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Recursos eletrotermofototerapicos aplicados na epilacao

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HABILIDADES E 
TÉCNICAS DE 
DEPILAÇÃO E 
EPILAÇÃO
Paula Andreotti
 
Recursos 
eletrotermofototerápicos 
aplicados na epilação
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer os fundamentos da eletrotermofototerapia na epilação.
  Aplicar as técnicas de epilação com laser.
  Utilizar as técnicas de epilação com luz intensa pulsada.
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar sobre a eletrotermofototerapia aplicada 
à epilação. Em especial, terá informações sobre os fundamentos físicos 
utilizados para a remoção dos pelos indesejados, como, por exemplo, 
os efeitos da aplicação da fototermólise, laser e luz intensa pulsada (LIP).
Com o avançar dos anos, as técnicas de remoção de pelos estão 
sendo aprimoradas a fim de satisfazer o cliente em favor não só da es-
tética, mas também da higiene. É o caso dos métodos de epilação por 
eletrotermofototerapia, que têm como objetivo atingir as camadas mais 
profundas do pelo, promovendo um resultado duradouro.
Eletrotermofototerapia na epilação
Os pelos estão presentes em praticamente toda região do corpo, mas apresentam 
características diferentes de acordo com a área em que se localizam, a cor e a 
espessura. São estruturas que crescem continuamente, mas de forma cíclica, 
ou seja, há períodos de crescimento intercalados por períodos de repouso: o 
crescimento do pelo é distribuído em fases.
Na fase anágena, verifica-se grande atividade mitótica. É a fase de proli-
feração ativa da matriz do pelo. Nessa fase, há também grande concentração 
de melanina no bulbo piloso, já que o pelo encontra-se ligado à sua matriz. 
Depois, o pelo desprende-se, configurando a fase catágena: a matriz para 
de proliferar e se desprende da papila dérmica. Na última fase, a telógena, o 
pelo é eliminado e fica aderido ao folículo graças à desmogleína. O tempo de 
cada fase vai variar de acordo com o sexo, idade, localização, ação hormonal 
e medicamentos (Figura 1).
Figura 1. Fases de crescimento do pelo.
Fonte: Adaptada de Rivitti (2018, p. 17).
Atualmente, os pelos podem ser removidos de quase todas partes do corpo, 
a depender de critérios médicos, profissionais (esporte), estéticos ou relaciona-
dos à higiene. Quando por indicação médica, a remoção dos pelos é essencial 
para tratamentos para o hirsutismo (desenvolvimento, em mulheres, de pelos 
em grande quantidade, devido a um desequilíbrio hormonal), hipertricose 
(aumento indesejado de pelos em grande quantidade, geralmente no rosto) ou 
pseudofoliculite (distúrbio inflamatório crônico do folículo piloso, formando 
pápulas inflamatórias).
Devido a todos esses fatores, verificamos avanços no campo da depilação. 
Hoje, podemos contar não só com as técnicas tradicionais de depilação com 
cera quente ou fria, pinça ou cremes depilatórios, mas também com equipa-
mentos que permitem a destruição do pelo em nível profundo, atingindo sua 
matriz germinativa.
O procedimento de depilação faz a retirada da haste do pelo, mantendo 
sua estrutura nas camadas mais profundas do folículo piloso. A epilação, por 
outro lado, compreende a retirada dos fios no nível do bulbo capilar. Os proce-
Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação2
dimentos com cera e os procedimentos com recursos eletrotermofototerápicos 
são exemplos de diferentes técnicas de epilação. Entretanto, a utilização dos 
eletrotermofototerápicos visa apenas a remoção dos pelos, mas destruição de 
sua matriz germinativa, impedido seu crescimento futuro.
A eletrólise foi inventada nos Estados Unidos, em 1875, utilizando-se uma 
agulha fina que recebia uma descarga elétrica, atingindo a matriz germinativa 
dos pelos. Com o passar dos anos, a técnica foi sendo adaptada; ainda hoje, 
muitos profissionais a utilizam remover pelos de forma permanente.
O procedimento consiste em introduzir agulhas finas no folículo piloso, 
a uma profundidade de três a seis milímetros. As agulhas são ligadas a um 
aparelho de corrente galvânica de baixa intensidade, que provoca a destruição 
da papila dérmica por queimadura química (alcalina). O polo ativo é negativo, 
liberando hidróxidos e íons metálicos. Seu efeito terapêutico é a destruição das 
células germinativas do folículo piloso pela liquefação química causada no 
local. Após seis semanas, o pelo volta a nascer “mais fraco”; outras sessões 
são realizadas, até que a matriz do pelo seja totalmente destruída, impedindo-o 
de crescer. É um método que atinge todos os tipos de pelos (claros e escuros). 
Os pelos respondem melhor ao tratatamento na fase anágena, já que nela 
apresentam-se presos à raiz germinativa. Geralmente, mais de uma sessão é 
necessária para que a raiz seja atingida. 
A eletrólise tem como desvantagem o tempo de aplicação: a agulha deve ser introduzida 
em cada folículo piloso. Quanto maior a região tratada, maior o tempo para aplicação.
Outra técnica utilizada é a fotodepilação, que consiste na utilização de 
equipamentos que emitem luz num determinado comprimento de onda (λ). 
Por meio da fototermólise seletiva, a energia emitida atinge o cromóforo-
-alvo (a melanina). A luz é transmitida em calor e percorre o pelo, causando 
coagulação das proteínas e impedindo a nutrição do folículo piloso. Com isso, 
a matriz do pelo é destruída.
A luz é uma forma de energia gerada, emitida e ou absorvida por átomos ou 
moléculas. Para emitir energia, os átomos são excitados a um nível muito mais 
alto do que apresentam em repouso. Com isso, a tendência natural dos átomos é 
a de livrar-se desse excesso energético, emitindo partículas chamadas de fótons. 
3Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação
Os equipamentos utilizados para fotodepilação são o laser e a luz intensa 
pulsada (LIP). Ambos são fontes de energia luminosa, mas apresentam carac-
terísticas distintas. A luz do laser possui propriedades únicas que diferem da 
luz branca; o laser apresenta um comprimento de onda único, o que o torna 
monocromático. Apresenta-se como um feixe de luz colimado, ou seja, os 
fótons do laser são paralelos uns aos outros, coerentes (mesma frequência). 
A luz intensa pulsada, por outro lado, emite uma luz policromática, ou seja, 
composta por vários comprimentos de onda. Para entender melhor a diferença, 
observe a Figura 2.
Figura 2. Luz intensa pulsada e laser.
Fonte: Adaptada de solar22/Shutterstock.com.
O termo laser significa light amplification by stimulated emission of ra-
diation (amplificação da luz pela emissão estimulada de radiação). O laser 
possui características únicas, que o diferem da luz branca. Entre elas, podemos 
destacar:
  Luz monocromática: feixe único de comprimento de onda em uma só 
cor, que será visível ou invisível.
  Coerente: fótons unidirecionais, que viajam no mesmo tempo e espaço 
como uma unidade de energia única.
  Colimada: fótons paralelos, que não sofrem divergência.
Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação4
Além disso todos os lasers apresentam-se em quatro componentes: 
  Meio: pode ser sólido, líquido ou gasoso.
  Cavidade óptica: local onde a amplificação é processada.
  Fonte de energia: o que excita os átomos.
  Sistema de transmissão de energia: composto de um braço articulado 
com um espelho ou fibra óptica, garantindo a emissão correta da luz 
ao alvo.
Os parâmetros básicos para a utilização do laser na epilação são o compri-
mento de onda (quanto maior o comprimento de onda, maior a penetração); a 
energia, que é medida em joules (J); a fluência, que representa a quantidade 
de energia que será entregue ao tecido multiplicada pelo tempo que leva 
para fazer essa entrega (acúmulo de energia), expressa em J/cm; o tempo de 
exposição ou duração de pulso, ou seja, o tempo de liberação de energia do 
laser, que pode durar segundos ou nanossegundos (ms).
A luz intensa pulsada (LIP) teve sua aprovação como técnica de remoção 
de pelos em 2000 pela Food and Drug Administration (FDA). Trata-se de uma 
fonte de luz de alta intensidade, provenientede uma lâmpada de Xenônio. 
Diferentemente da luz de laser, a LIP emite uma luz policromática, incoerente 
e não colimada, ou seja, composta por vários comprimentos de ondas que 
vão de 515 nm a 1200 nm. Esses comprimentos de onda são selecionados, de 
acordo com o cromóforo-alvo, por filtro de cristal de quartzo. Na epilação, o 
cromóforo-alvo é a melanina, sendo o filtro adequado de 695 nm. Utilizando 
comprimentos de onda específicos, as cores liberadas por essa tecnologia são 
azul, amarelo, verde e vermelho.
Outros parâmetros também são observados na luz intensa pulsada: 
  Energia: quantidade de potência entregue ao tecido em um determinado 
intervalo de tempo. É medida em Joules (J).
  Fluência/dose: quantidade de energia liberada sobre a área (cm2), 
expressa em J/cm2. 
  Tempo de exposição: duração do pulso.
Quanto maior for o comprimento de onda dos raios luminosos, maior será 
a penetração nos tecidos e maior a proteção da camada epidérmica. A maioria 
dos equipamentos de LIP trabalha com comprimentos de onda medidos em 
nanômetros (nm), isto é, 1/1.000.000.00 m ou 10‒9 m (bilionésima parte do 
5Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação
metro). Dessa forma, cada comprimento de onda equivale a uma cor específica. 
Encontramos várias cores nesse espectro (Quadro 1).
Cor λ — comprimento de onda
Violeta 380–450
Azul 450–495
Verde 495–570
Amarelo 570–590
Laranja 590–620
Vermelho 620–750
Quadro 1. Comprimento de onda e suas cores
A energia elétrica, armazenada pelo equipamento, acionada por um disparo e 
liberada em fração de segundos, com intensidade (Joules/cm2) e tempo de duração 
(duração de pulso) previamente programados. Assim, a energia é transmitida para 
a lâmpada e transformada em calor. A luz emitida pela lâmpada é direcionada para 
um filtro de corte (cut-off ) responsável por deixar passar apenas o espectro de 
luz desejado em função da terapia a ser realizada. Dito de outro modo, os filtros 
funcionam de forma a bloquear a passagem dos espectros de luz não desejados.
Os cromóforos-alvo são os responsáveis pela absorção da energia da luz. 
Na fotodepilação, o cromóforo-alvo é a melanina do pelo: quanto maior a 
concentração de melanina no pelo, maior será a absorção da luz. Isso também 
explica por que na fase anágena o resultado da fototerapia é mais pronunciado, 
já que durante essa fase há maior concentração de melanina no bulbo.
Para alcançar a fototermólise seletiva é importante respeitar o tempo de 
relaxamento térmico (TRT) do cromóforo-alvo, ou seja, a quantidade de tempo 
necessário para que o cromóforo perca 50% do calor, não causando danos aos 
tecidos cincundantes.
Técnicas de epilação com laser
A utilização do laser para epilação é um método que vem ganhando espaço 
no mercado, por permitir a remoção permanente de pelos ou a remoção tem-
Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação6
porária por longo período. O comprimento de onda do laser para epilação é 
de 700 a 1000 nm. Os disparos são absorvidos pelo cromóforo-alvo melanina 
sem atingir os tecidos adjacentes; a esse mecanismo, chamamos fototermólise 
seletiva. A luz do laser, ao atingir a derme, provoca um superaquecimento 
no pelo pigmentado, levando à desnutrição da matriz germinativa. Como a 
melanina é encontrada em maior quantidade no bulbo durante a fase anágena, 
a epilação com laser será efi caz quando atingir o bulbo a uma determinada 
fl uência e produzir uma temperatura média de 60ºC.
Há dois tipos de melanina, eumelania (castanho e preto) e a feomelanina 
(ruivas e loiras). As pessoas que apresentam pelos castanhos e pretos são mais 
responsivas ao laser, por apresentar quantidade maior de eumelanina do que 
feomelanina. Os pelos ruivos e loiros tendem a apresentar apenas de 10 a 
15% de redução, por possuírem uma quantidade de maior de feomelanina em 
relação à eumelanina. Além disso, o tipo de pele em que será aplicado o laser 
deve ser bem avaliado, já que a cada tipo de pele corresponde um tratamento 
diferente. Para avaliar o tipo de pele, é utilizado a classificação de Fitzpatrick, 
que inclui uma avaliação de variáveis genéticas, de reação pós-exposição solar, 
e histórico de exposição solar prévia. O Quadro 2 apresenta essa classificação.
Fonte: Adaptado de Assandre (2013, documento on-line).
Fototipo Descrição Sensibilidade
I – branca Queima com facilidade 
e nunca bronzeia
Muito sensível
II – branca Queima com facilidade e 
bronzeia muito pouco
Sensível
III – morena clara Queima e bronzeia 
moderadamente
Normal
IV – morena 
moderada
Queima pouco e bronzeia 
com facilidade
Normal
V – morena escura Queima raramente e 
bronzeia bastante
Pouco sensível
VI – negra Nunca queima e é 
totalmente pigmentada
Muito pouco sensível
Quadro 2. Características dos fototipos
7Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação
A análise do tipo de pele de quem busca o tratamento para epilação com 
laser permite entender qual o tratamento indicado e qual a reação esperada. 
Além disso, permite saber com quais clientes deve-se ter maior cautela e quais 
podem receber tratamentos mais agressivos. Quanto maior o fototipo da pes-
soa, maior será a quantidade de melanina (eumelanina) na superfície da pele.
Sendo assim, indíviduos com fototipos altos terão uma absorção maior da 
energia na superfície da pele e uma menor penetração dessa energia quando 
comparados aos indivíduos de peles claras. Isso pode descartar o uso de alguns 
tipos de laser para epilação em fototipos mais altos (fototipo VI), pois o riscos 
de queimaduras são muito altos.
Os lasers encontrados no mercado diferenciam-se entre si pelo comprimento 
de onda e pelo dispositivo do laser: 
  Laser Rubi de pulso longo (694 nm de comprimento de onda) — tipo 
de pele predominante: fototipo I a III;
  Laser de diodo (800 nm de comprimento de onda) — tipo de pele 
predominante: fototipo I a VI;
  Laser Alexandrita (75 nm de comprimento de onda) — tipo de pele 
predominante: fototipo I à IV;
  Nd. Yag de pulsos longos (1064 nm de comprimento de onda) — tipo 
de pele predominante: fototipo I a VI.
A técnica de aplicação dos lasers pode ser em pulsos ou contínua. Isso 
depende do tipo de dispositivo que será utilizado. Independentemente da 
técnica utilizada (pulsos ou contínuo), é importante o contato do spot size na 
superficie da pele, ou seja, o ângulo ideal entre o feixe de luz e a superfície 
da pele é de 90º (perpendicular). Caso isso não ocorra, há a possibilidade de 
interferências nas propriedades do laser:
  Reflexão: cerca de 4 a 6% da luz natural do laser sofrerá reflexão no 
estrato córneo, ou seja, quanto mais plana e lisa a superfície, maior será 
a reflexão. Por isso, é importante o uso dos óculos de proteção, tanto 
para o cliente como para o profissional que realiza o procedimento. 
As propriedades térmicas do laser podem causar danos à superfície 
da pele ou aos olhos.
  Absorção: processo físico de energia convertida pelo cromóforo-alvo 
em calor.
Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação8
  Dispersão: processo físico do laser que sofrerá difração ao atravessar 
o tecido: por exemplo, o colágeno na derme reduz a fluência que será 
absorvida pelo tecido-alvo.
  Transmissão: a energia transmitida para o tecido-alvo vai depender 
do comprimento de onda; quanto maior o comprimento de onda, maior 
será a penetração e menor a dispersão.
A Figura 3 ilustra a epilação com laser.
Figura 3. Epilação com laser.
Fonte: Stocked House Studio/Shutterstock.com.
O resfriamento da pele é importante para minimizar os danos em sua 
superfície (epiderme) e o desconforto do térmico do cliente com o trata-
mento. Esse resfriamento dá-se pelo gel de contato frio que é aplicado na 
superfície da pele. Além disso, alguns dispositivos possuem outros sistemas 
de resfriamento característicos: condução de ar gelado (spray criogênico) 
ou ponteira de diodo.
9Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação
O uso do laser tem as seguintesindicações e contraindicações:
Indicações: hipertricose, hirsutismo, pseudofoliculite.
Contraindicações: histórico de câncer de pele ou evidência de lesão suspeita, 
infecção ativa, lúpus, herpes simples, uso de medicamentos fotossensibilizantes, 
medicamentos imunossupressores, gravidez, lactação, uso de retinoides por via oral.
A avaliação do cliente é o primeiro procedimento realizado antes da apli-
cação do laser: os locais a ser tratados, o fototipo, a espessura e a cor do pelo 
são avaliados para que seja determinada a fluência que será utilizada durante 
o tratamento.
Fluência é a quantidade de energia entregue ao tecido-alvo multiplicada pelo tempo 
necessário para fazer a entrega; a unidade de media é sempre J/cm2.
Durante a técnica de aplicação, é importante que os pelos da região não 
estejam visíveis. O cliente deve fazer o uso da lâmina antes do procedimento. 
É importante informar ao cliente que, durante todo o tratamento, não se podem 
empregar outras técnicas epilatórias. O número de sessões pode variar de cinco 
a dez, realizadas em intervalo de 45 a 60 dias entre elas. Isso porque nem todos 
os pelos estarão na fase anágena durante o procedimento. Após higienizar a 
área, aplica-se o gel de contato antes de iniciar-se a epilação, respeitando-se 
a região determinada. Pode-se demarcar a região com um lápis de olho de 
cor branca para facilitar a aplicação do laser. O método de aplicação, seja ele 
pontual ou por varredura, deve ser escolhido levando-se em conta o tipo de 
aparelho a ser utilizado.
Quando o tratamento estiver concluído, o gel em excesso deve ser removido 
com uma espátula e descartado. A sensação de queimadura após a aplicação 
é esperada: uma loção hidratante ou calmante e/ou uma bolsa de gelo podem 
ser fornecidos ao cliente para minimizar o desconforto.
Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação10
As técnicas de epilação por fototerapia produzem uma remoção temporária dos pelos 
ou retardo da fase telógena. Há uma redução permanente de pelos mais escuros. A 
quantidade de pelos terminais permanece reduzida e estável por um tempo maior 
que a duração do ciclo de crescimento.
Técnicas de luz intensa pulsada para epilação
A cor da pele e a cor do pelo são indicativas para uma resposta ao tratamento. 
Quanto mais clara a pele e mais grosso e escuro for o pelo, melhores serão os 
resultados, pois os pelos mais escuros e grossos irão absorver maior energia. 
A classifi cação do tipo de pele também é levada em consideração.
Durante a aplicação, uma parte significativa é refletida a partir da superfície 
da pele. O restante é absorvido pelo cromóforo-alvo. O mecanismo de ação 
faz-se mediante lesão seletiva no folículo piloso, provocando um superaqueci-
mento (acima de 70º) dos pelos pigmentados (maior quantidade de melanina). 
Isso leva à coagulação e à desnaturação irreversível de proteína, causando a 
destruição total ou parcial do folículo piloso, o que proporciona uma redução 
de 25% dos pelos após a sessão. As contraindicações são gravidez, lactação, 
peles bronzeadas, lesões malignas, tratamento com isotretinoina, medicamen-
tos fotossensíveis, doenças de pele, diabetes, feridas abertas, peles tatuadas.
O uso dos filtros é medido da seguinte forma: 
  590nm a 1.200 nm em fototipos I e II ou pelos mais finos; 
  64 nm a 1.200 nm em fototipos III e IV; 
  750nm a 1.200 nm em fototipos V e VI ou pelos mais grossos; 
  fluências que variam de 39 J/cm2 a 50 J/cm2 para que se obtenha a 
coagulação do pelo e posterior resultado. 
Para equipamentos com aplicadores únicos, a recomendação de uso é a 
opção pelo modo “remoção de pelos”, com seleção da intensidade conforme 
o fototipo a ser tratado (que varia de 10 J/cm2 a 22 J/cm2).
Seis semanas antes do tratamento e durante toda a sua duração, o paciente 
não deverá ser utilizar nenhum outro método de epilação, pois o pelo deve 
estar dentro do folículo para aumentar a absorção da luz e, assim, aumentar a 
efetividade do procedimento. Os intervalos entre as sessões deverão ser de 30 
11Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação
dias durante as 3 primeiras sessões. Depois disso, devem ser aumentados para 
45 a 60 dias entre as sessões, com pelo menos 8 sessões de aplicação da LIP.
Durante a técnica de aplicação, é importante o uso de óculos de proteção, 
tanto para o cliente como para o profissional que estará realizando o procedi-
mento. Isso deve-se à propriedade de reflexão da luz. A região a ser tratada 
precisa ser previamente higienizada, tendo seus pelos retirados com lâmina. 
A região pode ser demarcada com um lápis de olho de cor branca. Deve-se 
passar o gel de contato em toda região demarcada, sobre a qual será aplicada 
a LIP. O gel é a única fonte de resfriamento ao utilizar-se esse dispositivo.
Aplicar duas a três passadas na vertical e horizontal (de acordo com a resposta 
observada). Após a aplicação, o gel deve ser retirado com a espátula e descartado. 
Como efeito colateral após a aplicação, é esperado edema perifolicular. Uma 
loção hidratante ou calmante e/ou uma bolsa de gelo podem ser fornecidos ao 
cliente para minimizar o desconforto. Finalizar com fator de proteção solar (FPS).
1. Marque o recurso 
eletrotermofototerápico para 
remoção de pelos com objetivo de 
destruição da matriz germinativa 
do folículo piloso pela emissão de 
um único comprimento de onda.
a) Laser.
b) Luz intensa pulsada.
c) Eletrólise.
d) Led.
e) Radiofrequência.
2. A fotodepilação, considerada 
um dos recursos que garantem 
uma redução duradoura dos 
pelos, pode não ser indicada em 
algumas situações. Assinale a 
alternativa que corresponde às 
contraindicações da fotodepilação.
a) Foliculite, hipertricose.
b) Infecções fúngicas, 
lesões abertas.
c) Hirsutismo e pseudofoliculite.
d) Fototipo III.
e) Fototipo I e fototipo II.
3. Marque o responsável por 
absorver a energia ou luz 
visível nos tratamentos com 
laser e luz intensa pulsada.
a) Água.
b) Gel de contato.
c) Pele.
d) Cromóforos.
e) Pelo.
4. Os fótons do laser são paralelos uns 
aos outros e o diâmetro do feixe 
tem uma divergência mínima. Como 
é chamada essa propriedade que 
permite que a luz laser permaneça 
em fase por longas distâncias?
Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação12
ASSANDRE, J. Com qual protetor devo ir? Beleza se põe na mesa, [S. l.], 17 ago. 2013. Dis-
ponível em: <http://esteticaporjeff.blogspot.com/2013/08/com-que-protetor-devo-ir.
html>. Acesso em: 20 ago. 2018.
RIVITTI, E. A. Dermatologia de Sampaio e Rivitti. 4. ed. São Paulo: Artes Médicas, 2018.
Leituras recomendadas
ARAÚJO, L. M. de. Fotodepilação: luz intensa pulsada e laser. 2017. 14 f. Trabalho de 
Conclusão de Curso (Tecnologia em Estética e Cosmética)-Universidade Tuiuti do 
Paraná, Curitiba, 2017. Disponível em: http://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/
FOTODEPILACAO-LUZ-INTENSA-PULSADA-E-LASER.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2018.
DEPILAÇÃO definitiva a laser: como funciona. Videoaula ministrada por Target Laser 
Locação. [S. l.], 2014. 1 vídeo (6min25s). Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=w2fK_fiwB_4>. Acesso em: 20 ago. 2018.
HILL, P.; OWENS, P. Milady: laser e luz. São Paulo Cengage, 2017.
OLIVEIRA, M. A. R. et al. Depilação a laser: revisão de literatura. Revista Saúde em Foco, 
Amparo, ed. 10, p. 447-454, 2018. Disponível em: http://unifia.edu.br/revista_eletro-
nica/revistas/saude_foco/artigos/ano2018/057_DEPILA%C3%87%C3%83O_A_LA-
SER_REVIS%C3%83O_DE_LITERATURA.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2018.
PEREIRA, M. de F. L. (Org.). Recursos técnicos em estética. v. 2. São Paulo: Difusão; 2013.
PEREIRA, S.; MACHADO, S.; SELORES, M. Remoção do pelo na adolescência. Nascer e 
Crescer, Porto, v. 24, n. 2, p. 70-74, jun. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.mec.
pt/pdf/nas/v24n2/v24n2a04.pdf>. Acesso em: 16 ago. 2018.
TIGRINHO, M. M. A evolução da depilação e método inovador através da luz intensa pulsada. 
2017. 14 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Tecnologia em Estética e Cosmética)-
-UniversidadeTuiuti do Paraná, Curitiba, 2017. Disponível em: <http://tcconline.utp.
br/media/tcc/2017/05/A-EVOLUCAO-DA-DEPILACAO.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2018.
a) Energia monocromática.
b) Energia coerente.
c) Alta energia.
d) Energia colimada.
e) Energia transmitida.
5. Como se chama a destruição 
seletiva de um cromóforo 
mediante o uso do comprimento 
de onda apropriado, em tempo 
de exposição e duração de pulso 
corretos, com fluência suficiente?
a) Fototermólise seletiva.
b) Tempo de relaxamento térmico.
c) Efeito Joule.
d) Coeficiente de absorção.
e) Energia transmitida.
13Recursos eletrotermofototerápicos aplicados na epilação
http://esteticaporjeff.blogspot.com/2013/08/com-que-protetor-devo-ir.
http://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/
https://www.youtube.com/
http://unifia.edu.br/revista_eletro-
http://www.scielo.mec/
http://tcconline.utp/
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
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