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PSICOPATOLOGIA Professora Carolline Carvalho Curso: Psicologia. Faculdade Anhanguera Niterói. FUNÇÕES PSÍQUICAS. Correspondem ao mundo interior, instintos, desejos, emoções, lembranças, juízos, raciocínios percebidos por uma consciência. A vida interior é observável pelos outros, sob a forma de comportamento: a palavra, os gestos, a conduta. O papel das grandes funções mentais é garantir a adaptação do indivíduo em seu mundo. Se divide em consciência, atenção, orientação, vivências do tempo e do espaço, sensopercepção, memória, afetividade, vontade e psicomotricidade, pensamento, juízo de realidade, linguagem. FUNÇÕES PSÍQUICAS. Funções afetivas: constitui a vida emocional ( alegria, medo, tristeza, etc.). A diminuição dessa afetividade é o que denominamos como psicopatas. Funções sensoriais: compreender, sentir, degustar, tocar, ver, escutar. Função da memória: capacidade de fixar experiencias anteriores. Ex: Hipermnésia (rica em detalhes); hipomnésia (pobre em detalhes); Amnesia (esquece tudo). FUNÇÕES PSÍQUICAS. Funções do conhecimento: as percepções permitem reunir e reconhecer as sensações e ligá-las aos objetivos. A atenção é quando a pessoa se atenta a alguma coisa. Ex: concentrada (focada); dispersa (atenta porem perde a atenção por algum motivo); reflexiva (em uma leitura, tenta fazer tornar real através do pensamento); automática. Funções de expressão, ação e de adaptação: Comunicação é expressa através da linguagem, a mímica, os gestos. A motricidade voluntária permite agir. A vontade é o meio pelo qual um indivíduo, após refletir, raciocinar e julgar, realiza um ato do qual se escolheu a finalidade e os meios. ATENÇÃO!!!!! Não existem funções psíquicas isoladas e alterações psicopatolgicas compartimentalizadas desta ou daquela função. É sempre a pessoa na sua totalidade que adoece. COMO AVALIAR SE UMA FUNÇÃO PSÍQUICA ALTERADA, É PATOLÓGICA OU NÃO? Avalie o contexto sócio- cultural. Se existe o uso de substâncias. busque informação com terceiros. Entenda o quanto essas alterações prejudicam a vida da pessoa. Procure investigar a quanto tempo esse sintomas vem ocorrendo. A alteração isolada de uma deles geralmente não significa patologia. VIVÊNCIAS INTERNAS SUBJETIVAS. ESSÊNCIA DO CORPO PSÍQUICO Sensopercepção Consciência Atenção Afetividade Humor Impulsividade PODEM SER QUANTIFICADAS, MEDIDAS, POSSUEM EXATIDÃO ESQUELETO DO CORPO PSÍQUICO Memória Inteligência Juízo Orientação Psicomotricidade Linguagem Pensamento CONSCIÊ NCIA Um palco onde os fenômenos psíquicos acontecem” (Jaspers,1985). Inserção do ser no mundo. Atividade integradora dos fenômenos psíquicos que torna possível o conhecimento da realidade em um determinado instante. sentimento da nossa própria identidade, formada por nossas vivências, pela maneira como sentimos e compreendemos o que se passa em nosso corpo e no mundo que nos rodeia. Capacidade humana para conhecer, para saber que conhece e para saber o que sabe que conhece. A avaliação da consciência permite saber o quanto a pessoa está apta para interagir com o seu meio, se está alerta, vigilante, acordada. CONSCIÊNC IA John Searle (2000) talvez seja um dos filósofos contemporâneos que mais tem se dedicado ao estudo da consciência. Ele ressalta a importância de articular conceitualmente a consciência com a busca das neurociências contemporâneas de correlatos neuronais dos estados de consciência (CNEC). O aspecto fundamental da consciência que se deve tentar explicar, segundo ele, é seu caráter de unidade qualitativa subjetiva ALTERAÇÕES NORMAIS DA CONSCIÊNCIA . O sonho, fenômeno associado ao sono, pode ser considerado uma alteração normal da consciência. É, sem dúvida, uma experiência humana fascinante e enigmática (Hobson, 2002; Domhoff, 2003). Nas mais diversas sociedades, ao longo da história, ele tem exercido grande curiosidade, sendo interpretado das mais diversas formas. ALTERAÇÕES NORMAIS DA CONSCIÊNCIA . Os modernos laboratórios de sono, com a polissonografia do sono (EEG, eletroculograma, eletromiograma de superfície da região submentoniana e outros registros fisiológicos), têm demonstrado que, ao contrário do que se pensava no passado sonhar não é algo raro, infreqüente. A maioria das pessoas sonha várias vezes durante uma noite, apenas não lembrada maior parte dos seus sonhos, pois se acordarem (ou forem despertadas) após mais de oito minutos de um sono REM (durante o qual sonharam), não lembrarão mais do conteúdo do sonho (Oliveira Amaral, 1997). ALTERAÇÕES PATOLÓGICA S DA CONSCIÊNCI A. Em diversos quadros neurológicos e psicopatológicos, o nível de consciência diminui de forma progressiva, desde o estado normal, vígil, desperto, até o estado de coma profundo, no qual não há qualquer resquício de atividade consciente. Os diversos graus de rebaixamento da consciência são: ALTERAÇÕ ES PATOLÓGI CAS DA CONSCIÊN CIA. Obnubilação ou turvação da consciência: Trata-se do rebaixamento da consciência em grau leve a moderado. À inspeção inicial, o paciente pode já estar claramente sonolento ou parecer desperto, o que dificulta o diagnóstico. Há sempre diminuição do grau de clareza do sensório e da percepção, com lentidão da compreensão e dificuldade de concentração. Nota-se que o paciente tem dificuldade para integrar as informações que podem se alterar tanto por processos fisiológicos, normais, como por processos patológicos. ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA CONSCIÊNCIA Diminuição da sensopercepção, lentidão da compreensão e da elaboração das impressões sensoriais. Há ainda lentificação no ritmo e alteração no curso do pensamento, prejuízo da fixação e da evocação da memória, algum grau de desorientação e sonolência mais ou menos acentuada. Devido ao prejuízo na fixação da memória, possivelmente devido também à alteração da atenção, o paciente obnubilado não se lembra de quase nada do que se passa ou se passou consigo. Na consciência obnubilada nada de novo pode ser acrescentado. Deteriorização do pensamento conceptual, que se torna incoerente e fragmentário. Com freqüência surgem formas alucinatórias, pseudo-alucinatórias ou delirantes. Embora o paciente não tenha condições de apresentar qualquer queixa somática, é possível verificar, pela expressão fisionômica, algum sentimento de sofrimento, inquietação, ansiedade, depressão, habilidade emocional ou irritabilidade. ALTERAÇ ÕES PATOLÓG ICAS DA CONSCIÊ NCIA Pode se apresentar em graus variados, desde leve torpor até à vizinhança do coma. Em muitos casos, a obnubilação da consciência pode representar o primeiro grau da confusão mental ou pode constituir a fase inicial da instalação do coma. O pensamento na Obnubilação da Consciência flui mais lentificado e se prende a representações mais isoladas, de tal forma que não é totalmente possível ter uma percepção globalizada da situação. Se, nesta diminuição da consciência os estímulos para determinar manifestações primitivas, como gemer ou balbuciar tiverem que ser muito intensos, falamos em Torpor. Um grau mais aprofundado que a Obnubilação e anterior à falta total de consciência, chamado de Estado de Coma, ou seja, a abolição total do contacto entre o indivíduo e o meio. ALTERAÇÕ ES PATOLÓGI CAS DA CONSCIÊN CIA. Torpor. É um estado de marcante turvação da consciência, no qual o paciente pode ser despertado apenas por estímulo enérgico, sobretudo de natureza dolorosa. Aqui, o paciente sempre se mostra evidentemente sonolento. Embora ainda possa apresentar reações de defesa, ele é incapaz de qualquer ação espontânea. A psicomotricidade encontra-se mais inibida do que nos estados de obnubilação. O traçado eletrencefalográfico acha-se globalmente lentificado, podendo surgir as ondasmais lentas, do tipo delta e teta. ALTERAÇ ÕES PATOLÓG ICAS DA CONSCIÊ NCIA Coma: É o grau mais profundo de rebaixamento do nível de consciência. No estado de coma, não é possível qualquer atividade voluntária consciente. Além da ausência de qualquer indício de consciência, os seguintes sinais neurológicos podem ser verificados: movimentos oculares errantes com desvios lentos e aleatórios, nistagmo, transtornos do olhar conjugado, anormalidades dos reflexos oculocefálicos (cabeça de boneca) e oculovestibular (calórico) e ausência do reflexo de acomodação. Além disso, dependendo da topografia e da natureza da lesão neuronal, podem ser observadas rigidez de decorticação ou de decerebração, anormalidades difusas ou focais do EEG com lentificações importantes e presença de ondas patológicas. Os graus de intensidade de coma são classificados de I a IV: grau I (semicoma), grau II (coma superficial), grau III (coma profundo) e grau IV (coma dépassé). > Paulo Delgalarrondo – Psicopatologia e Semiologia dos transtornos mentais.
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