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CURSO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA Agência Nacional de Águas – ANA Agência Brasileira de Cooperação – ABC Newton de Oliveira Carvalho & Maximiliano Strasser BRASÍLIA – Junho/2019 EFEITOS SEDIMENTOLÓGICOS A JUSANTE DA BARRAGEM por NEWTON DE OLIVEIRA CARVALHO & MAXIMILIANO STRASSER CURSO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA Agência Nacional de Águas – ANA Estes efeitos no estirão são devidos à falta da carga sólida retida no reservatório ... EFEITOS SEDIMENTOLÓGICOS NO ESTIRÃO A JUSANTE DA BARRAGEM Alterações no curso d’água a jusante de uma barragem CURSO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA Agência Nacional de Águas – ANA Mudanças Efeitos Hidrológicas e no controle de inundações Modificação da vazão; - Maior uniformidade do hidrograma; Redução da frequência e da magnitude das cheias; Maior controle de vazões máximas descarregadas; Maior segurança contra inundações; Incremento de vazões mínimas; Redução de áreas inundadas. Morfológicas Modificação da geometria (largura e profundidade) da seção transversal e da declividade do canal; Tendência de formação de um só canal estável, quando originalmente o rio é meandrado ou tem ilhas e bifurcações; Redução da declividade geral do primeiro estirão do rio. - continua EFEITOS SEDIMENTOLÓGICOS NO ESTIRÃO A JUSANTE DA BARRAGEM CURSO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA Agência Nacional de Águas – ANA Hidráulicas Mudança de funcionamento das obras dissipadoras de energia por redução do nível de energia no rio. Quando há bacia amortecedora se pode vencer o salto hidráulico se a sua formação depende do nível de energia do rio. Quando o controle hidráulico fica no final da bacia, chega a produzir logo a jusante uma erosão no pé da estrutura; Rebaixamento do nível da superfície livre da água e do gradiente de energia. Afeta todas as obras hidráulicas e fluviais que dependem desse nível: obras de tomada d’água, cais, estações de bombeamento. Perda da capacidade hidráulica do canal por crescimento de vegetação em ilhas e bancos e pela mudança morfológica da geometria da seção e da declividade. No leito e por erosão O nível de descarga de centrais hidrelétricas se modifica ENERGIA; Maiores possibilidades de navegação; Rebaixamento do nível do leito do rio no primeiro estirão; Aumento da erosão ou escavação total em obras construídas no primeiro estirão: pilares e fundações de pontes, obras de tomada d’água, estação de bombeamento; Modificação do processo erosivo local nas descargas de obras de vertedouro da barragem; Encouraçamento do primeiro estirão; Possível falha de proteção marginal sobre todo o revestimento e diques longitudinais. Ecológicas Ao evitar ou reduzir inundações se impede o umedecimento natural dos solos agrícolas e o recebimento de nutrientes e sedimentos em suspensão; Evita ou reduz o enchimento com sedimento das partes baixas da planície; A construção de barragens para água potável e sobretudo para uso agrícola, reduz as quantidades de água doce para lagoas e mares interiores; Ficam garantidos os cultivos (em contrapartida, embora dependente de adubação); Quando as barragens não têm dispositivos para que subam os peixes, fica interrompido o ciclo vital de algumas espécies. EFEITOS SEDIMENTOLÓGICOS NO ESTIRÃO A JUSANTE ... CURSO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA Agência Nacional de Águas – ANA EQUILÍBRIO HIDROSSEDIMENTOLÓGICO QSdQs 50 Vazão Tamanho do sedimento Declividade Descarga de sedimentos DeposiçãoErosão Esquema conceitual do balanço hidrossedimentológico proposto por LANE (1955) O fluxo líquido e o transporte de sedimentos são respostas aos processos e ao estado de equilíbrio do sistema fluvial Princípio de auto-ajustamento Para escoamentos naturais CURSO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA Agência Nacional de Águas – ANA Parâmetros técnicos, como o modo de operação da barragem (fio d’água, acumulação, ...) e o tipo de vertedouro (tulipa, comporta, descarregador de fundo) são determinantes fundamentais quanto aos impactos no sítio hidroenergético, e além deste, uma vez que modulam, respectivamente, a descarga líquida e a descarga sólida (Manyari, 2006). Com as alterações no escoamento provocadas pela construção de barragens, os reservatórios passam a reter os sedimentos mais grossos (fundamentalmente areia), que eram transportados pela corrente fluvial. EQUILÍBRIO HIDROSSEDIMENTOLÓGICO O escoamento fluvial, com uma carga de sedimentos reduzida devido à retenção nos reservatórios, tende a aumentar a erosão do canal a jusante, resultando na alteração da hidrodinâmica e das formas fluviais. CURSO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA Agência Nacional de Águas – ANA Um efeito decorrente da erosão do leito é o rebaixamento do nível de água. Estes rebaixamentos podem causar as seguintes alterações e potenciais impactos a jusante de barragens: POTENCIAIS IMPACTOS A JUSANTE DE BARRAGENS Alterações/impactos na operação da Usina Alterações/impactos no meio físico Alterações/impactos no meio biótico Alterações/impactos no meio socioeconômico CURSO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA Agência Nacional de Águas – ANA Alterações/impactos no meio físico Mudanças na morfologia do escoamento (geometria em planta, meandramento, largura do canal); Erosão de margens; Drenagem de lagos e lagoas comunicados com o rio; Aumento do pico das cheias a jusante da barragem devido à diminuição do armazenamento nas planícies de inundação; Erosão progressiva nos cursos d’água afluentes (no sentido de montante); Exposição de barras e bancos de areia, podendo afetar a navegação fluvial. POTENCIAIS IMPACTOS A JUSANTE DE BARRAGENS CURSO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA Agência Nacional de Águas – ANA Alterações/impactos na operação da Usina Aumento da produção energética da usina, devido ao aumento de queda pela redução dos níveis d’água a jusante; Influência sobre a submergência das turbinas; Erosão local no pé das estruturas, com a possibilidade de deslocamento do salto hidráulico. POTENCIAIS IMPACTOS A JUSANTE DE BARRAGENS CURSO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA Agência Nacional de Águas – ANA Alterações/impactos no meio biótico Diminuição do nível de água, podendo afetar a vegetação ciliar na região próxima às margens; Diminuição da frequência de alagamento da planície de inundação, reduzindo a deposição de sedimentos e nutrientes; Alterações físico-químicas da água do rio, com implicações no ciclo reprodutivo das populações ícticas; Interferência nos estágios de vida das espécies ícticas (desenvolvimento de ovos, larvas e alevinos); Redução da fertilização dos lagos, com perda de produtividade e biodiversidade da fauna associada, devido ao menor extravasamento das águas do rio. POTENCIAIS IMPACTOS A JUSANTE DE BARRAGENS CURSO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA Agência Nacional de Águas – ANA Alterações/impactos no meio socioeconômico Interferências nas captações de água durante a estiagem; Rebaixamento do lençol freático com impacto sobre as atividades agrícolas locais; Rebaixamento do lençol freático com impacto sobre as captações de água subterrânea; Redução de áreas agrícolas de uso comum (ilhas) em decorrência da disponibilidade d`água e dos processos erosivos. POTENCIAIS IMPACTOS A JUSANTE DE BARRAGENS CURSO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA Agência Nacional de Águas – ANA POTENCIAIS IMPACTOS A JUSANTE DE BARRAGENS CURSO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIAOrganização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA Agência Nacional de Águas – ANA POTENCIAIS IMPACTOS A JUSANTE DE BARRAGENS CURSO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA Agência Nacional de Águas – ANA POTENCIAIS IMPACTOS A JUSANTE DE BARRAGENS Barragem de Oroville / Califórnia UHE Itaipú CURSO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA Agência Nacional de Águas – ANA POTENCIAIS IMPACTOS A JUSANTE DE BARRAGENS CURSO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA Agência Nacional de Águas – ANA POTENCIAIS IMPACTOS A JUSANTE DE BARRAGENS CURSO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA Agência Nacional de Águas – ANA Caracterizar as principais feições geomorfológicas; Caracterizar os principais depósitos aluvionares; Caracterizar a vegetação ciliar; Caracterizar os trechos com margens já erodidas ou potencialmente instáveis MONITORAMENTO DAS CONDIÇÕES A JUSANTE ... • Visitas de campo • Imagens de satélite • SIG CURSO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA Agência Nacional de Águas – ANA Geomorfologia e Depósitos Aluvionares Cobertura Vegetal e Vegetação Ciliar MONITORAMENTO DAS CONDIÇÕES A JUSANTE ... CURSO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA Agência Nacional de Águas – ANA A falta de sedimento pela retenção da carga sólida na barragem e o efeito das correntes vão provocando a redução de depósitos em foz de rio, efeitos hoje conhecidos no Rio São Francisco e no Paraíba do Sul. Exemplo do que está acontecendo no delta do Rio Nilo devido a construção de Asswan. EROSÃO NA FOZ DO CURSO D’ÁGUA CURSO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA Agência Nacional de Águas – ANA EROSÃO NA FOZ DO CURSO D’ÁGUA CURSO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIA Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA Agência Nacional de Águas – ANA
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