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HABILIDADES E TÉCNICAS DE DEPILAÇÃO E EPILAÇÃO Paula Andreotti Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer os fundamentos da eletrotermofototerapia na epilação. Aplicar as técnicas de epilação com laser. Utilizar as técnicas de epilação com luz intensa pulsada. Introdução Neste capítulo, você vai estudar sobre a eletrotermofototerapia aplicada à epilação. Em especial, terá informações sobre os fundamentos físicos utilizados para a remoção dos pelos indesejados, como, por exemplo, os efeitos da aplicação da fototermólise, laser e luz intensa pulsada (LIP). Com o avançar dos anos, as técnicas de remoção de pelos estão sendo aprimoradas a fim de satisfazer o cliente em favor não só da es- tética, mas também da higiene. É o caso dos métodos de epilação por eletrotermofototerapia, que têm como objetivo atingir as camadas mais profundas do pelo, promovendo um resultado duradouro. Eletrotermofototerapia na epilação Os pelos estão presentes em praticamente toda região do corpo, mas apresentam características diferentes de acordo com a área em que se localizam, a cor e a espessura. São estruturas que crescem continuamente, mas de forma cíclica, ou seja, há períodos de crescimento intercalados por períodos de repouso: o crescimento do pelo é distribuído em fases. Na fase anágena, verifica-se grande atividade mitótica. É a fase de proli- feração ativa da matriz do pelo. Nessa fase, há também grande concentração de melanina no bulbo piloso, já que o pelo encontra-se ligado à sua matriz. Depois, o pelo desprende-se, configurando a fase catágena: a matriz para de proliferar e se desprende da papila dérmica. Na última fase, a telógena, o pelo é eliminado e fica aderido ao folículo graças à desmogleína. O tempo de cada fase vai variar de acordo com o sexo, idade, localização, ação hormonal e medicamentos (Figura 1). Figura 1. Fases de crescimento do pelo. Fonte: Adaptada de Rivitti (2018, p. 17). Atualmente, os pelos podem ser removidos de quase todas partes do corpo, a depender de critérios médicos, profissionais (esporte), estéticos ou relaciona- dos à higiene. Quando por indicação médica, a remoção dos pelos é essencial para tratamentos para o hirsutismo (desenvolvimento, em mulheres, de pelos em grande quantidade, devido a um desequilíbrio hormonal), hipertricose (aumento indesejado de pelos em grande quantidade, geralmente no rosto) ou pseudofoliculite (distúrbio inflamatório crônico do folículo piloso, formando pápulas inflamatórias). Devido a todos esses fatores, verificamos avanços no campo da depilação. Hoje, podemos contar não só com as técnicas tradicionais de depilação com cera quente ou fria, pinça ou cremes depilatórios, mas também com equipa- mentos que permitem a destruição do pelo em nível profundo, atingindo sua matriz germinativa. O procedimento de depilação faz a retirada da haste do pelo, mantendo sua estrutura nas camadas mais profundas do folículo piloso. A epilação, por outro lado, compreende a retirada dos fios no nível do bulbo capilar. Os proce- Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação2 dimentos com cera e os procedimentos com recursos eletrotermofototerápicos são exemplos de diferentes técnicas de epilação. Entretanto, a utilização dos eletrotermofototerápicos visa apenas a remoção dos pelos, mas destruição de sua matriz germinativa, impedido seu crescimento futuro. A eletrólise foi inventada nos Estados Unidos, em 1875, utilizando-se uma agulha fina que recebia uma descarga elétrica, atingindo a matriz germinativa dos pelos. Com o passar dos anos, a técnica foi sendo adaptada; ainda hoje, muitos profissionais a utilizam remover pelos de forma permanente. O procedimento consiste em introduzir agulhas finas no folículo piloso, a uma profundidade de três a seis milímetros. As agulhas são ligadas a um aparelho de corrente galvânica de baixa intensidade, que provoca a destruição da papila dérmica por queimadura química (alcalina). O polo ativo é negativo, liberando hidróxidos e íons metálicos. Seu efeito terapêutico é a destruição das células germinativas do folículo piloso pela liquefação química causada no local. Após seis semanas, o pelo volta a nascer “mais fraco”; outras sessões são realizadas, até que a matriz do pelo seja totalmente destruída, impedindo-o de crescer. É um método que atinge todos os tipos de pelos (claros e escuros). Os pelos respondem melhor ao tratatamento na fase anágena, já que nela apresentam-se presos à raiz germinativa. Geralmente, mais de uma sessão é necessária para que a raiz seja atingida. A eletrólise tem como desvantagem o tempo de aplicação: a agulha deve ser introduzida em cada folículo piloso. Quanto maior a região tratada, maior o tempo para aplicação. Outra técnica utilizada é a fotodepilação, que consiste na utilização de equipamentos que emitem luz num determinado comprimento de onda (λ). Por meio da fototermólise seletiva, a energia emitida atinge o cromóforo- -alvo (a melanina). A luz é transmitida em calor e percorre o pelo, causando coagulação das proteínas e impedindo a nutrição do folículo piloso. Com isso, a matriz do pelo é destruída. A luz é uma forma de energia gerada, emitida e ou absorvida por átomos ou moléculas. Para emitir energia, os átomos são excitados a um nível muito mais alto do que apresentam em repouso. Com isso, a tendência natural dos átomos é a de livrar-se desse excesso energético, emitindo partículas chamadas de fótons. 3Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação Os equipamentos utilizados para fotodepilação são o laser e a luz intensa pulsada (LIP). Ambos são fontes de energia luminosa, mas apresentam carac- terísticas distintas. A luz do laser possui propriedades únicas que diferem da luz branca; o laser apresenta um comprimento de onda único, o que o torna monocromático. Apresenta-se como um feixe de luz colimado, ou seja, os fótons do laser são paralelos uns aos outros, coerentes (mesma frequência). A luz intensa pulsada, por outro lado, emite uma luz policromática, ou seja, composta por vários comprimentos de onda. Para entender melhor a diferença, observe a Figura 2. Figura 2. Luz intensa pulsada e laser. Fonte: Adaptada de solar22/Shutterstock.com. O termo laser significa light amplification by stimulated emission of ra- diation (amplificação da luz pela emissão estimulada de radiação). O laser possui características únicas, que o diferem da luz branca. Entre elas, podemos destacar: Luz monocromática: feixe único de comprimento de onda em uma só cor, que será visível ou invisível. Coerente: fótons unidirecionais, que viajam no mesmo tempo e espaço como uma unidade de energia única. Colimada: fótons paralelos, que não sofrem divergência. Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação4 Além disso todos os lasers apresentam-se em quatro componentes: Meio: pode ser sólido, líquido ou gasoso. Cavidade óptica: local onde a amplificação é processada. Fonte de energia: o que excita os átomos. Sistema de transmissão de energia: composto de um braço articulado com um espelho ou fibra óptica, garantindo a emissão correta da luz ao alvo. Os parâmetros básicos para a utilização do laser na epilação são o compri- mento de onda (quanto maior o comprimento de onda, maior a penetração); a energia, que é medida em joules (J); a fluência, que representa a quantidade de energia que será entregue ao tecido multiplicada pelo tempo que leva para fazer essa entrega (acúmulo de energia), expressa em J/cm; o tempo de exposição ou duração de pulso, ou seja, o tempo de liberação de energia do laser, que pode durar segundos ou nanossegundos (ms). A luz intensa pulsada (LIP) teve sua aprovação como técnica de remoção de pelos em 2000 pela Food and Drug Administration (FDA). Trata-se de uma fonte de luz de alta intensidade, provenientede uma lâmpada de Xenônio. Diferentemente da luz de laser, a LIP emite uma luz policromática, incoerente e não colimada, ou seja, composta por vários comprimentos de ondas que vão de 515 nm a 1200 nm. Esses comprimentos de onda são selecionados, de acordo com o cromóforo-alvo, por filtro de cristal de quartzo. Na epilação, o cromóforo-alvo é a melanina, sendo o filtro adequado de 695 nm. Utilizando comprimentos de onda específicos, as cores liberadas por essa tecnologia são azul, amarelo, verde e vermelho. Outros parâmetros também são observados na luz intensa pulsada: Energia: quantidade de potência entregue ao tecido em um determinado intervalo de tempo. É medida em Joules (J). Fluência/dose: quantidade de energia liberada sobre a área (cm2), expressa em J/cm2. Tempo de exposição: duração do pulso. Quanto maior for o comprimento de onda dos raios luminosos, maior será a penetração nos tecidos e maior a proteção da camada epidérmica. A maioria dos equipamentos de LIP trabalha com comprimentos de onda medidos em nanômetros (nm), isto é, 1/1.000.000.00 m ou 10‒9 m (bilionésima parte do 5Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação metro). Dessa forma, cada comprimento de onda equivale a uma cor específica. Encontramos várias cores nesse espectro (Quadro 1). Cor λ — comprimento de onda Violeta 380–450 Azul 450–495 Verde 495–570 Amarelo 570–590 Laranja 590–620 Vermelho 620–750 Quadro 1. Comprimento de onda e suas cores A energia elétrica, armazenada pelo equipamento, acionada por um disparo e liberada em fração de segundos, com intensidade (Joules/cm2) e tempo de duração (duração de pulso) previamente programados. Assim, a energia é transmitida para a lâmpada e transformada em calor. A luz emitida pela lâmpada é direcionada para um filtro de corte (cut-off ) responsável por deixar passar apenas o espectro de luz desejado em função da terapia a ser realizada. Dito de outro modo, os filtros funcionam de forma a bloquear a passagem dos espectros de luz não desejados. Os cromóforos-alvo são os responsáveis pela absorção da energia da luz. Na fotodepilação, o cromóforo-alvo é a melanina do pelo: quanto maior a concentração de melanina no pelo, maior será a absorção da luz. Isso também explica por que na fase anágena o resultado da fototerapia é mais pronunciado, já que durante essa fase há maior concentração de melanina no bulbo. Para alcançar a fototermólise seletiva é importante respeitar o tempo de relaxamento térmico (TRT) do cromóforo-alvo, ou seja, a quantidade de tempo necessário para que o cromóforo perca 50% do calor, não causando danos aos tecidos cincundantes. Técnicas de epilação com laser A utilização do laser para epilação é um método que vem ganhando espaço no mercado, por permitir a remoção permanente de pelos ou a remoção tem- Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação6 porária por longo período. O comprimento de onda do laser para epilação é de 700 a 1000 nm. Os disparos são absorvidos pelo cromóforo-alvo melanina sem atingir os tecidos adjacentes; a esse mecanismo, chamamos fototermólise seletiva. A luz do laser, ao atingir a derme, provoca um superaquecimento no pelo pigmentado, levando à desnutrição da matriz germinativa. Como a melanina é encontrada em maior quantidade no bulbo durante a fase anágena, a epilação com laser será efi caz quando atingir o bulbo a uma determinada fl uência e produzir uma temperatura média de 60ºC. Há dois tipos de melanina, eumelania (castanho e preto) e a feomelanina (ruivas e loiras). As pessoas que apresentam pelos castanhos e pretos são mais responsivas ao laser, por apresentar quantidade maior de eumelanina do que feomelanina. Os pelos ruivos e loiros tendem a apresentar apenas de 10 a 15% de redução, por possuírem uma quantidade de maior de feomelanina em relação à eumelanina. Além disso, o tipo de pele em que será aplicado o laser deve ser bem avaliado, já que a cada tipo de pele corresponde um tratamento diferente. Para avaliar o tipo de pele, é utilizado a classificação de Fitzpatrick, que inclui uma avaliação de variáveis genéticas, de reação pós-exposição solar, e histórico de exposição solar prévia. O Quadro 2 apresenta essa classificação. Fonte: Adaptado de Assandre (2013, documento on-line). Fototipo Descrição Sensibilidade I – branca Queima com facilidade e nunca bronzeia Muito sensível II – branca Queima com facilidade e bronzeia muito pouco Sensível III – morena clara Queima e bronzeia moderadamente Normal IV – morena moderada Queima pouco e bronzeia com facilidade Normal V – morena escura Queima raramente e bronzeia bastante Pouco sensível VI – negra Nunca queima e é totalmente pigmentada Muito pouco sensível Quadro 2. Características dos fototipos 7Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação A análise do tipo de pele de quem busca o tratamento para epilação com laser permite entender qual o tratamento indicado e qual a reação esperada. Além disso, permite saber com quais clientes deve-se ter maior cautela e quais podem receber tratamentos mais agressivos. Quanto maior o fototipo da pes- soa, maior será a quantidade de melanina (eumelanina) na superfície da pele. Sendo assim, indíviduos com fototipos altos terão uma absorção maior da energia na superfície da pele e uma menor penetração dessa energia quando comparados aos indivíduos de peles claras. Isso pode descartar o uso de alguns tipos de laser para epilação em fototipos mais altos (fototipo VI), pois o riscos de queimaduras são muito altos. Os lasers encontrados no mercado diferenciam-se entre si pelo comprimento de onda e pelo dispositivo do laser: Laser Rubi de pulso longo (694 nm de comprimento de onda) — tipo de pele predominante: fototipo I a III; Laser de diodo (800 nm de comprimento de onda) — tipo de pele predominante: fototipo I a VI; Laser Alexandrita (75 nm de comprimento de onda) — tipo de pele predominante: fototipo I à IV; Nd. Yag de pulsos longos (1064 nm de comprimento de onda) — tipo de pele predominante: fototipo I a VI. A técnica de aplicação dos lasers pode ser em pulsos ou contínua. Isso depende do tipo de dispositivo que será utilizado. Independentemente da técnica utilizada (pulsos ou contínuo), é importante o contato do spot size na superficie da pele, ou seja, o ângulo ideal entre o feixe de luz e a superfície da pele é de 90º (perpendicular). Caso isso não ocorra, há a possibilidade de interferências nas propriedades do laser: Reflexão: cerca de 4 a 6% da luz natural do laser sofrerá reflexão no estrato córneo, ou seja, quanto mais plana e lisa a superfície, maior será a reflexão. Por isso, é importante o uso dos óculos de proteção, tanto para o cliente como para o profissional que realiza o procedimento. As propriedades térmicas do laser podem causar danos à superfície da pele ou aos olhos. Absorção: processo físico de energia convertida pelo cromóforo-alvo em calor. Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação8 Dispersão: processo físico do laser que sofrerá difração ao atravessar o tecido: por exemplo, o colágeno na derme reduz a fluência que será absorvida pelo tecido-alvo. Transmissão: a energia transmitida para o tecido-alvo vai depender do comprimento de onda; quanto maior o comprimento de onda, maior será a penetração e menor a dispersão. A Figura 3 ilustra a epilação com laser. Figura 3. Epilação com laser. Fonte: Stocked House Studio/Shutterstock.com. O resfriamento da pele é importante para minimizar os danos em sua superfície (epiderme) e o desconforto do térmico do cliente com o trata- mento. Esse resfriamento dá-se pelo gel de contato frio que é aplicado na superfície da pele. Além disso, alguns dispositivos possuem outros sistemas de resfriamento característicos: condução de ar gelado (spray criogênico) ou ponteira de diodo. 9Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação O uso do laser tem as seguintesindicações e contraindicações: Indicações: hipertricose, hirsutismo, pseudofoliculite. Contraindicações: histórico de câncer de pele ou evidência de lesão suspeita, infecção ativa, lúpus, herpes simples, uso de medicamentos fotossensibilizantes, medicamentos imunossupressores, gravidez, lactação, uso de retinoides por via oral. A avaliação do cliente é o primeiro procedimento realizado antes da apli- cação do laser: os locais a ser tratados, o fototipo, a espessura e a cor do pelo são avaliados para que seja determinada a fluência que será utilizada durante o tratamento. Fluência é a quantidade de energia entregue ao tecido-alvo multiplicada pelo tempo necessário para fazer a entrega; a unidade de media é sempre J/cm2. Durante a técnica de aplicação, é importante que os pelos da região não estejam visíveis. O cliente deve fazer o uso da lâmina antes do procedimento. É importante informar ao cliente que, durante todo o tratamento, não se podem empregar outras técnicas epilatórias. O número de sessões pode variar de cinco a dez, realizadas em intervalo de 45 a 60 dias entre elas. Isso porque nem todos os pelos estarão na fase anágena durante o procedimento. Após higienizar a área, aplica-se o gel de contato antes de iniciar-se a epilação, respeitando-se a região determinada. Pode-se demarcar a região com um lápis de olho de cor branca para facilitar a aplicação do laser. O método de aplicação, seja ele pontual ou por varredura, deve ser escolhido levando-se em conta o tipo de aparelho a ser utilizado. Quando o tratamento estiver concluído, o gel em excesso deve ser removido com uma espátula e descartado. A sensação de queimadura após a aplicação é esperada: uma loção hidratante ou calmante e/ou uma bolsa de gelo podem ser fornecidos ao cliente para minimizar o desconforto. Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação10 As técnicas de epilação por fototerapia produzem uma remoção temporária dos pelos ou retardo da fase telógena. Há uma redução permanente de pelos mais escuros. A quantidade de pelos terminais permanece reduzida e estável por um tempo maior que a duração do ciclo de crescimento. Técnicas de luz intensa pulsada para epilação A cor da pele e a cor do pelo são indicativas para uma resposta ao tratamento. Quanto mais clara a pele e mais grosso e escuro for o pelo, melhores serão os resultados, pois os pelos mais escuros e grossos irão absorver maior energia. A classifi cação do tipo de pele também é levada em consideração. Durante a aplicação, uma parte significativa é refletida a partir da superfície da pele. O restante é absorvido pelo cromóforo-alvo. O mecanismo de ação faz-se mediante lesão seletiva no folículo piloso, provocando um superaqueci- mento (acima de 70º) dos pelos pigmentados (maior quantidade de melanina). Isso leva à coagulação e à desnaturação irreversível de proteína, causando a destruição total ou parcial do folículo piloso, o que proporciona uma redução de 25% dos pelos após a sessão. As contraindicações são gravidez, lactação, peles bronzeadas, lesões malignas, tratamento com isotretinoina, medicamen- tos fotossensíveis, doenças de pele, diabetes, feridas abertas, peles tatuadas. O uso dos filtros é medido da seguinte forma: 590nm a 1.200 nm em fototipos I e II ou pelos mais finos; 64 nm a 1.200 nm em fototipos III e IV; 750nm a 1.200 nm em fototipos V e VI ou pelos mais grossos; fluências que variam de 39 J/cm2 a 50 J/cm2 para que se obtenha a coagulação do pelo e posterior resultado. Para equipamentos com aplicadores únicos, a recomendação de uso é a opção pelo modo “remoção de pelos”, com seleção da intensidade conforme o fototipo a ser tratado (que varia de 10 J/cm2 a 22 J/cm2). Seis semanas antes do tratamento e durante toda a sua duração, o paciente não deverá ser utilizar nenhum outro método de epilação, pois o pelo deve estar dentro do folículo para aumentar a absorção da luz e, assim, aumentar a efetividade do procedimento. Os intervalos entre as sessões deverão ser de 30 11Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação dias durante as 3 primeiras sessões. Depois disso, devem ser aumentados para 45 a 60 dias entre as sessões, com pelo menos 8 sessões de aplicação da LIP. Durante a técnica de aplicação, é importante o uso de óculos de proteção, tanto para o cliente como para o profissional que estará realizando o procedi- mento. Isso deve-se à propriedade de reflexão da luz. A região a ser tratada precisa ser previamente higienizada, tendo seus pelos retirados com lâmina. A região pode ser demarcada com um lápis de olho de cor branca. Deve-se passar o gel de contato em toda região demarcada, sobre a qual será aplicada a LIP. O gel é a única fonte de resfriamento ao utilizar-se esse dispositivo. Aplicar duas a três passadas na vertical e horizontal (de acordo com a resposta observada). Após a aplicação, o gel deve ser retirado com a espátula e descartado. Como efeito colateral após a aplicação, é esperado edema perifolicular. Uma loção hidratante ou calmante e/ou uma bolsa de gelo podem ser fornecidos ao cliente para minimizar o desconforto. Finalizar com fator de proteção solar (FPS). 1. Marque o recurso eletrotermofototerápico para remoção de pelos com objetivo de destruição da matriz germinativa do folículo piloso pela emissão de um único comprimento de onda. a) Laser. b) Luz intensa pulsada. c) Eletrólise. d) Led. e) Radiofrequência. 2. A fotodepilação, considerada um dos recursos que garantem uma redução duradoura dos pelos, pode não ser indicada em algumas situações. Assinale a alternativa que corresponde às contraindicações da fotodepilação. a) Foliculite, hipertricose. b) Infecções fúngicas, lesões abertas. c) Hirsutismo e pseudofoliculite. d) Fototipo III. e) Fototipo I e fototipo II. 3. Marque o responsável por absorver a energia ou luz visível nos tratamentos com laser e luz intensa pulsada. a) Água. b) Gel de contato. c) Pele. d) Cromóforos. e) Pelo. 4. Os fótons do laser são paralelos uns aos outros e o diâmetro do feixe tem uma divergência mínima. Como é chamada essa propriedade que permite que a luz laser permaneça em fase por longas distâncias? Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação12 ASSANDRE, J. Com qual protetor devo ir? Beleza se põe na mesa, [S. l.], 17 ago. 2013. Dis- ponível em: <http://esteticaporjeff.blogspot.com/2013/08/com-que-protetor-devo-ir. html>. Acesso em: 20 ago. 2018. RIVITTI, E. A. Dermatologia de Sampaio e Rivitti. 4. ed. São Paulo: Artes Médicas, 2018. Leituras recomendadas ARAÚJO, L. M. de. Fotodepilação: luz intensa pulsada e laser. 2017. 14 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Tecnologia em Estética e Cosmética)-Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2017. Disponível em: http://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/ FOTODEPILACAO-LUZ-INTENSA-PULSADA-E-LASER.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2018. DEPILAÇÃO definitiva a laser: como funciona. Videoaula ministrada por Target Laser Locação. [S. l.], 2014. 1 vídeo (6min25s). Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=w2fK_fiwB_4>. Acesso em: 20 ago. 2018. HILL, P.; OWENS, P. Milady: laser e luz. São Paulo Cengage, 2017. OLIVEIRA, M. A. R. et al. Depilação a laser: revisão de literatura. Revista Saúde em Foco, Amparo, ed. 10, p. 447-454, 2018. Disponível em: http://unifia.edu.br/revista_eletro- nica/revistas/saude_foco/artigos/ano2018/057_DEPILA%C3%87%C3%83O_A_LA- SER_REVIS%C3%83O_DE_LITERATURA.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2018. PEREIRA, M. de F. L. (Org.). Recursos técnicos em estética. v. 2. São Paulo: Difusão; 2013. PEREIRA, S.; MACHADO, S.; SELORES, M. Remoção do pelo na adolescência. Nascer e Crescer, Porto, v. 24, n. 2, p. 70-74, jun. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.mec. pt/pdf/nas/v24n2/v24n2a04.pdf>. Acesso em: 16 ago. 2018. TIGRINHO, M. M. A evolução da depilação e método inovador através da luz intensa pulsada. 2017. 14 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Tecnologia em Estética e Cosmética)- -UniversidadeTuiuti do Paraná, Curitiba, 2017. Disponível em: <http://tcconline.utp. br/media/tcc/2017/05/A-EVOLUCAO-DA-DEPILACAO.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2018. a) Energia monocromática. b) Energia coerente. c) Alta energia. d) Energia colimada. e) Energia transmitida. 5. Como se chama a destruição seletiva de um cromóforo mediante o uso do comprimento de onda apropriado, em tempo de exposição e duração de pulso corretos, com fluência suficiente? a) Fototermólise seletiva. b) Tempo de relaxamento térmico. c) Efeito Joule. d) Coeficiente de absorção. e) Energia transmitida. 13Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação http://esteticaporjeff.blogspot.com/2013/08/com-que-protetor-devo-ir. http://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/ https://www.youtube.com/ http://unifia.edu.br/revista_eletro- http://www.scielo.mec/ http://tcconline.utp/ Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Conteúdo:
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