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Direito Processual Penal II 
Assunto: Questões OAB FGV 
 Prof. Dr. Sidney Filho 
	
 1 
 
DAS PROVAS 
 
1. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado 
XXIX - Primeira Fase 
Tomás e Sérgio foram denunciados como incursos 
nas sanções penais do crime do Art. 217-A do 
Código Penal (estupro de vulnerável), narrando a 
acusação que, no delito, teria ocorrido ato libidinoso 
diverso da conjunção carnal, já que os denunciados 
teriam passado as mãos nos seios da criança, e que 
teria sido praticado em concurso de agentes. 
Durante a instrução, foi acostado ao procedimento 
laudo elaborado por um perito psicólogo oficial, 
responsável pela avaliação da criança apontada 
como vítima, concluindo que o crime teria, de fato, 
ocorrido. As partes tiveram acesso posterior ao 
conteúdo do laudo, apesar de intimadas da 
realização da perícia anteriormente. O magistrado 
responsável pelo julgamento do caso, avaliando a 
notícia concreta de que Tomás e Sérgio, durante o 
deslocamento para a audiência de instrução e 
julgamento, teriam um plano de fuga, o que 
envolveria diversos comparsas armados, determinou 
que o interrogatório fosse realizado por 
videoconferência. No momento do ato, os 
denunciados foram ouvidos separadamente um do 
outro pelo magistrado, ambos acompanhados por 
defesa técnica no estabelecimento penitenciário e 
em sala de audiência durante todo ato processual. 
Insatisfeitos com a atuação dos patronos e 
acreditando na existência de ilegalidades no 
procedimento, Tomás e Sérgio contratam José para 
assistência técnica. 
Considerando apenas as informações narradas, José 
deverá esclarecer que 
 
A o interrogatório dos réus não poderia ter sido 
realizado separadamente, tendo em vista que o 
acusado tem direito a conhecer todas as provas que 
possam lhe prejudicar. 
B não poderia ter sido realizado interrogatório por 
videoconferência, mas tão só oitiva das testemunhas 
na ausência dos acusados, diante do direito de 
presença do réu e ausência de previsão legal do 
motivo mencionado pelo magistrado. 
C o laudo acostado ao procedimento foi válido em 
relação à sua elaboração, mas o juiz não ficará 
adstrito aos termos dele, podendo aceitá-lo ou 
rejeitá-lo, no todo ou em parte. 
D o laudo deverá ser desentranhado dos autos, 
tendo em vista que elaborado por apenas um perito 
oficial, sendo certo que a lei exige que sejam dois 
profissionais e que seja oportunizada às partes 
apresentação de quesitos complementares. 
 
2. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado 
XXIX - Primeira Fase 
Glauber foi denunciado pela prática de um crime de 
roubo majorado. Durante a audiência de instrução e 
julgamento, que ocorreu na ausência do réu, em 
razão do temor da vítima e da impossibilidade de 
realização de videoconferência, o Ministério 
Público solicitou que a vítima descrevesse as 
características físicas do autor do fato. Após a 
vítima descrever que o autor seria branco e baixo e 
responder às perguntas formuladas pelas partes, ela 
foi conduzida à sala especial, para a realização de 
reconhecimento formal. No ato de reconhecimento, 
foram colocados, com as mesmas roupas, lado a 
lado, Glauber, branco e baixo, Lucas, branco e alto, 
e Thiago, negro e baixo, apesar de a carceragem do 
Tribunal de Justiça estar repleta de presos para a 
realização de audiências, inclusive com as 
características descritas pela ofendida. A vítima 
reconheceu Glauber como o autor dos fatos, sendo 
lavrado auto subscrito pelo juiz, pela vítima e por 
duas testemunhas presenciais. Considerando as 
informações narradas, o advogado de Glauber, em 
busca de futuro reconhecimento de nulidade da 
instrução ou absolvição de seu cliente, de acordo 
com o Código de Processo Penal e a jurisprudência 
dos Tribunais Superiores, deverá consignar, na 
assentada da audiência, seu inconformismo em 
relação ao reconhecimento realizado pela vítima, 
 
A em razão da oitiva da vítima na ausência do réu, 
já que o direito de autodefesa inclui o direito de 
presença em todos os atos do processo. 
B tendo em vista que, de acordo com as previsões 
do Código de Processo Penal, ela não poderia ter 
descrito as características do autor dos fatos antes 
da realização do reconhecimento. 
C em razão das características físicas apresentadas 
pelas demais pessoas colocadas ao lado do réu 
quando da realização do ato, tendo em vista a 
possibilidade de participarem outras pessoas com 
características semelhantes. 
D tendo em vista que o auto de reconhecimento 
deveria ter sido subscrito pelo juiz, pelo réu, por seu 
Direito Processual Penal II 
Assunto: Questões OAB FGV 
 Prof. Dr. Sidney Filho 
	
 2 
 
defensor e pelo Ministério Público, além de três 
testemunhas presenciais. 
 
3. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XXVIII - Primeira Fase 
Adolfo e Arnaldo são irmãos e existe a informação 
de que estão envolvidos na prática de crimes. 
Durante investigação da suposta prática de crime de 
tráfico de drogas, foi deferida busca e apreensão na 
residência de Adolfo, em busca de instrumentos 
utilizados na prática delitiva. O oficial de justiça, 
com mandado regularmente expedido, compareceu 
à residência de Adolfo às 03.00h, por ter 
informações de que às 07.00h ele deixaria o local. 
Apesar da não autorização para ingresso na 
residência por parte do proprietário, ingressou no 
local para cumprimento do mandado de busca e 
apreensão, efetivamente apreendendo um caderno 
com anotações que indicavam a prática do crime 
investigado. Quando deixavam o local, os policiais 
e o oficial de justiça se depararam, na rua ao lado, 
com Arnaldo, sendo que imediatamente uma 
senhora o apontou como autor de um crime de 
roubo majorado pelo emprego de arma, que teria 
ocorrido momentos antes. Diante disso, os policiais 
realizaram busca pessoal em Arnaldo, localizando 
um celular, que era produto do crime de acordo com 
a vítima, razão pela qual efetuaram a apreensão 
desse bem. Ao tomar conhecimento dos fatos, a 
mãe de Adolfo e Arnaldo procurou você, como 
advogado(a), para a adoção das medidas cabíveis. 
Assinale a opção que apresenta, sob o ponto de 
vista técnico, a medida que você poderá adotar. 
 
A Pleitear a invalidade da busca e apreensão 
residencial de Adolfo e a da busca e apreensão 
pessoal em Arnaldo. 
B Pleitear a invalidade da busca e apreensão 
residencial de Adolfo, mas não a da busca e 
apreensão pessoal de Arnaldo. 
C Não poderá pleitear a invalidade das buscas e 
apreensões. 
D Pleitear a invalidade da busca e apreensão 
pessoal de Arnaldo, mas não a da busca e apreensão 
residencial de Adolfo. 
 
4. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XXV - Primeira Fase 
O Ministério Público ofereceu denúncia em face de 
Matheus, imputando-lhe a prática de um crime de 
estelionato. Na cota da denúncia, o Promotor de 
Justiça solicitou a realização de exame grafotécnico 
para comparar as assinaturas constantes da 
documentação falsa, utilizada como instrumento da 
prática do estelionato, com as de Matheus. Após ser 
citado, Matheus procura seu advogado e esclarece, 
em sigilo, que realmente foi autor do crime de 
estelionato. Considerando as informações narradas, 
sob o ponto de vista técnico, o advogado deverá 
esclarecer que Matheus 
 
A deverá realizar o exame grafotécnico, segundo as 
determinações que lhe forem realizadas, já que 
prevalece no Processo Penal o Princípio da Verdade 
Real. 
B poderá se recusar a realizar o exame grafotécnico 
até o momento de seu interrogatório, ocasião em 
que deverá fornecer padrão para o exame 
grafotécnico, ainda que com assinaturas diferentes 
daquelas tradicionalmente utilizadas por ele. 
C deverá realizar o exame grafotécnico, tendo em 
vista que, no recebimento da denúncia, prevalece o 
princípio do in dubio pro societatis. 
D poderá se recusar a realizar o exame grafotécnico 
durante todo o processo, e essa omissão não podeser interpretada como confissão dos fatos narrados 
na denúncia. 
 
5. Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XXIV - Primeira Fase 
Durante instrução probatória em que se imputava a 
João a prática de um crime de peculato, foram 
intimados para depor, em audiência de instrução e 
julgamento, os policiais civis que participaram das 
investigações, a ex-esposa de João, que tinha 
conhecimento dos fatos, e o padre para o qual João 
contava o que considerava seus pecados, inclusive 
sobre os desvios de dinheiro público. Preocupados, 
todos os intimados para depoimento foram à 
audiência, acompanhados de seus advogados, 
demonstrando interesse em não prestar declarações. 
Considerando apenas as informações narradas, 
assinale a afirmativa correta. 
 
A Apenas o advogado da ex-esposa de João poderá 
requerer que sua cliente seja eximida do dever de 
depor, devendo os demais prestar declarações. 
Direito Processual Penal II 
Assunto: Questões OAB FGV 
 Prof. Dr. Sidney Filho 
	
 3 
 
B Todos os advogados poderão requerer que seus 
clientes sejam eximidos do dever de depor. 
C Apenas o advogado do padre poderá buscar que 
ele não preste declarações, já que proibido, por 
ofício, de depor, devendo os demais prestar 
declarações. 
D Apenas os advogados da ex-esposa de João e do 
padre poderão requerer que seus clientes não sejam 
ouvidos na condição de testemunhas. 
 
1.c 2.c 3.b 4.d 5.d 
 
PROCEDIMENTOS ORDINÁRIO, SUMÁRIO 
E SUMARÍSSIMO 
 
1. Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado 
XXXI - Primeira Fase 
Caio foi denunciado pela suposta prática do crime 
de estupro de vulnerável. Ocorre que, apesar da 
capitulação delitiva, a denúncia apresentava-se 
confusa na narrativa dos fatos, inclusive não sendo 
indicada qual seria a idade da vítima. Logo após a 
citação, Caio procurou seu advogado para 
esclarecimentos, destacando a dificuldade na 
compreensão dos fatos imputados. O advogado de 
Caio, constatando que a denúncia estava inepta, 
deve esclarecer ao cliente que, sob o ponto de vista 
técnico, com esse fundamento poderia buscar 
 
A a rejeição da denúncia, podendo o Ministério 
Público apresentar recurso em sentido estrito em 
caso de acolhimento do pedido pelo magistrado, ou 
oferecer, posteriormente, nova denúncia. 
B sua absolvição sumária, podendo o Ministério 
Público apresentar recurso de apelação em caso de 
acolhimento do pedido pelo magistrado, ou 
oferecer, posteriormente, nova denúncia. 
C sua absolvição sumária, podendo o Ministério 
Público apresentar recurso em sentido estrito em 
caso de acolhimento do pedido pelo magistrado, 
mas, transitada em julgado a decisão, não poderá 
ser oferecida nova denúncia com base nos mesmos 
fatos. 
D a rejeição da denúncia, podendo o Ministério 
Público apresentar recurso de apelação em caso de 
acolhimento do pedido pelo magistrado, mas, uma 
vez transitada em julgado a decisão, não caberá 
oferecimento de nova denúncia. 
 
2. Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado 
XXXI - Primeira Fase 
O Ministério Público ofereceu denúncia em face de 
Tiago e Talles, imputando-lhes a prática do crime 
de sequestro qualificado, arrolando como 
testemunhas de acusação a vítima, pessoas que 
presenciaram o fato, os policiais responsáveis pela 
prisão em flagrante, além da esposa do acusado 
Tiago, que teria conhecimento sobre o ocorrido. Na 
audiência de instrução e julgamento, por ter sido 
arrolada como testemunha de acusação, Rosa, 
esposa de Tiago, compareceu, mas demonstrou que 
não tinha interesse em prestar declarações. O 
Ministério Público insistiu na sua oitiva, mesmo 
com outras testemunhas tendo conhecimento sobre 
os fatos. Temendo pelas consequências, já que foi 
prestado o compromisso de dizer a verdade perante 
o magistrado, Rosa disse o que tinha conhecimento, 
mesmo contra sua vontade, o que veio a prejudicar 
seu marido. Por ocasião dos interrogatórios, Tiago, 
que seria interrogado por último, foi retirado da sala 
de audiência enquanto o corréu prestava suas 
declarações, apesar de seu advogado ter participado 
do ato. Com base nas previsões do Código de 
Processo Penal, considerando apenas as 
informações narradas, Tiago 
 
A não teria direito de anular a instrução probatória 
com fundamento na sua ausência durante o 
interrogatório de Talles e nem na oitiva de Rosa na 
condição de testemunha, já que devidamente 
arrolada pelo Ministério Público. 
B teria direito de anular a instrução probatória com 
fundamento na ausência de Tiago no interrogatório 
de Talles e na oitiva de Rosa na condição de 
testemunha. 
C não teria direito de anular a instrução probatória 
com base na sua ausência no interrogatório de 
Talles, mas deveria questionar a oitiva de Rosa 
como testemunha, já que ela poderia se recusar a 
prestar declarações. 
D não teria direito de anular a instrução probatória 
com base na sua ausência no interrogatório de 
Talles, mas deveria questionar a oitiva de Rosa 
como testemunha, pois, em que pese seja obrigada a 
prestar declarações, deveria ser ouvida na condição 
de informante, sem compromisso legal de dizer a 
verdade. 
 
Direito Processual Penal II 
Assunto: Questões OAB FGV 
 Prof. Dr. Sidney Filho 
	
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3. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XXVI - Primeira Fase 
Maicon, na condução de veículo automotor, causou 
lesão corporal de natureza leve em Marta, 
desconhecida que dirigia outro automóvel, que 
inicialmente disse ter interesse em representar em 
face do autor dos fatos, diante da prática do crime 
do Art. 303, caput, do Código de Trânsito 
Brasileiro. Em audiência preliminar, com a 
presença de Maicon e Marta acompanhados por 
seus advogados e pelo Ministério Público, houve 
composição dos danos civis, reduzida a termo e 
homologada pelo juiz em sentença. No dia seguinte, 
Marta se arrepende, procura seu advogado e afirma 
não ter interesse na execução do acordo celebrado. 
Considerando apenas as informações narradas, o 
advogado de Marta deverá 
A interpor recurso de apelação da sentença que 
homologou a composição dos danos civis. 
B esclarecer que o acordo homologado acarretou 
renúncia ao direito de representação. 
C interpor recurso em sentido estrito da sentença 
que homologou composição dos danos civis. 
D esclarecer que, sendo crime de ação penal de 
natureza pública, não caberia composição dos danos 
civis, mas sim transação penal, de modo que a 
sentença é nula. 
 
4. Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XXII - Primeira Fase 
Durante audiência de instrução e julgamento em 
processo em que é imputada a José a prática de um 
crime de roubo majorado pelo concurso de agentes, 
Laís e Lívia, testemunhas de acusação, divergem 
em suas declarações. Laís garante que presenciou o 
crime e que dois eram os autores do delito; já Lívia 
também diz que estava presente, mas afirma que 
José estava sozinho quando o crime foi cometido. A 
vítima não foi localizada para prestar depoimento. 
Diante dessa situação, poderá o advogado de José 
requerer 
A a realização de contradita das testemunhas. 
B a realização de acareação das testemunhas. 
C a instauração de incidente de falsidade. 
D a suspensão do processo até a localização da 
vítima, para superar divergência. 
 
5. Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XX - Primeira Fase (Reaplicação Salvador/BA) 
Hugo foi denunciado pela prática de um crime de 
furto qualificado praticado contra Rosa. Na 
audiência de instrução e julgamento, Rosa 
confirmou a autoria delitiva, mas apresentou versão 
repleta de contradições, inovando ao afirmar que 
estava junto com Lúcia quando foi vítima do crime. 
O Ministério Público ouve os policiais que 
participaram apenas, posteriormente, da prisão de 
Hugo e não deseja ouvir novas testemunhas. A 
defesa requer a oitiva de Lúcia, mencionada por 
Rosa emseu testemunho, já que antes não tinha 
conhecimento sobre a mesma, mas o juiz indefere 
afirmando que o advogado já havia arrolado o 
número máximo de testemunhas em sua resposta à 
acusação. Diante dessa situação, o advogado de 
Hugo deve alegar que 
A as testemunhas referidas não devem ser 
computadas para fins do número máximo de 
testemunhas a serem ouvidas. 
B o Código de Processo Penal não traz número 
máximo de testemunhas de defesa, pois previsão em 
contrário violaria o princípio da ampla defesa. 
C as testemunhas referidas não podem prestar 
compromisso de dizer a verdade. 
D o testemunho de Rosa, ao inovar os fatos, deve 
ser considerado prova ilícita, de modo a ser 
desentranhado dos autos. 
 
1.a 2.c 3.b 4.b 5.a 
 
 
PROCEDIMENTO JÚRI 
 
1. Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado 
XXXI - Primeira Fase 
Ricardo foi pronunciado pela suposta prática do 
crime de homicídio qualificado. No dia anterior à 
sessão plenária do Tribunal do Júri, o defensor 
público que assistia Ricardo até aquele momento 
acostou ao processo a folha de antecedentes 
criminais da vítima, matérias jornalísticas e 
fotografias que poderiam ser favoráveis à defesa do 
acusado. O Ministério Público, em sessão plenária, 
foi surpreendido por aquele material do qual não 
tinha tido ciência, mas o juiz presidente manteve o 
julgamento para a data agendada e, após o defensor 
público mencionar a documentação acostada, 
Direito Processual Penal II 
Assunto: Questões OAB FGV 
 Prof. Dr. Sidney Filho 
	
 5 
 
Ricardo foi absolvido pelos jurados, em 23/10/2018 
(terça-feira). No dia 29/10/2018, o Ministério 
Público apresentou recurso de apelação, 
acompanhado das razões recursais, requerendo a 
realização de novo júri, pois a decisão dos jurados 
havia sido manifestamente contrária à prova dos 
autos. O Tribunal de Justiça conheceu do recurso 
interposto e anulou o julgamento realizado, 
determinando nova sessão plenária, sob o 
fundamento de que a defesa se utilizou em plenário 
de documentos acostados fora do prazo permitido 
pela lei. A família de Ricardo procura você, como 
advogado(a), para patrocinar os interesses do réu. 
Considerando as informações narradas, você, como 
advogado(a) de Ricardo, deverá questionar a 
decisão do Tribunal, sob o fundamento de que 
 
A respeitando-se o princípio da amplitude de 
defesa, não existe vedação legal na juntada e 
utilização em plenário de documentação pela defesa 
no prazo mencionado. 
B diante da nulidade reconhecida, caberia ao 
Tribunal de Justiça realizar, diretamente, novo 
julgamento, e não submeter o réu a novo 
julgamento pelo Tribunal do Júri. 
C não poderia o Tribunal anular o julgamento com 
base em nulidade não arguida, mas tão só 
reconhecer, se fosse o caso, que a decisão dos 
jurados era manifestamente contrária à prova dos 
autos. 
D o recurso foi apresentado de maneira 
intempestiva, de modo que sequer deveria ter sido 
conhecido. 
 
2. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado 
XXX - Primeira Fase 
Rogério foi denunciado pela prática de um crime de 
homicídio qualificado por fatos que teriam ocorrido 
em 2017. Após regular citação e apresentação de 
resposta à acusação, Rogério decide não 
comparecer aos atos do processo, apesar de 
regularmente intimado, razão pela qual foi 
decretada sua revelia. Em audiência realizada na 
primeira fase do procedimento do Tribunal do Júri, 
sem a presença de Rogério, mas tão só de sua 
defesa técnica, foi proferida decisão de pronúncia. 
Rogério mudou-se e não informou ao juízo o novo 
endereço, não sendo localizado para ser 
pessoalmente intimado dessa decisão, ocorrendo, 
então, a intimação por edital. Posteriormente, a ação 
penal teve regular prosseguimento, sem a 
participação do acusado, sendo designada data para 
realização da sessão plenária. Ao tomar 
conhecimento desse fato por terceiros, Rogério 
procura seu advogado para esclarecimentos, 
informando não ter interesse em comparecer à 
sessão plenária. Com base apenas nas informações 
narradas, o advogado de Rogério deverá esclarecer 
que 
 
A o processo e o curso do prazo prescricional, 
diante da intimação por edital, deveriam ficar 
suspensos. 
B a intimação da decisão de pronúncia por edital 
não é admitida pelo Código de Processo Penal. 
C o julgamento em sessão plenária do Tribunal do 
Júri, na hipótese, poderá ocorrer mesmo sem a 
presença do réu. 
D a revelia gerou presunção de veracidade dos fatos 
e a intimação foi válida, mas a presença do réu é 
indispensável para a realização da sessão plenária 
do Tribunal do Júri. 
 
3. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XXV - Primeira Fase 
Luiz foi condenado, em primeira instância, pela 
prática de crime de homicídio qualificado em razão 
de recurso que dificultou a defesa da vítima. 
Durante seu interrogatório em Plenário, Luiz 
confessou a prática delitiva, mas disse que não 
houve recurso que dificultou a defesa da vítima, 
tendo em vista que ele estava discutindo com ela 
quando da ação delitiva. Insatisfeito com o 
reconhecimento da qualificadora pelos jurados, já 
que, diferentemente do que ocorreu em relação à 
autoria, não haveria qualquer prova em relação 
àquela, o advogado apresentou, de imediato, recurso 
de apelação. Considerando apenas as informações 
narradas, advogado de Luiz deverá buscar, em sede 
de recurso, 
 
A o reconhecimento de nulidade, com consequente 
realização de nova sessão de julgamento. 
B o reconhecimento de que a decisão dos jurados 
foi manifestamente contrária à prova dos autos em 
relação à qualificadora, com consequente realização 
de nova sessão de julgamento. 
C o afastamento da qualificadora pelo Tribunal de 
2ª instância, com imediata readequação, pelo órgão, 
da pena aplicada pelo juízo do Tribunal do Júri. 
Direito Processual Penal II 
Assunto: Questões OAB FGV 
 Prof. Dr. Sidney Filho 
	
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D o afastamento da qualificadora pelo Tribunal de 
2ª instância, com baixa dos autos, para que o juízo 
do Tribunal do Júri aplique nova pena. 
 
4. Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XXI - Primeira Fase 
Victória e Bernadete entram em luta corporal em 
razão da disputa por um namorado, vindo Victória a 
desferir uma facada no pé da rival, que sofreu 
lesões graves. Bernadete compareceu em sede 
policial, narrou o ocorrido e disse ter intenção de 
ver a agente responsabilizada criminalmente. Em 
razão dos fatos, Victória é denunciada e 
pronunciada pela prática do crime de tentativa de 
homicídio. Em sessão plenária do Tribunal do Júri, 
os jurados entendem, no momento de responder aos 
quesitos, que Victória foi autora da facada, mas que 
não houve dolo de matar. Diante da 
desclassificação, será competente para julgamento 
do crime residual, bem como da avaliação do 
cabimento dos institutos despenalizadores, 
 
A o Juiz Presidente do Tribunal do Júri. 
B o corpo de jurados, que decidiu pela 
desclassificação. 
C o Juiz Criminal da Comarca, a partir de livre 
distribuição. 
D o Juiz em atuação perante o Juizado Especial 
Criminal da Comarca em que ocorreram os fatos. 
 
5. Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XX - Primeira Fase (Reaplicação Salvador/BA) 
André foi denunciado pela prática de um crime de 
homicídio doloso consumado contra sua ex-esposa 
Lívia, famosa na cidade de Maricá, Rio de Janeiro, 
pela contribuição em serviços sociais com crianças 
humildes. A população local ficou revoltada com o 
fato, razão pela qual o magistrado avaliou que os 
jurados não teriam isenção suficiente para o 
julgamento. Diante da situação narrada, é correto 
afirmar que: 
 
A o acusado poderá requerer o desaforamento, 
sendo tal requerimento decidido pelo magistrado de 
primeira instância. 
B o magistrado poderá representar pelo 
desaforamento, sendo que a decisão sobre o mesmo 
independerá de manifestação prévia da defesa. 
C o acusadopoderá requerer o declínio de 
competência, de modo que todos os atos 
processuais passarão a ser realizados pelo juízo da 
comarca mais próxima. 
D o magistrado poderá representar pelo 
desaforamento e, sendo os motivos relevantes, o 
órgão competente poderá, fundamentadamente, 
determinar a suspensão do julgamento pelo júri. 
 
1.c 2.c 3.b 4.a 5.d 
 
NULIDADES 
 
1. Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado 
XXXI - Primeira Fase 
O Ministério Público ofereceu denúncia em face de 
Tiago e Talles, imputando-lhes a prática do crime 
de sequestro qualificado, arrolando como 
testemunhas de acusação a vítima, pessoas que 
presenciaram o fato, os policiais responsáveis pela 
prisão em flagrante, além da esposa do acusado 
Tiago, que teria conhecimento sobre o ocorrido. 
 
 
 
Na audiência de instrução e julgamento, por ter sido 
arrolada como testemunha de acusação, Rosa, 
esposa de Tiago, compareceu, mas demonstrou que 
não tinha interesse em prestar declarações. O 
Ministério Público insistiu na sua oitiva, mesmo 
com outras testemunhas tendo conhecimento sobre 
os fatos. Temendo pelas consequências, já que foi 
prestado o compromisso de dizer a verdade perante 
o magistrado, Rosa disse o que tinha conhecimento, 
mesmo contra sua vontade, o que veio a prejudicar 
seu marido. Por ocasião dos interrogatórios, Tiago, 
que seria interrogado por último, foi retirado da sala 
de audiência enquanto o corréu prestava suas 
declarações, apesar de seu advogado ter participado 
do ato. Com base nas previsões do Código de 
Processo Penal, considerando apenas as 
informações narradas, Tiago 
 
A não teria direito de anular a instrução probatória 
com fundamento na sua ausência durante o 
interrogatório de Talles e nem na oitiva de Rosa na 
condição de testemunha, já que devidamente 
arrolada pelo Ministério Público. 
B teria direito de anular a instrução probatória com 
fundamento na ausência de Tiago no interrogatório 
Direito Processual Penal II 
Assunto: Questões OAB FGV 
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 7 
 
de Talles e na oitiva de Rosa na condição de 
testemunha. 
C não teria direito de anular a instrução probatória 
com base na sua ausência no interrogatório de 
Talles, mas deveria questionar a oitiva de Rosa 
como testemunha, já que ela poderia se recusar a 
prestar declarações. 
D não teria direito de anular a instrução probatória 
com base na sua ausência no interrogatório de 
Talles, mas deveria questionar a oitiva de Rosa 
como testemunha, pois, em que pese seja obrigada a 
prestar declarações, deveria ser ouvida na condição 
de informante, sem compromisso legal de dizer a 
verdade. 
 
2. Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XXIII - Primeira Fase 
Mateus foi denunciado pela prática de um crime de 
homicídio qualificado, sendo narrado na denúncia 
que a motivação do crime seria guerra entre facções 
do tráfico. Cinco dias antes do julgamento em 
plenário, o Ministério Público junta ao processo a 
Folha de Antecedentes Criminais (FAC) do 
acusado, conforme requerido quando da 
manifestação em diligências, em que, de fato, 
constavam anotações referentes a processos pela 
prática do crime da Lei de Drogas. Apenas três dias 
úteis antes do julgamento, a defesa de Mateus vem 
a tomar conhecimento da juntada da FAC. No dia 
do julgamento, após a manifestação oral da defesa 
em plenário, indagado pelo juiz presidente sobre o 
interesse em se manifestar em réplica, o promotor 
de justiça afirma negativamente, reiterando aos 
jurados que as provas estão muito claras e que o réu 
deve ser condenado, não havendo necessidade de 
maiores explanações. Posteriormente, o juiz 
presidente nega à defesa o direito de tréplica. 
Mateus é condenado. Diante da situação narrada, 
o(a) advogado(a) de Mateus, em sede de apelação, 
deverá buscar 
 
A a nulidade do julgamento, pois foi juntada 
documentação sem a antecedência necessária 
exigida pela lei. 
B o afastamento da qualificadora pelo Tribunal, 
pois foi juntada documentação que influenciou seu 
reconhecimento sem a antecedência necessária 
exigida pela lei. 
C a nulidade do julgamento, pois o direito de 
tréplica da defesa independe da réplica do 
Ministério Público. 
D a nulidade do julgamento, pois houve réplica por 
parte do Ministério Público, de modo que deveria 
ser deferido à defesa o direito de tréplica. 
 
3. Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XII - Primeira Fase 
A Teoria Geral das Nulidades determina que 
nulidade é a sanção aplicada pelo Poder Judiciário 
ao ato imperfeito, defeituoso. Tal teoria é regida 
pelos princípios relacionados a seguir, à exceção de 
um. Assinale-o. 
A Princípio do Prejuízo. 
B Princípio da Causalidade. 
C Princípio do Interesse. 
D Princípio da Voluntariedade. 
 
1.c 2.d 3.d 
 
DA SENTENÇA 
 
 
1. Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado 
XXXI - Primeira Fase 
Mariana foi vítima de um crime de apropriação 
indébita consumado, que teria sido praticado por 
Paloma. Ao tomar conhecimento de que Paloma 
teria sido denunciada pelo crime mencionado, 
inclusive sendo apresentado pelo Ministério Público 
o valor do prejuízo sofrido pela vítima e o 
requerimento de reparação do dano, Mariana passou 
a acompanhar o andamento processual, sem, porém, 
habilitar-se como assistente de acusação. No 
momento em que constatou que os autos estariam 
conclusos para sentença, Mariana procurou seu 
advogado para adoção das medidas cabíveis, 
esclarecendo o temor de ver a ré absolvida e não ter 
seu prejuízo reparado. O advogado de Mariana 
deverá informar à sua cliente que 
 
A não poderá ser fixado pelo juiz valor mínimo a 
título de indenização, mas, em caso de sentença 
condenatória, poderá esta ser executada, por meio 
de ação civil ex delicto, por Mariana ou seu 
representante legal. 
B poderá ser apresentado recurso de apelação, 
diante de eventual sentença absolutória e omissão 
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do Ministério Público, por parte de Mariana, por 
meio de seu patrono, ainda que não esteja, no 
momento da sentença, habilitada como assistente de 
acusação. 
C poderá ser fixado pelo juiz valor a título de 
indenização em caso de sentença condenatória, não 
podendo a ofendida, porém, nesta hipótese, buscar a 
apuração do dano efetivamente sofrido perante o 
juízo cível. 
D não poderá ser buscada reparação cível diante de 
eventual sentença absolutória, com trânsito em 
julgado, que reconheça não existir prova suficiente 
para condenação. 
 
2. Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XV - Tipo 1 - Branca 
João Paulo, primário e de bons antecedentes, foi 
denunciado pela prática de homicídio qualificado 
por motivo fútil (Art. 121, § 2º, II, do Código 
Penal). Logo após o recebimento da denúncia, o 
magistrado, acatando o pedido realizado pelo 
Ministério Público, decretou a prisão preventiva do 
acusado, já que havia documentação comprobatória 
de que o réu estava fugindo do país, a fim de se 
furtar de uma possível sentença condenatória ao 
final do processo. O processo transcorreu 
normalmente, tendo ao réu sido assegurados todos 
os seus direitos legais. Após cinco anos de prisão 
provisória, foi marcada a audiência no Plenário do 
Júri. Os jurados, por unanimidade, consideraram o 
réu culpado pela prática do homicídio 
supramencionado. O Juiz Presidente então passou à 
aplicação da pena e, ao término do cálculo no rito 
tri-fásico, obteve a pena de 12 anos de prisão em 
regime inicialmente fechado. Sobre a hipótese 
narrada, assinale a afirmativa correta 
A Somente o juiz da Vara de Execuções Penais 
poderá realizar o cômputo do tempo de prisão 
provisória para fins de determinação do regime 
inicial de cumprimento de pena. 
B O magistrado sentenciante deverá computar o 
tempo de prisão provisória para fins de 
determinação do regimeinicial de pena privativa de 
liberdade. 
C O condenado deverá iniciar seu cumprimento de 
pena no regime inicial fechado e, passado o prazo 
de 1/6, poderá requerer ao juízo de execução a 
progressão para o regime mais benéfico, desde que 
preencha os demais requisitos legais. 
D 
O condenado deverá iniciar seu cumprimento de 
pena no regime inicial fechado e, passado o prazo 
de 1/6, poderá requerer ao juízo sentenciante a 
progressão para o regime mais benéfico, desde que 
preencha os demais requisitos legais. 
 
3. Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XIV - Primeira Fase 
Wilson está sendo regularmente processado pela 
prática do crime de furto. Durante a instrução 
criminal, entretanto, as testemunhas foram 
uníssonas ao afirmar que, para a subtração, Wilson 
utilizou-se de grave ameaça, exercida por meio de 
uma faca. 
A partir do caso narrado, assinale a opção correta. 
A A hipótese é de emendatio libelli e o juiz deve 
absolver o réu relativamente ao crime que lhe foi 
imputado. 
B Não haverá necessidade de aditamento da inicial 
acusatória, haja vista o fato de que as alegações 
finais orais acontecem após a oitiva das 
testemunhas e, com isso, respeitam-se os princípios 
do contraditório e da ampla defesa. 
C A hipótese é de mutatio libelli e, nos termos da 
lei, o Ministério Público deverá fazer o respectivo 
aditamento. 
D Caso o magistrado entenda que deve ocorrer o 
aditamento da inicial acusatória, se o promotor de 
justiça e, recusar-se a fazê-lo, o juiz estará obrigado 
a absolver o réu da imputação que lhe foi 
originalmente atribuída. 
 
4. Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XIII - Primeira Fase 
João foi denunciado pela prática de crime de furto 
simples. Na denúncia, o Ministério Público apenas 
narrou que houve a subtração do cordão da vítima, 
indicando hora e local. Na audiência de instrução e 
julgamento, a vítima narrou que João empurrou-a 
em direção ao chão dizendo que se gritasse “o bicho 
ia pegar”, arrancando, em seguida, o seu cordão. 
Diante da narrativa da violência e da grave ameaça, 
o juiz fica convencido de que houve crime de roubo 
e não de furto. Sobre o caso apresentado, de acordo 
com o Código de Processo Penal, assinale a 
afirmativa correta. 
A O juiz na sentença poderá condenar João pelo 
crime de roubo, com base no artigo 383 do CPP, 
que assim dispõe: “O juiz, sem modificar a 
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descrição do fato contida na denúncia ou queixa, 
poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda 
que, em consequência, tenha de aplicar pena mais 
grave” 
B Encerrada a instrução probatória, o Ministério 
Público deverá aditar a denúncia em 5 (cinco) dias. 
Se o Ministério Público ficar inerte, o juiz deve 
aplicar o artigo 28 do CPP. 
C Encerrada a instrução probatória, o Ministério 
Público deverá aditar a denúncia em 5 (cinco) dias. 
Se o Ministério Público ficar inerte, o juiz poderá 
condenar João pelo crime de roubo, tendo em vista 
que a vítima narrou a agressão em juízo. 
D O juiz poderá condenar João pelo crime de roubo, 
independentemente de qualquer providência, em 
homenagem ao princípio da verdade real. 
 
5. Ano: 2012 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2012 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
VI - Primeira Fase 
Trácio foi denunciado pela prática do delito descrito 
no artigo 333 do Código Penal. A peça inaugural foi 
recebida pelo Juiz Titular da Vara Única da 
Comarca X, que presidiu a Audiência de Instrução e 
Julgamento. Encerrada a instrução do feito, o 
processo foi concluso ao juiz substituto, que 
proferiu sentença condenatória, tendo em vista que 
o juiz titular havia sido promovido e estava, nesse 
momento, na 11ª Vara Criminal da Comarca da 
Capital. De acordo com a Lei Processual Penal, 
assinale a alternativa correta. 
A A sentença é nula, porque foi prolatada por juiz 
que não presidiu a instrução do feito, em desacordo 
com o princípio da identidade física do juiz. 
B A sentença é nula, porque ao juiz substituto é 
vedada a prolação de decisão definitiva ou 
terminativa. 
C Não há nulidade na sentença, porque não se faz 
exigível a identidade física do juiz diante das 
peculiaridades narradas no enunciado. 
D A sentença é nula, porque viola o princípio do 
juiz natural. 
 
1.b 2.b 3.c 4.b 5.c 
 
DOS RECURSOS 
 
1. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado 
XXX - Primeira Fase 
Fred foi denunciado e condenado, em primeira 
instância, pela prática de crime de corrupção ativa, 
sendo ele e seu advogado intimados do teor da 
sentença no dia 05 de junho de 2018, terça-feira. A 
juntada do mandado de intimação do réu ao 
processo, todavia, somente ocorreu em 11 de junho 
de 2018, segunda-feira. Considerando as 
informações narradas, o prazo para interposição de 
recurso de apelação pelo advogado de Fred, de 
acordo com a jurisprudência dos Tribunais 
Superiores, será iniciado 
 
A no dia seguinte à juntada do mandado de 
intimação (12/06/18), devendo a data final do prazo 
ser prorrogada para o primeiro dia útil seguinte, 
caso se encerre no final de semana. 
B no dia da juntada do mandado de intimação 
(11/06/18), devendo ser cumprido até o final do 
prazo de 05 dias previsto em lei, ainda que este 
ocorra no final de semana. 
C no dia da intimação (05/06/18), 
independentemente da data da juntada do mandado, 
devendo ser cumprido até o final do prazo de 05 
dias previsto em lei, ainda que este ocorra no final 
de semana. 
D no dia seguinte à intimação (06/06/18), 
independentemente da data da juntada do mandado, 
devendo a data final do prazo ser prorrogada para o 
primeiro dia útil seguinte, caso se encerre no final 
de semana. 
 
2. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado 
XXX - Primeira Fase 
O advogado de Josefina, ré em processo criminal, 
entendendo que, entre o recebimento da denúncia e 
o término da instrução, ocorreu a prescrição da 
pretensão punitiva estatal, apresentou requerimento, 
antes mesmo do oferecimento de alegações finais, 
de reconhecimento da extinção da punibilidade da 
agente, sendo o pedido imediatamente indeferido 
pelo magistrado. Intimado, caberá ao(à) 
advogado(a) de Josefina, discordando da decisão, 
apresentar 
 
A recurso em sentido estrito, no prazo de 5 dias. 
B recurso de apelação, no prazo de 5 dias. 
C carta testemunhável, no prazo de 48h. 
D reclamação constitucional, no prazo de 15 dias. 
 
Direito Processual Penal II 
Assunto: Questões OAB FGV 
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3. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado 
XXIX - Primeira Fase 
Vitor foi denunciado pela prática de um crime de 
peculato. O magistrado, quando da análise da inicial 
acusatória, decide rejeitar a denúncia em razão de 
ausência de justa causa. O Ministério Público 
apresentou recurso em sentido estrito, sendo os 
autos encaminhados ao Tribunal, de imediato, para 
decisão. Todavia, Vitor, em consulta ao sítio 
eletrônico do Tribunal de Justiça, toma 
conhecimento da existência do recurso ministerial, 
razão pela qual procura seu advogado e demonstra 
preocupação com a revisão da decisão do juiz de 
primeira instância. Considerando as informações 
narradas, de acordo com a jurisprudência do 
Supremo Tribunal Federal, o advogado de Vitor 
deverá esclarecer que 
 
A o Tribunal não poderá conhecer do recurso 
apresentado, tendo em vista que a decisão de 
rejeição da denúncia é irrecorrível. 
B o Tribunal não poderá conhecer do recurso 
apresentado, pois caberia recurso de apelação, e não 
recurso em sentido estrito. 
C ele deveria ter sido intimado para apresentar 
contrarrazões, apesar de ainda não figurar como réu, 
mas tão só como denunciado. 
D caso o Tribunal dê provimento ao recurso, os 
autos serão encaminhados para o juízo de primeira 
instância para nova decisão sobre recebimento ou 
não dadenúncia. 
 
4. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XXVIII - Primeira Fase 
Miguel foi denunciado pela prática de um crime de 
extorsão majorada pelo emprego de arma e 
concurso de agentes, sendo a pretensão punitiva do 
Estado julgada inteiramente procedente e aplicada 
sanção penal, em primeira instância, de 05 anos e 
06 meses de reclusão e 14 dias multa. A defesa 
técnica de Miguel apresentou recurso alegando: 
 
(i) preliminar de nulidade em razão de violação ao 
princípio da correlação entre acusação e sentença; 
(ii) insuficiência probatória, já que as declarações 
da vítima, que não presta compromisso legal de 
dizer a verdade, não poderiam ser consideradas; 
 
(iii) que deveria ser afastada a causa de aumento do 
emprego de arma, uma vez que o instrumento 
utilizado era um simulacro de arma de fogo, 
conforme laudo acostado aos autos. 
A sentença foi integralmente mantida. Todos os 
desembargadores que participaram do julgamento 
votaram pelo não acolhimento da preliminar e pela 
manutenção da condenação. Houve voto vencido de 
um desembargador, que afastava apenas a causa de 
aumento do emprego de arma. Intimado do teor do 
acórdão, o(a) advogado(a) de Miguel deverá 
interpor 
 
A embargos infringentes e de nulidade, buscando o 
acolhimento da preliminar, sua absolvição e o 
afastamento da causa de aumento de pena 
reconhecida. 
B embargos infringentes e de nulidade, buscando o 
acolhimento da preliminar e o afastamento da causa 
de aumento do emprego de arma, apenas. 
C embargos de nulidade, buscando o acolhimento 
da preliminar, apenas. 
D embargos infringentes, buscando o afastamento 
da causa de aumento do emprego de arma, apenas. 
 
5. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XXVIII - Primeira Fase 
Marcus, advogado, atua em duas causas distintas 
que correm perante a Vara Criminal da Comarca de 
Fortaleza. Na primeira ação penal, Renato figura 
como denunciado em ação penal por crime de 
natureza tributária, enquanto, na segunda ação, 
Hélio consta como denunciado por crime de 
peculato. Entendendo pela atipicidade da conduta 
de Renato, Marcus impetra habeas corpus, perante o 
Tribunal de Justiça, em busca do “trancamento” da 
ação penal. Já em favor de Hélio, impetra mandado 
de segurança, também perante o Tribunal de Justiça, 
sob o fundamento de que o magistrado de primeira 
instância, de maneira recorrente, não estava 
permitindo o acesso aos autos do processo. Na 
mesma data são julgados o habeas corpus e o 
mandado de segurança por Câmara Criminal do 
Tribunal de Justiça do Ceará, sendo que a ordem de 
habeas corpus não foi concedida por maioria de 
votos, enquanto o mandado de segurança foi 
denegado por unanimidade. Intimado da decisão 
proferida no habeas corpus e no mandado de 
segurança, caberá a Marcus apresentar, em busca de 
combatê-las, 
Direito Processual Penal II 
Assunto: Questões OAB FGV 
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A Recurso Ordinário Constitucional, nos dois casos. 
B Recurso em Sentido Estrito e Recurso Ordinário 
Constitucional, respectivamente. 
C Embargos infringentes, nos dois casos. 
D Embargos infringentes e Recurso Ordinário 
Constitucional, respectivamente. 
 
1.d 2.a 3.c 4.d 5.a 
 
HABEAS CORPUS 
 
1. Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XXIII - Primeira Fase 
Vitor, corretor de imóveis, está sendo investigado 
em inquérito policial. Considerando que o delegado 
vem atuando com abuso e colocando em risco a 
liberdade de Vitor, o advogado do investigado 
apresenta habeas corpus perante o órgão 
competente. Quando da análise do habeas corpus, a 
autoridade competente entende por denegar a 
ordem. Considerando as informações narradas, o 
advogado de Vitor poderá recorrer da decisão que 
denegou a ordem por meio de 
 
A recurso em sentido estrito, tendo em vista que o 
Tribunal de Justiça foi o órgão competente para 
análise do habeas corpus apresentado em razão da 
conduta do delegado. 
B recurso em sentido estrito, tendo em vista que o 
juiz de primeiro grau era competente para a análise 
do habeas corpus apresentado em razão da conduta 
do delegado. 
C recurso ordinário constitucional, tendo em vista 
que o Tribunal de Justiça foi o órgão competente 
para análise do habeas corpus apresentado em razão 
da conduta do delegado. 
D recurso ordinário constitucional, tendo em vista 
que o juiz de primeiro grau era competente para a 
análise do habeas corpus apresentado em razão da 
conduta do delegado. 
 
2. Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XIV - Primeira Fase 
Eduardo foi denunciado pelo crime de estupro de 
vulnerável. Durante a instrução, negou a autoria do 
crime, afirmando estar, na época dos fatos, no 
município “C”, distante dois quilômetros do local 
dos fatos. Como a afirmativa não foi corroborada 
por outros elementos de convicção, o Juiz entendeu 
que a palavra da vítima deveria ser considerada, 
condenando Eduardo. A defesa recorreu, mas após 
longo debate nos Tribunais Superiores, a decisão 
transitou em julgado desfavoravelmente ao réu. 
Eduardo dirigiu-se, então, ao município “C”, em 
busca de provas que pudessem apontar a sua 
inocência, e, depois de muito procurar, conseguiu as 
filmagens de um estabelecimento comercial, que 
estavam esquecidas em um galpão velho. Nas 
filmagens, Eduardo aparece comprando lanche em 
uma padaria. Com a prova em mãos, procura seu 
advogado. Assinale a opção que apresenta a 
providência a ser adotada pelo advogado de 
Eduardo. 
A O advogado deve ingressar com agravo em 
execução, pois Eduardo descobriu uma prova que 
atesta a sua inocência de forma inconteste. 
B O advogado deve ingressar com revisão criminal, 
pois Eduardo descobriu uma prova que atesta a sua 
inocência de forma inconteste. 
C O advogado deve ingressar com reclamação 
constitucional, pois Eduardo descobriu uma prova 
que atesta a sua inocência de forma inconteste. 
D O advogado deve ingressar com ação de habeas 
corpus, pois Eduardo descobriu uma prova que 
atesta a sua inocência de forma inconteste. 
 
3. Ano: 2012 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2012 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
VIII - Primeira Fase 
O deputado “M” é um famoso político do Estado 
“Y”, e tem grande influência no governo estadual, 
em virtude das posições que já ocupou, como a de 
Presidente da Assembleia Legislativa. Atualmente, 
exerce a função de Presidente da Comissão de 
Finanças e Contratos. Durante a reunião semestral 
com as empresas interessadas em participar das 
inúmeras contratações que a Câmara fará até o final 
do ano, o deputado “M” exigiu do presidente da 
empresa “Z” R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) 
para que esta pudesse participar da concorrência 
para a realização das obras na sede da Câmara dos 
Deputados. O presidente da empresa “Z”, assustado 
com tal exigência, visto que sua empresa preenchia 
todos os requisitos legais para participar das obras, 
compareceu à Delegacia de Polícia e informou ao 
Delegado de Plantão o ocorrido, que o orientou a 
combinar a entrega da quantia para daqui a uma 
semana, oportunidade em que uma equipe de 
policiais estaria presente para efetuar a prisão em 
Direito Processual Penal II 
Assunto: Questões OAB FGV 
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 12 
 
flagrante do deputado. No dia e hora aprazados para 
a entrega da quantia indevida, os policiais 
prenderam em flagrante o deputado “M” quando 
este conferia o valor entregue pelo presidente da 
empresa “Z”. Na qualidade de advogado contratado 
pelo Deputado, assinale a alternativa que indica a 
peça processual ou pretensão processual, exclusiva 
de advogado, cabível na hipótese acima. 
A Liberdade Provisória. 
B Habeas Corpus. 
C Relaxamento de Prisão. 
D Revisão Criminal. 
 
1.b 2.b 3.c 
 
REVISÃO CRIMINAL 
 
1. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado 
XXIX - Primeira Fase 
Vanessa foi condenadapela prática de um crime de 
furto qualificado pela 1ª Vara Criminal de Curitiba, 
em razão de suposto abuso de confiança que 
decorreria da relação entre a vítima e Vanessa. 
Como as partes não interpuseram recurso, a 
sentença de primeiro grau transitou em julgado. 
Apesar de existirem provas da subtração de coisa 
alheia móvel, a vítima não foi ouvida por ocasião da 
instrução por não ter sido localizada. Durante a 
execução da pena por Vanessa, a vítima é 
localizada, confirma a subtração por Vanessa, mas 
diz que sequer conhecia a autora dos fatos antes da 
prática delitiva. Vanessa procura seu advogado para 
esclarecimento sobre eventual medida cabível. 
Considerando apenas as informações narradas, o 
advogado de Vanessa deve esclarecer que 
 
A não poderá apresentar revisão criminal, tendo em 
vista que a pena já está sendo executada, mas 
poderá ser buscada reparação civil. 
B caberá apresentação de revisão criminal, sendo 
imprescindível a representação de Vanessa por 
advogado, devendo a medida ser iniciada perante o 
próprio juízo da condenação. 
C não poderá apresentar revisão criminal em favor 
da cliente, tendo em vista que a nova prova não é 
apta a justificar a absolvição de Vanessa, mas tão só 
a redução da pena. 
D caberá apresentação de revisão criminal, podendo 
Vanessa apresentar a ação autônoma 
independentemente de estar assistida por advogado, 
ou por meio de procurador legalmente habilitado. 
 
2. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XXVII - Primeira Fase 
No âmbito de ação penal, foi proferida sentença 
condenatória em desfavor de Bernardo pela suposta 
prática de crime de uso de documento público falso, 
sendo aplicada pena privativa de liberdade de cinco 
anos. Durante toda a instrução, o réu foi assistido 
pela Defensoria Pública e respondeu ao processo 
em liberdade. Ocorre que Bernardo não foi 
localizado para ser intimado da sentença, tendo o 
oficial de justiça certificado que compareceu em 
todos os endereços identificados. Diante disso, foi 
publicado edital de intimação da sentença, com 
prazo de 90 dias. Bernardo, ao tomar conhecimento 
da intimação por edital 89 dias após sua publicação, 
descobre que a Defensoria se manteve inerte, razão 
pela qual procura, de imediato, um advogado para 
defender seus interesses, assegurando ser inocente. 
Considerando apenas as informações narradas, o(a) 
advogado(a) deverá esclarecer que 
 
A houve preclusão do direito de recurso, tendo em 
vista que a Defensoria Pública se manteve inerte. 
B foi ultrapassado o prazo recursal de cinco dias, 
mas poderá ser apresentada revisão criminal. 
C é possível a apresentação de recurso de apelação, 
pois o prazo de cinco dias para interposição de 
apelação pelo acusado ainda não transcorreu. 
D é possível apresentar medida para desconstituir a 
sentença publicada, tendo em vista não ser possível 
a intimação do réu sobre o teor de sentença 
condenatória por meio de edital. 
 
3. Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 
FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XX - Primeira Fase 
José foi absolvido em 1ª instância após ser 
denunciado pela prática de um crime de extorsão 
em face de Marina. O Ministério Público interpôs 
recurso de apelação, sendo a sentença de primeiro 
grau reformada pelo Tribunal de Justiça de Santa 
Catarina para condenar o réu à pena de 05 anos, 
sendo certo que o acórdão transitou em julgado. 
Sete anos depois da condenação, já tendo cumprido 
integralmente a pena, José vem a falecer. 
Posteriormente, Caio, filho de José, encontrou um 
vídeo no qual foi gravada uma conversa de José e 
Direito Processual Penal II 
Assunto: Questões OAB FGV 
 Prof. Dr. Sidney Filho 
	
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Marina, onde esta admite que mentiu ao dizer que 
foi vítima do crime pelo qual José foi condenado, 
mas que a atitude foi tomada por ciúmes. Caio, 
então, procura o advogado da família. 
Diante da situação narrada, é correto afirmar que 
Caio, através de seu advogado, 
A não poderá apresentar revisão criminal, pois a 
pena de José já havia sido extinta pelo 
cumprimento. 
B não poderá apresentar revisão criminal, pois o 
acusado, que é quem teria legitimidade, já é 
falecido. 
C poderá apresentar revisão criminal, sendo 
competente para julgamento o Superior Tribunal de 
Justiça. 
D poderá apresentar revisão criminal, sendo 
competente para julgamento o Tribunal de Justiça 
de Santa Catarina. 
 
1.d 2.c 3.d

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