Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

LEISHMANIOSE 
EPIDEMIOLOGIA 
Uma realidade extremamente preocupante. Temos que mostrar que tudo que está ao entorno tem relação direta com a 
saúde humana. Ainda é uma doença extremamente negligenciada, piorando o cenário da saúde pública, faz com que a 
gente tenha cada vez mais um prognostico pior, com animais e humanos indo a óbito. Por ser uma zoonose, ainda há 
muita pouca conversa entre profissionais da saúde humana e animal. 
• Doenças negligenciadas → Doenças negligenciadas são doenças que não só prevalecem em condições de 
pobreza, mas também contribuem para a manutenção do quadro de desigualdade, já que representam forte 
entrave ao desenvolvimento dos países - o Brasil ainda é um país em desenvolvimento e ainda se vê um cenário 
de desigualdade social. Em relação isso tem mudado um pouco com relação à leishmaniose pois afeta qualquer 
animal, desde de pessoas com menor condição financeira e com maior, então ganha uma atenção maior. Porém 
ainda afeta mais pessoas com menores condições. 
• Como exemplos de doenças negligenciadas, podemos citar: doença de Chagas, esquistossomose, leishmaniose, 
ancilostomíase, malária, hanseníase entre outras - verminoses como um todo ainda são muito negligenciadas. 
Varia de região pra região de acordo com a doença. 
Segundo dados da OMS, mais de um bilhão de pessoas estão infectadas com uma ou mais doenças 
negligenciadas, o que representa mais de um sexto da população mundial – número muito alto e muitas das 
vezes subnotificado. Ppmte em relação à verminose, que é algo relativamente simples de se resolver e acaba que 
muitas pessoas vêm a óbito por ser uma doença negligenciada. 
 
Peculiaridades da leishmaniose, imagem ilustra o quão complexo é o cenário de leishmaniose. O ciclo do flebotomíneo 
ainda é obscuro temos todo o seu ciclo ocorrendo na matéria orgânica, mas não é tão bem elucidado como a dengue, por 
exemplo. Temos o ser humano como acometido, bem como o cão, com índice de letalidade altíssimo para ambos. Temos 
o cavalo fazendo alusão ao mecanismo do cavalo de troia e em alguns lugares da Espanha já se tem equinos acometidos 
pela leishmaniose visceral. Temos também animais silvestres (raposas, marsupiais, etc.) ligados com o ciclo. A galinha é 
refratária à doença, mas percebe-se uma estreita ligação, onde tem galinheiro é um chamariz para as fêmeas de 
flebotomíneos, ela não manifesta a doença, mas é fonte de alimento e proteção pro flebotomíneo. Problema muito 
grande, pois, são várias espécies acometidas num ciclo pouco elucidado. 
 
• Dr. Evandro Chagas em atividade de pesquisa de campo sobre a leishmaniose visceral, realizando exame 
microscópico de amostra biológica (sangue), para confirmação diagnóstica no Município de Abaetetuba, Estado 
do Pará, Brasil – hoje temos avanços na tecnologia e saúde, mas por ser uma doença negligenciada, é pouco 
estudada, os avanços foram pequenos. 
• Caso de LVA em criança de 4 anos de idade apresentando distensão 
abdominal decorrente de hepatoesplenomegalia, emagrecimento e 
palidez cutânea 
• Caso de LVA em criança de 1,5 anos apresentando distensão abdominal 
decorrente de hepatoesplenomegalia, emagrecimento e palidez 
cutânea – pesando 6 kg, quadro de febre a 6 meses, apatia, parou de se 
alimentar, etc. Diagnóstico impreciso e tardio. Doença muito 
negligenciada por profissionais da saúde. Quando aplicou um 
questionário em profissionais, viu-se que menos 60% acertaram sobre 
leishmaniose, sendo bem preocupante. Lembrar da presença do médico veterinário no NASF, precisa ser mais 
inserido na saúde pública. 
 
Distribuição mundial. A faixa mais acometia é de países em desenvolvimento, o Brasil é o principal com mais casos de 
leishmaniose visceral. Em MG e na região sudeste, a curva de letalidade chega a 10% (2016/2017), o que é muito alto. 
Mata mais que dengue e mais que qualquer outra doença infecto parasitária e ainda assim é negligenciado. Casos 
ocorreram em Lavras. Em 2003 foi notificado o primeiro caso em Lavras. 
LV tem cura parasitologia, não tem cura clínica. Essas pessoas que sobreviveram a qualquer momento da vida se tiverem 
uma queda de estado imune, a carga parasitária pode aumentar de novo e elas manifestarem os sintomas novamente. 
• “A leishmaniose não é uma doença única, mas um conjunto de síndromes complexas e multifacetadas 
causadas por diversas espécies do gênero Leishmania transmitida por insetos vetores, que afetam tanto seres 
humanos como animais domésticos e silvestres, que estão distribuídas por todos os continentes, com exceção 
da Oceania e da Antártida.” – está bem disseminada em todo o mundo, mas em países em desenvolvimento é 
pior, é mais exacerbada. 
 
FORMAS CLÍNICAS 
• Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) – deformidade facial, sem alta letalidade, mas a clínica é complexa. 
São lesões complexas que não param de aumentar enquanto não é diagnosticada. 
o Mucosa 
o Cutânea 
▪ Localizada 
▪ Difusa 
▪ Disseminada – pacientes com AIDS, por exemplo. 
• Leishmaniose Visceral Americana (LVA ou Calazar) 
o Humana 
o Canina 
 
LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA (LVA OU CALAZAR) 
ETIOLOGIA 
 
• Várias espécies do gênero Leishmania parasitam células do Sistema Mononuclear Fagocitário (SMF) de 
humanos, animais domésticos e silvestres em todo o mundo – distribuição ampla nos animais. O ciclo silvestre 
é muito pouco elucidado. 
o Roedores silvestres (paca, cotia, etc.) 
o Edentados (tatus, tamanduá, preguiça) 
o Marsupiais (gambás, marmotas) 
o Carnívoros (cães, gatos, quatis) 
 
TRANSIÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO 
LV antes ocorrendo em áreas periféricas, 
com saneamento básico deficitário e agora 
já está tendo uma urbanização do parasito, 
ocorrendo em centros urbanos de forma 
disseminada. 
Quintais com matas, galinheiros, locais mal 
cuidados, objetos largados. Flebotomíneo 
está na matéria orgânica em decomposição, nas 
galinhas e as pessoas não sabem, acham que estão 
procurando por dengue quando se vai nos locais. 
 
 
TRANSMISSÃO 
• DOENÇA DE TRANSMISSÃO VETORIAL 
o Alguns gêneros atuais de flebotomíneos estão presentes há 38 milhões 
de anos. 
Flebotomíneo – presente em todos os municípios, mas as vezes o parasito ainda não está 
presente na cidade. 
 
O TRANSMISSOR 
• Mosquito-palha, asa dura, birigui, maruim, flebótomo, freboto, cangalha, tatuíra – varia de região pra região 
• São encontrados em regiões de mata ou em áreas colonizadas em suas imediações. Nas matas, criam-se em 
raízes tubulares de árvores, ocos, depressões e buracos de tronco e toca de animais. Em ambientes domiciliares, 
criam-se em chiqueiros, galinheiros, bananais e outros – microclimas favoráveis pro ciclo acontecer. Em locais 
que já ocorreram casos agentes de endemias fazem borrifações pois os flebotomíneos ficam em locais escuros, 
frestas. Locais com acúmulo de lixo são preocupantes, casas com quintais e pomares também. 
• Inseto transmissor se reproduz na matéria orgânica. Evitar o acúmulo de matéria orgânica. Limpar terrenos, 
quintais, galinheiros, pomares, terrenos baldios, canis, áreas externas, etc. 
 
• Vetor das Leishmanioses – Flebotomíneo 
• Somente as fêmeas têm importância na hematofagia 
A fêmea (imagem 2) é hematófaga. Hematofagia pra maturação 
dos ovos. Caracteristica corpórea bem especifica. É um inseto 
muito pequeno (2-3mm), muito frágil. Picada dolorida. 
 
 
• Pequenos (2–3 mm) 
• Corpo densamente coberto por cerdas e escamas 
• Asas não se sobrepõem permanecendo abertas apresentando diferentes 
ângulos em relação ao corpo 
• Quando em repouso, as asas permanecem eretas, divergentes e afastadas do 
corpo. 
 
 
• Tipo de voo característico dos flebotomíneos – irregular, ele saltita, não voa longas distancias, menor potencial 
de dispersão quando comparado ao Aedes. Faz-se o uso de armadilhas. 
 
 
 
 
Presença de flebotomíneos, cada pontinho é um mosquito. Ela não manifesta o quadro 
clínico, mas é risco pra sereshumanos e cães que estão por perto. 
 
 
RESERVATÓRIO URBANO - CÃES DOMÉSTICOS: SINTOMÁTICOS OU ASSINTOMÁTICOS – cães domésticos são 
considerados os principais reservatórios da leishmaniose e o constate contato com humanos tem suas preocupações. 
• Outros membros da família Canidae são apontados como reservatórios: Lycalopex vetulus e Cerdocyon thous. 
Além desses, o gato doméstico, gambás, bovinos, morcegos e roedores foram encontrados parasitados 
• O cão é o mais importante reservatório conhecido, quando se considera a forma zoonótica da LV. 
 
RESERVATÓRIOS 
• Outros membros da família Canidae são apontados como reservatórios: 
Lycalopex vetulus e Cerdocyon thous. Além desses, o gato doméstico, 
gambás, bovinos, morcegos e roedores foram encontrados parasitados 
– não manifestam sintomas, mas podem ser um elo de ligação do ciclo 
silvestre com o ciclo urbano. 
Também temos a leishmaniose antropofílica que independe de animais 
no ciclo, que não é zoonótica. Mas não ocorre no nosso rotineiro, 
leishmaniose que ocorre de humano pra humano, ocorre na Índia, por 
exemplo. 
Dados do IBGE mostram que existem mais cães e gatos do que crianças de 0-14 anos nas famílias brasileira (2015). 
Famílias optando por ter mais animais do que filhos. Preocupante no sentido de saúde pública em relação às 
zoonoses. 
 
 
LEISHMANIOSE OU CALAZAR 
• É uma doença infecciosa grave, causada por um protozoário parasito, que pode causar morte, principalmente 
em crianças, idosos e imunodeficientes – pessoas acometidas por HIV 
• A doença também acontece em cães. 
Comprometimento hepático é grave. Mostra um exame do primeiro caso de LV de lavras. Função hepática o valor de 
referencia é entre 2-25, estava entre 804-1614. Estava quase em falência hepática, fez-se o diagnostico e tratamento. 
Ocorre queda de toda a serie vermelha (pancitopenia) que ocorre no humano e nos cães, dando anemia, epistaxe, etc. 
 
Mielograma mostrando as leishmanias dentro dos macrófagos. 
 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=D7GCiJ0Xu4aqqM&tbnid=cjOZNIDvuw_R5M:&ved=&url=http://www.euquerobiologia.com.br/2011/10/raposa-do-campo-lycalopex-vetulus.html&ei=YrpsUZC3BIq42wXnz4DACg&bvm=bv.45175338,d.b2I&psig=AFQjCNF3tzJunOoPgcv-R1YYzj47EthXKg&ust=1366166498590506
Ciclo ocorrendo fases dentro do flebotomíneo em que 
dentro dele tem toda uma mudança do parasito e mesmo 
em contato com o ser humano ou cão, via inoculação do 
inseto vetor ele tem a ocorrência da doença. O 
flebotomíneo é adaptado para o parasito, tem todo o 
sistema digestório e glândulas propicias para que esse 
ciclo ocorra. O ser humano entra como hospedeiro 
acidental pois o ciclo principal se dá flebotomíneo e cão. 
Ocasionalmente o ser humano também é picado e pode 
desenvolver a doença, mas o cão é muito mais acometido 
que os humanos. Temos o cão como sentinela da doença, 
chega no município via cão e depois o ser humano pode 
ser acometido. 
 
• O cão é o mais importante reservatório conhecido, quando se considera a forma zoonótica da LV. 
 
PROMASTIGOTAS 
 
• Encontrada nos insetos vetores. Presença de núcleo e flagelo livre. 
• Extracelulares com flagelo na região anterior, fusiformes, com 14 a 20 µm de comprimento e 2 a 4 µm de 
largura. Multiplicam-se no intestino do vetor. 
• Forma infectante para o HD 
AMASTIGOTAS 
 
 
• Ovais ~ 2 a 5 µm, com núcleo, cinetoplasto e flagelo curto, intracelular. Vivem no interior de macrófagos dos 
hospedeiros vertebrados, inclusive os humanos. 
• Encontrada dentro dos macrófagos da pele e/ou vísceras 
Extracelular 
Intracelular 
Arredondada e sem flagelo 
PAPEL DO MÉDICO VETERINÁRIO 
Tem um papel muito importante. Em relação à leishmaniose as pessoas tentam contornar a situação. Recentemente em 
Lavras teve acionar o ministério público pois tinha MV passando droga humana pra cão. Corre risco de ter resistência da 
droga no humano e ela não funcionar mais e também do cão não ter sua cepa pesquisada pra saber se a droga é adequada 
pra tal. Vigilância sanitária autuou três MV devido à conduta inadequada frente a LVC. A LVC está muito presente em 
Lavras e MVs falam do tratamento tradicional, mas ficam oferecendo tratamentos alternativos que colocam em risco o 
animal e a sociedade. 
 
 
PATOGENIA 
• Família Psycodidae 
• Machos – alimentam-se de seiva 
• Fêmeas – alimentam-se de sangue 
o Aparelho bucal adaptado para dilacerar o tecido do HD. 
o Saliva: anticoagulante, Maxidilan (vasodilatador e imunossupressor – inibe Th1 (IL12 e INF g), fatores 
antiagregação plaquetária. 
o Inibe a resposta celular 
• Alta incidência e alta letalidade, principalmente em indivíduos não tratados e crianças desnutridas e portadores 
da infecção pelo HIV. É uma das doenças mais importantes da atualidade. 
A gente tem aqueles animais e seres humanos acometidos por uma falha no sistema imune. Animais com uma dieta 
deficiente, animais que tem donos de baixa renda estão mais comprometidos. Tem a doença ocorrendo em mais 
frequência nas periferias pois o acompanhamento é deficitário, sem acompanhamento veterinário, sem ração de 
qualidade, vacinação pra outros agravos que auxilia na susceptibilidade. 
 
 
 
 
CAVALO DE TROIA - LEISHMANIA MAJOR 
 
• Neutrófilos - ineficazes – promastigota: não multiplicam. 
• Evasão imune: genética do hospedeiro e da cepa do parasito. 
• Infecção retarda a apoptose (42 h pi). 
• Macrófagos fagocitam neutrófilos em apoptose e, (anti-inflamatórias, PGE2 e TGF-β), reduzindo sua capacidade 
de destruir Leishmanias. 
O parasito é tão peculiar e de difícil reconhecimento do corpo que o macrófago reconhece ele como ameaça, faz sua 
função e dentro do macrófago a leishmania se multiplica, parece que está tudo resolvido, mas a leishmania está ativa 
dentro do macrófago. O macrófago com a leishmania vai pra baço, fígado (espleno e hepatomegalia) e tem todas suas 
complicações. Por isso se fala cavalo de troia, pois parece que está tudo bem, que a resposta do corpo foi adequada, mas 
dentro dessa resposta, dentro do macrófago está ocorrendo toda a multiplicação do parasito. 
• Nos macrófagos, os parasitos adquirem a forma de amastigotas, que 
se multiplicam por fissão binária, ativando mecanismos que as 
protegem da ação celular (então além de estar tendo macrófago ali, 
as enzimas que deveriam exterminar o parasito elas são inibidas por 
ação do mesmo, ficando “encapsulado” contra as enzimas). A 
expansão da infecção se dá pelo rompimento dos macrófagos e 
invasão de novas células que se disseminam para órgãos linfoides e 
pela derme, generalizando a infecção (ocorre em humanos e cães; 
tem o tropismo pra baço, medula, fígado, locais nobres e protegidas 
onde o parasito vai ter sucesso e o hospedeiro vai ter dificuldade de 
combater). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Temos animais resistentes e suscetíveis. 
Não entrou em detalhe na questão de 
resposta imune. Ela é individual e está 
relacionado às condições de vida. Quanto 
mais saudável, menos suscetível. 
 
 
 
SINAIS CLÍNICOS 
 
Animais emagrecidos em função de leishmaniose visceral canina no Brasil 
O que difere os cães dos seres humanos é que eles têm manifestações dérmicas na LV, perda de pelo, etc. Problema do 
parasito na pele do animal é que a transmissão é mais fácil pois é uma transmissão vetorial, flebotomíneo muitas vezes 
não tem o parasito, vai ter contato com o animal e vai adquirir o parasito naquele cão doente, levando pra outros cães e 
seres humanos. Por isso o cão é importante no ciclo epidemiológico da doença. Ela antecede os casos humanos. 
 
 
 
 
 
Emagrecimento acentuado, hepato e 
esplenomegalia, epistaxe, artralgia, 
acometimento do SN, etc. 
Artrite, osteomielite e artrosinovites 
são características que também 
diferem dos seres humanos e muitos 
MVs não estão levando isso em 
consideração pra dar o diagnóstico de 
leishmaniose. 
 
Importante fazerdiagnóstico 
diferencial. 
Cão com leishmaniose visceral que tem 
lesão cutânea, não é leishmaniose 
cutânea canina é leishmaniose visceral 
canina. Tem a tegumentar também, 
mas é mais raro e não tem 
acometimento de órgãos. A tegumentar 
é mais comum em felinos. A LVC canina 
é muito comum e quase sempre tem 
lesões tegumentares. 
 
 
 
SINAIS OFTALMOLÓGICOS 
• Animais com alopecia periorbital – blefarite (máscara leishmaniótica) em função de leishmaniose visceral 
canina – muito comum da doença, ocorre com bastante frequência. 
 
 
SINAIS DERMATOLÓGICOS 
• Animais com sintomas cutâneos em função da leishmaniose visceral canina: 
o A = alopecia generalizada 
o B = dermatite seborreica – muito comum, muitos MVs tratam pra sarna 
o C = onicogrifose – muito importante 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Muitas vezes acha que é uma 
ferida pequena e é LVC. 
Comum lesão entre os dedos. 
 
 
 
 
 
 
Leishmaniose Visceral – perda de pelo acentuada, perda de peso, 
etc. 
 
 
PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS 
• Doença crônica e polimórfica. 
• A proliferação de linfócitos B, células plasmáticas, histiócitos e macrófagos provocam linfadenomegalia, 
esplenomegalia e hiperglobulinemia. 
• A resposta humoral (Igs) é maciça, não é protetora e pode ser prejudicial. 
• A diminuição da albumina associada à elevação sérica das globulinas tem sido associada à condição infectante 
dos animais. 
• A existência de auto-anticorpos pode levar a trombocitopenia e anemia imune mediadas. 
• Tem-se associado também às altas concentrações de globulinas, a formação de imunocomplexos, que se 
depositam nos vasos sangüíneos, baço, fígado e rins causando vasculites, poliartrites, uveítes e glomerunefrites 
membranosas. 
• Nos rins pode levar a falência renal que é a principal causa de morte em cães com LV. 
• O emagrecimento é acentuado em muitos animais 
O período de incubação ele é comum ao cão e humano. Pode ser de 10 dias – 24 meses (média de 2-6 meses). Após o 
contato, o PI é muito extenso. 
Dados clínicos importantes em humanos – febre e esplenomegalia, todas as pessoas com esses sintomas já são testadas 
pra leishmaniose em municípios onde já existem casos. A febre é importante pois é baixa, não passa de 39° e é 
intermitente. Distensão abdominal. 
 
DIAGNÓSTICO 
• Clínico – não fecha só em clínicos pois os sinais são inespecíficos 
• Laboratorial – tem que ser bem feito pois tem muito falso positivo, fazer pelo menos dois métodos 
Em humanos o tratamento é feito com glucantime que é uma droga que os médicos dizem que mata tanto quanto a 
leishmaniose. Os pacientes relatam que é semelhante à uma quimioterapia os efeitos colaterais. Cardiotoxicidade, 
hepatotoxidade, pancreatite, insuficiência renal, anemia, etc. É a droga de primeira escolha e alguns MVs vêm usando, o 
que é muito ruim. Ocorre muita venda online desse medicamento. Esse medicamento também é utilizado no tratamento 
de LT. 
Também temos o tratamento em humanos com a anfotericina B, que é um medicamento importado, muito caro. 
Ministério da Saúde só libera em casos especiais. 
Voltando ao diagnóstico. 
Temos o diagnóstico rápido DPP, mas se busca o mielograma, que é padrão ouro, observando-se diretamente o parasito. 
Pra LTA tinha um Ag de Montenegro, mas não é feito mais. Tem que ser via biópsia. 
 
Diagnóstico clínico 
• Sinais clínicos pouco patognomônicos 
o Área endêmica ou não endêmica 
• Diferencial: 
o Diagnósticos diferenciais alterações cutâneas: 
▪ seborreia, piodermites, dermatofitose, demodiciose, escabiose, esporotricose, atopia, 
patologias cutâneas auto-imunes (lúpus eritrematoso sistêmico, pênfigo foliáceo). 
o Neoplasias, doenças infecciosas e parasitárias como: 
▪ Hepatozoonose, erliquiose, babesiose, febre maculosa das montanhas rochosas, doença de 
Lyme, entre outras. 
 
Diagnóstico laboratorial 
• Demonstração direta 
o Biopsia 
o Punção / aspirado 
o Cultura 
o Molecular – PCR 
• Demonstração indireta 
o Imunológico 
o Resposta celular 
o Resposta de anticorpos 
o TR DPP, ELISA, RIFI 
Teste rapido canino – DPP: pega-se uma gota de sangue da orelha do animal, põe na placa, pinga o reagente e depois de 
um tempo temos o resultado. O diagnóstico não é fechado por meio dele, é apenas um teste de triagem. Faz-se ELISA 
depois. E dai discute a conduta posterior. Tem que mostrar as opções pro proprietário pra diagnóstico. Pode dar positivo 
no DPP, ELISA e no mielograma dar negativo. 
A demonstração direta é sempre a mais indicada porém não é todo individuo que tem condições de bancar. E os órgãos 
públicos não tem condições de bancar o PCR, por exemplo, que seria o ideal. 
 
Procedimentos para coleta de 
fragmento de tecido da orelha 
de cães para realização de 
exame histológico para 
diagnóstico de leishmaniose. 
A – Finalização da tricotomia da 
região; 
B - Anestesia local. 
 
 
 
 
 
 
C – utilização de “punch” para cortar o 
tecido; 
D - remoção do fragmento para envio ao 
laboratório. 
E e F – outro cão mostrando apenas o 
momento de realização do corte e retirada 
do fragmento. 
 
 
 Demonstração do parasito 
 
 
 
• Xenodiagnóstico – não é bem observado 
na prática 
 
A = detalhe o equipamento onde podem ser 
observados casais em cópula (círculo 
vermelho) e fêmeas ingurgitadas de sangue 
(círculo preto); 
 
B = equipamento colocado na face interna da 
orelha do cão para alimentação das fêmeas; 
 
C e D = procedimento realizado em gato. 
 
 
 
TRATAMENTO 
• Miltefosina - Milteforam 
Autorizado pra MV. Em 2016-2017 que houve essa autorização. Porém é uma medicação que foi pouco testada. 
Infelizmente já não está tendo bons olhos de quem está aprofundando na pesquisa. Flademir recebe muito animal com 
LV sendo tratado e com muita leishmania na necropsia. Muita duvida em relação à eficácia do medicamento. 
 
 
 
 
 
 
Medicamento fitoterápico que promete 
cura, tomar cuidado. 
 
 
CONTROLE 
1 – Redução da morbidade e mortalidade, através da detecção precoce e tratamento dos casos humanos; 
2 – Controle dos reservatórios, através da identificação de cães soropositivos e sua eliminação; cães soropositivos pelos 
métodos de ELISA ou RIFI, com títulos iguais ou maiores que 1:40, doentes ou não, devem ser eliminados. 
3 – Controle dos vetores. 
Tem sido realizado aquém do desejado. 
Pensando em saúde pública, a opção é a eutanásia. Varia de pessoa pra pessoa. A eutanásia pode aliviar problemas que 
o animal pode vir a ter e também se for realizado o tratamento com o Milteforam, evita os efeitos colaterais. Tem que 
avaliar cada caso. 
Indica-se vacinação, uso de coleiras repelentes pra todos. 
Ministério da saúde ainda opta pela eutanásia como medida.

Mais conteúdos dessa disciplina