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Questões Parasitárias – P2 TRYPANOSOMA 1. Considerando as condições existentes na região do pantanal, responda. a) A qual grupo de insetos é atribuída importância como vetor da trypanossoma vivax em bovinos? De que forma eles transmitem esses protozoários, visto que na África, esses flagelados são considerados do grupo salivaria. R: Stomoxys e tabanídeos. Transmitem através da hematofagia. b) Nos equinos, qual a espécie de trypanossoma, possuem importância nessa região? Cite os principais sintomas observados em equinos com o mal de cadeiras. Algum outro animal doméstico tem susceptibilidade a esta espécie de parasita? Qual? R: T. evansi. Os principais sintomas observados são: anemia brusca, febre, perda de apetite, caquexia, petéquias hemorrágicas na membrana nictante e sintomatologia nervosa como encefalite. Sim, cães. 2. Em uma fazenda de criação de bovinos de corte, na região de angélica, os animais estão sendo atacados por moscas durante o dia e em grande número. O proprietário informa que os animais em confinamento são os mais atacados e que o problema não existia na propriedade até a instalação de uma usina de álcool, na fazenda vizinha. Relata ainda o proprietário, que algumas fêmeas com bezerros ao pé, principalmente aquelas com os menores escores corporal, apresentam febre, acentuado emagrecimento e algumas estão apáticas. Destacou, também que ouviu de outros criadores que os animais, na região, estão sendo “infectados por um tipo de trypanosoma”. Responda. a) Qual a espécie de mosca, cujo comportamento descrito, pode ser a responsável pelo surto na propriedade? R: Tabanídeos ou Stomoxys calcitrans. b) Qual a relação da mosca com a possível presença do tripanosomatídeo na propriedade? Explique essa interação parasitária, informando qual a espécie de trypanosoma sp. Pode estar ocorrendo na propriedade. R: A mosca é responsável pela transmissão do parasito por conta de sua hematofagia nos hospedeiros. A espécie mais comum que acomete bovinos é T. vivax. c) Quais as suas recomendações para o controle da mosca. R: Repelentes por pulverização ou pour-on. d) Qual a forma/método de diagnóstico e tratamento indicados para o tripanosomatídeo, nos animais com diagnóstico positivo para a presença do agente. R: O melhor método diagnóstico é pelo Microhematócrito, pois possui sensibilidade alta e é possível visualizar o parasito se movimentando. O tratamento pode ser feito com Diaceturato de dimenazene ou Cloreto de Isometamidium, mas não se espera uma cura parasitológica, e sim clínica. 3. Você é chamado para atender um rebanho de bovinos, em que alguns animais adultos apresentam febre (40°C), mucosas pálidas e apatia. Considerando que a área é considerada como endêmica para Trypanosoma spp. Pergunto: a) Qual será seu procedimento para confirmar se os animais estão portando infecção por Trypanosoma spp.? Descreva em detalhes. R: Faria o diagnóstico pelo Microhematócrito, onde é possível visualizar o parasito se movimentando, possuindo uma alta sensibilidade. b) Se confirmada a infecção por Trypanosoma, qual será a espécie com mais possibilidade de estar causando esses sintomas nos animais, considerando as condições de Mato Grosso do Sul. R: T. vivax. c) Prescreva detalhadamente o tratamento que você irá recomendar. R: Diaceturato de dimenazene ou Cloreto de Isometamidium. LEISHMANIOSE 4. Em relação a LVC, responda. a) Descreva a imunopatogenia da doença, desde a infecção até o surgimento dos sinais clínicos. R: Picada do mosquito na pele > Leishmania evade primeira barreira do sistema imune da pele > disseminação hematogênica e linfática > amastigotas dentro de macrófagos na medula óssea, linfonodo e baço. Há dois tipos de resposta, com cães sintomáticos ou não, que irá depender da espécie da Leishmania, do tamanho do inóculo, quantidade de protozoário inoculado no hospedeiro e principalmente a genética do hospedeiro. Resposta imune celular resolve o problema > associada às células Th1, que irão ativar os macrófagos e eliminar a Leishmania ou manter em quantidades que não irá causar doenças > cães assintomáticos. Resposta imune humoral > associada às células Th2, que irão inibir a resposta imune celular, produzir anticorpos, induzir à inflamação e levar à deposição de imuno-complexos, que irão causar lesões > cães sintomáticos. b) Descreva detalhadamente como pode ser realizado o diagnostico parasitológico de LV em uma clínica veterinária. Comente sobre resultados falso-positivos e falso-negativos. R: O diagnóstico mais eficaz é o parasitológico, utilizando-se medula óssea, aspirado de linfonodos, sangue etc., sendo o mais específico e com alta sensibilidade. Também pode ser realizado o diagnóstico sorológico, que pode levar a falso negativo (antes da soroconversão ou parou de produzir anticorpos) ou falso positivo (pode ter anticorpos maternos se filhote ou algum resultado cruzado com outros tripanosomatídeos). c) Como deve ser realizado o controle da LVC? R: O controle deve ser feito principalmente com repelentes a base de piretróides e coleiras impregnadas de Deltametrina 4%. 5. Um cão, jovem, apresenta sintomas compatíveis com leishmaniose visceral canina, porém não é soro reagente pelo teste de Elisa. Responda. a) Como o médico veterinário deve proceder para executar o diagnóstico parasitológico? Descreva a coleta do material e os demais procedimentos laboratoriais. R: - b) Quais as recomendações devem ser dadas ao proprietário, caso tenha decidido manter a posse do animal, independente do resultado do diagnóstico? R: Deve-se sempre utilizar a coleira impregnada com Deltametrina a 4% no cão, para repelir o mosquito vetor da doença.co 6. Considerando o perfil epidemiológico observado em área endêmica para 6 pontas a Leishmaniose Visceral Canina (LVC) - (distribuição na população), explique por que é complexo o controle dessa parasitose zoonótica. Me refiro ao artigo comentado de Baneth et al. (2008). R: ? 7. Quando diante de um animal com suspeita clínica para a Leishmaniose Visceral Canina, entre as alternativas diagnóstica, o diagnóstico parasitológico é uma das formas mais conclusivas. Desta forma, descreva em detalhes, como proceder para realizar este tipo de diagnóstico. R: - BABESIOSE 8. Um cão apresenta suspeita de babesiose, informe a conduta clínica a ser adotada. Destacando: sinais clínicos esperados, método de diagnóstico e tratamento curativo e de suporte. R: O animal irá apresentar palidez de mucosa, febre, hipotermia, hemoglobinúria, hipoxaemia, anuria, oligúria etc. O diagnóstico deve ser feito por esfregaço sanguíneo (que é o considerado mais efetivo) ou PCR. O tratamento é feito com Dipropionato de Imidocarb, além do suporte com hidratação, antitérmicos e transfusão sanguínea (se o caso for muito grave). 9. Um cão, fêmea, SRD de três anos de idade chega a sua clínica trazida pelo proprietário, apresentando histórico de Letargia, Icterícia das membranas mucosas, fraqueza e anorexia. Um esfregaço sanguíneo é realizado e você realiza o diagnóstico de babesiose. Responda. a) Como o cão foi infectado? R: Pelo carrapato R. sanguineus. b) Como este caso deve ser conduzido? R: Deve ser iniciado um tratamento de suporte com hidratação, antitérmicos e transfusão sanguínea (se o caso for grave), além disso, deve ser feito o tratamento medicamentoso com Dipropionato de Imidocarb. 10. Quais as prováveis consequências da introdução de bovinos oriundos de uma área livre da tristeza parasitariam bovina, em uma área de estabilidade enzoótica? Por quê? R: Os animais irão adoecer pois estarão expostos a uma população elevada de carrapatos, pois não possuem imunidade de presença como os animais da área de estabilidade enzoótica, que estão expostos à Babesia e Anaplasma, mas não apresentam doença clínica. 11. Um bezerro, macho, 5 meses de idade, desmamado, raça holandês PB, apresenta febre (41ºC), mucosas pálidas, hemoglobinúria, VG 16 e flacidezda muscular abdominal, informe. a) Qual a suspeita clínica? R: Babesiose. b) Indique como proceder ao diagnóstico laboratorial. R: Esfregaço sanguíneo é a melhor alternativa, pois pelos sinais clínicos o animal está na fase aguda, onde será possível a visualização dos merozoítos nos eritrócitos, que são suficientes para confirmar o diagnóstico. c) Quais medidas terapêuticas a serem adotadas? R: Hidratação, antitérmico e tratamento com Dipropionato de Imidocarb ou Diaminazene. d) Faça a recomendação de medidas de profilaxia a serem recomendadas ao proprietário. R: Controle dos carrapatos (mas sem erradicar, para que os animais possuam imunidade de presença) e premunição moderna. 12. Em uma propriedade com bovinos em exploração leiteira, da raça holandesa, reportou alta infestação por carrapatos e que bezerros com cerca de 4-5 meses apresentam febre (+41°C), anemia e urina avermelhada. a) Diante deste quadro clínico, qual é a sua suspeita clínica? R: Babesiose. b) Descreva, em detalhes, como você irá executar o diagnóstico parasitológico, para confirmar sua suspeita clínica. R: Esfregaço sanguíneo é a melhor alternativa, pois pelos sinais clínicos o animal está na fase aguda, onde será possível a visualização dos merozoítos nos eritrócitos, que são suficientes para confirmar o diagnóstico. c) Prescreva o tratamento farmacológico, para os animais adoentados e quais recomendações ao responsável pelos animais como medidas profiláticas para que esse problema seja evitado. R: Dipropionato de Imidocarb ou Diaminazene. Fazer o controle dos carrapatos, mas sem erradicar os mesmos, para assim manter a imunidade de presença dos animais, fazendo com que esses convivam com a babesiose mas não adoeçam com a mesma. HELMINTOSES DE RUMINANTES 13. Baseado em seus conhecimentos acerca da epidemiologia das verminoses de ruminantes, responda os itens abaixo. a) Explique as desvantagens do controle de verminoses através do método curativo (administração de fármacos apenas em animais clinicamente doentes). R: Causa prejuízos na produção, pois os danos causados pelo parasito já estão ocorrendo, além do proprietário ignorar a verminose subclínica e já haver grande contaminação ambiental por ovos e larvas. b) Discorra sobre o método estratégico de controle, correlacionando as eventuais dosificações com as estações secas e chuvosas. Explique suas vantagens. R: Visa a otimização do uso de vermífugos, aplicando-os nas épocas críticas para o tratamento, tendo o número de doses economicamente viáveis e apenas em um determinado grupo de animais. No total, são 3 dosificações ao ano, utilizando-se o esquema “5-7-9”, onde as aplicações são feitas em maio, julho e setembro. Em maio pois é o fim da estação chuvosa, eliminando os vermes adquiridos no período chuvoso. Em julho pois é o meio da estação seca, eliminando os sobreviventes e as infecções mais recente. E em setembro pois é o fim da estação seca e início da estação chuvosa, que previne a contaminação das pastagens próximo ao período chuvoso. 14. Em uma criação de Bovinos, o proprietário reclama que os anti-helmínticos “parecem não estar funcionando” para eliminar os parasitas. Ressalta ainda, que sempre usou dois produtos, mesmo sendo os mais caros do mercado, aplicando-os nas doses recomendadas pelos fabricantes e em rotação entre eles, isto é: uma dosificação com um e a seguinte com outro. Considerando a informação: a) Qual é a explicação para esse problema? R: O problema é explicado pelo fenômeno de resistência anti-helmíntico que está ocorrendo. b) Como poderia ser testado, de forma rápida e simples a sensibilidade dos produtos em uso e de outros potencialmente passiveis de indicação? Explique a forma e conduta detalhada do procedimento para resolver o problema. (OPG Pré – OPG Pós/ OPG Pré) X 100 R: Pelo teste de contagem de ovos nas fezes, fazendo o OPG antes de tratar o animal com produto e repetindo o OPG 10 dias depois de utilizar o produto. Se o resultado for menor que 95%, conclui-se que há resistência anti-helmíntica. 15. Considerando o gráfico abaixo, discorra sobre a dinâmica de populações de nematodas parasitas de bovinos na região de cerrado brasileiro, explicando as variações sazonais que ocorrem nas populações parasitárias e ambientais, e descreva o esquema de controle estratégico de tratamento para bezerros de corte. R: a 16. Em relação aos estrongilídeos de ruminantes, preencha o quadro abaixo. Achados clínicos Possível Etiologia Patogenia Anemia e edema submandibular. Parasitos com aproximadamente 4cm de comprimento no abomaso. Haemonchus contortus. Hematofagia das formas adultas, levando a hemorragia e destruição do epitélio gástrico, com perda de sangue alterando a hematopoiese, levando ao processo anêmico e até mesmo a morte. Anemia e diarreia. Nódulos na parede do intestino grosso. Oesophagostomum spp. Larvas penetram profundamente na mucosa do intestino grosso, formando nódulos no ceco e cólon, causando distúrbios na fisiologia do intestino, prejudicando a absorção de nutrientes, levando a anemia e diarreia debilitante. 17. O método FAMACHA é um método seletivo para controle de helmintoses em ruminantes. Sobre este método, assinale a alternativa INCORRETA: a) É necessária a realização de uma coprocultura das fezes dos animais, antes da eventual implementação do método b) Somente pode ser implementado se Haemonchus spp. representar o maior problema entre os helmintos presentes nos animais c) Pode ser aplicado em bovinos criados extensivamente d) Permite reduzir os custos com os anti-helminticos e) Sua aplicação é simples, com o devido treinamento 18. Qual é a finalidade do uso do teste de redução na contagem de ovos nas fezes (TRCOF)? Explique de forma sucinta como ela deve ser executada e a interpretação dos resultados. R: O TFCOF tem como finalidade analisar a resistência de anti-helmínticos e consiste em fazer o OPG antes de tratar o animal com produto e repetir o OPG 10 dias depois de utilizar o produto, utilizando a fórmula (OPG Pré – OPG Pós/ OPG Pré) X 100. Se o resultado for menor que 95%, conclui-se que há resistência anti-helmíntica. VERMINOSE EQUINA 19. A figura abaixo representa a composição das populações de helmintos em equinos de acordo com a idade do animal. Responda as seguintes questões. a) Assinale a faixa etária na qual cada tipo de ovo de helminto é preferencialmente encontrado nas fezes. R: 1. Estrongilídeos (24 semanas) 2. Parascaris equorum (12-24 semanas) 3. Strongyloides (4-12 semanas) b) Qual/is é/são o/s parasito/s da curva A? Descreva sua patogenia. Explique o comportamento dessa curva. R: Estrongilídeos. Sua curva surge com o animal depois de jovem, pois já está se alimentando apenas da pastagem (única forma de se infectar ingerindo os ovos), possuindo um PPP longo, sem adquirir imunidade com o tempo. c) Qual/is é/são o/s parasito/s da curva B? Descreva sua patogenia. Explique o comportamento dessa curva. R: Parascaris equorum. Sua curva surge com o animal jovem, pois é o tempo em que está se amamentando (ovos aderidos aos tetos da mãe) e por estar começando a se alimentar da pastagem (com presença de ovos), podendo se contaminar ingerindo o parasito, tendo um PPP com duração em torno de 60 dias e o animal adquire resistência imune a partir dos dois anos de idade. d) Qual/is é/são o/s parasito/s da curva C? Explique o comportamento dessa curva. R: Strongyloides westeri. Como a contaminação ocorre via transmamária, ou seja, pelo leite, é o primeiro verme do equino e possui PPP relativamente curto, desaparecendo completamente depois dos dois anos de idade por conta da imunidade adquirida. 20. Descreva a etiologia e a fisiopatogenia da cólica tromboembólica verminótica em equinos. R: A cólica tromboembólica é causada pelo Strongylus vulgaris. Sua fisiopatogenia é definida pela migração das larvas imaturas dentro dos vasos,que irá levar a formação de trombos, que irão se desprender e obstruir arteríolas responsáveis pela irrigação do intestino, levando a um quadro de infarto do órgão, causando necrose e cólica irreversível. 21. Proponha um esquema de controle químico e não químico de verminose em equinos de um haras em campo grande. Cite e justifique as datas e os intervalos de tratamento e os princípios ativos utilizados. R: O controle químico pode ser feito com fenbendazole, droga segura para potros e capaz de matar todos os vermes em todas as fases, utilizando o método estratégico, ou seja, fazendo tratamentos regulados com a época do ano e o aumento do número de parasitas no animal, podendo realizar o controle seletivo, que identifica animais que precisam ser tratados pelo OPG > 200 a 500. O controle não químico pode ser realizado fazendo a remoção das fezes a cada 7 dias (tempo em que as larvas de estrongilídeos demoram para chegar a L3), limpeza de tetos (por conta de Parascaris equorum), escovação (por conta de Oxyuris equi) e sempre mantendo uma boa nutrição dos animais. 22. Em um haras na região de campo grande um equino adulto jovem foi a óbito, na necropsia foi constatada extensa área de necrose, em forma anelar, com cerca de 10 dez cm de extensão, na região do cólon (flexura externa). Responda: a) Qual a espécie de nematoda pode ser responsável pela causa mortis? Explique baseado no ciclo biológico. R: Strongylus vulgaris, pois é o verme capaz de causar necrose no intestino pela ocorrência de cólica trombo-embólica, causada pelas formas imaturas do verme, que irão levar a formação de trombos por conta de sua penetração e migração nas paredes dos vasos, onde esses trombos irão se soltar, obstruir as arteríolas responsáveis pela irrigação do intestino, causar isquemia e consequente necrose, ocasionando a cólica trombo-embólica. b) Qual a recomendação para tratamento estratégico dos animais dos haras, buscando prevenir este tipo de ocorrência? R: Realizar o controle duas vezes por ano, na primavera e outono, pois dificilmente terá problema sério com o parasito, tendo em vista que o PPP de Strongylus vulgaris é de meses. 23. Em relação à verminose equina, assinale a resposta correta a) Potros com idade de um mês podem já estar parasitados por Strongyloides westeri. Para esses casos, a recomendação é o tratamento com moxidectina. b) Ivermectina não é eficaz contra as formas migrantes de Strongylus vulgaris. Apenas moxidectina dose única ou benzimidazóis administrados por cinco dias consecutivos são eficazes contra essa forma. c) Anoplocephala sp. causa poucas lesões, mas há casos de enterite e obstrução da válvula ileo-cecal. A infecção do equino ocorre por ingestão dos ovos na pastagem e o tratamento pode ser realizado com ivermectina. d) Apenas fenbendazole administrado por cinco dias tem eficácia contra a forma EL3 (early L3) de ciatostomíneos e) Há uma alta correlação entre OPG e o escore corporal de equinos. Portanto, animais com infecção intensa apresentam menor escore corpo. 24. Preencha o quadro abaixo. Os ovos são dependentes do micro-habitat na pele do hospedeiro. Portanto, uma das formas de controle é a escovação dos animais. Muitas larvas ficam encistadas na parede do intestino grosso e sua emersão simultânea causa lesões. Mais comum em potros. Não infecta equinos. Ciatostomíneos x Oxyuris equi x Fasciola hepatica x Pascaris equorum x HELMINTOSES EM CARNÍVOROS DOMÉSTICOS 25. Um gato de 26 meses de idade apresenta emagrecimento acentuado, anorexia, depressão, vômitos frequentes, diarreia mucoide, mucosas pálidas e ictéricas. a) Qual agente parasitário pode causar esses sintomas. R: Platynosomum sp. b) Informe a conduta para diagnostico laboratorial recomendada para confirmação do seu diagnóstico. R: O diagnóstico é feito pelo encontro de ovos nas fezes, que são típicos de trematodas (com opérculo). c) Qual/s conduta/s terapêutica/s deve/m ser recomenda/s? R: O tratamento deve ser realizado com Praziquantel. 26. O proprietário de um cão, 2 meses de idade, relata que o animal está eliminando vários ‘‘vermes brancos’’ com cerca de 5 cm de comprimento. a) Qual a sua suspeita clínica? R: Toxocara spp. b) Informe a conduta para diagnostico laboratorial recomendada para confirmação do seu diagnóstico. R: O diagnóstico é feito por exame coproparasitológico e pode ser feito por técnicas de flutuação (ovos e cistos) e visualização em microscopia. c) Qual/s conduta/s terapêutica/s deve/m ser recomenda/s? R: Pirantel e Febantel. 27. Verminoses em cães e gatos são muito comuns na clínica de pequenos animais. Cite duas espécies de gêneros distintos de helmintos intestinais (nematódeos e/ou cestódeos) e comente sucintamente sobre cada um deles, incluindo: nome científico, forma de infecção, um princípio ativo para tratamento e métodos de profilaxia. R: Ancylostoma caninum: infecção pode ser oral ou por penetração ativa, com transmissão transplacentária e transmamária, tratamento com Febantel ou Pirantel, profilaxia com uso correto de anti-helmínticos e higiene do ambiente. Dipylidium caninum: infecção pela ingestão de pulgas com ovos, tratamento com Praziquantel, profilaxia removendo as pulgas do ambiente. 28. Como médico veterinário responsável por uma clínica de pequenos animais, como você explicaria a doença do “verme do coração” para um cliente de uma região endêmica? R: São transmitidas por mosquitos, podendo acometer o lado direito do coração e artéria pulmonar de cães, gatos e humanos. 29. Elabore um protocolo de tratamento e controle para um cão adulto diagnosticado simultaneamente com Toxocara canis e Dipylidium caninum. R: Pirantel e Febantel para Toxocara e Ivermectina para reduzir a microfilariemia de Dirofilaria immitis. RESISTÊNCIA A ANTIPARASITÁRIOS 30. Discorra sobre três práticas para retardar o processo de seleção de parasitos resistentes. R: Fazer o controle estratégico, utilizar método de refugia e tratar apenas os animais que precisam ser tratados. 31. Assinale a alternativa incorreta sobre resistência antiparasitária. a) O uso de anti-helmínticos em ovinos em intervalos inferiores a 28 dias acelera a seleção de Haemonchus contortus resistentes. Isso ocorre pois não há tempo para que parasitos com genótipo de suscetibilidade à droga possam completar o ciclo e manterem- se naquela área. b) A resistência ocorre devido ao uso de subdoses do produto, que causa mutações genéticas nos parasitos, que podem expressar: alterações no quali/quantitativas local de ação da droga, metabolização enzimática da droga, efluxo e/ou menor entrada de droga no parasito. c) Deve-se diferenciar resistência de outras causas de falha de eficácia de um produto, como por exemplo: dose errônea, aplicação de produtos tópicos em períodos chuvosos e até mesmo o intenso parasitismo no hospedeiro. d) O diagnóstico da resistência a carrapaticidas de pulverização para bovinos pode ser realizado pelo biocarrapaticidagrama. Para isso, devem ser enviadas amostras de fêmeas ingurgitadas para o laboratório e) O teste de redução de OPG pode ser utilizado para o diagnóstico de resistência a qualquer grupo químico. 32. Qual a diferencia de resistência lateral e resistência cruzada? R: Resistência lateral é quando uma espécie resistente a uma droga também não é afetada por outras de mesmo mecanismo de ação, ou seja, do mesmo grupo químico. Resistência cruzada é quando uma espécie resistente a uma droga também não é afetada por drogas de outros mecanismos de ação, ou seja, de outros grupos químicos. 33. Explique causas do porquê vem crescendo a resistência parasitaria nos dias atuais? R: O uso da mesma molécula em todo o rebanho ao mesmo tempo, utilização de antiparasitários de forma errada de maneira geral. 34. Cite causas que pode determinar a eficácia de um produto. R: Aplicações incorretas, chuva/banhos, qualidade inferior do produto,época do ano, presença de formas imaturas, espécie, estado nutricional, intensidade do parasitismo, jejum prévio, raça, via de administração etc. 35. Cipermetrina continua sendo a melhor escolha para controle de mosca de chifres atualmente. Verdadeiro ou falso? Explique. R: Falso. Não há nenhum relato de que Cipermetrina funcione no caso de mosca dos chifres. 36. Prescreva medidas profiláticas contra bicheiras em animais de produção. R: Cura do umbigo e brincos com organofosforados. 37. Moxidectina tem boa eficácia contra berne e bicheira. Verdadeiro ou falso. R: Falso. C. hominivorax (bicheira) e D. hominis (berne) são resistentes às lactonas macrocíclicas, classe a qual a Moxidectina faz parte. 38. Em relação aos anti-helmínticos, benzimidazois são recomendados para Parascaris e ciatostomineos. Verdadeiro ou falso? R: Falso. Moxidectina com melhor eficácia. 39. Descreva os 4 mecanismos moleculares do porquê um carrapato ficou resistente a um carrapaticida? R: Captação: entra menos droga no parasito resistente do que no parasito sensível; Local de ação: modificação pode ser quantitativa (menor número de receptores) ou qualitativa (modificação na conformação dos receptores); Metabolismo: enzimas que degradam o carrapaticida; Efluxo da droga: carrapaticida não é absorvido e é eliminado nas excretas. 40. Quais os métodos de diagnostico para avaliar resistência anti-helmíntica? R: O principal método é o TRCOF ou Teste de Redução de OPG. 41. Como é feito o diagnóstico de H. irritans? R: Podem ser utilizados os testes de campo, teste de aplicação tópica, vidro com pano impregnado, papel impregnado e vidro impregnado. 42. Cite estratégias farmacológicas para retardar a ocorrência de resistência. R: Aumentar a exposição do parasito a droga, aumentar a dose, associar uma ou mais drogas durante a aplicação. 43. Além de estratégias farmacologia, cite estratégias a serem explicadas ao proprietário rural para retardar a resistência. R: Pode-se utilizar a estratégia de preservação de refugia, ou seja, aplicar a droga apenas nos animais que precisam ser tratados, retardando a resistência. ZOONOSES PARASITÁRIAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS 32. Cite duas zoonoses parasitárias passiveis de serem transmitidas através do consumo de pescado cru. R: Anisaquidose e difilobotriose. 33. Atualmente estamos vivenciando o maior surto de toxoplasmose da história, que está correndo na cidade de santa maria, RS. As autoridades ainda não descobriram a origem do surto. Sabendo que a toxoplasmose é uma zoonose cujo únicos hospedeiros definitivos são os felídeos, qual é a importância deste protozoário em saúde pública? Desenvolva sua resposta mencionando os prejuízos e riscos causados à saúde humana. R: Os oocistos esporulados contaminam seres humanos pela água, frutas, verduras e principalmente pela carne crua, visto que não se consegue observar os cistos teciduais na inspeção, além de também ser transmitida pelo contato direto com fezes de felídeos contaminados. A toxoplasmose em seres humanos pode ocasionar várias formas, como a febril aguda, congênita, ocular e até mesmo cerebral. 34. Uma mulher dá a luz a uma criança com retardo mental e os exames clínicos posteriores ao parto são positivos para Toxoplasma gondii. A mulher revela ao seu obstetra que em sua casa há muitos gatos SRD (Sem Raça Definida), que nunca lhe causaram doença alguma; ela sempre teve o cuidado de não os acariciar temendo contrair doenças e os mantinha bem alimentados com carne fresca. Além disso, ela mesma limpava as fezes dos animais com o intuito de preservar as condições de higiene de sua residência. Considerando apenas as opções abaixo, provavelmente a parturiente contraiu toxoplasmose porque: a) Limpava as fezes dos gatos e esvaziava o lixo todos os dias b) T gondii pode ser transmitido pelo ar c) Mesmo evitando acariciar seus gatos, ocasionalmente um deles lambia seus pés d) Limpava as fezes dos gatos e esvaziava o lixo uma vez por semana e) Em uma ocasião, um dos gatos a mordeu
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