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laserterapia 2020

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Brasília-DF. 
Laserterapia: Led, Lip, diodo, Q-switch, 
Érbium, co2 Fracionado, nd-Yag, 
nd-Yap e aLexandrite
Elaboração
Taís Amadio Menegat
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 5
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 6
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
LASERTERAPIA ........................................................................................................................................ 9
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À LASERTERAPIA ................................................................................................. 9
CAPÍTULO 2
TIPOS DE LASER ...................................................................................................................... 28
UNIDADE II
TRATAMENTO DE REJUVENESCIMENTO COM LASER .............................................................................. 40
CAPÍTULO 1
RESURFACING – LASER CO2 ................................................................................................... 40
CAPÍTULO 2
TRATAMENTO VASCULAR COM LASER ..................................................................................... 52
CAPÍTULO 3
TRATAMENTO DE LESÕES PIGMENTADAS COM LASER .............................................................. 64
UNIDADE III
TRATAMENTO DE REMOÇÃO DE TATUAGEM ......................................................................................... 73
CAPÍTULO 1
TRATAMENTO DE REMOÇÃO DE TATUAGEM ........................................................................... 73
CAPÍTULO 2
TRATAMENTO DE REMOÇÃO DE PELOS COM LASER ................................................................ 80
UNIDADE IV
TRATAMENTO DE ESTRIAS, CICATRIZ DE ACNE COM LASER.................................................................... 97
CAPÍTULO 1
TRATAMENTO DE ESTRIAS, CICATRIZ DE ACNE COM LASER ...................................................... 97
CAPÍTULO 2
TRATAMENTO DE HIPERHIDROSE ............................................................................................ 102
CAPÍTULO 3
LUZ INTENSA PULSADA – LIP ................................................................................................... 106
UNIDADE V
LIGHT EMITTING DIODES .................................................................................................................... 117
CAPÍTULO 1
LEDS (LIGHT EMITTING DIODES) ............................................................................................. 117
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 128
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade 
dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos 
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém 
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a 
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar 
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para 
aprofundar os estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de 
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Praticando
Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer 
o processo de aprendizagem do aluno.
7
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não 
há registro de menção).
Avaliação Final
Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso, 
que visam verificar a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única 
atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber 
se pode ou não receber a certificação.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
8
Introdução
Convido você a vir mergulhar no mundo mágico do Laser. Nas próximas páginas você 
poderá aprender como agregar todos os benefícios terapêuticos e fisiológicos dessa 
técnica em distúrbios como: pré e pós-operatório de cirurgia plástica, anti-aging, 
estrias, psoríase, olheiras, entre outras disfunções. A técnica aplicada nesta apostila é o 
modelo mais atual do mercado.
Objetivos
 » Obter a Introdução aos Lasers e LED’s, aprendendo sobre os componentes 
dos Lasers e LED’s; dosimentria; propriedades ópticas da pele; interação 
Laser Tecido; fototermólise seletiva; dano térmico; parâmetros; 
comprimento de onda; spot size; duração do pulso e resfriamento da pele.
 » Promover o conhecimento fisiológico, farmacológico e terapêutico dos 
Lasers Ablativos (Vaporização CO2 e Érbio, Resurfacing, Lasers Não 
Ablativo).
 » Compreender a aplicação e o mecanismo dos lasers nos tratamentos de 
lesões Vasculares Cutâneas, Lesões Pigmentadas, Remoção de Tatuagens, 
Disfunções Estéticas.
 » Compreender a aplicação e o mecanismo do uso do LED no 
Rejuvenescimento.
9
UNIDADE ILASERTERAPIA
CAPÍTULO 1
Introdução à laserterapia
Introdução
Em 1917, Albert Einstein publicou a teoria quântica que elucidava os princípios da emissão 
de radiação espontânea e estimulada. “Luz é um sistema extremamente complexo de 
energia radiante que é composto por fótons (unidade fundamental de energia) e ondas. 
Está organizado dentro do espectro eletromagnético para o tamanho (comprimento)das ondas, frequentemente medida em metros de frações.”. (BAGNATO, 2005)
O inicial e verdadeiro laser, foi Laser de Ruby desenvolvido em 1960, por Theodore 
Maiman trabalhando para a Hughes Corporation, o primeiro MASER ótico, e 
sugeriu o nome de LOSER (LIGHT OSCILLATION BY STIMULATED EMISSION 
OF RADIATION), mas como LOSER, em inglês, significa perdedor, foi trocado para 
LASER (LIGHT AMPLIFICATION BY STIMULATED EMISSION OF RADIATION ─ 
Amplificação da luz por emissão estimulada de radiação). Em julho de 1960 Theodore 
Maimann anunciou o primeiro laser, sendo de Rubi. Em 1961, foi desenvolvido o Laser 
Hélio-Neônio por Javan e Nd:YAG por Johnson. Em 1962 foi desenvolvido o Laser de 
Argônio por Bennet, e em 1964 foi desenvolvido o laser Dióxido de Carbono por Patel 
(GRINBLAT; MAKARON, 2003).
O laser é destinado à amplificação da luz por meio da estimulação de emissão de radiação, 
e existe um processo físico pelo qual um laser produz luz. Os lasers são fontes únicas 
de luz estabelecidas no processo de emissão estimulada. Uma discussão dos princípios 
do laser começa com a formulação dos princípios de radiação eletromagnética feita 
por Einstein. A radiação eletromagnética é uma forma básica de energia que pode 
exibir ondas e propriedades de partículas. Um “quantum” de energia eletromagnética 
chamada fóton pode estimular um átomo excitado para emitir outro fóton com a mesma 
10
UNIDADE I │ LASERTERAPIA
energia. Os fótons resultantes têm energia e tamanho de ondas iguais e estão em fase 
(temporal e espacial). (PATRIOTA, 2007)
Em 1960, Theodore Maiman observou a estimulação de uma luz vermelha numa 
lâmpada de flash excitada por um cristal de Rubi. No início dos anos de 1960 o 
Dr. Leon Goldman tornou-se o primeiro médico a utilizar o laser em humanos. Quatro 
componentes essenciais formam os sistemas de todos os lasers: 
 » meio líquido, sólido ou gasoso que possam ser excitados para emitir a luz 
do laser;
 » uma fonte de energia para excitar o meio; 
 » espelhos nos finais do laser, formando a “cavidade”; 
 » um sistema de entrega. 
(VLADIMIROV et al, 2004)
Em 1973, Heinrich Plogg de Fort Coulombe, Canadá, apresentou um trabalho sobre 
“O uso do laser em acupuntura sem agulhas”, para atenuação de dores. A partir do 
final dessa década, começaram a ser desenvolvidos lasers de Diodo, dando origem ao 
primeiro Diodo operando na região do infravermelho próximo (904 nm), constituído 
por um cristal de arseneto de gálio (As-Ga). (ALMEIDA-LOPES, 2002)
Em 1981, apareceu pela primeira vez o relato da aplicação clínica de um laser de Diodo 
de As-Ga-Al, publicado por Glen Calderhead, Japão, utilizando um laser de Nd:YAG, 
operando em 1064nm.
A partir dos anos de 1990, diferentes dopantes (agente dopante = impureza que altera 
as propriedades de uma substância pura) foram introduzidos visando à obtenção de 
lasers de Diodos diferentes, capazes de gerar comprimentos de ondas diversas. Com a 
disponibilização dessa tecnologia, hoje podemos contar com aparelhos pequenos, de 
fácil manuseio e transporte, com alta durabilidade e baixo custo.
Bases físicas do laser
A luz pode ser descrita como uma emissão eletromagnética, e, como tal, tem 
algumas características que a identifica plenamente. Essas emissões são conhecidas, 
genericamente, por radiações ou ondas eletromagnéticas, e estão contidas em uma 
grande faixa, que está subdividida de acordo com algumas características físicas 
peculiares. Existem as que não podemos ver, tais como as ondas de rádio AM e FM, e 
11
LASERTERAPIA │ UNIDADE I
aquelas que podemos ver, as luminosas, compostas por fótons, tais como a luz emitida 
pelas lâmpadas dos lustres das casas (GRINBLAT; MAKARON, 2003).
As emissões estão organizadas no Espectro de Radiações Eletromagnéticas, baseado 
em uma característica particular: o Comprimento de Onda. Esse espectro é composto 
por radiações infravermelhas, radiações visíveis, radiações ultravioletas, radiações 
ionizantes. Os lasers utilizados para tratamento médico emitem radiações que estão 
situadas na faixa das radiações visíveis, infravermelha e ultravioleta, e não são 
ionizantes. (BAGNATO, 2005)
Figura 1. Espectro eletromagnético. I.
Fonte: Peter Hermes Furian / Shutterstock.com.
Na escala de comprimento de onda, abaixo da faixa de emissões que chamamos 
de “visível”, temos o ultravioleta, que é uma faixa muito ampla. A emissão 
ultravioleta é responsável pelo escurecimento de nossa pele quando nos 
expomos ao sol. (VLADIMIROV et al, 2004)
Acima da faixa de emissões que chamamos de “visível”, temos o infravermelho, 
que é também uma faixa muito mais ampla do que a faixa que conseguimos 
enxergar. Esse tipo de emissão é o responsável pelo aquecimento que 
observamos na luz gerada pelos aparelhos fotopolimerizadores, que utilizam 
fonte de luz halógena, e que é comumente chamada de calor. O laser nada 
mais é do que luz, e, portanto, tem o comportamento de luz, ou seja, pode ser 
refletido, absorvido ou transmitido, sofrendo ou não espalhamento no processo. 
Entretanto, é uma luz com características muito especiais, tais como: colimação, 
coerência e monocromaticidade. (VLADIMIROV et al, 2004)
12
UNIDADE I │ LASERTERAPIA
A inversão da população (funcionamento) ocorre quando uma quantia maior do que 
a metade dos átomos existentes no meio envolvente do laser é excitada por uma fonte 
de energia, isso é um pré-requisito para que um laser funcione. Com a inversão da 
população, os fótons viajando nesse meio têm uma maior tendência para encontrar um 
átomo excitado (liderando-o para emissão estimulada) do que um átomo em repouso 
que pode simplesmente absorver a luz. Conforme a luz viaja para frente e para trás 
entre os espelhos do laser, uma intensidade muito grande pode ser alcançada. A luz 
do laser tem várias propriedades que são difíceis ou impossíveis de serem alcançadas 
com outras fontes de luz. Elas são monocromaticidade, coerência e alta intensidade. 
(NUNES et al, 2010)
Os raios do laser podem viajar em longas distâncias sem perda significante de 
intensidade. Os lasers podem ser divididos em instrumentos contínuos ou pulsantes. 
(ALMEIDA-LOPES, 2002)
No modo onda-contínua (CW = Continuous Wave), os lasers emitem um raio constante 
de luz. Os lasers Argon são um exemplo desse tipo de laser. Esses lasers frequentemente 
têm um poder de pico limitado, enquanto que poderes de pico elevados podem ser 
alcançados por laser pulsantes durante períodos curto de tempo. Lasers Q-switched 
produzem pulsos muito curtos com um poder muito alto de pico. Que refere-se a um 
fator de qualidade de depósito de energia do laser, o qual é mudado repentinamente 
para produzir uma explosão curta e intensa de luz. O nível de repetição para lasers 
pulsantes é expressado em hertz. Alguns lasers emitem uma série rápida de baixos 
pulsos de energia que se comportam cirurgicamente como lasers CW, e são chamados 
de quase contínuos. (ALMEIDA-LOPES,2002)
Dermatologicamente os lasers Q-switched são designados para produzir pulsos 
de 10-100ns, com fluência tipicamente na faixa de 2-10J/cm2. Esses pulsos curtos 
e de alto-poder são úteis na remoção seletiva de tatuagens e lesões pigmentadas. 
(ALMEIDA-LOPES,2002)
Componentes dos Lasers, LIP e LEDs
Várias são as características que diferenciam a luz do laser da Luz e Led: 
 » Coerente: a emissão de fótons estão espacialmente e temporariamente 
lado a lado uma com a outra. A luz viaja com uniformidade entre cristas 
e vales dos comprimentos de onda.
13
LASERTERAPIA │ UNIDADE I
 » Monocromático: convencionalmente, monocromático é a energia 
emitida do laser que se refere a apenas um único comprimento de 
onda ou uma banda estreita (narrow band) de comprimento de ondas.
 » Colimadas: são as ondas que viajam paralelas umas a outras através 
do espaço. São essas propriedades de colimação e coerência que 
permitem que a energia do laser possa ser transmitida por meio de 
longas distâncias sem significativa divergência do feixeluminoso, e 
também permitem que essa energia seja precisamente focada em um 
pequeno feixe de luz.
 » Alta intensidade: o número de fótons emitidos por um laser, por 
unidade de área, é muito grande quando comparado com todas as 
outras fontes de radiação eletromagnética, incluindo a luz solar.
 » Teoria do Quantum: quando um átomo entra em estado de excitação 
e retorna espontaneamente ao repouso, ele emite energia (photon 
de luz) que pertence a um comprimento de onda específico. – Se o 
photon chocar-se com outro átomo excitado, este último retornará 
ao estado de repouso, emitindo outro photon sincrônico temporal 
e espacialmente com o primeiro photon. A partir dessa teoria: foi 
desenvolvido o primeiro laser em 1960 -> Laser de Ruby (faixa de 
comprimento de onda =694nm) (NUNES, et al., 2010)
Todos os lasers apresentam quatro componentes básicos:
 » uma cavidade óptica ou ressonadora; 
 » um laser médio; 
 » uma fonte de energia;
 » um sistema de transmissão (lançamento).
Veremos a seguir mais explicações sobre os componentes do laser, luz pulsada e Led.
A luz branca contém todas as cores. Ao passar pelo prisma ocorre uma decomposição, 
que separa a luz branca em seus diversos componentes. Essas várias cores, projetadas 
em um anteparo, diferenciam-se pelos seus chamados comprimentos de onda, ou 
frequências, as cores vão passando de uma a outra continuamente; temos o chamado 
espectro contínuo. (BAGNATO, 2005)
14
UNIDADE I │ LASERTERAPIA
Figura 2. Espectro de emissão de uma lâmpada de luz branca.
Fonte: (BAGNATO, 2005)
Comprimento de onda
É a distância medida entre dois picos consecutivos de uma trajetória ondulatória. A 
unidade utilizada para expressar grandeza é uma fração do metro, normalmente o 
nanômetro, que é equivalente a 0,000000001 m (ou 10-9) (Figura 3). (BAGNATO, 2001)
Figura 3. Mensuração comprimento onda.
Fonte: <www.nupen.com.br >. Acesso em: 9 jul. 2015.
É uma característica extremamente importante, pois é o que define a profundidade de 
penetração no tecido-alvo. Diferentes comprimentos de onda apresentam diferentes 
coeficientes de absorção para um mesmo tecido. Como podemos observar, as radiações 
emitidas na região do ultravioleta e na região do infravermelho médio apresentam 
15
LASERTERAPIA │ UNIDADE I
alto coeficiente de absorção pela pele, fazendo com que a radiação seja absorvida na 
superfície, enquanto que na região no infravermelho próximo (820 nm e 840 nm) 
constata-se baixo coeficiente de absorção, implicando máxima penetração no tecido. 
Os tecidos são heterogêneos do ponto de vista óptico e, portanto, absorvem e refletem 
energia de maneira distinta. (ALMEIDA-LOPES, 2002)
É a cor de luz usada. Conforme o comprimento de onda haverá uma absorção por um 
determinado cromóforo-alvo e determinada profundidade de penetração e atuação. 
Quanto maior o comprimento de onda, maior a penetração. Por exemplo, para atingir 
uma melanose, que é superficial, necessitamos de comprimentos de onda menores; 
e para atingir pelos que são mais profundos precisamos de comprimentos maiores. 
(BAGNATO, 2001)
Cromóforo: grupo de átomos que confere cor a uma substância e absorve um 
comprimento de onda específico.
Os principais cromóforos da pele são a oxiemoglobina, melanina e a água. Lesões 
vasculares contêm pigmento de oxiemoglobina, tornando-se alvo para a luz do Laser 
absorvida por esse pigmento.
Figura 4. Curva de absorção dos principais cromóforos da pele.
Fonte: (CAMPOS et al,2009)
São lasers que trabalham em nanosegundos.
Switched = transferir, conduzir, dirigir, desligar ou interromper corrente.
Q-switched = quality switched.
Designa um grupo de lasers que possui dispositivo eletroóptico dentro da cavidade 
óptica, que permite a liberação de energia armazenada em um curto pulso, da ordem 
de nanosegundos.
16
UNIDADE I │ LASERTERAPIA
Monocromaticidade
Dá-se em virtude de a luz emitida possuir um único comprimento de onda, que oscila 
na mesma frequência e, consequentemente, apresenta uma única cor, diferente da 
luz branca que é formada pela composição de várias cores, que cada cor corresponde 
a uma frequência determinada. Esse conceito caracteriza a luz produzida por um 
laser como monocromático; a maior parte da radiação emitida pelo aparelho de 
uso terapêutico agrupa-se em torno de um único comprimento de onda, com uma 
amplitude muito limitada da faixa de ondas. Em contraste, a luz gerada por outras 
fontes é formada por uma enorme variedade de comprimentos de onda, algumas 
vezes variando desde o ultravioleta até o infravermelho, o que resulta na sensação 
da cor branca, quando a luz colide com a retina de um observador humano. A 
luz comum é composta por um conglomerado de vários comprimentos de onda: 
vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta, todas unidas para produzir a 
luz “branca”. (ALMEIDA-LOPES, 2002)
Figura 5. Monocromaticidade.
Fonte: <www.nupen.com.br >. Acesso em: 9 jun.2015.
Colimação
Na luz de um laser, os fótons produzidos pelo aparelho de laser são, para todas as 
finalidades práticas, paralelos, praticamente inexistindo qualquer divergência da 
radiação emitida, ao longo da distância percorrida. Essa propriedade mantém a 
potência óptica do aparelho enfeixada em uma área relativamente pequena ao longo de 
distâncias consideráveis e, até certo ponto, mesmo durante o trajeto através dos tecidos 
(ALMEIDA-LOPES, 2002)
17
LASERTERAPIA │ UNIDADE I
Figura 6. Colimação.
Fonte:<www.nupen.com.br >.Acesso em: 9 jun. 2015.
Coerência
Emissão da radiação laser se dá devido ao alinhamento das ondas eletromagnéticas 
no tempo e no espaço. A coerência é a propriedade que denota vários aspectos. Todos 
os fótons de luz emitidos pela radiação laser têm o mesmo comprimento de onda. 
As depressões e picos das ondas da luz emitida “encaixam-se” perfeitamente no tempo 
(coerência temporal); e as ondas viajam na mesma direção (coerência espacial). 
(ALMEIDA-LOPES,2002)
Figura 7. Coerência.
Fonte: <www.nupen.com.br >. Acesso em: 9 jun.2015.
18
UNIDADE I │ LASERTERAPIA
As aplicações da radiação laser, em geral, realizam-se sobre a pele, a qual apresenta 
uma capacidade de reflexão e um coeficiente de absorção específico para os diferentes 
comprimentos de onda. A penetração do laser será tanto maior quanto maior for o 
comprimento de onda. (ALMEIDA-LOPES,2002)
Produção do laser
São necessárias algumas condições especiais. Primeiramente, necessita-se de um 
“Meio Ativo”, composto por substâncias (gasosas, líquidas, sólidas ou ainda por suas 
associações) que geram luz quando excitadas por uma fonte de energia externa. Esse 
processo de excitação é denominado Bombeamento e sua função é transformar o 
meio ativo em meio amplificador de radiação, já que promove neste o fenômeno 
denominado Inversão de População, ou seja, os elétrons da camada de valência do 
meio absorvem a energia bombeada e saltam para um nível de energia mais externo. 
Como esse segundo nível está mais distante da influência do núcleo, seu nível de energia 
é maior. Chamamos essa situação de estado metaestável. Quando o primeiro elétron 
decai, retornando ao nível com menor energia, ocorre a liberação de energia altamente 
concentrada, a qual chamamos de fóton. Esse fóton acaba por excitar o decaimento dos 
demais átomos que já estavam no estado excitado. Isso gera um processo em cascata 
e com crescimento em progressão geométrica, que resulta na emissão estimulada de 
radiação. (BAGNATO, 2001)
Esquema simplificado das partes que constituem um laser. O bombeamento fornece 
energia ao meio ativo. Com isso, há acúmulo de energia na cavidade. Nessa, um espelho 
semitransparente permite um pequeno vazamento da luz produzida, que constitui o 
feixe de luz laser . (BAGNATO, 2005)
Figura 8. Esquema simplificado da produção do laser. 
Fonte: <www.gentequeeduca.org.br>. Acesso em: 6 jun. 2015. 
19
LASERTERAPIA │ UNIDADE I
Fonte de energia
Essa energia lançada vai excitar os elétrons do meio ativo do laser médio para iniciara 
amplificação do processo.
A fonte de energia externa, pode ser térmica, elétrica ou ótica.
Essa ativação pode ser acompanhada:
 » pelo uso de uma corrente elétrica direta como no laser de Argônio;
 » pela estimulação óptica de outro laser ou flashlamp, como no dye laser;
 » pela excitação por radiofrequência como em muitos lasers de CO2;
 » pelas reações químicas nas quais ligações químicas são quebradas 
para promover desprendimento de energia, como no laser 
hidrogênio-fluorado.
Sistema de Transmissão: o sistema de transmissão ou entrega pode consistir em 
uma flexível cavidade de guias de onda, fibras ópticas, ou um braço articulado com 
espelhos ajustados.
O meio ativo deve estar contido em reservatório denominado Cavidade Ressonante. 
Nas extremidades internas dessa cavidade devem existir espelhos, sendo um deles 
de reflexão total e outro de reflexão parcial. Isso assegurará que esse sistema 
composto por reação óptica e meio ativo, seja a sede de uma oscilação laser. Como 
a cavidade do laser é composta por espelhos em suas extremidades, essa radiação é 
amplificada, ou seja, os fótons emitidos por estimulação entram em fase e permitem 
que ocorra um incremento a cada reflexões múltiplas completadas dentro da 
cavidade. (BAGNATO, 2001)
Existem muitos tipos de laser, porém o principio básico para se produzir um feixe 
de laser é o mesmo para todos eles, quer seja um laser cirúrgico, terapêutico ou de 
diagnóstico. (BAGNATO, 2001)
20
UNIDADE I │ LASERTERAPIA
Figura 9. Diagrama do laser.
Fonte: <www.nupen.com.br>. Acesso em: 9 jun. 2015.
Para a identificação do laser, precisamos conhecer sua fonte geradora, caracterizada 
pelo meio-ativo que vai gerar a luz laser; e sua intensidade, caracterizada pela 
densidade de potência óptica produzida ou energia gerada do laser. Do mesmo modo 
que as lâmpadas residências são identificadas pelas potências, normalmente expressas 
em Watts, também utilizamos essa unidade (ou uma fração dela), para identificar a 
potência do laser (1mW = miliWatt = 0,001W). (BAGNATO, 2001)
A última característica relevante do laser é referente ao seu regime de funcionamento, 
isto é, existem aqueles que quando acionados permanecem ligados continuamente até 
serem desligados (laser contínuos, CW), e existem outros tipos que funcionam de forma 
pulsada ou chaveada, ou seja, estão parte de tempo ligados e parte de tempo desligados. 
A maioria dos lasers terapêuticos opera de modo contínuo. (BAGNATO, 2001)
Figura 10. Diagrama que demonstra o funcionamento do laser.
Fonte: <www.nupen.com.br >.Acesso em: 9 jun. 2015.
21
LASERTERAPIA │ UNIDADE I
Conceitos importantes
 » TRT = Tempo de Relaxamento Térmico.
 » Tempo de relaxamento térmico é o tempo necessário para um objeto 
resfriar em 50% da temperatura adquirida imediatamente após a 
exposição ao laser sem conduzir calor ao tecido circunjacente. Laser que 
respeita o TRT apresenta melhores resultados.
 » Para atingir máxima precisão, ou fototermólise seletiva, o tempo de 
exposição deve ser mais curto que o TRT.
 » Se a exposição exceder ou for igual ao TRT, a energia térmica será 
transferida aos tecidos adjacentes, resultando em danos térmicos não 
específicos (queimaduras e cicatrizes).
 » Dessa forma, sempre que estamos utilizando um laser ou fonte de energia 
em determinado ponto e vamos realizar nova passagem naquele ponto, 
é importante aguardar de alguns segundos a minutos para que aquela 
região se resfrie para depois aplicar-se o laser novamente.
(ALMEIDA-LOPES et al, 2003)
Irradiância: sinônimo para densidade de potência (DP), que é definida como sendo 
a potência óptica útil do laser, expressa em Watts (W), dividida pela área irradiada, 
expressa em centímetros quadrados (cm²). É por meio do controle da irradiância que 
o cirurgião pode cortar, vaporizar, coagular o tecido, quando da utilização de laser 
cirúrgico. 
Fluência: é o termo utilizado para descrever a taxa de energia que está sendo aplicada 
no tecido biológico. Ao multiplicarmos a irradiância pelo tempo de exposição obteremos 
a fluência ou densidade de energia, ou ainda dose de energia (DE) expressa em Joules 
por centímetro quadrado (J/cm²).
Energia: é uma grandeza física que, no caso da laserterapia, representa a quantidade 
de luz laser que está sendo depositada no tecido, e é definida multiplicando-se a potência 
óptica útil do aparelho laser pelo tempo de exposição. O resultado obtido tem como 
representação a unidade Joule (J).
Para uma dada potência, variações na irradiância podem produzir efeitos sobre o tecido 
biológico, que são nitidamente diferenciadas. Por exemplo, um laser com potência de 
saída de 10 W, irradiando uma área de 10 cm², apresentará irradiância igual a 1 W/cm². 
Se o mesmo laser for focalizado sobre uma área de 1 cm², a irradiância será aumentada 
22
UNIDADE I │ LASERTERAPIA
em 10 vezes, provavelmente gerando dano térmico ao tecido biológico, dependendo do 
tempo de exposição.
Para uma dada quantidade de energia a ser depositada, variações na fluência podem 
produzir efeitos sobre o tecido biológico, que são nitidamente diferenciadas. Por 
exemplo, uma dose total de 30J sobre um ponto. Em uma primeira hipótese, imaginemos 
que os 30J sejam aplicados em um segundo, sobre uma área de 1 cm². Teremos, 
então, irradiância igual a 30W/cm², o que provavelmente ocasionará dano térmico ao 
tecido biológico. Imaginemos agora que os 30J sejam aplicados sobre a mesma área 
em 30 segundos. Teremos, para essa situação, irradiância igual a 1W/cm², o que não 
ocasionará dano térmico ao tecido biológico.
Lembro que quanto maior a energia, maior será a força destrutiva do laser. 
Na laserterapia, será indicada a dose expressa em Joules (energia, que é a quantidade 
de luz laser depositada no tecido), a fluência expressa em J/cm² (joules por centímetro 
quadrado), que é a taxa de deposição dessa energia (o modo como a energia será 
depositada) e número estimado de sessões. 
Por exemplo, esse esquema representa dois tipos de tratamento vascular. No primeiro 
desenho a púrpura é causada pela distribuição muito rápida de energia que leva à ruptura 
do vaso. Isso é recomendado nos casos de hemangioma e mancha vinho do porto. 
No segundo desenho, o laser foi aplicado com maior duração de pulso, ocasionando 
tratamentos com mínima púrpura, pois o vaso sanguíneo é coagulado mais gentilmente. 
Indicado nos tratamentos de rosácea e vasos da face, que o paciente não quer ficar com 
púrpura no rosto. 
Figura 11. Esquema de tratamento.
Fonte: BAGNATO, 2001.
Spot Size: quanto maior o spot, maior a penetração no tecido e melhor a distribuição da 
energia. Spots menores penetram menos na superfície da pele e concentram a energia. 
São maiores produzem penetração mais profunda e diminuem o tempo de tratamento 
nos casos de depilação a laser. Para tratamento de lesões vasculares é recomendável 
spots menores que condensam a energia e atuam somente no alvo. Dependendo da 
23
LASERTERAPIA │ UNIDADE I
distância do spot na pele, o feixe de luz pode mudar. A aplicação do feixe acoplado 
totalmente na pele produz um feixe de energia mais profunda e focada. (BAGNATO, 
2001)
Figura 12. Spot Size.
Fonte: <www.nupen.com.br >. Acesso em: 9 jun. 2015.
Fluência, energia, densidade, difusividade e 
formatos dos objetos
Quantidade de energia entregue por unidade de área: J/cm.
A energia do laser é medida em Joules (J)
A densidade energética (fluência) é igual à potência do laser (watts) vezes a duração de 
pulso (segundos) dividida pelo tamanho efetivo da ponteira (centímetros quadrados), 
sendo medida em Joules por centímetro quadrado.
O resfriamento das estruturas microscópicas teciduais é determinada pela condução de 
calor.
Condução é a transferência de calor entre dois sistemas interagindo, e é dirigida por 
uma temperatura gradiente (uniforme) entre os dois sistemas.
O tempo de relaxamento térmico para a condução de calor é proporcional ao quadrado 
do tamanho do objeto. Ele é aproximadamente calculadopela fórmula TRT = d²/4k, 
onde d é o diâmetro do objeto ou espessura da camada tecidual e k é a difusividade 
termal. Difusividade termal é a propriedade do material que expressa a habilidade do 
calor para difundir. O tempo de resfriamento de um objeto depende do seu formato 
devido a diferenças no volume e superfície de área. Em geral, comparando alguns tipos 
24
UNIDADE I │ LASERTERAPIA
de formatos, esferas esfriam mais rapidamente que cilindros, os quais resfriam mais 
rapidamente que planos.
Pequenos objetos resfriam mais rapidamente que grandes objetos. Para objetos com o 
mesmo formato e material, um objeto com a metade do tamanho resfria em um quarto 
do tempo e o mesmo objeto com um décimo do tamanho resfria em um centésimo do 
tempo.
A duração do pulso auxilia no resfriamento e na proteção ou dano aos cromóforos-alvo. 
Quanto maior a duração de pulso maior é o tempo de resfriamento do cromóforo-alvo.
(ALMEIDA-LOPES et al, 2003)
Óptica da pele
A luz pode ser absorvida ou difundida através da pele. Em geral, os efeitos nos tecidos 
ocorrem somente quando a luz é absorvida.
Conforme a luz atinge a superfície da pele, ocorre uma reflexão de 4-7% devida à diferença 
no índice refratário entre o ar (n=0) e a camada córnea (n=1.45). Isso é chamado de 
reflexão de Fresnel porque segue as equações de Fresnel relacionando a reflexão com o 
ângulo de incidência, plano de polarização e índice de refração. O restante 93-96% da 
incidência da luz entra na pele, onde é espalhada e absorvida.
O coeficiente de absorção é definido como a probabilidade de extensão por unidade 
que um fóton em um comprimento de onda particular será absorvido, e depende da 
concentração de cromóforos (molecular de absorção) presentes. A difusão ocorre 
quando o fóton muda a sua direção de propagação. Toda luz retornando da pele, é, 
desse modo, luz dissipada. Quando a absorção ocorre, o fóton entrega a sua energia a 
um átomo ou molécula chamada de cromóforo. Uma vez absorvido pelo cromóforo, o 
fóton cessa de existir e o cromóforo se torna excitado.
A absorção de ultravioleta (UV) e luz visível leva à excitação eletrônica do cromóforo. 
Luz infravermelha tende a causar excitação vibracional. Os três cromóforos primários 
na pele são água, hemoglobina e melanina. Os cromóforos exibem faixas características 
de absorção em certos comprimentos de onda.
É esse fato que permite o delineamento de alvos específicos para a atividade de laser. 
A melanina é largamente absorvida por meio do espectro. Em contraste, a absorção do 
sangue é dominada pela oxihemoglobina e ocorre reduzida absorção de hemoglobina, a 
qual exibe fortes faixas no UV, azul, verde e faixas amarelas.
25
LASERTERAPIA │ UNIDADE I
Na epiderme normalmente pigmentada, a absorção é o processo dominante sobre a 
maioria do espectro óptico (200-1000nm). Na derme, a difusão pelas fibras colágenas 
pode ocorrer. A penetração da luz na derme é largamente dominada pela difusão, a qual 
varia inversamente com o comprimento da onda. A profundidade de penetração está 
geralmente inversamente relacionada com o comprimento de onda entre 280-1300nm. 
Nessa região correspondente ao UVB, UVA, visível e próximo do infravermelho, quanto 
mais longo o comprimento de onda, mais profunda a penetração. Luz dissipada é maior 
com comprimentos de ondas curtos. Em um comprimento de onda abaixo de 300 nm, 
há uma forte absorção por proteínas, ácido urocânico e DNA. Acima de 1300 nm, a 
penetração diminui devido à absorção da luz pela água. A luz se apresenta branca 
ou branco-amarelada porque contém todos os diferentes comprimentos de onda do 
espectro de luz visível. Um prisma colocado em frente a uma lâmpada irá refratar a luz, 
e as cores que o constituem irão separar-se em forma de arco-íris. A luz do laser é pura 
e monocromática tendo, portanto, atração por um cromóforo-alvo específico. A maior 
região de penetração do comprimento de onda é a 650-1200 nm vermelha e perto da 
região do espectro infravermelho. As regiões menos penetráveis são as distantes do 
ultravioleta e distantes do infravermelho.
A capacidade de condensar energia luminosa em pulsos ultracurtos permite que 
moléculas-alvo possam ser excitadas até níveis energéticos mais elevados, absorvendo 
mais a energia no cromóforo-alvo e liberando uma energia total menor para os tecidos 
ao redor.
(CATORZE, 2009)
Normas de segurança
Os lasers são classificados em categorias segundo seu grau de periculosidade. De acordo 
com cada categoria, são exigidas normas de segurança que devem ser aplicadas e que 
envolvem o cirurgião-dentista, seu auxiliar e o paciente. (PINHEIRO,1995)
Não existe em nosso país um órgão governamental que regulamente o uso do laser, 
por isso, a norma que temos adotado é a ABNT IEC, que é a versão europeia da norma 
americana 21CFR, capítulo 1, Parte 1040 e, de acordo com ela, os equipamentos de 
laser são classificados em seis categorias: Classe I, Classe ll e lla, Classe Ill e Classe IV 
e que dependem, basicamente, da densidade de potência óptica emitida por eles e do 
comprimento de onda gerado por eles. Classe I – São equipamentos inofensivos e não 
demandam a utilização de nenhum procedimento ou equipamento de segurança.
26
UNIDADE I │ LASERTERAPIA
Classe II – São equipamentos inofensivos e não demandam a utilização de nenhum 
procedimento ou equipamento de segurança.
Classe lla – São equipamentos inofensivos e não demandam a utilização de nenhum 
procedimento ou equipamento de segurança.
Classe Illa – São equipamentos que podem provocar danos aos olhos, sendo, portanto, 
imprescindível a utilização de óculos de proteção compatíveis com o comprimento de 
onda gerado pelo laser em questão.
Classe lllb – São equipamentos que podem provocar danos aos olhos, sendo 
imprescindível a utilização de óculos de proteção compatíveis com o comprimento de 
onda gerado pelo laser em questão. Os equipamentos enquadrados nessa categoria 
devem ainda contar com dispositivos de interrupção internos, a fim de evitar acidentes 
quando da manipulação dos circuitos internos do equipamento.
Classe IV – Essa é a categoria onde estão classificados todos os lasers cirúrgicos. Portanto, 
são equipamentos que podem provocar danos tanto aos olhos quanto a outros tipos 
de tecido, sendo imprescindível a utilização de óculos de proteção compatíveis com o 
comprimento de onda gerado pelo laser em questão. Os equipamentos enquadrados 
nessa categoria devem ainda contar com dispositivos internos e externos de proteção 
e monitoramento. A sala onde esses equipamentos estão instalados deve dispor de 
dispositivos de proteção, de modo a evitar que alguma pessoa seja submetida à exposição 
acidental ao entrar na referida sala durante uma aplicação de laser.
(PINHEIRO,1995)
Quadro 1. Segurança durante aplicação.
Comprimento de onda Duração da emissão Limite máximo
180 a 400 nm
<30000s 24mJ x k1 x k2
>30000s 0,8nW x k1 x k2
401 a 1400 nm
1ns a 20 ms 0,2nW x k1 x k2
10ms a 10 s 0,7nW x k1 x k2 x t¾
10s a 10000s 3,9mJ x k1 x k2
10000s 0,39mW x k1 x k2
1 ns a 10s 10 J/cm² sr x k1 x k2 x t 1/3
10s a 10000s 20 J/cm² sr x k1 x k2
10000s 2mW/cm² sr x k1 x k2
1401 a 2500nm
1ns a 0,1ms 79 mJ x k1 x k2
0,1 ms a 10s 4,4 mJ x k1 x k2 x t ¾
10s 0,79mW x k1 x k2
2501 nm a 1mm
1ns a 0,1ms 10mJ/cm² x k1 x k2
0,1 ms a 10 s 0,56 J/cm² x k1 x k2 x t1/4
10 s 0,1 J/cm² x k1 x k2 x t
k1 e k2 são fatores de correção relacionados ao comprimento de onda
t= tempo de exposição
Fonte: <www.nupen.com.br >. Acesso em: 18 jun. 2015.
27
LASERTERAPIA │ UNIDADE I
Os óculos de proteção são específicos para cada equipamento laser, e dependem do 
comprimento de onda emitido e da máxima potência óptica gerada por ele. É importante 
mencionar que não existem óculos universais para os lasers cirúrgicos, mas para os 
lasers terapêuticos já existem lentes especiais que podem ser utilizadas tanto para 
os lasers que emitem comprimentos de onda visível como para os que emitem laser 
infravermelho. (PINHEIRO,1995)
Fototermóliseseletiva
O conceito de Fototermólise Seletiva foi inicialmente desenvolvido para o 
tratamento de manchas de vinho do porto em pacientes jovens, e houve o 
início do uso de lasers pulsantes de tintura na medicina. Com a seleção de um 
comprimento de onda de laser preferencialmente absorvido e sua descarga 
em uma duração e fluência de pulso apropriado, alvos específicos podem ser 
destruídos enquanto limitam o dano nos tecidos circunvizinhos. O aquecimento 
seletivo é alcançado por uma combinação de absorção de luz seletiva, e uma 
duração de pulso menor ou aproximadamente igual ao TRT do alvo de ação. 
Isso produz calor localizado e seletivo com destruição focal do alvo. Em geral, 
a Fototermólise seletiva de várias lesões é melhor alcançada usando pulso em 
vez da tecnologia de laser contínuo, por causa dos pequenos TRT’s dos alvos 
cutâneos, tais como vasos sanguíneos e células pigmentadas. Para a maioria 
dos tecidos, o tempo de relaxamento termal de uma dada estrutura-alvo em 
segundos é aproximadamente igual ao quadrado da dimensão do alvo em 
milímetros. (CATORZE, 2009)
Há uma relação primária entre a duração da exposição e o aprisionamento da 
injúria termal. O TRT de um alvo é proporcional ao quadrado de seu tamanho. 
Para um dado material e forma, um objeto com metade do tamanho, esfriará 
em um quarto do tempo. Em geral, ótima duração de pulso para Fototermólise 
Seletiva é igual aproximadamente ao TRT. Vasos sanguíneos são uma ampla 
categoria e incluem capilares com um TRT de décimos de microssegundos; as 
veias das pernas, com um TRT de centenas de milissegundos; e as grandes veias 
de adultos com manchas de vinho do porto, as quais tem TRTs acima de décimos 
de milissegundos. TRT também está relacionado com a forma do alvo. Para uma 
dada espessura, esferas esfriam mais rápidas do que cilindros, os quais esfriam 
mais rápidos do que planos. (CATORZE, 2009)
Os alvos pequenos pigmentados, tais como Nevos de Ota, são melhores tratados 
com pulsos curtos (nanosegundos), enquanto estruturas maiores, tais como 
folículos pilosos, tem TRTs grandes e são melhores tratados com pulsos maiores. 
(CATORZE, 2009)
28
CAPÍTULO 2
Tipos de laser
Tipos de lasers
Existem vários tipos de laser. Laser médio ou meio ─ A ação do laser médio 
geralmente dá ao laser seu nome e pode ser composto de um meio gasoso, líquido ou 
sólido. Trata-se do meio que será ativado. Ex.: CO2, Diodo, Ruby etc. 
Laser – Meio Gasoso ─ CO2 (Dióxido de Carbono); - Argônio; - Gold Vapor Laser.
Laser – Meio Líquido ─ Dye laser (utilizam líquido com pigmento rhodamina); - 
Dye = pigmento, corante, tintura. 
Laser – Meio Sólido ─ Ruby; - Nd:YAG (Nd:YAG crystal); - Diodo; - Alexandrite 
(Alexandrite crystal).
(MAZER, 2000)
Figura 13. Tipos de laser.
Fonte:<http://slideplayer.es/slide/1096252>.Acesso em: 18 jun. /2015.
Normalmente, o laser é designado pelo tipo de material empregado na sua geração. 
Lasers de estado sólido
O meio ativo está incorporado em uma matriz hospedeira, que pode ser tanto cristalina 
quanto amorfa. (MAZER, 2000)
29
LASERTERAPIA │ UNIDADE I
Na concentração do íon dopante, como no nosso exemplo acima, o neodímio é geralmente 
muito pequeno, 1:100. Porém, mesmo assim, isso significa que existe em torno de 10²º 
íons por centímetro cúbico. Por esse motivo, pequenos lasers em estado sólido podem 
apresentar altíssima potência no seu feixe de saída. Embora, tenha sido desenvolvida 
uma grande gama de lasers em estado sólido, com muitas aplicações interessantes, 
poucos são comercializados. Os mais vendidos são Nd: YAG. Além do YAG: YLF 
(fluoreto de ítrio e lítio), YVO (vanadato de ítrio), YAP (perovsquita de alumínio e ítrio) 
e YSGG (granada de ítrio, escândio e gálio), que apresentam características materiais 
promissoras. (MAZER, 2000)
Lasers semicondutores
Também chamados de lasers de Diodo, baseados em materiais sólidos. Esses dispositivos 
eletrônicos costumam ser muito pequenos e utilizam baixa energia. (MAZER, 2002)
É um pequeno cubo de material semicondutor com dimensões milimétricas, que 
converte diretamente corrente elétrica em energia luminosa. O material é crescido em 
camadas, de baixo para cima, dentro de um recipiente especial, similar ao crescimento 
de um cristal quartzo na natureza. A energia luminosa é emitida em forma de feixe 
de laser por uma das faces do cubo e apresenta, no máximo, uma potência de poucos 
watts. (MAZER, 2002)
Até o momento, arranjos de lasers de Diodo com alta potência de saída só existem 
para algumas faixas de comprimento de onda, em razão da complexidade dessa técnica. 
Essas faixas se estendem de 630 a 1.050 nm. (MAZER, 2002)
Os Diodos são classificados em Diodos de emissão contínua (cw) e emissão quase 
contínua (qcw). Esse último modo de operação é essencialmente uma emissão 
contínua interrompida. Existem também os Diodos pulsados de baixa potência, que 
operam pulsos de 100 ns (nanossegundos) com potência com picos de 500 watts. 
(MAZER, 2002)
Lasers a gás
Um dos sistemas de laser mais vendidos no mundo é o sistema laser a gás, de dióxido 
de carbono CO2. Como o nome sugere, o meio ativo está na forma de vapor ou gasosa. 
Existem pelo menos cinco tipos de laser a gás. Eles são classificados como laser de átomos 
(Hélio-Neônio), laser íons (Argônio) ou laser molécula (CO2). Existe também o laser 
de vapor metálico (laser de cobre) e de excímero (ArF). Os excímeros são geralmente 
30
UNIDADE I │ LASERTERAPIA
aletos de gases raros, que consistem de dois átomos e emitem no ultravioleta, portanto 
são especialmente adequados para fazer aplicação por meio de fotodissociação (quebra 
de estrutura das moléculas). (BEYLOT, 2008)
Lasers de excímero
Até recentemente, esses lasers eram conhecidos pela necessidade de manutenção 
frequente e baixa potência de saída. Embora tenha havido um avanço tecnológico 
significativo nos últimos cinco anos, esse laser ainda apresenta alto custo. Os lasers de 
excímero operam no ultravioleta e, portanto, interagem com a matéria, principalmente 
por meio da fotodissociação. Esse processo é indicado à aplicação de microfuração e 
ablação superficial. Os efeitos danosos causados ao tecido biológico pela radiação 
ultravioleta não são totalmente conhecidos, é necessária muita cautela ao utilizar essa 
radiação. (BEYLOT, 2008)
Os lasers de excímero disponíveis no mercado usam fluoreto de gases raros com emissão 
estreitas entre 193 e 351 nm. (BEYLOT, 2008)
Lasers de corantes
Utilizam corantes orgânicos complexos, tais como a rodamina 6G, em solução líquida 
ou suspensão, como materiais de geração do laser. Podem ser ajustados em uma ampla 
faixa de comprimentos de onda.
Quadro 2. Distribuição dos diferentes equipamentos com os seus respectivos comprimento de onda, regime de 
pulso e ação.
Material
Comprimento de 
onda
Regime de 
pulso
Indicação
Cristais
Rubi 694nm Pulsado e Contínuo Remoção tatuagem e pelo.
Alexandrite 755nm Pulsado Remoção de pelo.
Neodímio– YAG 1064nm Pulsado Coagulação de tumores.
Hólmio – YAG 2130nm Pulsado Endodontia.
Érbio- YAG 2940nm Pulsado Peeling.
Semicondutores
AlGalnP 630 – 685nm Contínuo Bioestimulante.
AsGaAl 780-870nm Continuo Bioestimulante.
AsGa 904nm Pulsado Bioestimulante.
Gases
Excímeros 193, 248, 308 nm Pulsado Cirurgia vascular e oftálmica.
Argon 350 – 514 nm Continuo Cirurgia oftálmica e dermatológica.
31
LASERTERAPIA │ UNIDADE I
Material
Comprimento de 
onda
Regime de 
pulso
Indicação
Vapor de Cobre 578nm Pulsado e Contínuo Cirurgia dermatológica.
HeNe 632,8nm Continuo Bioestimulante.
CO2 10600nm Pulsado e Contínuo Cirurgia dermatológica.
Fonte: Taís Amadio Menegat 2015.
Profundidade – penetração da radiação do 
laser
Vários autores relacionam a profundidade do laser com os tecidos biológicos. Todos são 
unânimes em afirmar que os estratos biológicos são uma grande barreira à penetração da 
radiação óptica. Em relação às diferentes profundidades, cabe ressaltar que diferentes 
estudos relacionam a profundidadede penetração com diferentes porcentagens de 
energia. A radiação laser pode atingir entre 9,7 a 14,2mm com 1% de energia incidente. 
(CAVALCANTI, 2011)
Devido à complexa estrutura dos estratos cutâneos, há uma grande dificuldade na 
quantificação tanto de absorção quanto de penetração da radiação laser. São quatro 
os processos que podem estar presentes nos diferentes segmentos cutâneos: reflexão, 
absorção, transmissão e difusão. A pele absorve cerca de 50% do laser incidente a cada 
0,4 -1,0 mm de tecido. 
Figura 14. Feixo de reflexo.
Fonte: CAVALCANTI, 2011.
O laser AsGa com 904 nm (comprimento de onda) apresenta poder de penetração 
maior, próximo de 1,0 mm de profundidade com 50% e radiação incidente, enquanto o 
laser HeNe tem 632,8 nm, aproximadamente 0,40 mm. Apesar da vantagem de maior 
penetração do laser AsGa apresentada, a desvantagem de emitir radiação somente no 
32
UNIDADE I │ LASERTERAPIA
regime pulsado é que diminui muito a energia depositada, por causa disso, atualmente 
tem-se dado preferência aos equipamentos de emissão contínua. (CAVALCANTI, 2011)
Vários autores relatam que a profundidade de penetração da radiação laser é de poucos 
milímetros e que a sua absorção se dá em nível superficial; assim existem algumas teorias 
que explicam o efeito à distância. Quando os níveis de energia dos quantuns sobrepassa 
os 4 ev (eletro-volts) pode-se levar à ruptura das ligações químicas dos compostos de 
carbono, hidrogênio ou nitrogênio, que as forças de união são inferiores a 4 ev; nesse 
caso há um efeito acumulativo da radiação. Porém, quando a radiação possui níveis de 
energia de 1 a 4 ev, não é possível produzir tal ruptura, e sim um desprendimento dos 
elétrons, excitação eletrônica, que cessa imediatamente com o término da irradiação. 
Os elétrons desprendidos voltam ao seu estado estável de origem sem a possibilidade 
de apresentar efeitos acumulativos. As radiações com níveis energéticos inferiores a 1 
ev promovem um efeito de vibração molecular com grande capacidade de penetração, 
provocando um aumento da temperatura. As radiações laser atualmente utilizadas na 
prática clínica promovem somente uma excitação eletrônica, uma vez que o seu nível 
energético está abaixo de 4 ev. Q
uadro 3. Nível da resposta com energia.
Nível de Resposta Nível de Energia
Vibração Molecular < 0,8 ev
Excitação de elétron 1,0 a 4,0 ev
Ionização > 6,0 ev
Fonte: Taís Amadio Menegat 2015.
Quadro 4. Recursos terapêuticos.
Recurso Terapêutico Nível de Energia
Infravermelho 0,0012 ev
AsGa 1,37 ev
HeNe 1,94 ev
Ultravioleta C 6,0 ev
Fonte: Taís Amadio Menegat 2015.
Reflexão: pode ocorrer na interface entre os diferentes estratos, devido à diferença do 
índice de reflexão.
Absorção: iniciará um processo bioquímico ou bielétrico. A absorção da radiação 
pelos diferentes tecidos dependerá do laser utilizado, uma vez que cada tecido absorve 
diferentes comprimentos de onda. HeNe é absorvido por tecidos, preferencialmente 
vermelhos, e o AsGa por tecidos brancos e translúcidos.
33
LASERTERAPIA │ UNIDADE I
Transmissão: é o percurso da radiação nos diferentes estratos.
Difusão: ocorre em partes pelas moléculas, fibras ou células no interior dos estratos. 
É dependente das dimensões das partículas que formam o estrato em relação ao 
comprimento da onda em que se emite a radiação.
(CAVALCANTI, 2011)
Funcionamento da radiação a laser na pele
A luz pode ser absorvida ou difundida através da pele. Em geral os efeitos nos tecidos 
ocorrem somente quando a luz é absorvida. (ANTONIO, 2010)
Quando a absorção ocorre, o fóton entrega a sua energia a um átomo ou molécula 
chamada de cromóforo. Uma vez absorvido pelo cromóforo, o fóton cessa de existir e o 
cromóforo se torna excitado. (ANTONIO, 2010)
Figura 15. Profundidade do laser.
Fonte: <http://www.bemestarmed.com.br/site/radiacao-luminosa-laser-e-luz-intensa-pulsada-fundamentos-dos-tratamentos-
esteticos/>. Acesso em: 20 jun. 2015.
A absorção de ultravioleta (UV) e luz visível levam à excitação eletrônica do cromóforo. 
Luz infravermelha tende a causar excitação vibracional. Os três cromóforos primários 
na pele são água, hemoglobina e melanina. Os cromóforos exibem faixas características 
de absorção em certos comprimentos de onda. É esse fato que permite o delineamento 
de alvos específicos para a atividade do laser. A melanina é largamente absorvida por 
meio do espectro. Em contraste, a absorção do sangue é dominada pela oxihemoglobina 
34
UNIDADE I │ LASERTERAPIA
e ocorre reduzida absorção de hemoglobina, a qual exibe fortes faixas no UV, azul, verde 
e faixas amarelas. (ANTONIO, 2010)
Na epiderme, normalmente pigmentada, a absorção é o processo dominante sobre a 
maioria do espectro óptico (200 – 1000nm). Na derme, a difusão pelas fibras de colágeno 
pode ocorrer. A penetração da luz na derme é largamente dominada pela difusão, a qual 
varia inversamente com o comprimento da onda. A profundidade de penetração está, 
geralmente, inversamente relacionada com o comprimento de onda entre 280 – 1300 
nm. Nessa região corresponde ao UVB e UVA, visíveis e próximos do infravermelho; 
quanto mais longo o comprimento de onda, mais profunda a penetração. A luz dissipada 
é maior com comprimentos de ondas curtos. Em um comprimento de onda abaixo de 
300 nm há uma forte absorção para proteínas, ácido urocânico e DNA. Acima de 1300 
nm, a penetração diminui devido à absorção da luz pela água. (ANTONIO, 2010)
A luz se apresenta branca ou branco-amarelada porque contém todos os diferentes 
comprimentos de onda do espectro de luz visível. Um prisma colocado em frente a 
uma lâmpada irá refratar a luz e as cores que o constituem, irão separar-se em forma 
de arco-íris. A luz do laser é pura e monocromática tendo, portanto, atração por um 
cromóforo-alvo específico. A maior região de penetração do comprimento de onda é a 
650 – 1200 nm, vermelha e perto da região do espectro infravermelho. As regiões menos 
penetráveis são as distantes do ultravioleta e do infravermelho. (ANTONIO, 2010)
A capacidade de condensar energia luminosa em pulsos ultracurtos permite que 
moléculas-alvo possam ser excitadas até níveis energéticos mais elevados, absorvendo 
mais a energia no cromóforo-alvo e liberando uma energia total menor para os tecidos 
ao redor. (ANTONIO, 2010)
Em termos práticos, temos:
Tratamento de tatuagens e lesões pigmentadas benignas: a melanina tem 
absorção da luz e consequente ruptura da molécula nos comprimentos de onda 
entre 400 nm e 600 nm. Laser com comprimento de onda nessa faixa, como é o 
caso do Nd: Yag QS (532 nm), obtém bons resultados em lesões superficiais. Já 
tatuagens têm uma resposta específica para cada cor. Assim, tintas preta e azul 
absorvem radiação em uma ampla faixa de comprimento de onda no espectro 
visível e infravermelho proximal. Já a tinta verde responde melhor ao laser no 
comprimento de onda de 694 nm (QS de Rubi) e 755 nm (QS de Alexandrite). A 
cor amarela e as cores pastel são de difícil tratamento, e a resolução completa é 
incomum. As tatuagens feitas por amadores geralmente necessitam de menos 
tratamento do que as tatuagens feitas por profissionais. (TRINDADE, 2009)
35
LASERTERAPIA │ UNIDADE I
Redução de pelos: o mecanismo exato e o cromóforo responsável ainda 
permanecem incompletamente compreendidos. Supõe-se que o cromóforo 
absorvente seja a melanina na haste do pelo e nas células da matriz. Por esse 
motivo, pelos grisalhos e brancos são altamente resistentes ao tratamento. 
Observa-se uma boa resposta na radiação de espectro entre 600 e 1200 nm. 
Portanto, lasers de Rubi (694nm), Alexandrite (755nm), Diodo (800 nm) e Nd: Yag 
(1.064nm) são os mais utilizados. (TRINDADE, 2009)
Lesões vasculares: a hemoglobina possui pico de absorção da luz nos 
comprimentos de onda entre 400 nm e 600 nm ultrapassando apenas em alguns 
comprimentos a absorção de luz da melanina. Utilizando-se desses comprimentos 
consegue-se maior lesão vascular com menor risco de hipocromia.(TRINDADE, 
2009)
Resurfacing: esse é um capítulo a parte, uma vez que o princípio do tratamento 
é a lesão de todas as moléculas até o cromóforo, que na verdade tem papel 
de limitar a lesão ao absorver a energia. São os chamados lasers ablativos, 
que se destacam em relação aos anteriormente descritos. Essa classe de lasers 
tem como cromóforo a água e comprimento de onda elevado. Seus principais 
representantes são o laser de CO2 (10.600 nm) e Erbium:Yag (2.940 nm). 
(TRINDADE, 2009)
Interações terminais
Em aplicações dermatológicas, a maioria dos procedimentos que utilizam laser produz 
calor. Conforme a temperatura sobe, muitas das estruturas essenciais dentro das células 
são desnaturadas; isso inclui DNA, RNA e membrana das células. A desnaturação 
resulta na perda da função celular via coagulação das macromoléculas. A coagulação 
termal produz necrose na célula e, se difundida, uma queimadura. (COSTA et al, 2011)
A maioria das células humanas podem facilmente resistir a temperaturas até 40º C. 
A combinação de tempo e temperatura determina se uma dada população celular 
pode sobreviver em temperaturas mais elevadas. Isso ocorre porque a desnaturação 
termal é um processo de proporção: o calor aumenta à velocidade que as moléculas se 
desnaturam. (TOREZAN et al, 1999)
A exposição a temperaturas elevadas, na maioria dos organismos e células, induz uma 
reação chamada resposta ao calor de choque. (TOREZAN et al, 1999)
36
UNIDADE I │ LASERTERAPIA
Essa resposta é caracterizada pela inibição da síntese proteica normal, e indução da 
síntese de um particular conjunto de proteínas chamadas de proteínas de choque de 
calor (HSPs), as quais conferem alguma resistência à lesão termal. Um exemplo que 
encontramos na natureza são algumas bactérias termofílicas que podem sobreviver de 
80 a 90º C. Esses organismos têm membranas termalmente estáveis que são protegidas 
pela produção de HSPs. (COSTA et al, 2011)
Lesões termais por indução de laser são bem descritas por um modelo ARTHENIUS, 
o qual diz que o nível de desnaturação celular é exponencialmente relacionado à 
temperatura. Assim, o acúmulo do material desnaturado aumenta exponencialmente 
com a temperatura, e proporcionalmente com o tempo. Próximo de uma temperatura 
crítica (que é diferente para diferentes tecidos) ocorre uma rápida coagulação: isso é 
importante para as bem definidas margens histológicas de coagulação no laser e outras 
lesões termais. Na derme, a matriz estrutural proteica extracelular, o colágeno, tem um 
papel predominante na coagulação. (COSTA et al, 2011)
A elastina é termalmente estável e pode sobreviver à fervura sem lesão aparente. Por 
contraste, o colágeno tem transição aguda de derretimento por uma forma fibrilar entre 
80 a 70ºC. Nessa, ou acima dessa temperatura, podem surgir cicatrizes. A fototermólise 
seletiva permite o aquecimento selecionado dos alvos dentro da derme, tais como vasos 
sanguíneos e folículos pilosos, com a preservação da derme entre os alvos. Um limite 
superior é colocado pela absoluta necessidade de manter a pele numa temperatura 
abaixo de 60 a 70ºC. (TOREZAN et al, 1999)
Quanto mais o tecido ficar exposto à energia do laser, maior disseminação da energia 
termal para os tecidos circunvizinhos. Para limitar a exposição do tempo para uma dada 
fluência, o poder do laser deve ser aumentado para compensar; ou seja, a fototermólise 
visa destruir um tecido-alvo de forma controlada e localizada, lesionando ao mínimo os 
tecidos adjacentes. (TOREZAN et al, 1999)
Uma vez que a luz do laser foi absorvida pelo tecido, a energia é convertida em energia de 
calor. Por meio da condução, o tecido circunvizinho torna-se aquecido. O processo pelo 
qual o calor se torna difuso dentro do tecido por condução é chamado de relaxamento 
termal. O tempo de relaxamento termal (TRT) é definido por uma dada estrutura de 
tecido, com o tempo necessário para o tecido aquecido perder metade de seu calor. 
A chave para desfazer a ablação do tecido é ser capaz de torná-lo mais rápido do que o 
calor, que é conduzido para o tecido circunvizinho. (TOREZAN et al, 1999)
37
LASERTERAPIA │ UNIDADE I
Interações laser – tecido
Um número de parâmetros controla os efeitos laser-tecido, incluindo comprimento 
de onda, fluência, irradiação, tamanho da lesão e a quantidade de tempo que o tecido 
é exposto à luz do laser. Com lesões menores, a luz é mais facilmente removida por 
difusão quando comparada com lesões maiores. Para alcançar a maior profundidade de 
penetração efetiva na pele, é utilizado em lesões grandes a combinação de comprimento 
da onda de 600 a 1300 nm. (ANTONIO, 2010)
Resfriamento da pele
A melanina epidérmica é frequentemente um indesejado alvo cromóforo durante o 
tratamento a laser. Dano epidérmico pode ser minimizado com o uso de resfriamento da 
pele. Isso é especialmente importante no tratamento de tipos de pele mais pigmentada, 
nas quais os efeitos colaterais são mais comuns.
Todos os métodos de resfriamento envolvem a extração do calor por condução à 
superfície da pele. O agente de refrigeração pode se mover ao longo da pele, como no 
caso de escoamento de gás ou líquido ou um sólido em movimento. Para o resfriamento 
de spray, o agente de resfriamento é um líquido cuja temperatura é mais baixa do que 
a temperatura da superfície cutânea. Nesse caso, o resfriamento é via evaporação; a 
camada refrigerante desenvolve num tempo enquanto o líquido ferve e evapora. Em 
refrigeramento com um contato sólido, o agente ativo é tipicamente um sólido com alta 
capacidade termal e condutividade. Com gel frio, o resfriamento passivo ocorre. 
A combinação da temperatura, qualidade de contato, e condutividade termal do meio 
frio determinam com que rapidez o calor pode ser extraído da pele.
Há três tipos básicos de resfriamento da pele: pré-resfriamento, resfriamento paralelo 
e pós-resfriamento, que corresponde à extração do calor da pele, antes, durante e após 
a exposição ao laser. O pré-resfriamento diminui a temperatura antes da chegada do 
pulso do laser. Para pulsos mais curtos do que 5 ms, tais como o Q-switched, o tempo 
necessário para extrair calor de toda a epiderme é minimizado, o pré-resfriamento 
fornece toda a proteção necessária. Aparelhos de resfriamento dinâmico, tais como 
spray líquido de cryogen, fornecem um pré-resfriamento mais agressivo e superficial.
O resfriamento paralelo se refere ao resfriamento durante o pulso laser, e é mais efetivo 
para pulsos mais longos do que 5 a 10 ms. Spray de resfriamento interfere fisicamente 
38
UNIDADE I │ LASERTERAPIA
com o pulso do laser e é, portanto, não adequado para o resfriamento paralelo. Com 
a safira fria pressionada à pele, justamente antes ou durante o pulso longo do laser, é 
possível evitar seguramente fluências muito grandes, mesmo em peles pigmentadas. 
O pós-resfriamento é usado para minimizar a dor e o eritema.
Esquema de resfriamento na emissão de luz pulsada para vasos. O uso do gel gelado 
minimiza dano térmico à epiderme e permite a termocoagulação do vaso. Sem o gel a 
epiderme já é afetada antes de ocorrer a coagulação do vaso. (ZHANG et al, 2013)
Figura 16. Resfriamento da pele.
Fonte: (KAMINSKY, 2009).
No próximo exemplo ilustrativo, o spray de criogênico está sendo liberado sobre a 
pele milissegundos antes do pulso de laser. O resfriamento é rápido e ocorre somente 
na camada superior da epiderme. Pode ser controlada a quantidade de gás liberada e 
tempo de ação sobre a pele. Não resfria as estruturas abaixo da superfície da pele. Não 
impede a visibilidade durante o tratamento. 
Figura 17. Resfriamento da pele durante aplicação.
Fonte: (KAMINSKY, 2009)
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LASERTERAPIA │ UNIDADE I
Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes 
artigos:
 » Wang G. Low level laser therapy (LLLT). Technology Assessment. 
2004, p.34.
 » Patriota RCR. Laser um aliado na dermatologia. Rev Med São Paulo. 
2007 abr.-jun.;86(2):64-70.64
40
UNIDADE II
TRATAMENTO DE 
REJUVENESCIMENTO 
COM LASER
CAPÍTULO 1
Resurfacing – Laser CO2
Resurfacing – laser CO2
Introdução
Foi desenvolvido, em 1964, que o comprimento de onda é intensamente absorvido 
pela água intra e extracelular. Laser de CO2 contínuo foi primeiro desenvolvido como 
instrumento de corte cirúrgico. Seu uso foi limitado pelo perigo de desidratação dos 
tecidos adjacentes. Essa limitação fez com que fossem desenvolvidos lasers de CO2 
pulsados, que permitem um resurfacing com precisão e menores riscos. (CAMPOS, 
2010)
Várias modificações, relativamente recentes, têm sido aplicadas aos lasers de CO2, 
permitindo seu uso corrente como laser de escolha para resurfacing cutâneo profundo 
e para cicatrizes de acne. Apresentam também indicações para o tratamento de rugas, 
lesões superficiais, outros tipos de cicatrizes e fotoenvelhecimento. No entanto, 
pode ocasionar alguns efeitos colaterais significantes como infecção bacteriana e 
viral pós-operatória, cicatrizes, eritema prolongado e hipopigmentação permanente. 
(CAMPOS et al, 2009)
Desde a descoberta da fototermólise seletiva por Anderson e Parrish, os lasers têm sido 
utilizados no tratamento do rejuvenescimento da pele, com início no Brasil na década 
de 1990. Os lasers de CO2 10.600nm e de Erbium 2.940nm não fracionados de primeira 
geração foram os primeiros a ser usados. A penetração depende do conteúdo de água e 
independe da melanina e da hemoglobina, sendo seu coeficiente de absorção de água 
de 800/cm. A duração média de um pulso é inferior a um milissegundo e penetra 
cerca de 20 μm no tecido. Os resultados foram muito animadores mas, como fazem 
41
RATAMENTO DE REJUVENESCIMENTO COM LASER │ UNIDADE II
a ablação completa da epiderme, ambos apresentam todas as possíveis complicações 
da exposição total da derme no período pós-operatório (PO). O Erbium é um pouco 
mais suave, e tem menor incidência de efeitos colaterais. Por ser um procedimento 
tão agressivo, frequentemente gera um problema pessoal e familiar ao paciente. Todas 
essas dificuldades técnicas fizeram com que, após um período de grande entusiasmo, o 
CO2 e o Ebrium fossem realizados com menor frequência. (CAMPOS, 2010)
Em laser de CO2 há uma mistura de gases de dióxido de carbono, hélio e nitrogênio. 
Durante a operação laser, os elétrons da corrente de descarga colidem com as moléculas 
de N2, que entram em um estado excitado. Colidindo nesse estado com uma molécula 
de CO2, eles podem transferir sua energia de excitação para essa nova molécula que, 
recebendo a energia, salta para o nível energético laser superior. (CAMPOS et al, 2009)
Diferentes vibrações da molécula de CO2
Diferencialmente de um laser sólido, a molécula de CO2 não acumula a energia de 
excitação por meio de elétron, que salta para órbitas mais altas, mas por meio de uma 
vibração relativa entre átomos da molécula.
Figura 18. Vibração molécula CO².
Estado de Repouso
 
Vibração antissimétrica do estiramento – nível laser superior.
 
Vibração simétrica de estiramento – nível laser inferior para emissão em 10,6 µm.
 
42
UNIDADE II │ RATAMENTO DE REJUVENESCIMENTO COM LASER
Oscilação de flexão – nível laser inferior para emissão em 9,6 µm.
 
Fonte: CAMPOS, 2010
Após transferência de energia da molécula de nitrogênio para o CO2 por meio de uma 
colisão entre ambos, o CO2 executa uma vibração assimétrica de estiramento. Desse 
nível de energia, a molécula decai sob a emissão de um fóton para o nível laser inferior. 
Desse nível, a molécula retorna rapidamente para o nível fundamental, principalmente 
pela adição de hélio, que consegue retirar de maneira eficiente à energia restante 
da molécula de CO2. Além de ajudar no resfriamento do CO2, o hélio também tem 
propriedade de ajudar manter uma alta concentração de elétrons na área de descarga. 
(CAMPOS et al, 2009)
Tipos de laser CO2
Os lasers CO2 podem ser: contínuo, superpulsado, ultrapulsado e fracionado. Com a 
tecnologia utilizando laser de CO2, uma das primeiras tecnologias a serem utilizadas por 
terem um comprimento de onda muito alto, com atração não seletiva por cromóforos 
específicos (o CO2 atinge a água), tornou-se agressivo, com down time elevado e 
algumas complicações quanto à cicatrização, tendo sido ultrapassado por outras novas 
tecnologias. Atualmente, tem seu uso enaltecido por ter sido associada à tecnologia 
fracionada com atuação aleatória na pele.
 » Pulsado: energia constante, dano tecidual intenso -> utilização para 
corte e coagulação. Devido à condução do calor, cerca de 1 mm do tecido 
colateral é lesado.
 » Superpulsado: pulsos extremamente rápidos, de forma que o tecido 
interpreta de maneira continua, embora o dano tecidual colateral seja 
menor.
 » Ultrapulsado: altos picos de energia, pulsos mais longos e intervalos 
entre os pulsos mais demorados, levando à vaporização do tecido com 
mínimo dano térmico à distância.
43
RATAMENTO DE REJUVENESCIMENTO COM LASER │ UNIDADE II
 » Flashcan: utiliza fonte continua em que espelhos computadorizados 
focalizam o feixe no tecido, distribuindo-o em forma de espiral. Menos 
de 0,1 mm de dano colateral.
 » Fracionado: emite luz de maneira fracionada e aleatória, promovendo 
menor down time, menor dor e resultados satisfatórios.
(CAMPOS, 2010)
Indicações
Existem três indicações primárias para o uso do CO2:
 » rugas e fotoenvelhecimento;cicatrizes traumáticas e de acne;
 » lesões de pele.
(CAMPOS, 2010)
Rugas e fotoenvelhecimento
As rugas faciais podem ser divididas em duas categorias: estáticas, que são o resultado de 
fotoexposição crônica e do processo normal de envelhecimento, e dinâmicas, causadas 
por expressões faciais repetidas e ação muscular. (GUIRRO; GUIRRO, 2001)
Desses dois tipos, as estáticas e o fotoenvelhecimento respondem melhor ao tratamento 
a laser. Para rugas dinâmicas é necessário associação com outros procedimentos 
visando à diminuição da ação muscular, causadora da ruga. (GUIRRO; GUIRRO, 2001)
Pacientes com rugas generalizadas, periorbitais e rugas periorais terão uma melhora 
significante e duradora com a aplicação do laser CO2. (CAMPOS, 2010)
Figura 19. Envelhecimento.
Fonte: <http://www.dermatofuncional.pt/envelhecimento-cutâneo>. Acesso em: 10 jun.2015.
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UNIDADE II │ RATAMENTO DE REJUVENESCIMENTO COM LASER
Cicatrizes traumáticas e de acne
O laser de CO2 no tratamento de cicatrizes pode ser utilizado para rebaixá-las ou 
aplainar os tecidos vizinhos, no caso de cicatrizes atróficas, como sequela de acne. 
Outros procedimentos podem ser associados com o objetivo de otimizar o resultado, 
como, por exemplo, subincisão ou preenchimento. (CAMPOS, 2010)
Figura 19. Cicatriz de acne.
Fonte: <www.dermatologia.net>. Acesso em: 10 jun. 2015.
Lesões de pele
A principal indicação para o laser de CO2 são as lesões epidérmicas, como queratose 
actínica e seborreica, nevo epidérmico, verrugas, queilite actínica, dermatose papulosa 
nigra (CAMPOS, 2010)
Figura 20. Lesão epidérmica.
Fonte: <www.dermatologia.net>. Acesso em: 10 jun. 2015.
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RATAMENTO DE REJUVENESCIMENTO COM LASER │ UNIDADE II
Lesões dérmicas também podem ser tratadas com o laser de CO2, apesar de não ser o 
ideal, pois o dano térmico profundo poderá levar à formação de cicatrizes. Essas lesões 
incluem: hiperplasia sebácea, siringomas, nevos intradérmicos, veno misto e rinofima. 
(CAMPOS, 2010)
Mecanismo de ação do laser CO2
O laser CO2 opera na parte mediana da porção invisível do espectro 
eletromagnético, em 10.600 nm. Nessa faixa, não há um cromóforo específico 
que absorva o laser, ocorrendo, portanto, absorção não seletiva da luz pela água 
intra e extra vascular. (AVRAM, 2009)
Quando aplicado o laser CO2, a primeira passada remove a epiderme. A segunda 
e a terceira passadas fazem com que o colágeno se encolha, sendo produzido um 
efeito térmico controlado. Em longo prazo, ocorre a estimulação da formação de 
neocolágeno. (AVRAM, 2009)
Passadas sucessivas terão pouco efeitoablativo em razão da falta do cromóforo 
(água), trazendo efeitos térmicos cumulativos, impossíveis de serem previstos 
e controlados. Assim, o laser de CO2 tem efeito ablativo menor e térmico maior, 
quando comparado ao érbio. (AVRAM, 2009)
O mecanismo de rejuvenescimento facial com o laser de CO2 ocorre de três 
maneiras: 
 » remoção da pele fotoenvelhecida;
 » encolhimento das fibras de colágeno;
 » a longo prazo, estimulação de neocolágeno.
Dependendo da quantidade e da concentração de energia que incide no tecido, 
serão obtidos efeitos de ablação, podendo ser usado para corte (concentração 
de energia em um ponto) ou resurfacing (ponteira colimada). (AVRAM, 2009)
Em geral, o mecanismo de ação dos lasers é pela produção de calor: pequenas 
elevações de temperatura produzem bioestimulação; elevações entre 60°C e 
85°C provocam a coagulação; acima de 85°C, a carbonização; e a vaporização 
ocorre com temperatura próxima aos 100°C. (AVRAM, 2009)
No laser de CO2, a vaporização ocorre quando o ele atinge a pele, através do 
aquecimento muito rápido da água – fenômeno que gera a ablação, remoção 
46
UNIDADE II │ RATAMENTO DE REJUVENESCIMENTO COM LASER
tecidual responsável pelo resurfacing ablativo. Além disso, essa reação é 
exotérmica, ou seja, libera calor que se dissipa pelas células adjacentes, gerando 
um efeito térmico residual. Essa transferência de calor é provavelmente 
responsável pela desnaturação do colágeno. A desnaturação do colágeno 
contribui para a contração em si do tecido (frequentemente visível a olho nu 
durante o procedimento) e a melhora das rugas e flacidez que ocorre após o 
procedimento. Esse fenômeno também induz uma reação tecidual que gera 
neocolagênese nos seis meses posteriores ao procedimento. Em resumo, o laser 
de CO2 produz rejuvenescimento da pele através da ablação (remoção da pele 
fotolesada), contração de colágeno e neocolagênese. (AVRAM, 2009).
Vantagens da técnica: os resultados são excelentes após uma única sessão.
Desvantagens e limitações: sendo a técnica muito agressiva, o PO é longo e 
desconfortável, com risco relativamente alto de cicatrizes. Não deve ser feito nas épocas 
de maiores radiações solares, o que nem sempre é possível de se evitar em algumas 
regiões do Brasil. 
Contraindicações
Absolutas:
 » Infecção herpética ativa.
 » Acne ativa.
 » Doenças do colágeno (esclerodermia).
 » Vitiligo.
 » Áreas submetidas à radioterapia ou queimaduras.
 » História de queloide, cicatriz hipertrófica.
 » Uso de isotretinoína nos últimos dois anos (essa droga promove atrofia 
dos anexos cutâneos, que são responsáveis pela reepitelização).
Relativas:
 » Herpes Zoster.
 » Atrofia ou cicatriz pós peeling químico, mecânico ou eletrólise.
 » Peles sensíveis.
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RATAMENTO DE REJUVENESCIMENTO COM LASER │ UNIDADE II
 » Pele tipo Fitzpatrick V e VI.
 » Descolamento ou retalho cutâneo recente.
(FIFE,2009)
Técnica passo a passo
Um mês antes: recomendar o uso de filtro solar, ácidos retinóicos, glicólico ou 
vitamina C.
Pré-procedimento: o uso de antiviral sistêmico é sempre obrigatório para a prevenção 
do herpes simples na face, sendo discutível o uso de antifúngicos e antibióticos 
profiláticos. 
Em peles mais claras, com menor risco de hiperpigmentação, produtos contendo ácido 
retinoico e hidroquinona serão utilizados por um período de duas a quatro semanas 
anteriormente à aplicação do laser CO2. Em peles mais escuras, deve se dar maior 
atenção à supressão da pigmentação com o uso de ácido glicólico, hidroquinona e kójico, 
por um período mais prolongado, dependendo da resposta da pele até por 12 semanas.
Procedimento: por ser muito doloroso, vários recursos devem ser utilizados para 
minimizar a dor do paciente. A anestesia tópica deve ser iniciada uma hora antes da 
sessão, acrescida do uso de sedativos orais e analgésicos. Muitas vezes, dependendo do 
nível de ansiedade do paciente, indica-se anestesia geral ou sedação.
O aspirador de fumaça deve ser usado durante todo o procedimento, que só deve ser 
iniciado após a limpeza meticulosa da pele, eliminando-se quaisquer resquícios de 
creme anestésico. A anestesia troncular é bastante útil na analgesia das regiões malar e 
supralabial. O resfriamento da pele com ar frio entre os disparos (para não atrapalhar o 
aspirador de fumaça) alivia muito a sensação de queimadura que o laser de CO2 produz.
Após o procedimento: o paciente deve ser mantido em sala bem resfriada, com 
máscara fria e ar gelado voltado para a face tratada, e se necessário deve ser prescrito 
um analgésico oral. O paciente deve deixar o consultório apenas após o alívio da dor. 
Utilizam-se compressas de solução salina para limpeza, creme cicatrizante e antiviral 
sistêmico até a epitelização completa. Nesse período, o paciente deve ser visto pelo 
médico diariamente ou em dias alternados. Antibiótico e antifúngicos sistêmicos devem 
ser imediatamente prescritos se houver indícios clínicos de infecção bacteriana ou 
monilíase. O LED (Luz Emitida por Diodo) tem efeito anti-inflamatório e cicatrizante, 
e pode ser usado no pós-operatório.
48
UNIDADE II │ RATAMENTO DE REJUVENESCIMENTO COM LASER
O paciente deve ser orientado a não se expor diretamente ao sol por, no mínimo, seis 
meses após o procedimento. O paciente é instruído a usar filtro solar UVA/UVB não 
oleoso, contendo um bloqueador físico. No PO poderá ser associado à uma base cor da 
pele, para disfarçar o eritema.
Resultados esperados: são muito exuberantes após uma única sessão, mas a técnica 
é invasiva e o paciente apresenta uma limitação social por 30 dias, mantendo-se a pele 
fotossensível e eritematosa por até seis meses.
Assim, como nos demais procedimentos a laser, com o Laser de CO2 existe a necessidade 
de documentação fotográfica padronizada prévia e posterior, para a segurança do 
médico e demonstração dos resultados ao paciente, sendo também recomendável a 
obtenção do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Laser Erbium: YAG 
Introdução
O Erbium: YAG foi o segundo laser desenvolvido para Resurfacing ablativo. Emite um 
raio com comprimento de onda de 2.940 nm na faixa infravermelha, que se aproxima 
do pico de absorção de água (coeficiente de absorção de água = 12.000). Esse laser tem 
profundidade de penetração limitada a 1 a 3 μm de tecido por J/cm2, enquanto o CO2 
atinge 20 a 30 μm. O efeito térmico residual também é muito menor com o Er:YAG. Isso 
provoca uma ablação mais precisa da pele com um mínimo de danos para os tecidos (valor 
estimado de 10 a 40 μm). Ocorre sangramento durante o tratamento, caracterizando 
um inconveniente desse laser. A eficácia global do Laser Er:YAG é comparável à do 
Laser de CO2; no entanto, os resultados desse último são ainda considerados superiores 
na maioria dos estudos comparativos. Contudo, o Laser Er:YAG induz cicatrização mais 
rápida e com efeitos colaterais menos frequentes e menos graves. Melhores indicações: 
envelhecimento facial moderado, tratando lesões pigmentadas e melhorando cicatrizes. 
É indicado para pacientes que querem rejuvenescer sem correr os riscos dos efeitos 
colaterais do Laser de CO2 (STEINER et al, 2011).
Segundo Dr. Hughes, o Laser Erbium: YAG produz contração cutânea de 14% após 16 
semanas de aplicação, decorrente do remodelamento da derme. 
Zweig et al publicaram, em 1988, um estudo comparativo da interação tecidual do 
laser Erbium: YAG infravermelho médio, que opera a 2,94 ųm e o de CO2 a 10.6 ųm. 
Chegaram à conclusão de que o dano térmico adjacente às aplicações do laser é mais 
reduzido com Erbium: YAG. Esse laser é capaz de promover na pele uma correção 
49
RATAMENTO DE REJUVENESCIMENTO COM LASER │ UNIDADE II
precisa de suas imperfeições por meio de um efeito controlado de vaporização tecidual, 
enquanto produz um estiramento zona residual de destruição térmica. 
Mecanismo de ação do Laser Erbium: YAG
Na água a profundidade de penetração do comprimento de onda do Erbium: 
YAG é de somente 0,75 ųm, sendo do CO2 de

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