milhões de 2013 e as Participações Estatutárias somaram R$ 11,7 milhões comparados a R$ 5,6 milhões em 2013. Esses crescimentos advêm da superação das metas previstas e ambas as despesas estão registradas na linha “Outros Resultados Operacionais”. 4.5.13 - EBITDA O controle rígido de despesas e custos aliado ao aumento da Receita levaram a um EBTIDA de R$ 835,6 milhões no ano de 2014, resultando num desempenho a maior de 26% com relação ao ano anterior. A Margem EBTIDA ajustada do Varejo chegou a 18% no exercício. 4.5.14 - Resultado Financeiro Líquido Em 2014, a Receita Financeira foi de R$ 93,1 milhões enquanto que em 2013 haviam sido registrados R$ 52,3 milhões, o que representa um crescimento de 77,8%. A variação é explicada pelo maior nível de caixa operado ao longo do ano. As Despesas Financeiras, por sua vez, totalizaram R$ 187,0 milhões em 2014 ante R$ 120,0 milhões em 2013, já incluindo as variações cambiais. O aumento das 19 despesas financeiras é justificado tanto pelo nível mais alto das taxas de juros, como também pelos encargos financeiros de R$ 13,3 milhões incorridos pela Companhia, decorrentes do pagamento de processos tributários, no âmbito do parcelamento da Lei 13.043/14 (Refis da Copa). Com isso, o desempenho financeiro resultou em despesa líquida de R$ 93,9 milhões, ante R$ 67,7 milhões verificada em 2013. 4.5.15 - Margem Bruta Por definição podemos dizer que a Margem Bruta é o lucro bruto após a dedução dos custos dos produtos vendidos. Quanto maior esse índice, maior a rentabilidade das vendas. A Margem Bruta da Operação de Varejo Consolidada foi de 53,8%, 1,1p.p. acima dos 52,7% apresentados em 2013, devido à iniciativas para a melhoria do processo de captura de tendências e desenvolvimento de produtos, aliadasà melhor administração dos estoques e com maior gestão comercial, que permitiu que a alocação e distribuição dos produtos em lojas fossem aprimoradas. Vale comentar ainda, que a Margem observada, não capturou nenhum ganho do novo processo logístico que está em fase de implantação e que permitirá aumentos na margem bruta da Companhia a partir de 2016. 4.5.16 - Margem Líquida Margem líquida mede a eficiência e viabilidade da empresa, expressando o percentual de lucro líquido em relação às vendas líquidas de um exercício. A Margem Líquida chegou em 10,2% em 2014 contra 10,4% em 2013. 4.5.17 - Rentabilidade sobre Patrimônio Esse índice representa quanto a administração conseguiu extrair de lucro para cada unidade de capital que os acionistas colocaram no negócio. Obviamente que quanto maior o índice, melhor o resultado. A maior desvantagem nesse índice é a possível miopia decorrente de eventos não recorrentes. No caso a rentabilidade foi positiva mostrando que os gestores possuem estratégia vencedora para a empresa. 4.5.18 – Taxa de Desconto 20 Para chegar ao valor presente dos fluxos de caixa é necessário se estabelecer uma taxa de desconto. De acordo com Póvoa (2004), existem duas taxas de desconto que podem ser utilizadas. O Custo do Capital Próprio (CAPM) e o Custo Médio Ponderado de Capital (WACC). O CAPM é utilizado quando o fluxo de caixa calculado for ao acionista. Já o WACC se aplica ao fluxo de caixa da firma. 4.5.19 – Custo de capital de terceiros É resultante da média ponderada dos inúmeros tipos de financiamentos adquiridos pela empresa. Segundo as notas explicativas do Demonstrativo de Resultado da empresa em 2017, o custo do capital de terceiros da empresa é de 9% ao ano. 4.5.20 – Estrutura de capital De acordo com os dados apresentados anteriormente, a proporção B/(B+S) é de 12,42% e a proporção S/(B+S) é de 87,58%. 4.5.21 – Perpetuidade Para a perpetuidade optou-se pelo Modelo de Gordon, através do qual os fluxos de caixa crescem a uma taxa constante. A partir do ano de 2018, foi estimado que o crescimento da empresa será de aproximadamente 7,8% ao ano 4.5.22 – Gestão de Risco 21 As lojas, os dois centros de distribuição e a sede da administração central foram submetidas a processos de avaliação de riscos, o que representa 100% das unidades da Lojas Renner avaliadas. Atualmente, os principais riscos monitorados pela Companhia são: Riscos operacionais – estão associados à possibilidade de perdas que envolvam produção, ativos, clientes e receitas. Geralmente, são resultado de falhas em processos internos, sistemas ou ações desenvolvidas por pessoas. Os riscos operacionais podem prejudicar as atividades da organização e ter impacto negativo na reputação da Companhia perante a sociedade. Outro prejuízo é a geração de passivos contratuais, regulatórios e ambientais. Riscos estratégicos – envolvem a tomada de decisões da alta administração da Companhia e podem provocar grandes perdas no valor econômico da organização. São exemplos de má gestão empresarial, de falhas na reação ao movimento dos concorrentes e da queda de vendas causada por obsolescência das tecnologias ou dos produtos. Riscos reputacionais – estão relacionados a eventos que podem danificar a reputação da Companhia. Incluem conflitos de interesse, problemas no atendimento ao cliente, questões relacionadas aos fornecedores ou à concorrência, processos judiciais e exposição de clientes ou empregados a riscos relacionados a saúde e segurança 5 – Fontes de Financiamento Os objetivos de qualquer empresa ao administrar seu capital são os de preservar a capacidade de continuidade para oferecer retorno aos interessados, tais como, acionistas e demais partes interessadas, além de manter uma estrutura de capital ideal para reduzir esse custo. Como qualquer empresa do mesmo setor, a Renner verifica o seu grau de alavancagem financeira. Em finanças, alavancagem tem por definição qualquer técnica para multiplicar sua rentabilidade baseada em endividamento. Portanto é a participação de recursos de 22 terceiros na estrutura do capital da empresa. O objetivo sempre é a maximização dos lucros de seus acionistas. Dito isso podemos qualificar as alavancagens como financeira ou operacional. A Alavancagem Financeira deriva-se da presença do capital de terceiros na estrutura de capital da empresa. Dessa forma, o Grau de Alavancagem Financeira (GAF) é um índice que mede o quanto uma empresa está ganhando (ou perdendo) por conta da utilização de capital de terceiros. Somente existirá Alavancagem Financeira se existir dentro da estrutura de capital de uma empresa a presença do capital de terceiros, que exige uma remuneração: os Juros. Assim, a alavancagem financeira está diretamente ligada com o fato da obrigatoriedade da empresa em incorrer em despesas financeiras para o financiamento desses capitais. Quanto maior for o Grau de Alavancagem Financeira de uma empresa, maior será o seu endividamento e maior será o seu risco financeiro. Portanto, para que uma empresa obtenha maiores ganhos ela terá que incorrer em maiores riscos. (QUEIROZ, 2009). Panegalli (2010) nos fala sobre a decisão de financiamento, custo de captação de capital de terceiros de LP e fontes de financiamento diversas. A explanação nos remete a questão da tomada de decisão dessas três variáveis. No final, o objetivo perdura: ao retorno financeiro maximizado ao acionista da empresa. O ROA – Retorno sobre o Ativo é a medida da geração de riquezas dos ativos financiados (capital próprio e de terceiros). Wernke (2008), apud Vieira (2011), define o Retorno Sobre o Ativo como “o indicador que evidencia o retorno conseguido com o dinheiro aplicado pela empresa em ativos num determinado período.” Segundo esse autor, o uso desse índice pode proporcionar alguns benefícios como: a identificação de como a margem do lucro aumenta ou se deteriora; a possibilidade de medir a eficiência dos ativos permanentes em produzir vendas; possibilidade de avaliar a gestão do capital de giro por intermédio de indicadores mensurados em dias e estabelece o patamar máximo de custo de captação de recursos que a empresa pode suportar. Já o Retorno Sobre o Patrimônio Líquido (ROE), para esse autor, evidencia o retorno do capital próprio aplicado na empresa. Assim, os acionistas são os que mais se interessam em acompanhar o desempenho desse indicador, uma vez que este se trata do retorno do investimento que foi feito. O Retorno Sobre O Patrimônio Líquido (ROE) trata da mensuração do retorno que a empresa tem dos recursos 23 aplicados por seus proprietários (acionistas), ou seja, para cada $ 1,00 de recursos próprios (patrimônio líquido) investido na empresa, quanto os acionistas embolsam de retorno. O ROE deve ser comparado sempre com a taxa de retorno mínima exigida pelo acionista. Por isso, para tornar-se atraente, todo o investimento deve oferecer uma rentabilidade pelo menos igual à taxa de oportunidade. (ASSAF NETO, 2009). A redução prevista para os cartões de crédito próprio é uma das tomadas de decisão visando aumentar seu Market share bem como a aposta num contexto econômico mais robusto e complexo. O aumento nos gastos com provisão de vendas com vencimento superior a 90 dias, devido a alterações na estrutura da operação de serviços financeiros. O aumento não significa a deterioração da carteira e sim nova opção de financiamento. 6 - Dados relevantes A Receita Líquida apresentou crescimento de 23,6%, passando de R$ 251,0 milhões no 1T06 para R$ 310,3 milhões no 1T07. As vendas em mesmas lojas registraram crescimento de 8,8% no mesmo período. • O Lucro Bruto atingiu R$ 144,2 milhões no 1T07 e a Margem Bruta foi de 46,5%. • O EBITDA1 apresentou aumento de 40,3% e atingiu R$ 38,9 milhões no 1T07, com a MargemEBITDA atingindo 12,5% no trimestre. • Os Investimentos em Ativos Fixos no 1T07 totalizaram R$ 11,6 milhões. Os principais investimentos foram realizados na preparação para a abertura de novas lojas, além da remodelação de instalações e modernização de sistemas e equipamentos de tecnologia. • O Cartão Renner foi responsável por 66,5% das vendas realizadas no 1T07. A Companhia totalizou 10,6 milhões de cartões emitidos, com o valor médio das vendas no cartão (ticket médio) de R$ 93,57, ante R$ 89,56 registrados no 1T06. As vendas financiadas na condição de 0+8 parcelas com encargos, representaram 13,2% das vendas totais da Companhia, ante 7,2% no 1T06. • Em 8 de janeiro foram pagos R$ 19,0 milhões a título de Juros sobre Capital Próprio, equivalente a R$ 0,1563 por ação. Este montante, somado ao pagamento efetuado em agosto de 2006 e aos R$ 33,4 milhões, aprovados na AGO de abril de 2007, 24 totalizará R$ 74,1 milhões (R$ 0,6096 por ação) de dividendos, referentes ao exercício de 2006, distribuídos aos acionistas, representando um dividend yield de 2% (dividendo por ação sobre o preço da ação), se considerada a cotação de R$ 30,70 em 28 de dezembro daquele ano. Balanço Patrimonial 2T 2017 Ativo Total 6.596.513 Ativo Circulante 4.205.998 Ativo Não Circulante 2.390.515 Passivo Total 6.596.513 Passivo Circulante 2.656.776 Passivo Não Circulante1.125.725 Patrimônio Líquido 2.814.012 Valores em R$ Mil Ativo / Passivo A companhia Lojas Renner encerrou o segundo trimestre de 2017 com um lucro líquido de R$ 193.58 milhões. No acumulado dos últimos doze meses, a empresa acumulou um lucro líquido de R$ 645.29 milhões. No dia 30 Junho 2017, a companhia Lojas Renner possuía um ativo total de R$ 6.6 bilhões e um patrimônio líquido de R$ 2.81 bilhões. Todos estes dados referem-se à consolidação do resultado financeiro da companhia Lojas Renner com o resultado financeiro de todas as suas companhias subsidiárias. Dados Econômico-Financeiros - R$ - mil 25 Balanço Patrimonial - Consolidado 30/09/2017 31/12/2016 Ativo Imobilizado, Investimentos e Intangível 2.218.217 2.145.359 Ativo Total 6.486.567 6.475.212 Património Líquido 2.918.668 2.636.796 Patrimônio Líquido Atribuído à Controladora 2.918.668 2.636.796 Demonstração do Resultado - Consolidado 01/01/2017 a 30/09/2017 01/01/2016 a 30/09/2016 Receita de Venda 4.992.833 4.340.777 Resultado Bruto 3.008.685 2.621.062 Resultado de Equivalência Patrimonial 0 0 Resultado Financeiro (68.682) (77.427) Resultado Líquido das Operações Continuadas 400.878 325.227 Lucro (Prejuízo) do Período 400.878 325.227 Lucro (Prejuízo) do Período Atribuído à Controladora 400.878 325.227 Demonstração do Fluxo de Caixa - Consolidado 01/01/2017 a 30/09/2017 01/01/2016 a 30/09/2016 Atividades Operacionais 299.407 560.938 Atividades de Investimento (319.489) (316.942) Atividades de Financiamento (102.492) (262.500) Variação Cambial sobre Caixa e Equivalentes (1.358) (1.248) Aumento (Redução) de Caixa e Equivalentes (123.932) (19.752) Posição Acionária* Nome %ON %PN%Total Trowe Price Associates. Inc (gestor/administrador - Vide Item 15.8 A Seguir) 14,69 0,00 14,69 Standard Life Aberdeen Plc (gestor/administrador - Vide Item 15.8 A Seguir) 13,89 0,00 13,89 Jpmorgan Asset Management Holdings Inc.(gestor/administrador - Vide Item 15.8 A Seguir) 6,91 0,00 6,91 Outros 64,30 0,00 64,30 Ações Tesouraria 0,21 0,00 0,21 Total 100,00 0,00100,00 Informação recebida em 18/08/2017. (*)Posição dos acionistas com mais de 5% das ações de cada espécie. 26 Ações em Circulação no Mercado 19/04/2017 Tipos de Investidores / Ações Quantidade Percentual Pessoas Físicas 5.258 - Pessoas Jurídicas 1.657 - Investidores Institucionais 822 - Quantidade de Ações Ordinárias 703.493.232 98,67 Total de Ações 703.493.232 98,67 Composição do Capital Social - 16/11/2017 Ordinárias 713.235.181 Preferenciais 0 Total 713.235.181 7 - Planejamento Tributário A Renner busca incessantemente o estudo da incidência de impostos sobre suas operações, juntos aos departamentos tributários e jurídico. Resultado de uma política agressiva pior parte do governo de tributação injusta. Para exemplificar, tomamos o exemplo da liminar a favor da Renner para impedir a cobrança de ICMS sobre operações de venda via internet. Outro exemplo seria a confecção de peças sustentáveis. A TIPI é uma tabela com códigos dos diversos tipos de produtos separados por grupos e capítulos, ordenados por um conjunto de oito números. Essa representação numérica é a NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) e corresponde também a NBM (Nomenclatura Brasileira de Mercadorias), estabelecendo qual a respectiva alíquota a seu produto. 27 É de suma importância a devida classificação fiscal pois além de eticamente correto, preservando a empresa no caso de auditorias fiscais. No nosso caso, os produtos comercializados pela Renner tem incidência no ICMS, IPI, ISSQN tanto em loja como via net. ICMS O principal fato gerador para a incidência do ICMS é a circulação de mercadorias, mesmo que se tenha iniciado no exterior. “Considera-se ocorrido o fato gerador do ICMS no momento: I. da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; II. do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento; III. da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado, no Estado do transmitente; IV. da transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente; V. do início da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, de qualquer natureza; VI. do ato final do transporte iniciado no exterior; VII. das prestações onerosas de serviços de comunicação, feita por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza; Nota: quando o serviço for prestado mediante pagamento em ficha, cartão ou assemelhados, considera-se ocorrido o fato gerador do imposto quando do fornecimento desses instrumentos ao usuário. VIII. do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços: 28 a) não compreendidos na competência tributária dos Municípios; b) compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação expressa de incidência do imposto de competência estadual, como definido na lei complementar aplicável; IX. do desembaraço aduaneiro de mercadorias ou bens importados do exterior; Notas: 1. Após o desembaraço aduaneiro, a entrega, pelo depositário, de mercadoria ou bem importados do exterior deverá ser autorizada pelo órgão responsável pelo seu desembaraço, que somente se fará mediante a exibição do comprovante de pagamento do imposto incidente no ato do despacho aduaneiro, salvo disposição em contrário. 2. Na hipótese de entrega de mercadoria ou bem importados do exterior antes do desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o fato gerador neste momento, devendo a autoridade responsável, salvo disposição em contrário, exigir a comprovação do pagamento do imposto. X. do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior; XI. da aquisição em licitação pública de mercadorias ou bens importados do exterior e apreendidos ou abandonados; XII. da entrada no território do Estado de lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização; XIII. da utilização,por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüente. “http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/icms_fatogerador_basedecalcul o.htm IPI 29 O IPI - Imposto sobre Produtos industrializados incide obviamente sobre produtos industrializados, tanto nacionais como estrangeiros. O Decreto 7.212 / 2010 regulamenta suas regras. Para entendermos um pouco melhor definimos produto industrializado, é o produto resultante de quaisquer operações definidas no RIPI como industrialização (mesmo incompleta, parcial ou intermediária). “Fato gerador do IPI é: 1 – o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira; 2 – a saída de produto do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial. Considera-se ocorrido o fato gerador: I – na entrega ao comprador, quanto aos produtos vendidos por intermédio de ambulantes; II – na saída de armazém-geral ou outro depositário do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial depositante, quanto aos produtos entregues diretamente a outro estabelecimento; III – na saída da repartição que promoveu o desembaraço aduaneiro, quanto aos produtos que, por ordem do importador, forem remetidos diretamente a terceiros; IV – na saída do estabelecimento industrial diretamente para estabelecimento da mesma firma ou de terceiros, por ordem do encomendante, quanto aos produtos mandados industrializar por encomenda; V – na saída de bens de produção dos associados para as suas cooperativas, equiparadas, por opção, a estabelecimento industrial; VI – no quarto dia da data da emissão da respectiva nota fiscal, quanto aos produtos que até o dia anterior não tiverem deixado o estabelecimento do contribuinte; 30 VII – no momento em que ficar concluída a operação industrial, quando a industrialização se der no próprio local de consumo ou de utilização do produto, fora do estabelecimento industrial; VIII – no início do consumo ou da utilização do papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, em finalidade diferente da que lhe é prevista na imunidade, ou na saída do fabricante, do importador ou de seus estabelecimentos distribuidores, para pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras; IX – na aquisição ou, se a venda tiver sido feita antes de concluída a operação industrial, na conclusão desta, quanto aos produtos que, antes de sair do estabelecimento que os tenha industrializado por encomenda, sejam por este adquiridos; X – na data da emissão da nota fiscal pelo estabelecimento industrial, quando da ocorrência de qualquer das hipóteses enumeradas no RIPI.. XI – no momento da sua venda, quanto aos produtos objeto de operação de venda que forem consumidos ou utilizados dentro do estabelecimento industrial; XII – na saída simbólica de álcool das usinas produtoras para as suas cooperativas, equiparadas, por opção, a estabelecimento industrial. XIII - na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria no recinto alfandegado, antes de aplicada a pena de perdimento, quando as mercadorias importadas forem consideradas abandonadas pelo decurso do referido prazo. Na hipótese de venda, exposição à venda, ou consumo no Território Nacional, de produtos destinados ao exterior, ou na hipótese de descumprimento das condições estabelecidas para a isenção ou a suspensão do imposto, considerar-se-á ocorrido o fato gerador na data da saída dos produtos do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial.” http://www.portaltributario.com.br/tributario/ipi-fato-gerador.htm 31 ISSQN O ISS ou ISSQN é o imposto sobre serviços de qualquer natureza. Esse tributo é cobrado e administrado pelos municípios e pelo Distrito Federal e tem como contribuinte o prestador de serviço e tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa à Lei Complementar 116 / 2003, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador. 8 - – Matemática Financeira A matemática financeira utiliza uma série de conceitos matemáticos aplicados à análise de dados financeiros em geral. Os problemas clássicos de matemática financeira são ligados a questão do valor do dinheiro no tempo e como isso é aplicado a empréstimos, investimentos e avaliação financeira de projetos. Atualmente o aspecto financeiro sobre qualquer empresa é decisivo, muitas das vezes norteando o caminho a se seguir e as metas a atingir. Alguns itens são básicos na Matemática financeira como taxa de juros (simples e composta), equivalência, fluxo de caixa, amortização, capitalização e etc. Nesse ponto é que entendemos a necessidade de levantamento dos dados para as tomadas de decisão: Informações econômicas Informações financeira Informação patrimonial Com a necessidade identificada, damos início ao processo de levantamento de informações, verificação, registro, análise, compilação e interpretação, trazendo assim um suporte importantíssimo a tomada de decisões e gestão empresarial. 32 Juros Simples Podemos definir juros simples como o rendimento de uma aplicação financeira, valor referente ao atraso no pagamento de uma prestação ou a quantia paga pelo empréstimo de um capital. J = C * i * t Juros Compostos Pode-se dizer que os juros compostos são, simplesmente, juros sobre juros. Sendo assim, pode-se concluir que os juros não incidiram somente sobre o capital inicial, mas também sobre os juros que foram anteriormente capitalizados, por isso o ganho obtido se dá como uma sequência geométrica. Mn = C (1 + t)n Sistemas de Amortização O conceito de amortização é o processo de extinção de uma dívida através de pagamentos periódicos, que são realizados em função de um planejamento, de modo que cada prestação corresponde a soma do reembolso do capital ou dos juros do saldo devedor (juros sempre são calculados sobre o saldo devedor), podendo ainda ser o reembolso de ambos. Os principais sistemas de amortização são: 33 Sistema de pagamento único: ocorre um único pagamento (capital + juros) no final do período estipulado; Sistema de pagamento variável: ocorre vários pagamentos diferenciados durante o período (às vezes somente juros, outras juros +capital); Sistema americano: ocorre um único pagamento ao final do período, porém os juros são calculados em várias fases durante o período; Sistema de amortização constante (SAC): geralmente o mais utilizado, os juros e o capital são calculados uma única vez e divididos para o pagamento em várias parcelas durante o período; Sistema price ou francês: geralmente usados em financiamentos de bens de consumo, todas as parcelas são iguais e com os juros já embutidos; Sistema de amortização misto: calcula-se o financiamento pelos métodos SAC e price e faz-se uma média aritmética das prestações desses dois sistemas, chegando ao valor da prestação do sistema misto. Capitalização composta No regime de capitalização composta, os juros produzidos num período serão acrescidos ao valor aplicado e no próximo período também produzirão juros, formando o chamado “juros sobre juros”. A capitalização composta caracteriza-se por uma função exponencial, em que o capital cresce de forma geométrica. O intervalo após o qual os juros serão acrescidos ao capital é denominado “período de capitalização”; logo, se a capitalização for mensal, significa que a cada mês os juros são incorporados ao capital para formar nova base de cálculo do período seguinte. É fundamental, portanto, que em regime de capitalização composta se utilize a chamada “taxa equivalente”, devendo sempre a taxa estar expressa para o período de capitalização, sendo que o “n” (número de períodos) represente sempre o número de períodos de capitalização. 34 Em economia inflacionáriaou em economia de juros elevados, é recomendada a aplicação de capitalização composta, pois a aplicação de capitalização simples poderá produzir distorções significativas principalmente em aplicações de médio e longo prazo, e em economia com altos índices de inflação produz distorções mesmo em aplicações de curto prazo. (KUHNEN, 2008). Fluxo de Caixa Fluxo de caixa é um tipo de controle da movimentação financeira em um determinado período de tempo, considerando entradas e saídas de dinheiro a partir de registros detalhados. Em uma visão diária, semanal ou mensal, ele já oferece instrumentos de verificação e análise para seus negócios. Para tornar o processo mais eficiente, todas as receitas e despesas, por menores que sejam, precisam ser registradas. É comum, em pequenas empresas, que essa organização comece por planilhas, mas o mais recomendável é avançar rumo a ferramentas mais completas, como um sistema de gestão on line A partir desse levantamento, que é uma ação básica e indispensável gestão financeira, é possível contar com uma verdadeira base de dados. Com ela, o dono do negócio tem os subsídios necessários para a tomadas de decisões. Isso porque, ao realizar o fluxo de caixa, ele adquire uma visão mais precisa sobre o momento financeiro da empresa. Isso significa saber, por exemplo, que aquela semana que parecia ótima para o faturamento, na realidade gerou receitas próximas das despesas. Todos esses itens juntos auxilia qualquer empresa na tomada de decisão no melhor caminho a seguir identificando oportunidades e desvios a corrigir. 35 9 – Conclusão Depois de verificar todo o histórico e os índices da empresa Lojas Renner pode dizer que a empresa possui diretrizes bem desenhadas e definidas; que notoriamente se alinham com a expectativa dos acionistas e o mercado. Os lucros crescentes verificados nesses 05 (cinco) últimos exercícios demonstram a preocupação em manter os custos e despesas em forte controle. Manter a expansão do grupo e abrir novos PDVs. A preocupação também é constante com os recursos humanos, desenhando planos de desenvolvimento e preparação de novos talentos para ocupar cargos de gestão na empresa. Com a cotação em bolsa da ação em R$ 35,63 e com variações positivas no mercado podemos dizer que a empresa tem um corpo diretivo assertivo e responsável com ótimas práticas administrativas financeiras utilizando todos as possíveis formas para melhorar sua percepção pelo mercado. 36 10 - Bibliografia Sites Consultados: www.lojasrenner.com.br Lojas Renner S.A. www.bmfbovespa.com.br Bolsa de Valores de São Paulo www.portaldecontabilidade.com.br Portal de Contabilidade www.infomoney.com.br Infomoney www.adfn.com.br ADFN www.sebraesp.com.br SEBRAE http://www.mzweb.com.br/renner/web/conteudo_pt.asp?idioma=0&tipo=23097&cont a=28#1 MZWEB http://www.portaldeauditoria.com.br/ Outras Fontes: - ASSAF NETO, Alexandre. Finanças Corporativas e Valor. São Paulo: Atlas 2012. - Almeida, Paulo Cesar. A evolução e estratégias do setor varejista no Brasil 2006. - ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços: Um enfoque econômico- financeiro. São Paulo: Atlas 2007. - MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços: abordagem básica e gerencial. São Paulo: Atlas 2007. - Passaia, Claudir. Análise Econômica Financeira com utilização de índices. http://www.uninova.edu.br/Uni/Revista/artigos/artigo03.pdf - DAMODARAN, Aswath. Avaliação de Investimentos: Ferramentas e Técnicas para a Determinação do Valor de Qualquer Ativo. Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., 1997. - COPELAND, Tom; KOLLER, Tim e MURRIN, Jack. Avaliação de Empresas – Valuation: Calculando e Gerenciando o Valor das Empresas. 3ª edição. São Paulo: Pearson Makron Books, 2002. 37 - ROSS, Westerfield e Jaffe. Administração Financeira Corporate Finance. São Paulo: Atlas Ed. 2002.
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