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Capital Cultural

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4. Problematizar o conceito de Cibercultura de Pierre Lévy para compreensão da dinâmica das relações sociais numa perspectiva da cultura do ódio nas redes sociais e uma parcela, numa perspectiva humana, solidária e dos afetos a importância do Capital Cultural para outra leitura de mundo, Pierre Bourdieu. Também utilizar elementos do contexto de capitalismo globalizado e/ou capitalismo flexível e neoliberal (Richard Sennet) no sentido de como esse modo social de produção contribui para relações sociais reificadas.
Segundo Pierre Lévy, cibercultura abre um mundo de conhecimentos para o homem, mas que é preciso filtrar e organizar as informações, para debater ideias e criar uma inteligência coletiva. Ela se forma no ciberespaço, sem possuir qualquer fundamento central ou conteúdo particular, mas ao mesmo tempo, se transforma adicionando novas informações. De uma forma geral, a cibercultura ocorre num espaço digital entre dispositivos conectados à uma rede que permite a troca de dados, e se resume ao fluxo de ideias contínuos entre pessoas conectadas por computadores.
As redes sociais permitem aos seus usuários uma infinidade de possibilidade, e atualmente a cultura do ódio parece que vem ganhando cada vez mais espaço. Um fenômeno social que testa os limites da liberdade de expressão, colocando-a em conflito direto com interesses ou direitos de grupos vulneráveis a esse tipo de discurso. É veiculada por meio de palavras que tendem a insultar, intimidar ou assediar pessoas por quais quer que sejam os motivos.
A cultura do ódio como dados podem circular dentro de uma rede de computadores e atingir cada usuário que ela fora apresentada. Nesse âmbito das relações sociais a cibercultura afeta de formas inimagináveis, principalmente quando o fluxo de ideias se engloba na cultura do ódio.
Para a sociologia, as relações sociais absorvem conjuntos de interações entre os indivíduos ou grupos sociais, seja em casa, na escola, no trabalho, onde estão diretamente ligadas às forças produtivas. Ao adquiri-las, os homens mudam o seu modo de produção e consequentemente a maneira de ganhar a vida, alterando todas as suas relações sociais.
Elas podem ocorrer de forma natural ou através de interesses individuais e modelam os espaços sociais. Inicialmente, devemos considerar que os seres humanos são seres sociais e encontraram na internet uma forma de interação mais intensa e livre. A partir disso, socializar é fundamental para o desenvolvimento de qualquer sociedade, uma vez que há a integração dos grupos sociais e esses estabelecem as relações sociais.
As relações sociais dentro de indivíduos na frente de telas são inimaginavelmente grandes, considerando que a cultura do ódio se torna mais livre e de fácil acesso, alterando as relações e intensificando processos sociais que ocorrem desde o início da humanidade.
Com a cibercultura houve um livre espaço para acesso a livre informação e isso de forma instantânea. O acelerado avanço das tecnologias de informação e comunicação trouxeram à tona o capitalismo flexível, desencadeando na formação de grandes cadeias globais de produção: surgimento de empresas transnacionais; a produção em massa de mercadorias altamente padronizadas (fordismo) foi substituída pela produção por demanda e focada em nichos específicos de consumo (toyotismo); o trabalhador capaz de executar ocupações variadas, dominando diferentes etapas do processo de produção ou serviço; contratos de trabalhos mais flexíveis como por exemplo a terceirização do trabalho, contratos temporários e voláteis, acompanhados pelo aumento do trabalho informal e autônomo; hegemonia do capital financeiro em contraposição ao capital industrial, onde cresceu-se instituições ligadas às transações de títulos, créditos e outros papéis negociáveis. Aumentando o consumo mútuo sem aumento considerável na média do rendimento familiar; e o fortalecimento de um modelo político neoliberal a partir da adoção de três pilares centrais: a desregulamentação da economia, a privatização de empresas públicas e o corte de gastos.
A globalização do capitalismo juntamente com uma cultura de ódio dentro da cibercultura onde se instaura a intensificação de relações sociais e o avanço de um ideal político neoliberal tornou possível processos como: discussões políticas (pacíficas ou violentas, passivas de xingamentos, exposição de dados, bloqueio de contas etc.); surgimento de ideias como terra plana e anti-vacinas; retorno de ideais como nazismo, fascismo, anarquismo etc.; exposições como estupro, xenofobia, racismo, homofobia etc.; diferentes maneiras de se gerar dinheiro como deliverys, lojas online, plataformas de streaming, aumento da indústria pornográfica (o que desencadeou uma maior exibição de vídeos como estupro, pedofilia, zoofilia, prostituição etc.); e infinitas formas de entretenimento como YouTube, Tik Tok, Jogos Online etc.

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