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Economia Politica e Social

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Introdução I – transição do feudalismo para o capitalismo 
O retrato da economia européia pré-capitalista 
Entre os séculos IV e V, um tipo de relação social-produtiva estava estabelecida. Trata-se da hierarquia feudal, formada por senhores feudais (“senhores das terras”) que protegiam seus servos ou camponeses e lhes davam direito ao uso da terra em troca de pagamentos – em moeda, com parte da produção gerada, ou com a realização de trabalhos. Os camponeses eram antigos servos que tinham atingido certo grau de independência e liberdade das restrições feudais” Europa encontrava-se sem leis e o senhor feudal era quem decidia e muitas vezes os costumes e a tradição eram a chave para compreensão das relações medievais. As sociedade medievais era quase totalmente voltada para a agricultura. Existiam cidades e eram vistas como centros de produção manufatureira e tratados como industrias pouco desenvolvidas. Os produtos gerados eram vendidos aos feudos ou para centros manufatureiros mais distantes. corporações de ofício, que eram associações formadas por artesões e outros profissionais produtores e comerciantes e só poderia produzir se estivesse associado a elas tipo as cooperativas hoje. fica evidente a formação de uma divisão do trabalho entre cidade e a área rural . Nas cidades produção de manufaturas e comercio e no campo produção de alimentos para manter a cidade e o campo. Os camponenes sentindo-se explorado e até escravizado começa a procurar terras para produzir. que eram abundantes na Europa Ocidental. As terras incultas eram as terras dominadas por pântanos, florestas e terrenos que ainda não haviam despertado o interesse para o uso agrícola. Queriam a libertação dos senhores feudais. Huberman Os pioneiros europeus esgotaram os pântanos, construíram diques contra a invasão da terra pelo mar, limparam as florestas e transformaram as terras assim recuperadas em campos de cereais florescentes. Para os pioneiros do século XII [...] a luta foi longa e árdua, mas a vitória significou a possibilidade de ser, total ou parcialmente, dono de um pedaço de terra, isento do pagamento do cansativo trabalho a que estavam obrigados. (HUBERMAN, 1976). Os senhores feudais começaram a se aproveitar dos camponeses que ao invés de trocas começara a se beneficiar com arrendamento das terras antes improdutivas. Os camponeses estavam desmotivados pois sabiam que mesmo que produzissem a mais não poderia vender no mercado e acabava indo para as maos dos senhores toda a produção excedente. Por volta do século XI, segundo Hunt (1981), disseminou-se o uso de uma tecnologia agrícola que teria elevado substancialmente a produção. Essa tecnologia foi o sistema de três campos. Nesse sistema, a terra arável era dividida em três partes iguais e, a cada período do ano, uma das partes permanecia “descansando” para evitar desgaste excessivo do solo. Antes desse sistema, a agricultura era baseada no sistema de dois campos, em que a terra era dividida em duas partes, sendo que uma metade sempre estava ociosa. Apesar de simples, o sistema de três campos elevou muito a produtividade na agricultura, possibilitando, assim, a expansão da produção. A partir desse sistema, uma parte da produção era destinada para a produção de aveia e forragem, o que permitiu a ampliação na criação de cavalos. E qual a importância disso? Cavalos são mais velozes para o transporte do homem e de mercadorias do que os bois – muito utilizados na época. São melhores também na produção agrícola, para arar a terra, por exemplo. 
Outra tecnologia importante no período foi a troca das carroças de duas rodas pelas de quatro rodas, que teriam reduzido o custo de transporte das mercadorias. Hitoriadores acreditam que a expansão do comércio foi o elemento principal da queda do feudalismo. Foi crescendo a importância dada ao comércio de longa distância, que buscava a ampliação dos mercados atendidos pelos produtos manufaturados da Europa Ocidental, a expansão comercial acabou por estimular o crescimento das cidades e por ser um fator que reduziu os laços das áreas produtivas – tanto na agricultura como nas áreas de produção de manufaturas – com a estrutura feudal. Com o crescente interesse pela área urbana, a população das cidades se elevou consideravelmente e, junto a isso, surgiu a necessidade de um fluxo mais intenso de alimentos para abastecê-las. É nesse cenário que, cada vez mais, a especialização sobre as tarefas atribuídas ao campo e às cidades se tornou mais evidente. A busca por artigos de luxo nas cidades faz do senhor feudal mais um ator nesse novo cenário, que passa a “gostar” de dinheiro para adquiri-los, ou seja, “o senhor tinha muito em que empregar qualquer dinheiro que o servo lhe pudesse pagar” (HUBERMAN, 1981). Outro fator estimulante dessa nova forma de relação entre senhores feudais e servos que vale salientar era que “se o senhor não aliviasse as obrigações dos servos, era muito possível que alguns deles fugissem, deixando-o sem dinheiro e trabalho” (HEBERMAN, 1981). 
Um registro estatístico importante é que “por volta de meados do século XIV, as rendas monetárias (ou seja, os valores pagos como aluguéis pelo uso da terra) já excediam o valor dos serviços compulsórios prestados em muitas partes da Europa” (HUNT, 2004). Nesse contexto, outro elemento marcante na transição do feudalismo para o capitalismo foram os movimentos de cercamentos (ou fechamentos), iniciados por volta do século XIII. Estes movimentos representaram a expulsão de muitos camponeses dos feudos. A motivação para isso foi a de que os senhores feudais estavam com necessidade de dinheiro e viam a produção de lã como uma boa forma de obterem recursos financeiros. Assim, cercaram (ou fecharam) grandes áreas de terras para a ocupação de pastagens para criação de ovelhas, o que fez com que muitos camponeses perdessem espaço no campo. Sem alternativas, estes foram em direção às cidades 
Os movimentos de cercamentos podem ser vistos como um fator relevante na formação da classe trabalhadora que, sem os meios de produção, sem instrumentos ou ferramentas para produzir, só pode sobreviver com a venda de sua força de trabalho nas cidades. 
Reflita Isso não seria o retrato da classe trabalhadora que temos hoje? Para sobreviver, normalmente, trabalhamos para nós mesmos ou temos de vender nossa força de trabalho para alguma empresa em troca de um salário, não é? Alguns fatos foram vistos como determinantes para a transição do feudalismo para o capitalismo: a peste negra – iniciada em meados do século XIV – e a Guerra dos Cem Anos, entre França e Inglaterra (1337-1453). Tais fatos tiveram como consequência a morte de boa parte da população da Europa Ocidental. Por causa da guerra e das pestes faltavam pessoas para trabalhar. Diante desse cenário, a tentativa de volta ao regime que determinava ao camponês alguma forma de pagamento – em moeda, com parte da produção, ou ainda trabalhando – para o senhor parecia algo fora de cogitação a maioria dos camponeses. Seria de se esperar, portanto, que estourassem na Europa – entre o final do século XIV e início do século XVI – as chamadas revoltas de camponeses, que foram rebeliões marcadas por muito sangue. O sistema doméstico de produção 
Ao longo dos séculos XVI e XVII, houve crescimento do sistema doméstico de produção. Esse sistema é caracterizado pela tomada do controle da produção das manufaturas pelos capitalistas comerciantes, ou seja, ao invés de ser realizada pelos tradicionais artesãos da época, a produção passa a ser comandada pela classe de capitalistas mercantis (ou seja, comerciantes da época que buscavam o lucro por meio da prática comercial). 
Nas palavras de Hunt (2004): 
O retrato europeu dos fins do século XVI e início do século XVII é o de que em “quase todas as grandes cidades da Inglaterra, França e dos Países-Baixos (Bélgica e Holanda) já tinham se transformado em prósperas economias capitalistas, dominadas pelos mercadores capitalistas, que não controlavam somente o comércio, mas também grande parte da indústria (HUNT, 2004)
Características essenciais do capitalismo 
Segundo Hunt (2004), o capitalismo pode ser caracterizado por quatro esquemas: 
1) Produção de mercadorias, orientada para o mercado. No capitalismo as coisas existem para serem vendidas e muitas vezes não por necessidade. 2) Propriedade Privada por meio de produção. O poder de criar os produtos vem dos empresários que tem dinheiro para manter seu comércio. Pouca parte da população tem capital para investir no mercado. Isso faz o capitalismo. 3) Existência de uma numerosa classe trabalhadora, que não tem qualquer controle sobre os meios necessários para a execução de sua atividade produtiva. Neste caso não se tem uma parte do negócio. È a parte do negócio que se usa a força de trabalho para realizar as operações e serviços. 4) A maioria das pessoas é motivada por um comportamento individualista, aquisitivo e maximizador. Hunt (2004) ilustra isso tudo em um parágrafo brilhante: 
Os costumes sociais do capitalismo têm levado as pessoas a acreditar que praticamente toda necessidade ou infelicidade subjetiva pode ser eliminada simplesmente comprando-se mais mercadorias. O mundo competitivo e economicamente inseguro no qual movem os trabalhadores cria sentimentos subjetivos de ansiedade, solidão e alienação. A maioria dos trabalhadores vê como causa desses sentimentos sua própria incapacidade de comprar mercadorias suficientes para fazê-los felizes. Mas, na medida em que recebem salários maiores e compram mais mercadorias, verificam que o sentimento geral de insatisfação e ansiedade continua. Então, os trabalhadores tendem a concluir que o problema é que o aumento dos salários é insuficiente. Como não identificam a verdadeira origem de seus problemas, caem num círculo vicioso asfixiante, onde quanto mais se tem, mais necessidade se sente; quanto mais rápido se corre, mais devagar se parece andar; quanto mais arduamente se trabalha, mais parece ser a necessidade de se trabalhar cada vez mais arduamente (HUNT, 2004). 
Em resumo, podemos ver que esses quatro conjuntos de características do capitalismo podem ser facilmente entendidos por vivermos dentro desse contexto. Deve-se relembrar que nem sempre foi assim: no período feudal, por exemplo, esses elementos não estavam presentes dessa forma Aspectos do capitalismo industrial: o início da Revolução Industrial A Revolução Industrial ocorrida, de início, na Inglaterra, por volta das três últimas décadas do século XVIII, representou um processo profundo de transformação econômico e social. Ela revolução foi marcada, segundo Hunt (2004), por um surto de atividades inventivas e explosão no número de patentes. 
A imagem que se tem quando se fala dessa primeira Revolução Industrial é a de um período de muitas invenções e progressos nas atividades fabris, inicialmente vinculados ao algodão (e de fato foi isso). Entretanto, algumas questões surgem nesse contexto, abordaremos alguns dos elementos que fizeram com que a revolução industrial ocorresse na Inglaterra em fins do século XVIII, e alguns aspectos gerais que cercam essa transformação. 
Segundo Hobsbawm (1979), alguns fatores essenciais concorrem para o surgimento da revolução industrial: a questão do mercado interno, o mercado externo e o governo. Para que gerar uma revolução industrial com o intuito de ter condições de produzir mais, se não houvesse possibilidades de expandir o lucro dos capitalistas? Expande-se a produção com o uso de máquinas => reduz-se os custos => pode-se diminuir o preço de venda do produto => aumenta-se o número de compradores => aumentam-se os lucros. A revolução industrial veio, a grosso modo, para dar lucro ao capitalista. Entretanto, esse lucro não viria se não houvesse pessoas para comprarem os produtos que as novas máquinas inventadas poderiam gerar. É por esse motivo que vamos abordar a situação do mercado interno – ou seja, analisar as pessoas que poderiam comprar dentro da Inglaterra –, do mercado externo – as pessoas que poderiam comprar os produtos ingleses, mas que moravam fora do país – e o papel do governo da Inglaterra. 
Em relação ao mercado interno, além do fato dos ingleses passarem a ter um desejo maior de comprar mais produtos para consumo, outro fator pode ser considerado de suma importância: as melhorias nos transportes internos. 
As melhorias no transporte dentro da Inglaterra reduziram os custos de movimentar as cargas terrestres. Por exemplo, “a construção de canais reduziu o custo por tonelada entre Liverpool e Manchester ou Birmingham em 80%” (HOBSBAWN, 1979). Segundo Mankiw (2001), o monopólio ocorre quando uma empresa for a única vendedora de seu produto, e esse produto não possuir substitutos próximos Um elemento importante nesse processo, por parte do governo e sua relação com o mercado interno, foi a proibição de importação de algodão da Índia. Por que isso foi importante? 
A única fabricação de algodão puro conhecida pela Europa no começo do século XVIII era a da Índia, cujos produtos eram vendidos pelas companhias orientais no exterior e na Inglaterra [...]. Em 1700, a manufatura inglesa de lã conseguiu proibir internamente sua importação, e com isso deu acidentalmente, aos futuros fabricantes nacionais de algodão, algo como que um livre trânsito no mercado interno (HOBSBAWM, 1979). 
Pelas palavras de Hobsbawm (1979), fica clara a ideia de que com a proibição dos tecidos indianos, os produtores ingleses podiam ter uma concorrência menor dentro da própria Inglaterra e, assim, poderiam expandir seu mercado interno. Ao dificultar com altos impostos as importações abrem-se as portas das indutrias têxteis no brasil. Apesar da cultura do algodão ter sido a atividade que iniciou o processo de Revolução Industrial, o desenrolar desta não se baseou somente na atividade têxtil. Na realidade, presencia-se, entre outras, também, o desenvolvimento das produções de carvão e de ferro. Entretanto, aprofundar-se nisso foge do escopo dessa disciplina, pois a introdução de elementos vinculados à Revolução Industrial iniciada no fim do século XVIII teve a intenção somente de descrever os caminhos que a história do capitalismo – iniciada com o declínio do modo de produção feudal – percorreu com a passagem do interesse dos capitalistas do comercial para o industrial Análise social no contexto da consolidação do capitalismo industrial 
A partir da experiência da primeira Revolução Industrial, pode-se observar uma série de modificações A análise social no início do capitalismo industrial pode começar pelo registro de que se “entre os povos primitivos, a medição do tempo está comumente relacionada com os processos familiares no ciclo do trabalho ou das tarefas domésticas” (THOMPSON, 1998), por outro lado, com o desenvolvimento do capitalismo industrial, este se caracteriza por ser o tempo do relógio. 
Aqueles que são contratados experienciam uma distinção entre o tempo do empregador e o seu ‘próprio’ tempo. E o empregador deve usar o tempo de sua mão-de-obra e cuidar para que não seja desperdiçado: o que predomina não é a tarefa, mas o valor do tempo quando reduzido a dinheiro. O tempo é agora moeda: ninguém passa o tempo, e sim o gasta (THOMPSON, 1998). Os tempos mudaram, literalmente, o capitalista industrial quer utilizar a máquina comprada o máximo de tempo possível e, com isso, faz com que o indivíduo trabalhe uma enorme quantidade de horas e produza o maior número de mercadorias nesse período de trabalho, pagando o menor salário possível. 
O capitalismo industrial provocou modificações econômicas que alteraram toda a estrutura social. Dentre essas transformações, a vida dos trabalhadores: É essa desagregação que forma o cerne da questão dos efeitos sociais da industrialização As condições de vida dos operários, tanto nas fábricas quanto fora delas, eram precárias, resultado de salários mal pagos, que pouco davam para o sustento familiar – contraíam dívidas nas mercearias para ter pão todos os dias, além de dependerem da ajuda de outras pessoas. 
Brasciani (1982) relata toda a brutalidade e selvageria das moradias em que o
proletariado vivia com suas famílias. Em cidades como Londres e Paris, de maior densidade demográfica, os bairros mais pobres eram excluídos, não dava para deixar de ser notado o mau cheiro, verdadeiros chiqueiros para os humanos. Nas palavras do autor: 
[...] as péssimas condições de moradia e a superpopulação são duas anotações constantes sobre os bairros operários londrinos. Mesmo áreas ricas como Westminter têm paróquias onde (...) moram 5.366 famílias de operários em 5.294 habitações, num total de 26.830, dispondo ¾ dessas famílias somente de uma peça para viver (BRESCIANI, 1984). Bresciani (1984) nomeia de colmeias populares os bairros em que os operários moravam, fazendo analogia às colmeias de abelhas, na qual esses insetos vivem amontoados em grande número, com pequeno espaço – como os operários. Em alguns bairros havia populações tão grandes quanto Berlim, Viena, São Petersburgo ou Filadélfia. E os operário tinham jornadas de até 14 ou 16 horas. Nas minas de carvão, por exemplo, eles ficavam expostos muito tempo ao pó do carvão sem nenhuma proteção, o que debilitava a saúde deles Se a condição de vida para quem trabalhava não era fácil, para aqueles que não conseguiam se empregar era bem pior. Muitos foram mandados embora no início da Revolução Industrial, outros eram demitidos por conta da introdução de máquinas que os substituía. O reflexo desse grande número de pessoas demitidas foi o aumento da violência e da mendicância nas ruas. “Estima-se em 20.000 os criminosos espalhados pelas cidades de Londres. Junto ao crime vem a mendicância: uma verdadeira ‘praga de mendigos’ flagela a cidade” (BRESCIANI, 1984 A burguesia, na luta por seus interesses, tenta subtrair as condições de vida dos operários a níveis mínimos de subsistência, com a finalidade de obter o máximo de lucro possível. Esse período é marcado por uma série de associações operárias, que buscavam diminuir a exploração realizada pelos capitalistas. Havia, entretanto, um profundo desinteresse burguês em relação às reivindicações operárias, não era criada nenhuma possibilidade de mudança que melhorasse as condições do operário, como afirma Engels (1845, p. 212): “o burguês não quer saber se os operários morrem ou não de fome, desde que ganhem dinheiro”. 
De acordo com Engels (1845), em 1824, os operários obtiveram o direito de se associarem, tirando da ilegalidade as muitas associações operárias que existiam – direito que até então pertencia somente à aristocracia e à burguesia. A intenção dessas associações era, conforme acima citado, de proteger o operário isolado da tirania da classe burguesa. Para tal, ajudavam financeiramente os operários desempregados, lutavam contra as reduções salariais que os industriais tentavam impor e negociavam com os capitalistas uma faixa de salários a ser cumprida em toda parte. Essas associações eram uma forma de “[...] intimidar os empregadores, como para manter os homens juntos e animados” (HOBSBAWN, 1964, p. 20 Os primeiros movimentos do operariado parecem, à primeira vista, sem sentido, se vermos que sua “[...] base do poder estava na quebra de máquinas, nas arruaças e na destruição das propriedades em geral [...]” (HOBSBAWN, 1964, p. 16), fazendo com que alguns autores vejam as quebras das máquinas somente como uma oposição do proletariado contra as mesmas. Entretanto, determinados tipos de ataques nada tinham a ver com agressão contra a mecanização, mas sim, um meio de se “[...] fazer pressão contra os empregados e trabalhadores extras” (HOBSBAWN, 1964, p 17). Além disso, “[...] entre homens e mulheres mal pagos, sem fundo de greve, o perigo de furadores de greve é sempre agudo. A quebra de máquinas foi um dos métodos de contra-atacar essas fraquezas” (HOBSBAWN, 1964, p. 19). Apesar de seus esforços, Engels (1845) evidencia o efeito menor criado pelas associações diante de suas pretensões, pois, apesar de terem formado uma reconhecida estrutura organizacional, não chegaram ao objetivo que deveriam atingir, ou seja, não conseguiram suprimir a classe burguesa. A consequência disso é que essa classe continuou a exercer seu poder por meio da exploração dos operários e a formar seus exércitos de reserva de geração em geração. 
 Nesta unidade irmos explorar alguns autores que passaram pela histórico do pensamento econômico com Adam Smith, Tomas Malthus, David Ricar, Jean Baptiste Say e John Maynard Keynes. Com exceção de Keynes a maioria dos autores aqui vivenciou e inspirou seus escritos no período em que viviam da Revolução Industrial do final do século XVIII. A Arbitragem regional se configura quando alguém compra um produto em um lugar por um preço e tenta vender por um preço maior em outra região, de modo a obter lucro porem isso só era possível quando a Europa ocidental era extensa e as trocas entre as regiões e o aumento da concorrência entre os comerciantes, essa pratica passou a ser menos atrativa. Arbitragem Regional = Paraguai. Através de pesquisas de mercado as pessoas observam o que vende, os modismos e as novidades com projeção de prosperar. Foi o que aconteceu na Europa, a partir do crescimento do coméricio entre as regiões e que culminou em uma redeução dos lucros dos capitalistas atreveés do comércio. Busancdo um nova forma alternativa de obter lucro, esses capitalistas de certa formaç enxergaram na produção, e não somente na comercialização, a possibilidade de alavancar seus lucros. Assim, os capitalistas mercantis juntamente com alguns mestres de oficio passaram, cada vez mais a assumir o posto dos tradicionais e comuns artesãos na produção de manufaturas. O Estado eram visto como um entrave à expansão desses capitalistas. O Estado era a favor dos antigos interesses dos comerciantes e proprietários de terras e por conta disso a busca de lucros industriais pelos capitalistas era frequentemente obstruída. A antipatia dos capitalistas ao governo era por conta de corrupção, despóticos, caprichosos e tirânicos de vários reis europeus. Para Adam Smith um modelo abstrato completo e relativamente coerente da natureza, da estrutura e do funcionamento do sistema capitalista e foi considerado importante pensador e distintdo dos economistas anteriores, entre outras coisas, por ter elaborado “um modelo abstrato completo e relativamente coerenete da natureza , da estrutura e do funcionamento do sistema capitalista. Hunt considera que o dinheiro é o que impulsina os sonhos sociais e particulares da humanidade. Acredita que a essência do modo de produção capitalista esta na individualidade em prol de seus objetivos e que se cada um viver na individualidade buscando o seu o mundo se ocupara em torno de cada um dando aos outros oportunidades. Diz que o bem da humanidade seria advindo das atitudes egoístas. Que as pessoas buscariam o melhor para si estaria, dessa forma, obtendo o melhor resultado para todos. A preocupação essencial de Smith em sua teoria do Bem-Estar Econômico seria a de: Identificar as forças sociais e econômicas que por moviam o bem-estar humano e, com base nisso, recomendar políticas que melhor promovessem a felicidade humana, o bem-estar humano baseado na quantidade de produto do trabalho e do número dos que deveriam consumi-lo. O Ponto que Smith atinge com a hipóteses de que os indivíduos agem segundo o egoísmo e os desejos aquisitivos, é o de que o capitalismo ideal é aquele em que as pessoas podem se ver livres de determinadas barreiras. Seria isso que levaria o progresso de toda a sociedade. Seria o capitalismo laisses-faire. Smith acredita que se o governo não intervisse na condição econômica de uma sociedade ela mesma seria responsável pelo lucro e resultaria no desenvolvimento econômico. É a defesa do liberalismo econômico. Aos governos sobraria executar a proteção contra a violência e invasão de outras sociedade independentes; proteger todo membro da sociedade da injustiça e da opressão de qualquer de seus membros ou a função de oferecer uma perfeita administração da Jusitiça; e fazer e conservar obras públicas e de criar certas insitutições públicas que nunca despertariam
o interesse do capital. Para Smite o valor de tudo que é produzido deveria ser mensurado a partir da quantidade de trabalho dedicado a sua elaboração. Diz que o valor de troca ou o preço numa socidade capitalista mais avançada seria advindo da som de três componentes: Salários, alugueis e lucros(custos de produção). E ao invés de sugerir uma teoria do valor, sugeri uma teoria dos preços que foi amplamente criticada. Thomas Malthus acreditava que a população mundial cresceria em um ritmo superior ao da produção de alimentos. Assim haveria um limite que a natureza iria impor, que seria o controle do número de habitantes em função da quantidade de alimentos existentes. A Teoria malthusiana se refere a atitude governamental de não evitar as pragas, moléstias e condições degradantes da sociedade evitando assim o crescimento populacional. Para Malthus, as leis dos pobres poderia levar os pobres a uma condição de vida inferior de duas formas. Em primeiro lugar, tenderiam a elevar o nível populacional e, em segundo lugar, auxiliariam – com alimentos- uma parte da população que poderia ser considerada inútil – do ponto de vista de desenvolvimento econômico de uma nação – qual seja, a dos idosos que se instalavam nas workhouses, que eram os asilos da época. David Ricardo e a teoria ricardiana do valor do trabalho. Smith idealizava que a quantidade de trabalho somente seria medida do valor nos estágios iniciais da sociedade. Quando o modo de produção vigente é o capitalismo, Smith advoga em prol de sua teoria do valor envolvendo preço dos fatores de produção. Ao contrário disso, Ricardo entende que a quantidade de trabalho seria a medida de valor mesmo com o capitalismo. Para Ricardo, somente o trabalho atribui valor a uma mercadoria e, assim, capacidade de troca com outra mercadoria. No caso dos recursos naturais encontrados na natureza sem esforço, estes seriam úteis, mas como não houve trabalho humano envolvido, mas algo que a natureza entregou gratuitamente, não pode possuir valor de troca. Ricardo defendeu que o livre-coméricio poderia ser benéfico para os países, de modo que o crescimento do comércio contribuiria bastante para aumentar a massa de mercadorias e benefícios totais. Por livre-comércio internacional entende-se aquele que não possui restrições ou mecanismos rotencionistas por partes dos países, tais como o uso de tarifas de importação e concessão de subsídios. Jean Baptiste Say considerou que o valor do produção viria do uso do objeto produzido e assim o preço ou o valor de troca de uma mercadoria estaria associada à sua utilidade o que contrariava Smith que dia que a produção de valores adviria somente do trabalho humano. Say dizia que o valor que os homens atribuiem as coisas tem seu primeiro fundamento no uso que delas se pode fazer e permanece sempre verdadeiro que os homem atribuem valor as coisas em virtude de seu uso o que não serve para nada não tem preço nenhum. Say 1983. E que a essa faculdade que possuem certas coisas de poderem satisfazer as diferentes necessidade humanas, permitem-me chama-la de utilidade. Não se criam objetos, se criam utilidades. Portanto a capacidade de criar utilidade que confere valor a um agente de produção, valor este que é proporcional a importância de sua cooperação na produção. A lei de Say partia da premissa básica de que nenhum empresário teria interesse em produzir algo que não pudesse troca com (ou vender para) outra pessoa. O que influencia a produção segundo say é a demanda. Como o arroz hoje que esta com preço muito alto. Se esta alto tem demanda de mercado e mais pessoas vão querer produzir. A lei de Say, é de que os capitalistas são guiados para os mercados, os quais podem obter lucros(ou o máximo de lucro. E para say, Ricardo e Smith não deveriam sobrar produtos no mundo. A visão do sistema econômico é a de que os mercados se autorregulam sem a necessidade de intervenção do Estado. Ou seja, a economia funciona de modo automático em função do fato de cada indivíduo estar buscando a melhor oportunidade para si. O resultado final seria levar a economia como um todo rumo ao progresso. A economia Neoclássica: Ao longo da históira forma surgindo pensamento marginalistas que, unidos a outras correntes, formam o pensamento noclássico. São pensamentos neoclássicos a crença na natureza automática e auto-regulável do mercado que demosntrava que as principais funções do governo deveriam ser fazer cumprir os contratos e defender os poderes e os privilégios da propriedade privada. E a existência de uma mão invisível com um dieal de racionalidade e eficiência. Joh Mayanrd Keynes deu sua contrituição com a teoria geral do emprego, do juro e da moeda de 1936. A principal contribuição para a literatura econômica surge da grande depressão dos anos de 1930. Esta foi marcada a partir da queda abrupta na Bolsa de Valores de Nova Yourk em outubro de 1929 que instalou uma crise de confiança em toda economia, gerando receio nas decisões dos empresário, que diminuíram a produção e os investimentos. Os empresário em geral, ao criarem a ideia de que a economia norte-americana estava em declínio, tiveram receio de que as mercadorias que produzissem não tivessem compradores e, assim, não obteriam lucros. Em a Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, de 1936, Keynes buscou interpretar o que havia ocorrido com o sistema capitalista naquele momento e as formas de preservá-lo. Uma vez que a Lei de Say ao pregar que o sistema capitalista Laissez-Faire levaria a economia ao progresso de forma automática não estava funcionando, outra forma deveria ser encontrada. No período da Grande depressão nem tudo que se produzia era vendido. Keynes realiza algumas propostas para reverter essa situação. Alegou que o Estado deveria intervir na economia nos momentos em que a poupança superasse os investimentos. A forma de se fazer isso seria tomar emprestado o excesso de poupança e canalizar para projetos promovidos pelo governo. Esta injeção de recursos na economia seria capaz de reequilibrar a economia e a prosperidade. 
Introdução III
Teoria do Valor em Marx : Valor de uso: Utilidades e relaciona com a característica material. Valor de Troca: Fonte de Valor. Quantas cadeiras precisa para trocar por uma mesa. O que da movimento para a fonte de valor e o preço. Qto colocar o valor da utilidade: Depende da quantidade de trabalho. Qto mais trabalho mais ela vale. O trabalho abstrato não se vê. O esforço humano é que dá valor as utilidades. Tempo de trabalho socialmente necessário: É o tempo requerido para produzir-se um valor de uso qualquer, nas condições de produção socialmente normais existentes com o grau social médio de dstreza e intensidade de trabalho. As formas do valor ou valor de troca: As equivalências na sociedade é o dinheiro. Todas as mercadorias são equivalentes ao dinheiro. Utilidade = Dinheiro. E a base é a hora de trabalho. Circulação de Mercadoria: Mercadoria troca por dinheiro que troca por outra mercadoria. Objetivo do capitalismo. A partir de uma mercadoria gera dinheiro que faz mais mercadoria e mais dinheiro. A diferença do dinheiro de utilidades vendidas é o excedente e o segredo esta na força de trabalho. A visão marxista diz que quando o capitalista pega a força de trabalho ele passa a ser dono dela como uma mercadoria e possui valor. E qual o valor da força de trabalho: O suficiente para suprir os meios de subsistência. Como o dinheiro se transformou em capital. Comprou a força de trabalho e a transformou em dinheiro. 
INTRODUÇÃO II

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