Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Antidiabéticos orais • Há vários grupos de fármacos • Muitos fármacos foram desvirtuados pela mídia sendo vendidos como tratamento para perder peso, pois esses medicamentos fazem com que o organismo responda à questões metabólicas de uma forma diferente, mais acelerada, controlada, muitas vezes para não deixar absorver a glicose a nível intestinal. • Nesse cenário, existe um grupo farmacológico que é intitulado de Hipoglicemiantes orais (na realidade nem todos são orais, porém continuam pertencendo a esse grupo). DIABETES MELLITUS • Consiste em um grupo de síndromes caracterizadas por hiperglicemia; alteração do metabolismo de lipídios, carboidratos e proteínas; e maior risco de complicações por doença vascular • DM tipo I ou tipo II (+ tipos) • Cerca de 90% diabéticos: tipo II • 2010: 220 milhões – mundo • Fatores contribuintes: idade, obesidade, estilo de vida sedentária, baixo peso ao nascer (BPN) • Aumento da incidência em pré-adolescentes e adolescentes Classificação básica da DM • Do Tipo 1 • Do tipo 2 Diferença entre esses dois tipos • No tipo 1 o paciente não tem produção de insulina → não adianta usar antidiabético oral, pois se não há insulina qualquer um dos mecanismos de ação não irá ajudar o paciente • No tipo 2 ainda existe a produção de insulina, contudo há uma falência celular. Essa característica é importante, pois alguns grupos de fármacos, do tipo secretagogos, estressam a célula pancreática e como essa já está em processo de falência irá apresentar uma sobrevida ainda menor. Além da DM do tipo 1 e 2 há outros tipos específicos como aquelas que são desencadeadas por defeitos genéticos propriamente ditos que remetem a Dm do tipo 1, a DM autoimune e a DM gestacional Classificação • Tipo 1: Destruição da célula beta, geralmente ocasionando deficiência absoluta de insulina, de natureza autoimune ou idiopática • Tipo 2: Varia de uma predominância de resistência insulínica com relativa deficiência de insulina a um defeito predominantemente secretório, com ou sem resistência insulínica • Outros tipos específicos: ▪ Defeitos genéticos funcionais da célula beta ▪ Defeitos genéticos na ação da insulina ▪ Doenças do pâncreas exócrino ▪ Endocrinopatias ▪ Induzidos por fármacos e agentes químicos ▪ Infecções ▪ Formas incomuns de diabetes imunomediado ▪ Outras síndromes genéticas geralmente associadas ao diabetes ▪ Diabetes gestacional Se Todos os tipos de DM não forem tratados adequadamente haverá um momento na vida do paciente no qual esse será acometido por um grupo de síndromes • Tudo está relacionado primeiramente ao nível de glicose circulante → Hiperglicemia • A Hiperglicemia acompanha a alteração do metabolismo lipídico, por isso normalmente o paciente diabético trata os níveis de colesterol. Também há alteração do metabolismo de proteínas, do funcionamento celular • Complicações e doença vascular, que afetam a circulação a nível renal, ocular e geram as desagradáveis comorbidades do paciente diabético • Praticamente todas as formas de DM são causadas por uma redução da concentração circulante de insulina (deficiência) e por uma diminuição da resposta dos tecidos periféricos a este hormônio (resistência) Conduta • O paciente deve ser diagnosticado no início da doença e deve obedecer ao regime terapêutico não somente farmacológico. Necessariamente dever haver a procura de mudança no estilo de vida.Se o paciente realizar o acompanhamento adequado pode até desenvolver complicações, no entanto essas vão demorar para ocorrer, assim terá uma melhor qualidade de vida com o tratamento DM induzida por outros medicamentos e estruturas químicas • Corticoides: quando o uso é prolongado/ crônico eles podem vir a alterar o metabolismo da glicose e podem desencadear a doença se o paciente tiver um pré- disposição • Agonistas alfa adrenérgicos e beta bloqueadores: a nível da célula pancreática também tem receptor alfa e beta que regulam a liberação ou não de insulina, sendo que o uso desses medicamentos pode alteram o funcionamento normal da célula • Diuréticos tiazídicos: interferem na glicose, paciente perde potássio, perde sódio, aumenta a glicose, aumenta o ácido úrico e aumenta a reabsorção de cálcio. • Ácido nicotínico (vitamina B3): hidrossolúvel, em doses altas é considerado um bom lipolipemiante, pode ser utilizado para o controle dos níveis de LDL, principalmente o aumento dos níveis de HDL. Uso crônico pode desencadear a DM Critérios diagnósticos DM 2 características • Redução significante da concentração circulante de insulina. Paciente produz, porém não produz em quantidade suficiente para manter a normoglicemia durante as 24 horas • Diminuição da resposta dos tecidos periféricos a insulina. ▪ Insulina no músculo e no tecido adiposo é importante para internalizar a glicose, sendo o receptor GLUT 4 envolvido nesse processo ▪ A glicose não internaliza e fica circulando em quantidades maiores • Diante dessas características os medicamentos mais utilizados são aqueles que causam aumento da liberação de insulina (secretagogos) e aumentam os receptores GLUT 4 Complicações • Aumento dos eventos cardiovasculares • Dificuldade de cicatrização • Falta de sensibilidade • Retinopatia • Neuropatia periférica • Nefropatia • Coma hiperosmolar • Imunossupressão • Neuropatia periférica • Pé diabético • Alterações na homeostase hidroeletrolítica Metabolismo • O ciclo da insulina está relacionado com outra substância denominada Glucagon. Quando uma substância está sendo liberada a outra não está → infra -regulação • O paciente alimenta-se de refeições que possuem glicose, o que causa seu aumento na circulação sanguínea. Antes de atingir a corrente sanguínea a glicose passa pelo epitélio intestinal, onde há o envolvimento de alguns hormônios como o GLP1 e outras substâncias. • Quando a glicose atinge a circulação sanguínea serve como um sinal para as células beta do pâncreas agirem efetivamente e imediatamente liberar a insulina na circulação • A insulina leva a glicose para os tecidos periféricos e faz com que o fígado armazene glicose nas suas células (glicogênese) • Quando a insulina entra em ação e joga a glicose para os tecidos periféricos e principalmente ao nível hepático, as taxas de glicose no sangue irão diminuir. Essa taxa baixa de glicose no sangue é um sinalizador positivo para as células alfa pancreáticas liberarem o Glucagon • O glucagon é o hormônio que está presente na circulação nos momentos de jejum. É responsável por fazer com que o organismo tire a reserva de energia de alguns lugares, como no fígado • Se o indivíduo não tiver alterações, as quantidades de insulina e glucagon liberadas são suficientes para manter a normoglicemia • Tecidos que não precisam da insulina para internalizar a glicose ▪ Cardíaco ▪ SNC ▪ Endotélio capilar ▪ TGI ▪ Células pancreáticas • A nível renal, a glicose quando passa no filtrado glomerular é reabsorvida. Quanto mais glicose há, mais estressado será o tecido renal Liberação de insulina na célula pancreática • Existe um transportador de glicose que é o GLUT 2, que não depende de insulina e é responsável pela a internalização da glicose • A glicose sofre um processo metabólico dependente de ATP e enquanto isso ocorre o canal de potássio fecha-se e gera uma despolarização de membrana que abre o canal de cálcio, consequentemente há o aumento de cálcio dentro da célula pancreática que faz com que a insulina seja liberada para a circulação • Mesmo a insulina sendo a substância responsável por tirar a glicose da circulação, para que ocorra sua liberação há a necessidade da presença de glicose, já que é o sinalizador da liberação de insulina Efeitos da insulina no organismo • Sobre o fígado ▪ Fazcom que o fígado armazene glicose ▪ Inibe a produção hepática de glicose (diminui a gliconeogênese e glicogenólise) ▪ Aumenta a síntese de triglicerídeos e a formação de lipoproteínas de densidade baixa • Sobre o músculo ▪ Interioriza a glicose ▪ Estimula o aumento da síntese de proteínas a nível celular ▪ Aumento da síntese do glicogênio ▪ Inibe o fluxo de precursores gliconeogênicos (alanina, lactato, piruvato) p/ o fígado • Sobre o tecido adiposo ▪ Estimula a captação de glicose ▪ Inibe o fluxo de precursor gliconeogênico (glicerol) e reduz o substrato energético p/ a gliconeogênese (ác. graxos não-esterificados ▪ Aumento do armazenamento de triglicerídeos ▪ A lipase lipoprotéica que é a enzima que quebra o triglicerídeo em ácido graxo, é induzida e ativada pela insulina. A insulina da conta de estimular o metabolismo das lipoproteínas através do estimula dessa enzima Paciente terá aumento da glicose circulante, dos triglicerídeos Transportadores ▪ GLUT 1: tecidos a nível cerebral e eritrócitos ▪ GLUT 2: célula pancreática ▪ GLUT 3: Cérebro, placenta ▪ GLUT 4:músculo e tecido adiposo → dependente de insulina ▪ GLUT 5: intestino e a nível renal Falta da insulina • Aumento do glucagon que interfere nas enzimas que fazem a quebra do lipídio, aumento da quebra de glicose hepática → hiperglicemia → desidratação → choque • Metabolismo dos lipídios e proteínas também irão levar um quadro e hiperventilação e desidratação Tratamento • Não farmacológico • Farmacológico: atender para a possibilidade de hipoglicemia • Dislipidemia, hipertensão, obesidade, doenças cardiovasculares • Nível ideal para paciente com DM • É muito difícil reduzir a HbA1c, mesmos os medicamentos mais potentes não conseguem reduzir mais que 2% do nível. • Não há consenso dos números devido a característica diferentes dos pacientes • Tolerável até 130 no jejum e 180 no pós-prandial Linha do tempo dos fármacos • Apesar da criação de novos medicamentos, o primeiro a dar certo foi a metformina (biguanida) em 1955, continua sendo o melhor fármaco de escolha, mais barato, mais eficaz, com menos efeitos colaterais, possui uma amplitude nos seus mecanismos e não sofre metabolismo → mais fácil de tratar o paciente polifarmácia FARMACOTERAPIA - DM • INSULINOTERAPIA • HIPOGLICEMIANTES ORAIS a) Sulfoniluréias b) Meglitinidas c) Biguanidas d) Tiazolidinedionas e) Inibidores da α-glicosidase f) Incretinas (análogos do GLP-1) - Inibidores da DPP-IV Insulina • Rápida/ultrarrápida • Ação intermediária • Insulina basal • Pré - misturas Geralmente é feito uma mistura das que não tem pico basal com as ultrarrápidas 2006 • Exubera nasal, não funcionou, foi retirado do mercado • Afrezza liberado FDA em fevereiro de 2015 → nova formulação, solicitado para ser aprovado pela Anvisa 2017 Sulfonilurérias • Medicamento secretagogo→ vai até a célula beta estimulando a jogar mais insulina para fora • Receptor Sur1 • Aumenta a condição de despolarização da célula → excesso da liberação de insulina na corrente circulatória • DM2 falência de produção da insulina • Paciente recém- diagnosticado → depois de um tempo a célula para de produzir → acaba a insulina • Secretagogos não podem ser prescritos no início do tratamento → quando começa a prescrever atua positivamente por 1 ano, já que depois acaba insulina dentro da célula • Radical sulfona + uréia → sulfona antidiabético, diurético Gerações 1. Clorpropamida (diabinese) 2. Glibenclamida (daonil), Glipizida (MINIDIAB DIAFARBET) +potentes 3. Glimeperida (GLIMEPIL) Mecanismo de ação • Estimulam a liberação de insulina • Ligam-se no receptor SUR, inibindo canais de efluxo de cálcio • Impede que o canal de potássio faça a infra- regulação → aumenta a entrada de cálcio de célula • Capacidade aumentar a quantidade de somatostatina pancreática → redução do glucagon Os beta bloqueadores não seletivos podem inibir a ação da sulfaniluréia • Beta dois faz a célula pancreática trabalhar ADMINISTRAÇÃO AGUDA: aumenta a liberação de insulina, reduz a captação hepática da insulina ADMINISTRAÇÃO CRÔNICA: níveis plasmáticos de insulina voltam aos níveis anteriores ao TTGO (infra regulação dos níveis receptores superfície celular SUR nas células Beta apesar deste efeito níveis glicose diminuídos são mantidos ▪ Estimulam a liberação de somatostatina e podem suprimir a secreção de glucagon; ▪ Ligam-se aos receptores específicos cél beta, provocando despolarização da membrana e influxo de Ca++ → promove secreção insulina; Mecanismo de ação • Aumento da concentração de sítios receptores de insulina nas superfícies das células mononucleares e de adipócitos- aumento da sensibilidade a insulina • Efeito de liberação de insulina pelas células Beta é importante apenas no 1 ano de tratamento. Farmacocinética • Deve ser administrado próximo as refeições → pode causar hipoglicemia • Apenas glipizida (alimento diminui absorção) • Alta ligação proteica: 90- 99% - albumina • Meia-vida ▪ Clorpropamida: longa (32h) metabolismo lento – efeito até 60 h ▪ Segunda geração: curta (3-5h), porém 100X mais potente (efeitos duram de 12 a 24 horas) • Terceira geração: 5- 8 h • Metabolismo. Hepático, excreção renal • Administrados com cautela – insuficiência renal e hepática • Tomar jejum aumenta insulina → hipoglicemia Reações adversas • Reações hipoglicemias • Náuseas, vômitos, icterícia, agranulocitose, anemia hemolítica, reações de hipersensibilidade • Fotos sensibilidade • Hiponatremia • Contraindicações: DM tipo 1, gravidez, lactação • Falha secundária: liga no receptor SUR da célula pancreática, célula pode esconder o receptor (infra-regulação) Interação • Intensificação hipoglicemia ▪ Anticoagulantes ▪ Cloranfenicol ▪ Fluconazol ▪ Genfibrozila ▪ Antagonista H2 ▪ Antidepressivos tricíclicos ▪ Etanol aumenta ação sulfoniluréias (inibem aldeído degidronerase) • Diminuem a ligação fármaco na proteína plasmática • Diminuem metabolismo hepático • Diminui a excreção renal • Diminuem efeito hiperglicêmicos ▪ Por aumento do metabolismo hepático, aumento da excreção renal, ou inibição secreção da insulina: ▪ Beta bloqueadores ▪ Colestiramina ▪ Bloqueadores de canais de Ca ▪ Simpaticomiméticos ▪ Receptores b2 aumenta a secreção insulina nas ilhotas ▪ Receptores a1b2 glicogenólise Início: dose extremidade inferior faixa posológica Titulado para cima Reduz os níveis de A1C 1.5 a 2 % Meglitinidas Fármacos ▪ Repaglinida ▪ Neteglinidas Características ▪ Secretagogo ▪ Ação secretória glicose dependente → gatilho de segurança ▪ Produzem ganho ponderal discreto ▪ Reduzem A1C 0,5 a – 1 % Repaglinida • Prandin • Derivado do ácido benzoico • Aumenta secreção de insulina nas células beta / glicose dependente • Estimula a liberação de insulina inibindo os canais de K dependentes de ATP na presença glicose (no GLUT 2) • Rapidamente absorvido no TGI, níveis plasmáticos máx.: 1h • Uma refeição uma dose, sem refeição sem dose • Metabolizada pelo fígado a derivados inativos • 10% excretado pelos rins • Início ação de 10 min • Duração ação 4-5 horas • Posologia 0,5 a 4 mg por refeição • Difere das sulfa ▪ Agem em locais receptores diferentes ▪ Início rápido ▪ Tempo de ação curto- prevenindo hipoglicemia intervalo refeição • Rapidamente absorvido no TGI níveis plasmáticos máx. 60- 90 min • Metabolizada pelo fígado derivado inativos CYP 3A4 • Principal efeito colateral: hipoglicemia Nateglinida • Starlix • Starfor com a metformina • Derivado da D- fenilalanina • Inibe canais de K (ATP) cél B pancreáticas – presença de glicose • Secreção de insulina + rápida (início ação4 min) duradoura (age por 2 h) • Objetivo: reduzir as elevações pós-prandiais da glicemia no DM II. 10 min antes da refeição • Metabolismo: fígado, 10%: rins – inalterada • Produz menor risco de hipoglicemia – menor poder hipoglicemiante • Indicado para DM de início recente Biguanidas • Sensibilizadores de insulina • Usam a insulina que já existe, melhoram sua resposta, não interferindo na célula • Derivados das guanidinas Fármacos • Fenformina • Metformina • Butformina • *Fenformina e butformida retirada do mercado em 1970 (incidência acidose lática – glicose anaeróbica) • Estudos sobre diabéticos reino unido (UKPDS) metformina é a única medicação v.o. capaz de reduzir risco de mortalidade • São hipoglicemiantes não dependentes da célula beta • Supressão gliconeogênese (75% ação) quebra glicogênio formando glicose • Reduz absorção gastrointestinal da glicose • Estimulação anaeróbia nos tecidos periféricos (glicose anaeróbica), aumento da remoção da glicose sanguínea, produz lactato • Aumento transportadores de glicose → aumento concentração de proteína transmembrana (GLUT 4) na membrana celular responsiva a insulina • Efeito anoréxico – redução de peso AMPK • Enzima • Proteína quinase ativada por adenosina monofosfato • Aumenta a expressão dos receptores GLUT 4 • Ação em várias partes do organismo - o aumento da ampk causa ▪ maior captação de glicose do musculo ▪ no coração causa captação da glicose e ácido graxo, ▪ no tecido adiposo bloqueia lipólise ▪ pâncreas inibe liberação de insulina • Ativação ampk diminui consumo O2 mitocondrial • metformina aumenta atividade proteinscinase dependente ampk gerando maior armazenamento de glicogênio musculo esquelético, diminuição gliconeogênese hepática e diminuição dos níveis de insulina plasmática (pacientes obesos dm2) • diminui gliconeogênese nos hepatócitos • inibe síntese de lipídeos (HMG CoA redutase) reduz a quantidade de esterol circulante • diminui proteína reguladora dos elementos dos esteróis (SREBP1) nos hepatócitos: chave da transcrição lipogênica, ou seja, diminui produção de VLDL • maior oxidação de ac graxo no hepatócito • ativa ampk nos músculos esqueléticos: promove captação de glicose e oxidação de ácidos graxos • ativação de ampk endotelial: aumenta síntese de no e diminui radicais livres de oxigênio (benefício cardiovascular) ▪ o aumento da liberação de NO causa vasodilatação, o que inibe inflamação vascular e diminui lesão aterosclerótica • Faz com que a célula poupe insulina → positivo para o paciente • Ativação da ampk: diminui consumo oxigênio mitocondrial → diminui aparecimento de radicais livres • Diminuição da gliconeogênese – Atp/adp hepatócitos • Inibe síntese de lipídios (HMG COA redutase – faz a produção de colesterol) colesterol → VLDL→ IDL → LDL • Diminui a proteína reguladora dos elementos esteróis (SREBP-1) nos hepatócitos → chave da transcrição lipogênica • Aumenta a oxidação de ácidos graxos nos hepatócitos • Ativação da AMPK endotelial → Aumento da síntese de NO e diminui ROS → benefício cardiovascular maior o efeito anti-inflamatório--. Protegendo das placas de ateroma • Aumento liberação de No, vasodilatação → inibe inflamação vascular → diminui lesão aterosclerótica • Indicada no tratamento das complicações macrovasculares do dm • Ação intestinal: células L (GLP-1) → saciedade, metabolismo dos ácidos biliares, microbiota intestinal, alteração na absorção de carboidratos • Ação na pressão arterial: mecanismo endotelial e vascular, diminuição da atividade simpática, diminuição concentração de noradrenalina Biguanidas – PK e PD • Absorvida pelo ID, não se liga ás proteínas plasmáticas e é excretada inalterada na urina. Meia- vida: 2 H. tomada junto ás refeições • Reações adversas: desconforto abdominal, diarreia • Interação: álcool (forte hipoglicemia), beta bloqueadores não seletivos, sulfoniluréias, IMAO → quebra noradrenalina e dopamina (aumenta secreção insulina) • Não provoca hipoglicemia - só com álcool Metformina – Glifage • Usada isoladamente ou em combinação • Pode ser usada para emagrecer e intolerância a glicose em pacientes com síndrome • metabólica • Não provoca hipoglicemia • Não provoca efeitos significativos sobre a secreção de glucagon, cortisol, GH ou somatostatina • Componentes inertes comprimeido podem aparecer intactos nas fezes – massa hidratada como cpr original Usos clínicos • Não usar gestantes, nefropatas, hepatopatas, risco cardiovascular evidente • Uso deve ser interrompido antes de contrastes radiológicos procedimentos cirúrgicos (4-8 horas antes) • Indicado pacientes obesos DM II, resistência à insulina (fisiopatologia) Ações • Redução ácidos graxos livres, TG< LDL< colesterol total • Aumento HDL • Diminuição da progressão da intolerância á glicose para a Diabetes • Dose: inicial menos • De 500- 850 mg/dia • A 1000- 1700 mg/dia • HBA1c reduz 1.5- 2 % Suplementação de b12 • Diminuição da vit b12 → transtorno hematológicos, neurológicos, cardiovasculares Tiazolidenedionas • Sensibilizadores da insulina muito semelhante a metformina • São novos medicamentos (chamados de novo grupo ou nova classe de glitazona), porém não conseguiu avançar sobre o uso da metformina, pois a extensão do mecanismo de ação desta é muito ampla, atua não só na questão da glicose, da insulina, mas atua também no metabolismo de lipídios, efeito anti-inflamatório, antioxidante • Efeito principal é melhorar a captação da glicose, já a metformina tem um efeito principal (75% do resultado do medicamento) inibe a gliconeogênese (produção da glicose hepática) • Diminuem a resistência periférica à insulina (aporte de glicose nos tecidos periféricos) ao promoverem a utilização da glicose nos tecidos periféricos • Melhoram a captação da glicose nos tecidos aumentam a expressão e translocação de GLUT 4 a expressão e translocação de GLUT 4 para superfície das células adiposas e musculares 30-50% • Estimulam as células a produzir, sintetizar e expressar mais GLUT 4 • Reduzem a gliconeogênese hepática – não é o principal efeito Mecanismo de ação • Nas células musculares, do tecido adiposo e nas células hepáticas existe um receptor chamado Receptor de proliferação peroxissomal (gama PPAR) responsável por regular a transcrição dos genes responsivos à insulina → GLUT 4 • Agonista seletivo receptor gama ativado por proliferação peroxissomal (PPARY) receptor encontrado tecido adiposo, muscular e do fígado • Ativação desse receptor regula a transcrição genes responsivos a insulina (envolvidos produções, transporte, utilização glicose) • Tecidos que possuem o PPAR do tipo gama também possuem um PPAR do tipo alfa que é um receptor peroxissomal com uma configuração química um pouco diferente do gama • Ativação PPAR alfa regula metabolismo de ácido graxo • Efeito protetor células Beta → melhora sensibilidade periférica à insulina • Glitazonas estimulam PPAR gama aumentando a expressão de GLUT 4 aumenta PPAR alfa • Também tem efeito da melhora da dislipidemia • Reduzem os níveis de hba1c em 0,5-1.4% no DM II, na monoterapia Fármacos • Rosiglitazona (AVANDIA®) registro cancelado ANVISA (Resol 4466/2010) risco eventos cardiovasculares ▪ Rosiglitazona (avandamet associada a metformina) • Pioglitazona (ACTOS®) actos met associados a metformina Farmacocinética • Rapidamente absorvidos sem interferência alimento (apenas retarda o início de concentração plasmática) • Para atingir o Pico concentração plasmática leva 1 h • Tempo de meia- vida é o do pós-prandial- 3-4 h • Concentração sérica estável por 24 horas 1 x ao dia • Metabolizados CYP450 hepáticos metabolitos atividade limitada (Rosiglitazona CYP2C8 e 2C9) • Pioglitazona → interferem nos níveis séricos de fármacos metabolizadosCY450 3A4 e 2C8 - anticoncepcionais, digoxina, Ranitidina • Excreção urina (principalmente) e fezes Reações adversas • Ganho de peso (máximo 3kg) durante o período inicial do tratamento, depois há estabilização • Hipoglicemia • Expansão do volume plasmático - edema • Aumento fraturas ósseas (mulheres com tratamento prolongado) • Hepatotoxidade – teste de enzimas (TGO e TGP) podem apresentar valores mais elevados com uso de medicamentos – fígado mais requerido em termos metabólicos • Contraindicações: ICC • Efeito máximo é observado após 6 a 12 semanas Inibidores da alfa glicosidase Fármacos • Acarbose • Miglitol Características • Alfa glicosidase é uma enzima que existe a nível intestinal que ajuda no processo de absorção de glicose, atua como aporte • Esses fármacos que vão inibir essa enzima vão de alguma forma vão impedir que a glicose vinda da alimentação passe a ser absorvida para o organismo • Quando surgiu pareceu ser uma excelente opção Modo de ação • Anti-hiperglicemiantes se a glicose não for absorvida não vão somar a glicose circulante causando menos hiperglicemia • Reduz HbA1c 0.5 a 0.8% • Enzima localizada na superfície escova enterócitos intestino delgado, responsáveis absorção carboidratos • Inibição da alga-glicosidase diminui velocidade de absorção intestinal glicose • Diminui pico glicêmico pós-prandial – bom para o paciente obeso – evita estresse das células beta • Mantem normoglicêmica • Estabiliza peso • Protege células beta • Não estimulam a liberação de insulina, não resultando em hipoglicemia • Atuam no processo de absorção dos carboidratos • Administrados imediatamente antes das refeições, junto com a primeira porção do alimento a ser ingerida • Todo medicamento que interfere na absorção de um componente alimentar causa uma alteração no funcionamento do TGI • É mais efetiva quando administrada com uma dieta de amido, rica em fibras – paciente deve alterar o padrão alimentar Administração • Monoterapia em idosos ou em casos de hiperglicemia pós-prandial (obesos) • 50 mg antes de cada refeição • Aumento progressivo até 100 mg 3X dia No uso dos medicamentos há 3 cortes diferentes 1. Processo de absorção → intestino 2. Células pancreáticas e nível hepático 3. Células periféricas – onde a glicose é utilizada Inibidores atuam só no primeiro corte (intestinal), o que acontece no organismo é uma consequência da redução da absorção de carboidratos Efeitos adversos • TGI (flatulência diarreia) • Aumento das enzimas hepáticas Contraindicações • Gravidez-corta um componente importante da alimentação do feto • Lactação • Transtornos crônicos digestão e absorção intestinal • Doença inflamatória crônica e intestino – doença de Crohn • Doença hepática e renal grave Incretinas • Consideradas hormônios, são secretadas por células endócrinas após as refeições epitélio intestino delgado • Principais hormônios ▪ GLP-1 – peptídeo semelhante ao glucagon – ao primeiro sinal de alimento é liberada no intestino- auxiliam na saciedade e processo digestivo, sinal para as células pancreáticas para liberar a insulina ▪ GIP • Pacientes dm II concentração GLP-1 alterada • Se tiver mais GLP-1 aumenta a saciedade e tenta regular as células pancreáticas na produção de insulina • GLP-1 estimula síntese e secreção insulina glicemia, inibição glucagon, retardo Esvaziamento gástrico → diminui apetite e reduz peso • GLP-1 rapidamente inativado (1-2 min) pela dipeptidil peptidase IV (DPP-IV) → infusão contínua • Inicialmente isolaram a GLP-1 do humano e tentaram administrar, porém no organismo essa possui um tempo de meia vida pequeno, de 2 minutos, pois imediatamente após a sua liberação vem uma enzima denominada Dipeptidil peptidase do tipo IV e quebra a GLP-1 • Tentaram achar em outro animal uma glp-1 semelhante, mas que sobrevivesse a ação da enzima. A utilizada foi a GLP-1 isolada da saliva do monstro de gila, porém essa substância tem alto custo Fármacos Exenatida (exendina-4) (BYETTA®) ▪ Primeira incretina ▪ glândula salivar do monstro-de-Gila (lagarto venenoso) - Aprovação pelo FDA: 2 injeções/dia subcutâneo - Reduz 1-1,3% HbA1c (hemoglobina glicada) - Melhor ação na redução de peso - Homologia: 53% com o GLP-1 humano ▪ Medicamento emagrecia, valor agregado muito alto, paciente obeso que queria emagrecer começou a usar ▪ Náuseas autolimitantes – dependente dose ▪ Hipoglicemia em associação a outros hipoglicemiante Liraglutida (VICTOZA®) (subcutâneo) • Sintetizadas em laboratório, valor agregado diminuiu, melhorou a quantidade de aplicações e a utilização • 1X/ DIA • Análogo GLP-1 • Aumenta a secreção insulina no estado hiperglicemia • Náuseas vômitos • Hipoglicemia em associação c/ hipoglicemiantes • Não usar menores 18 anos • Reduz HbA1c Lyzumia- lizenatina • Análogo a glp1 • Reduz esvaziamento gástrico • Reduz apetite • Saciedade e avisar o pâncreas que a insulina deve ser produzida • Fármaco novo ANVISA 2014 Saxenda • 2016 • Canetinhas multidoses – sem contaminação- fácil utilização Medicamentos Fármaco Dose Exenatida Byetta canetas 5 a 10 mcg ++ + Liraglutida Victoxa multidose s 0,6 1,2 1,8 mg 3 mg ++ + Lizenatida Lyxumia Canetas 10 1 20 mcg + + • H1bac menos 0,9 a 1,5 % Semaglutida • possui estrutura química muito semelhante ao hormônio GLP-1 • 1,5 a 1,8 menor hba1c • Peso 70 %maior que liraglutida Inibidores da DPP-IV • Já que a síntese de GLP-1 possui alto custo e sua aplicação subcutânea são empecilhos para o tratamento, tentou-se desenvolver medicamento que inibam a DPP-IV responsáveis por degradar o GLP-1 a nível intestinal dois minutos após a liberação • Diminuem degradação incretinas • Extensão de ação maior que as incretinas • Quando inibimos a enzima o GLP-1 que é fisiologicamente secretada essa consegue ter efeito e tempo de ação maior pela ampliação do tempo de meia vida, ocorrendo a estimulação da síntese de insulina, com consequente redução da glicemia somada com o aumento da sensação de saciedade Sitagliptina + metformina= janumet • Não é subcutâneo • Aprovação em 2011 • Bem tolerados, provocam menos náusea Dulaglutida Trulicity Canetas 1 dose por semana 0,75 – 1,5 mg ++ + • Quando surgiu, a propaganda mostrava que em associação com a metformina, conseguia ultrapassar uma redução de 2.0% de HbA1C, contudo a Diretriz 2014- 2015 demonstrou que a redução era de 0,6 a 0.8 % Fármacos • Vildagliptin- mais prescrita (galvus) • Sitagliptina • Saxagliptina • Linagliptina • Alogliptina Preço por dia Tempo no mercado anos Alerta sobre ICC - FDA Ajuste função renal Hba1c redução em % SITAGLIPTINA 5 10 NÃO SIM 0.6 VILDAGLIPTINA 4.7 9 NÃO SIM 0.7 SAXAGLIPTINA 3.2 7 SIM SIM 0.5 LINAGLIPTINA 5.2 5 NÃO NÃO 0.5 ALOGLIPTINA 2 2 SIM SIM 0.55 Análogo da amilina • Amilina liberada junto com a insulina ajuda a controlar a redução da liberação do glucagon • Retarda o esvaziamento gástrico • Diminui a ingestão alimentar- saciedade • Ligam-se ao SNC • DM I- sem amilina • DM II – amilina reduzida Pramlintida • Aprovado para pacientes DM I e DM II insulino dependentes • Mecanismo de ação: retarda esvaziamento gástrico diminuição liberação pós-prandial glucagon e promove saciedade • Semelhante a amilina • Administração subcutânea antes da refeição • Efeito nauseante • Não está associado à hipoglicemia • Não tem no Brasil Fármacos Hipoglicemiantes e sua ação • 1 inibidores glicosidase • 2 sulfoniluréias • 2 meglitinidas • 3+4 biguanidas • 3+ 4 tiazolidedionas Novos fármacos - Inibidores da SGLT2 • A nível renal, mais especificamente do túbulo contornado proximal,há um transportador SGLT2 que reabsorve quase 100% da glicose. Inibindo esse transportador a glicose fica toda na urina • Novo fármaco 2014- atua na reabsorção da glicose através do transportador • Cotransportador de sódio • Inibição da reabsorção gera diminuição glicemia jejum (20-30 mg) • Inibição da reabsorção gera diminuição glicemia pós-prandial (50 – 7- mg) • Baixo risco de hipoglicemia • Perda 2 a 3 kg • Redução pressão sistólica de 4 a 6 mmHg • Risco aumentado infecções genitais e urinarias • Ação diurética + depleção de volume • Ajuda a controlar principalmente a pressão sistólica • Contraindicado insuficiência renal (moderada e grave) • Prejuízo na função renal • Dapagliflozin • Canaglifozin • Empaglifozin • Hba1c menor 0.9 a 1.2% - dose dependente • Os fármacos desenvolvidos a partir da Dapaglifozina sap mais seletivos ao GLP2 do que a GLP1 • Recentemente, a FDA lançou um alerta sobre a família dos Inibidores da SGLT2, informando sobre o possível risco de cetoacidose diabética em alguns pacientes com DM II
Compartilhar